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' _ _ . ., . _ _ .- ,— - . -. l.— ' . r . | .) .: _- ' _ : 1 , _ _ _ ... - - | _ _ _ _.. _ ___.— _ _ .. _ 1 LIZ-l'”...- u... T , 1—1?— ª l -... | ..-——1 Nas origens de Ciudad Rodrigo Amândio Jorge Morais Barros José Ignacio de la Torre Rodríguez Nas origens de Cíudad Rodrigo / Amândio Jorge Morais Barros / José Ignacio de la Torre Rodríguez 277 Nas origens de Ciudad Rodrigo Das linhas repovoadoras dos reinos cristãos no seu imparável avanço para o 1 A primeira documentação que dispomos é o foral de Numão, datado de 1130; trata-se de um documento único no seu género pois até 1152, data do primeiro sul, a província espanhola de Salamanca, no conjunto de terras situadas no vale foral da vila de Freixo - posteriomente Freixo de Espada à Cinta - não conhocemos outro documento. Depois desta data. e com cada vez maior do Douro foi a que conheceu uma ocupação mais tardia. Não na sua totalidade, frecuência, aumenta a documentação disponível. 2 Almeida será, durante a primeira metade do século XII um importantíssimo pois uma parte dela foi articulada tanto populacional como administrativamente, baluarte em mãos muçulmanas. Dali partiram toda uma série de razziasem direcção ao território cristão impossibilitando a manutenção de qualquer no mesmo momento que o resto da Extremadura Castellano-Leonesa - como estructura populacional cristã nas redondezas desso resultando um amplo espaço ermo nos seus limites. Para a sua conquista os leoneses tiveram de aconteceu no caso da própia capital salamantina em inicios do século XII - articular um grande número de recursos, incluindo a ajuda da recém-criada Ordem Militar de S Julião de Pereiro, a pouca distância de Almeida. desde os arrabaldes de Salamanca até núcleos como Almeida, Numão, Marialva 3 P.M.H. Dip. et Chart., pp 50-51. N9LXXXI. ou outros; poucos mais podemos documentar até à segunda metade do século XII (1150-60)1. Toda a franja territorial, enorme franja, situada entre os espaços dominados pelos dois adversários -cristãos e muçulmanos - mostra-se-nos, segundo a documentação existente, despovoada (ou ermada?). Inclusive podemos colocar dúvidas acerca de estar já conquistada ao domínio muçulmano. O mais provável é que ela tenha sido abandonada tanto pelos reis cristãos como pelos Reinos de Taifas. Estas terras teriam um grande interese ganadeiro mas nem uns nem outros possuíam capacidade militar suficiente para manter ali uma série de guarnições militares do género de Almeida2, único exemplo documentado no século XII. Após a vitoriosa campanha de Almançor (997), que o levou mesmo à própria cidade de Santiago, as linhas de repovoamento cristãs, que já tinham ultrapassado o Douro em múltiplos pontos, retrocedem até ao antigo limes duriense abandonando à sua sorte as terras a sul. Núcleos como Lamego ou mesmo Salamanca são novamente desarticuladas da rede geral do reino leonês. No conjunto dos territórios denominados como Tierra de Ciudad Rodrigo e Ribacôa, sobre os quais concentraremos a nossa atenção, seriam abandonadas as possessões que quarenta anos antes são mencionadas numa carta de doação feita por Dona Flâmula, sobrinha de Mumadona, ao Mosteiro de Santa Maria de Guimarães3. 2Q Congresso Histórico de Guimarães / D. Afonso Henriques e a sua Época 278 Estas terras não voltariam à posse dos cristãos senão cinquenta anos depois 4 “Era MLXXVII capiuntur in Extremadurii multae populationes cis et citra uillam Turpini Talmeida Egitania et usque ad ripam Tagim. Esta versão retirada das razzias de Almançor. E muito provável que Fernando I, rei-imperador de de COSTA, C da Cunha. Historia do Bispado e Cidade de Lamego. Braga, 1977-87, vol 2®, p 409, não difere substancialmente da apresentada por Castela e Leão, as tenha ocupado nessa altura pois na Historia Gottorurrf é Fr. Antonio Brandão no segundo volume de Monarquia Lusytana, livro VII9, cap. 28, p 533. referido que a cidade de Talmeida (Almeida) foi uma das praças ocupadas 5 P.M.H. Leg et Cons., pp 368-370. pelas hostes fernandinas. De qualquer modo, a ocupação de Almeida poderá ser interpretada doutro modo:não tanto como uma conquista militar de toda a comarca mas fundamentalmente do abandono muçulmano do território. O avanço das tropas de Fernando I tinha como objectivo a tomada de Lamego que iria servir como testa de ponte para a conquista de Coimbra no decénio seguinte. Até lá chegar, Almeida e outros pontos, seriam apenas obstáculos a