JÉSSICA DA SILVEIRA MESSIAS ETHOPOIÉSIS E HEAVY METAL: Subjetivação e consumo na cena de Natal-RN Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais, do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), como exigência para a obtenção do título de Mestre em Ciências Sociais. Orientador: Prof. Dr. Alexsandro Galeno Araújo Dantas NATAL 2013 JÉSSICA DA SILVEIRA MESSIAS ETHOPOIÉSIS E HEAVY METAL: Subjetivação e consumo na cena de Natal-RN Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais, do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), como exigência para a obtenção do título de Mestre em Ciências Sociais. Aprovada em: ___/___/_____ BANCA EXAMINADORA Prof. Dr. Alexsandro Galeno Araújo Dantas (PPGCS/UFRN) Orientador Prof. Dr. Orivaldo Pimentel Lopes Júnior (PPGCS/ UFRN) Profª. Drª. Rosamaria Luiza de Melo Rocha (PPGCOM/ESPM) AGRADECIMENTOS Inicialmente, gostaria de avisar àqueles que estão acostumados com agradecimentos de um parágrafo, ou que acham entediante lê-los, que eu costumo ser prolixa nessa parte, então, sintam-se à vontade para pulá-la. Escrever os agradecimentos que representam uma fase que se encerra agora, mas que durou dois anos, é algo muito prazeroso, pois traz à tona várias boas lembranças! Em primeiro lugar, acho que devo agradecer ao Heavy Metal e as Ciências Sociais, pelo papel importante que têm em minha vida e por terem se entrelaçado de tal maneira, possibilitando o surgimento desse trabalho. Minha família também merece lugar de destaque nesses agradecimentos. Meu pai, que detesta Heavy Metal, (assim como eu detesto o Nelson Gonçalves dele) por todo o apoio e carinho e por ser um pai orgulhoso, que sai espalhando aos quatro ventos que a filha dele, aos 23 anos, está terminando o mestrado. Meu irmão, que começou a ouvir Metal junto comigo. Geralmente, irmãos costumam brigar, mas nós não, nos amamos muito e não desgrudamos um do outro. Obrigada, Yuri, por ter lido o trabalho (meio a contragosto, no início, subornado com um pouco de videogame...) e por todo o apoio e carinho. E, finalmente, obrigada a minha mãe querida que, como eu falei nos agradecimentos da minha monografia, é meu anjo! Não tenho palavra melhor para defini-la! Meu anjo que sempre está comigo, me protegendo, cuidando de mim e que fala: “Põe aquela música daquela banda que eu gosto”. (Risos) Amo vocês! Agradeço à amiga Martha Isabelle, que sempre está lá quando eu preciso, seja para o que for! Inclusive, para ler minha dissertação, subornada com cookies e sorvete. Amigos de verdade são assim e eu espero que você saiba que pode contar comigo para tudo, assim como eu também conto com você! Já que estou falando das pessoas que se deram o trabalho de ler minha dissertação, agradeço logo à amiga Larissa, que estará comemorando aniversário no mesmo dia que eu, na minha defesa. Obrigada por ter lido e me ajudado a revisar! Espero que tenha gostado de ser subornada com a comida da minha mãe! (Risos) Aproveito para agradecer ao chato do Gilson (brincadeira), por ter lido uma parte do terceiro capítulo e dado sua opinião. Mesmo que tenha sido aos trancos e barrancos... acho que você demorou a ler porque não teve suborno! (Risos) Agradeço as amigas Jacilda e Jossana que, mesmo não estando tão presentes durante o processo da escrita, por estarem ocupadas com suas graduações, sempre me apoiaram com sua amizade e carinho. Afinal, 8 anos de amizade, quase 9, não são pra se desconsiderar! Amo vocês! Aos meus amigos espalhados pelo país (principalmente em São Paulo) por tudo o que vocês representam pra mim! Valéria (morrr!), Dayt, Bimy, Maga, Yara, Grack, Victor, Douglas, Iris, Rafa (que nunca levou o famoso doce, pra eu provar!) e o Anderson. Gostaria também de agradecer a cidade de São Paulo, por ter acolhido tão bem essa carioca que vos fala. Todas as vezes que fui a São Paulo foram mágicas! Devo muito disso a Val, que facilitou demais todas as minhas estadias, me acolhendo em seu lar e se transformando em uma das pessoas mais queridas nesse mundo, para mim. Uma de minhas melhores amigas! Agradeço também ao meu “Alexis Sawyer”, sabor maçã verde, por tudo que houve e tudo que haverá! Amo todos vocês também! Os eventos que participei em 2012 também significaram muito para mim e para o meu trabalho. O II SIEP consumo, na PUC de São Paulo, o VI ENEC e II Encontro Luso-Brasileiro de Estudos sobre o Consumo, que ocorreram simultaneamente no Rio de Janeiro, organizados pela ESPM. E o I Encontro Nacional da Rede de Grupos de Pesquisa em Comunicação, organizado pelo Filocom, em São Paulo também, belíssimo evento! (Parabéns mais uma vez, Lauren!) Em cada um desses eventos, eu pude perceber que o meu trabalho foi muito bem aceito. Tive a oportunidade de apresentá-lo e debater