
MAPA ETNO-HISTÓRICO DO BRASIL E REGIÕES ADJACENTES Presidente da República UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Michel Temer Reitor Reitor Ministro de Estado da Cultura Emmanuel Zagury Tourinho Roberto Leher Sérgio Sá Leitão Vice-Reitor MUSEU NACIONAL INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E Gilmar Pereira da Silva ARTÍSTICO NACIONAL (IPHAN) Diretora CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO TOCANTINS/CAMETÁ Claudia Rodrigues Ferreira de Carvalho Presidente do Iphan Kátia Santos Bogéa Coordenador do Campus Vice-Diretor Doriedson do Socorro Rodrigues Renato Rodriguez Cabral Ramos Diretoria do Iphan Andrey Rosenthal Schlee - DEPAM Coordenador do Convênio Iphan/UFPA Diretor Adjunto de Administração Hermano Fabrício Oliveira Guanais e Queiroz - DPI Jorge Domingues Lopes Wagner William Martins Marcelo Brito - DAF Marcos José Silva Rêgo - DPA Estagiários Chefe do Departamento de Antropologia Robson Antônio de Almeida – PAC Cidades Históricas Fernando Luiz Pompeu Varela Edmundo Pereira Leonardo do Socorro do Carmo Sanches Coordenação Geral de Identificação e Registro/DPI SETOR DE ETNOLOGIA E ETNOGRAFIA Deyvesson Israel Alves Gusmão MUSEU PARAENSE EMÍLIO GOELDI Curador das Coleções Etnográficas Inventário Nacional da Diversidade Linguística/DPI Diretor João Pacheco de Oliveira Ana Carolina Rezende Leão Nilson Gabas Junior Giovana Ribeiro Pereira Equipe Técnica Marcus Vinicius Carvalho Garcia Coordenação de Comunicação e Extensão Crenivaldo Regis Veloso Junior (historiador) Samyra Schernikau Maria Emília Sales Michele de Barcelos Agostinho (historiadora) Thaís Borges Werneck Rachel Correa Lima (museóloga) Serviço de Informação e Documentação INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E Maria Astrogilda Ribeiro Silva ESTATÍSTICA (IBGE) Serviço de Biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna Presidente Andréa Abraham de Assis Roberto Luis Olinto Ramos Curadoria de Coleção Especial Diretoria de Geociências Berenice Bacelar Wadih João Scander Neto Coordenação de Geografia Claudio Stenner Adma Hamam de Figueiredo Nilza de Oliveira Martins Pereira Centro de Documentação e Disseminação de Informações David Wu Tai INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL – IPHAN INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ – UFPA 2.ª edição 1a Edição 2a Edição Divisão de Atlas e Apoio Técnico Coordenação Editorial Rodolfo Pinto Barbosa Jorge Domingues Lopes (UFPA) Marcus Vinícius Carvalho Garcia (Iphan) Equipe Cartográfica Rodolpho Pinto Barbosa (Coordenador) Versão digital do Mapa Etno-Histório de Curt Nimuendajú Lindalva Nogueira Heberle Yapuã Comunicação Célia de Aguiar Arlé Suelly Tavares Bastos Fotografias Enos Fonseca Dória Filho Francisco Moreira Costa José Alfredo Casado de Almeida Yuri Amorim Alfredo dos Santos Cunha Projeto Gráfico e Diagramação Equipe Técnica do Setor de Lingüística do Museu Nacional Inara Vieira Chorlotte Emmerich (Coordenadora) (Ponto de Vista Produção Sóciocultural Ltda.) Yonne de Freitas Leite Maria das Graças Dias Pereira (Bolsista do Centro Nacional de Referência Cultural) Divinila Moreira Breves de Lima Marta Helena Rosa INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL Sylvia Helena Taborda Peixoto SEP/Sul EQ 713/913 Lote D, Edifício Iphan CEP: 70390-135 1ª Edição - 1981 E-Mail: [email protected] 2ª Impressão - 1987 Facebook: www.facebook.com/diversidadelinguistica Edição fac-similar - 2002 www.iphan.gov.br Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca Aloísio Magalhães, Iphan N713m Nimuendajú, Curt (1883-1945). Mapa etno-histórico do Brasil e regiões adjacentes [recurso eletrônico] / Curt Nimuendajú ; Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2. ed. – Dados eletrônicos (1 arquivo PDF : 16 megabytes). – Brasília, DF : IPHAN, IBGE, 2017. 120 p. Modo de acesso: <http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/MapaEtnoHistorico2ed2017.pdf>. (27 setembro 2017). ISBN 978-85-7334-317-5 1. Índios – América do Sul – Brasil – línguas. 2. Etnologia. 3. Antropologia linguística. I. Título. II. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. III. