Cecília Luttembarck de Oliveira Lima Rattes Retratos do Outro : as fotografias antropológicas da Expedição Thayer e da Comissão Geológica do Império do Brazil (1865-1877) Belo Horizonte Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas / UFMG 2010 Cecília Luttembarck de Oliveira Lima Rattes Retratos do Outro : as fotografias antropológicas da Expedição Thayer e da Comissão Geológica do Império do Brazil (1865-1877) Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Historia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em História Linha de Pesquisa: Ciência e Cultura na História Orientadora: Betânia Gonçalves Figueiredo Belo Horizonte Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas / UFMG 2010 112.109 Rattes, Cecília Luttembarck de Oliveira Lima R237r Retratos do outro [manuscrito] : as fotografias antropológicas da Expedição 2010 Thayer e da Comissão Geológica do Império do Brazil (1865-1877) / Cecília Luttembarck de Oliveira Lima Rattes. – 2010. 212 f. : il. Orientadora : Betânia Gonçalves Figueiredo Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. 1. Expedição Thayer (1865-1866) 2. Comissão Geológica do Império do Brazil (1865-1877) 3. História – Teses. 4.Ciência – História – Teses 4. Expedições científicas – Teses 5.Fotografias – Teses I. Figueiredo, Betânia Gonçalves. II. Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. III. Título Aos olhares curiosos, fazedores da História AGRADECIMENTOS Embora o trabalho do historiador seja solitário, descobri que essa solidão é envolvida pela presença de muitos: pessoas capazes de preencher as arestas que o dia-a-dia cria, trazendo sentido ao prazer da busca, da pesquisa, da descoberta. O próprio processo de desenvolvimento do tema da dissertação contou com a colaboração de importantes pessoas, que através do diálogo, sugestões e leituras fizeram com que a pesquisa chegasse ao seu formato final. Durante os anos de 2005 e 2006, tive a oportunidade de integrar a equipe da professora Adalgisa Arantes Campos, do Departamento de História da Universidade Federal de Minas Gerais, no projeto intitulado “Manifestações Artísticas no Oitocentos Brasileiro: a diluição do Rococó, o Academismo e seus desdobramentos até o advento da Belle Époque”. O trabalho visava à elaboração de um material didático de apoio para a disciplina de História da Arte, com o objetivo de fornecer um panorama do pensamento e da prática artística de 1816 até os antecedentes da Semana de Arte Moderna, em 1922. Durante o período de estudo como bolsista do projeto, estabeleci contato com vasta documentação iconográfica, em especial as pinturas de paisagens e fotografias produzidas por expedições científicas realizadas no Brasil. Essa experiência me permitiu conhecer, de forma crítica e com consistência metodológica, as possibilidades de abordagem da imagem. Dessa forma, agradeço à Professora Adalgisa Arantes Campos, que além de ter sido a primeira a me acolher na graduação, foi a responsável por me apresentar o tema tão instigante que é o dos fotógrafos viajantes oitocentistas. Agradeço-a pela experiência na pesquisa e em ensinar-me a “ler” as imagens, documentos tão ricos e pouco explorados no Brasil. Agradeço também à professora Betânia Gonçalves Figueiredo, minha orientadora, pela leitura atenta e respeitosa, por seu empenho, coerência, amizade e apoio nestes anos de trabalho. Por meio de conversas, sugestões e críticas, iniciadas, ainda, na graduação, ela incentivou-me a analisar as imagens sob uma ótica da ciência oitocentista e de sua relação com a cultura e com a arte. Através dessa abordagem, percebeu-se que as diferenças de posições científicas, que marcaram a segunda metade do século XIX, não se restringiam apenas ao discurso escrito, mas abrangiam, também, a esfera visual. Nesse momento, a pesquisa começou a delimitar mais claramente seus objetivos. A cada momento, a cada conversa com um professor ou um colega de academia, este trabalho ganhava novos contornos, seduzindo-me a procurar novas fontes e novos diálogos. Durante uma disciplina na Pós-Graduação, ministrada pela professora Maria Eliza Borges, em 2008, obtive contato com uma boa bibliografia, que abordava, especialmente, a revisão metodológica e documental inaugurada pela Nova História Cultural. Por meio de trabalhos e discussões em sala de aula, a professora me desafiou a questionar a fotografia sob diferentes ângulos, fugindo da abordagem tradicional empregada por muitos trabalhos históricos. Eliza sugeriu-me explorar o caráter subjetivo da imagem, que embora tenha sido por muito tempo condenado pelos estudiosos das disciplinas sociais, poderia apresentar-me algo novo, um vestígio sobre os problemas do passado. Agradeço-a, portanto, por compartilhar um pouco de sua