sobre ele com pessoas muito interessantes. Inicialmente, por ter escolhido estudar o Heavy Metal, imaginei que o trabalho não seria tão bem aceito como foi, preconceito bobo esse meu, não? Aos amigos Ericksen e Dayana, que sempre me acompanham nos shows de Heavy Metal e pelos quais eu tenho um grande carinho. Aos meus entrevistados, que colaboraram bastante com tudo. Ao artista, Allan Leal, que fez uma bela capa. Aos colegas da turma de mestrado, lembram-se do sufoco que enfrentamos juntos no seminário de dissertação? Agradeço também àqueles que tiveram uma participação não tão positiva na minha vida, durante esses dois anos de mestrado. Afinal, as más experiências também são engrandecedoras, a meu ver. Bom, gostaria de encerrar agradecendo a alguns professores que foram muito importantes na minha formação, desde a graduação. Primeiro ao meu orientador, Alex, que, para além da academia, se mostrou um amigo! Obrigada pelos puxões de orelha, pelos elogios e pelo processo de orientação, em geral. À professora Norma Takeuti e ao professor Eduardo Pellejero, por terem acompanhado meu trabalho desde a pré- qualificação, dando sempre conselhos valiosos e avaliando rigorosamente. Aos que fizeram parte da minha formação, na graduação: Alípio, Edmundo, Vitullo e Willington. Ao Orivaldo, que fará parte da banca e que é o professor do qual eu falo nas considerações finais. E também à professora Rose de Melo, por participar da banca. Espero não ter me esquecido de agradecer a ninguém, mas, se for o caso, perdoem minha memória! RESUMO Nossa pesquisa visa compreender a configuração da resistência (Foucault) enquanto estilização da vida na contemporaneidade, tendo o Heavy Metal enquanto objeto de estudo específico. Acreditamos que o Metal se configure em um dispositivo ethopoiético possibilitador de práticas de liberdade frente aos hábitos morais reificados desde os primórdios da socialização do sujeito. Isso se reflete, principalmente, na criação de novas maneiras de estilizar a vida que são individuais e grupais, ao mesmo tempo. Sugerimos também uma ampliação do pensamento sobre o tema da resistência, em Foucault, tendo em vista a sociedade de consumo descrita por Zygmunt Bauman. Nossa hipótese é a de que o contato com o mundo underground do Heavy Metal é o possibilitador de novas formas éticas (Foucault), onde há a adesão e o comprometimento do sujeito com o Heavy Metal enquanto um modo de vida. A partir daí, o consumo se torna uma palavra chave, na medida em que, participar do underground do Heavy Metal - enquanto uma prática de liberdade, um modo de existência particular – constitui também uma forma de consumo que foge às regras gerais do mercado, sendo um consumo diferenciado tanto na forma quanto na sua duração. Palavras-chave: Heavy Metal; Resistência; Consumo. ABSTRACT Our research intends to comprehend the configuration of the resistance (Foucault) as the stylization of life in the contemporary world, taking Heavy Metal as the specific object of study. We believe that Heavy Metal is an ethopoietical device which admits practices of freedom withstanding the reified moral habits since the beginning of the socialization. This is reflected, mainly, in the creation of new individual and communal ways to stylize the life. We also suggest an expansion of Foucault’s concept of resistance, considering the idea of consumer society described by Zygmunt Bauman. Our hypothesis understands that the contact with the underground of Heavy Metal provides new ethical manners (Foucault), where the individual take the Heavy Metal as a way of life. At this point, the consumption becomes a “key-word” since the participation in the underground of Heavy Metal is a way of consumption out of the rules of marketing – a practice of freedom, a way of particular existence –, being different in both mode and duration. Key-words: Heavy Metal; Resistance; Consumption. SUMÁRIO Introdução ................................................................................................................... 09 Capítulo 1 – Headbanger: Uma estilística de vida e resistência na contemporaneidade..................................................................................................... 14 1.1 – Resistência enquanto elaboração de novas éticas ................................................ 17 1.2 – Heavy Metal: liberdade, escolha pessoal e ética................................................... 26 Capítulo 2 – Modernidade, solidez e liquidez .......................................................... 62 2.1 – Vida líquida e consumismo na sociedade contemporânea.................................... 65 2.2 – A experimentação de um consumo diferenciado
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