COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE

RECURSOS MINERAIS

PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO MINERAL EM MUNICÍPIOS DA AMAZÔNIA PRIMAZ DE

Superintendência Regional de Manaus

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA Raimundo Mendes de Brito Ministro de Estado

SECRETARIA DE MINAS E METALURGIA Otto Bittencourt Netto

COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS CPRM – Serviço Geológico do Brasil

Diretor-Presidente Carlos Oití Berbert

Diretor de Hidrologia e Gestão Territorial Gil Pereira de Souza Azevedo

Diretor de Geologia e Recursos Minerais Antônio Juarez Milmann Martins

Diretor de Administração e Finanças José Sampaio Portela Nunes

Diretor de Relações Institucionais e Desenvolvimento Augusto Wagner Padilha Martins

Chefe do Departamento de Gestão Territorial Cássio Roberto da Silva

Chefe da Divisão de Gestão Territorial da Amazônia Valter José Marques

Coordenador Nacional do PRIMAZ Manoel da Redenção e Silva

Capa: Conjunto de draga, balsa e rebocador explorando seixo no rio Uatumã Exploração de cassiterita na mina do Pitinga – Mineração Taboca S.A. Fonte d’água da agroindústria Santa Claudia Britador da “pedreira do Silvino” no Km 150 da BR – 174. Imagem de Satélite LANDSAT TM5, bandas 5,4 e 3 – órbita 231/061 de 21/jun/97.

EQUIPE EXECUTORA

COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS – CPRM SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL

Eduardo Araújo Monteiro (Geólogo – Chefe de Projeto) Daniel Borges Nava (Geólogo) Margley Costa Correia (Técnica em Mineração)

COLABORADORES

Afonso C. R. Nogueira (Geólogo – Universidade do Amazonas) Manoel Roberto Pessoa ( Supervisor de Cartografia e Editoração – CPRM) Nelson Joaquim Reis (Supervisor de Laboratório e Documentação – CPRM) Renê Luzardo (Geólogo – CPRM) Marcus Vinícius Popini (Geólogo – CPRM) Alberta Amaral de Oliveira (Bibliotecária – CPRM)

EDITORAÇÃO

Maria Tereza da Costa Dias

RECURSOS MINERAIS

Eduardo Araújo Monteiro

1998

Superintendência Regional de Manaus Fernando Pereira de Carvalho Superintendente

Gerente de Hidrologia e Gestão Territorial Ramiro Fernandes Maia Neto

Supervisor de Hidrologia Emmanuel da Silva Lopes

Supervisor de Gestão Territorial José Moura Villas Bôas

Gerente de Recursos Minerais Miguel Martins de Souza

Supervisor de Levantamentos Geológicos Sandoval da Silva Pinheiro

Supervisor de Pesquisas Especiais Raimundo de Jesus Gato

Gerente de Relações Institucionais e Desenvolvimento Ubiraci Fernandes de Moura

Supervisor de Cartografia e Editoração Manoel Roberto Pessoa

Supervisor de Laboratório e Documentação Nelson Joaquim Reis

Gerente de Administração e Finanças Severino Ramos de Araújo

Supervisor de Administração Cristiano Câmara

Supervisor de Finanças Francisco de Assis Galdino da Silva

APRESENTAÇÃO

O Programa de Integração Mineral em Municípios da Amazônia – PRIMAZ – desenvolvido pela CPRM – Serviço Geológico do Brasil – objetiva fornecer às autoridades municipais e à iniciativa privada elementos necessários à elaboração de planos de desenvolvimento e gerenciamento regionais, dotando o município de informações básicas para o reconhecimento de seus recursos minerais, hídricos, de sua aptidão agrícola, vegetação, ocupação do solo, regularização da exploração mineral, sócioeconomia, aspectos fundiários e de infra-estrutura, turismo, preservação ambiental, entre outros.

Para a realização de um projeto dessa envergadura a CPRM – Serviço Geológico do Brasil – contou com a valiosa colaboração de diversos órgãos, federais, municipais e da iniciativa privada: SEBRAE/AM – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Amazonas, nos temas sócioeconomia e turismo; EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, nos temas mapa de solos, vegetação e aptidão agrícola; INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, no tema aspectos fundiários; DNPM – Departamento Nacional da Produção Mineral, no tema direitos minerários as secretarias e Prefeitura Municipal de Presidente Figueiredo e o Departamento de Geologia da Universidade do Amazonas.

Este volume aborda os temas relacionados aos Recursos Minerais, enfocando três proposições principais: Geologia, Recursos Minerais e Direitos Minerários.

