PONTES Que Fazem História Ano IV – N.º 14 Abril/Maio/Junho 2002 Publicação Trimestral Preço REPORTAGEM As Pontes De Lisboa Num Percurso Milenar

PONTES Que Fazem História Ano IV – N.º 14 Abril/Maio/Junho 2002 Publicação Trimestral Preço REPORTAGEM As Pontes De Lisboa Num Percurso Milenar

4,48 (IVA incluído) e PONTES que fazem história Ano IV – N.º 14 Abril/Maio/Junho 2002 Publicação trimestral Preço REPORTAGEM As Pontes de Lisboa num percurso milenar CASO DE ESTUDO Reabilitação e reforço da ponte de Tavira ENTREVISTA General Eng.º Gonçalo Sanches da Gama Revista do Grémio das Empresas de Conservação e Restauro do Património Arquitectónico Tema de Capa: Pontes que fazem história Ficha Técnica 2 32 EDITORIAL PROJECTOS E ESTALEIROS Reconhecida pelo Ministério da Uma vida nova para Cultura como “publicação de ma- a velha ponte D. Luiz, no Porto nifesto interesse cultural”, ao abri- 4 go da Lei do Mecenato. REPORTAGEM Reabilitação de pontes de alvenaria 33 Nº14 - Abril/Maio/Junho 2002 E-PEDRA E CAL (Luciano Lobo) Quantos euros vale uma ponte? Propriedade e edição: GECoRPA – Grémio das Empresas de Sites sobre pontes na Internet Conservação e Restauro do Património (José Maria Lobo de Carvalho) Arquitectónico Rua Pedro Nunes, nº27, 1º Esqº 34 1050 - 170 Lisboa AS LEIS DO PATRIMÓNIO Tel.: 213 542 336, Fax: 213 157 996 Desburocratização e Simplificação http://www.gecorpa.pt (A. Jaime Martins) E-mail: [email protected] Nipc: 503980820 36 Director: Vítor Cóias e Silva 7 Coordenação: Alexandra Antunes e Adrião REPORTAGEM TECNOLOGIA e Leonor Silva As pontes de Lisboa Algumas medidas na construção Conselho redactorial: João Appleton, João num percurso milenar para a conservação preventiva Mascarenhas Mateus, José Aguiar, Teresa (Clementino Amaro) de colecções museológicas Campos Coelho (Nuno Moreira) Secretariado: Elsa Fonseca Colaboram neste número: 12 A. Jaime Martins, Alexandra Antunes e Adrião CASO DE ESTUDO 38 Aníbal Aurélio Pinto Santos Ribeiro, Reabilitação e reforço da ponte de DIVULGAÇÃO Clementino Amaro, J. L. Câncio Martins, Tavira A Sociedade de Geografia de Lisboa João Nunes da Silva, José Maria Lobo segundo o professor Luís Aires-Barros de Carvalho, Júlio Appleton, Luciano Lobo, (por Alexandra Antunes e Adrião) Maria Teresa Rapoula, Nuno Moreira, Nuno Teotónio Pereira, Paula Oliveira Ramos, Vítor Cóias e Silva 40 Design gráfico e produção: NOTÍCIAS Loja da Imagem Rua Poeta Bocage, 13 – B 1600-581 Lisboa 41 Tel.: 210 109 100, Fax: 210 109 199 AGENDA E-mail: [email protected] 15 Publicidade: CASO DE ESTUDO Loja da Imagem Metodologia de inspecção 42 Rua Poeta Bocage, 13 – B e monitoragem de pontes de alvenaria: VIDA ASSOCIATIVA 1600-581 Lisboa pontes romanas no Alentejo Tel.: 210 109 100, Fax: 210 109 199 E-mail: [email protected] 18 Impressão: MLD Marketing Logística CASO DE ESTUDO e Distribuição Reforço da ponte rodo-ferroviária Distribuição: Distribuidora Bertrand de Viana do Castelo Depósito legal: 128444/98 (J. L. Câncio Martins) Registo na DGCS: 122548 Tiragem: 2000 exemplares 20 44 Periodicidade: Trimestral ENTREVISTA ISTO TAMBÉM É PATRIMÓNIO Os textos assinados são da exclusiva responsabili- Entrevista a General Engenheiro Gastronomia é oficialmente reconhecida dade dos seus autores, pelo que as opiniões expres- sas podem não coincidir com as do GECoRPA. Gonçalo Sanches da Gama como património, desde 2000 (por Alexandra Antunes e Adrião) (Maria Teresa Rapoula) Capa 24 45 OPINIÃO LIVRARIA Pontes antigas (Aníbal Aurélio Pinto Soares Ribeiro) 48 ASSOCIADOS GECoRPA 26 OPINIÃO 51 Revelações de um manuscrito PERSPECTIVAS anónimo francês: A Obra de Eiffel A tutela do património construído em Portugal (1875 –1890) DGEMN/IPPAR – Ambos necessários. (Paulo Oliveira Ramos) Ambos insubstituíveis Foto de Telmo Miller Ponte D. Luiz I, Porto (Nuno Teotónio Pereira) Pedra & Cal n.