Guia Do Viajante Para Angola

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Guia do Viajante para Angola Embaixadas de Angola na Guiné Bissau - Senegal - Gâmbia Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola ÍNDICE 01. MENSAGEM DO EMBAIXADOR 02. HISTÓRIA E GEOGRAFIA 03. TURISMO 04. ECONOMIA E NEGÓCIOS PROPRIEDADE 05. CONSULADO Embaixada de Angola na Guiné Bissau A) VISTOS DIRECTOR Embaixador Daniel António Rosa B) DOCUMENTOS NACIONAIS EDITOR 06. INSTITUIÇÕES projectocapital.pt A) PRESIDENTE DA REPÚBLICA DESIGN EDITORIAL projectocapital.pt B) ASSEMBLEIA NACIONAL APOIO E AGRADECIMENTOS C) GOVERNO Cláudio Miguel, Luis Dias, Amélia Conde 07. SÍMBOLOS A) BANDEIRA B) INSIGNIA C) HINO 08. CONTACTOS ÚTEIS 2 3 Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola GUIA01 DO VIAJANTE PORTUGUÊS 4 5 Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola MENSAGEM DO EMBAIXADOR MENSAGEM DE BOAS-VINDAS Prezados leitores saúdo-os desejando as boas vindas à República de Angola. Inauguramos um novo período da nossa história, com a transição para a IV legislatura, aos 42 anos como Estado Independente e consequentemente a constituição de um novo Governo, liderado pelo Presidente da República, João Lourenço. Somos um país já com alguma maturidade política e social, que o povo angolano tem sabido demonstrar nas suas acções, em vários domínios, pese algumas dificuldades. Estamos motivados a melhorar cada vez mais, a nossa prestação, para o bem comum, razão, porque nos dedicamos a dar outra dinâmica aos serviços que prestamos aos cidadãos angolanos na nossa Embaixada ou a ajudar os estrangeiros interessados em visitar Angola, para obtenção de vistos e outros serviços notariais a partir do Sector consular. O novo guia traz informação mais actualizada e detalhada sobre a realidade de Angola e suas potenciali- dades, as possibilidades oferecidas para investir no nosso país e os locais históricos ou belas paisagens que convidam ao Turismo. Estou confiante de que as relações de proximidade com os utentes do guia e outros meios de informação ao vosso dispor, ajudarão a tornar mais eficientes os serviços prestados pelas instituições angolanas cum- prindo os ditames do actual Presidente da República, João Lourenço, na sua mensagem de Investidura a 26 de Setembro de 2017, em que assume o compromisso de “desburocratizar os serviços públicos e atrair o investimento para Angola, contribuiu para a consolidação da Nação angolana e na construção de uma sociedade democrática, inclusiva e próspera. Auguramos servir melhor aos Turistas e potenciais investidores que pretendam visitar e instalar-se em Angola. Estamos ao vosso dispor. Daniel António Rosa Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Angola na Guiné-Bissau, Senegal e Gambia 6 7 Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola 02 HISTÓRIA E GEOGRAFIA 8 9 Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola ANGOLA E A SUA HISTÓRIA Território habitado já na Pré-história como ates- tam vestígios encontrados nas regiões das Lundas, Entretanto, em 1836, o tráfico de escravos era Congo e o deserto do Namibe, apenas milhares de abolido e em 1844, os portos de Angola seriam ab- anos mais tarde, em plena proto-história, receberia ertos aos navios estrangeiros. Com a conferência povos mais organizados. Os primeiros a instalar- de Berlim, Portugal viu-se na obrigação de efec- em-se foram os bochímanes - grandes caçadores, tivar de imediato a ocupação territorial das suas de estatura pigmóide e claros, de cor acastanhada. Colónias. O território de Cabinda, a norte do rio Zaire, seria também conferido a Portugal, graças à No início do século VI d.C., povos mais evoluídos, legitimidade do Tratado de Protectorato de Simu- de cor negra, inseridos tecnologicamente na Idade lambuko, assinado entre os reis de Portugal e os dos Metais, empreenderam uma das maiores mi- príncipes de Cabinda, em 1885. Depois de uma im- grações da História. Eram os Bantu e vieram do plantação morosa e complicada, o final do século norte, provavelmente da região da actual Repú- XIX marcaria a organização de uma administração blica dos Camarões. Esses povos, ao chegarem a colonial directamente relacionada com o território Angola, encontraram os Bochímanes e outros gru- e os povos a governar. Na economia, a estratégia pos mais primitivos, impondo-lhes facilmente a sua colonial assentava na agricultura e na exportação tecnologia nos domínios da metalúrgica, cerâmica de matérias-primas. O comércio da borracha e do e agricultura. A instalação dos Bantu decorreu ao marfim, acrescido pela receita dos impostos toma- longo de muitos séculos, gerando diversos grupos dos às populações, gerava grandes rendimentos que viriam a constituir-se em etnias que perduram para Lisboa. em 1921, embora operasse desde 1916 na região tido Político. A reconciliação Nacional e o Processo até aos dias de hoje. O fim da monarquia em Portugal em 1910 e uma das Lundas. Com o Estado que se pretende exten- de Desenvolvimento e Reconstrução Nacional são conjuntura internacional