Conhecer E Reconhecer: Patrimônio Cultural: Acervo Histórico MAP/ Organização De Ana Karina Bernardes; Tradução Priscila Moreira

Conhecer E Reconhecer: Patrimônio Cultural: Acervo Histórico MAP/ Organização De Ana Karina Bernardes; Tradução Priscila Moreira

CO NH EC ER VO ACERVO CONHECER E RECONHECER: L.2 HISTÓRICO MAP PATRIMÔNIO CULTURAL Museu de Arte da Pampulha Conhecer e Reconhecer: PATRIMÔNIO CULTURAL C749 Conhecer e reconhecer: patrimônio cultural: acervo histórico MAP/ Organização de Ana Karina Bernardes; tradução Priscila Moreira. – Belo Horizonte: Museu de Arte da Pampulha, 2015. 60 p.: il. Col. ISBN: 9788598964126 Edição bilíngue Português/Inglês. (Conhecer e Reconhecer; 2) 1. Patrimônio cultural – Belo Horizonte (MG). 2. Museu de Arte da Pampulha – Belo Horizonte (MG) - Arquitetura .) – Arquitetura. I. Bernardes, Ana Karina. II. Série. 4. Título. Catalogação na fonte: Celeste Meire Martins Fontana-CRB 6/1907 Índice para catálogo sistemático: 1. Patrimônio Arquitetônico: Belo Horizonte (MG). CDD: 344.094 Ana Karina Bernardes (ORG.) Conhecer E reconhecer: PATRIMÔNIO CULTURAL acervo histÓrico VOL.2 MAP Belo Horizonte Fundação Municipal de Cultura Museu de Arte da Pampulha 2015 Neste ano de 2015, no qual a candidatura do Conjunto Moderno da Pampulha a Patrimônio Cultural da Humanidade foi aceita pela UNESCO, é com grande alegria que a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte apresenta esta publicação do Museu de Arte da Pampulha. Este Conjunto Moderno, de excepcional valor, constituído pelos bens culturais projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer, pelas magníficas obras de arte de Portinari, Ceschiatti, Paulo Werneck, pelos jardins de Burle Marx, dentre outros, configura-se como um patrimônio cultural que deve ser valorizado e preservado pela humanidade. Desta forma, a cidade de Belo Horizonte passa a fazer parte de um circuito internacional no âmbito do turismo cultural, fazendo valer a máxima de que aqui a Cultura é viva. O segundo volume da Cartilha “Conhecer e Reconhecer: Patrimônio Cultural” proporciona a todos nós um panorama histórico do Museu de Arte da Pampulha (MAP). Márcio Lacerda Prefeito de Belo Horizonte 4 A Fundação Municipal de Cultura apresenta a Cartilha “Conhecer e Reconhecer: Patrimônio Cultural”, Vol. 2. Ela oferece aos seus leitores uma reflexão sobre questões que perpassam a história do Museu de Arte da Pampulha (MAP), indicando ser possível reconhecer uma escrita museológica posta nos acervos abrigados pela Instituição. O Acervo Histórico, aqui apresentado, é formado por documentos em diversos suportes que testemunham os tempos do Cassino da Pampulha, inspiradora edificação assinada por Oscar Niemeyer. Esta obra de 1942, juntamente com o conjunto moderno da Pampulha, lançou o arquiteto no universo dos gênios da arquitetura mundial. Em 1957 o local foi convertido em Museu, iniciando uma nova trajetória para aquele lugar. Conhecer as duas temporalidades é repensar não só a história do MAP, mas também da própria cidade de Belo Horizonte e de seus habitantes, nos âmbitos da arquitetura, artes e história cultural, entre outros. O volume 2 da Cartilha “Conhecer e Reconhecer: Patrimônio Cultural” traz a reunião de textos assinados por pesquisadores e funcionários do MAP, indicando a importância dos estudos realizados cotidianamente, bem como a necessidade de divulgação destas análises. Esta é a diretriz da própria Fundação Municipal de Cultura (FMC), que acredita no potencial de seus Museus e valoriza os estudos desenvolvidos pela Instituição em diálogo com a sua vocação educativa, envolvida nas diferentes ações de mediação realizadas com o amplo público que diariamente visita o Museu de Arte da Pampulha. Leônidas de Oliveira Presidente da Fundação Municipal de Cultura 5 A Cartilha “Conhecer e Reconhecer: Patrimônio Cultural”, Vol. 2 do prédio concebido por Oscar Niemeyer. O Acervo de é o resultado de estudos desenvolvidos no trabalho diário pela Arte corporifica e estrutura o Museu como museu de arte e, equipe técnica do Museu de Arte da Pampulha. Foi pensada para desde os primeiros anos com o Salão de Arte, até os novos promover um aprofundamento sobre a guarda e conservação acervos oriundos dos projetos Bolsa Pampulha e Arte das coleções mas, também, sobre a função museal do MAP que Contemporânea, que imprimem uma dinâmica constante traz, em seu cerne, a história da própria Instituição. na formação do acervo artístico. Museu/acervo/exposições denotam uma tensão constante para Os acervos podem ser entendidos como um espelho as instituições que lidam com a preservação do patrimônio que retrovisor, pois, uma vez analisados, articulam as histórias deve, antes de tudo, ser salvaguardado para atender a formação do MAP. É também uma luz que permite pensar, no do cidadão, em sua estreita ligação com a cidade que habita. presente, os significados da fundação de um Museu em um prédio icônico. Esses diálogos apontam para