ESTADO DE TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DIRETORIA DE CONTROLE DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES – DLC INSPETORIA 1 DIVISÃO 2

PROCESSO N.º AOR 04/01615286 ORIGEM TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO / DLC UNIDADE GESTORA DEPARTAMENTO DE INFRA-ESTRUTURA – DEINFRA/SC SR. EDGAR ANTONIO ROMAN RESPONSÁVEIS SR. ROMUALDO THEOPHANES DE FRANÇA JÚNIOR INTERESSADO SR. ROMUALDO THEOPHANES DE FRANÇA JÚNIOR CARGO DIRETOR GERAL ACOMPANHAMENTO COM INSPEÇÃO IN LOCO NAS ASSUNTO OBRAS RODOVIÁRIAS INTEGRANTES DO PROGRAMA BID IV, TRECHOS DO GRUPO 1 E 2. RELATÓRIO Nº DLC / INSP.1 / 289/07

1. INTRODUÇÃO

No presente Relatório examinam-se os fatos anotados nas inspeções in loco realizadas a partir de dezembro de 2003 nas obras integrantes do Programa BID IV, trechos do grupo I e II, localizados nas diversas regiões do Estado de Santa Catarina.

As inspeções in loco com vistas ao acompanhamento e avaliação da situação física e financeira de cada uma das obras, bem como, a verificação de que os serviços estavam sendo executados de acordo com o projeto de engenharia e de acordo com as especificações de serviços atualmente em vigor no DEINFRA/SC, em especial no que diz respeito à qualidade dos serviços, a exatidão das medições e o cumprimento da legislação ambiental, foram registradas em laudos técnicos denominados RESUMO DE ACOMPANHAMENTO, que se encontram às fls. 70 a 131 do presente processo.

Em complemento aos citados laudos foram efetuados registros fotográficos das ocorrências mais relevantes verificadas em cada inspeção, estando as mesmas agrupadas às fls. 133 a 282.

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2. PLANO DE ACOMPANHAMENTO

Considerando a importância do Programa de Corredores Rodoviários, denominado de Programa BID IV, a extinta Diretoria de Controle de Obras – DCO, a partir de 2003, definiu em sua Proposta de Planejamento de atividades para o citado programa, uma atuação sistematizada e tempestiva no acompanhamento da execução dos serviços nos trechos do grupo I e II.

O novo Programa de Auditoria sistematizou a realização de inspeções com a elaboração de laudos técnicos designados de Resumo de Acompanhamento, cabendo ao final das obras a constituição de processo único com a elaboração do Relatório de Auditoria.

No referido planejamento definiu-se ainda que, em caso de constatação de qualquer procedimento inadequado ou irregular no decorrer das inspeções, seria elaborado um Relatório de Auditoria específico com a formação de processo próprio para apuração dos fatos e finalmente para a apreciação do Tribunal Pleno, acontecimento que não se registrou.

3. DAS INSPEÇÕES

A realização das inspeções in loco contou com a participação de técnicos lotados na antiga DCO, que em equipes de auditoria devidamente autorizadas por ato do Senhor Presidente do Tribunal de Contas, à época, e sempre acompanhadas dos responsáveis pela fiscalização do DEINFRA/SC e ou Consultora contratada para a fiscalização, percorreram as obras integrantes do Programa BID IV, grupo I e II.

A fim de se obter o resultado planejado no programa de auditoria, considerou-se que cada trecho seria inspecionado até a sua conclusão. Contudo, a partir de fevereiro de 2005 a área técnica de engenharia não mais efetuou inspeções nas obras rodoviárias do BID IV.

Assim, os trechos: São João do Itaperiú – Massaranduba; Campo Erê – Saltinho; Saltinho – ; – Nova Itá e São João Batista – não foram contemplados com inspeções até o final de suas obras, visto que estes trechos foram concluídos em data posterior a fevereiro de 2005.

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Registra-se que a partir de fevereiro de 2005 o acompanhamento, que agrupa inclusive os trechos do grupo III, vem sendo executado pela equipe designada para a realização da Auditoria Anual do Programa Rodoviário BID IV, atualmente a cargo da Diretoria de Atividades Especiais – DAE.

As inspeções in loco efetuadas a partir de dezembro de 2003 até fevereiro de 2005 contemplaram os trechos constantes nos quadros 1 e 2, a seguir descritos, exceto os trechos: – BR-470, São Bento Baixo – Vila Maria e Guarda – BR-101, cujas razões são expostas adiante.

QUADRO 1 – RELAÇÃO DOS TRECHOS DO GRUPO I – ETAPA BID IV

RODOVIAS LOTE Nº EXTENSÃO (KM) SIGLA TRECHO OBRAS DE IMPLANTAÇÃO E PAVIMENTAÇÃO 01 SC-426 – Braço do Trombudo 15,5 02 SC-458 Anita Garibaldi – Lajeado dos Portões 23,1 03 SC-458 Lajeado dos Portões – 26,2 04 SC-474 São João do Itaperiú – Massaranduba 19,5 05 SC-302 Caçador – 48,4 06 SC-302 Matos Costa – Porto União 32,3 07 SC-427 BR-282 – 17,2 08 SC-431 BR-282 – São Bonifácio 33,1 09 SC-483 13,7 SUBTOTAL 229,0 OBRAS DE REABILITAÇÃO 10 SC-450 Praia Grande – BR-101 21,9 10A SC-485 – Balneário Gaivota 7,3 11 SC-431 São Martinho – 23,0 12 SC-448 – Meleiro 18,0 13 SC-425 BR-470 – Otacílio Costa – BR-282 55,2 14 SC-283 – Mondaí 19,3 15 SC-283 BR-153 – Concórdia – SC-465 20,1 16 SC-465 Lindóia do Sul – SC-283 25,3 17 SC-301 BR-101 – Pé da Serra Dona Francisca 8,0 18 SC-301 Alto da Serra Dona Francisca – São Bento do Sul 42,1 19 SC-418 Pomerode – BR-470 17,4 20 SC-451 BR-153 – Caçador 61,5 21 SC-302 Caçador – Lebon Régis 38,7 22 SC-302 Lebon Régis – BR-116 26,7 23 SC-303 Caçador – 36,3 SUBTOTAL 420,8 TOTAL – GRUPO I 649,8

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QUADRO 2 – RELAÇÃO DOS TRECHOS DO GRUPO II - ETAPA BID IV.

RODOVIAS LOTE Nº EXTENSÃO (KM) SIGLA TRECHO OBRAS DE IMPLANTAÇÃO E PAVIMENTAÇÃO 01 SC-469 Campo Erê - Saltinho 28,3 02 SC-469 Saltinho – Serra Alta 23,0 03 SC-458 - Tupitinga 33,5 04 SC-443 São Bento Baixo – Vila Maria 18,9 05 SC-466 Seara – Nova Itá 18,7 06 SC-408 São João Batista – Major Gercino 20,7 07 SC-440 Guarda – BR-101 9,7 SUBTOTAL 152,8 TOTAL – GRUPO II 152,8

TOTAL GERAL – (GRUPO I + GRUPO II) 802,6 Fonte: Contratos.

4. DA ANÁLISE

Com a finalidade de cumprir com os objetivos propostos nos Planos de Auditoria, o presente relatório não abordará os atos administrativos relacionados com os aspectos licitatórios demandados na contratação das referidas obras.

