第一屆立法會 第二立法會期(二零零零 – 二零零一) 第一組 第 8/2001 期 I LEGISLATURA 2.a SESSÃO LEGISLATIVA(2000-2001) I Série N.o 8/2001 Data: 19 de Abril de 2001 Deputados ausentes: Cheong Wai Kei Início da reunião: 15 horas Convidados: José Proença Branco, Comandante dos Serviços Unitários de Fim da reunião: 16 horas e 15 minutos Polícia José Luciano Correia de Oliveira, assessor do Gabinete do Local: Sala do Plenário do Edifício da Assembleia Legislativa, Secretário para a Segurança sito nos Aterros da Baía da Praia Grande, Praça da Assembleia Wong Sio Chak, Director da Polícia Judiciária de Macau Legislativa em Macau. João Maria da Silva Manhão, Sub-director da Polícia Judiciária de Macau Presidente: Susana Chou Mário Lameiras, inspector da Polícia Judiciária de Macau João Monteiro, sub-insp ector da Polícia Judiciária de Macau Vice-Presidente: Lau Cheoc Va Ordem do Dia: Primeiro-Secretário: Leonel Alberto Alves 1. Apreciação e deliberação sobre o requerimento, Segundo-Secretário: Kou Hoi In apresentado pelos Srs. Deputados Chow Kam Fai, Fong Chi Keong e Ng Kuok Cheong, em 9 de Abril de 2001, Deputados presentes: Susana Chou, Lau Cheoc Va, Leonel relativamente à realização de uma reunião especificamente Alberto Alves, Kou Hoi In, Ng Kuok Cheong, Vítor Ng, Anabela dedicada ao debate da seguinte questão de interesse Sales Ritchie, Iong Weng Ian, Tong Chi Kin, Hoi Sai Iun, Philip público: “Como promover a adaptação dos preços dos Xavier, Chui Sai Cheong, Au Chong Kit aliás Stanley Au, João principais produtos importados por Macau ao Baptista Leão, Leong Heng Teng, Fong Chi Keong, Ho Teng Iat, desenvolvimento dos mecanismos da economia de Vong Hin Fai, Liu Yuk Lun aliás David Liu, José Manuel mercado.”; Rodrigues, Kwan Tsui Hang. 2. Discussão e votação na especialidade da proposta de lei intitulada “Alterações ao Decreto-Lei n.º 5/91/M”; N.° 8/2001 - 19-4-2001 Diário da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau – I Série 2 3. Discussão e votação na especialidade da proposta de lei financeiro do Governo? intitulada “Define a Autoridade de Polícia Criminal no âmbito dos Serviços de Polícia Unitários”; Na realidade, o regime relativo ao orçamento das entidades 4. Conta de Gerência da Assembleia Legislativa relativa ao autónomas ainda não foi alterado. Na proposta de orçamento ano de 2000. apresentada pelo Governo, apesar da existência de um montante total orçamentado, permite-se às entidades autónomas que Sumário: actualizem os seus orçamentos. Significa isto que as despesas totais podem não ser submetidas à apreciação da AL podendo, Os Deputados Ng Kuok Cheong, Kou Hoi In, Stanley Au e assim, ultrapassar o montante total orçamentado. Chow Kam Fai fizeram uso da palavra no período de antes da ordem do dia. Recentemente, a AL recebeu alguns deputados do parlamento de HK que, durante o encontro, ficaram surpreendidos Com excepção do 1º ponto, foram aprovados os 2º, 3º e 4º com o facto de não estarem sujeitas à apreciação da AL as grandes pontos da Ordem do Dia. despesas públicas e das obras públicas, independentemente do seu montante. No Conselho Legislativo da RAEHK, realizam-se Acta: anualmente mais de dezenas de reuniões, no seio das 3 comissões, para se deliberar sobre quase uma centena de processos ligados às Presidente: Vamos então dar início à reunião de hoje. despesas com o pessoal e com as obras públicas. À AL da RAEM cabe, apenas, a responsabilidade de aprovar, anualmente, o Há 4 inscrições para usar da palavra no período de antes da orçamento do Governo. Como até ao momento o Governo da ordem do dia. Passo, então a palavra ao Deputado Ng Kuok RAEM ainda não definiu o regime correspondente ao exigido na Cheong. Lei Básica, ou seja, um regime que permita à Assembleia fiscalizar as despesas do Governo, não é necessário efectuar Ng Kuok Cheong: Obrigado Sr.ª Presidente. Segundo a resposta qualquer reunião para o efeito, no sentido da tomada de decisões escrita dada pelos Serviços de Saúde em 22 de Março, sobre o assunto. verificou-se uma sobrevalorização de 43 milhões de patacas nas receitas próprias do seu orçamento privativo para 2001. Na Ao abrigo do artigo 75.º da Lei Básica da RAEM, os proposta do orçamento aprovada pela Assembleia Legislativa, o projectos de lei que envolvem receitas e despesas públicas e o orçamento privativo dos Serviços de Saúde era de 95 milhões, funcionamento do Governo só podem ser apresentados pelo Chefe constituindo essa sobrevalorização em 43 milhões, mais de 45 % do Executivo, não podendo os deputados fazê-lo. Ou seja, do orçamento. Para acompanhamento do assunto, no que respeita enquanto o Chefe do Executivo não apresentar qualquer proposta aos motivos do erro cometido, à forma de compensação das de lei sobre a matéria, não poderá a AL levar a cabo uma respectivas despesas e à sua influência nos serviços prestados, fiscalização efectiva das despesas. A responsabilidade política do apresentei já uma interpelação. Todavia, este processo merece Chefe do Executivo está, assim, bem explícita. ainda a nossa reflexão, ou melhor, se se verificar um lapso significativo num orçamento aprovado pela AL e havendo lugar a Interpelei várias vezes sobre a questão da possibilidade da actualizações significativas a meio do ano, essas não necessitam concretização da fiscalização das finanças públicas, com a maior de se sujeitar à apreciação da AL. Face a isto, como é que a AL brevidade possível. No ano passado, cheguei a levantar a questão põe em prática a competência de fiscalização do sistema perante o Chefe do Executivo que prometeu dar-lhe a atenção e N.