favorável levariam as no- sivo à Colónia, Angola passa a ser mais uma das para o Chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, A chegada dos portugueses em 1482 atracaram na vas reformas ao domínio administrativo, agrário províncias de Portugal (Província Ultramarina). A os principais objectivos da paz definitivamente al- margem do Rio Zaire, sob o comando do navegador e educativo. No plano económico, inicia-se a ex- situação vigente, era aparentemente tranquila. No cançada em 2002, após longos anos de luta e ne- Diogo Cão. A partir desse marco, os portugueses ploração intensiva de diamantes. A DIAMANG segundo cartel do século XX, esta tranquilidade se- gociações. passaram a conquistar não só Angola, mas também (Companhia de Diamantes de Angola) é fundada ria posta em causa com o aparecimento dos primei- outras paragens na costa ocidental de África. Já ros movimentos nacionalistas. Inicia-se a formação Desde 1992, ano das primeiras eleições gerais, instalada a primeira grande unidade política do ter- de organizações políticas mais explícitas a partir que a democracia multipartidária governa Ango- ritório, passaria à história com o Reino do Congo, da década de 50 que, de uma forma organizada la, o MPLA conjuntamente com a UNITA e outras com quem os portugueses estabeleceram aliança. iam fazendo ouvir os seus gritos. Promovem cam- forças políticas com assento parlamentar, geriram A Colónia portuguesa de Angola formou- se em panhas diplomáticas no mundo inteiro, pugnando magistralmente a reconstrução de um dos países 1575 com a chegada de Paulo Dias de Novais com pela independência. O Poder Colonial, não cederia, de futuro mais promissor de África. Novas eleições 100 famílias de colonos e 400 soldados. Paulo Dias no entanto, às propostas das forças nacionalistas, foram realizadas em 2008. O MPLA, que sempre de Novais foi o primeiro governador português a provocando o desencadear de conflitos armados governou desde a Independência, soube preservar chegar a Angola, que tinha como principais acções directos, a “Luta Armada”. Destacaram-se na “Luta”, a identidade nacional, tendo dele saído os três explorar os recursos naturais e promover o tráfico o MPLA (Movimento Popular para a Libertação de primeiros presidentes que, governaram o país até negreiro (escravatura) formando um mercado ex- Angola) fundado em 1956, a FNLA Frente Nacional ao momento. Primeiro o fundador da Nação Ango- tenso. de Libertação de Angola que se rebelou em 1961 lana, o Dr. Agostinho Neto, segundo o Eng.º José e a UNITA (União Nacional para a Independência Eduardo dos Santos que aquando da sua inves- A partir de 1764, de uma sociedade esclavagista, Total de Angola) que foi fundada em 1966. Depois tidura, em 1979, era o mais jovem presidente do passou-se gradualmente a uma sociedade preocu- de longos anos de confrontos, o país alcança a in- continente e actualmente o Presidente João Ma- pada em produzir o que consumia. Em 1850 Luan- dependência a 11 de Novembro de 1975. nuel Gonçalves Lourenço. Na cena internacional, da já era uma cidade, repleta de firmas comerciais Angola vem dando forte apoio a iniciativas que e que exportava conjuntamente com Benguela, Passados 27 anos da Independência e 41 do in- promovem a paz e a resolução de disputas region- óleos de palma e amendoim, cera, goma copal, ma- ício da Luta Armada, eis que a Paz finalmente é ais, favorecendo a via diplomática na prevenção do deiras, marfim, algodão, café e cacau, entre outros consolidada a 4 de Abril de 2002 pelos acordos conflito e a promoção dos direitos humanos. produtos. Milho, tabaco, carne seca e farinha de assinados no Luena, Moxico. 80.000 soldados da mandioca começariam igualmente a ser produz- UNITA depõem as armas e são integrados na so- idos localmente. Estava a nascer a burguesia em ciedade civil, nas Forças Armadas Angolanas e na Angola . Polícia Nacional. A UNITA é transformada em Par- 10 11 Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA GRANDE GUERRA Em 18 de Agosto de 1914 tendo sido declarada homens de infantaria europeus, 180 homens de a Grande Guerra, o governo português, entendeu Força Militar Colonial de Operações no Sul de Angola infantaria indígena, 3 peças de artilharia Erhardt e que dadas as circunstâncias pouco normais do mo- 4 metralhadoras, mais uma reserva de 240 homens Angola No dia seguinte, a 31 de Outubro, no Quartel-gen- mento, era necessário guarnecer e reforçar diver- de infantaria europeus, 60 indígenas e 2 peças de eral em Lubango o Tenente-coronel Alves Roça- sos postos de fronteira no norte de Moçambique e artilharia Canet. das organizou a força militar, que denominou por no Sul de Angola, tendo dado ordens que se organ- A organização das forças militares coloniais, decor- “Força em Operações no Sul de Angola”, para at- izassem duas colunas expedicionárias. ria da reorganização efectuada por Decreto em O combate durou perto de 4 horas, tendo as tropas acar a força alemã e recuperar os postos militares.

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