enfrentar o problema Número – Ano – Maio/Junho 313 33 2014 da AssociaçãoGaúchadeSupermercados A ROTATIVIDADE lternativas para mostra pujançadosetor Prêmio aocrescimentoPrêmio Como gerarrenda com RANKING AGAS 2013 produtos descartáveis BOAS PRÁTICAS FECHAMENTO AUTORIZADO – PODE SER ABERTO PELA ECT Cassius Souza/Agas rial or um crescimento edito Antônio Cesa Longo P Presidente da Agas coletivo a crescente busca do consumidor por confiabili- menos de 20% do PIB estadual. Se hoje celebramos a dade, conveniência e facilidade nas formas de pagamento pujança do PIB gaúcho, muito devemos a São Pedro, que foi fator decisivo para que o setor supermercadista gaúcho colaborou decisivamente para a excepcional safra de nossas tenha apresentado um crescimento real de 7,39%, no lavouras. Enquanto o varejo, os serviços e principalmente ano passado. O dado, já deflacionado pelo IPCA/IBGE a indústria não encontrarem o seu Santo Padroeiro, é e revelado pelo Ranking Agas 2013, comprova que os necessário que busquemos soluções para um crescimento supermercados do RS mais uma vez demonstraram seu coletivo. Precisamos que todos os setores da nossa econo- poder de atualização, agilidade e comprometimento com mia tenham oportunidades e ferramentas iguais para esse sua comunidade, e estes são historicamente os diferenciais enfrentamento. Queremos que o campo siga crescendo do autosserviço. A participação das companhias super- em níveis excepcionais, mas os demais braços da economia mercadistas gaúchas no PIB do Estado pela primeira vez precisam acompanhar esse desenvolvimento, e todos nós ultrapassa a casa dos 7%. Além disso, os supermercados do temos um papel a cumprir em tal cenário. Rio Grande aumentaram a sua representatividade no fatu- Nenhuma economia no mundo tem sucesso se sua in- ramento total do setor no país, chegando aos 8%, levando a dústria não for efetivamente forte. Por isso, conclamamos um faturamento de R$ 21,6 bilhões e superando os 91 mil os colegas supermercadistas a valorizarem os produtos da empregos diretos. Estes dados, somados ao DNA sempre indústria gaúcha em suas gôndolas. São essas empresas, otimista que caracteriza a classe supermercadista, nos fazem referências em sua comunidade e região de atuação – e acreditar que em 2014, com muito trabalho e esforço, muitas delas modelares para todo o Brasil –, que nos inspi- conseguiremos buscar novamente um crescimento, ainda ram e nos motivam a buscar melhores condições para todos que desta vez o desafio seja maior, por toda a conjuntura e, acima de tudo, a igualdade de ferramentas de disputa econômica que se desenha. por mercado entre as companhias de todos os setores. Que Celebramos o crescimento expressivo do PIB gaúcho, os supermercados sigam crescendo, assim como cresceu e mas não podemos esquecer que ele foi alicerçado no setor tomou novo formato a marcante cerimônia de entrega do agrícola. A participação da indústria gaúcha no PIB do Prêmio Ranking Agas 2013. Torçamos e façamos a nossa Estado caiu cerca de 15% nos últimos cinco anos, e este parte para que cresçam, também, os demais segmentos da dado merece a nossa atenção. Hoje, a indústria representa nossa economia. O futuro do Rio Grande agradece. Produção e Execução: Reportagem: Diego Paiva de Castro, Marina Schmidt e Rafael Tourinho Raymundo Publicação oficial da Associação Gaúcha de Supermercados Colaboração: Ana Laura Visentini e Paola Oliveira iente Conselho Editorial: Antônio Cesa Longo, Francisco Schmidt, Revisão: Flávio Dotti Cesa Flávia Ferreira, Angelita Garcia, Fone: (51) 3346-1194 Foto de Capa: Istockphotos Edina Fassini, Francisco Brust e Samantha Guerra www.tematica-rs.com.br Comercialização: Tiovana Bencke [email protected] Edição de Arte: Silvio Ribeiro Fone: (51) 2118-5200/[email protected] Edição: Fernanda Reche (MTb 9474) Diagramação: Michelle Marquetti e Vanessa Bratz É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte. Os artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião do veículo. exped 30 ário ROTATIVIDADE O ciclo que se repete sum Situação de pleno emprego estimula supermercados a buscarem novas ações para manutenção de funcionários 58 RANKING AGAS 2013 Prêmio aos melhores Noite de homenagens aos supermercadistas que mais cresceram no ano de 2013 lembra importância 36 do setor para a economia gaúcha BOAS PRÁTICAS Renda extra Venda de papelão, plástico e latinhas para empresas recicladoras gera renda e mostra compromisso com a sustentabilidade 06 viva voz 44 capacitação 10 à vista 48 produtos 16 rapidinhas Geleias 18 recursos humanos 51 economia 21 perfil do varejo 52 agas jovem Supermercados Nicolini 54 perfil do varejo 24 soluções Supermercado Carnetti 26 calendário promocional 56 anote aí Inverno 68 perfil do fornecedor 28 informe jurídico Porto a Porto 38 jantando com a agas 70 produtos Novo Hamburgo Chás 40 calendário promocional 74 destaques Dia dos Pais 76 microfone 42 perfil do varejo 77 legislação Super Sonaglio (maio/junho 2014) Revista AGAS 04/05 Fotos: Divulgação ENAA