Departamento De Taquigrafia, Revisão E Redação

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DEPARTAMENTO DE TAQUIGRAFIA, REVISÃO E REDAÇÃO SESSÃO: 300.2.55.O DATA: 22/11/16 TURNO: Vespertino TIPO DA SESSÃO: Deliberativa Ordinária - CD LOCAL: Plenário Principal - CD INÍCIO: 14h TÉRMINO: 19h01min DISCURSOS RETIRADOS PELO ORADOR PARA REVISÃO Hora Fase Orador Obs.: Ata da 300ª Sessão da Câmara dos Deputados, Deliberativa Ordinária, Vespertina, da 2ª Sessão Legislativa Ordinária, da 55ª Legislatura, em 22 de novembro de 2016. Presidência dos Srs.: Waldir Maranhão, 1º Vice-Presidente. Carlos Manato, Capitão Augusto, Laerte Bessa, José Rocha, Izalci Lucas, nos termos do § 2º do artigo 18 do Regimento Interno. ÀS 14 HORAS COMPARECEM À CASA OS SRS.: Rodrigo Maia Waldir Maranhão Giacobo Beto Mansur Felipe Bornier Mara Gabrilli Alex Canziani Mandetta Gilberto Nascimento Luiza Erundina Ricardo Izar CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 300.2.55.O Tipo: Deliberativa Ordinária - CD Data: 22/11/2016 Montagem: 5199 I - ABERTURA DA SESSÃO O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - A lista de presença registra na Casa o comparecimento de 190 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados. Está aberta a sessão. Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos trabalhos. O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da sessão anterior. II - LEITURA DA ATA O SR. DELEGADO EDSON MOREIRA, servindo como 2º Secretário, procede à leitura da ata da sessão antecedente, a qual é, sem observações, aprovada. III - EXPEDIENTE (Não há expediente a ser lido) 3 CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 300.2.55.O Tipo: Deliberativa Ordinária - CD Data: 22/11/2016 Montagem: 5199 O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Passa-se ao IV - PEQUENO EXPEDIENTE Concedo a palavra ao Sr. Deputado Luiz Couto, do PT da Paraíba, para dar seu pronunciamento como lido. 4 CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 300.2.55.O Tipo: Deliberativa Ordinária - CD Data: 22/11/2016 Montagem: 5199 O SR. LUIZ COUTO (PT-PB. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu quero registrar dois pronunciamentos. O primeiro diz respeito ao Dia Nacional do Compromisso com a Criança, o Adolescente e a Educação, comemorado ontem, dia 21 de novembro. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas, em 1959, e adotada no Brasil em 1990. No dia 18 de julho de 2012, a nossa Presidenta Dilma sancionou a Lei nº 12.685, de 2012, na intenção de incentivar todos a assumirem esse compromisso. O segundo registro que eu quero fazer é a respeito da nossa visita, na sexta- feira e no sábado, às diversas ocupações feitas pelos estudantes em protesto contra a PEC 241/16 e a PEC 55/16. Sr. Presidente, peço que seja dada a devida divulgação a estes meus pronunciamentos nos meios de comunicação desta Casa e no programa A Voz do Brasil. O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) - Muito obrigado, nobre Deputado Luiz Couto. PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, em 21 de novembro, comemora-se o Dia Nacional do Compromisso com a Criança, o Adolescente e a Educação. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas em 1959 e adotada no Brasil em 1990. No dia 18 de julho de 2012, nossa Presidenta, legitimada pelo voto popular, Dilma Rousseff, sancionou a Lei nº 12.685, na intenção de incentivar a que as Prefeituras e órgãos governamentais, junto com a sociedade organizada, estabelecessem os compromissos com a criança, o adolescente e a educação. 5 CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 300.2.55.O Tipo: Deliberativa Ordinária - CD Data: 22/11/2016 Montagem: 5199 O Brasil foi o primeiro País da América Latina a adequar a legislação aos princípios da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, que aconteceu em novembro de 1989. Logo depois, em julho de 1990, nasceu o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), instaurado pela Lei nº 8.069. O estatuto reforçou alguns preceitos já determinados pela Constituição de 1988, como a proteção integral de crianças e adolescentes e a prioridade na formulação de políticas públicas, na destinação de recursos da União e no atendimento de serviços públicos. A lei considera crianças os que têm até 12 anos de idade e adolescentes aqueles que têm entre 12 e 18 anos. O ECA estabelece que é dever do Estado, da família e da sociedade garantir o direito de crianças e adolescentes à liberdade, à dignidade, à convivência familiar e comunitária, à saúde, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, à profissionalização e à proteção do trabalho. Além disso, prevê a proteção contra qualquer forma de exploração, discriminação, violência e opressão. