Portugal no Centro Portugal no Centro © 2016, Fundação Calouste Gulbenkian Título: Portugal no Centro Av. de Berna, 45A / 1067 ‑001 Lisboa Telefone: +351 217 823 000 E ‑mail: [email protected] Coordenação e Autoria Agradecimentos Fundação Calouste Gulbenkian, iniCiativa Cidades A Fundação Calouste Gulbenkian e a equipa José Manuel Félix Ribeiro do projeto agradecem o envolvimento Francisca Moura e a disponibilidade manifestada desde o início Joana Chorincas ao projeto Portugal no Centro, por parte das instituições que dirigem, aos Vice‑Reitores FaCuldade de letras da universidade do Porto – Centro de estudos de GeoGraFia e ordenamento do território Professores Doutores Amílcar Falcão, Teresa Sá Marques, coordenação da Universidade de Coimbra, Isabel Cunha, Hélder Santos da Universidade da Beira Interior, e ao Reitor Catarina Maia da Universidade de Aveiro, Professor Doutor Diogo Ribeiro Manuel António Assunção. Paula Ribeiro Agradecem igualmente a colaboração prestada e o empenho demonstrado na concretização deste Colaboração de estudo ao Professor Doutor Francisco Cordovil, Alexandre Tavares (CES.UC) do Instituto Nacional de Investigação Agrária João Fermisson (ImproveConsult) e Veterinária, ao Professor Doutor Constantino Lúcio Cunha (CEGOT. UC) Mendes Rei, Presidente do Instituto Politécnico Manuela Almeida da Guarda, à Professora Graça Castelo Branco, Rodrigo Sarmento de Beires (BOSQUE) do Gabinete de Relações Públicas da Universidade da Beira Interior, bem como aos Presidentes Informação e análise de dados estatísticos relativos às dos Institutos Politécnicos de Coimbra, Castelo empresas Branco, Leiria e Viseu. Informa DB Design TVM Designers Impressão Greca Artes Gráficas Tiragem 500 exemplares isbn 978‑989‑8807‑35‑9 Depósito Legal 419855/16 Portugal no Centro Índice PREFÁCIO 8 SUMÁRIO EXECUTIVO 12 Parte 1. TERRITÓRIO 26 1. TERRITÓRIO: SISTEMAS E RECURSOS ESTRUTURANTES 27 1.1. SISTEMA AZUL: ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUBTERRÂNEAS 29 1.2. SISTEMA VERDE: USO DO SOLO, PAISAGEM E ÁREAS PROTEGIDAS 32 1.3. SISTEMA CINZENTO: INFRAESTRUTURAS, ACESSIBILIDADE E MOBILIDADE 41 1.4. SISTEMA URBANO: DENSIDADES E SISTEMA URBANO POLINUCLEADO 54 Parte 2. POPULAÇÃO, ATIVIDADES E EMPREGO 62 2.1. POPULAÇÃO E ESTRUTURA SOCIAL 63 2.2. TERRITÓRIOS DA BASE ECONÓMICA 73 2.3. ESTRUTURA DAS ATIVIDADES ECONÓMICAS 79 2.4. OS TERRITÓRIOS DE PRODUÇÃO FLORESTAL 94 2.5. A PRODUÇÃO ENERGÉTICA 97 2.6. RECURSOS MINERAIS 98 2.7. FLUXOS TURÍSTICOS E RESIDENCIAIS 100 PARTE 3. ENSINO SUPERIOR, INVESTIGAÇÃO E ECOSSISTEMAS DE INOVAÇÃO 104 3.1. A UNIVERSIDADE DE COIMBRA 105 3.2. A UNIVERSIDADE DE AVEIRO 150 3.3. A UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR 173 3.4. O INSTITUTO POLITÉCNICO DE COIMBRA 189 3.5. A ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM DE COIMBRA 193 3.6. O INSTITUTO POLITÉCNICO DE CASTELO BRANCO 195 3.7. O INSTITUTO POLITÉCNICO DE LEIRIA 199 3.8. O INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA 208 3.9. O INSTITUTO POLITÉCNICO DE VISEU 212 Parte 4. ATIVIDADES E CLUSTERS 216 4.1. A PLATAFORMA DIVERSIFICADA DE QUÍMICA PESADA – ESTARREJA 219 4.2. MEGACLUSTER MINERAIS NÃO METÁLICOS – CONSTRUÇÃO E HABITAT 223 4.3. MEGACLUSTER DAS INDÚSTRIAS FLORESTAIS 253 4.4. MEGACLUSTER