Vivre Sa Vie Nathaniel Dorsky Kinorama Antichrist O Plano Frontal

Vivre Sa Vie Nathaniel Dorsky Kinorama Antichrist O Plano Frontal

TODA A POESIA QUE VINICIUS VIU NO CINEMA, POR CARLOS A. CALIL O BOLETIM DO ANO 35 N162 CINE CLUBE DE VISEU JUNHO 2019 2 EUROS QUADRIMESTRAL O INCONTORNÁVEL GODARD NA RETINA DE Vivre sa vie MARIA JOÃO MADEIRA ANA BARROSO NOS PASSOS DO CINEMA LUMINOSO DE Nathaniel Dorsky O NOVO PROJECTO DE EDGAR PÊRA É O MOTE PARA Kinorama UMA CONVERSA COM EDUARDO EGO DE LARS VON TRIER COMEMORA UMA DÉCADA E FILIPE VARELA Antichrist ESCREVE-NOS SOBRE ELE EM ‘NÓS POR CÁ’, FAUSTO CRUCHINHO REFLECTE SOBRE O plano frontal DISCURSO VISUAL E DISTORÇÃO DA REALIDADE em televisão POR MANUEL PEREIRA A retórica do poder JARMUSCH INSPIRA ANDRÉ RUIVO NO Dead Man SEU ‘OBSERVATÓRIO’ 162 VIVRE SA VIE NA RETINA DE MARIA JOÃO MADEIRA GRIFFITH DIZIA QUE ERA TUDO O QUE ERA PRECISO, GODARD CITA-O POR ESCRITO: A FILM IS A GIRL AND A GUN. Na capa, Charlotte Gainsbourg, num fotograma de Antichrist (Lars von Trier, 2009). Por causa de uma crónica, uma ilustração, um ensaio, mais cedo ou mais tarde o Argumento vai fazer falta. Assinaturas €10 5 EDIÇÕES HTTP://WWW.CINECLUBEVISEU.PT/ARGUMENTO-ASSINATURAS Colaboram neste número: MARIA JOÃO EDGAR ANA FILIPE FAUSTO MANUEL ANDRÉ MADEIRA PÊRA BARROSO VA R E L A CRUCHINHO PEREIRA RUIVO PROGRAMADORA DE ESTÁ A TERMINAR ANA BARROSO É ESTUDOU CINEMA, PROFESSOR AUXILIAR FORMADO EM ESTUDOS LICENCIADO EM DESIGN CINEMA, SOBRETUDO. KINORAMA — CINE- INVESTIGADORA NO FILOSOFIA E MATEMÁ- DA FACULDADE DE ARTÍSTICOS NA VA- DE COMUNICAÇÃO PELA MA FORA DE ÓRBI- CENTRO DE ESTUDOS TICA. REALIZOU DUAS LETRAS DA UNIVER- RIANTE DE ESTUDOS FBAUL E MESTRE EM TA, A SEQUELA DO ANGLÍSTICOS DA U.L. CURTAS, UMA MÉDIA E SIDADE DE COIMBRA. CINEMATOGRÁFICOS CINEMA DE ANIMAÇÃO SEU FILME-TESE O TEM ESCRITO SOBRE UMA LONGA-METRAGEM INVESTIGADOR INTE- PELA FLUC, TEM-SE PELO ROYAL COLLEGE ESPECTADOR ESPAN- CINEMA E ARTES EM (ESTREADA EM 2016 GRADO NO CENTRO DE DEDICADO À INVES- OF ARTS, O ARTISTA TADO E A PREPARAR REVISTAS NACIONAIS NO RIO DE JANEI- ESTUDOS INTERDISCI- TIGAÇÃO EM TORNO MULTI-DISCIPLINAR NÃO SOU NADA/THE E ESTRANGEIRAS. TEM RO). VIVE EM VISEU, PLINARES DO SÉCULO DE AUTORES QUE A LISBOETA DIVIDE O SEU NOTHINGNESS CLUB, TAMBÉM DESENVOLVIDO ONDE CO-FUNDOU A XX DA UNIVERSIDADE HISTÓRIA DO CINEMA TEMPO ENTRE A ILUS- UM NEURO-THRILLER TRABALHO COMO AR- ASSOCIAÇÃO CULTURAL DE COIMBRA. SE ENCARREGOU DE TRAÇÃO, A REALIZAÇÃO PESSOANO. TISTA EM VIDEOARTE. ESTÁTUAS DE VENTO. OBSCURECER. E A MÚSICA. O CCV é apoiado por O CCV é membro Contabilidade Apoios Serviços WEB 3 Editorial f all the year were playing holidays, To sport would be as tedious as to work; But when they seldom come, they wished-for come, And nothing pleaseth but rare accidents. I SHAKESPEARE, HENRY IV Enquanto as férias não chegam, o mundo divide-se entre os que desesperam porque ainda falta e os que já relaxam porque falta tão pouco! Para uns, cada hora da contagem decrescente é mais pe- nosa, reservando a primeira semana de férias apenas para recuperar da depressão pré-férias. Para outros, a contagem decrescente é já o melhor das férias, estando 4 prontos para voltar ao trabalho assim que elas começam. Seja qual for o seu caso, a chegada do novo Argumento é