O presente relatório agrupa, em sua análise, os aspectos levantados nas inspeções e anotados no Resumo de Acompanhamento, visto que, os membros que compuseram as equipes de auditoria entenderam, à vista dos fatos observados e de acordo com o Plano de Acompanhamento, ser possível reunir numa só exposição os estudos acerca dos achados de auditoria, tendo em vista que as anotações relevantes efetuadas durante as inspeções foram repassadas para conhecimento dos responsáveis diretos por cada obra, que de pronto adotavam medidas corretivas, cujas soluções eram verificadas nas inspeções seguintes.

Tendo em vista os fatos que seguem, não serão objetos de estudo na atual análise os seguintes trechos:

 Pomerode – BR-470 – Teve suas obras paralisadas em setembro de 2002, com posterior rescisão contratual. Citado trecho era integrante do grupo I – obras de reabilitação, tendo sido inspecionado pela última vez em março de 2003 com análise em processo AOR 03/06272300. Referido trecho foi novamente licitado e incluído no grupo III, cujas obras não fazem parte desta análise.

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 São Bento Baixo – Vila Maria - Obra integrante do grupo II – serviços de implantação e pavimentação. Em razão de Ações judiciais entre empresas licitantes, a obra não pôde ser contratada o que ocasionou sua exclusão do Programa Rodoviário BID IV.

 Guarda – BR-101 – Pertencente ao grupo II – obras de reabilitação. Por questões judiciais entre empresas licitantes, sua contratação acabou acontecendo somente em junho de 2005. Assim, considerando que a última inspeção autorizada deu-se em fevereiro de 2005, esta obra não foi merecedora de inspeção pela área técnica de engenharia deste Tribunal. Colheu-se junto ao DEINFRA/SC que a mesma está em andamento com cronograma físico atrasado e com prazo de conclusão previsto para dezembro/2007.

4.1. ASPECTOS TÉCNICOS REFERENTES ÀS OBRAS

4.1.1. Característica das obras

Para fins desta análise serão considerados apenas 28 (vinte e oito) trechos dos 31 (trinta e um) acima listados, em razão da exclusão dos 03 (três) trechos antes referenciados.

Assim, dos 28 (vinte e oito) trechos rodoviários listados nos quadros 1 e 2 acima, 14 (quatorze), com uma extensão total de 353,2 km, envolvem obras de implantação e pavimentação, porquanto os outros 14 (quatorze) trechos, totalizando 403,4 km de extensão, referem-se a obras de reabilitação do pavimento e melhoria da estrutura existente.

4.1.2. Situação física

Os 28 (vinte e oito) trechos encontram-se concluídos, registrando-se que o último trecho a ter suas obras concluídas foi o de Seara – Nova Itá, ocorrido em 27.05.2006.

4.1.2. Prazos de execução

Dos 28 (vinte e oito) trechos apenas 4 (quatro) puderam ser concluídos dentro do prazo inicialmente previsto: Sombrio – Balneário Gaivota, BR-101 – Pé da Serra Dona Francisca, Campo Erê – Saltinho e Capinzal – Tupitinga, demonstrando

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assim, que 85,72% dos trechos necessitaram prorrogar seus prazos de execução inicialmente determinados.

Essas prorrogações, causadas às vezes até por situações involuntárias, acabam penalizando duplamente o cidadão, pois o priva de usufruir do benefício que o empreendimento tende a gerar após sua conclusão e acarreta custos extras para o Estado, principalmente com dispêndios adicionais para os contratos de supervisão e fiscalização, cuja duração está atrelada ao prazo de execução da obra.

O quadro a seguir demonstra, entre outros dados, sobretudo o tempo adicional despendido na execução das obras.

QUADRO 3 – DEMONSTRATIVO DOS PRAZOS DE EXECUÇÃO. DATAS PRAZOS (DIAS CORRIDOS)

RODOVIAS/TRECHO ORDEM DE TÉRMINO TÉRMINO INICIAL FINAL ADITADO SERVIÇO PREVISTO REAL

SC-426 - Trombudo Central - Braço do Trombudo 18.03.02 09.09.03 06.02.04 540 690 150 SC-458 - Anita Garibaldi - Lajeado dos Portões 18.03.02 07.01.04 06.05.04 660 780 120 SC-458 - Lajeado dos Portões - Campo Belo do Sul 18.03.02 07.03.04 05.07.04 720 840 120 SC-474 - São João do Itaperiú - Massaranduba 27.03.02 17.11.03 07.09.05 600 1260 660 SC-302 - Caçador - Matos Costa 27.03.02 16.03.04 14.07.04 720 810 90 SC-302 - Matos Costa - Porto União 18.03.02 09.09.03 05.07.04 540 840 300 SC-427 - BR-282 - Rio Rufino 27.03.02 18.09.03 12.09.04 540 900 360 SC-431 - BR-282 - São Bonifácio 27.03.02 16.03.04 14.06.04 720 810 90 SC-483 - Morro Grande - Meleiro 18.03.02 09.09.03 19.10.03 540 580 40 SC-450 - Praia Grande - BR-101 18.03.02 12.01.03 13.03.03 300 360 60 SC-485 - Sombrio - Balneário Gaivota 18.03.02 13.12.02 13.12.02 270 270 0 SC-431 - São Martinho - Gravatal 18.03.02 12.01.03 12.04.03 300 390 90 SC-448 - Forquilhinha - Meleiro 18.03.02 12.01.03 13.03.03 300 360 60 SC-425 - BR-470 - Otacílio Costa - BR-282 18.03.02 11.06.03 10.08.03 450 510 60 SC-283 - Caibi - Mondaí 18.03.02 13.11.02 10.08.03 240 510 270 SC-283 - BR-153 - Concórdia - SC-465 18.03.02 13.03.03 11.07.03 360 480 120 SC-465 - Lindóia do Sul - SC-283 18.03.02 12.01.03 11.07.03 300 480 180 SC-301 - BR-101 - Pé da Serra Dona Francisca 18.03.02 13.11.02 13.11.02 240 240 0 SC-301 - Alto da Serra D. Francisca - São B. do Sul 18.03.02 11.06.03 05.07.04 450 840 390 SC-451 - BR-153 - Caçador 18.03.02 09.09.03 08.11.03 540 600 60 SC-302 - Caçador - Lebon Régis 18.03.02 13.03.03 08.12.03 360 630 270 SC-302 - Lebon Régis - BR-116 18.03.02 13.03.03 11.06.03 360 450 90 SC-303 - Caçador - Videira 18.03.02 13.03.03 08.11.03 360 600 240 SC-469 - Campo Erê - Santinho 17.10.03 06.09.05 06.09.05 720 720 0 SC-469 - Saltinho - Serra Alta 19.09.03 10.07.05 07.12.05 660 810 150 SC-458 - Capinzal - Tupitinga 30.08.03 23.10.04 23.10.04 420 420 0 SC-466 - Seara - Nova Itá 10.10.03 02.04.05 27.05.06 540 960 420 SC-408 - São João Batista - Major Gercino 19.09.03 08.09.05 27.03.06 720 920 200 Fonte: Resumo de acompanhamento.

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Do exposto no quadro acima, depreende-se que 3 (três) trechos tiveram seus prazos prorrogados por mais de um ano, sendo eles: São João de Itaperiú – Massaranduba com 660 dias, Seara – Nova Ita com 420 dias e Alto de Serra Dona Francisca – São Bento do Sul com 390 dias de acréscimo.