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO

1 INTRODUÇÃO 1 1.1 Histórico das Atividades 1 1.2 Localização e Acesso 1 2 INTERPRETAÇÃO DE PRODUTOS DE SENSORES REMOTOS 2 3 SÍNTESE GEOLÓGICA 2 3.1Trabalhos Anteriores 2 3.2 Introdução 2 3.3 Domínio I 2 3.3.1 Complexo Metamórfico Anauá 2 3.3.2 Granodiorito Água Branca 3 3.3.3 Granito São Gabriel 3 3.3.4 Grupo Iricoumé 4 3.3.5 Suíte Intrusiva Mapuera 4 3.3.6 Suíte Intrusiva Abonari 5 3.3.7 Formação Seringa 5 3.3.8 Formação Prosperança 5 3.4 Domínio II 6 3.4.1 Grupo Trombetas 6 3.4.2 Formação Alter do Chão 7 3.4.3 Lateritos e coberturas argilosas 8 3.4.4 Depósitos colúvio-aluvionares 8 4 RECURSOS MINERAIS 9 4.1 Materiais de Construção 9 4.1.1 Brita 9 4.1.2 Areia 10 4.1.3 Seixo 11 4.1.4 Lateritos e depósitos colúvio-aluvionares 11 4.1.5 Argila 12 4.2 Minérios 12 4.2.1 Ouro 12 4.2.2 Estanho 13 4.3 Água Subterrânea 14

5 FAVORABILIDADE PARA TIPOS DE JAZIMENTOS MINERAIS 15 5.1 Domínio Sedimentar 15

5.2 Domínio Básico 16 5.3 Domínio Granitóide 16 5.4 Domínio Vulcânico 16 5.5 Domínio Gnáissico 16 6 DIREITOS MINERÁRIOS 17 7 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 18 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 19 ANEXOS: MAPA GEOLÓGICO MAPA DE FAVORABILIDADE PARA TIPOS DE JAZIMENTOS MINERAIS MAPA DE AUTORIZAÇÕES E CONCESSÕES MINERAIS MAPA DE POTENCIALIDADE PARA CAPTAÇÃO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA

PRIMAZ de Presidente Figueiredo

1 INTRODUÇÃO com suas necessidades e carências, de um número superior a 10 (dez) cartas 1.1 Histórico das Atividades temáticas, auxiliares incontestes do pla- nejamento municipal. A Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais – CPRM – Serviço Geológico Este programa, entretanto, não possui do Brasil, desenvolvendo suas ativida- caráter hermético e exclusivo, sendo des na Amazônia desde a década de 70, indispensável para o seu êxito, uma in- tem comprovado a inexistência de in- tegração plena com a administração pú- formações básicas dos órgãos públicos blica municipal, que deverá participar, em praticamente todas as Prefeituras passo a passo, na consecução de seus Municipais, mormente naquelas de me- objetivos, identificando claramente seus nor porte, o que tem dificultado extre- anseios e necessidades, originando pro- mamente o planejamento e a gestão do dutos de plena aceitação e real utilidade. espaço municipal. Com o redireciona- mento das diretrizes fundamentais da 1.2 Localização e Acesso empresa ao longo dos últimos anos, a execução de atividades distintas daque- O Município de Presidente Figueiredo las tradicionalmente realizadas pela situa-se na porção nordeste do Estado CPRM desde sua implantação, tem do Amazonas, Região Norte do Brasil e conduzido a execução de projetos vol- tem seus limites definidos de acordo tados mais diretamente à comunidade, com o Decreto N0 1.707 de 23 de outu- dentro de uma nova filosofia de Geolo- bro de 1985, republicado no Diário Ofi- gia Social, plenamente identificada com cial de 08. 09. 1986. o Serviço Geológico do Brasil e com as diretrizes básicas do Governo Brasilei- A norte faz fronteira com o Estado de ro. Roraima, a leste com os municípios de Urucará e São Sebastião do Uatumã, a Desta maneira nasceu o Programa de sul com os municípios de Itapiranga, Integração Mineral em Municípios da e Manaus e a oeste Amazônia – PRIMAZ, implantado ini- com o município de Novo Airão. O cialmente, no ano de 1993, em municí- município está delimitado pela linha do pios do Estado do Pará, que objetivava Equador e o paralelo 3o00’00” e pelos primordialmente fornecer mapas, em meridianos 61o30’00” e 58o30’00”, o- escalas adequadas abordando temas do cupando parcialmente as folhas próprio setor mineral. Entretanto, com- SA.20.X-B, SA.20.X-D, SA.20.Z-B, provou-se que essa abordagem seria in- SA.21.V-A, SA.21.V-C, SA.21.Y-A e suficiente às aspirações dos dirigentes perfazendo uma área de 24.781 km 2. municipais, ampliando-a então, para outros temas, cuja realização seria ne- O acesso é feito, por via terrestre, a par- cessária a participação de outros órgãos tir da cidade de Manaus, pela Br-174, de pesquisa, federais, estaduais ou mu- que corta o município de sul a norte. nicipais. Assim, no estágio atual, o No km 107 desta rodovia localiza-se a PRIMAZ dota o município de acordo sede municipal.