cezar taurion é consultor e evan- gelista de tecnologia, uma profissão tão recente quanto as soluções que ele propaga. O evangelista de tecnologia é um profissional que divulga novos recursos e orienta para o seu uso. Uma das possibilidades mais pro- missoras para qualquer negócio, atualmente, Cezar Taurion é o Big Data, um conjunto de tecnologias e processos voltado para análise de dados. Você já parou para pensar sobre o quão valiosas podem ser as informações para o seu negócio? Em entrevista exclusiva para a Revista Agas, Taurion, cuja carreira está vinculada a grandes empresas, como a IBM, voz explica o que é, como funciona e quais são as vantagens competitivas do Big Data. AGAS O que é o Big Data? viva CT Big Data pode ser visto como um conjunto de tecnologias, processo e méto- dos que analisa não só o grande volume de informações possíveis, mas também dados que já estão disponíveis para as empresas. Esses dados, no caso do ramo supermer- cadista, vêm dos cartões fidelidade e dos próprios sistemas internos. Muitas vezes, os sistemas já armazenam informações diversas, até por questões legais, mas essas informações não são usadas para mais nada. Não se faz uma análise delas. O cartão de compras também não tem sido aproveitado nesse sentindo. Eu sou cliente fidelidade de um supermercado aqui no Rio de Janeiro. Por participar do programa de fidelização, o supermercado concede pequenos descon- tos nos produtos que eu compro, todos os meses, e uma vez por ano, no mês do meu aniversário, tenho um desconto especial no total da compra, e é só isso. O supermer- cado não analisa o meu perfil, não usa as informações que eu disponibilizo todos os comportamento do cliente está consolidan- meses para identificar meu perfil de com- do um algoritmo que indica se a possibilida- pras, porque ele trata todo mundo de forma de de o consumidor comprar determinado igual. Lá fora, em outros países, temos produto é grande. Para agilizar o processo, empresas grandes, ícones de grandes redes, ele despacha aquele produto antes de ser como o Walmart, que são benchmarking do concretizada a compra. Quando a compra uso do Big Data. for efetivada, parte do processo operacional já vai estar sendo cumprida, e, caso não seja AGAS Como o varejo pode se beneficiar efetivada, é possível cancelar o procedimen- dessa ferramenta? to. A quantidade de informações possíveis a serem usadas pelas empresas é muito CT Todas essas informações permitem ampla. Existem dados internos, dados no identificar hábitos de compra dos consumi- atendimento, no site e nas mídias sociais. dores e acompanhar tendências. Se o mix As informações estão disponíveis o tempo de produtos comprados está aumentando, todo e você pode se conectar com o consu- pode indicar que o cliente está com poder midor o tempo todo, também. No Rio de Ja- de compra maior. Se vem diminuindo, neiro, foi feita uma pesquisa que indicou que pode ser o contrário. E se o mix de compras a grande maioria dos jovens tem smartpho- diminuiu significativamente, o consumidor nes, que estão ficando cada vez mais baratos, pode estar comprando em outro local. Ou e eles estão conectados às redes sociais. Os seja, eu passo a ter mais informações para supermercados, simplesmente, nem olham tomar decisões melhores e acompanhar ten- esses dados. Big Data é olhar esse volume de dências. Outras informações poderiam ser dados, analisar e tomar decisões baseadas em incorporadas, como as ligações do cliente dados concretos que indicam tendências, e para o serviço de atendimento, cujo conte- isso é bastante estratégico para os negócios. údo costuma ficar apenas entre o atendente e o consumidor, mas se essa informação for AGAS Como transformar informação armazenada, eu consigo tomar ações mais em estratégia? proativas. Existem tecnologias que permi- tem acompanhar tendências. Uma inova- CT A primeira necessidade é a de mudança ção nesse sentindo vem da Amazon, que cultural na gestão dos supermercados. Nos a partir dos dados que acompanham todo grandes, há uma área de análise considerável, Falta visão gerencial, executiva, para entender que essas informações permitem identificar hábitos e tendências de compras, que ajudam a prever comportamentos. ” D esmitificando“ o Big Data (maio/junho 2014) Revista AGAS 06/07 mas grande parte das pequenas e médias redes ainda é muito baseada na intuição do dono. Existe uma série de dados que talvez voz complementem essa intuição e outras que conflitem a intuição. Não significa que a in- tuição seja desnecessária. Muitas vezes ela é um diferencial. Mas investimento em análise viva de dados significa investimento em tecnolo- gia e em pessoal (ou interno ou consultores, que auxiliem a fazer as primeiras correlações, como, por exemplo, mostrar que quando a venda de um determinado produto cres- ce, a de outros também cresce). Por isso é importante ter alguém capacitado, com visão “N ós estamos atrasados e a mais estatística e matemática, que consiga grande maioria dos gestores vê fazer esse diagnóstico.