certamente uma excelente notícia. BILHETE-POSTAL ENDSTATION.CLUB, BOCHUM, ALEMANHA. Nesta edição recebemos um Bilhete-Postal de Bochum, na Alemanha, do endstation.club, um ponto de encontro, um porto de abrigo, feito de cinema à medida dos seus cinéfilos, um exemplo notável de propósito e plasticidade. Recebemos também Maria João Madeira, que já tinha passado por aqui, mas 5 só agora ficou: estreia-se como membro permanente do grupo de magos que ge- LIVROS DO TRIMESTRE nerosamente partilham connosco o que os seus olhos adivinhos vêem nos filmes. SUGESTÕES DAS EDIÇÕES QUE ENCONTRAMOS NAS ESTANTES, A CADA TRIMESTRE. Uma vez por ano, será a vez dela. Para começar, Vivre sa vie, a propósito da retros- pectiva dedicada a Anna Karina em que esteve a trabalhar nos últimos tempos e que foi apresentada em Lisboa no início do mês passado, uma colaboração entre a Cinemateca Portuguesa e o IndieLisboa. E parece mesmo que o filme não lhe 8 ficou só Na Retina, parece que lhe entrou pelos olhos adentro, tomou-lhe conta NA RETINA •VIVRE SA VIE, POR MARIA JOÃO MADEIRA, das mãos e escreveu por ela um texto nouvelle vaguista. • NATHANIEL DORSKY POR ANA BARROSO. Ainda dentro das estreias, Filipe Varela faz uma análise técnico-poética EM DOSE DUPLA, ESTE ESPAÇO PARA PARTILHA extraordinária de Antichrist, de Lars von Trier, descodificando os recursos DE OLHARES SOBRE UM FILME OU REALIZADOR. que adensam o significado do filme num texto claríssimo e muito apurado. E, também, Ana Barroso fala da luz e da sua potência em Nathaniel Dorsky, numa síntese que parte da voz do próprio realizador. 12 Além disso, Eduardo Ego, nosso mui talentoso repórter, segundo o próprio CINE-COSMOS entrevistado, volta a perguntar perfeitamente às respostas de Edgar Pêra, que nos A CRÓNICA DE EDGAR PÊRA, DE NOVO EM conta da sequela do seu Espectador Espantado, Kinorama, e, já agora, a situa no FORMATO DE ENTREVISTA, POR EDUARDO EGO, seu percurso, fazendo uma reflexão pontual sobre o conjunto da sua obra, a sua A PROPÓSITO DO NOVO KINORAMA. identidade artística, as suas influências, enfim… pelo Cine-Cosmos já passaram alguns filmes, e é nosso privilégio acompanhar e conhecer o seu autor através de cada um deles. 14 No Subsolo, de Manuel Pereira, a exploração das fronteiras de géneros ou ENSAIO modos, nomeadamente o documentário, por Peter Watkins, Craig Baldwin e ANTICHRIST (LARS VON TRIER) É O OBJECTO Emile de Antonio, em nome do boicote ao poder e ao seu discurso manipulador e DE O SOPRO DE SATANÁS, POR FILIPE VARELA. aos seus mecanismos de controlo através da linguagem, essa, que também Fausto Cruchinho analisa, num texto sobre o plano frontal em televisão. E as nossas últimas páginas são de André Ruivo, esse multi-artista do quoti- 19 diano surrealista, na sua interpretação de Dead Man, de Jarmusch. NÓS POR CÁ Mesmo não estando de férias — com Cine Concertos Fora de Portas, sessões ESPAÇO DE ENSAIO COORDENADO POR de cinema 100% Alternativo no Politécnico, Cinema para as Escolas, programa- FAUSTO CRUCHINHO. DIFERENTES AUTORES, TEMAS E ABORDAGENS, QUE NOS OFERECEM ção de cinema ao ar livre e Vistacurta — ansiamos pela volta do nosso trabalho: A VISIBILIDADE DE OUTRAS LÓGICAS a semana sem a nossa sessão não é a mesma coisa, e mal podemos esperar por DE PENSAMENTO SOBRE O CINEMA. começar a programar uma enorme, sôfrega Retoma, em Setembro. Até lá, boas férias! 