º 14 Abril . Maio . Junho 2002 1 EDITORIAL Ponte Maria Pia, Porto Projecto de Gustave Eiffel. Com os seus 160 metros, era o maior arco do mundo, quando foi inaugurada, em 1877. Pontes que vencem o tempo As novíssimas notas de euro exibem, todas elas, gravuras de pontes e isso tem um significa- do: vencer um obstáculo, transpor uma barreira, comunicar, ligar, progredir, alcançar, che- gar. Ou então voar sobre, passar sem pisar, sem perturbar: Tu que tens saber profundo, Que és engenheiro e vês bem, Ergue uma ponte onde o mundo Passe sem ‘smagar ninguém(1). Há uma mística nas pontes (Pontífice: o construtor de pontes). Há uma grande nobreza nes- tas construções e nos engenheiros que as concebem e executam. Em Portugal, há uma história escrita nas pontes: desde os romanos ao Estado Novo, passan- do pelos mouros e filipes; desde a pedra ao betão pré-esforçado, passando pela madeira e pe- lo aço. Há um nobre património, há uma ténue mensagem que nos chega do passado. Patri- mónio que tantas vezes malbaratamos e mensagem que tantas vezes ignoramos. A ponto de outros, "lá fora", os valorizarem mais que nós próprios: A ASCE (American Society of Civil Engineers), por exemplo, tem uma ponte portuguesa na lista dos 28 Marcos da História Inter- nacional da Engenharia Civil, ao lado de obras como a Iron Bridge, o Farol de Eddystone ou a Torre Eiffel(2). Quantos portugueses, mesmo entre engenheiros e arquitectos, sabem disso? Conservemos, portanto, as nossa pontes. Se o não fizermos, são vidas humanas que são pos- tas em risco, como os trágicos acontecimentos de Entre-os-Rios demonstraram; mas é tam- bém o nosso património e a nossa identidade que se vão perdendo. Lisboa, Maio de 2002 V. Cóias e Silva A P&C agradece ao eng.º Câncio Martins o ter aceite coordenar este número, e a todos aqueles que se prontificaram a colaborar. (1) António Aleixo – Dedicado ao estudante de engenharia Laginha Serafim. "Este livro que vos deixo…" Vol. I – Notícias Editorial. (2) Rogers, et al. – Civil Engineering History. Engineers Make History. ASCE. 2 Pedra & Cal Nº 14 Abril . Maio . Junho 2002 GECoRPA Para distinguir as empresas empenhadas no suces- so da revista Pedra & Cal, dentre as que reconhe- cem a importância da reabilitação do edificado e, em particular, da conservação e restauro do patri- mónio arquitectónico, o GECoRPA criou o Quadro de Honra Pedra & Cal. Pretende-se que passe a ser publicado em todos os números da revista, ocupando uma página, com o objectivo de pôr em evidência as empresas apoian- tes, através da inserção do seu nome e logótipo. Se- Conservação e restauro do Gabinete técnico Património Arquitectónico, Lda de Engenharia, Lda. rão seleccionadas, por ordem cronológica, um má- ximo de oito empresas das interessadas em aderir. O encargo anual para cada empresa é de e 5000. As a sua a sua empresa empresa contrapartidas são uma página de publicidade ao longo do ano e inserção, em cada número, de uma notícia, até meia página, divulgando a actividade Do número apreciável de empresas que têm manifestado inte- resse na conservação do património arquitectónico português e da empresa. nas actividades do GECoRPA, foi seleccionado