Rei Hélder De Angola, José Eduardo Dos Santos, Na Tomada De Posse Do Presidente Da República Portuguesa, Prof

Rei Hélder De Angola, José Eduardo Dos Santos, Na Tomada De Posse Do Presidente Da República Portuguesa, Prof

Nº 2 • MARÇO 2006 EDIÇÃO GRATUITA www.embaixadadeangola.org Presidente da República Primeiro Ministro representou o Presidente nomeia novo Ministro Nandó do Interior Pág.3 da República na tomada de posse de Cavaco Silva Primeiro-ministro de Angola, Fernando O da Piedade Dias dos Santos “Nandó”, representou o Presidente da República Rei Hélder de Angola, José Eduardo dos Santos, na tomada de posse do Presidente da República Portuguesa, Prof. Dr. Aníbal troca o Kuduro Cavaco Silva. Durante a sua estadia em Portugal o chefe do Executivo Angolano foi recebido pelo pelo Semba novo Presidente Português a quem fez a entrega de uma mensagem do Chefe de Estado Angolano, de que foi portador. Fernando da Piedade Dias dos Santos foi ainda recebido pelo presidente Cabo-verdiano Pedro Pires e manteve um encontro de trabalho com o seu ho- mólogo Português, Eng. José Sócrates, Primeiro-ministro de Portugal. Em entrevista concedida ao Diário de Notícias, o dirigente angolano defendeu Pág.12 a criação de parcerias estruturantes, mutuamente vantajosas, com Portugal, tendo feito uma alusão especial às m dos cantores que mais divulgou o género expectativas em torno da visita de José Umusical kuduro apresentará em Maio o seu Sócrates a Angola. próximo disco, em Luanda. O lançamento de O Primeiro-ministro Angolano reafirmou “Amor à Camisola”, contará com a presença Pág.3 por outro lado as boas relações existen- de um grande elenco de artistas que Hélder tes entre os dois países. MWANGOLÉ convidou para participar no trabalho. Dia 12 de Maio eles estarão no Programa Janela Aberta e dia 13 na portaria da Rádio Nacional de Angola para vender e dar autógrafos. MWANGOLÉ Governo angolano O dia-a-dia Angolanas vencem vai construir dos angolanos pela 8.ª vez 200 mil casas até 2008 na Amadora o Africano de Andebol Pág.14 Pág.9 Pág.4 EDIÇÃO DOS SERVIÇOS DE IMPRENSA DA EMBAIXADA DE ANGOLA EM PORTUGAL 2 P OLÍTICA • M WANGOLÉ • MARÇO 2006 Voto da diáspora 4 de Fevereiro comemorado em Lisboa • Com debate sobre agricultura Dependente de decisão política A agricultura serviu de mote para uma palestra, bastante concorrida e participativa, participação dos angolanos no exterior nas realizada a 4 de Fevereiro, na sede da Associação de Estudantes Angolanos em Lisboa A próximas eleições do país está dependen- te de uma decisão política ainda não tomada e e promovida pelo Comité de Acção do MPLA de Sintra, para assinalar a data que que caberá à Assembleia Nacional e aos minis- marca o início da Luta Armada do povo angolano contra o colonialismo português. térios da Justiça e das Relações Exteriores. Segundo o coordenador da Comissão Intermi- “ papel da Agricultura no desenvolvimen- O investigador angolano também se referiu 1974, da maioria dos proprietários das grandes nisterial para o Processo Eleitoral (CIPE), Virgílio to social e económico de Angola” foi o à organização agrícola nas áreas libertadas, plantações e dos comerciantes portugueses de Fontes Pereira, que falava em Luanda no O tema da palestra, proferida por João Ferreira nomeadamente Kwanza Norte, Cabinda e “trouxe consigo a desestabilização económica final de um encontro com as comissões execu- da Costa Neto, agrónomo e investigador do tivas das províncias do Processo Eleitoral, para Moxico, zonas que abrangiam cerca de 1/3 que se traduziu na brusca queda da produção Instituto de Investigação Agronómica de que os angolanos na diás- do território, mas fracamente povoadas, com e produtividade, paralisação e sabotagem das Angola que começou por destacar o carácter pora possam ter direito menos de 1 milhão de habitantes. fábricas, maquinarias e equipamentos produ- dinâmico do 4 de Fevereiro de 1961, no- a voto é necessário Nestas zonas, acrescentou, a participação e tivos, desarticulação dos circuitos comerciais e que as três instituições meadamente o papel dos camponeses, das mobilização da população camponesa era das ligações entre a cidade e o campo”. do Estado referidas comunidades agrícolas, como um dos princi- tomem tal decisão. pais actores da Luta de Libertação. “Fonte de efectivada, primeiro através da organização Realçou ainda que a pesada herança colonial recrutamento, de apoio e de abastecimento por brigadas de trabalho, mantendo-se a ac- e a desarticulação de todo o tecido produtivo, logístico (da Luta)”, disse. tividade, segundo a lavra em que era dividida a fuga dos proprietários das explorações, e a Para João Neto, “o principal actor do triunfo em parcelas que serviam como base para cada guerra civil foram os factores que mais con- contra o colonialismo português (percurso até equipa de produção, e terceiro a criação de tribuíram para a queda brusca das produções 1975) e do fim da guerra em Angola (Abril estruturas colectivas de gestão - os grupos ou agro-pecuárias. 