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Tomas de Aquino (1998) nos dá uma lição quando afirma que a escola ainda se espelha nos moldes militares, considerando a disciplina como “uma espécie de submissão e obediência cegas a um ‘superior’ na hierarquia escolar”. Contudo, o momento atual requer pensar a disciplina como uma relação de respeito, não pela hierarquia (superioridade), mas pela assimetria e diferença (Aquino, 1998). Já Dermeval Saviani (2003) destaca que o estado de pobreza dos pais e dos responsáveis pelos infantes e adolescentes resulta na realidade limitadora da democratização do acesso à educação escolar, mantendo-se, desse modo, a diferenciação e a desigualdade de condições para produzir a própria subsistência. 6 CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 300.2.55.O Tipo: Deliberativa Ordinária - CD Data: 22/11/2016 Montagem: 5199 Em razão disso, este dia comemorativo nos traz a reflexão de que é importante que o professor, enquanto agente social, ocupe-se também do estudo do ECA, para buscar formas para orientar e proteger a criança e o adolescente, procurando desenvolver, no interior da escola, medidas socioeducativas que permitam a integração de todos os alunos, sem desconsiderar as contradições e as diferenças que se explicitam no contexto da comunidade escolar e da própria sala de aula. Portanto, a escola precisa se constituir num mecanismo de inclusão, já que muitas vezes a exclusão começa a ganhar materialidade nas sucessivas reprovações, na evasão, no denominado fracasso escolar. Enfatizo que a escola como instituição social precisa integrar-se aos demais órgãos que atuam em favor da proteção dos direitos da criança e do adolescente. Não se pode negar que muitas ações de natureza preventiva estão em andamento, mas de forma isolada numa ou noutra entidade ou órgão da esfera pública. A escola precisa participar da construção de políticas públicas de atendimento à criança e ao adolescente, integrada com o Poder Executivo, com o Conselho Tutelar, com o Ministério Público, bem como com outras entidades da sociedade civil organizada e com as organizações não governamentais que se envolvam direta ou indiretamente com as questões do infante e do adolescente. Desse modo, a escola, base de seu crescimento, como instrumento público que atua em favor da inclusão social, contribuirá para a promoção de ações que reforcem o processo de formação da cidadania preconizado pelo movimento da educação emancipatória. Nesse sentido, o projeto político-pedagógico da escola necessita contemplar em sua proposta ações passíveis de serem implementadas e desenvolvidas, dando 7 CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 300.2.55.O Tipo: Deliberativa Ordinária - CD Data: 22/11/2016 Montagem: 5199 especial atenção aos limites e aos valores necessários à convivência coletiva, fraterna e solidária. Contudo, a escola brasileira precisa ser fortalecida por nós do Legislativo. Agora, não podemos permitir mudanças drásticas, sem uma consulta previa aos próprios estudantes, aos servidores e professores e pais, motivo pelo qual a Proposta de Emenda à Constituição nº 746, de 22 de setembro de 2016, que altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e também a Lei nº 11.494, de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, vem sendo palco de manifestações concretas nas escolas brasileiras. Esse pacote de maldades dentro da educação das crianças e dos adolescentes é um indigesto prato que o Executivo quer empurrar goela abaixo dos brasileiros. Para tanto, não podemos deixar que um governo golpista implante o que Franz Kafka alertou em uma de suas frases, onde impunha que “toda a educação assenta nestes dois princípios: primeiro repelir o assalto fogoso das crianças ignorantes à verdade e depois iniciar as crianças humilhadas na mentira, de modo insensível e progressivo”. Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho aqui hoje para fazer um relato de várias visitas que fiz, de sexta-feira a sábado, a instituições de ensino da Paraíba, dialogando com estudantes, professores e servidores que protestam contra as medidas já adotadas e anunciadas pelo Governo golpista de Michel Temer. A 8 CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 300.2.55.O Tipo: Deliberativa Ordinária - CD Data: 22/11/2016 Montagem: 5199 principal fonte de revolta da comunidade educacional é a agora PEC 55, que foi aprovada nesta Casa como PEC 241. Na última sexta-feira, conversei com estudantes e servidores da Universidade Federal da Paraíba — Campus III/Bananeiras, em greve há 4 semanas, e também mantive diálogo com o comando de greve do Instituto Federal da Paraíba — IFPB de Guarabira, com representantes da ocupação do Colégio Santa Rita e representantes da ocupação do Campus da UFPB de Areia. No colégio Santa Rita participei de um debate sobre a conjuntura atual e sobre a retirada de direitos por parte do Governo golpista de Temer. Falei sobre a PEC 241/55, de 2016, que congela os recursos para investimento nas diversas áreas do Governo Federal por 20 anos e sobre outras medidas que ferem direitos.

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