
ESTADO DE SANTA CATARINA TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DIRETORIA DE CONTROLE DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES – DLC INSPETORIA 1 DIVISÃO 2 PROCESSO N.º AOR 04/01615286 ORIGEM TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO / DLC UNIDADE GESTORA DEPARTAMENTO DE INFRA-ESTRUTURA – DEINFRA/SC SR. EDGAR ANTONIO ROMAN RESPONSÁVEIS SR. ROMUALDO THEOPHANES DE FRANÇA JÚNIOR INTERESSADO SR. ROMUALDO THEOPHANES DE FRANÇA JÚNIOR CARGO DIRETOR GERAL ACOMPANHAMENTO COM INSPEÇÃO IN LOCO NAS ASSUNTO OBRAS RODOVIÁRIAS INTEGRANTES DO PROGRAMA BID IV, TRECHOS DO GRUPO 1 E 2. RELATÓRIO Nº DLC / INSP.1 / 289/07 1. INTRODUÇÃO No presente Relatório examinam-se os fatos anotados nas inspeções in loco realizadas a partir de dezembro de 2003 nas obras integrantes do Programa BID IV, trechos do grupo I e II, localizados nas diversas regiões do Estado de Santa Catarina. As inspeções in loco com vistas ao acompanhamento e avaliação da situação física e financeira de cada uma das obras, bem como, a verificação de que os serviços estavam sendo executados de acordo com o projeto de engenharia e de acordo com as especificações de serviços atualmente em vigor no DEINFRA/SC, em especial no que diz respeito à qualidade dos serviços, a exatidão das medições e o cumprimento da legislação ambiental, foram registradas em laudos técnicos denominados RESUMO DE ACOMPANHAMENTO, que se encontram às fls. 70 a 131 do presente processo. Em complemento aos citados laudos foram efetuados registros fotográficos das ocorrências mais relevantes verificadas em cada inspeção, estando as mesmas agrupadas às fls. 133 a 282. 2926134.doc 1 2. PLANO DE ACOMPANHAMENTO Considerando a importância do Programa de Corredores Rodoviários, denominado de Programa BID IV, a extinta Diretoria de Controle de Obras – DCO, a partir de 2003, definiu em sua Proposta de Planejamento de atividades para o citado programa, uma atuação sistematizada e tempestiva no acompanhamento da execução dos serviços nos trechos do grupo I e II. O novo Programa de Auditoria sistematizou a realização de inspeções com a elaboração de laudos técnicos designados de Resumo de Acompanhamento, cabendo ao final das obras a constituição de processo único com a elaboração do Relatório de Auditoria. No referido planejamento definiu-se ainda que, em caso de constatação de qualquer procedimento inadequado ou irregular no decorrer das inspeções, seria elaborado um Relatório de Auditoria específico com a formação de processo próprio para apuração dos fatos e finalmente para a apreciação do Tribunal Pleno, acontecimento que não se registrou. 3. DAS INSPEÇÕES A realização das inspeções in loco contou com a participação de técnicos lotados na antiga DCO, que em equipes de auditoria devidamente autorizadas por ato do Senhor Presidente do Tribunal de Contas, à época, e sempre acompanhadas dos responsáveis pela fiscalização do DEINFRA/SC e ou Consultora contratada para a fiscalização, percorreram as obras integrantes do Programa BID IV, grupo I e II. A fim de se obter o resultado planejado no programa de auditoria, considerou-se que cada trecho seria inspecionado até a sua conclusão. Contudo, a partir de fevereiro de 2005 a área técnica de engenharia não mais efetuou inspeções nas obras rodoviárias do BID IV. Assim, os trechos: São João do Itaperiú – Massaranduba; Campo Erê – Saltinho; Saltinho – Serra Alta; Seara – Nova Itá e São João Batista – Major Gercino não foram contemplados com inspeções até o final de suas obras, visto que estes trechos foram concluídos em data posterior a fevereiro de 2005. 2926134.doc 2 Registra-se que a partir de fevereiro de 2005 o acompanhamento, que agrupa inclusive os trechos do grupo III, vem sendo executado pela equipe designada para a realização da Auditoria Anual do Programa Rodoviário BID IV, atualmente a cargo da Diretoria de Atividades Especiais – DAE. As inspeções in loco efetuadas a partir de dezembro de 2003 até fevereiro de 2005 contemplaram os trechos constantes nos quadros 1 e 2, a seguir descritos, exceto os trechos: Pomerode – BR-470, São Bento Baixo – Vila Maria e Guarda – BR-101, cujas razões são expostas adiante. QUADRO 1 – RELAÇÃO DOS TRECHOS DO GRUPO I – ETAPA BID IV RODOVIAS LOTE Nº EXTENSÃO (KM) SIGLA TRECHO OBRAS DE IMPLANTAÇÃO E PAVIMENTAÇÃO 01 SC-426 Trombudo Central – Braço do Trombudo 15,5 02 SC-458 Anita Garibaldi – Lajeado dos Portões 23,1 03 SC-458 Lajeado dos Portões – Campo Belo do Sul 26,2 04 SC-474 São João do Itaperiú – Massaranduba 19,5 05 SC-302 Caçador – Matos Costa 48,4 06 SC-302 Matos Costa – Porto União 32,3 07 SC-427 BR-282 – Rio Rufino 17,2 08 SC-431 BR-282 – São Bonifácio 33,1 09 SC-483 Morro Grande – Meleiro 13,7 SUBTOTAL 229,0 OBRAS DE REABILITAÇÃO 10 SC-450 Praia Grande – BR-101 21,9 10A SC-485 Sombrio – Balneário Gaivota 7,3 11 SC-431 