2 I Série — No 17 Sup «Bo» Da República De Cabo Verde

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2 I SÉRIE — NO 17 SUP «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 17 DE MARÇO DE 2016 Resolução nº 35/2016 bom funcionamento da RNAP, numa perspetiva da sustentabilidade da gestão dos recursos, sejam eles de de 17 de março natureza ecológica, económica ou sociocultural. As áreas protegidas para além de oferecerem uma gama Os 5 eixos estratégicos fundamentais são: de bens e serviços ecológicos, preservando ao mesmo tempo o património natural e cultural, elas podem contribuir para I. Consolidação e integração territorial da RNAP; a redução da pobreza, proporcionando oportunidades de II. Persecução do caminho para a sustentabilidade emprego e atividades alternativas geradoras de rendimento fi nanceira da RNAP e adoção progressiva de para as pessoas que vivem dentro e ao redor delas. diferentes formas de governamentação das áreas protegidas; Adicionalmente, as áreas protegidas oferecem oportunidades para a pesquisa científi ca, permitindo III. Adequação e capacitação para o planeamento e assim descobrir e apresentar medidas para fazer face às a gestão das áreas protegidas; alterações climáticas, desenvolver atividades de educação IV. Envolvimento da sociedade cabo-verdiana na ambiental e ainda contribuir para fomentar o turismo e conservação, valorização e desfrute dos valores atividades de recreio. da RNAP; e A Estratégia Nacional de Áreas Protegidas (ENAP) é um V. Adoção de standard de trabalhos sistémicos. documento de política geral para toda a Rede Nacional de Áreas Protegidas (RNAP), e todos os outros instrumentos Assim, de política, planeamento e normativos que derivam dela. Ao abrigo do disposto na Base XI-A do Decreto-legislativo n.º 1/2006, de 13 de fevereiro, alterado pelo Decreto-legislativo A ENAP delineia o caminho estratégico dentro do qual n.º 6/2010, de 21 de junho e no artigo 61.º do Decreto-lei a RNAP deverá evoluir e consolidar-se no seu horizonte n.º 43/2010, de 27 de setembro; e temporal, e aborda todos os aspetos chave do quadro de governação (políticas orientadoras, jurídico, institucional, Nos termos do n.º 2 do artigo 265.º da Constituição, o fi nanceiros). Governo aprova a seguinte Resolução: A ENAP está alinhada com os instrumentos de políticos Artigo 1.º mais amplos no setor ambiental, como Plano de Acção Aprovação Nacional para o Ambiente II (PANA II), Estratégia Nacional É aprovada a Estratégia Nacional de Áreas Protegidas e Plano de Ação da Biodiversidade, Programa de Trabalho de Cabo Verde que baixa em anexo à presente Resolução, para as Áreas Protegidas (PoWPA), e com os outros planos que dela faz parte integrante. setoriais do país e foi submetida a um amplo processo de consulta e validação. Artigo 2.º Objetivos A ENAP tem como objetivo orientar um plano de expansão de longo prazo, incluindo estratégias de controlo e/ou Constituem objetivos estratégicos de ENAP, mitigação dos impatos das alterações climáticas sobre designadamente: as áreas protegidas, bem como amplifi car o seu papel na adaptação às alterações climáticas. A ENAP estabelece, por a) Orientar um plano de expansão de longo prazo, incluindo estratégias de controlo e/ou mitigação outro lado, um quadro de opções, para permitir a expansão e dos impatos das alterações climáticas; consolidação da RNAP, incluindo a de permitir aos agentes da sociedade civil, comunidades locais e Organizações não b) Amplifi car o papel das áreas protegidas na adaptação governamentais participarem nos processos de criação e às alterações climáticas; seleção das áreas protegidas. c) Permitir a expansão e consolidação da Rede Nacional A ENAP foi desenvolvida como uma necessidade imperiosa, de áreas Protegidas; e pois declarar e gerir as áreas protegidas não assegura d) Permitir aos agentes da sociedade civil, comunidades que toda a biodiversidade do país seja conservada. Aliás, locais e Organizações não-governamentais é internacionalmente reconhecido que para alcançar os participarem nos processos de criação e seleção objetivos de conservação, a operacionalização e a gestão de das áreas protegidas. uma abrangente e representativa rede de áreas protegidas deve ser acompanhada por uma gestão ecologicamente Artigo 3.