Vários são os fatores que propiciam atrasos na execução de obras, citando- se entre eles:

- os períodos prolongados de chuvas que afetam principalmente as obras de implantação e pavimentação;

- necessidade de adequação dos projetos e especificações;

- demora nas liberações de licenças ambientais;

- empresas mal estruturadas (deficiência de mão-de-obra e equipamentos);

- a indicação e liberação de novas jazidas e, ainda por vezes,

- os inquestionáveis problemas no fluxo orçamentário/financeiro que acabam por retardar o pagamento ao contratado, sobretudo em face da liberação de recursos orçamentários para novos projetos, em detrimento da conclusão de obras já iniciadas.

4.1.3. Controle das condições pluviométricas

Levando-se em consideração que o excesso de chuva quase sempre tem sido indicado como um dos fatores que tem potencializado atrasos na execução de obras, faz-se necessário demonstrar qual o número de dias que, em cada obra, este agente interferiu no andamento normal dos serviços.

QUADRO 4 – DEMONSTRATIVO DO CONTROLE PLUVIOMÉTRICO

Nº DE DIAS NÃO TRABALHADOS RODOVIAS/TRECHO PRATICÁVEIS TOTAL CHUVA IMPRATICÁVEIS NEBLINA SC-426 - Trombudo Central - Braço do Trombudo 406,0 91,0 193,0 0,0 690,0 C-458 - Anita Garibaldi - Lajeado dos Portões 492,0 114,5 153,5 4,0 764,0 SC-458 - Lajeado dos Portões - Campo Belo do Sul 482,5 109,5 149,0 4,0 745,0 SC-474 - São João do Itaperiú - Massaranduba 776,0 314,5 169,5 0,0 1260,0 SC-302 - Caçador - Matos Costa 573,0 121,3 115,7 0,0 810,0 SC-302 - Matos Costa - Porto União 517,6 121,1 189,0 12,2 840,0 SC-427 - BR-282 - Rio Rufino 600,0 146,5 153,5 0,0 900,0 SC-431 - BR-282 - São Bonifácio 400,5 184,5 222,0 3,0 810,0 SC-483 - Morro Grande - Meleiro 439,5 104,5 34,0 2,0 580,0

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SC-450 - Praia Grande - BR-101 265,0 65,0 30,0 0,0 360,0 SC-485 - Sombrio - Balneário Gaivota 186,0 56,0 28,0 0,0 270,0 SC-431 - São Martinho - Gravatal 274,5 66,0 49,5 0,0 390,0 SC-448 - Forquilhinha - Meleiro 263,0 70,0 27,0 0,0 360,0 SC-425 - BR-470 - Otacílio Costa - BR-282 397,0 85,5 27,5 0,0 510,0 SC-283 - Caibi - Mondaí 245,0 76,0 44,0 0,0 365,0 SC-283 - BR-153 - Concórdia - SC-465 373,0 63,5 43,5 0,0 480,0 SC-465 - Lindóia do Sul - SC-283 375,5 62,5 42,0 0,0 480,0 SC-301 - BR-101 - Pé da Serra Dona Francisca 134,0 56,0 50,0 0,0 240,0 SC-301 - Alto da Serra D. Francisca - São B. do Sul 496,0 169,0 123,5 51,5 840,0 SC-451 - BR-153 - Caçador 446,0 92,5 61,0 0,5 600,0 SC-302 - Caçador - Lebon Régis 486,5 85,5 54,5 2,5 629,0 SC-302 - Lebon Régis - BR-116 341,5 67,5 41,0 0,0 450,0 SC-303 - Caçador - Videira 391,5 98,0 109,0 0,5 599,0 SC-469 - Campo Erê - Santinho 434,0 85,5 83,5 0,0 603,0 SC-469 - Saltinho - Serra Alta 582,0 110,5 108,5 9,0 810,0 SC-458 - Capinzal - Tupitinga 300,5 68,0 49,5 2,0 420,0 SC-466 - Seara - Nova Itá 689,0 120,0 139,0 12,0 960,0 SC-408 - São João Batista - Major Gercino 571,0 158,5 190,5 0,0 920,0 Fonte: “As Biult” e Relatórios mensais das Empresas Supervisoras.

Como se depreende do quadro acima, os dias não trabalhados constituem- se na totalização dos dias de chuva, mais os impraticáveis (aqueles após as chuvas) e mais os dias atingidos por formação de neblina. Contudo, a forma disposta no referido quadro não permite visualizar e avaliar a relação havida entre o total de dias não trabalhados e o tempo total gasto na execução de cada obra.

Assim, para um melhor entendimento, faz-se necessário apresentar o quadro seguinte, em que se demonstra a totalização dos dias não trabalhados e sua relação com o prazo total gasto na execução da obra.

QUADRO 5 – RELAÇÃO ENTRE OS DIAS NÃO TRABALHADOS/TOTAL

Nº DE DIAS PERCENTUAL

RODOVIAS/TRECHO NÃO PRATICÁVEIS TOTAL (DIAS NÃO TRABALHADOS TRAB/TOTAL) SC-426 - Trombudo Central - Braço do Trombudo 406,0 284,0 690,0 41,16 C-458 - Anita Garibaldi - Lajeado dos Portões 492,0 272,0 764,0 35,60 SC-458 - Lajeado dos Portões - Campo Belo do Sul 482,5 262,5 745,0 35,23 SC-474 - São João do Itaperiú - Massaranduba 776,0 484,0 1260,0 38,41 SC-302 - Caçador - Matos Costa 573,0 237,0 810,0 29,26 SC-302 - Matos Costa - Porto União 517,5 322,5 840,0 38,39 SC-427 - BR-282 - Rio Rufino 600,0 300,0 900,0 33,33 SC-431 - BR-282 - São Bonifácio 400,5 409,5 810,0 50,56 SC-483 - Morro Grande - Meleiro 439,5 140,5 580,0 24,22 SC-450 - Praia Grande - BR-101 265,0 95,0 360,0 26,39 SC-485 - Sombrio - Balneário Gaivota 186,0 84,0 270,0 31,11 SC-431 - São Martinho - Gravatal 274,5 115,5 390,0 29,61 SC-448 - Forquilhinha - Meleiro 263,0 97,0 360,0 26,94 SC-425 - BR-470 - Otacílio Costa - BR-282 397,0 113,0 510,0 22,16 SC-283 - Caibi - Mondaí 245,0 120,0 365,0 32,88

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SC-283 - BR-153 - Concórdia - SC-465 373,0 107,0 480,0 22,29 SC-465 - Lindóia do Sul - SC-283 375,5 104,5 480,0 21,77 SC-301 - BR-101 - Pé da Serra Dona Francisca 134,0 106,0 240,0 44,17 SC-301 - Alto da Serra D. Francisca - São B. do Sul 496,0 344,0 840,0 40,95 SC-451 - BR-153 - Caçador 446,0 154,0 600,0 25,67 SC-302 - Caçador - Lebon Régis 486,5 142,5 629,0 22,65 SC-302 - Lebon Régis - BR-116 341,5 108,5 450,0 24,11 SC-303 - Caçador - Videira 391,5 207,5 599,0 34,64 SC-469 - Campo Erê - Santinho 434,0 169,0 603,0 28,03 SC-469 - Saltinho - Serra Alta 582,0 228,0 810,0 28,15 SC-458 - Capinzal - Tupitinga 300,5 119,5 420,0 28,45 SC-466 - Seara - Nova Itá 689,0 259,0 960,0 26,98 SC-408 - São João Batista - Major Gercino 571,0 349,0 920,0 37,93 Fonte: Dados extraídos do quadro 4 deste relatório.