° 8/2001 - 19-4-2001 Diário da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau – I Série 3 acompanhamento devidos. Todavia, até à data não se verificou entidade para os apoiar na procura de emprego. A atenção qualquer resultado concreto. prestada pelo Governo contribuirá para a resolução da questão do desemprego de deficientes, desde que, ao mesmo tempo, sejam Nesta conformidade, torno a interpelar sobre o seguinte: desenvolvidas e implementadas as medidas necessárias. O emprego de deficientes contribuirá para que a sociedade Para que a Assembleia Legislativa possa exercer as suas melhor os conheça e para aumentar a auto-confiança dos competências de fiscalização das finanças públicas, podendo deficientes no que respeita à sua reinserção social. De acordo com assim, não só aprovar o orçamento anual, como também apreciar as informações obtidas, o Governo criou já o Centro de Formação as despesas mais significativas, nomeadamente com as obras Profissional para Deficientes Mentais e no futuro criará entidades públicas, e as despesas que excedam o previsto, poderá o Chefe para apoio aos deficientes na procura de emprego, para além da do Executivo apresentar a Lei do Enquadramento Orçamental, concessão de subsídios às associações que os apoiam. Estou ainda durante esta 1ª Legislatura? convicto de que os esforços envidados pelo Governo beneficiarão os trabalhos de reinserção social dos deficientes. Estas medidas Obrigado, Sra. Presidente. constituem apenas uma pequena parte da política de emprego do Governo. Como a formação e o apoio profissional estão ainda Presidente: Tem a palavra o Sr. Deputado Kou Hoi In. longe de dar resposta às reais necessidades, a resolução da questão do emprego dos deficientes passa pelo necessário apoio da Kou Hoi In: Obrigado. Sra. Presidente, Srs. Deputados. sociedade em geral, bem como por outras medidas de cooperação a assumir pelo Governo. De acordo com os dados estatísticos referentes ao período Ao longo dos anos muitas pessoas se têm recusado a entre Novembro do ano transacto e Janeiro do corrente ano, empregar deficientes. No entanto, algumas empresas que preparados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, a empregaram deficientes deram deles óptimas avaliações, como taxa de desemprego é de 6,4%, registando-se uma diminuição de por exemplo, ao nível da dedicação ao trabalho e do forte espírito 0,2%. Quanto ao n.º de pessoas empregadas e desempregadas de equipa, o que contribui para aumentar a sua auto-confiança e registou-se, respectivamente, uma redução de 300 e de 500 capacidade de reinserção social. O Governo deverá então adoptar pessoas. Isto mostra claramente que a situação de desemprego medidas para reforçar e promover a contratação de deficientes, a melhorou, através dos esforços envidados pelo Governo e pela fim de que ambas as partes melhor se conheçam. De acordo com a população de Macau, embora a situação de desemprego continue opinião pública, às empresas industriais e comerciais que grave. empregam deficientes, deveria o Governo conceder benefícios fiscais, no sentido de encorajar tal prática. O Governo deverá Perante uma tão alta taxa de desemprego, conseguir uma ponderar essas sugestões e dar apoio às famílias, se verificar que colocação é algo difícil para um cidadão normal, quanto mais no existem realmente dificuldades de emprego para os deficientes. caso de um cidadão com deficiência. Nas Linhas de Acção Governativa para o corrente ano, o Chefe do Executivo referiu O desenvolvimento económico é importantíssimo para que, em relação aos deficientes físicos, seriam ponderadas resolver a questão do desemprego, pelo que o Governo tem vindo questões como a sua colocação na Função Pública, o a adoptar várias medidas no sentido da retoma económica. No ano desenvolvimento de acções de recenseamento e a criação de uma passado, o crescimento económico situou-se nos 4%, mas gostaria N.° 8/2001 - 19-4-2001 Diário da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau – I Série 4 que o Governo e a sociedade, ao mesmo tempo que envidam aponta essencialmente para a educação e a formação dos cidadãos. esforços para reanimar a economia e para resolver o problema de No entanto, com a reconversão económica e as constantes desemprego, pudessem também compreender as dificuldades de mudanças sociais, temos toda a necessidade de conhecer bem as natureza específica, adoptando medidas diversas para ajudar os tendências da oferta e da procura de recursos humanos e de deficientes na procura de emprego, por forma a aumentar a sua efectuar, em tempo útil, o respectivo planeamento, de modo a confiança na reinserção social.
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