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O município dispõe de pista de pouso tos em diversas escalas ao longo da dé- para pequenas aeronaves na estrada cada de 70. Entre eles destacam-se o AM-240. Existem ainda uma pista de Projeto RADAMBRASIL (esc. pouso na vila do Pitinga de propriedade 1:1.000.000), o Projeto Norte da Ama- da mineração Taboca e uma pista de zônia – Domínio baixo pouso de aproximadamente 1 km de ex- (esc.1:500.000- CPRM, 1974), o Proje- tensão próximo ao Sexto Batalhão de to Estanho de Abonari (esc.1:100.000- Engenharia de Construção (6º BEC) do CPRM, 1976), o Projeto Sulfetos do Exército Brasileiro. Uatumã (esc.1.100.000-CPRM, 1979). A síntese da geologia aqui apresentada O acesso fluvial pelo rio Uatumã é pra- é basicamente uma compilação de da- ticamente inexistente. dos desses projetos com reinterpreta- ções à luz de trabalhos mais recentes 2 INTERPRETAÇÃO DE PRODU- como Projeto Caracaraí (esc.1:500.000- TOS DE SENSORES REMOTOS CPRM, no prelo) e colaboração de pes- quisadores do Departamento do Geolo- A interpretação de produtos de sensores gia da Universidade do Amazonas, no remotos foi de suma importância na ob- que se refere à geologia do Fanerozóico. tenção de informações apresentadas neste relatório. Em praticamente todos 3.2 Introdução os temas, o emprego de fotografias aé- reas, imagens de radar e principalmente O município de Presidente Figueiredo imagens de satélite, permitiu a aquisi- pode ser dividido em dois domínios ção de dados atualizados e confiáveis, geológicos distintos. O primeiro, com- conferindo credibilidade aos mapas te- posto por rochas proterozóicas, predo- máticos gerados. minantemente ígneas e metamórficas

As fotografias aéreas, em escala de que integram a porção sul do Escudo 1:100.000 foram utilizadas na identifi- das Guianas, correspondendo à porção cação dos limites geográficos do muni- setentrional do Cráton Amazônico, situ- cípio, particularmente do limite norte, e ado a norte da bacia do Amazonas. O as imagens de radar em escala segundo, por rochas fanerozóicas depo- 1:250.000 e de satélite em escala sitadas na própria bacia sedimentar in- 1:250.000 e 1:50.000, multiespectral tracratônica do Amazonas. colorida, composta pelas bandas 3,4 e 5, na interpretação da geologia, na delimi- tação da rede rodoviária e na identifica- 3.3 Domínio I ção do uso e ocupação do solo munici- pal. 3.3.1 Complexo Metamórfico Anauá

3 SÍNTESE GEOLÓGICA Faria et al. (In: Projeto Caracaraí, C- PRM, no prelo) reuniram sob a denomi- 3.1 Trabalhos Anteriores nação de Complexo Metamórfico A- Na região do município de Presidente nauá um conjunto de rochas metamórfi- Figueiredo foram realizados mapeamen- cas, provavelmente o mais antigo da

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região, semelhantes às que ocorrem ao de granulação grossa, leucocrática, co- longo do baixo rio Negro desde a vila loração esbranquiçada a cinzenta clara, de Moura até foz do rio Branco. No ineqüigranular com fenoblastos de K- presente relatório adota-se a nomencla- feldspato. tura mais recente de Complexo Meta- mórfico Anauá para designar uma se- Essa unidade ocorre na porção NE da qüência de rochas metamórficas consti- folha SA.20.X-D-III e NW da folha SA. tuída por migmatitos, gnaisses, granitos 21.V-C-I e estende-se para norte ocu- e charnokitos, com ocorrências restritas pando as cabeceiras do rio Uatumã co- de metabasitos e anfibolitos. A rochas mo também a bacia do igarapé Água do Complexo Metamórfico Anauá ocor- Branca, afluente do rio Pitinga, que lhe rem no município de Presidente Figuei- dá nome. redo, a oeste da estrada BR-174, aflo- rando na bacia do rio Pardo (folha Microscopicamente é composta essen- SA.20-X-D-VI), e nas porções sudoeste, cialmente por plagioclásio, quartzo, K- noroeste e oeste, da folha SA. 20-X-D- feldspato e biotita. O microclínio apre- III. Ocorre desde a bacia do rio Pardo, senta-se predominantemente em pórfiro para norte, constituindo uma área que centimétricos parcialmente alterados. O diminui de extensão até o rio Santo An- plagioclásio é de composição oligoclá- tônio do Abonari. Recobre uma área de sica, geminando segundo Albita e Albi- 2 aproximadamente 1.500 km . As ro- ta–Carlsbad sendo que alguns de seus chas que compõem esta unidade man- cristais apresentam zoneamento, altera- têm a mesma direção estrutural, com ção a sericita e epidotização. A biotita bandamento e foliação segundo a dire- encontra-se formando concentrações ção NE com mergulho para SE. Com- esparsas na rocha, e está associada à posicionalmente são caracterizadas pela hornblenda. Os minerais acessórios presença constante de hornblenda em mais freqüentes são titanita e apatita que todos os tipos litológicos e mostram ocorrem associados às concentrações de sempre contatos concordantes entre si. minerais máficos.

Montalvão et al. (1975) obtiveram uma As datações geocronológicas reportadas ± idade de 1.920 40 milhões de anos pe- por Santos & Reis Neto (1982) indicam lo método potássio-argônio (K-Ar) em uma idade aproximada de 1.910 ± 47 anfibolito, e Gaudette et al. (1997) utili- milhões de anos, obtidas através do mé- zaram o método urânio-chumbo (U-Pb) todo rubídio-estrôncio (Rb-Sr). em zircão para datar um paragnaisse, fornecendo valor de 2.235±19 milhões 3.3.3 Granito São Gabriel de anos.