Os resultados encontrados no quadro acima apontam que houve trechos onde o período de chuva foi mais crucial, tendo revelado, por exemplo, que no trecho BR-282 – São Bonifácio, 50,56% do seu período de execução foi marcado por dias não trabalhados. Outros trechos, tais como: BR-101 – Pé da Serra Dona Francisca, Trombudo Central – Braço do Trombudo e Alto da Serra Dona Francisca – São Bento do Sul, também foram marcados por períodos relativamente longos de dias não trabalhados, verificando-se que nestes trechos esse tempo foi superior a 40,00% do tempo total.

Contudo, vale ressaltar que os incômodos e prolongados atrasos verificados na execução de determinadas obras nem sempre podem ser creditados ao mau tempo, visto que, de acordo com os dados contidos nos quadros 3 e 5 deste relatório, quando confrontados entre si, permitem inferir que outros fatores também foram os causadores de inúmeras prorrogações de prazo deferidas à conclusão das obras.

O registro feito no parágrafo anterior se consolida quando se demonstra, por exemplo, que no trecho BR282 – São Bonifácio, enquanto 50,56% do prazo total de sua execução foram de dias não trabalhados, o atraso foi de apenas 90 dias. Por outro lado, no trecho BR282 – Rio Rufino, enquanto o número de dias não trabalhados foi de 300 dias em relação ao prazo total final, o atraso ocorrido na obra foi de 360 dias.

A mesma analogia pode ser traçada entre os trechos: São João da Itaperiú – Massaranduba e Trombudo Central – Braço do Trombudo, que enquanto no primeiro trecho o número de dias não trabalhados foi de 484 de um total de 1260

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dias (38,41%), o atraso na obra foi de 660 dias, já no segundo trecho o número de dias não trabalhados foi de 284 de um total de 690 dias (41,16%) e o atraso foi de apenas 150 dias, o que demonstra, mais uma vez, não ter sido o período de chuva o único causador do longo atraso de 660 dias verificado nas obras do trecho São João do Itaperiú – Massaranduba.

4.1.4. Custos das obras

No quadro a seguir demonstrar-se-á os custos estimados, os contratados e os efetivamente despendidos na execução das obras dos 28 (vinte e oito) trechos, bem como, se determinará a relação havida entre estes custos totais, destacando-se que para a contratação das 28 (vinte oito) obras foram realizadas 2 (duas) licitações públicas internacionais, Edital nº 105/01 de 13.09.2001, relativo aos trechos do grupo I e o Edital 62/02 de 30.07.2002, pertinente aos trechos do grupo II, cujos atos administrativos não serão objeto de análise no presente relatório.

QUADRO 6 – DEMONSTRATIVO DOS CUSTOS COM AS OBRAS.

VALOR (R$) RODOVIAS/TRECHO CONTRATADO MEDIDO CONTRATADO ORÇADO + ADITIVO (FINAL) SC-426 - Trombudo Central - Braço do Trombudo 11.370.407,94 8.377.741,45 8.562.479,87 8.252.075,52 C-458 - Anita Garibaldi - Lajeado dos Portões 14.155.245,84 12.717.402,79 14.195.980,11 14.118.267,84 SC-458 - Lajeado dos Portões - Campo Belo do Sul 14.648.845,25 13.167.506,79 13.989.511,47 13.904.103,07 SC-474 - São João do Itaperiú - Massaranduba 14.158.376,76 11.769.780,69 13.538.102,73 12.590.684,41 SC-302 - Caçador - Matos Costa 22.946.585,48 20.433.357,39 23.124.019,30 22.835.930,35 SC-302 - Matos Costa - Porto União 17.027.992,63 16.118.881,27 19.956.519,38 19.826.084,12 SC-427 - BR-282 - Rio Rufino 11.276.193,33 9.311.708,19 10.826.023,91 10.125.159,55 SC-431 - BR-282 - São Bonifácio 16.803.771,43 13.851.999,20 16.238.465,06 15.083.238,27 SC-483 - Morro Grande - Meleiro 6.806.835,20 7.353.525,73 8.929.947,50 8.636.784,65 SC-450 - Praia Grande - BR-101 7.020.756,08 6.091.581,99 6.091.582,00 6.076.848,28 SC-485 - Sombrio - Balneário Gaivota 2.227.020,67 1.886.812,75 2.310.903,60 2.267.071,72 SC-431 - São Martinho - Gravatal 7.803.945,00 6.944.390,84 6.944.390,84 5.575.042,16 SC-448 - Forquilhinha - Meleiro 5.657.878,28 6.189.033,69 6.519.994,25 6.086.773,24 SC-425 - BR-470 - Otacílio Costa - BR-282 19.627.560,83 15.960.158,97 16.933.269,36 16.806.550,68 SC-283 - Caibi - Mondaí 5.820.193,93 5.711.411,84 5.711.411,84 5.705.875,04 SC-283 - BR-153 - Concórdia - SC-465 6.947.543,65 6.110.495,79 6.276.220,49 6.197.191,45 SC-465 - Lindóia do Sul - SC-283 7.424.619,89 8.251.893,05 8.251.893,05 7.161.857,06 SC-301 - BR-101 - Pé da Serra Dona Francisca 3.942.562,89 3.558.296,66 3.642.063,94 3.402.854,42 SC-301 - Alto da Serra D. Francisca - São B. do Sul 19.252.347,61 14.962.463,89 18.697.832,94 18.695.770,49 SC-451 - BR-153 - Caçador 17.358.821,43 13.992.550,48 15.268.836,49 15.265.142,22 SC-302 - Caçador - Lebon Régis 14.386.641,15 11.717.616,60 11.717.616,60 11.491.480,26 SC-302 - Lebon Régis - BR-116 8.781.430,81 7.713.467,19 8.366.252,42 8.107.552,47 SC-303 - Caçador - Videira 10.670.263,59 8.886.755,75 9.114.295,72 8.882.015,64 SC-469 - Campo Erê – Santinho * 16.597.609,61 18.580.317,08 23.204.410,14 23.197.804,96 SC-469 - Saltinho - Serra Alta * 18.526.364,23 21.231.166,24 26.529.798,93 26.419.726,47 SC-458 - Capinzal – Tupitinga * 14.951.607,32 17.280.926,99 20.658.687,08 20.596.538,08 SC-466 - Seara - Nova Ita * 15.328.789,42 16.876.185,67 16.876.185,67 15.173.007,31

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SC-408 - São João Batista - Major Gercino * 18.581.155,05 20.728.731,13 25.859.693,25 25.181.033,05 TOTAL 350.101.365,30 325.776.160,10 368.336.387,94 357.662.462,78

RELAÇÃO (CONTRATADO/ORÇADO) = 93,05% [Redução de 6,95%] RELAÇÃO (CONTRATADO + ADITIVO/CONTRATADO) = 113,06% [Acréscimo de 13,06%] RELAÇÃO (MEDIDO FINAL/CONTRATADO) = 109,79% [Acréscimo de 9,79%] Fonte: Resumo de Acompanhamento. (*) : Obras do Grupo II.

Os valores acima demonstram que o Estado estimava gastar com a execução dos 28 (vinte e oito) trechos, um total de R$350.101.365,30, porém, o valor inicialmente contratado foi de R$325.776.160,10, o que representa uma redução em relação ao total orçado da ordem de 6,95%, correspondendo a uma diferença de R$24.325.205,20 em benefício aos cofres públicos.

