
APOMAC pede actualização Ataques em Paris obrigam da pensão para idosos o Mundo a cerrar fileiras e espaço para expandir sede contra o terrorismo Pág. 5 Pág. 15 Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 4879 • Segunda-feira, 16 de Novembro de 2015 10 PATACAS LAG 2016 ao ritmo da economia Chui Sai On apresenta amanhã as Linhas de Acção pelo menos a perspectiva da maioria das persona- Governativa para 2016, que deverão incluir medi- lidades ouvidas pelo JTM, que também apontam a das que vão ao encontro dos “ajustamentos” regis- habitação, terrenos e saúde como áreas merecedoras tados no panorama económico do território. Essa é de especial atenção. Págs. 6 e 7 FERNANDO SANTOS EM EXCLUSIVO AO JTM “Temos argumentos 85% das mulheres sentem dificuldade em conciliar FOTO JTM para poder acreditar” família e emprego Pág. 8 na vitória no Euro2016 Pág. 13 Moçambique quer apoio do IFT na formação de quadros no turismo Centrais º G ADM lança questionário 62Grande PrémioP deM Macau sobre identidade macaense Este suplemento é parte integrante do JORNAL TRIBUNA DE MACAU de 16/11/2015 e não pode ser vendido separadamente A Associação dos Macaenses (ADM) criou um questionário com o objectivo de definir a percepção que os macaenses espalhados pelo mundo têm da sua identidade. Para o efeito é lançada a pergun- ta: “Quais são as características mais importantes da identidade macaense?”. Como hipóteses são avançadas a língua, as tradições, a cozinha, o local de nascimento, a aceitação pela comunidade, a per- cepção individual da identidade, o tempo passado em Macau ou a religião. A língua usada no diálogo com os filhos e o futuro e a impor- tância da cultura macaense são ou- tras questões abordadas. O inqué- Era uma vez... rito engloba também perguntas de resposta aberta sobre o interesse ROSE LAI, SUBDIRECTORA DA FACULDADE DE GESTÃO DE EMPRESAS DA UM dos mais jovens pela cultura ma- em Outubro de 1954 caense, a importância desta identi- dade para a RAEM e formas de a “Oferta de casas para alugar preservada e transmitir à geração JTM toda a semana seguinte. Questionado pelo JOR- na cobertura NAL TRIBUNA DE MACAU, o vai descer muito” presidente da ADM, Miguel de do Grande Prémio Senna Fernandes, preferiu não com novo regime Págs. 2 e 4 SUPLEMENTO avançar, por agora, mais detalhes sobre o inquérito. PUB 02 JTM | LOCAL Segunda-feira, 16 de Novembro de 2015 ROSE LAI EM ENTREVISTA AO JTM “Governo não pode ajudar toda a gente a comprar casa” Caso também seja aprovada na especialidade pela Assembleia Legislativa, a proposta de alteração ao regime jurídico de arrendamento, que contempla a definição de um coeficiente para controlar o aumento das rendas, irá contribuir para uma descida significativa das casas disponíveis para alugar, porque o retorno não será suficiente para seduzir os senhorios, prevê a subdirectora da Faculdade de Gestão de Empresas da Universidade de Macau (UM). Em entrevista ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, Rose Lai defende, por outro lado, que o Executivo não deve construir casas públicas para todos e insiste que a habitação económica deve ocupar um lugar secundário na política governamental. A académica aprova ainda a aposta na diversificação económica, embora não espere grande sucesso a curto ou médio prazo, muito por culpa dos empresários que preferem o dinheiro “fácil” dos investimentos na área do jogo Viviana Chan FOTOS JTM Quando os empresários e uma forma geral, como avalia a situação do desenvolvimento económico no território? perceberam que -A economia de Macau, como todas no mundo, Dtem diferentes fases de crescimento e maturidade. Es- podiam ganhar muito tando numa fase de maturidade, devemos ter em mente que, em tempos de bonança, precisamos de nos preparar dinheiro com facilidade para as dificuldades. Assim, temos de tentar prolongar esta fase de maturidade ou procurar um novo cresci- no sector de jogo, mento económico. O Governo tem feito muito nesse sentido e a sociedade também começou a discutir isso não quiseram investir há muitos anos, falando-se mais da diversificação eco- noutras áreas. Por nómica, mas Macau tem sentido alguma dificuldade nesse capítulo. Quando os empresários perceberam que isso, é difícil promover podiam ganhar muito dinheiro com facilidade no sector de jogo, não quiseram investir noutras áreas. Por isso, é a diversificação da difícil promover a diversificação da economia, embora o Governo tenha contribuído com muitos recursos ao economia, embora longo dos anos. Actualmente, notamos uma redução da percentagem do contributo do sector do jogo nas recei- o Governo tenha tas do Governo, ao mesmo tempo que aumenta a per- contribuído com centagem das receitas do consumo, nas compras e diver- são das famílias. Esta situação é favorável, é um sinal de muitos recursos ao avanço da diversificação económica. -Mas, quando as receitas do jogo registam quebras longo dos anos consecutivas numa fase de maturidade, não se trata de um declínio? -O declínio é um fenómeno falso. É verdade que as que- bras são reais, mas não