O Espiritismo À Luz Da Razão

O Espiritismo À Luz Da Razão

Pe. PASCOAL LACROIX <0. F. M. BUENO DE SEQUEIRA O ESPIRITISMO À LUZ DA RAZÃO 1941 Ffli.l: Rua São Joié, 38 - Tel.fone 42-8787 RIO DE JANEIRO NIHIL OBSXAT. Taubatö, ln festo Corporis Christi, 1940. P. Ferd. Baumhoff S. C. J. libr. censor ad-hoc. NIHIL OBSTAT. Rio, 17 de Julho de 1940. Padre ]. Bat. da Siqueira. IM PR IM A TU R Vig. Geral. Mons. R. Costa Re go Rio, 23-7-1940. IMPRIMI POTEST. TaubatO, in testo A ssum ptionis B. M. V, a n n l 1940 P. P. Storms Praep. prov. brasll. ÍNDICE Prefácio . 9 Introdução — Plano Geral — Cristianismo — M ateria­ lismo — Espiritismo — Noções preliminares . 18 PRIMEIRA PARTE: FENÔMENOS OU FATOS ALEGADOS .................................................................31 Cap. 1." — Relatório dos fenômenos supranormais . 33 A) — Fenômenos experimentais ou provocados 33 1.*) Telccinésia — Levitação — Transporte 33 2.°) T e le p a tia .................................................... 39 n) As pancadinhas ou tiptologia . 61 b) Toque com membros invisíveis . 63 c) Fenômenos telecinéticos .... 64 d) Fenômenos luminosos....................... 64 B) — Fenômenos espontâneos.............................76 Série 1.* — Fatos cujos autores preternatu- rais parecem bem definidos .... 1.” — Cenas b a ru lh e n ta s........................ 2.° — Telccinésia — transportes . 81 3.° — Idem — em Paris, Berlim, na Bélgica, em Java, etc.....................82 4." — Fenômenos ligados a pessoas . 87 Série 2.* — Fatos cujos autores preternatu- rais parecem mal d e fin id o s.....................89 — 6 — C — O Espiritismo no B rasil........................ ...... Cap. 2° — Realidade dos fenômenos supranormais . 10-11 — Estado da questão .................................... 104 A) — Critérios gerais .................................... 106 1) Confiança que merecem os observa­ dores de fenômenos ocultos . 106 2) Confiança que merecem os médiuns 108 B) — Verdadeiros fenômenos do último te m p o ........................................................ 115 C) — A grande objeção contra a realidade . 121 D ) — Resumo das deduções obtidas . 129 Cap. 3.“ — Causalidade dos fenômenos supranormais — Estado da questão .............................. 131 A) 1.* Proposição — Os fenômenos supra­ normais excedem as forças humanas . 133 Art. I — Fenômenos parapsíquicos do telccinésia c de lelcplástica 133 Art. II — Fenômenos paraíísicos . 152 Art. III — Fenômenos espontâneos 157 B ) 2,a Proposição — Os fenômenos supra­ normais uão são produzidos pelos des­ encarnados ................................................ 163 I : Pela doutrina Católica — Filosofia — T e o lo g ia .......................................... 164 II: Pela doutrina dos Espiritas — Teo­ ria do perispírito — Não-idcntifica- ção dos espíritos — Fatos — Con­ fissão de sábios espiritas e de mé­ diuns — Comunicação na teoria an- glosaxônica ........................................... 170 C) 3." Proposição — Os fenômenos supra­ normais são produzidos por espíritos e estes só podem ser os maus espíritos ou demônios da concepção católica . ■. 187 Estado da questão .................................... 187 I : Fenômenos espontâneos ........................ 188 II: Fenômenos experimentais........................ 190 a) Fenômenos psíquicos ou parapsíquicos . 190 b) Fenômenos físicos ou parafísicos . 192 C|P. 4.» — Em que sentido entendemos a interven­ ção diabólica no Espiritismo .... 198 a) pelo ambiente das sessões . 208 b) pelas circunstâncias de lugar e tem­ po que envolvem as sessões . 208 ' c) pela instituição do médium . 208 Conclusão . ........................ 231 Cap. 5.“ — A ) Sinais diabólicos que os fenômenos trazem c o n s ig o ..................................... 233 B) Ação diabólica através dos tempos — Relação do Espiritismo com a necro- inância c a m a g ia ............................... 241 C o n c ln s ã o ............................................. 253 SEGUNDA PARTE: COMUNICAÇÕES OU MEN­ SAGENS .......................................................................... 259 Cap. 1.° — Histórico do Espiritismo moderno . 262 Cap. 2.° — Mensagens de caratcr profano . 272 Cap. 3.° — Mensagens de carater religioso — A re­ ligião e s p i r i t a 287 Cap. 4.° — Ainda as mensagens — A rcencarnação 314 TERCEIRA PARTE: CONSEQUÊNCIAS LÓGI­ CAS ví . 335 Cap. 1.° — Superstição c cepticismo . 337 Cap. 2° — Imoralidade ...................................... 342 Cap. 3.” — I.oucura e suicidio . 356 Cap. 4.” — Condenação .... 379 I : Pela autoridade religiosa .... 379 II: Pela autoridade c iv il ............................... 383 C o n c lu sõ e s......................................................... 386 Exortação fin a l ....................................................... 