Contudo, ao final das obras constatou-se que o valor total despendido foi de R$357.662.462,78, o que representa um acréscimo em relação ao valor total inicialmente contratado da ordem de 9,79%, correspondendo a um aditamento de R$31.886.302,60 sobre o valor total dos contratos.

No caso que se examina, considera-se pertinente que se demonstre, no quadro a seguir, qual o percentual aditado ao valor do contrato de cada um dos 28 (vinte e oito) trechos.

QUADRO 7 – DEMONSTRATIVO DOS VALORES ADITADOS.

VALOR (R$) PERCENTUAL RODOVIAS/TRECHO CONTRATADO + CONTRATADO ADITIVADO ADITIVO SC-426 - Trombudo Central - Braço do Trombudo 8.377.741,45 8.562.479,87 2,21 C-458 - Anita Garibaldi - Lajeado dos Portões 12.717.402,79 14.195.980,11 11,63 SC-458 - Lajeado dos Portões - Campo Belo do Sul 13.167.506,79 13.989.511,47 6,24 SC-474 - São João do Itaperiú - Massaranduba 11.769.780,69 13.538.102,73 15,02 SC-302 - Caçador - Matos Costa 20.433.357,39 23.124.019,30 13,17 SC-302 - Matos Costa - Porto União 16.118.881,27 19.956.519,38 23,81 SC-427 - BR-282 - Rio Rufino 9.311.708,19 10.826.023,91 16,26 SC-431 - BR-282 - São Bonifácio 13.851.999,20 16.238.465,06 17,23 SC-483 - Morro Grande - Meleiro 7.353.525,73 8.929.947,50 21,44 SC-450 - Praia Grande - BR-101 6.091.581,99 6.091.582,00 0,00 SC-485 - Sombrio - Balneário Gaivota 1.886.812,75 2.310.903,60 22,48 SC-431 - São Martinho - Gravatal 6.944.390,84 6.944.390,84 0,00 SC-448 - Forquilhinha - Meleiro 6.189.033,69 6.519.994,25 5,35 SC-425 - BR-470 - Otacílio Costa - BR-282 15.960.158,97 16.933.269,36 6,10 SC-283 - Caibi - Mondaí 5.711.411,84 5.711.411,84 0,00 SC-283 - BR-153 - Concórdia - SC-465 6.110.495,79 6.276.220,49 2,71 SC-465 - Lindóia do Sul - SC-283 8.251.893,05 8.251.893,05 0,00 SC-301 - BR-101 - Pé da Serra Dona Francisca 3.558.296,66 3.642.063,94 2,35 SC-301 - Alto da Serra D. Francisca - São B. do Sul 14.962.463,89 18.697.832,94 24,96 SC-451 - BR-153 - Caçador 13.992.550,48 15.268.836,49 9,12 SC-302 - Caçador - Lebon Régis 11.717.616,60 11.717.616,60 0,00

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SC-302 - Lebon Régis - BR-116 7.713.467,19 8.366.252,42 8,46 SC-303 - Caçador - Videira 8.886.755,75 9.114.295,72 2,56 SC-469 - Campo Erê - Santinho 18.580.317,08 23.204.410,14 24,89 SC-469 - Saltinho - Serra Alta 21.231.166,24 26.529.798,93 24,96 SC-458 - Capinzal - Tupitinga 17.280.926,99 20.658.687,08 19,55 SC-466 - Seara - Nova Itá 16.876.185,67 16.876.185,67 0,00 SC-408 - São João Batista - Major Gercino 20.728.731,13 25.859.693,25 24,75 Fonte: Resumo de acompanhamento.

Do demonstrado no quadro acima se verifica que em apenas 06 (seis) dos 28 (vinte e oito) trechos não ocorreram acréscimos ao valor inicialmente contratado, por outro lado, constatou-se que em 7 (sete) trechos os acréscimos foram acima de 20,0%, sendo que em 4 (quatro) deles o acréscimo foi superior a 24,70%.

Durante as inspeções efetuadas nos 28 (vinte e oito) trechos verificou-se que os acréscimos ao valor contratual foram motivados, basicamente, pelas seguintes necessidades:

1) Deficiências no projeto básico; 2) Ajustes construtivos necessários a continuidade da obra motivada por fatores imprevisíveis a época da elaboração do projeto básico; 3) Ampliação da segurança na rodovia; e 4) Novas condicionantes ambientais.

Pode-se dizer que os acréscimos de serviços, até onde foi possível observar, foram determinados por exigências de ordem técnica, decorrente muitas vezes de situações imprevisíveis ou, quando menos, considerados não previstos. As alterações promovidas decorreram de modificações nos projetos com especificação para melhorar a qualidade das obras, atendendo a questões ambientais e de segurança, dentre outras.

É oportuno ressaltar que, sem a implementação de ajustes, por vezes a execução do objeto não se consolidaria, e que, portanto, algumas alterações no projeto são indispensáveis à satisfação do interesse público.

Embora no presente relatório não se aborde os atos administrativos relacionados com os aspectos licitatórios demandados na contratação das referidas obras, importa destacar as significativas variações observadas entre os custos ofertados pelas empreiteiras e os orçados pelo Órgão licitante para as obras do grupo II, conforme se afigura no quadro a seguir:

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QUADRO 8 - COMPARATIVO CUSTO GLOBAL EMPREITEIRA/CUSTO ORÇADO. CUSTOS (R$) VARIAÇÃO RODOVIA/TRECHO ORÇADOS EMPREITEIRA (%) SC-469 - Trecho: Saltinho - Serra Alta 18.526.364,23 21.231.166,24 14,60 SC-458 - Trecho: Capinzal - Tupitinga - BR-470 14.897.607,33 17.280.927,04 16,00 SC-469 - Trecho: Campo Erê - Saltinho 16.597.609,62 18.580.317,08 11,95 SC-408 - Trecho: São João Batista - Major Gercino 18.581.155,05 20.728.731,13 11,56 SC-466 - Trecho: Seara - Nova Itá 15.328.789,42 16.876.185,66 10,09 TOTAL GERAL 83.931.525,65 94.697.327,15 12,83

Como se depreende do quadro acima, o custo total da contratação das 5 (cinco) obras foi em média 12,83% acima do estimado pelo Órgão licitante, o que representa um dispêndio adicional, inicialmente não previsto, de R$10.765.801,50.

Contudo, é preciso, igualmente, observar que o Órgão licitante se vê impedido de limitar preço unitário ou global em atendimento ao disposto no Inciso X do Art. 40 da Lei 8.666/93, para licitações que envolvam recursos oriundos do contrato de empréstimo nº 1390/OC-BR, firmado entre o Estado de Santa Catarina e o Banco Interamericano de Desenvolvimento - Programa Rodoviário - BID IV, tendo em vista o disposto no citado Instrumento de Empréstimo, que em seu Anexo B - Procedimentos para Licitações, item 3.13 assim assevera:

3.13. Critérios para avaliação de ofertas. A adjudicação deverá corresponder à oferta mais vantajosa, que é a que inclui fatores que, além do preço, devem ser considerados na comparação de ofertas. Trata-se da "oferta avaliada como a mais baixa". Para selecionar a oferta avaliada como a mais baixa, os documentos de licitação devem estabelecer claramente os fatores, além do preço, que devem ser levados em conta na avaliação, bem como o valor a ser atribuída a cada fator. [...] Os documentos de licitação não poderão impor faixas de preços nem preços máximos ou mínimos aos quais devam ajustar-se às ofertas. (grifei)

Nesse sentido, fica caracterizado que as normas que regem os procedimentos de aquisição de bens e contratação de obras no contrato de empréstimo nº 1390/OC-BR entre o Estado de Santa Catarina e o Banco Interamericano de Desenvolvimento - Programa Rodoviário - BID IV, por vezes mostram-se impróprias quando se pugna pela economicidade, na medida que impedem que a Entidade de Licitação possa fixar critérios de aceitabilidade dos preços unitário e global, conforme o caso, permitida a fixação de preços máximos, como forma de se evitar o ocorrido acima descrito.

