Universidade Do Estado Do Rio De Janeiro Centro De Educação E Humanidades Instituto De Psicologia

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Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação e Humanidades Instituto de Psicologia Davi Cavalcante Roque da Silva Sociedade de controle e medicalização na educação: cartografando as práticas de um psicólogo nas escolas de uma cidade do interior do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2013 Davi Cavalcante Roque da Silva Sociedade de controle e medicalização na educação: cartografando as práticas de um psicólogo nas escolas de uma cidade do interior do Rio de Janeiro Dissertação apresentada, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre, ao Programa de Pós-graduação em Psicologia Social, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Orientadora: Prof.ª Dra. Marisa Lopes da Rocha Rio de Janeiro 2013 CATALOGAÇÃO NA FONTE UERJ / REDE SIRIUS / BIBLIOTECA CEH/A S586 Silva, Davi Cavalcante Roque da. Sociedade de controle e medicalização na educação: cartografando as práticas de um psicólogo nas escolas de uma cidade do interior do Rio de Janeiro / Davi Cavalcante Roque da Silva. – 2013. 277 f. Orientadora: Marisa Lopes da Rocha. Dissertação (Mestrado) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Psicologia. 1. Psicologia educacional – Teses. 2. Controle social – Teses. 3. Eugenia – Teses. 4. Medicalização – Teses. I. Rocha, Marisa Lopes da. II. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Psicologia. IV. Título. es CDU 37.015.3:613.94 Autorizo, apenas para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta dissertação. ___________________________________ _______________ Assinatura Data Davi Cavalcante Roque da Silva Sociedade de controle e medicalização na educação: cartografando as práticas de um psicólogo nas escolas de uma cidade do interior do Rio de Janeiro Dissertação apresentada, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre, ao Programa de Pós-graduação em Psicologia Social, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Aprovada em 12 de março de 2013. Banca Examinadora: Prof.ª Dra. Marisa Lopes da Rocha (Orientadora) Instituto de Psicologia da UERJ Prof. Dr. Bruno Rêgo Deusdará Rodrigues Instituto de Letras da UERJ Prof.ª Dra. Heliana Conde de Barros Rodrigues Instituto de Psicologia da UERJ Prof.ª Dra. Katia Faria de Aguiar Universidade Federal Fluminense Rio de Janeiro 2013 DEDICATÓRIA Para a minha esposa Simone, e filhos: Bernardo (6 anos), forte como um urso, e Erico (4 anos), poderoso como uma águia... AGRADECIMENTOS Meus mais profundos agradecimentos vão para a minha orientadora, Marisa Lopes da Rocha, pela confiança, amizade e paciência diante de minhas dúvidas, conquistas, inquietações, e desabafos sobre as situações de trabalho nas escolas e a produção da dissertação, e ainda pelas conversas duradouras via telefonemas emergenciais de Mendes. Gostaria de agradecer aos grandes professores que aceitaram participar da banca de avaliação do meu trabalho: - Heliana Conde de Barros Rodrigues, Kátia Faria de Aguiar, Bruno Deusdará e Silvana Mendes Lima, e pelas contribuições na avaliação do projeto da dissertação. Às colegas doutorandas Luana, Ângela e Mônica. A todos os colegas de trabalho do CAPSAd de Paracambi, ?técnicos e não-técnicos?, ?especialistas e não-especialistas?, pelas discussões sobre medicalização na Educação e na Saúde. Aos profissionais de todas as escolas de Antares, aos mais questionadores que estiveram ao meu lado lutando por melhores condições de trabalho. Aos grandes amigos, Nilma Pereira da Silva e Ricardo de Souza Protencio. Aos meus pais Norma e Mario, e ao meu irmão Mario Negrini, pela torcida e apoio em todos os sentidos. Médicos ignorantes, vós não saberíeis o que fazer: Vosso mais alto saber não passa de pura quimera. Esse remédio, de que o homem vulgar Crê conheceis a virtude admirável, Para o mal que aflige nada tem de salutar; E todo vosso falatório só pode ser ouvido Por um Doente Imaginário Vosso mais alto saber não passa de pura quimera, Vãos e pouco sábios médicos; Vós não podeis curar, com vosso grande falar em latim A dor que me desespera; Vosso mais alto saber não passa de pura quimera. Prólogo – O Doente Imaginário Molière (1873) RESUMO SILVA, Davi Cavalcante Roque da. Sociedade de controle e medicalização na educação: cartografando as práticas de um psicólogo nas escolas de uma cidade do interior do Rio de Janeiro. 2013. 