Quatro Décadas De Gestão Educacional No Brasil
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João Baptista de Oliveira Figueiredo 1979-1985 Eduardo Portella 1979-1980 Rubem Carlos Ludwig 1980-1982 Esther de Figueiredo Ferraz 1982-1985 Antônio Gois Antônio Quatro décadas José Sarney 1985-1990 Quatro décadas de gestão educacional no Brasil apresenta Marco Maciel 1985-1986 entrevistas com 14 autoridades da Educação que ocuparam a de gestão Jorge Bornhausen 1986-1987 pasta entre os governos João Baptista Figueiredo (1979-1985) Aloísio Guimarães Sotero – interino 1987 Acreditamos no poder transformador da Educação e e Dilma Rousseff (2011-2016). Nesse período, o país atraves- Hugo Napoleão 1987-1989 no aprimoramento da gestão como ferramenta decisiva sou fases de graves crises econômicas e instabilidade política. Carlos Correa de Menezes Sant’anna 1989-1990 para assegurar os direitos de aprendizagem de nossas Também celebrou avanços, como a redemocratização, a am- educacional crianças, adolescentes e jovens. pliação de direitos sociais e a redução da desigualdade. Fernando Collor de Mello 1990-1992 Quatro décadas de gestão educacional no Brasil, que Os ministros que passaram pelo Ministério da Educação Carlos Chiarelli 1990-1991 ora apresentamos ao público, foi concebido com base (MEC) conviveram com o desafio de implementar políticas pú- José Goldemberg 1991-1992 nessa crença. A obra traça um panorama das políticas blicas no setor considerando o momento socioeco nômico de no Brasil Eraldo Tinoco Melo 1992 educacionais das últimas quatro décadas na perspectiva seu tempo. Além de buscar contribuir para o entendimento de 14 autoridades da Educação. Além de resgatar parte de como tais contextos afetaram a trajetória das políticas edu- Políticas públicas do MEC em depoimentos de ex-ministros da memória da gestão do Ministério da Educação (MEC) e cacionais, este livro visa resgatar parte da memória da gestão Itamar Franco 1992-1995 a racionalidade de distintas intervenções, os depoimentos do MEC por meio do depoimento de seus protagonistas. Murílio Hingel 1992-1995 ajudam a entender como os contextos socioeconômicos Se, de um lado, a memória dos entrevistados está sujeita a influenciaram o rumo das políticas públicas educacionais. interpretações, subjetividades ou mesmo omissões, de outro, | Como todos sabemos, temos avançado muito na am- o relato dos fatos em primeira pessoa facilita a revelação dos Fernando Henrique Cardoso 1995-1998 1999-2002 Paulo Renato Souza* 1995-2002 pliação do acesso ao ensino público, mas ainda estamos bastidores da formulação das políticas que não aparecem em longe de ter atingido os níveis de qualidade desejados. documentos ou reportagens da época. Luiz Inácio Lula da Silva 2003-2006 | 2007-2010 Cristovam Buarque 2003-2004 Tarso Genro 2004-2005 Pedro Moreira Salles Quatro décadas de gestão educacional no Brasil Fernando Haddad 2005-2010 Presidente do Instituto Unibanco observatoriodeeducacao.org.br/ex-ministros Dilma Rousseff 2011-2014 | 2015-2016 Antônio Gois Fernando Haddad 2011-2012 Aloizio Mercadante 2012-2014 Henrique Paim 2014-2015 Cid Gomes 2015 Renato Janine Ribeiro 2015 Aloizio Mercadante 2015-2016 Em destaque, os ex-ministros entrevistados. * Depoimento da gestão de Paulo Renato Souza por Maria Helena Guimarães de Castro. Quatro décadas de gestão educacional no Brasil Políticas públicas do MEC em depoimentos de ex-ministros Antônio Gois © 2018 Fundação Santillana e Instituto Unibanco. ORGANIZAÇÃO Instituto Unibanco Superintendente Executivo Ricardo Henriques Gerente de Planejamento, Articulação e Comunicação Tiago Borba Coordenação Izabela Moi e Fabiana Hiromi Texto Antônio Gois PRODUÇÃO EDITORIAL Fundação Santillana Diretoria André Luiz de Figueiredo Lázaro Editora Moderna Diretoria de Relações Institucionais Luciano Monteiro Karyne Arruda de Alencar Castro Edição Ana Luisa Astiz | AA Studio Revisão Lessandra Carvalho, Marcia Menin e Maria A. Medeiros | AA Studio Assistência Editorial Felipe de Souza Santos | AA Studio Projeto Gráfico Paula Astiz Editoração Eletrônica Paula Astiz Design Imagens Foto (página 113): Lindauro Gomes/Estadão Conteúdo/10.06.1998. Demais imagens: Observatório de Educação: Ensino Médio e Gestão/Instituto Unibanco. Nota do editor Todos os indicadores socioeconômicos são do último ano de cada governo. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Gois, Antônio Quatro décadas de gestão educacional no Brasil : políticas públicas do MEC em depoimentos de ex-ministros / Antônio Gois. — São Paulo : Fundação Santillana, 2018. Bibliografia. ISBN 978-85-63489-40-1 1. Educação — Administração 2. Educação — Brasil 3. Educação — Finalidade e objetivos 4. Gestão educacional 5. Política educacional I. Título. 