A unidade Granito São Gabriel é consti- 3.3.2 Granodiorito Água Branca tuída essencialmente por uma biotita granito, com ocorrências restritas de A unidade Granodiorito Água Branca é adamelitos. São rochas de coloração composta por granodioritos, isótropos, rósea, por vezes adquirindo coloração

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avermelhada. Afloram na serra homô- –174, e como encaixante dos corpos nima como também a norte dessa serra graníticos da Suíte Intrusiva Mapuera. nas imediações da Rodovia BR- 174, na folha SA.20-X-D-III e principalmente Datações geocronológicas de Faria et al. na folha SA.20-X-D-VI, com área de (op. cit.) apontam uma idade de 1.835 ± ocorrência estimada em 700m2. A ca- 35 milhões de anos, obtida pelo método racterística conspícua desta unidade é a rubídio/estrôncio (Rb/Sr). presença constante de cristais de titani- 3.3.5 Suíte Intrusiva Mapuera ta, geralmente anédricos e de granula- ção grossa. O Granito São Gabriel é A denominação foi empregada pela datado em 2.078 ± 66 milhões de anos. primeira vez, pela Geomineração (1972), para designar corpos de rochas granitóides localizados ao longo do rio 3.3.4 Grupo Iricoumé de mesmo nome, no Estado do Pará. Esta mesma denominação foi estendida A unidade Iricoumé foi definida por O- para corpos aflorantes similares nos es- liveira et al. (1975), para designar ro- tados do Amazonas e Roraima, englo- chas vulcânicas de composição ácida a bando várias dezenas de intrusões que intermediária aflorantes na serra Iri- apresentavam certas variações composi- coumé, alto curso do rio Mapuera, Es- cionais e texturais. tado do Pará, estendendo ainda suas ex- posições para a porção sudeste do Esta- A Suíte Intrusiva Mapuera é representa- do de Roraima. da por corpos granitóides anorogênicos.

Na área do município essa unidade é É constituída por granitos leucocráticos, representada por rochas vulcânicas e róseos, eqüigranulares a ineqüigranula- piroclásticas, tais como dacitos, tra- res de granulometria média a grossa, quidacitos e andesitos basálticos. São geralmente isótropos e homogêneos, rochas de composição dacítica a na- que apresentam composição monzogra- desítica, com textura porfirítica, com nítica a sienogranítica. Apresentam-se, fenocristais de feldspato esbranquiçado, por vezes, intensamente brechados, róseo ou esverdeado, de hornblenda em principalmente próximo ao contato com outras unidades. matriz afanítica cinza esverdeada ou cinza arrocheada com ocorrência local A unidade ocorre principalmente nas de sulfetos. Tipos afaníticos de compo- porções norte e leste da área municipal, sição intermediária a ácida são subordi- correspondendo às folhas SA.20.X-B e nados. SA.21.V-C, constituindo corpos arre- dondados a ovalados alongados e mes- O Grupo Iricoumé distribui-se irregu- mo irregulares, de dimensões variáveis. larmente por todo o município. Na par- te nordeste da folha AS.20-X-D-VI (ba- Datações geocronológicas feitas pelo cia do igarapé Santo Antônio do Abona- método chumbo-chumbo (Pb-Pb) em ri), na várzea do igarapé Canoas (piro- zircão, no laboratório da Universidade clásticas), na pedreira do km 150 da BR Federal do Pará resultaram em uma ida- de de 1.814 ± 27 milhões de anos.

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3.3.6 Suíte Intrusiva Abonari mineral formador é o plagioclásio, se-

