Ictiofauna De Água Doce Da Bacia Do Rio Parnaíba

Ictiofauna De Água Doce Da Bacia Do Rio Parnaíba

Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas Ictiofauna de Água Doce da Bacia do Rio Parnaíba Telton Pedro Anselmo Ramos João Pessoa – PB Maio, 2012 1 TELTON PEDRO ANSELMO RAMOS Ictiofauna de Água Doce da Bacia do Rio Parnaíba Tese apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Ciências Biológicas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Doutor em Ciências Biológicas, área de concentração em zoologia. Orientador: Prof. Dr. Robson Tamar da Costa Ramos Período: setembro de 2008 a abril de 2012 João Pessoa – PB 2012 2 3 TELTON PEDRO ANSELMO RAMOS Ictiofauna de Água Doce da Bacia do Rio Parnaíba Data da aprovação _30 /_05_/_2012_ BANCA EXAMINADORA ___________________________________________________ Dr. Robson Tamar da Costa Ramos – UFPB Orientador ___________________________________________________ Dr. Heraldo Antonio Britski – MZUSP Membro externo ___________________________________________________ Dr. Naércio Aquino de Menezes – MZUSP Membro externo ___________________________________________________ Dra. Patricia Charvet – SENAI/PR Membro externo ___________________________________________________ Dr. Ricardo de Souza Rosa – UFPB Membro interno 4 Este trabalho é dedicado a minha mamãe, Penha Anselmo, pelo belo exemplo de mulher guerreira e vencedora, que me inspira a sempre seguir além do possível, e ao meu Deus, pela construção da perfeita natureza, alvo de meus estudos e admiração. 5 A LENDA DO CABEÇA DE CUIA Conta-se nas vilas ribeirinhas do Parnaíba de um pescador chamado Crispim, que vivia nas margens do rio Poti. Certo dia, ao voltar de uma infrutífera pescaria, e adentrar cansado e irritado o casebre onde morava com a mãe, resmungou: – Tenho fome, quero comer! A mãe apressou-se em lhe servir o que tinham naquele dia para comer – Pronto filho, temos pirão feito com este corredor de boi (um dos ossos longos, provavelmente o fêmur). Sua velha mãe colocou a tigela de pirão com o corredor em uma mesinha improvisada. Em sua fúria, gritou para a mãe – Esta porcaria?! Esbravejou e se encolerizou tanto, que arremessou-se sobre ela com o corredor na mão, agredindo violentamente sua pobre mãe, que cai por terra agonizando. Antes de falecer, a mãe lançou-lhe uma maldição – Filho ingrato, eu te amaldiçoo: não terás o descanso eterno enquanto não devorares sete Marias virgens. Vagarás como morto vivo! Teu corpo não se desfará e se tornará algo horrível de se olhar, teu tronco e teus membros minguarão a cada dia, e tua cabeça crescerá e se tornará disforme, causando horror em todos que te olhem, e passarás teus dias e noites recluso no rio. O encanto fez com que o pescador Crispim não morresse e transformou-o num ser aquático horrendo. Diz-se que sua aparência é assustadora, possui uma cabeça grande, corpo esquelético, o que o fez ser conhecido como “cabeça de cuia”. Daí por diante, dizem que aparece nas cheias do Parnaíba virando canoas, assustando lavadeiras à beira do rio, em sua busca frenética de cumprir a sina de devorar sete Marias virgens, imposta pela maldição materna, e se livrar do encanto que lhe roubou o descanso eterno. (Descrição livre da lenda contada pelos ribeirinhos) AGRADECIMENTOS 6 A Deus, por todo carinho que tem ao cuidar bem deste louco em todas suas aventuras por este mundo tão perfeito que Ele mesmo construiu. Ao meu grande amigo e orientador Dr. Robson Tamar da Costa Ramos, por me ajudar a realizar mais esse sonho, por confiar em minhas mãos o seu laboratório em seus momentos de ausência, por acreditar que eu tinha potencial para subir mais esse degrau e pela construção de um pesquisador desde a graduação. Você não foi apenas um orientador, foi e é um paizão, me apoiando em todos os momentos. Sou eternamente grato a você pela minha formação não só como pesquisador, mas também como cidadão. A Stéfane Queiroz Ramos, minha esposa, por todo carinho, compreensão, dedicação não só a mim como também aos peixes, esteve comigo em quase todas coletas, sempre disposta, uma verdadeira pescadora a ponto de receber o apelido de “Stefão” de um grande amigo pescador, obrigado por coletar, triar, tombar etc e ainda cuidar de mim antes como amigo e hoje como esposo, te amo. Aos Doutores Heraldo Britski, Naércio Menezes, Ricardo Rosa, Patrícia Charvet, Willian Severi e Sergio Lima, muito obrigado por aceitarem compor a banca, assim contribuindo com minha formação acadêmica. À grande equipe Marcio Joaquim, Ludmilla Antunes e Stefane Ramos – minha equipe de campo, devo muito a vocês; enquanto escrevo estas palavras, a emoção me toma, ao lembrar de todos momentos alegres e aventureiros que passamos juntos. Devo uma tese de doutorado a vocês, sabem que podem contar comigo. Agradecimento especial ao parceiro de coleta