277 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia Social) - Instituto de Psicologia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013. Esta dissertação baseia-se em uma pesquisa-intervenção realizada em cinco escolas de nível fundamental e infantil, e em uma escola de ensino especial/ atendimento educacional especializado (AEE) de uma cidade de pequeno porte do interior do Rio de Janeiro, na região sul do estado. O presente trabalho situa-se no contexto das discussões sobre as práticas de medicalização na escola-empresa e nas sociedades de controle, e tem como objetivo a investigação da medicalização e a judicialização como exigências que têm moldado um viés predominante médico-assistencialista ao trabalho do psicólogo, concentrando-se em atendimentos individualizados a alunos e famílias nas escolas públicas. O método adotado é o da cartografia (Deleuze & Guattari). Os conceitos de Medicalização (Conrad, Illitch, Szasz) Controle (Deleuze), e o conceito científico-ficcional de Pré-Crime (Dick) são a cluna vertebral do trabalho. A pesquisa de cunho qualitativo utiliza os referenciais teórico-práticos da análise institucional (AI) e dos estudos da filosofia de diferença, de autores como Michel Foucault, Gilles Deleuze e Félix Guatarri, assim como a contribuição valiosa de estudiosos mais contemporâneos, como Veiga-Neto, Gallo e Marcondes. Os análisadores dos relatórios pré-crime de medicalização do fracasso escolar, da (in)disciplina e da loucura através funcionam como pistas para as passagens dos diagnósticos para as práticas e modos coletivos de subjetivação, contexto mais amplo que nos conduz à visibilidade das questões do trabalho, da saúde no trabalho no magistério, e às plataformas de alianças coletivas entre técnicos (psicólogos) e não-técnicos (professores) para a construção dos processos de desmedicalização e desmedicalização na Educação. Palavras-chave: Psicologia institucional. Psicologia social. Psicologia educacional. Análise institucional. Educação. Sociedades de controle. Medicalização. Judicialização. ABSTRACT SILVA, Davi Cavalcante Roque da. Control society and medicalization in education: charting, practices of a school psychologist in na inland city of Rio de Janeiro. 2013. 277 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia Social) – Instituto de Psicologia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013. This dissertation is based on a intervention-research conducted in five primary and infant schools, and a special education unit / specialized educational services (ESA) of a small town in the interior of Rio de Janeiro, in the southern the state. This work is in the context of discussions about the practices of medicalization in school-enterprise and the societies of control, and aims to investigate the medicalization and judicialization requirements as a bias that have shaped the predominant medical-welfare work of the psychologist, focusing on individualized care to students and families in public schools. The method adopted is that of cartography (Deleuze & Guattari), and throughout the text, three analyzers are used as clues leading to processes. Concepts of medicalization (Conrad, Illitch, Szasz), Control (Deleuze), and the concept of science-fictional Precrime (Dick) are the backbone of the work. The qualitative research uses the theoretical and practical institutional analysis (IA) and studies of philosophy of difference, by authors such as Foucault, Deleuze and Guattari, as well as the valuable contribution of more contemporary scholars, as Veiga-Neto, Gallo and Machado, addressing the issues of educational policy of inclusion, and new ways of doing minority-militants education and institutional work of psychologist in education. The questions refer to the analysis of pre-crime reports on medicalization of school failure, the (in) discipline and madness through the respective analyzers, clues to the passage through and far beyond the diagnosis empire, towards practice and collective modes of subjectivity, the broader context in which leads to the visibility of work issues, health at work in teaching, and platforms for collective alliances between technical professionals (psychologists) and nontechnical (teachers) for the construction of the processes of demedicalization and deinstitutionalization in Education. Keywords: Institutional psychology. Social psychology. Educational psychology. Institutional analysis. Education. Control Societies. Medicalization. Judicialization. SUMÁRIO SOBRE DOUTORES, CORONÉIS E OS JUÍZES DA NORMALIDADE NA ES-COLA. 9 1 OS PRIMEIROS RELATÓRIOS DE MEDICALIZAÇÃO: OS DIAGNÓSTICOS DO CORPO DO ALUNO NA PONTA DO ICEBERG 41 1.1 As Crônicas vão configurando a modulação Escola-Triagem 45 1.1.1 Uma Cidade de Fronteira entre Manicômios e Pupilagens 53 1.1.2 Prontuários, Diagnósticos, Prognósticos, Encaminhamentos em Fileiras do Tipo Caserna ao Posto de Saúde 61 1.1.3 A triagem entre a hiperatividade médica e a testagem neuropsicológica 64 1.1.4 Psicologia e (Psico)pedagogia: Sequência de Encaminhamentos à Neurologista (Po-liclínica) ou ao Neuropsiquiatra (CAPS) 70 1.2 As Crises Intempestivas do Aluno Bruce Banner e as Carteiras. - Escola-Empresa, Triagem e Encaminhamentos. - O Ato Pedagógico e o II Fórum Interse-torial de Antares 73 1.3

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