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. CDD 980.4 SUMÁRIO Apresentação 7 Kátia Santos Bogéa A pertinência do Mapa de Nimuendajú como documento-artefato 9 Setor de Etnologia e Etnografia do Museu Nacional/UFRJ Apontamentos sobre a nova edição do Mapa 13 Marcus Vinicius Carvalho Garcia e Jorge Domingues Lopes Curt Nimuendajú 19 Virgílio Corrêa Filho Curt Nimuendajú 23 L. de Castro Faria A cartografia do Mapa Etno-histórico de Curt Nimuendajú 31 Rodolpho Pinto Barbosa A ortografia dos nomes tribais no Mapa Etno-histórico de Curt Nimuendajú 37 Charlotte Emmerich e Yonne Leite Significado e efeito da publicação do Mapa Etno-histórico de Curt Nimuendajú 47 para a antropologia brasileira George de Cerqueira Leite Zarur Observações 51 Curt Nimuendajú Índice de Tribos – Nota prévia do setor de linguística do Museu Nacional 53 Índice de Tribos 55 Índice Bibliográfico – Reprodução conforme o original do autor 81 Índice de Autores – Reprodução conforme o original do autor 112 Anexo - Mapa Etno-histórico do Brasil e regiões adjacentes 2017 121 APRESENTAÇÃO Kátia Santos Bogéa (Presidente do Iphan) O Mapa Etno-Histórico do Brasil e Regiões Adjacentes é antropólogo George Zarur propôs a Aloisio Magalhães, exemplo perfeito da noção de Documento/Monumento, presidente do Centro Nacional de Referência Cultural conforme conceituado pelo historiador Jacques LeGoff. (CNRC), reunir recursos para edição do Mapa e dos Elaborado pelo etnólogo germano-brasileiro Curt conteúdos que lhe são anexos. Contando com o Nimuendajú, trata-se de uma obra indispensável para magnífico esforço de pesquisa e de adaptação editorial o conhecimento da diversidade etnolinguística das cha- realizado por pesquisadores e pesquisadoras do Museu madas terras baixas da América do Sul. É referência Nacional (UFRJ) e do Instituto Brasileiro de Geografia e inescapável para a etnologia das populações indígenas Estatística (IBGE), lançava-se, em 1981, pela recém-criada atuais e daquelas que sucumbiram no processo de Fundação Nacional Pró-Memória, que incorporou o colonização do território brasileiro. Como um Sísifo CNRC, a raríssima primeira edição do Mapa, voltada para tupiniquim, Nimuendajú deu pontapé inicial para um o grande público. Este formato foi reimpresso em 1987 empreendimento aparentemente impossível de se e posteriormente reeditado pelo Ministério da Educação realizar: sintetizar e organizar de modo didático um em 2002. Todas essas versões encontram-se esgotadas. conjunto quase interminável de dados sobre localização, migrações, etnônimos e famílias linguísticas dos povos A edição que o leitor tem em mãos apresenta uma revisão indígenas habitantes do Brasil. deste documento/monumento, com nova proposta ADJACENTES DO BRASIL E REGIÕES ETNO-HISTÓRICO MAPA editorial e gráfica, bem como pequenos ajustes técnicos Nimuendajú confeccionou três exemplares do Mapa, por identificados a partir do processo de pesquisa junto aos encomenda das principais instituições de pesquisa etno- dois exemplares originais arquivados no Museu Paraense lógicas dos anos 1940 do século passado: Smithsonian Emilio Goeldi e no Museu Nacional da Universidade Institution, Museu Paraense Emílio Goeldi e Museu Nacio- Federal do Rio de Janeiro. nal do Rio de Janeiro. Dotado originalmente de dimensão admirável – cerca de 1,80m por 2,00m – o Mapa parece ter Herdeiro do legado tanto do CNRC quanto da Fundação sido elaborado para ser exibido. Afinal, urgia informar para Nacional Pró-Memória, o Iphan tem a satisfação de a sociedade brasileira um aspecto de sua composição que relançar o Mapa Etno-Histórico do Brasil e Regiões parecia pertencer somente a um passado remoto e idílico. Adjacentes como parte das comemorações de aniversário de 80 anos de trajetória da política federal de preservação O desafio de ampliar o acesso a este documento foi do Patrimônio Cultural Brasileiro. iniciado na segunda metade dos anos 1970, quando o 7 Mapa Etno-Histórico de Curt Nimuendajú (1944). Versão original elaborada em duas partes. Dimensões aproximadas de cada metade: 1,90 m x 1,00m. MAPA ETNO-HISTÓRICO DO BRASIL E REGIÕES ADJACENTES DO BRASIL E REGIÕES ETNO-HISTÓRICO MAPA Acervo do Museu Nacional/UFRJ. 8 A PERTINÊNCIA DO MAPA DE NIMUENDAJÚ COMO DOCUMENTO-ARTEFATO Setor de Etnologia e Etnografia do Museu Nacional/UFRJ Não é raro encontrarmos autores da virada do século se apresentava como “explorador”, na linha do con- XIX para o XX sendo classificados como “autodidatas”. solidado por figuras como Humboldt, em uma vida de No entanto, essa classificação, mais do que ajudar a en- viagens-expedições. Ao longo de sua carreira no Brasil, tender a diversidade de condições sociais de formação e fez mais de trinta “expedições” (1905-1945), reunindo de produção de conhecimento do período, repete uma “coleções” de narrativas e objetos em algumas dezenas distinção que, ao longo deste, se conforma, tomando de povos indígenas. Para o caso do Setor de Etnologia como parâmetro hierárquico de valor o disciplinamen- e Etnografia/Museu Nacional/UFRJ, contribuiu com con- to, a racionalidade e a institucionalização universitário- juntos materiais de grande abrangência étnica, ao lon- -acadêmica. Se recuperamos as posições em debate que go de distintas etapas de seu trabalho de etnógrafo-co- alimentam o campo científico do século XIX europeu, o lecionador (1920-1940). Além disso, em seus “diários de termo se refere a uma zona de entrelaçamento
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