São Martinho – Gravatal 23,0 12 SC-448 Forquilhinha – Meleiro 18,0 13 SC-425 BR-470 – Otacílio Costa – BR-282 55,2 14 SC-283 Caibi – Mondaí 19,3 15 SC-283 BR-153 – Concórdia – SC-465 20,1 16 SC-465 Lindóia do Sul – SC-283 25,3 17 SC-301 BR-101 – Pé da Serra Dona Francisca 8,0 18 SC-301 Alto da Serra Dona Francisca – São Bento do Sul 42,1 19 SC-418 Pomerode – BR-470 17,4 20 SC-451 BR-153 – Caçador 61,5 21 SC-302 Caçador – Lebon Régis 38,7 22 SC-302 Lebon Régis – BR-116 26,7 23 SC-303 Caçador – Videira 36,3 SUBTOTAL 420,8 TOTAL – GRUPO I 649,8 2926134.doc 3 QUADRO 2 – RELAÇÃO DOS TRECHOS DO GRUPO II - ETAPA BID IV. RODOVIAS LOTE Nº EXTENSÃO (KM) SIGLA TRECHO OBRAS DE IMPLANTAÇÃO E PAVIMENTAÇÃO 01 SC-469 Campo Erê - Saltinho 28,3 02 SC-469 Saltinho – Serra Alta 23,0 03 SC-458 Capinzal - Tupitinga 33,5 04 SC-443 São Bento Baixo – Vila Maria 18,9 05 SC-466 Seara – Nova Itá 18,7 06 SC-408 São João Batista – Major Gercino 20,7 07 SC-440 Guarda – BR-101 9,7 SUBTOTAL 152,8 TOTAL – GRUPO II 152,8 TOTAL GERAL – (GRUPO I + GRUPO II) 802,6 Fonte: Contratos. 4. DA ANÁLISE Com a finalidade de cumprir com os objetivos propostos nos Planos de Auditoria, o presente relatório não abordará os atos administrativos relacionados com os aspectos licitatórios demandados na contratação das referidas obras. O presente relatório agrupa, em sua análise, os aspectos levantados nas inspeções e anotados no Resumo de Acompanhamento, visto que, os membros que compuseram as equipes de auditoria entenderam, à vista dos fatos observados e de acordo com o Plano de Acompanhamento, ser possível reunir numa só exposição os estudos acerca dos achados de auditoria, tendo em vista que as anotações relevantes efetuadas durante as inspeções foram repassadas para conhecimento dos responsáveis diretos por cada obra, que de pronto adotavam medidas corretivas, cujas soluções eram verificadas nas inspeções seguintes. Tendo em vista os fatos que seguem, não serão objetos de estudo na atual análise os seguintes trechos: Pomerode – BR-470 – Teve suas obras paralisadas em setembro de 2002, com posterior rescisão contratual. Citado trecho era integrante do grupo I – obras de reabilitação, tendo sido inspecionado pela última vez em março de 2003 com análise em processo AOR 03/06272300. Referido trecho foi novamente licitado e incluído no grupo III, cujas obras não fazem parte desta análise. 2926134.doc 4 São Bento Baixo – Vila Maria - Obra integrante do grupo II – serviços de implantação e pavimentação. Em razão de Ações judiciais entre empresas licitantes, a obra não pôde ser contratada o que ocasionou sua exclusão do Programa Rodoviário BID IV. Guarda – BR-101 – Pertencente ao grupo II – obras de reabilitação. Por questões judiciais entre empresas licitantes, sua contratação acabou acontecendo somente em junho de 2005. Assim, considerando que a última inspeção autorizada deu-se em fevereiro de 2005, esta obra não foi merecedora de inspeção pela área técnica de engenharia deste Tribunal. Colheu-se junto ao DEINFRA/SC que a mesma está em andamento com cronograma físico atrasado e com prazo de conclusão previsto para dezembro/2007. 4.1. ASPECTOS TÉCNICOS REFERENTES ÀS OBRAS 4.1.1. Característica das obras Para fins desta análise serão considerados apenas 28 (vinte e oito) trechos dos 31 (trinta e um) acima listados, em razão da exclusão dos 03 (três) trechos antes referenciados. Assim, dos 28 (vinte e oito) trechos rodoviários listados nos quadros 1 e 2 acima, 14 (quatorze), com uma extensão total de 353,2 km, envolvem obras de implantação e pavimentação, porquanto os outros 14 (quatorze) trechos, totalizando 403,4 km de extensão, referem-se a obras de reabilitação do pavimento e melhoria da estrutura existente. 4.1.2. Situação física Os 28 (vinte e oito) trechos encontram-se concluídos, registrando-se que o último trecho a ter suas obras concluídas foi o de Seara – Nova Itá, ocorrido em 27.05.2006. 4.1.2. Prazos de execução Dos 28 (vinte e oito) trechos apenas 4 (quatro) puderam ser concluídos dentro do prazo inicialmente previsto: Sombrio – Balneário Gaivota, BR-101 – Pé da Serra Dona Francisca, Campo Erê – Saltinho e Capinzal – Tupitinga, demonstrando 2926134.doc 5 assim, que 85,72% dos trechos necessitaram prorrogar seus prazos de execução inicialmente determinados. Essas prorrogações, causadas às vezes até por situações involuntárias, acabam penalizando duplamente o cidadão, pois o priva de usufruir do benefício que o empreendimento tende a gerar após sua conclusão e acarreta custos extras para o Estado, principalmente com dispêndios adicionais para os contratos de supervisão e fiscalização, cuja duração está atrelada ao prazo de execução da obra. O quadro a seguir demonstra, entre outros dados, sobretudo o tempo adicional despendido na execução das obras.
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