º sustentável dos recursos, através de contextos paisagísticos Entrada em vigor mais amplos do que as áreas protegidas, que são apenas uma componente. A presente Resolução entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação. A presente Estratégia enquadra-se nessa linha de Aprovada em Conselho de Ministros de 11 de preocupação e nela identifi cam-se 5 eixos estratégicos de dezembro de 2015. intervenção e 3 grupos temáticos de ações, devidamente priorizadas, que são fundamentais para a garantia do O Primeiro-ministro, José Maria Pereira Neves. I SÉRIE — NO 17 SUP «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 17 DE MARÇO DE 2016 3 ANEXO EROT Esquema Regional de Ordenamento do Território ESTRATÉGIA NACIONAL DAS ÁREAS ETMA Equipas Técnicas Municipais Ambientais PROTEGIDAS EU União Europeia 2015/2024 GEE Gases com Efeito de Estufa Acrónimos e abreviaturas GEF Global Environment Facility (Fundo Global para o Ambiente) ANMCV Associação Nacional dos Municípios de Cabo Verde IBD Valor do subindicador do Indicador de Storie do AP(s) Área (s) Protegida(s) “Interesse biogeográfi co e difusão” APL Valor do subindicador do Indicador de Storie do IIPC Instituto de Investigação e do Património Cultural “Nível de ameaça/protecção legal” INDP Instituto Nacional para o Desenvolvimento das Pescas BO Boletim Ofi cial INGRH Instituto Nacional para a Gestão dos Recursos Hídricos CBD Convenção sobre Diversidade Biológica INIDA Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento CCC Convenção sobre o Combate às Mudanças Climáticas Agrário CCD Convenção sobre o Combate à Desertifi cação IUCN União Internacional para a Conservação da Natureza CGAP Corpo de Guarda das Áreas Protegidas NTR Valor do subindicador do Indicador de Storie do CI Cabo Verde Investimentos “nível trófi co” CITES Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies M&R Monitoring & Reporting da Fauna e Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção MAB Programa UNESCO de Reservas do Homem e CNA Conselho Nacional para o Ambiente da Biosfera CNAG Conselho Nacional de Águas MADRRM Ministério do Ambiente, Desenvolvimento Rural CoP (ou COP) Conferência das Partes e Recursos Marinhos COSPE MAHOT Ministério do Ambiente, Habitação e Ordenamento CR Critically Endangered (em Perigo Crítico) do Território CTA Chief Technical Advisor (Conselheiro Técnico Principal) MCI/DGCI Ministério/Direcção Geral da Cooperação Internacional DD Data Defi cient (Falta de dados) MDR Ministério do Desenvolvimento Rural DECRP Documento de Estratégia de Crescimento e Redução MN Monumento Natural da Pobreza NGO(s) Organização(ões) Não Governamental(is) DGA Direcção Geral do Ambiente NT Near Threatened (Perto da Ameaça) DGADR Direcção Geral da Agricultura e Desenvolvimento NTFP non-timber forest product (produtos fl orestais Rural não madeireiros) DGT Direcção Geral do Turismo OAAP Organismo Autónomo das Áreas Protegidas DGOTDU Direcção Geral do Ordenamento do Território OMCV Organização de Mulheres de Cabo Verde DGP Direcção Geral dos Recursos Marinhos OUT Valor do subindicador do Indicador de Storie das DL 3/2003 Decreto-Lei n° 3/2003 – O regime jurídico dos “outras categorias” espaços naturais PAFN Plano de Acção Florestal Nacional DL 40/2003 Decreto-Lei n° 40/2003 – O regime jurídico da Reserva Natural de Santa Luzia PAIS Planos Ambientais Intersectoriais DL 44/2006 Decreto-Lei n° 44/2006, de 28 de Agosto - Derroga PAM Planos Ambientais Municipais e altera alguns artigos do DL 3/2003 PANA e PANA II Plano de Acção Nacional para o Ambiente DL 1/2006 Decreto -Legislativo nº 1/2006 - Aprova as Bases do PANLCD Plano de Acção Nacional de Luta Contra a Desertifi cação Ordenamento do Território e Planeamento Urbanístico PAPFI Projecto Áreas Protegidas de Cabo Verde fase I DL 6/2010 Decreto-Legislativo nº 6/2010, de 21 de Junho - PCMC Projecto Conservação Marinha e Costeira Altera o Decreto-Legislativo nº 1/2006 PCSAPCV Projecto de Consolidação do Sistema das Áreas DL 43/2010 Decreto-Lei nº 43/2010, de 27 de Setembro - Aprova Protegidas de Cabo Verde o Regulamento Nacional do Ordenamento do Territóri e Planeamento Urbanístico (RNOTPU) PDA Plano de Desenvolvimento Agrário DNOT Directiva Nacional de Ordenamento do Território PdG(s) Plano(s) de Gestão (Plano Director da AP de acordo com DL 3/2003) DR 7/2002 Decreto-Regulamentar n° 7/2002 - Regulamenta a preservação de espécies de fl ora e fauna ameaçadas PdZ(s) Plano(s) de Zonamento ECV Escudos Cabo-verdianos PEDT Plano Estratégico para o Desenvolvimento do EIA Estudo(s) de Impacto Ambiental Turismo em Cabo Verde EN Endangered (Ameaçado) PEOT Plano Especial de Ordenamento do Território ENAP Estratégia Nacional das Áreas Protegidas PIB Produto Interno Bruto ENPAB Estratégia Nacional e Plano de Acção sobre a PLLP Planos Locais de Luta Contra Pobreza Biodiversidade PN Parque Natural 4 I SÉRIE — NO 17 SUP «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 17 DE MARÇO DE 2016 PNC Parque Nacional ANOTAÇÕES PND Plano Nacional de Desenvolvimento de Cabo Verde Preferiu-se não efectuar a tradução d e alguns documentos PNF Parque Natural Chã das Caldeiras ofi ciais de Organizações Internacionais do Inglês para o Português. Quando não disponível uma versão ofi cial PNGRP Plano Nacional de Gestão de Recursos Pesqueiros em Português, preferiu-se manter o idioma original do PNIA Programa Nacional de Investimento Agrícola documento citado. PNMG Parque Natural de Monte Gordo Quando no documento se cita o OAAP (Organismo PNSM Parque Natural de Serra Malagueta Autónomo

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