Araújo Neto & Moreira (1976) utiliza- guido do clinopiroxênio. A principal ram o termo Abonari para designar o feição das rochas básicas dessa unidade corpo de rocha granítica, da serra ho- é a presença de olivina, em alguns casos mônima, aflorante no município de Pre- em maior proporção que o piroxênio. A sidente Figueiredo, em torno do km 200 Formação Seringa ocorre na forma de da BR-174. Esta unidade é constituída derrames com diques associados, e sua ± ± dominantemente por rochas graníticas idade varia de 880 25 a 1.164 62 portadoras de anfibólio, geralmente leu- milhões de anos. cocráticas, eqüigranulares, de granulo- metria média a grossa, isótropas e ho- 3.3.8 Formação Prosperança mogêneas, que apresentam coloração A Formação Prosperança de idade neo- acinzentada a rósea. Segundo Faria et proterozóica pertencente ao Grupo Pu- al.(op.cit.), mais a norte, há ampla pre- rus, aflora numa faixa estreita e descon- dominância de rochas sienograníticas tínua de direção WSW-ENE, ao sul do sobre as variedades monzograníticas e município de Presidente Figueiredo, ou feldspato alcalino graníticas. Esta uni- em grabens balizados por lineamentos dade a exemplo da Suíte Intrusiva Ma- WNW-ESE e NE-SW. As camadas des- puera, representa corpos granitóides ta unidade exibem mergulhos de até 9o anorogênicos e assinala um relevante para sul e consistem predominantemen- paroxismo granítico no Escudo das te em arenitos arcosianos médios a Guianas em torno de 1,5 bilhões de a- grossos, em conglomerados e siltitos de nos. Datações realizadas pelo método coloração marrom avermelhada. Pre- urânio-chumbo (U-Pb) em zircão indi- dominam como principais estruturas cam uma idade aproximada de 1.545 ± sedimentares desta unidade as estratifi- 20 milhões de anos para esta unidade. cações cruzada acanalada, estra- tificação e laminação plano-parelela es- 3.3.7 Formação Seringa tratificação cruzada sigmoidal, lami- No município foram registrados diver- nação cruzada cavalgante, estruturas de sos derrames de rochas básicas, domi- sobrecarga e marcas onduladas. As lito- nantemente alcalinas, das quais as mais fácies da Formação Prosperança estão importantes são aquelas que afloram organizadas em uma sucessão retrogra- próximas à confluência do igarapé Pi- dante representativa, em grande parte, tinguinha com o rio Pitinga, na folha de um sistema deltaico. As melhores SA.21-V-C-II. Afloram também di- exposições da Formação Prosperan- ques alinhados com direção N-NE a ça no município alcançam até 12 m de partir da bacia do rio Santo Antônio do espessura e são encontradas nos Abonari até o limite norte do município, kms 129 e 160 da rodovia BR-174 (fo- distribuindo-se ainda nas bacias dos rios to 3.1). Nestas áreas, esta unidade so- Pardo e Uatumã com direção NW-SE. brepõe riolitos do Grupo Iricoumé, es- A Formação Seringa está representada tando sotoposta pelas lateritas e cober- no município por rochas básicas dos turas argilosas, bem como por depósitos tipos gabros e diabásios. Seu principal coluvionares.

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Foto 3.1 – Afloramento de arenito arcosiano da formação Prosperança no km 156 da BR-174

3.4 Domínio II branca acinzentada, que alcançam es- pessuras aflorantes de até 7 m, com 3.4.1 Grupo Trombetas grãos arredondados e grânulos de quart- zo disseminados. Os pelitos são subor- O Grupo Trombetas é composto, da ba- dinados e as estruturas sedimentares- se para o topo, pelos depósitos silici- predominantes são estratificação cruza- clásticos das formações Nhamundá, Pi- da tabular, estratificação plano-paralela tinga e Manacapuru inseridas no inter- e acamamento maciço, associados com valo Siluro-Devoniano da Bacia do traços fósseis de Arthophycus e Skol- Amazonas. É a unidade sedimentar thos. Porções mais deformadas desta mais expressiva da parte sul do municí- unidade são caracterizadas por camadas pio de Presidente Figueiredo, aflorando de diamictitos pelítico-arenosos e quart- em uma faixa de direção WSW-ENE, zo-arenitos finos com abundantes estru- com acamamento geralmente subori- turas glaciotectônicas. zontal e localmente, subvertical, quando A Formação Nhamundá foi depositada próximo a zonas de falha. Este grupo em ambiente litorâneo influenciado pela recobre os sedimentos da Formação ação dinâmica glacial. A Formação Pi- Prosperança ao norte, e ao sul é sobre- tinga é constituída por folhelhos com posto discordantemente pelos depósitos finas intercalações de arenitos finos da Formação Alter do Chão e coberturas com laminação ondulada, depositada lateríticas, argilosas e colúvio- em ambiente de plataforma marinha. A aluvionares. melhor exposição desta unidade, que alcança 5 m de espessura, localiza-se no A Formação Nhamundá é constituída km 108 da rodovia BR-174, quando re- predominantemente de quartzo-arenitos cobre bruscamente os sedimentos da finos a muito grossos, de coloração Formação Nhamundá (foto 3.2).

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3.4.2 Formação Alter do Chão

A Formação Alter do Chão, de idade Cretácica superior a Terciária, per- tencente ao Grupo Javari, forma uma extensa faixa ao sul do município e, muitas vezes, ocorre confinada em gra- bens terciários encaixados nas rochas siluro-devonianas. É constituída, princi- palmente, por arenitos feldspáti- Foto 3.2 – Arenito fino da Formação Nhamun- cos/caulínicos, quartzo-arenitos e com- dá coberto por folhelho de Formação Pitinga glomerados (seixos de quartzo, pelito e arenito) com estratificações cruzadas A Formação Manacapuru forma uma acanalada e tabular, interpretados como sucessão granocrescente ascendente depósitos de canais fluviais. Pelitos de constituída por folhelhos negros e piri- inundação ocorremsubordinadamente e, tosos ricos em quitinozoários e acritar- em geral, são bioturbados, (foto 3.4). cas, ritmitos folhelho/arenito com mar- cas onduladas, bioturbação e traços fós- seis e arenitos maciços bioturbados de- positados na transição do ambiente lito- râneo para o de plataforma marinha. As melhores exposições dessa unidade que alcança até 18 m de espessura encontra- se no trecho da BR-174 entre a cachoei- ra da Suframa (km 96) até a ponte sobre o rio Urubu no km 99, (foto 3.3).