a trajetória do O acervo do MAP é bastante amplo e envolve o próprio MAP. Indicam que guardar e conservar acervos é, antes de prédio, tombado nas três esferas: municipal, pelo Conselho tudo, formar sensibilidades. Deliberativo do Patrimônio Municipal (CDPCM-BH); estadual, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico Ana Carolina Andreazzi (IEPHA –MG) e federal, pelo Instituto do Patrimônio Histórico Gestora do Museu de Arte da Pampulha e Artístico Nacional (IPHAN). O Acervo Histórico apresenta Luciana Féres documentos e objetos originais da época do Cassino da Diretora de Museus e Centros de Referência Pampulha, ressaltando a importância da construção e da função 6 Íkaf`b=`lkqbkqp= = = = jrpb^ifw^†Íl=ab=`lib†Îbp= = ================================================================ U= ^åÇê¨=iÉ~åÇêç=páäî~I=h~êóå~=aìäíê~== = = = bj=alfp=^`bRslp============================================================================== = = = ================NM= ============================================= ^åÇê¨=iÉ~åÇêç=páäî~= = = = qlj_^jbkqlp== = = ==== ======= = =========================================================================================================NO= = jŸ=eÉäÉå~=ÇÉ=RK=`çëí~= = = = lp=`^ppfklp=kl=_R^pfi== = = = = = = = = = = ========== = = = = = = = = = = = = =============NS== m~çä~=^K_K`ìåÜ~= = = = _bil=elRfwlkqb=klp=^klp=NVQM=== = = = = = = = ================ ========== = = = =================================NU= ================================= _êìå~=jÉåÇÉë= = = = ab=`^ppfkl=È=jrpbr=ab=^Rqb========== = = = = = =========================== = = = = =================================================================OO= = ^å~=h~êáå~=_Éêå~êÇÉë= = = = ^`bRsl=efpqÓRf`l=j^m=Em~çä~=^K_K`ìåÜ~F== = = = = = ==== = = = = = = = = == OQ= = = `~ÇÉáê~ë= Emçääó~åå~= i~ÅÉêÇ~F;= cáÅÜ~ë= Em~çä~= ^K_K`ìåÜ~F;= cçíçÖê~Ñá~ë= Eiìáò~= d~ëé~êáåáF;= = j~èìáå•êáç= ÉäÉî~Ççê= Em~çä~= ^K_K`ìåÜ~F;= j~èìáå•êáç= áäìãáå~´©ç= Em~çä~= ^K_K`ìåÜ~F;= = jÉåì= Ep~ê~= j~êèìÉëF;= jÉë~ë= Emçääó~åå~= i~ÅÉêÇ~F;= RÉîáëí~= E_êìå~= jÉåÇÉëI= m~çä~= = ^K_K`ìåÜ~F;=RçäÉí~ë=Em~çä~=^K_K`ìåÜ~F;=q~éÉ´~êá~ë=Eiìáò=lí•îáç=içéÉëF= = = = dilppÁRfl== = = = = = == PU= RbcbRÊk`f^p=_f_ifldRÁcf`^p== QM= bkdifpe=qR^kpi^qflk= = = =====================================================================================QQ= ===== = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = MUSEALIZAÇÃO DE homem), enquanto projeto inacabado.” atribuídos os valores e significados (GUARNIERI, 2010). que o homem define. Para além disso COLEÇÕES a escolha de objetos salvaguardados A partir dessa relação de identificação e nos museus é também determinada reconhecimento entre homem e objeto, A interpretação museológica realizada conforme o contexto cultural no qual eles podemos pensar em uma das instituições em torno dos objetos nos permite refletir estão inseridos, implicando assim, na que evidenciam testemunhos humanos: sobre as relações que a Museologia, como substituição do seu valor de uso. Dessa o museu. Museu é “uma instituição ciência, estabelece entre Antropologia, forma, enxergamos esses objetos fora dos permanente, sem fins lucrativos, a serviço História, Sociologia, dentre outras áreas contextos para os quais foram concebidos da sociedade e do seu desenvolvimento, do conhecimento. Pensamos, assim, no primeiramente. Eles podem ser aberta ao público e que adquire, papel que os objetos exercem e como escolhidos para estar dentro dos museus conserva, investiga, difunde e expõe os perpassam as relações humanas ao longo por sua potencialidade enxergada pelas testemunhos materiais do homem e de do tempo, sendo elas variáveis, mutáveis e diversas áreas do conhecimento, bem seu entorno, para educação e deleite da dinâmicas. O homem, ser social capaz de como pela relação estabelecida entre sociedade.” (ICOM, 2001). dar significados e valores ao objeto que aquele objeto e os indivíduos. O que cria, não pode ser considerado imune às Os museus podem ser pensados como chamamos de musealização dos objetos, influências do contexto ao qual pertence. lugares de memória, instituições que quando eles passam a compor o acervo Podemos considerar que “o homem que representam determinados segmentos de um museu, envolve ainda uma série de falamos é sempre modificador do seu sociais. De modo geral, essa representação procedimentos: devem ser catalogados, mundo, o criador de artefatos, de relações, é percebida através dos objetos que pesquisados e inventariados. de significados. É, sobretudo, o construtor compõem seus acervos. Porém, devemos Em relação à escolha dos objetos, de sua história que se faz e se refaz (o nos lembrar que a esses objetos são pensamos na diversidade de peças que 8 podem compor o acervo de um museu, momento em que é feita a comunicação museológica está submetida também aos de objetos do cotidiano a obras de arte. desses objetos, ou seja, quando, após critérios adotados por cada museu,

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