UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE ARQUITETURA, ARTES E COMUNICAÇÃO COMUNICAÇÃO SOCIAL: JORNALISMO Tamiris Tinti Volcean Crônica de guerra: um estudo comparado entre os correspondentes Rubem Braga e Joel Silveira durante a Segunda Guerra Mundial Bauru/SP 2017 Tamiris Tinti Volcean Crônica de guerra: um estudo comparado entre os correspondentes Rubem Braga e Joel Silveira durante a Segunda Guerra Mundial Monografia apresentada ao Departamento de Comunicação Social da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, como exigência parcial para a obtenção do título de Bacharel em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, sob a orientação do Prof. Dr. Arlindo Rebechi Junior. Bauru/SP 2017 $ Tamiris Tinti Volcean Crônica de guerra: um estudo comparado entre os correspondentes Rubem Braga e Joel Silveira durante a Segunda Guerra Mundial Monografia apresentada ao Departamento de Comunicação Social da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, como exigência parcial para a obtenção do título de Bacharel em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, sob a orientação do Prof. Dr. Arlindo Rebechi Junior. Banca examinadora: _______________________________________ Prof. Dr. Arlindo Rebechi Junior (orientador) _______________________________________ Prof. Dr. Marcelo Magalhães Bulhões _______________________________________ Profa. Ms. Michelle Moreira Braz dos Santos Bauru/SP 2017 % A minha avó, Josephina Guerrieri Tinti, que sonhou comigo esse momento e, hoje, me benze e protege de onde estiver. & AGRADECIMENTOS Ao Professor Dr. Arlindo Rebechi Junior pelo longo período de orientação, pelos ensinamentos, pela paciência em aceitar a transição da pesquisa em Ciências Biológicas para as Ciências Humanas, bem como pelo incentivo e apoio às minhas pretensões acadêmicas. Ao Professor Dr. Marcelo Magalhães Bulhões pelos conselhos, pela torcida, pelo apoio e por ter acompanhado meu trabalho desde o primeiro ano da graduação. À Professora Ms. Michelle Moreira Braz dos Santos por ter aceitado contribuir para os desdobramentos desta pesquisa com sua participação na banca examinadora. Aos meus mestres por todo o aprendizado. À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) pelo fomento ao presente estudo (2015/15036-6), financiamento imprescindível para a execução deste trabalho. Aos meus amigos unespianos pelos quatro anos de companheirismo. Às amizades que construí em Ribeirão Preto pelo incentivo que me fez ter coragem para mudar os rumos do caminho. Aos companheiros de Jornal Jr, principalmente Paula Nishi, Jorge Salhani, Marcos Cardinalli, Bábara Costa, Gabriele Alves e Mariana Fernandes, pela amizade que extrapola os níveis profissionais. Aos meus alunos do PEIC e do Cursinho Ferradura pela admiração recíproca e por reforçar em mim a paixão por ensinar. Às minhas colegas de trabalho que, hoje, são parceiras de vida, Paola Zenati, Anaí Nabuco e Samantha Alves. Aos meus pais por possibilitarem a realização dessa importante etapa da minha vida, pelo amor, apoio, dedicação e pela confiança que têm em mim. À minha tia Neide por estar ao meu lado em qualquer situação, apoiando, acreditando e lutando para que eu consiga realizar todos os sonhos que tenho em mim. Ao meu irmão Guilherme pela torcida discreta e sempre presente. À Universidade Estadual Paulista pelo acolhimento e pelos frutos. ' RESUMO A crônica especializada de guerra, enquanto gênero discursivo híbrido, intersecção entre a linguagem jornalística e a linguagem literária, ganhou o espaço dos jornais durante a Guerra da Criméia (1854). No Brasil, sua gênese pode ser demarcada com o envio de correspondentes à Guerra do Paraguai (século XIX) e, posteriormente, com ampla participação na Guerra de Canudos (1897). Apesar de já inserida no conteúdo jornalístico do país desde o século XIX, é durante as duas guerras mundiais que esse gênero discursivo ganha destaque e se difunde em larga escala nos periódicos nacionais. Nesta pesquisa, pretende-se abordar as crônicas produzidas durante a Segunda Guerra Mundial pelos correspondentes Rubem Braga, enviado do Diário Carioca, e Joel Silveira, enviado dos Diários Associados, no período de setembro de 1944 a maio de 1945. Rubem Braga, posteriormente, reuniu suas crônicas no livro Com a FEB na Itália, publicado em 1945, enquanto Joel Silveira publicou nesse mesmo ano o compilado dos seus escritos de guerra em Histórias de Pracinhas, dando, ambos, mostras da repercussão e perenidade de tais textos como marcos da crônica brasileira à época. Tendo como córpus privilegiado de pesquisa as crônicas tal como foram originalmente publicadas nos jornais da época, esse estudo, a partir de pesquisa documental, tem como propósito reunir e analisar comparativamente a produção textual de