Marcio Silva, por topar participar das expedições mesmo quando seus próprios interesses e obrigações de seu projeto de estudo o chamavam, pelas discussões acadêmicas, e pelas longas conversas ao dividir apartamento comigo durante todo o desenvolvimento deste projeto. A Patrícia Charvet – foi em uma conversa com esta pesquisadora e amiga, ambos mergulhados nas águas do Parnaíba que surgiu a ideia do projeto; seu papel não acabou ai: ajudou-me em parte das coletas e durante todo o desenvolvimento do trabalho. Ao Dr. Ricardo Rosa, por toda calma e paciência comigo, sempre disposto a me ajudar; desculpo-me por bagunçar (um pouco) sua bibliografia... Muito obrigado professor. Aos pescadores Caboclo Pescador e Carlinhos e suas respectivas famílias, Pé-de- pato, Fábio, Edvan, Sr. Zezinho, Carlinhos, Vando e a enviada por Deus para nos guiar em Murici dos Portelas - PI, Betânia, muito obrigado por toda ajuda e por nos receber com todo carinho em seus lares. 7 Aos Doutores Heraldo Britski, Naércio Menezes, Flavio Lima, Claudio Zawadzki, Monica Toledo, Wilson Costa e Carla Pavanelli, por aceitarem examinar o material coletado e por responder todas as perguntas de mais um curioso querendo entender a ictiofauna de água doce. São em vocês que me inspiro para continuar pesquisando. A Willian Severi, por depositar na Coleção Ictiológica da UFPB material coletado na bacia do Parnaíba, e por ceder veículo e recursos que apoiaram a coleta-piloto deste estudo. Aos meus irmãos (“família T”) Ton Jones, Tony, Tânia, Tatiana, Tereza, Telmy e seus respectivos companheiros e filhos, em especial Elton e Neto, por todo apoio e amor, e, em especial, à matriarca desta família, Maria da Penha Anselmo Ramos, Deus está realizando um sonho seu de ter um filho com uma carreira acadêmica, te amo mamãe. Ao meu pai (in memorian) por todo carinho e esperança depositada em mim, valeu meu velho, te amo. A todos meus sobrinhos em especial David, por suas orações, Thayane e Heitor, por alegrar meus dias ao chegar em casa e receber aquele abraço carinhoso. À galera da Igreja Batista Sal & Luz, minha nova família, por todas orações e incentivo para que sempre perseverasse na realização deste projeto, muito obrigado, amo todos vocês. À galera da Igreja Missão Filadelfia, em especial Vozinha Gestrudes, Djane, Djaneide, Djailson, João Carlos e à Pra. Aninha, por todo carinho e orações. A todos os pesquisadores especialistas que contribuíram com informações fundamentais sobre os grupos de peixes dos quais têm domínio: Carla Pavanelli, Carlos Figueiredo, Marcelo Rocha, Monica Toledo, Andreia Paixão, Wilson Costa, Wilson Massaharu, Ricardo Britzker, Sergio Lima, em especial, Claudio Zawadzki e Flavio Lima, por toda importante contribuição. A Soninha (Sônia Nobrega) por toda amizade e ajuda no inicio do projeto, triando e identificando comigo os peixes, e pelo empréstimo da câmera fotográfica nos últimos dias antes da entrega da tese. A Helder Farias, Marcio Silva e Felipe Ferreira, por me ajudarem nas estáticas. A Stefane Ramos, Patrícia Charvet, Elton Silva, Robson Tamar, Paula Honório, Airton Torres, Guilherme Moro, Telmy Anselmo, Guilherme Gondolo, Carol e Mykaelly Jurgleidy, pela ajuda nas expedições. 8 À minha segunda família, lá em Paulino Neves, no Maranhão, em especial Tia Bibi, Tia Zezé e Tios João, Zeca e Domingos (estes in memoria), que me “adotaram” e contribuíram de forma importante para a minha educação. Aos meus tios e primos de Natal-RN, obrigado por todo apoio. Sei que posso contar com vocês. À galera do LASEP, Daniel, Rafael, Stefane, em especial aos estagiários do projeto Anderlechi, Yuri e Luana, obrigado pela força no desenvolvimento deste trabalho. À galera do Laboratório de Ictiologia contemporânea de parte do tempo de desenvolvimento deste projeto: Luciana, Camila, Rafinha, Guilherme, Danilo e Cris, por todas as conversas produtivas, como também por alegrar minha vida com as besteiras que falávamos juntos no laboratório. A todos os professores e colegas que compõe o quadro do programa de pós- graduação em Ciências Biológicas da UFPB. A uma galera especial da pós: Felipe, Samuel, Flávia, Airton, Virginia, Rodrigo Cezar, Bruno, Gustavo, Paulinha, Patrício, João Pedro e outros que não recordo no momento, obrigado por todos os conhecimentos repassados durante as disciplinas, pelas festas e brincadeiras descontraídas nos corredores. À Agência Nacional das Aguas (ANA) na pessoa de Andrelina Laura dos Santos pelos dados cedidos, dos períodos de cheia e seca, para estabelecimento do regime hidrológico da bacia do rio Parnaíba. Ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (PPGCB) e seus secretários, Glória, Saulo, Josias e Oscar, por me atenderem super bem sempre, e ao zelador Nildo, por manter sempre limpo

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