Foto 3.3 – Folhelhos da Formação Manaca- puru na margem esquerda do rio Urubu – BR- Foto 3.4 – Afloramento da Formação Alter do 174 km 99 Chão na rodovia BR-174

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3.4.3 Lateritos e coberturas argilosas Os colúvios formam camadas métricas As crostas lateríticas formam horizontes e, às vezes, preenchem paleovales, sen- de até 40 m de espessura sobre as for- do constituídos basicamente de areias mações Prosperança, Nhamundá, Alter argilosas maciças e conglomerados com do Chão e rochas ígneas, definindo uma arcabouço fechado e seixos de crosta paleosuperfície irregular que trunca a laterítica, gibsita, quartzo, folhelhos fer- topografia atual. São recobertas por ruginosos, arenitos e caulim semi-flint. argilas que podem alcançar até 20 m de Os fragmentos são geralmente subangu- espessura, sustentando platôs com alti- losos a subarredondados, alcançando tudes em torno de 250 m, onde é diâmetros de até 10 cm. A matriz des- comum a presença de horizontes gibsí- tes conglomerados é geralmente areno- ticos. Estas crostas quando des- argilosa e argilo-arenosa com grânulos. manteladas e transportadas, formam As estruturas encontradas nestes depósi- camadas de conglomerados (stone la- tos são o acamamento gradacional, in- yer) de até 1,5 m de espessura, ou li- verso e de colapso. São interpretados nhas de pedras (stone line), constituídas como depósitos de fluxos canalizados e exclusivamente por fragmentos de cros- gravitacionais formados durante a de- ta laterítica dispersos em matriz fina (ar- nudação do relevo da região. gilosa, argilo-arenosa e areno-argilosa). Estas coberturas são interpretadas como As areias inconsolidadas são geralmente perfis lateríticos maturos e imaturos observadas no topo e vertentes dos mor- formados no intervalo Terciário Inferior ros da Formação Alter do Chão e pre- a Plio-Pleistoceno (foto 3.5). enchendo drenagens atuais. São areias maciças de coloração branca a rosada, de granulometria média a grossa, com grânulos e seixos esporádicos, orga- nizados em pacotes métricos dispostos irregularmente sobre uma superfície dis- cordante sobre a Formação Alter do Chão ou transicionando para esta com típica mudança da coloração vermelha- rosada para a branca. Em boas expo- sições esta unidade alcança espessuras métricas. São interpretadas como pro- duto da lixiviação in situ dos se- dimentos arenosos de formações mais

antigas, formando podzóis, deposição Foto3.5 – Crosta laterítica recoberta por argila por fluxos gravitacionais ou ainda terra- na BR-174 ços de rios abandonados.

3.4.4 Depósitos colúvio-aluvionares

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4 RECURSOS MINERAIS da BR-174 (Agro-Indústria Martins Lt-

Do ponto de vista econômico, o muni- da. - pedreira do Silvino) (foto 4.1), e cípio de Presidente Figueiredo apresen- no km 200 (pedreira no terreno do Sr. ta vocação mineral para cassiterita (mi- Roberto), ambas em fase de expansão e nério de estanho), para minerais não- conseqüentemente de aumento da pro- metálicos para emprego na construção dução. civil, assim como água subterrânea. E- xistem também registros de ocorrências Na primeira encontra-se em funciona- de ouro. mento um britador com capacidade de britagem de 40m3/h além de outro com 4.1 Materiais de Construção 3 capacidade de 20m /h (foto 4.2). Espe- 4.1.1 Brita ra-se atingir a produção de 3 Há no município de Presidente Figuei- 8.000m /mês. A brita é produzida a par- redo três pedreiras produzindo brita e tir de rocha vulcânica (dacito) do Grupo duas pedreiras abandonadas. As mais Iricoumé (foto 4.3 e descrição petrográ- importantes, encontram-se no km 150 fica).

Foto 4.1 – Frente de lavra da “Pedreira do Silvino”, BR-174 no km 150

Foto 4.2 – Britador existente na “Pedreira do Silvino”

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Indústria e Comércio Ltda. – MICAD, localizada nas cabeceiras do igarapé Canoas e a pedreira utilizada pela PA- RA-NAPANEMA no km 199 da BR- 174.

A brita é vendida a 25 reais/m3, porém chega a Manaus a 44 reais/m3 devido ao transporte rodoviário.

Foto 4.3 – Rocha vulcânica (dacito da Forma- Existem exposições de rochas graníticas ção Iricoumé) explorada na “Pedreira do Silvi- no”. Composição mineralógica: K-feldspato, no município, com bom padrão estético Quartzo, Anfibólio, Calcita, Apatita, Clorita, para rocha ornamental. Nas pedreiras Óxidos de ferro, Opacos. Obs.: Sem estimativa em funcionamento a rocha apresenta percentual dos minerais devido à granulação fraturamento que impossibilita a extra- muito fina ção/lavra de blocos com dimensões a-

A Segunda é utilizada na pavimentação propriadas para a indústria. Entretanto, da BR-174 pelo Sexto Batalhão de En- existe possibilidade do comércio de pe- genharia e Construção - 6º BEC, sendo dra de cantaria. a rocha extraída através de explosivos, 4.1.2 Areia transportada e britada. Atualmente é explorada por uma firma privada em Depósitos de areia de pequeno e médio acordo com o Sr. Roberto e britada in porte são comuns na região. Ocorrem loco. A rocha britada é um granito da podzóis hidromórficos, de horizontes Suíte Intrusiva Abonari (foto 4.4 e des- arenosos bifásicos, compostos por areia crição petrográfica). “lavada” e areia com matéria orgânica, de espessura variável, centimétrica à métrica. O intemperismo das rochas se- dimentares da região dá origem a dois solos distintos, o latossolo amarelo e o podzol hidromórfico. O horizonte are- noso (podzol) é originado a partir de processos geoquímicos e de lixiviação, ocorrendo perda de argila e matéria or- gânica do latossolo amarelo.

