Dezembro 2010 NegóciosEstrangeiros 18 Dezembro 2010 número 18 publicação semestral do Instituto Diplomático do Ministério dos Negócios Estrangeiros André Costa Monteiro Andrzej Ananicz Carlos Neves Ferreira Cláudia Silva David Mendes David Oppenheimer Denis Huber Diogo Girão de Sousa Duarte Pinto da Rocha Eliana Carvalho Fernando Morgado Filipa Barreiros João Carlos Silva João Fábio Bertonha João Sabido Costa Jorge Aranda Karima Benyaich Luís Cunha Marco António Martins Maria Raquel Oliveira Martins Mateus Kowalski Nuno Rogeiro Pedro Curto Pedro Velez Svetlana Balashova Teresa Archer Pratas N e g ó c i o s Victor Marques dos Santos preço � 10 I nstituto diplomático Estrangeiros 12636 - CAPA REVISTA NEGÓCIOS ESTRANGEIROS 18 - FRENTE PANTONE 542 (AZUL) PANTONE 303 Revista NegóciosEstrangeiros N.º 18 Revista NegóciosEstrangeiros Publicação do Instituto Diplomático, Ministério dos Negócios Estrangeiros Director Embaixador Carlos Neves Ferreira (Presidente do Instituto Diplomático) Director Executivo Jorge Azevedo Correia Editor Executivo João Carlos Silva Design Gráfico Risco – Projectistas e Consultores de Design, S.A. Pré -impressão e Impressão Europress Tiragem 1000 exemplares Periodicidade Semestral Preço de capa 10 Anotação/ICS N.º de Depósito Legal 176965/02 ISSN 1645 ‑1244 Edição Instituto Diplomático, Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) Rua das Necessidades, n.º 19 – 1350 ‑218 Lisboa Tel. 351 21 393 20 40 – Fax 351 21 393 20 49 – e ‑mail: [email protected] Número 18 . Dezembro 2010 Índice 7 Nota do Director 9 Future scenarios for the conflict in Afghanistan: a regional perspective Andrzej Ananicz 57 Contributos para um balanço estratégico da comunidade ibero-americana: que fazer? Nuno Rogeiro 75 Contributos para uma possível análise da equação energética na Eurásia Duarte Pinto da Rocha 105 O impacto da aliança estratégica Sino-Russa Luís Cunha 121 O fim da hegemonia americana na América do Sul? Rússia, China e União Europeia como actores regionais? João Fábio Bertonha 143 A União Europeia e o Programa Nuclear do Irão: uma diplomacia coerciva? Cláudia Silva 159 O Conselho de Segurança das Nações Unidas: o Grande Leviatã? Mateus Kowalski 185 As relações entre a Teoria e a História Victor Marques dos Santos 209 Decisões Ambientais e Ambientes Decisionais Jorge Aranda 217 On the modern-secular religious City: a theologico-political mapping and prospective Pedro Velez 239 Franco Nogueira e o processo de reconhecimento da República Popular da China: uma perspectiva diplomática Marco António Martins 271 The poor, poor Guerreiro Svetlana Balashova 283 Fernão Mendes Pinto e a Peregrinação João Sabido Costa 307 Discurso da Embaixadora de Marrocos na XI Reunião de Alto Nível Luso-Marroquina Karima Benyaich 319 O Centro Norte-Sul do Conselho da Europa: 20 anos de compromissos, desafios e concretizações a favor da interdependência e solidariedade mundiais Denis Huber e Eliana Carvalho NOTAS DE LEITURA 335 The United Nations, Peace and Security – From Collective Security to the Responsibility to Protect, Ramesh Thakur por Mateus Kowalski 338 The Twenty Years’ Crisis, 1919-1939: an introduction to the study of international relations, E.H. Carr por David Oppenheimer 342 Überpower – The Imperial Temptation of America, Josef Joffe por Teresa Archer Pratas 346 The Crisis of Islamic Civilization, Ali A. Alawi por Pedro Curto 350 Blair: A Moral e o Poder, Bernardo Pires de Lima por Maria Raquel Oliveira Martins 353 Embracing Defeat: Japan in the wake of World War II, John W. Dower por Filipa Barreiros 357 The Powers to Lead, Joseph S. Nye Jr. por Diogo Girão de Sousa 360 War of Necessity, War of Choice, Robert N. Haass por Fernando Morgado 364 The White Man’s Burden – Why the West’s Efforts to Aid the Rest Have Done So Much Ill and So Little Good, William Easterly por André Costa Monteiro 368 Moral Combat: A History of World War II, Michael Burleigh por João Carlos Silva CADERNOS DE ARQUIVO 379 O restabelecimento das relações diplomáticas Portugal-Japão (1858-1861) David Mendes Linhas de Orientação Os artigos reflectem apenas a opinião dos seus autores. E em nenhumas circunstâncias poderão ser invocados para comentar ou como traduzindo posições oficiais dos responsáveis pela política externa portuguesa. Nota do Director 5 6 7 É RAZOAVELMENTE VARIADO este n.