eliminar. Temos de esperar quase um século para dispôr de novas informações sobre estas terras se exceptuarmos a interferência documental representada pelo foral de Numão5 (1130). As circunstâncias geo-políticas mudaram; os reinos de Castela e Leão separaram-se após a morte do Imperador Afonso VII, o qual, por disposição testamentária dividiu a Coroa entre os seus filhos Sancho e Fernando, tornando-se este o segundo rei de Leão com esse nome. Este Reino de Leão, legado a Fernando, já não é o grande reino ocidental de autoridade mais ou menos indisputada de outroura; uma nova realidade política está a nascer no ocidente peninsular, no litoral atlântico sob a direcção de Afonso Henriques, neto do Imperador Afonso VI. Aproveitando uma série de circunstâncias favoráveis, o futuro primeiro rei de Portugal vai garantindo a vassalagem dos territórios do denominado Condado Portucalense e Terrae limítrofes até às terras de Lamego e Viseu. Afonso VII, seu primo, dono e senhor desses domínios não conseguirá submeter este parente rebelde e não sem reacção, acabará por dar como perdidos esses territórios. Após a mencionada cisão dos reinos de Castela e Leão e da progressiva autonomia portuguesa, o reino leonês ver-se-á encurralado entre os seus dois grandes adversários.Portugal e Castela tentarão, algumas vezes com êxito, outras com menos sucesso, cortar o avanço leonês para o sul ocupando pontos estratégicos no designado "território de conquista” de Leão. Por exemplo, em Béjar, praça outorgada a Sancho III de Castela pelo testamento de seu pai Afonso VII, e noutros lugares da Sierra de Francia (sul de Salamanca). Todos estes pontos encontram-se na grande via de comunicação que é a Via da Prata que, desde Leão, Zamora e Salamanca, deveria conduzir as forças leonesas até Cáceres, Mérida, Badajoz e Sevilha. Ocupada a praça bejarana pelos castelhanos, as forças de Leão serão obrigadas a rodeá-la, atacando Coria, e, posteriomente, retomar esa Via para lançar-se na tomada de Cáceres, um dos seus objectivos prioritários. Portugal por seu turno, não lhe fica atrás e, num importante esforço, repovoa e dota de forais terras situadas naquela que posteriormente virá a ser a definitiva configuração da sua fronteira leste. Nas origens de Ciudad Rodrigo / Amândio Jorge Morais Barros / José Ignacio de la Torre Rodríguez 2 7 9 Perante tal panorama, a monarquia leonesa não tem muitas alternativas. Afastada a hipótese de atacar frontalmente os seus competidores opta por duas soluções: por um lado, procura traspôr as serras de Gata e de Francia, avançando até Coria/Cáceres e, por outro, ocupa terras que tinham sido consideradas pouco interesantes noutras épocas, como sucede com o ocidente salamantino. Repovoando estas zonas o reino leonês garantia, à partida, dois objectivos básicos: primeiro incorporava aos seus domínios uma enorme extensão de território sem qualquer custo de ordem militar. Segundo, evitava com a criação de novos povoados, o avanço português. O grande núcleo leonês criado nestas terras, será Ciudad Rodrigo. 29 Congresso Histórico de Guimarães / D. Aíonso Henriques e a sua Época 280 1. Reacção portuguesa A fundação de Ciudad Rodrigo representou um grande travão às aspirações 6 Sobre este assunto v. TORRE Rodríguez, José Ignacio de la. “A comarca de Ribacôa no Tratado de Alcafiices". Douro. Estudos & Documentos. Primavera, afonsinas de estender os seus domínios além da comarca situada entre o Côa e 1996. Instituto do Vinho do Porto - Universidade do Porto - Universidade de Tras-os-Montes e Alto Douro. o Águeda. De facto, ainda hoje a questão da incorporação destas terras suscita 7 HERNÁNDEZ Vegas, Mateo. Ciudad Rodrigo. La Catedral y la Ciudad. Cabildo de Ciudad Rodrigo, 2a Ed. 1982, pp 15-16 grande polémica, mais nacionalista que histórica: qual o reino que as incorporou 8 GONZÁLEZ, Julio. Regesta de Fernando II. CSIC. Madrid. 1943, pp 59. 9 Apesar de a maior parte dos autores consultados localizarem a batalha nos primeiramente nos seus domínios?. Nesta polémica está em jogo a afirmação Campos de Arganán, Mateo Hernández Vegas, 0. C., refere que a mesma ocorreu em Salvatierra del Tormes.nas faldas da Serra de Béjar. política, que não militar, da sua pertença ao reino português6 desde a época de 10 Dispomos de documentos mencionados por Julio González que datam a presença portuguesa na capital salamantina e a posterior recuperação da D. Dinis.
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