UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS MESTRADO EM LETRAS ALINE SUAVE NUNES O IMAGINÁRIO MEDIEVAL COMO EXPERIÊNCIA ESTÉTICA LITERÁRIA NAS CANÇÕES DO ÁLBUM LITTLE DARK AGE, DA BANDA INDIE MGMT VITÓRIA 2021 ALINE SUAVE NUNES O IMAGINÁRIO MEDIEVAL COMO EXPERIÊNCIA ESTÉTICA LITERÁRIA NAS CANÇÕES DO ÁLBUM LITTLE DARK AGE, DA BANDA INDIE MGMT Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação em Letras – Mestrado em Letras – do Centro de Ciências Humanas e Naturais da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Letras, na área de concentração Estudos Literários. Orientadora: Prof.ª Dra. Viviana Mónica Vermes. VITÓRIA 2021 Aline Suave Nunes “O imaginário medieval como experiência estética literária nas canções do álbum Little Dark Age, da banda indie MGMT.” Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Letras do Centro de Ciências Humanas e Naturais, da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre em Letras. Aprovada em 25 de fevereiro de 2021. Comissão Examinadora: Profª Drª Viviana Mónica Vermes (UFES) Orientadora e Presidente da Comissão Examinadora Prof. Dr. Vitor Cei Santos(UFES) Examinador Titular Interno Prof. Dr. Lucas dos Passos e Silva (IFES) Examinador Titular Externo UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO PROTOCOLO DE ASSINATURA O documento acima foi assinado digitalmente com senha eletrônica através do Protocolo Web, conforme Portaria UFES nº 1.269 de 30/08/2018, por VIVIANA MONICA VERMES - SIAPE 1312946 Departamento de Teoria da Arte e Música - DTAM/CAr Em 02/03/2021 às 09:04 Para verificar as assinaturas e visualizar o documento original acesse o link: https://api.lepisma.ufes.br/arquivos-assinados/147665?tipoArquivo=O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FOLHA DE ASSINATURAS INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO SISTEMA INTEGRADO DE PATRIMÔNIO, ADMINISTRAÇÃO E CONTRATOS Emitido em 25/02/2021 AVALIAÇÃO Nº ---/2021 - UFES - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO (ES - FEDERAL) (Nº do Protocolo: NÃO PROTOCOLADO) (Assinado digitalmente em 02/03/2021 14:21 ) LUCAS DOS PASSOS E SILVA PROFESSOR DO ENSINO BASICO TECNICO E TECNOLOGICO VIT-CCLL (11.02.35.01.09.02.09) Matrícula: 1939118 Para verificar a autenticidade deste documento entre em https://sipac.ifes.edu.br/documentos/ informando 0 no campo de número, ano: 2021, tipo: AVALIAÇÃO, data de emissão: 02/03/2021 e o código de verificação: 970aca8b80 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO PROTOCOLO DE ASSINATURA O documento acima foi assinado digitalmente com senha eletrônica através do Protocolo Web, conforme Portaria UFES nº 1.269 de 30/08/2018, por VITOR CEI SANTOS - SIAPE 3567469 Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Letras Programa de Pós-Graduação em Letras - PPGLe/CCHN Em 02/03/2021 às 18:07 Para verificar as assinaturas e visualizar o documento original acesse o link: https://api.lepisma.ufes.br/arquivos-assinados/148700?tipoArquivo=O Para Victor, minha maior inspiração. Parafraseando Dance of Days, preciso registrar que essa dissertação diz tanto sobre você que eu nem sei como não tem seu nome. Agradecimentos À Profª. Drª. Viviana Mónica Vermes, minha orientadora, por sua dedicação, profissionalismo, paciência e empatia. Por abrir mão de muitas coisas para me guiar nessa jornada. Não tenho palavras nem capacidade suficientes para agradecer o que fez por mim. Aos professores Lucas dos Passos, Vitor Cei Santos, Sérgio da Fonseca Amaral e Marita Fornaro Bordolli por aceitarem participar da banca. Ao Lucas, novamente, pela disposição de orientar minha monografia, analisar meu pré-projeto de mestrado e, agora, avaliar minha dissertação. É meu último pedido, (não) prometo! E ao Vitor pela sensibilidade ao tratar do meu caso, sendo justo e íntegro às normas que regem o programa e, dessa forma, exercendo a função de servidor público de modo exemplar. Vocês fazem a diferença na formação dos seus alunos. Ao Victor, meu guitarrista preferido, meu namorado e meu maior incentivador. Eu não teria chegado aqui sem seu apoio durante os momentos de angústia e sem os momentos felizes que você me proporcionou. Como sempre, recorro às músicas que me acompanham, pra dizer que “é só você que eu quero e eu quero ser tudo pra te ver sorrir” (Dance of Days). Sou grata por tudo que fez por mim durante os anos caóticos do mestrado e da vida. Aos meus pais e irmão; à Cristine, minha irmã, por ser a família que eu sempre quis; ao Henrique e ao Gabriel, meus sobrinhos, por toda alegria e sentido que trouxeram para minha existência nesse planeta. Este trabalho também é para vocês três. À Rhaysla e à Isadora, minhas melhores amigas, pelo suporte e motivação, fisicamente e virtualmente, durante mais de dez anos. Obrigada por compreenderem minhas ausências durante o mestrado e por aguentarem meus desesperos constantes. À Drª. Marina pelo tratamento humano, empático e profissional durante um momento muito difícil em 2019 (Viva o SUS!). E também ao Dr. André por me proporcionar qualidade de vida em meio aos traumas e à pandemia, possibilitando meu retorno à escrita. Ao parceiro de trabalho Rodrigo Dantas e ao gestor Guilherme Glaber, respectivamente, por toda ajuda e encorajamento no momento que eu mais precisei. 