devemos focar-nos no momento em que os números começaram a cair, porque o proble- ma é complexo. Sempre que há um pequeno problema no Interior da China, Macau pode ser gravemente afec- tado. A economia chinesa está a atravessar um ajusta- mento industrial e apertou o controlo sobre os fluxos de capitais e, nesse contexto, Macau sofreu grande impacto. As quebras nas receitas financeiras do Governo tornam necessária a aplicação de medidas de austeridade, mas esta pausa é positiva. É bom ver o Chefe do Executivo apelar às pessoas para não serem demasiado orgulho- sas. Temos de estar atentos à concorrência existente, pois foram construídos mais casinos na Ásia nos últimos anos. Antes, as pessoas locais pensavam, erradamente, que Macau era o único destino de jogo para os residen- o preço das casas subiu muito. -O Governo deve melhorar os seus planos, porque anti- tes chineses. Desde a liberalização do sector do jogo, Ma- -O que deve ser feito para prolongar a fase de maturi- gamente Macau não tinha concorrência. O imposto do cau conseguiu acumular muita riqueza, muito mais do dade económica? jogo é muito alto comparativamente com outras regiões, que esperava. Agora, as receitas são menores, mas isso -O Governo tem de avaliar várias questões, como por que podem atrair operadoras de casinos por oferecerem não quer dizer que estejamos numa situação perigosa. exemplo, se Macau vai continuar a estar dependente condições favoráveis. Uma vez que o Governo está a es- -Tendo em conta o apelo do Chefe do Executivo que do sector do jogo para manter as suas receitas financei- tudar a renovação das licenças do jogo, penso que é im- referiu, acha que a população perdeu humildade por ras. A resposta é não. Temos de diversificar a economia, portante discutir como melhorar o ambiente do negócio causa do sucesso económico? mesmo sabendo que não é possível a nenhuma área em das operadoras. Temo que os casinos estejam pessimis- -Não excluo a possibilidade da sociedade de Macau se Macau gerar receitas como as que o jogo trouxe. Por ou- tas sobre o futuro. É importante que o Governo ajuste a ter tornado mais orgulhosa, mas a situação tem mais a tro lado, mesmo com as receitas do jogo a estabilizarem, estratégia, porque quando foram definidas as regras da ver com o facto da economia ter crescido tão rapidamen- não podemos relaxar. Os casinos de operadoras estran- concessão das licenças de jogo, Macau não tinha nada, te que as pessoas não chegaram a perceber bem a reali- geiras foram o principal motor de crescimento económi- nem sequer havia oportunidades para a formação de dade. Nem tinham tempo para pensar em ser arrogan- co, trouxeram novos elementos para Macau, mas agora talentos. O sector das exposições e convenções (MICE) tes. A mudança nas pessoas está mais relacionada com necessitamos melhorar os serviços no sector. a qualidade da vida e muitas passaram, por exemplo, a -O Governo tem feito um bom trabalho nessa área, em querer comprar um carro ou uma casa própria. E, assim, termos de planeamento? CONTINUA NA PÁGINA 4 > JORNAL TRIBUNA DE MACAU Propriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administrador: José Rocha Diniz • Director: Sérgio Terra • Redacção: Inês Almeida, Liane Ferreira e Viviana Chan • Correspondentes: Helder Almeida (Portugal), João Pimenta (Pequim) e Rogério P. D. Luz (Brasil) Colaboradores: Helder Fernando, Raquel Carvalho, Pedro André Santos e Vitor Rebelo • Colunistas: Albano Martins, Carlos Frota, Daniel Carlier, Francisco José Leandro, João Botas, João Figueira, Jorge Rangel e Luíz de Oliveira Dias • Grafismo: Rita Cameselle e Suzana Tôrres • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói ([email protected]) • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa, Xinhua e Rádio ONU • Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: [email protected] (serviço geral) Segunda-feira, 16 de Novembro de 2015 JTM | PUBLICIDADE 03 04 JTM | LOCAL Segunda-feira, 16 de Novembro de 2015 O imposto do jogo é muito alto comparativamente com outras regiões, que podem atrair operadoras de casinos por oferecerem condições favoráveis também foi introduzido pelos casinos e preços das casas. Os bancos devem con- -Temos de perceber as características do tões mais urgentes que devem constar considero isso como um tipo de benefício trolar a percentagem dos empréstimos. A regime de Macau. Os residentes podem do relatório das Linhas de Acção Gover- à parte, uma vantagem adicional. Autoridade Monetária de Macau deter- pensar que diversos países europeus têm nativa para 2016 que o Chefe do Executi- -Será possível a diversificação económi- minou que, em geral, os empréstimos não um regime melhor, pelo facto de ofere- vo vai apresentar amanhã? ca quando alguns empresários de Macau podem ser superiores a 50% ou 60% dos cerem muitas regalias sociais, mas não -A habitação vai continuar a ser uma dor demonstram pouca confiança no sucesso preços das casas, o que aumenta as difi- se apercebem que, normalmente, esses de cabeça.
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