403 PREFÁCIO O Espiritismo apresenta-se-nos como uma congérie de coisas misteriosas. Entre estas pa­ rece haver fatos incontestáveis ao lado de fraudes inúmeras e inegáveis. Como distin­ guir uns dos outros? Como discernir a reali­ dade da fraude? O meio seguro que nos assiste para conhecermos a verdade c distinguirmo-la da fraude, da ilusão e do erro, é a nossa ra­ zão. Pela razão iios distanciamos dos ani­ mais. Nós não conhecemos a verdade inlul- tivaniente. Intuitivamente apenas percebe­ mos os primeiros princípios universais e. des­ tes nos servimos para chegarmos ao alcance das verdades mediatas. Os nossos sentidos lambem são meios que nos levam à posse da verdade, mas eles não nos proporcionam logo plena certeza da objetividade daquilo que percebemos por meio deles. Apreendem e transmitem sim­ plesmente as primeiras impressões do que acontece fora e dentro de nós, impressões es­ sas que devemos sujeitar ao exame da razão para apurar-lhes o conteúdo de verdade, de falsidade ou de ilusão. Seria insuficiente e superficial estudar o Espiritismo somente À LUZ DOS FATOS. O físico que procede cientificamente não se — 10 — contenta com os contornos e as aparências dos fatos. Procura descobrir a causa intima e até as leis que dirigem a produção dos fe­ nômenos que se lhe oferecem ao exame. Com esta análise chega a estabelecer a realidade dlos fatos físicos. Semelhantemente, temos de proceder com respeito ao Espiritismo. Para não ser­ mos taxados de superficiais e incienlificos, in­ cumbe-nos indagar qual a natureza intima dos fenômenos espiritas, qual a causa que os pro­ duz, e, consequentemente, indagar se êles acreditam ou não as MENSAGENS que o Es­ piritismo oferece a seus crentes. E’ só pelo raciocínio que conseguimos apurar a verda- (io a esse respeito. Eis ai o terreno firme, porque neutro, em o qual só é possível aceitarem-se discus­ sões sobre o Espiritismo; é o único terreno em que podemos terçar armas com espiritas para apurarmos a natureza e a objetividade dos fenômenos e mensagens. Verificando o absoluto acordo dos fatos espiritas com essas primeiras verdades, conseguiremos concluir para a realidade deles e afirmar a sua ínti­ ma natureza. A própria ciência exige conhecimento das coisas pelas causas. Onde não há conhecimen­ to das causas íntimas, onde só se consideram os fenômenos externos, não há ciência. Querendo, pois, tratar do Espiritismo cientificamente, escolhemos para este livro um titulo que mais correspondesse à nossa finalidade:"O ESPIRITISMO À LUZ DA RA­ ZÃO," De-fato, pretendemos examinar, den- — 11 — tro desta oficina das ciências, os dados do ESPIRITISMO. Atirá-los-emos para dentro do cadinho da razão e os iremos distribuin­ do em secções logicamente concatenadas. Só assim esperamos restabelecer a verdade. Só assim esperamos evitar a imensa confusão a que os espiritas arrastam os seus adver­ sários. Não será imodéstia nossa se afirmarmos que o nosso esforço representa um progres­ so na literatura anti-espirita em lingua por­ tuguesa. Geralmente, os autores que nos pre­ cederam fizeram obra de polêmica; e é sabi­ do que as polêmicas nunca obedecem a um plano preestabelecido, -porque, em regra, um contendor atrai o outro para terreno impre­ visto. Alem disso, os nossos predecessores tra­ çaram-se um programa restrito: ou o estu­ do cientifico de uma só parte do problema espirita, ou um estudo geral, mas sem feição cientifica. E assim, no primeiro caso, estu­ dam apenas um lado da questão, — ou os fenômenos, ou as mensagens, ou as causas, ou as consequências, ou a teoria. E, no segundo caso, escrevem livros despidos de aparato científico, sem notas, sem citações autoriza­ das, e, não raro, recheados de anedotas inve- rídicas c de histórias insulsas. Procurando evitar todos os escolhos, to­ mamos ainda o ensejo de ensinar a doutrina católica nos pontos em que ela é negada ou controvertida pelos espiritas. Assim, não nos contentamos em refutar o erro espirita: fornecemos armas para a defesa do catecis­ — 12 — mo e demonstração do dogma católico. De ver que a Sagrada Escritura, neste particular, é o nosso maior arsenal de provas. Sobretudo, estendemo-nos na refutação dos érros mais disseminados e, para sermos completos, nos valemos da Bíblia, assim co­ mo da Filosofia. Deste modo, aí ficam três categorias de argumentos: teológicos, filosó­ ficos e populares, estes tomados de emprésti­ mo à lógica natural, ao bom senso. Isto, de acordo com as várias categorias de leitores que nos lerem a obra. Sc tivermos conseguido estabelecer a verdadeira origem dos fenômenos; se tiver­ mos reduzido a seus justos limites o valor das mensagens; se tivermos mostrado os desas­ trados efeitos do Espiritismo, julgamos ter al­ cançado o nosso escopo: glória de Deus, ser­ viço do Brasil, préstimo à sociedade. Tudo isso pelo êxito, maior ou menor, com que ti­ vermos afastado do perigo espirita

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