Braga e Silveira a partir do conceito de dialogismo defendido por Bakhtin (1979), demonstrando os pontos de convergência e divergência presentes no estilo narrativo de cada um dos correspondentes. Com vista às diferenças estruturais e semânticas na construção textual de ambos os cronistas, objetiva-se delinear, de modo mais preciso, um possível diálogo textual entre o discurso jornalístico e o discurso literário, com o foco em dois observadores colocados em uma situação-limite e traumática da experiência e vivência da guerra. Palavras-chave: Joel Silveira; Rubem Braga; crônica de guerra; linguagem literária; linguagem jornalística; gêneros do discurso; dialogismo. ( ABSTRACT The specialized chronicle of war, as a discursive hybrid genre, intersection between journalistic language and literary language, gained space in the newspapers during Crimean War (1854). In Brazil, its genealogy begins with the corresponding sending to the War of Paraguay (XIX century), and, later, with participation in War of Canudos. Although it’s already in the journalistic content of the country, it is during the two wars that the global discourse genre is highlighted in national journals. In this research, we intend to approach the chronicles produced during the Second World War by the corresponding Rubem Braga, sent by the Diário Carioca, and Joel Silveira, sent by the Diários Associados, from September 1944 to May 1945. Rubem Braga later reunited his chronicles in the book Com a FEB na Itália, published in 1996, while Joel Silveira published, in the same year, a compilation of all his writings of war in Histórias de Pracinhas (1945), both books showing the impact of such texts as reference of Brazilian chronicle of war. Having the chronicles as originally published by newspapers as a privileged research corpus, this study, based on documentary research, aims to analyze comparatively the textual production from Braga and Silveira by the concept of dialogism advocated by Bakhtin (1979), demonstrating the convergence points and divergences presented in the narrative style of each one. Bearing in mind the structural and semantic differences in building their chronicles, the objective is to outline, more precisely, a possible dialogue between journalistc discourse and literary discourse, focusing on two observers placed in a limit and traumatic situation of experience of war. Keywords: Joel Silveira; Rubem Braga; chronicle of war; literary language; journalistic language; discursive genre; dialogism. ) LISTA DE FIGURAS Figura 1: Capa do jornal Diário Carioca em 9 de janeiro de 1945, edição 05082..................31 Figura 2: Capa do jornal Diário da Noite em 17 de janeiro de 1945, edição 03676................34 * LISTA DE QUADROS Quadro 1: Principais unidades de registro das categorias formuladas......................................55 Quadro 2: Categorização das crônicas de Rubem Braga compiladas no livro Crônicas da guerra na Itália (1996)..............................................................................................56 Quadro 3: Categorização das crônicas de Rubem Braga publicadas exclusivamente no Diário Carioca.....................................................................................................................63 Quadro 4: Categorização das crônicas de Joel Silveira compiladas no livro Histórias de pracinhas (1945).......................................................................................................64 Quadro 5: Categorização das crônicas de Joel Silveira publicadas exclusivamente no Diário da Noite........................................................................................................................74 Quadro 6: Seleção de crônicas dos correspondentes Rubem Braga e Joel Silveira para posteriores análises dialógicas..................................................................................80 + LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Quantificação e distribuição das crônicas compiladas no livro Crônicas da guerra na Itália (1996) nas categorias propostas...............................................................62 Gráfico 2: Quantificação e distribuição das crônicas publicadas exclusivamente no Diário Carioca nas categorias propostas............................................................................64 Gráfico 3: Quantificação e distribuição das crônicas compiladas no livro Histórias de pracinhas (1945) nas categorias propostas..............................................................73 Gráfico 4: Quantificação e distribuição das crônicas publicadas exclusivamente no Diário da Noite nas categorias propostas................................................................................76
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