Ponte 25 De Abril Com Risco De Colapso

Ponte 25 De Abril Com Risco De Colapso

ANNÉES 57 | ÉDITION #45 | MERCREDI 14 MARS, 2018 DIRECTEUR: MANUEL DE SEQUEIRA RODRIGUES GRELHADOS SOBRE CARVÃO GRELHADOS SOBRE CARVÃO BR AS IRO 8261 BOUL. ST-LAURENT 1851 ONTARIO E. MTL, H2K 1T6 Prop.: Elvis Soares 514-389-0606 514.563.1211 | AQUINTA.CA PONTE 25 DE ABRIL COM RISCO DE COLapSO Ponte 25 Abril precisa de obras urgentes: há fissuras, brechas Mário Centeno, ao seu pedido para fiscalização que apontou no mesmo e “parafusos” sem aperto a necessitar de intervenção imediata. libertação de verbas para as obras, sentido”, confirmou à fonte oficial A A conclusão consta de um documento secreto do Laboratório no caso, €20 milhões. do gabinete do secretário de Estado Nacional de Engenharia Civil. O secretário de Estado das Infraestru- Por ser uma intervenção de maior das Infraestruturas. Neste momen- turas admite que terá de ser feita a empreitada e já pediu autorização escala e por obrigar a uma despesa to, admite a mesma fonte, ainda não para gastar €20 milhões. Falta só a luz verde das Finanças. que vai prolongar-se por mais de está tudo pronto para se avançar: “O O Governo tem em mãos um rela- medidas urgentes e não se avance um ano (plurianual), tem de ter luz Governo desenvolve atualmente os tório explosivo do Laboratório Na- para uma intervenção de reparação, verde das Finanças. Agora o relató- necessários procedimentos adminis- cional de Engenharia Civil (LNEC): poderá ser preciso restringir-se o rio do LNEC veio dar mais urgência trativos com vista à realização das a Ponte 25 de Abril precisa de obras tráfego de pesados e de comboios ao pedido do governante que tutela obras mencionadas.” Ou seja: falta a imediatas e urgentes. O motivo: te- de mercadoria, apurou a VISÃO. O a Ponte 25 de Abril. “Após a análise luz verde das Finanças. rem sido detetadas “fissuras” numa alerta chegou numa altura em que de uma inspeção periódica que apon- A demora das obras para reparar as zona estrutural da travessia, o que o secretário de Estado das Infraes- tava para a necessidade de obras de falhas numa área estrutural da Ponte pode afetar a segurança. O relatório truturas, Guilherme W. d’Oliveira manutenção regular na Ponte 25 de 25 de Abril levou, no final de feve- entregue ao Governo no mês passado Martins, aguarda há seis meses pela Abril, o secretário de Estado das In- reiro, o Conselho de Segurança da avisa que, caso não sejam tomadas resposta do ministro das Finanças, fraestruturas solicitou ao LNEC nova Continuação na página 10 Atenção: se não tem selo da Mosti Servico de análise do seu vinho Mondiale é porque não é Mosti Mondiale MOSTO CLASSICOruby Cabernet, 42 variedades de Carrignane, Merlot, mosto à sua escolha $ Che e Mais 46 Cada grena $ Cada o tinto e branC 44 5 1 8 7 J e a n - T a l o n E s t , S t - L é o n a r d Para mais informações, contactar MARCO 514.728.6831 Mosti Mondiale 2000 P. 2 | QUARTA-FEIRA, 14 DE MARÇO DE 2018 A VOZ DE PORTUGAL, O SEU JORNAL TODAS AS QUARTAS-FEIRAS A EUROpa DOS RICOS E DOS POBRES PALAVRA DO DIRETOR continente é onde claramente se MANUEL DE SEQUEIRA RODRIGUES ANTÓNIO encontram as nações em que a ri- [email protected] PEDRO COSTA queza é maior. Tal situação pode significar também que as políticas A POLÍTICA DE PROXIMIDADE e vez em europeias têm falhado nos seus Dquando é im- objetivos, ou seja que a União Eu- DEVE BENEFICIAR AS portante olhar- ropeia não consegue atingir a con- mos para as es- vergência económica entre os seus POPULAÇÕES tatísticas, embora nem sempre estados membros, como tem sido nos podemos guiar apenas pelos propalado pelos responsáveis. papel central dos meios de comunicação de massas na política números para aferirmos como Infelizmente, na Europa, que O moderna é bem patente. Graças a estes a opinião pública mos- vamos em termos de bem-estar pretende ser o baluarte da luta tra-se mais poderosa do que nunca, o que explica a ascensão ininter- social do nosso povo. Contu- contra as desigualdades, o que ve- rupta das profissões especializadas em influenciá-las. do, não podemos deixar de dar mos é uma política do individua- O que é menos compreensível é o elo crucial entre as políticas dos uma vista de olhos pelo Euros- lismo, em que cada país olha para meios de comunicação e as ações diretas, ou seja as ações vindas de tat, como grande barómetro de o seu umbigo e assim nunca ire- baixo, porque não podemos esquecer as muitas centenas de milhares de como vão as coisas por esta Eu- mos chegar a uma sociedade mais portugueses atingidos pelo desemprego, sujeitos a um trabalho precário ropa fora. justa, capaz de partilhar recursos e sem direitos, os muitos milhares de jovens que continuam a emigrar, Os indicadores divulgados relati- e meios. Só pela solidariedade é aos baixos salários e às baixas reformas, as desigualdades