2002) é o campesinato” comités de produção que mais tarde seriam Na opinião de João Neto, os quatro sectores Depois de caracterizar a agricultura no período dinamizadores da criação de lavras colectivas. da agricultura (estatal, cooperativo, camponês colonial em empresarial (sobretudo europeu) e e privado) coexistiram durante a I República tradicional (camponês), explicou que a empre- Pesada herança colonial (1975-1991). Os dois primeiros constituíam o sarial se dedicava essencialmente a produtos Ao enunciar as dificuldades dos primeiros anos sector socialista da Economia. de exportação como café, sisal, algodão, ocu- pós-independência, recordou que a saída, em Continua na página 6 >>> pando as terras mais férteis e mais produtivas e utilizando mão-de-obra barata e robusta em “Continuamos a aguardar que os parceiros que dominava o trabalho forçado, enquanto do Estado, com responsabilidade decisiva sobre a questão, digam se vamos ou não rea- que o sector tradicional era caracterizado por lizar o registo eleitoral no exterior”, disse. uma produção agrícola de bens alimentares para o abastecimento do mercado interno, Após a recepção dos pareceres, informou, o CIPE vai formar a sua opinião e apresentá-la ocupando as terras menos férteis; sector onde ao Governo, devendo também contar com a era obrigatório a prática de culturas forçadas e posição da CNE, enquanto órgão supervisor a integração monetário-mercantil bem como o e fiscal do registo eleitoral, quer no país pagamento do imposto indígena e constante quer no estrangeiro. usurpação das terras mais férteis por colonos O também ministro da Administração do europeus. Território admitiu que o registo dos elei- Não deixou de lembrar que a política colonial tores dentro do país possa decorrer até para as comunidades rurais incluía violên- Junho. “Vamos esperar pela concretização cia coerciva, com o objectivo de obter mão de todas as condições técnicas, administra- de obra barata para os trabalhos forçados, tivas e institucionais, cuja preparação está adquirindo assim, lucros fáceis com poucos em curso, para iniciarmos o registo eleitoral investimentos. ainda dentro deste semestre”, sublinhou. “Este modelo era indutor de descontentamen- Tal registo será informatizado, segundo anunciou, o presidente da Comissão Nacio- to e propiciador da adesão do campesinato à nal Eleitoral (CNE), Caetano de Sousa, que luta armada” asseverou. comparando com o último registo (1992) classificou-o de “mais moderno, rápido, célere e seguro”. O processo informático, apoiado por uma Presidente nomeia nova direcção acção tecnológica em que o cidadão será identificado através da impressão digital e da fotografia, vai permitir a criação de um arqui- do Ministério do Interior vo de todo universo de eleitores registados. Do registo será extraído, na fase terminal, o Falando durante o acto de empossamento, o cartão de eleitor. Para Caetano de Sousa isto Presidente da República, José Eduardo dos San- permitirá encontrar também a solução para tos, sublinhou que as tarefas da reconstrução os cadernos de registo eleitoral, que serão nacional, como a recuperação económica, a con- por brigada, província e a nível nacional. solidação da democracia e o funcionamento das instituições públicas, só podem ser cumpridas Garantiu que o quadro humano que vai Presidente da República, José Eduardo dos num clima de ordem e segurança interna. trabalhar no registo eleitoral é angolano e O Santos, conferiu posse ao Ministro do Inte- Apelando à solução dos «problemas internos rior, Roberto Leal Ramos Monteiro “Ngongo”, deverá receber formação para o efeito. de ineficiência» do ministério do interior, pediu nomeado a 24 de Fevereiro último. maior atenção à organização e capacidade de A larga experiência das entidades envolvidas O general “Ngongo” substituiu Osvaldo de Jesus direcção dos seus órgãos. «É preciso fazer mais no consórcio que está a liderar a execução Serra Van-Dúnem, falecido no dia 4 do mês e melhor, poupando-se recursos que são geral- passado. desta solução tecnológica, sobretudo em or- mente delapidados, quando não há controlo, Roberto Leal Ramos Monteiro, que até à sua disciplina e organização», referiu. José Eduardo dos Santos instou ainda à continui- ganização técnico-administrativa de proces- nomeação era embaixador na Rússia, já de- O presidente começou por dizer que, um acon- dade do Programa de Modernização da Polícia sos eleitorais, oferecem ao ministro Fontes sempenhou funções de vice-ministro da Defesa tecimento inesperado e triste obrigou a encon- Nacional, dotando os seus órgãos de meios Pereira, de acordo com o Nacional. trar uma nova direcção para o ministério do humanos e técnicos eficientes sobretudo na próprio, garantias de um Na mesma cerimónia, no “Palácio “Presi- interior, quando «estava em curso

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