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5. DAS ANOTAÇÕES DE AUDITORIA

Atendendo as finalidades traçadas no Plano de Acompanhamento, as inspeções in loco buscaram verificar se os serviços estavam sendo executados de acordo com o projeto de engenharia e em conformidade com as especificações de obras rodoviárias, em especial no que diz respeito à qualidade dos serviços, a exatidão das medições e o cumprimento da legislação ambiental.

No quadro a seguir, identifica-se, por trecho, as principais anotações efetuadas pelas equipes de auditoria durante as inspeções.

QUADRO 9 - OBSERVAÇÕES REGISTRADAS. TRECHO PRINCIPAIS PONTOS ANOTADOS Ausência de ancoragem na extremidade da defensa. Lebon Régis - BR-116 Remendo com péssimo acabamento. Problema de drenagem. Sinalização vertical de eficiência duvidosa. Placa ocultando placa. Placas com espaçamento inferior a 20m. BR-153 - Concórdia - SC-465 Acesso a posto de combustíveis invadindo o acostamento. Água vertendo no pavimento. Deficiência de drenagem. Caçador - Taquara Verde-BR-153 Trincamento da pista de rolamento. Sarjeta sem declividade. Acumula água. Caçador - Matos Costa Retenção de água no acostamento. Caçador - Videira Sinalização vertical deficiente. Espelhamento da trilha de roda. Ocorrência de exudação. Caibí - Mondai Placa ocultada por outra placa. Retenção de água no acostamento. Lebon Régis - Caçador Execução de sarjeta com espessura insuficiente ao projeto. Sarjetas sem manutenção. Matos Costa - Porto União Retenção de água no acostamento. Anita Garibaldi - Lajeado dos Execução de sarjeta com espessura insuficiente ao projeto. Portões Trincamento excessivo na pista restaurada recentemente. Saída de dreno e sarjeta sem dissipador de energia. Processo erosivo em evolução. BR-470 - Otacílio Costa - BR-282 Árvores muito próximas da pista. Segmento em curva. Perigo aos usuários da rodovia. Placas muito próximas umas das outras. Não atende a legislação vigente. Lajeado dos Portões - Campo Execução de sarjeta com espessura insuficiente ao projeto. Belo do Sul Pedra utilizada na execução de sub-base (macadame seco) Rio Rufino - BR-282 com dimensões fora da especificação. Falta peneira. São João do Itaperiú - Talude de corte com acabamento em desacordo com as Massaranduba especificações. Placa antecipando indevidamente ao usuário a culpa por Trombudo Central - Braço do eventuais acidentes. Trombudo Placa de marco quilométrico fixado sobre a calçada. Poste próximo o bordo da pista em local de curva.

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Árvores muito próximas da pista. Segmento em curva. Perigo Alto da Serra D. Francisca - São aos asuários. Bento do Sul Sarjeta de banqueta em corte sem dispositivo de dissipação dando início ao processo de erosão. Trincamento na pista restaurada recentemente. Forquilhinha - Meleiro Placas muito próximas umas das outras. Trilhamento (afundamento) na pista. Acumula água. Ancoragem de defensas em desacordo com a NBR 6971/99. Placas de propaganda fixadas muito próximas do bordo da Sombrio - Balneário Gaivota pista. Placas com espaçamento inadequado entre elas e encobertas por obstáculos. Placa de propaganda posicionada sobre a calçada com altura inadequada. Pórtico com base de sustentação muito próxima da pista. Placas encobertas por vegetação. Árvores muito próximas da pista. Segmento em curva. Praia Grande - BR-101 Terminal aéreo de defensa em desacordo com a NBR 6971/99. Inversão da fixação da lâmina de defensa em desacordo com a NBR 6971/99. Ancoragem da defensa em desacordo com a NBR 6971/99. Poste de fixação da defensa com esmagamento da cabeça provocadado pelo indevido método de cravação. Inversão da fixação da lâmina de defensa em desacordo com a NBR 6971/99. Aprofundamento excessivo da sarjeta propiciando perigo ao Gravatal - São Martinho usuário. O local está situado dentro de uma curva. Placa encoberta por vegetação. Falta de rampa de acesso ao passeio da ponte. Fixação de defensas acima da altura permitida em desacordo com a NBR 6971/99. BR-282 – São Bonifácio Ancoragem da defensa não está de acordo com a NBR 6971. Acabamento de corte em desacordo com as especificações São João Batista – Major Gercino do DEINFRA/SC. Fonte: Anotação - equipes de auditoria.

Em relação aos apontamentos mais relevantes efetuados quando das inspeções, há que se destacar nessa análise o interesse demonstrado pelo DEINFRA/SC em agilizar o saneamento de qualquer fato anotado. Por solicitação daquele Órgão, as observações registradas pelas equipes de auditoria eram repassadas, ao final de cada vistoria, aos responsáveis diretos pela execução de cada uma das obras, que comunicavam as empresas os eventos anotados requerendo a solução dos mesmos.

Contudo, até a última inspeção efetuada, em fevereiro de 2005, nem todos os apontamentos acima descritos haviam sido solucionados, remanescendo algumas pendências, tais como, defensas fixadas de forma irregular e sinalização vertical incorreta.

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Dentre os fatos observados nas inspeções, o que mais chamou a atenção foi o aparecimento de trincas na capa asfáltica recém lançada nas obras de restauração dos trechos: BR-470 - Otacílio Costa - BR-282, Forquilhinha – Meleiro e Caçador – Taquara Verde – BR-153, cujas ocorrências deram-se ainda quando as obras não haviam sido concluídas.

Ao constatar o problema, o DEINFRA/SC de imediato determinou ao seu corpo técnico a realização de estudos para apuração das causas, tendo constatado, a priori, erro no processo executivo e deficiências nos projetos de engenharia que indicavam, para pontos isolados com trincas, soluções técnicas aquém das necessidades.

Assim, em razão do surgimento precoce de pontos com trincas na capa asfáltica, o DEINFRA/SC determinou as empresas construtoras a refazerem a recuperação nos locais com problemas, conforme registro fotográfico de cada trecho constante dos autos.

 Forquilhinha – Meleiro: fotos 1 e 2, fl. 188;

 BR-470 - Otacílio Costa - BR-282: fotos 4, 5 e 6, fls. 192/193;

 Caçador – Taquara Verde – BR-153: fotos 1 e 2, fl. 213.

