Gala Na Mairie De Paris Comemora a República Portuguesa

Gala Na Mairie De Paris Comemora a República Portuguesa

PUB Edition nº 234 | Série II, du 07 octobre 2015 GRATUIT Hebdomadaire Franco-Portugais O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa A antiga religiosa e agora escritora 14 Adília Maia, radicada em Clermont-Ferrand, acaba de editar o seu 6° livro, um romance. Edition FRANCE Fr Gala na Mairie de Paris comemora a 08 República Portuguesa Coligação ganhou Os resultados eleitorais e agora? dos 4 Deputados eleitos pela emigração só estão disponíveis no dia 14 de outubro Geminação. Uma delegação fran - 06 cesa de Vert-le-Grand (91), visitou Ida - nha-a-Nova no quadro da geminação entre as duas localidades. BES. O Novo Banco anunciou na se - 07 mana passada que 80% dos Emigrantes lesados do BES aderiram à proposta de solução do banco. Vinhos. Denis Varneau ganhou a 16ª 09 edição do concurso Master of Port e passa a ser mais um especialista francês dos vinhos portugueses. 03 Foto. O fotógrafo Jacques Blanchard des - 11 vendou uma parte da nova exposição com Passos Coelho provável novo Primeiro Ministro 412 fotografias de Portugal tiradas entre Lusa / José Sena Goulão 1966 e 2014. B U P 02 Opinião le 07 octobre 2015 Crónica de opinião Padre Nuno Aurélio Reitor do Santuário de Nossa Palavra Política de casos ou de causas? Senhora de Fátima de Paris ao leitor [email protected] O Santuário acolheu uma iniciativa quer balanço desta legislatura. Fi- que o mundo nos proporciona para a sua vida social. Não subestimo as cidadã, como agora se diz, ao rece - lo para mim mesmo e exerci o meu chegar a todos. São os critérios de dificuldades que isto implica, mas Carta de um ber para um debate os candidatos direito constitucional (e o meu sempre, que agora ganham maior encorajo-vos neste esforço. (...) De - pelo círculo europeu da emigração dever cívico), enviando o voto para relevo”. vemos evitar uma tentação hoje português em à próxima eleição para a Assem - Lisboa (e não me esqueci de acres - Ficam algumas afirmações do comum: descartar quem quer que Paris bleia da República portuguesa. centar ‘Portugal’ no endereço!). Papa, no seu discurso ao Con - se demonstre problemático. Lem - Não estiveram representantes de Aproveito para deixar algumas fra - gresso dos Estados Unidos da bremo-nos da regra de ouro: ‘O que Por José de Carvalho todas as listas, mas esteve pre - ses que considero interessantes América, que reúne os Represen - quiserdes que vos façam os ho - sente a maior parte. A organização para quem, rejeitando a mentali - tantes da nação (a assembleia de mens, fazei-o também a eles’ (Mt As noites continuaram a ser noites, o esteve a cabo do LusoJornal, Luso - dade sectária e histriónica com deputados) e os Senadores (repre - 7, 12). (…) Esta norma aponta-nos telefone ocupa o lugar dos abraços, Press e Rádio Alfa. É sempre ins - que agora se faz alguma política, sentantes dos 50 Estados que for - uma direção clara. Tratemos os ou - mas não mudam as saudades, não trutivo ouvir o que os políticos revele ter mente aberta, honesti - mam os EUA). Aos homens e tros com a mesma paixão e com - mudam os momentos que guarda - dizem e não dizem, como o fazem dade intelectual e verdadeiro amor mulheres que fazem as leis do país paixão com que desejamos ser mos no peito, conta tudo como lem - e como reagem. ao bem comum, que é o objetivo mais poderoso do mundo, Fran - tratados. Procuremos para os ou - brança, e como o tempo não compra Esta campanha eleitoral revelou de quem serve a «res publica» cisco disse: “Cada filho ou filha tros as mesmas possibilidades que uma passagem do regresso, de lem - um certo desconcerto mental dos (coisa/bem comum). Encontrarão duma determinada nação tem uma buscamos para nós mesmos. Aju - brança em lembrança damos valor às candidatos, pelas afirmações que nas afirmações do Cardeal-Pa - missão, uma responsabilidade pes - demos os outros a crescer, como coisas vulgares do passado, é com se fazem e no tom em que se triarca de Lisboa e do Papa Fran - soal e social (…). Uma sociedade quereríamos ser ajudados nós mes - elas que damos por nós a sorrir, o es - dizem. Mais do que causas, alguns cisco algumas pistas de reflexão. política dura no tempo quando, mos. Em suma, se queremos segu - quecimento é contrariado pela sensa - querem debater casos: discutir Comecemos por D. Manuel Cle - como uma vocação, se esforça por rança, demos segurança; se ção de continuarmos perto, de quem chamou a Troika para o mente que, em entrevista, afirmou: satisfazer as carências comuns, es - queremos vida, demos vida; se continuarmos próximos dos nossos e nosso país (como se fosse segredo) “Todos temos de ser mobilizados e timulando o crescimento de todos queremos oportunidades, providen - dos que também se lembram