Uma editora com o nome Verso de Kapa não é um acaso. Verso de Kapa é a porta de entrada para a descoberta de um novo mundo. A partir daqui tudo pode acontecer! É claro que gostamos que visite as livrarias e que veja as capas vistosas, os títulos sugestivos e os grandes nomes da literatura portuguesa ou estrangeira. Mas queremos mais. Queremos que compre os nossos livros, mas sobretudo que os abra. E já agora que os leia. E que os leia até ao fim. E, sempre que abrir um livro da Verso de Kapa, estamos cá à sua espera, porque esta é a nossa casa e este é um convite a entrar para parti- lharmos consigo a alegria de termos editado este livro. Título: História de Portugal Autores: Diogo Ferreira e Paulo Dias Editoras: Maria João Mergulhão / Maria da Graça Dimas Revisão: Nuno Pereira Design de capa: DesignGlow.com Paginação: Helena Gama Impressão e acabamentos: Tipografia Lousanense 1.ª Edição: agosto de 2016 ISBN: 978-989-8816-35-1 Depósito Legal N.º 413457/16 © 2016, Verso da Kapa, Diogo Ferreira e Paulo Dias Todos os direitos reservados Verso da Kapa • Edição de Livros, Lda. Rua da Boavista , 132-134 1200-070 Lisboa [email protected] www.versodakapa.pt Índice I – Antes de Portugal: Da Pré-História ao Condado Portucalense 15 • dos primeiros povoadores aos celtiberos 15 • O domínio de Roma: da República ao império 18 • As invasões germânicas e árabes – séculos V-Viii 19 • O condado Portucalense – séculos iX-Xii 20 Cronologia 22 II – Portugal Medieval (séculos XII-XV) 25 PolítICA e GuerrA 25 • d. Afonso i (1139-1185) 25 • d. Sancho i (1185-1211) 27 • d. Afonso ii (1211-1223) 28 • d. Sancho ii (1223-1248) 29 • d. Afonso iii (1248-1279) 31 • d. dinis (1279-1325) 33 • d. Afonso iV (1325-1357) 34 • d. Pedro i (1357-1367) 36 • d. Fernando i (1367-1383) 37 • d. João i (1385-1433) 38 • d. duarte (1433-1438) 41 • d. Afonso V (1438-1481) 42 eConoMIA e SoCIedade 43 • A igreja Medieval 43 • Uma sociedade de Ordens 44 • Fome, peste e guerra – o século XiV 45 • O crescimento urbano – Lisboa 46 CulturA e ArteS 47 • castelos e igrejas – do Românico ao Gótico 47 • O português como língua escrita 49 • As crónicas de reis e os romances de cavalaria 50 • A cultura dos príncipes de Avis 51 Cronologia 52 III – Portugal no início da Modernidade (séculos XV-XVI) 57 PolítICA e GuerrA 57 • A conquista de ceuta (1415) e a expansão portuguesa em Marrocos 57 • As navegações atlânticas – do infante d. Henrique a d. João ii 60 • A “era dourada” de d. Manuel i 63 • O reino de Portugal em tempos de d. João ii e d. Manuel i 65 eConoMIA e SoCIedade 66 • Fidalgos e aventureiros em África e no Oriente 66 • Feitorias e fortalezas 68 • O comércio da costa ocidental africana – escravos, marfim e animais exóticos 68 • O comércio do Oriente – especiarias 69 CulturA e ArteS 71 • O estilo Manuelino – o Mosteiro dos Jerónimos 71 • A reorganização administrativa manuelina – adaptação da documentação medieval 72 • Gil Vicente e as permanências medievais 73 • Renascimento e Humanismo 74 Cronologia 75 IV – Portugal e as crises da Modernidade (séculos XVI-XVII) 79 PolítICA e GuerrA 79 • Os desafios de meados do século XVi – d. João iii, d. Sebastião e d. Henrique 79 • O Portugal dos Habsburgos ou dos Filipes (1580-1640) 84 • O império Português (1580-1669) e a concorrência Francesa, Holandesa e inglesa 89 • Do Portugal da Restauração à Guerra da Sucessão de espanha (1640-1706) 92 eConoMIA e SoCIedade 98 • Um país pequeno e pouco povoado – o numeramento de 1527-1532 98 • Os Jesuítas: entre Portugal e a evangelização do Oriente 99 • As riquezas do Brasil 100 CulturA e ArteS 101 • do Maneirismo ao Barroco 101 • A inquisição em Portugal e a Reforma Protestante na europa 101 Cronologia 104 V – Portugal no século XVIII 107 PolítICA e GuerrA 107 • O absolutismo joanino (1707-1750) 107 • A Guerra de Sucessão de espanha (1701-1714) e a política diplomática joanina 109 • A ascensão e a ação política de Sebastião José de carvalho e Melo 111 • Época de transições: do reinado de d. Maria i à regência de d. João Vi 114 eConoMIA e SoCIedade 116 • A sociedade portuguesa na fase final do Antigo Regime 116 • O ciclo do ouro e do açúcar brasileiro 117 • 1 de novembro de 1755: o dia do terramoto 119 • A expulsão dos Jesuítas e o Processo dos Távora em 1759 120 CulturA e ArteS 122 • A ostentação do Magnânimo e as grandes construções do Barroco 122 • A Academia Real das ciências: a inspiração iluminista 123 • Entre o Barroco tardio, o neoclassicismo e o Pré-romantismo do final do século 124 Cronologia 125 VI – Portugal do final do Antigo regime à afirmação do liberalismo (1807-1890) 127 PolítICA e GuerrA 127 • As invasões francesas e o domínio britânico (1807-1820) 127 • Da Revolução «Vintista» à Guerra civil Portuguesa (1820-1834) 129 • Da instabilidade liberal à Regeneração: devoristas, Setembristas e cabralismo (1834-1851) 133 • A Paz da Regeneração e o Rotativismo Partidário (1851-1890) 137 • O início do fim: ultimato inglês de 1890 e revolta do 31 de janeiro de 1891 140 eConoMIA e SoCIedade 141 • O fim do ciclo brasileiro: o «Grito do ipiranga» 141 • Os efeitos do fontismo e o take-off industrial português 142 • O fim da sociedade de privilégios e a vida quotidiana no século XiX 144 CulturA e ArteS 146 • O século do Romantismo 146 • Da Questão coimbrã e da Geração de 70 ao Realismo 148 • Principais construções e monumentos do século XiX em Portugal 150 Cronologia 151 VII – Portugal do final da Monarquia à entrada na C.e.e. (1890-1986) 155 PolítICA e GuerrA 155 • A queda da Monarquia constitucional e a implantação da República (1890-1910) 155 • A instabilidade e a ação política da Primeira República (1910-1926) 159 • O 28 de maio e a ditadura Militar (1926-1933) 163 • Da institucionalização do estado novo ao final da Guerra colonial (1933-1974) 165 • Do 25 de Abril à entrada na comunidade económica europeia (1974-1986) 171 eConoMIA e SoCIedade 174 • «economia de guerra»: o impacto do conflito e a participação militar portuguesa 174 • O fascismo no quotidiano: corporativismo e organizações de enquadramento 177 • A oposição ao regime e a luta pela liberdade: do MUnAF às eleições de 1958 181 CulturA e ArteS 184 • O Modernismo em Portugal: da revista Orpheu aos anos 30 184 • A «política do espírito» de António Ferro e a exposição do Mundo Português 186 • Entre a política dos «Três F» e a canção de protesto revolucionária 188 Cronologia 190 VIII – os últimos trinta anos (1986-2016) 195 Cronologia 199 Bibliografia 203 referência das imagens 205 I AnteS De PortuGAl: DA PrÉ-HIStÓrIA Ao ConDADo PORTUCAlenSe Dos primeiros povoadores aos Celtiberos A Pré-História foi o período que antecedeu a História, pelo que é difícil calcular ao certo quando começou. Considera-se, geralmen- te, que a Pré-História terminou no momento em que o Ser Huma- no aprendeu, pela primeira vez, a registar os acontecimentos por escrito, o que ocorreu na Mesopotâmia e no Egito por volta do ano 3000 a.c. no entanto, a escrita não surgiu simultaneamente em todo o mundo, pelo que a Pré-História tem cronologias diferentes para cada região. na Península Ibérica, a Pré-História terá tido o início cerca de 1.2 milhões de anos a.c., quando chegaram à região os primeiros humanos. O final ocorreu por volta de 218 a.c., ano em que come- çou a conquista romana da península. A Pré-História não foi toda igual e dividiu-se em períodos que receberam o nome devido ao material que então era mais utilizado no fabrico de ferramentas. Assim, temos a Idade da Pedra, a Idade do Bronze e a idade do Ferro. A Idade da Pedra foi muito longa e durou até c. 3000 a.c. ­Durante estes milénios, os seres humanos passaram por muitas transforma- ções, e as suas ferramentas e cultura estiveram em constante, ainda que lenta, evolução. As ferramentas de pedra trabalhada eram uti- lizadas para fazer tudo: desde pontas de lança para caçar animais até lâminas para cortar a carne. Os ossos eram utilizados para fazer agulhas que depois usavam para fabricar peças de roupa a partir das peles de animais. entre os anos 40.000 e 8000 a.c., instalaram-se na região ociden- tal da Península ibérica tribos de caçadores-recoletores. como o 15 Diogo Ferreira e Paulo Dias nome indica, viviam da caça e de produtos vegetais (raízes e frutos silvestres) que colhiam na natureza. As ferramentas que utiliza- vam, de pedra e osso, eram mais desenvolvidas e realizavam rituais fúnebres. Foi nas cavernas onde habitavam que deixaram as suas expressões artísticas: pinturas e gravuras rupestres. O exemplo mais emblemático desta arte encontra-se nas grutas de Foz côa. O clima tornou-se mais ameno após o final da última Idade do Gelo (em 10.000 a.c.), o que permitiu que os humanos saíssem das cavernas. Por isso, entre 8000 e 5000 a.c., já se encontravam huma- nos a viver em cabanas nos vales dos rios Tejo e Sado. Passaram a alimentar-se mais de peixe e marisco e a usar colares de conchas como decoração pessoal. Porém, foi entre 7000 e 3000 a.c. que surgiu a maior alteração à vida dos homens e mulheres da Idade da Pedra: a agricultura e a pastorícia chegaram à Península Ibérica, trazidas por viajan- tes oriundos do Mediterrâneo. No período final da Idade da Pedra, ao qual se chamou Neolítico, os humanos começaram a construir grandes monumentos de pedra, como antas e menires.
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