visão crítica em relação à imagem, à história e aos componentes culturais e sociais do pensamento humano. Agradeço, igualmente, à professora Anny Jackeline Silveira e ao professor Bernardo Jefferson de Oliveira que, não obstante meu tema não se relacionasse diretamente às suas especializações profissionais, sempre foram atenciosos, indicando-me livros e periódicos, com o objetivo de oferecer-me sugestões que, invariavelmente, vinham com dados relevantes para o meu trabalho. Agradeço-os pela leitura cuidadosa e perspicaz no momento da qualificação e por todo apoio neste conturbado processo de crescimento profissional. Agradeço à professora Gwyniera Isaac, da Universidade Estadual do Arizona (EUA), que, além de gentilmente me ceder seu artigo intitulado Louis Agassiz’s Photographs in Brazil: Separate Creations , se dispôs, prontamente, a dialogar sobre os temas da fotografia científica, assunto que ainda permanece pouco abordado pela historiografia. É sempre enriquecedor conversar com estudiosos de diferentes instituições, que trazem em suas falas outros olhares sobre a História. Espero retribuir, em breve, sua solicitude, enviando-lhe uma cópia da dissertação, coroando, assim, um diálogo importantíssimo, principalmente, para mim. Não menos importante e que proporcionou minha dedicação full time ao projeto, algumas instituições fizeram-se presentes e merecedoras dos meus agradecimentos incondicionais. Cada uma dessas instituições fez sua contribuição em momentos especiais, ajudando no desenvolvimento e conclusão de minha pesquisa. Encabeço a relação agradecendo ao auxílio financeiro do CNPq, que colaborou para que eu me dedicasse mais livremente aos meus objetivos acadêmicos. Agradeço ao apoio do Colegiado da Pós-Graduação em História, da professora Kátia Baggio, do professor José Newton e da Edilene, que de forma sempre atenciosa e simpática, tentaram facilitar ao máximo os trâmites legais para a compra das fotografias. Ao Guilherme Soares, da FUNDEP, que permitiu que esta negociação chegasse ao seu feliz fim. Um muito obrigado aos profissionais da FAFICH, em especial à Vilma, pela solicitude em procurar alternativas em adquirir livros e artigos de difícil acesso, mesmo quando sem sucesso. Agradeço, igualmente, ao Paulo Aprígio e Silvia Moura, do Arquivo do Museu Nacional, ao Antônio Lima e Marcelo Souza, da Biblioteca do Museu Nacional, e à Bruna Santos, do Instituto Moreira Salles, que mostraram que ainda existem pessoas dispostas a ajudar, sem pedir nada em troca, demonstrando imensa solidariedade, competência e dedicação com as pesquisas no Brasil. À Patricia Kervick, do Peabody Museum of Archaeology and Ethnology, da Universidade de Harvard, pela paciência e coleguismo diante dos inúmeros e-mails trocados e pela disposição em encontrar novas fotografias para a minha pesquisa. Sem a sua ajuda este trabalho não poderia ter sido realizado. Espero um dia ter o prazer de conhecê-la e agradecer pessoalmente esse imenso auxílio! E à Jessica Desany Ganong, responsável pelas compras das imagens, em Harvard, pelo cuidado nesta comunicação por certo delongada e desgastante. Além do auxílio ligado à academia, existiu o lado emocional. Aquele apoio que só as pessoas ligadas ao nosso dia-a-dia são capazes de entender e se colocarem presentes como coadjuvantes, quando, na realidade, possuem um papel de destaque em nossas vidas. Assim, agradeço à minha querida mãe, fonte de força e dedicação, meu verdadeiro porto seguro, que sempre me incentivou e apoiou, incondicionalmente, ao longo de todos estes anos, tanto nos períodos de tranqüilidade, quanto naqueles bem difíceis. Suas palavras amigas sempre me trouxeram conforto nas situações mais tensas da vida. Ao meu irmão Guilherme, que a cada dia se mostra um grande amigo, companheiro para todas as horas e fiel confidente. Agradeço-o também pelo aprimoramento do texto em inglês para o abstract desta dissertação. Aos meus avós Helvécio e Lili, que além da torcida, sempre se prontificaram em contribuir para o meu aprendizado e enriquecimento intelectual. À Daniela, irmã de coração, que nestes vinte anos de amizade, sempre foi muito presente e disposta em me ajudar e muito colaborou para que eu me tornasse uma pessoa melhor. Aos amigos cultivados ao longo da minha formação acadêmica, Henrique, Luana e Natascha, interlocutores de todas as horas, pelo carinho e presença sempre reconfortante. E, finalmente, ao Gustavo, por me dar todo o apoio e paciência que um grande amor pode oferecer, por acreditar em mim, mesmo quando eu me questionava O instante da fotografia acontece quando se dá o encaixe entre os significados descobertos no objeto de nosso interesse e alguma coisa pré-existente
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