Quando da última inspeção efetuada nestes trechos, em dezembro de 2003, constatou-se que as áreas afetadas haviam sido recuperadas, contudo, há informações da equipe técnica que elaborou o Relatório de Auditoria do Programa Rodoviário do Estado de Santa Catarina – IV Etapa – exercício 2004, Processo AOR 05/00574219, de que, em vistoria efetuada entre os dias 29 de novembro a 09 de dezembro de 2004, conforme documentos às fls. 273 a 297 do citado processo, foram observados novos trincamentos, notadamente nos trechos de Caçador – Taquara Verde – BR-153 e BR-470 – Otacílio Costa – BR-282.

Devido aos projetos não apresentarem soluções técnicas globais, importa destacar as anotações contidas no relatório final, denominado de “As Built”, pertinente ao trecho Caçador – Taquara Verde – BR-153, no qual do seu item 11.2 – RELATO COM INFORMAÇÕES SOBRE A PAVIMENTAÇÃO, se extrai:

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Um fato a ser relatado pela supervisão da obra é a ocorrência de valores de deflexão em pontos isolados do revestimento acima do limite de aceitação para pontos isolados. Embora se possa aferir a existência de ponto aleatório e isolado (área de influência de uma estaca) com medida deflectométrica que acusa um comportamento anômalo do pavimento neste ponto, com risco de insucesso da restauração, a Fiscalização da obra promoveu a aceitação da restauração por entender que a execução atendeu o previsto em Projeto. (sem grifo no original).

À vista do relato exposto pela empresa Consultora da referida obra, resta evidente que o projeto de engenharia de reabilitação para aquela rodovia não se compunha de soluções técnicas suficientemente detalhas e com nível de precisão adequada à resolução dos defeitos existentes. As intervenções propostas para as correções, notadamente, para os pontos isolados não asseguravam o sucesso da reabilitação.

Contudo, é imperioso que se apresente às razões que levam, na maioria das vezes, a elaboração de projetos com soluções menos onerosas, configurando-se no momento da execução dos serviços como imperfeições de projeto ou projeto desatualizado.

Comumente essas imperfeições estão diretamente ligadas a pré- determinação do próprio órgão executor do programa, isto é, aquele Ente Público que contrata o projeto e posteriormente a execução da obra. Quase sempre aprisionado pela escassez de recursos financeiros e na busca de executar o maior número de obras, o gestor público, primeiramente, limita o quanto de recursos financeiros está disposto a gastar numa determinada obra e, a partir daí, orienta então as empresas projetistas à elaboração de projetos que apresentem um conjunto de soluções com padrões mínimos, de tal maneira que a execução dos serviços não ultrapasse o volume de recursos antes fixados.

Desta forma, pode-se inferir que considerada a escolha de decisão do administrador em buscar soluções menos onerosas, seja nos projetos de implantação ou reabilitação de rodovias e, por vezes esta aliada ao emprego de materiais de má qualidade e de mão de obra negligenciada, os resultados quase sempre obtidos são de obras apresentando, em tempo precoce, o surgimento de defeitos que acarretam sensivelmente na diminuição da sua vida útil.

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5. RESULTADO DO PROCESSO DE ACOMPANHAMENTO

Considerando-se o elevado número de fatos anotados durante as inspeções efetuadas nas obras do Programa Rodoviário BID IV – grupos 1 e 2, pode-se afirmar que o resultado obtido com o processo de acompanhamento foi satisfatório, uma vez que poucos dos vários apontamentos registrados não foram totalmente solucionados.

A atuação do Tribunal de Contas, através de seu corpo técnico, de forma sistematizada e tempestiva, fazendo-se presente durante a execução das obras, serviu, para que num primeiro momento, grande parte dos problemas constatados durante as inspeções pudessem ser corrigidos a tempo e juntamente com a fiscalização de cada obra fossem discutidas e implementadas ações visando buscar maior segurança aos usuários da rodovia, tais como, a poda de árvores dentro da faixa de domínio e muito próximas ao bordo da pista, a implantação de mais defensas em locais de risco e em alguns casos a revisão da sinalização vertical.

O processo de acompanhamento buscou ainda inibir a prática de adiantamentos com a inclusão em medições de serviços ainda não executados e possibilitou uma real transparência das ações valorizando ainda mais a participação desta Corte de Contas.

6. CONCLUSÃO

Considerando que:

a) Do total de 31 (trinta e uma) obras licitadas, grupos 1 e 2, 01 (uma) teve seu contrato resilido, 01 (uma) foi excluída do Programa Rodoviário BID IV, 01 (uma) está em andamento e 28 (vinte e oito) estão concluídas, conforme anotado nos itens 4.1.1 e 4.1.2 deste relatório;

b) Tendo em vista os fatos que seguem, não foram objetos de estudo na atual análise os seguintes trechos:

b.1) Pomerode – BR-470 – Teve suas obras paralisadas em setembro de 2002, com posterior rescisão contratual. Citado trecho era integrante do grupo I – obras de reabilitação, tendo sido inspecionado pela última vez em março de 2003

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com análise em processo AOR 03/06272300. Referido trecho foi novamente licitado e incluído no grupo III, cujas obras não fazem parte desta análise.

b.2) São Bento Baixo – Vila Maria - Obra integrante do grupo II – serviços de implantação e pavimentação. Em razão de ações judiciais entre empresas licitantes, a obra não pôde ser contratada o que ocasionou sua exclusão do Programa Rodoviário BID IV.

b.3) Guarda – BR-101 – Pertencente ao grupo II – obras de reabilitação. Por questões judiciais entre empresas licitantes, sua contratação acabou acontecendo somente em junho de 2005. Assim, considerando que a última inspeção autorizada à área técnica de engenharia deu-se em fevereiro de 2005, esta obra não foi merecedora de inspeção pela área técnica de engenharia deste Tribunal. Colheu-se junto ao DEINFRA/SC que a mesma está em andamento com cronograma físico atrasado e com prazo de conclusão previsto para dezembro/2007.

c) Dos 28 (vinte e oito) trechos apenas 4 (quatro) puderam ser concluídos dentro do prazo inicialmente previsto: Sombrio – Balneário Gaivota, BR-101 – Pé da Serra Dona Francisca, Campo Erê – Saltinho e Capinzal – Tupitinga, demonstrando assim, que 85,72% dos trechos necessitaram prorrogar seus prazos de execução inicialmente determinados, conforme quadro 3 deste relatório;

d) Dentre os trechos que tiverem seu prazo de execução prorrogado, 3 (três) trechos foram dilatados por mais de um ano, sendo eles: São João de Itaperiú – Massaranduba com 660 dias, Seara – Nova Ita com 420 dias e Alto de Serra Dona Francisca – São Bento do Sul com 390 dias de acréscimo, conforme demonstrado do quadro 3 deste relatório;

e) Vários são os fatores que propiciam atrasos na execução de obras, citando-se entre eles:

- os períodos prolongados de chuvas que afetam principalmente as obras de implantação e pavimentação;

- necessidade de adequação dos projetos e especificações;

- demora nas liberações de licenças ambientais;

- empresas mal estruturadas (deficiência de mão-de-obra e equipamentos);

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- a indicação e liberação de novas jazidas e, ainda por vezes,

- os inquestionáveis problemas no fluxo orçamentário/financeiro que acabam por retardar o pagamento ao contratado, sobretudo em face da liberação de recursos orçamentários para novos projetos, em detrimento da conclusão de obras já iniciadas.