ALIMENTAÇÃO E BEBIDAS 281 4.5. MEGACLUSTER TÊXTIL, CORDOARIA E COURO 316 4.6. CLUSTER DOS PLÁSTICOS E MOLDES 338 4.7. CLUSTER MECÂNICA LIGEIRA E MATERIAL ELÉTRICO 351 4.8. CLUSTER MOBILIDADE – MONTAGENS DE AUTOMÓVEIS E COMPONENTES 358 4.9. CLUSTER CONSTRUÇÃO METÁLICA, METALOMECÂNICA PESADA E CONSTRUÇÃO NAVAL 366 4.10. A REGIÃO CENTRO E AS ENERGIAS RENOVÁVEIS 372 4.11. A REGIÃO CENTRO E O TURISMO 390 4.12. INCUBAÇÃO NA REGIÃO CENTRO 419 4.13. PROTOCLUSTERS 429 Parte 5. REDES DE INOVAÇÃO ECONÓMICA ANCORADAS NA REGIÃO CENTRO (2007-2015) 464 5.1. FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS 465 5.2. EXPLORAÇÃO DAS REDES ANCORADAS NA REGIÃO CENTRO 469 5.3. REDE TERRITORIAL: ESTRUTURA TERRITORIAL DE INOVAÇÃO DA REGIÃO CENTRO 490 5.4. A ESTRUTURA DE INOVAÇÃO TERRITORIAL POR SUB-REGIÕES 494 Parte 6. UMA VISÃO DE SÍNTESE – O CENTRO E AS SUAS SUB-REGIÕES 502 ANEXO 526 ÍNDICE DE FIGURAS 546 ÍNDICE DE QUADROS 549 Prefácio A Iniciativa Cidades da Fundação Calouste Gulbenkian tem como objetivo estimular o debate público sobre o papel das cidades na economia global bem como dinamizar redes de cooperação institucional. Esta ação está princi- palmente orientada para a definição de projetos dirigidos a grupos de cida- des que, pela sua interação, possam ganhar uma massa crítica de atrativi- dade na globalização, permitindo desse modo assegurar mais crescimento, emprego e coesão social. Pretende-se também contribuir para a conceção de estratégias e ferra- mentas de marketing territorial aplicado às cidades, através da otimização das funções urbanas que mais sustentem uma resposta diferenciada e com- petitiva às necessidades dos seus habitantes e empresas, dos seus turistas/ visitantes e dos investidores. A abordagem do tema “Cidades” centrou-se inicialmente nas “regiões urbanas funcionais” que, não constituindo necessariamente unidades terri- toriais administrativas, são unidades geoeconómicas que englobam múl- tiplas cidades, centros de con����������������������������������������hecimento e atividades variadas, com din�- micas do mercado de trabalho que as ligam entre si. Neste contexto, foram desenvolvidos dois estudos de diagnóstico pros- petivo aplicados a duas macrorregiões urbanas - a Região do Noroeste e o Arco Metropolitano de Lisboa -, onde se localizam ativos que podem con- tribuir decisivamente para que Portugal retome não apenas o crescimento, PREFÁCIO 9 mas um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo, assente numa integração nos mercados internacionais. O estudo que agora se apresenta é o terceiro deste género e incide sobre a Região Centro, a qual apresenta uma diferente configuração geográfica face às anteriores mas desempenha uma função crucial na geoeconomia de Portugal, considerando que: Por um lado, integra duas regiões NUT III - a Região de Aveiro, a norte, e a Região de Leiria, a sul - que foram incluídas, respetivamente, na aná- lise realizada para o Noroeste e para o Arco Metropolitano de Lisboa, e que, ao estruturarem relações com a Região de Coimbra, completam a fachada atl�ntica do País mais exposta à globalização. Por outro lado, integra regiões que rodeiam a cordilheira central e orga- nizam um espaço que liga o litoral à fronteira com Espanha, como acontece com as NUT III