Foto 4.4 – Granito alcalino da Suíte Intrusiva Foram visitados dois areais próximos à Abonari explorado na pedreira existente no km sede municipal. Um no km 110 da 200 da BR-174. Composição mineralógica: K- BR-174 (sítio de D. Raimunda Rosa), feldspato (45%), Quartzo (25%), Plagioclásio 3 (15%), Anfibólio (ferrohastingsita) (12%), Bio- de onde já se explotou cerca de 675m tita (3%). Minerais acessórios: Titanita, Opa- de areia (foto 4.5). O outro areal locali- cos, Apatita, Zircão za-se no ramal do cemitério de onde se explotou 2.400 m3 . A areia é utilizada Algumas pedreiras estão desativadas no município, principalmente na cons- como a Mineração Canoas, Engenharia, trução civil.

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Foto 4.5 – Areal no km 10 da rodovia BR-174

4.1.3 Seixo

A exploração de seixo ocorre no rio Uatumã, a jusante da represa de Balbi- na. A extração é feita através de dragas e o transporte em balsas com capacida- de para 500m3 de material (foto 4.6). Uma balsa é carregada com 500 m3 de seixo em uma semana. O seixo é trans- portado até Manaus sendo descarregado na feira da Panair onde é vendido a Foto 4.6 – Conjunto de draga, balsa e 20 reais/m3. rebocador explorando seixo no Rio Uatumã

Com o represamento do rio Uatumã pe- la hidrelétrica de Balbina, existe a 4.1.4 Lateritos e depósitos colúvio- tendência de esgotamento do seixo exis- aluvionares tente no leito do rio, visto que não há reposição natural desse material, em Lateritos ocorrem dispersos na área em função da barragem. estudo, desenvolvendo-se a partir da Formação Alter do Chão e de rochas No dia em que a equipe do PRIMAZ graníticas da serra São Gabriel, prefe- juntamente com técnicos do DNPM e rencialmente, no km 140 da Br-174. Os do IBAMA percorreu o rio Uatumã, ha- horizontes colunar e concrecionário via cinco dragas/balsas extraindo seixo dessa cobertura, podem ser largamente do leito do rio. Destas cinco, apenas utilizados na pavimentação primária de uma está regulamentada junto a Prefei- ruas e estradas, assim como os depósi- tura de Presidente Figueiredo. tos coluvionares.

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4.1.5 Argila No caso dessas unidades geológicas, os representantes intermediários seriam os

Na área do município de Presidente Fi- mais favoráveis, notadamente os mon- gueiredo, as argilas para fins econômi- zonitos, dioritos, latitos, andesitos etc. cos podem estar associadas às rochas sedimentares, ígneas e metamórficas. Com relação às rochas metamórficas, os representantes da unidade Complexo A associação às rochas sedimentares Metamórfico Anauá também podem faz-se aos sedimentos da Formação compor antigas fontes de materiais argi- Alter do Chão que podem conter mate- losos, isto é, desde que atendam às con- riais argilosos, descritos por Albu- dições supramencionadas (ricas em querque (1922), e denominando-o “a- feldspatos e pobres em quartzo). Estes renito Manaus”, descrevendo-o como metamorfitos cobrem uma região cor- “arenito consistente, branco caulíni- respondente a cerca de 30% da área do co...”. No início da década de 70, o município. Projeto Argila Manaus (Damião et al- li, 1972) fazendo prospecção para ma- Na possibilidade de formação de depó- teriais de construção civil no municí- sitos de argila sobre esses dois grupos pio de Manaus, delimitou vários depó- de rochas (ígneas e metamórficas) men- sitos de argila, alguns associados ao cionados nos parágrafos precedentes, Alter do Chão. No município de Pre- deve ter havido uma forte contribuição sidente Figueiredo, essa formação o- climática, promovendo destruição física corre na sua porção sul, ocupando uma e decomposição química sobre as ro- área de 1.150 km2 e distando da sede, chas preexistentes. cerca de 10 km pela BR-174, e 70 km pela estrada que liga Presidente Tendo em vista as possibilidades natu- Figueiredo a Balbina (AM– 240). Hoje rais para a formação de materiais argilo- sabe-se que há um grande depósito de sos acima relatadas, a fim de se obter caulim associado à Formação Alter do uma resposta mais contundente, é mui- Chão no eixo da BR-174 (município to importante que se faça um trabalho de Manaus). específico para prospecção de argilas na região do município de Presidente Fi- Quanto às rochas ígneas, as argilas po- gueiredo. dem estar associadas às alterações de litótipos plutônicos e vulcânicos, res- 4.2 Minérios pectivamente, da Suíte Intrusiva Abona- 4.2.1 Ouro ri, Suíte Intrusiva Mapuera, Granito São Gabriel e Granodiorito Água Branca e Foram cadastradas três ocorrências de Grupo Iricoumé. Tais unidades podem ouro durante a execução do Projeto Es- se comportar como “protofontes” de tanho de Abonari, na bacia do igarapé materiais argilosos, desde que se apre- Taboca, onde aflora o Granito São sentem como ricas em minerais feldspá- Gabriel. Também foi detectado ouro ticos e reduzida quantidade de quartzo.