2020 teria sido muito mais pesado se eu não trabalhasse com vocês. Aos “desconstruídos distraídos": Carlos Alexandre, Nalini Lima, Targino Filho, Ana Paula e Rayanne Carrara. Vocês são nota dez no trabalho, na luta e na arte. Espero ser como vocês um dia. Aos amigos e colegas (de curso, de trabalho e do mundo) que estiveram presentes em algum momento (com apoio, distrações e inspirações) desses últimos anos: Michelle Preterotti, Filipe Oliveira, Camila Gabriel, Thiago Barbosa, Izabela Campos, Danielly Francisco, Lorrania Rodrigues, Dayane Oliveira, Nathalia Castro, Darilene Xavier, Viktor Lopes, Jéssica Stein, Kevin Rocha, Priscilla Vidal, Mizael Charlini, Lorena Araújo, Luciano Lima, Taiga Scaramussa, João Victor Damasceno, Larissa Lopes, Carlilio Louzada, Amanda Souza, Silvia Fiorotti e Gisele Fabri. Ao professor Etelvo Ramos, que há muito não vejo, mas que entende exatamente tudo o que eu passei e o que tive de enfrentar para chegar até aqui. Nunca esqueço do incentivo e dos conselhos que me deu durante a graduação. Ao MGMT, Nirvana, Julian Casablancas, The Strokes, The Voidz, Death Cab for Cutie, Dev Hynes/ Blood Orange, Imogen Heap, Frank Ocean, Novos Baianos, Talking Heads, Ramones, Tears for Fears, The Cure, Joy Division, Rooney, Kevin Abstract, Prince, My Chemical Romance, Criolo, Dead Fish, Dance of Days e todas as bandas, cantores e músicas que fizeram parte da trilha sonora da minha vida. Aos artistas Andrew VanWyngarden & Ben Goldwasser, mesmo sabendo que isso não será lido por nenhum dos dois: thank you. “Hitting the sweet spot between edgy and catchy is the goal in everything I do and ‘Is This It’ is always what you’re aiming for. I’m a human animal and a prisoner of the crowd’s reaction on a biological level — I don’t want to care, but if people like it, it feels better than if people hate a song. You never know how the audience will react and hope for the best, but you don’t let it compromise your integrity” (Julian Casablancas) “Now that you heard the truth All I need a friendly face I hate that feeling too But no one's unafraid”. (The Strokes) RESUMO O uso do imaginário medieval é uma tradição que perdura há muito tempo em várias produções artísticas, apesar de suas possíveis problemáticas. O medieval está presente no álbum Little Dark Age (2018), da banda indie norte-americana MGMT. No álbum em questão, a banda evoca elementos desse imaginário enquanto faz uma crítica aos problemas que enxerga na vida contemporânea. Com o avanço da tecnologia, o sujeito contemporâneo, por um lado, comunica-se de modo mais dinâmico e tem maior acesso à cultura e, por outro, experimenta a solidão, a desinformação e a intolerância. Nessa sociedade do espetáculo, as produções artísticas (livros, canções, filmes etc.) são reféns da indústria cultural que, por sua vez, produz artes padronizadas com o intuito de lucrar, deixando de lado a originalidade. Dessa forma, a canção popular é muitas vezes vista como um objeto manipulado pelo capitalismo, pois a indústria segue uma fórmula que influencia as pessoas a consumirem novos produtos semelhantes aos que já consumiram anteriormente. Os artistas indie (independentes) surgem como uma resposta a esse sistema. No entanto, seu discurso pode parecer contraditório, visto que criticam a indústria enquanto estão inseridos nela. Com essas questões em mente, o objetivo desta dissertação é analisar o motivo da escolha da banda pela evocação do imaginário medieval. Portanto, conforme proposto por Ruth Finnegann (2008), discutiremos sobre as três dimensões das canções de modo unificado, entendendo esse gênero como uma das formas literárias mais completas de comunicação de sentimentos e sensações. Para desenvolvermos essas questões, em consonância com Antonio Candido (2006), examinaremos de que forma o contexto social contemporâneo e a estrutura estética da produção lírica, musical e performática se relacionam. Também nos apoiaremos nas discussões teóricas de Debord (1997), Adorno (1996), Eco (1986), Le Goff (2005), Schøllhammer (2007) e Laplantine e Trindade (2017). Com base na análise das dimensões lírica, musical e performática, discutiremos as possibilidades de interpretação derivadas da associação dos elementos sociais com a experiência estética das canções do Little Dark Age e suas relações com os ecos do imaginário medieval. Palavras-chave: Canção Popular. Imaginário Medieval. Contemporaneidade. Indústria cultural. Tecnologia. ABSTRACT The use of medieval imagery is a tradition that has long persisted in various artistic productions, despite its possible problems. The medieval is present in the album Little Dark Age (2018), by the American indie band MGMT. In this album, the band evokes elements of this imagery while criticizing the problems it sees in contemporary life.
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