Viseu-Dão Lafões, Beiras e Serra da Estrela e Beira Baixa, dando profundidade imprescindível à fachada atl�ntica. A Região Centro considerada é um mosaico de atividades, umas ligadas a recursos naturais, como a agricultura e agroindústrias, pesca e conservas, indústrias florestais, cer�micas e outros materiais de construção ou miné- rios e às energias renováveis, outras relacionadas com indústrias menos dependentes desses recursos endógenos, como hoje acontece com o têx- til de lã e as indústrias de vestuário, a cordoaria e o têxtil de revestimento, a montagem de automóveis e o fabrico de componentes para este setor, a construção metálica, a construção naval, a mec�nica ligeira ou a mec�nica de precisão. Nesta Região multiplicam-se, também, iniciativas na área do turismo, valorizando a combinação única de paisagens e património histó- rico que este território central possui. Aqui se afirmam três Universidades (Coimbra, Aveiro e Beira Inte- rior), vários Institutos Politécnicos (Coimbra, Leiria, Viseu, Guarda e Cas- telo Branco) bem como as Escolas Politécnicas da Universidade de Aveiro, permitindo à Região Centro contribuir para o surgimento de novas ativi- dades de base tecnológica e para a modernização de atividades com longa tradição. 10 A Fundação Calouste Gulbenkian gostaria que este livro, em conjunto com as edições “Noroeste Global” e “Arco Metropolitano de Lisboa”, repre- sentasse um contributo para a reflexão sobre as recentes din�micas ter- ritoriais e urbanas ocorridas em Portugal, assente numa visão de territó- rio como realidade complexa e em permanente transformação, em grande medida reflexo das din�micas socioeconómicas e institucionais dos con- textos e atores locais. Ambiciona-se, por outro lado, que esta reflexão abra espaço a novas iniciativas que dinamizem as regiões na variedade do seu património e desenvolvam uma estreita cooperação entre si, de forma a contribuir para o reposicionamento de Portugal na globalização e na economia europeia, permitindo um crescimento mais rápido e uma riqueza mais equilibrada- mente distribuída. Artur Santos Silva Presidente Fundação Calouste Gulbenkian PREFÁCIO 11 Sumário executivo TERRITÓRIO E CONETIVIDADE 1. O sistema metropolitano do Centro Litoral surge como um território que partilha caraterísticas e din�micas comuns em termos demográficos, sociais, económicos, ambientais, e em matéria de estrutura de povoa- mento. Este território surge entre as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, e contrasta com o Centro Interior. A extensão deste território, a sua complexidade e a fragmentação económica e social, conduzem, no entanto, a uma partição em torno de várias constelações ou subsis- temas urbanos, à volta de Aveiro, Coimbra e Leiria e ainda Viseu. 2. No restante território, ou seja no Centro Interior, persiste uma maior diversidade geográfica sustentada no relevo, hidrografia, clima, bio- geografia, assim como nas marcas da história, da cultura e das socie- dades tradicionais. Aqui evidenciam-se nomeadamente: as serras da Cordilheira Central, com os territórios da Serra da Estrela e das Beiras. A estrutura urbana é mais rarefeita e polarizada sobretudo pelas cida- des da Guarda, Covilhã
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