um grupo res- trito de patrocinadores da revista Pedra & Cal. Para distinguir essas empresas, particularmente empenhadas no sucesso da revista, foi criado o presente “Quadro de Honra”. A Direcção do GECoRPA A Direcção do GECoRPA A representatividade e a actuação do GECoRPA assenta nos seus associados. Não basta que sejamos bons, é preciso que sejamos muitos! O GECoRPA pretende agregar empresas de conservação, restauro e reabilitação do património construído. Não só da construção, mas também do projecto, consultoria, instalações especiais. Associe-se ao GECoRPA ou, no caso de já pertencer ao nosso Grémio, traga um novo associado e contribua para o fortalecimento desta associação empresarial. Contacte-nos! • Tel: 213 542 336 • Fax: 213 157 996 •E-mail: [email protected] Pedra & Cal n.º 14 Abril . Maio . Junho 2002 3 REPORTAGEM Tema de Capa Reabilitação de pontes de alvenaria Ponte de Idanha-a-Velha. Alçado parcial de montante. Pavimento da ponte e muros de guarda. 1• INTRODUÇÃO viais no material de enchimento dos tímpanos pende da utilização que vem sendo feita da As pontes de alvenaria são estruturalmente e desaprumo (empolamento) dos muros; ponte, isto é‚ se integrada ou não na rede ro- constituídas por abóbadas, muros de tímpa- 1.3•Elevada fendilhação, originando a saída doviária. Se a utilização é de natureza pedo- no e pegões na maioria dotados de talha-ma- de inertes, arrastados pelas águas infiltradas; nal ou de tráfego muito ligeiro como os de res a montante e por vezes também a jusante. 1.4• Infra-escavações nos pegões provoca- servidão rural, não haverá necessidade do As que ainda se encontram em serviço, re- das pelas correntes de água das cheias e tam- alargamento da faixa de rodagem, manten- montam a várias épocas desde as romanas bém pelo efeito corrosivo provocado nas ar- do-se como tal as características geométricas até aos séculos mais recentes. Há assim as gamassas, pelas águas contaminadas com o actuais quanto aos muros das guardas e lar- classificadas como "monumento nacional", desenvolvimento poluente; gura entre elas. Tal é a situação mais desejá- de "interesse público" e com a maioria da 1.5• Efeitos altamente negativos consequen- vel para as pontes classificadas ou mesmo época mais recente mas também algumas tes do tráfego rodoviário, mormente o pesa- sem o serem, de interesse histórico. Porém, com vários séculos, sem qualquer classifica- do, conduzindo através da sua acção dinâmi- em pontes integradas na rede rodoviária, ção. Salvo raras excepções, as pontes ainda ca, à deformação do pavimento, abóbadas e mormente quanto ao tráfego pesado, a exi- não objecto de trabalhos de beneficiação, so- daqui à fendilhação, assentamento das fun- guidade da largura entre muretes de guar- bretudo as que se encontram integradas na dações, deslocamento de talha-mares, etc. das, vem obrigando ao alargamento da faixa rede rodoviária, encontram-se em mau esta- 1.6• Traçados de acesso às pontes bem defi- de rodagem e quando viável à alteração em do, exigindo a sua premente reabilitação, cientes para o tráfego rodoviário actual, ori- planta do traçado rectilíneo para o curvilíneo. através de reparação, reforço e consolidação. ginando com os reduzidos raios de curvatu- 2.2• No entanto, tanto para uma situação co- Este estado precário é motivado por di- ra nas entradas das pontes o derrube dos seus mo para a outra, a metodologia seguida pelo versas causas: acrotérios ou muretes.

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