f) Em alguns trechos o período de chuva foi mais crucial, tendo revelado, por exemplo, que no trecho BR-282 – São Bonifácio, 50,56% do seu período de execução foi marcado por dias não trabalhados. Outros trechos, tais como: BR-101 – Pé da Serra Dona Francisca, Trombudo Central – Braço do Trombudo e Alto da Serra Dona Francisca – São Bento do Sul, também foram marcados por períodos relativamente longos de dias não trabalhados, verificando-se que nestes trechos esse tempo foi superior a 40,00% do tempo total, conforme demonstrado no quadro 5 deste relatório;

g) A execução das 28 (vinte e oito) obras custaram, a preços iniciais, a importância de R$357.662.462,78, o que representa um aumento de 9,79% em relação ao inicialmente contratado de R$325.776.160,10, conforme quadro 6 deste relatório;

h) Durante as inspeções efetuadas nos 28 (vinte e oito) trechos verificou-se que os acréscimos ao valor contratual foram motivados, basicamente, pelas seguintes necessidades:

- Deficiências no projeto básico; - Ajustes construtivos necessários a continuidade da obra motivada por fatores imprevisíveis a época da elaboração do projeto básico; - Ampliação da segurança na rodovia; e - Novas condicionantes ambientais;

i) Sem a implementação de ajustes, por vezes a execução do objeto não se consolidaria, e que, portanto, algumas alterações no projeto são indispensáveis à satisfação do interesse público;

j) As anotações mais relevantes efetuadas durante as inspeções eram repassadas, ao final de cada vistoria, aos responsáveis diretos pela execução de

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cada uma das obras, que comunicavam as empresas os eventos anotados requerendo a solução dos mesmos;

k) Em razão do surgimento precoce de pontos com trincas na capa asfáltica nos trechos: BR-470 - Otacílio Costa - BR-282, Forquilhinha – Meleiro e Caçador – Taquara Verde – BR-153, o DEINFRA/SC determinou as empresas construtoras a refazerem a recuperação nos locais com problemas;

l) Estudos efetuados pelo corpo técnico do DEINFRA/SC para apuração das causas do trincamento da capa asfáltica constatou, a priori, erro no processo executivo e deficiências nos projetos de engenharia que indicavam, para pontos isolados com trincas, soluções técnicas aquém das necessidades;

m) O relatório final denominado de “As Built” pertinente ao trecho Caçador – Taquara Verde – BR-153, em seu item 11.2 – Relato com informações sobre a pavimentação, revela a deficiência do projeto final de engenharia, apontando:

(...) Um fato a ser relatado pela supervisão da obra é a ocorrência de valores de deflexão em pontos isolados do revestimento acima do limite de aceitação para pontos isolados. Embora se possa aferir a existência de ponto aleatório e isolado (área de influência de uma estaca) com medida deflectométrica que acusa um comportamento anômalo do pavimento neste ponto, com risco de insucesso da restauração, a Fiscalização da obra promoveu a aceitação da restauração por entender que a execução atendeu o previsto em Projeto. (sem grifo no original). (...)

n) Muitas das imperfeições encontradas nos projetos básicos de engenharia são originárias a partir do poder discricionário do administrador público, que por vezes alegando razões de escassez de recursos financeiros delimita os estudos e propõe soluções menos onerosos para a correção dos problemas, acarretando prematuramente o reaparecimento dos defeitos;

o) O processo de acompanhamento na execução das obras dos 28 (vinte e oito) trechos do grupo 1 e 2 do Programa Rodoviário BID IV, iniciado em dezembro de 2003 e estendido até fevereiro de 2005, cumpriu com os objetivos propostos no Plano de Auditoria para o citado programa rodoviário;

p) A partir de fevereiro de 2005, o acompanhamento, que agrupa inclusive os trechos do grupo III, vem sendo executado pela equipe designada para a

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realização da Auditoria Anual do Programa Rodoviário BID IV, atualmente a cargo da Diretoria de Atividades Especiais – DAE.

Por todo o exposto e considerando mais o que dos autos consta, referente ao acompanhamento e avaliação da situação física e financeira de cada uma das obras integrantes do Programa Rodoviário BID IV, trechos do grupo 1 e 2, entende esta Instrução Técnica que pode o Exmo. Sr. Conselheiro Relator, em seu voto e parecer, propor ao TRIBUNAL PLENO, com fulcro no Art. 59 da CE, no Art. 1º da LC 202/2000 e no Art. 1º da Resolução n.º TC-06/2001 que instituiu o Regimento Interno, quando da apreciação do presente processo, decidir por:  6.1. Conhecer do Relatório de Auditoria que agrupa em sua análise o acompanhamento, iniciado em dezembro de 2003 e estendido até fevereiro de 2005, sobre as obras do Programa Rodoviário BID IV, trechos do grupo 1 e 2, com a realização de inspeções, procedidas no Departamento Estadual de Infra-Estrutura - DEINFRA/SC, para considerar regulares, com fundamento no art. 36, § 2º, alínea “a”, da Lei Complementar n. 202/2000, os atos e despesas analisados.

6.2. Determinar ao DEINFRA/SC, com relação ao trecho Caçador – Taquara Verde – BR-153 que:

6.2.1. No prazo de 90 (noventa) dias, a contar da publicação desta Decisão no Diário Oficial do Estado, faça uma avaliação do estado atual do pavimento restaurado, notadamente nos pontos onde o relatório “As Built” constatou deflexões acima das recomendadas, informando a este Tribunal o resultado da avaliação e em caso de existirem problemas nestes locais, apresente, também, as medidas tomadas para saná-los.

6.3. Recomendar ao DEINFRA/SC que:

6.3.1. Quando do não cumprimento do cronograma físico financeiro por parte das empresas construtoras, adote medidas ou sanções que impeçam os intermináveis aditivos de prorrogação de prazo, evitando-se assim aumento nos custos da obra, com a supervisão e dos transtornos aos usuários.

6.3.2. Proceda quando da elaboração ou revisão de seus projetos, estudos que permitam o detalhamento técnico com nível de precisão adequado à resolução

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dos problemas, de forma a evitar que prematuramente defeitos reapareçam em obras recém concluídas.

6.3.3. Quando da conclusão das obras rodoviárias determine ao setor competente com acompanhamento do Controle Interno à realização de avaliação da qualidade da obra, para fazer jus ao direito de garantia da mesma, de acordo com o prescrito no Art. 618 do novo Código Civil, elaborando os competentes Relatórios de Acompanhamento periódico pelo prazo de 5 (cinco) anos.

6.4. Determinar à Diretoria de Controle de Licitações e Contratações – DLC, deste Tribunal, que adote providências visando à verificação do atendimento da determinação constante dos itens 6.2, e 6.2.1 desta deliberação, procedendo à realização de diligências, inspeção ou auditoria que se fizerem necessárias.

É o Relatório. DLC / Insp.1, em 16 de outubro de 2007.

Eng.º João Roberto de Sousa Filho Eng.º Gustavo Simon Westphal Auditor Fiscal de Controle Externo Auditor Fiscal de Controle Externo

Econ. Pedro Vitali Auditor Fiscal de Controle Externo

Visto, Insp.1 - DIV 2, 16.10.2007.

Eng.º Ricardo Caruso Mac-Donald Chefe da Divisão 2

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De acordo com o presente Relatório. Sugere-se o encaminhamento dos autos ao Exmo. Sr. Conselheiro Relator, ouvido preliminarmente o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas. Em, 16.10.2007.

Eng.º Pedro Jorge Rocha de Oliveira Coordenador – DLC/Insp.1

DE ACORDO, DLC, ___/___/_____

EDISON STIEVEN DIRETOR

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