º 18 da NE e é assim que deve ser: os números temáticos ten‑ dem a ser livros incompletos, de conteúdo irregular. Regista ‑se a actualidade dos temas do presente número da NE, que abrangem assuntos tão variados como o Afeganistão, num artigo do Professor Andrzej Ananicz da academia diplomática polaca; a política energética; uma reflexão sobre a política internacional contemporânea e centrada nos seus aspectos mais teóricos; a natureza jurídico ‑política do Conselho de Segurança das Nações Unidas – que reveste particular significado no momento presente –, e ainda três artigos com temas de história diplomática. As notas de leitura – que têm a discreta intenção de suscitar consulta e estudo – foram elaboradas por alguns dos elementos do último concurso de adidos de embaixada, entrados para o Ministério em 2010. Trata ‑se de um exercício curricular que me parece ter tido interesse formativo para quem teve de se submeter a ele, e terá interesse infor‑ mativo para quem agora usufrua do resultado que aqui se publica. Os livros objecto destas “notas de leitura” são aquisições recentes da Biblioteca do MNE, a qual, dentro da modéstia dos seus recursos, está a fazer um esforço continuado de actualização e reno‑ vação, tanto em livros como em revistas periódicas. Estas notas são, algumas, em inglês, porque foi mais fácil aos autores elaborarem‑nas na língua da obra original e se consi‑ derou pedagógico não ter complexos em relação à acusação fácil e ligeira de cosmopo‑ litismo displicente e snob. A razão é simples: em matéria de relações internacionais, da sua prática e do seu estudo, não se vai hoje a parte nenhuma sem fluência em inglês. Na página da Intranet do MNE estão listadas todas as compras recentes, seja de livros, seja das revistas de publicação periódica, com os respectivos sumários, o que, espera ‑se, estimule a consulta, incentive a curiosidade intelectual e justifique o investimento feito. No fundo tem ‑se tentado combater a imagem deprimente de uma biblioteca sem leitores a transformar ‑se lentamente num cemitério de livros. Carlos Neves Ferreira Embaixador Presidente do Instituto Diplomático NegóciosEstrangeiros . N.º 18 Dezembro de 2010 pp. 7 8 Andrzej Ananicz* Future scenarios for the conflict in Afghanistan: 9 a regional perspective Executive Summary For the United States (U.S.) and the Coalition, the conflict in Afghanistan is over eight years long. For the North Atlantic Treaty Organization (NATO) it is over six. This report is divided into two halves. 1. The first half reflected on the nature of NATO’s current involvement in the conflict. A number of conclusions were drawn. First, Gen. Stanley McChrystal’s counter‑ ‑insurgency (COIN) strategy, currently official U.S. and arguably NATO policy fails to address the current lack of cohesion within NATO and the existence of a “two‑ ‑tier” alliance. The example used is the German government’s recent decision on the eve of the London Conference to increase their contingent by 500 troops; a full month after other allies had done the same. Furthermore, the German troops would not pursue an intensive COIN strategy, but rather focus on military aid and recons‑ truction. Second, there appears to be no allied vision of a political end ‑state in Afghanistan, which contributes to NATO’s lack of political engagement in the coun‑ try, as well as Pakistan and the wider region. Of course, the absence of an allied vision makes it difficult, if not impossible to debate the level and nature of each ally’s engagement. Also, absent from a political strategy is the acknowledgment of the Future scenarios for a the Afghanistan: regional conflict perspective in political changes that have occurred in Afghanistan during the inter ‑war years, spe‑ cifically, the question of acceptability concerning the current Afghan elite. Furthermore, there is clearly no consensus within NATO with regards to whether a political solu‑ tion to the conflict exists or with whom they should negotiate. * This report WAS inspired and edited by Andrzej Ananicz, Director of the Diplomatic Academy at the Polish Institute for International Affairs (PISM). Andrzej Ananicz was the Head of the Foreign Intelligence Agency and the Deputy Minister for Foreign Affairs of the Republic of Poland. NegóciosEstrangeiros . N.º 18 Dezembro de 2010 pp. 9 ‑55 10 The first half of this report also examined the conflict from an Afghan perspec‑ tive and underscored that a military solution is not the right solution. Afghanistan is not going to change soon into a liberal democracy. It is an Islamic society, which is reconfirmed in the country’s constitution. Also, Afghanistan is surrounded by Islamic neighbours who are fully aware of this fact and are using it to their advantage. In seeking a solution f, this truth must be adopted; otherwise the mission is destined to fail. 2. Future Scenarios for the Conflict in Afghanistan: A Regional Perspective The second half of this report examined the conflict in Afghanistan from a regional perspective. Specifically, it endeavored to determine which of three future scenarios would best serve the interests of the region’s main actors. Here, the aim was to give greater clarity to the regional forces at play. The three scenarios under discussion were as follows: Scenario one: the U.S., the Coalition and Nato remain in Afghanistan indefini‑ tely, but fail to curb the insurgency. The Afghan Government (GIRoA) remains weak. Both the Afghan National Army (ana) and Police (ANP) are inadequately trained and equipped, thus they are unable to assume responsibility for securing the country independently. The situation on the ground is similar to that at the time of writing in late 2009.
Details
-
File Typepdf
-
Upload Time-
-
Content LanguagesEnglish
-
Upload UserAnonymous/Not logged-in
-
File Pages402 Page
-
File Size-