21 SUBSOLO Estatuto editorial: www.cineclubeviseu.pt/argumento-0-a-50 RUBRICA DE MANUEL PEREIRA, ABARCA Ficha técnica AUTORES, OBRAS E TENDÊNCIAS QUE ENCARNAM UMA VONTADE DE ALARGAR OS PRÓPRIOS EDITOR E PROPRIETÁRIO DIRECÇÃO EDITORIAL HORIZONTES DA LINGUAGEM CINEMATOGRÁFICA. CINE CLUBE DE VISEU CINE CLUBE DE VISEU INSCRITO NO ICS CONCEPÇÃO GRÁFICA SOB O N.º 211173 MIGUEL R. CARDOSO NIPC 501441182 IMPRESSÃO SEDE DO EDITOR TIPOGRAFIA BEIRA ALTA 23 RUA ESCURA, 62 TIRAGEM 300 EXEMPLARES OBSERVATÓRIO APARTADO 2102 ANO XXXV EDIÇÃO DE TRABALHOS ARTÍSTICOS 3500-130 VISEU BOLETIM INSCRITO NO ICS ORIGINAIS. A DESAFIAR OS CONVIDADOS, TEL 232 432 760 SOB O N.º 111174 UM TEMA COMUM, A CINEFILIA. [email protected] FUNDADO EM 1955 --- PUBLICAÇÃO EDITADA PELO CCV DESDE 1984, PENSADA, ORIGINALMENTE, PARA A DIVULGAÇÃO DE FACEBOOK.COM/CCVISEU ACTIVIDADES E DEBATE DO FENÓMENO FÍLMICO. O BOLETIM TORNOU-SE UM VEÍCULO INDISPENSÁVEL INSTAGRAM.COM/CINECLUBEVISEU DE REFLEXÃO DA SÉTIMA ARTE E DIVULGAÇÃO DO CCV, A JUSTIFICAR UM CUIDADO PERMANENTE DAS SUAS SUCESSIVAS DIRECÇÕES. FUNDADO EM 1955, O CCV É UM DOS MAIS ANTIGOS CINECLUBES cineclubeviseu.pt DO PAÍS, SENDO O ARGUMENTO UM PROJECTO CENTRAL NA SUA ACTIVIDADE. 4 Bilhete-Postal Uma cartografia do movimento cineclubista e projectos afins: o que fazem, para quem e com A endstation.club Magazin é anual que objectivos trabalham. Pelo mundo fora. e gratuita. BOCHUM, ALEMANHA endstation.club HTTP://ENDSTATION-KINO.DE/ENDSTATION.CLUB.HTML aos climas políticos. Em 2015 a Alemanha ção, e, junto a outras pessoas, criar e rodar recebeu muitos habitantes novos, e portanto um filme, e depois apresentá-lo em público. nós ganhámos um novo público. Foi assim Mas vamos por partes. Nos primeiros me- que o nosso cinema se transformou num ses do endstation.club tivemos a intenção de ponto de encontro para novos vizinhos, manter vivo o formato interessante que se ti- pessoas que viviam em centros de acolhi- nha consolidado ao longo dos três semestres mento temporário que estavam a poucas de que falámos antes. Assim, continuámos ruas do cinema. Estamos a falar em concreto a projectar filmes e a preparar uma modera- do encontro entre crianças de Langendreer, ção intercultural e multilingue. Projectámos o bairro de Bochum em que fica o nosso ci- vários tipos de filmes, e falámos sobre eles, nema, e crianças que acabavam de chegar ao mas do que mais me lembro é a noite em que bairro. E a este encontro junta-se o encontro tivemos uma sessão de curtas-metragens entre jovens adultos que devido à guerra nos com a presença dos criadores, para conversar seus lugares de origem tinham vindo para a connosco. Rapidamente percebemos, pelas Alemanha e estudantes universitários que perguntas feitas nessa noite, que nas poltro- vivem há algum tempo em Bochum. Nesta nas do cinema, nas sessões do endstation. primeira etapa, os estudantes e os jovens club, se sentavam pessoas com vontade de adultos criaram juntos um ciclo de cinema criar e contar as suas próprias histórias. para crianças, escolhendo com cuidado os Assim surgiram as oficinas de curtas-me- filmes, pensando sempre nas necessidades tragens.

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