de nós, ou gritar que ela trouxe (apenas) comprometidos nas causas co - os seus membros, especialmente ciemos oportunidades. A medida que nos fazem pensar que jamais es - austeridade, quando na verdade muns. Isto é de todos, para todos, aqueles que estão em situação de que usarmos para os outros será a tamos sós, que são sempre a nossa além da austeridade, sim, trouxe e é assim mesmo que funciona maior vulnerabilidade ou risco. A medida que o tempo usará para bússola e mapa para traçar o cami - mais 93 mil milhões de euros para uma democracia”. Para os cida - atividade legislativa baseia-se sem - connosco. A regra de ouro põe-nos nho do regresso... o Estado português não ficar falido, dãos cristãos, o voto é individual e pre no cuidado das pessoas. (…) diante também da nossa responsa - Os dias continuaram a ser dias, não parece-me ridículo. Também se a decisão deve ser consciente, ava - Devemos avançar juntos, como um bilidade de proteger e defender a continuam a ser dias de agenda, as falou em empobrecimento do país, liando as propostas à luz dos prin - só, num renovado espírito de fra - vida humana em todas as fases do frases escritas tornam-se especialistas como se ele fosse rico até há 4 cípios fundamentais do Evangelho ternidade e solidariedade, colabo - seu desenvolvimento. (…)” [vale a em traduzir os nossos cumprimentos, anos atrás e de repente ficasse na e sugere: “Que deem prioridade à rando generosamente para o bem pena ler todo o discurso em sabendo que cada “bonjour” é supri - miséria! Ou como se não houvesse vida, que vão desde as possibilida - comum. (…) Se a política deve www.vatican.va] mido por cada “bom dia” à distância, pobreza em Portugal até 2011. des e apoio à vida em gestação no estar verdadeiramente ao serviço A visita papal à América teve como os nossos ouvidos aceitam um novo Não considero que as políticas ventre materno e ao acompanha - da pessoa humana, segue-se que slogan: “A nossa missão é o vocabulário, mesmo sendo este sejam todas iguais ou que os polí - mento da vida nas suas diversas não pode estar submetida à econo - Amor”. Quem dera que cada depu - preenchido por palavras que o cora - ticos sejam todos a mesma coisa fases; à necessidade de fazer do mia e às finanças. É que a política tado eleito e governante investido, ção desconhece, falamos palavras ou oportunistas e malandros, por - trabalho uma causa comum, por - é expressão da nossa absoluta ne - cada cidadão eleitor e ser humano, que achamos esquisitas porque as que não o são! Há uns mais capa - que o trabalho não é algo que se cessidade de vivermos juntos em fizesse sua esta certeza de vida: a pensamos em português, porque não zes e outros menos, mais possa ter ou não ter, porque está unidade, para podermos construir minha missão é o Amor. negamos a nossa identidade, e de - habilidosos ou trapalhões, gente em causa a própria realização da unidos o bem comum maior: uma Porque neste “Amor” está tudo o pois... aprendemos a ficar e... ficamos honestíssima e outros desonestos, pessoa na sociedade; as questões comunidade que sacrifique os in - que precisamos para um mundo sem esquecer. educados e malcriados, etc. Não ecológicas que façam ultrapassar teresses particulares para poder melhor. vou aqui discutir propostas ou fazer uma mentalidade consumista para partilhar, na justiça e na paz, os E já agora, espero que tenha vo - PUB campanha, nem apresentar qual - uma fruição mais sóbria daquilo seus benefícios, os seus interesses, tado! Crónica de opinião Adelino de Sousa Professor de Português Opinião de dirigentes associativos sobre o na Essonne (91) acordo de cooperação educativa e linguística [email protected] O acordo de cooperação educativa e Portugal não consegue impulsionar a português deveria estar inteiramente donados pelo Governo português e que linguística entre Portugal e a França é inércia. O Estado francês não faz nada integrado no ensino oficial francês. existe um “refoulement culturel”. conhecido por apenas 57,1% de diri - para valorizar o ensino do português e Interrogados sobre a mobilização dos Também afirmam que existem precon - PUB gentes de 42 associações interrogadas não fomenta a prática desta língua. Os pais para inscrever os filhos nos cursos ceitos como “em França devemos falar em 2013. A quase totalidade (95,8%) dois países não investem no português de português, a grande maioria dos francês” ou que “a integração passa pensam que este acordo não está a ser e Portugal cada vez menos. Existe responsáveis (76,2%) pensa que os principalmente pela língua do país”. respeitado. As razões evocadas são uma falta de meios e de interesse de pais se mobilizam pouco. Acham que Uma outra explicação dada, é o facto muito diversas como o facto de haver ambas as partes.

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