regionais e os vamente à riqueza produzida e o que conseguiremos fazê-lo e aqui- muitos milhares que aspiram a viver com dignidade. nível de consumo entre os países lo que os países europeus fazem é Não podemos esquecer que os níveis de crescimento económico que te- europeus, permitem-nos concluir uma política do nacionalismo. mos vindo a conhecer não são suficientes para tirar o País do marasmo a que mesmo não se sendo econo- No nosso país, e também aqui que foi conduzido. É necessário um crescimento continuado, prolonga- mista encartado, se constata que nos Açores não poderemos ficar do, sustentável, criador de mais riqueza com uma repartição mais justa. Portugal continua entre os países calados sem alertarmos para a ne- É uma ilusão pensar que é possível inverter o rumo de empobrecimento mais pobres da Europa e longe dos cessidade de pretendermos atin- do País sujeito às políticas e aos critérios impostos a partir do exterior, níveis dos poderosos parceiros lo- gir o patamar de uma sociedade nomeadamente da União Europeia e dos interesses das elites financeiras. calizados no centro da Europa. desenvolvida, capaz de reduzir a Num mundo cada vez mais globalizado o governo nacional é para o Os dados referem-se a 2016 e a pobreza, e que não se preocupe povo e os seus efeitos devem ser julgados com base no que fazem pelo riqueza produzida por habitan- em apenas favorecer o assisten- povo. O presidente do Banco Mundial chegou à conclusão de que, para a te no nosso país é 23% inferior à cialismo ou a dependência, mas maior parte da população mundial a palavra globalização, sugere medo e média da União Europeia. Embo- apostando na interdependência, na insegurança e não oportunidades e inclusão. ra o PIB per capita seja um indi- cooperação e na partilha solidária. Os governos raramente representam sequer uma verdadeira maioria dos cador de bem-estar económico, o Na nossa Região, ainda se regista eleitores, quanto mais do eleitorado, «por exemplo» no Reino Unido, consumo per capita pode medir uma situação social e de pobreza não houve um único partido, desde 1931 a colher mais de 50 por cento melhor o bem-estar das famílias e dramática, que a solidariedade dos votos e nenhum governo representou desde a aliança do período de aqui também Portugal está abaixo social nos Açores não conseguiu guerra uma clara maioria. Hoje a ironia de uma sociedade baseada no da média europeia (18%). Estes ainda dar uma resposta. Os níveis fluxo ilimitado de informação e entretenimento conta com a ajuda dos dois indicadores permitem avaliar de pobreza de que a sociedade propagandistas do populismo para encher as páginas e ecrãs. As elei- qual a capacidade de produção e açoriana padece hoje constituem ções democráticas continuarão a realizar-se, sem que necessariamente se de consumo por habitante. um retrato duro da política social comprometam com o populismo dramaticamente desadequado aos inte- Segundo os dados revelados pelo em todos estes anos de autonomia resses da maioria dos cidadãos. Eurostat e de acordo com as análi- e este problema agudiza-se a cada A política deve beneficiar as populações. Lembro que o Alto Douro é a ses feitas pelos especialistas, mos- dia que passa. mais antiga região demarcada e regulamentada do mundo, que transfor- tram que Portugal continua na se- Há demasiados diagnósticos nos mou montes em socalcos, a terra em seiva e a seiva no vinho do Douro, gunda metade da tabela europeia Açores e esperamos que desta vez sendo esse mesmo trabalho que tornou possível a classificação da UNES- e, em ambos os casos, ainda não o grupo de trabalho, formado por CO. Como seria de esperar esta classificação criou legítimas expectati- recuperou o terreno perdido du- eminentes figuras da Comissão vas quanto às potencialidades de desenvolvimento, ao nível regional e rante o período da Troika, face ao Científica da Estratégia Regional nacional, que esta região comporta. resto da Europa, o que significa na de Combate à Pobreza e Exclusão A realidade, contudo encarregou-se de as frustar, devido às opções po- prática que o nosso país tem fa- Social, aponte caminhos seguros líticas de sucessivos governos. Hoje a Região Demarcada do Douro con- lhado o processo de convergência para nos livrarmos desta pesada tinua a ser a região mais pobre do País e uma das mais pobres da União com a União Europeia. herança com taxas de avaliação da Europeia ao nível das condições de vida das suas populações e do rendi- No que diz respeito ao PIB per pobreza demasiado elevadas. mento da esmagadora maioria dos milhares de vitivinicultores. capita tem-se mantido estável nos Não é o complemento regional Não é por acaso, a região perdeu nos últimos 10 anos cerca de 17 mil 77% nos últimos cinco anos e si- de pensão, nem tão-pouco o ren- pessoas.

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