18-13706 CDD-370.981 Índices para catálogo sistemático: 1. Brasil : Gestão educacional 370.981 4 Apresentação Pedro Moreira Salles 6 Introdução Ricardo Henriques 10 Avanços e frustrações na gestão educacional Antônio Gois 20 Governo Figueiredo 1979-1985 26 Eduardo Portella 1979-1980 36 Governo Sarney 1985-1990 42 Jorge Bornhausen 1986-1987 50 Hugo Napoleão 1987-1989 58 Governo Collor 1990-1992 64 Carlos Chiarelli 1990-1991 76 José Goldemberg 1991-1992 88 Governo Itamar 1992-1995 94 Murílio Hingel 1992-1995 104 Governo FHC 1995-1998 | 1999-2002 112 Paulo Renato Souza 1995-2002 124 Governo Lula 2003-2006 | 2007-2010 132 Cristovam Buarque 2003-2004 144 Tarso Genro 2004-2005 156 Fernando Haddad 2005-2010 168 Governo Dilma 2011-2014 | 2015-2016 176 Aloizio Mercadante 2012-2014 e 2015-2016 192 Henrique Paim 2014-2015 204 Cid Gomes 2015 216 Renato Janine Ribeiro 2015 230 Posfácio Antônio Gois 236 Índice onomástico Apresentação Pedro Moreira Salles Acreditamos no poder transformador da Educação e no aprimora- mento da gestão como ferramenta decisiva para assegurar os direi- tos de aprendizagem de nossas crianças, adolescentes e jovens. Este livro foi concebido com base nessa crença. Ele traça um pa- norama das políticas educacionais das últimas quatro décadas na perspectiva de 14 ex-ministros da Educação. Além de resgatar parte da memória da gestão do Ministério da Educação (MEC) e a raciona- lidade de distintas intervenções, os depoimentos ajudam a entender como os contextos socioeconômicos influenciaram o rumo das po- líticas públicas educacionais. Como todos sabemos, avançamos muito nas últimas décadas na ampliação do acesso ao ensino público, mas ainda estamos longe de ter atingido os níveis de qualidade desejados. Por isso, o Instituto Unibanco, com 35 anos de existência, investe em ações de parce- ria com o poder público e organizações da sociedade civil com esse foco. Compreendemos que só conseguiremos superar os imensos desafios que temos pela frente se unirmos esforços com os diferen- tes setores da sociedade para garantir o acesso à Educação de quali- dade a todos os estudantes da escola pública brasileira. Um de nossos eixos de atuação é a produção de conhecimento, fomentando estudos e pesquisas que contribuam para o debate pú- blico e sirvam de insumo para a elaboração de políticas públicas fun- damentadas em evidências, pesquisas e dados. Este livro insere-se nessa frente, constituindo-se como um registro histórico do MEC e de seus dirigentes. A garantia do direito à Educação é um desafio que exige planejamento, visão e liderança, e o MEC desempenha nisso papel essencial, por seu poder indutor e normatizador de políticas. Olhar para a história de nossas instituições e das políticas edu- cacionais é um exercício fundamental para que possamos avançar, identificando erros do passado e decisões que depois se revelaram acertadas. Com este volume, esperamos dar nossa contribuição para a construção de uma sociedade justa e democrática que prioriza a Educação pública. Pedro Moreira Salles Presidente do Instituto Unibanco e do Conselho de Administração do Itaú Uni- banco Holding. APRESENTAÇÃO 4 | 5 Introdução Ricardo Henriques Ao registrar os depoimentos de 14 autoridades que lideraram o Mi- nistério da Educação (MEC) desde a época da redemocratização até os dias de hoje, Quatro décadas de gestão educacional no Brasil fo- menta a reflexão e o debate sobre os avanços e desafios enfrentados na agenda educacional brasileira. Em seus relatos, os titulares – 13, na verdade, e Maria Helena Guimarães de Castro, que fala em nome de Paulo Renato Souza – compartilharam conosco erros, acertos, sucessos e frustrações. Analisando o cenário do período, há, sem dúvida, conquistas a celebrar, especialmente nas políticas de ampliação do acesso à Edu- cação. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domi- cílios, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Pnad/IBGE), o Brasil conseguiu ampliar a taxa de matrículas no Ensino Funda- mental para 97%, e o percentual da população entre 15 e 60 anos no Brasil com Ensino Médio completo cresceu de 12%, em 1981, para 48%, em 2015. Tal avanço não supera, contudo, a imensa dívida edu- cacional com nossos jovens, especialmente os mais vulneráveis. Quando olhamos para nossa história nos últimos 40 anos, cons- tatamos que o Ensino Médio não obteve suficiente atenção na for- mulação de novas políticas públicas educacionais. Sua incorporação à Educação Básica se deu em 1996, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), e apenas com a Emenda Constitucional 59, de 2009, atribuiu-se ao Estado o dever de garantir o Ensino Bá- sico – contemplando, portanto, o Ensino Médio – obrigatório e gra- tuito dos 4 aos 17 anos de idade. Além das mudanças regulatórias, o Ensino Médio, no decurso de sua história, tem sido identificado como uma modalidade indefinida, em busca de sua identidade.