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em concentrados de bateia em afluen- A Mina do Pitinga é a maior produtora tes do médio curso do rio Pitinga e de cassiterita do país, com uma produ- baixo curso do rio Pitinguinha, em á- ção em 1997 em torno de 12.755 tone- rea de rochas vulcânicas do Grupo Iri- ladas equivalentes a US$ 68.558.12 coumé, durante a execução do Projeto possuindo ainda um grande potencial Sulfetos do Uatumã. Esta ocorrência, mineral com significativas reservas de está em concordância com a relação cassiterita, zirconita, columbita, tanta- estrutural assinalada pelo Projeto Ua- lita, criolita e xenotima (ver tabela a tumã-Jatapu realizado em área contí- seguir). gua ao município de Presidente Fi- gueiredo, onde foi verificado que o A mina, onde o granito mineralizado ouro pode estar relacionado à intrusão da Suíte Intrusiva Mapuera (foto 4.7 e dos gabros e diabásios da Formação descrição petrográfica) vem sendo ex- Seringa no Granodiorito Água Branca. plorado desde 1982, pertencia à Mine- Entretanto, não há registro de ativida- ração Taboca, do Grupo Parana- de garimpeira para esse metal. panema, hoje pertence a uma Socieda- de Anônima cujo principal acionista é um fundo de previdência do Banco do 4.2.2 Estanho Brasil, que manteve a razão social de Mineração Taboca S.A. O minério a- Os trabalhos da CPRM durante a dé- tualmente explorado é proveniente de cada de 70, revelaram concentrações depósitos aluvionares e da rocha gra- de estanho bem acima do background nítica intemperizada in situ. O minério regional, em vários rios e igarapés na contido na rocha intemperizada deve área do município de Presidente Fi- exaurir no fim do ano 2.000. O miné- gueiredo e regiões circunvizinhas, re- rio de aluvião poderá ser explotado até velando sua grande vocação mineral. 2.006 se confirmadas as reservas indi- cadas e inferidas.

Reserva Kg/m3 SUBSTÂNCIA Produção Valor Medida Teor Indicada Teor Inferida Teor (t/ano) (US$)

Cassiterita (aluvião) 12.972,091 0,929 16.877,178 0,670 22.065,329 0,332 Cassiterita (primário) 22.507,302 3,146 12.755 (estanho) 68.558.125 Zirconita 22.507,302 26,32 6.122,160 3,566 Columbita 22.507,302 5,318 Tantalita 22.507,302 0,515 Fonte: Mineração Taboca S/A. Obs: 1. A produção de Estanho é uma projeção retirada de um informativo de agosto/97 da Mineração Ta- boca S/A. 2. US$ 5.375 a tonelada de estanho, Gazeta Mercantil 31/12/97.

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A empresa está concluindo estudos de te Figueiredo, mais precisamente onde viabilidade técnica e econômica para afloram rochas da Formação Nhamundá exploração do estanho contido na rocha constitui um aqüífero intergranular de sã (não–intemperizada), e procura par- grande importância hidrogeológica. Im- ceiros interessados em investir cerca de portância constatada pelas vazões dos 100 milhões de dólares em quatro anos poços executados na Vila de Balbina para concretização desse projeto. em 1983 (que, se perfurados hoje, com técnicas mais modernas, atingiriam va- zões maiores) e pela excelente vazão da fonte d’água Agroindústria Santa Clau- dia (300m3/h).

A cidade de Presidente Figueiredo é plenamente abastecida por água subter- rânea proveniente da fonte Santa Clau- dia. Fazendas, sítios e comunidades ru- rais existentes ao longo da estrada AM- Foto 4.7 – Granito com Riebeckita. Rocha per- 240 onde afloram rochas da Formação tencente à Suíte Intrusiva Mapuera explorada pela Mineração Taboca. Composição minera- Nhamundá podem perfeitamente ser lógica: K-feldspato (40%), Quartzo (25%), An- abastecidas por poços tubulares com fibólio (ferrohastingsita) (14%), Biotita (3%). cerca de 60m de profundidade e vazão Minerais acessórios: Titanita, Opacos, Biotita, em torno de 5.000 l/h. Epidoto, Criolita, Zinvaldita e Polilepidolita

Em parceria com o IPAAM – Instituto A seguir é apresentado o resultado do de Proteção Ambiental do Estado do laudo emitido pela Seção de Águas Amazonas e a Prefeitura de Presidente Minerais – SAM do DNPM, em 10 de Figueiredo, a empresa investirá nos a- dezembro de 1986, contendo a compo- nos de 1997 e 1998, a quantia de sição química provável, as cacterísti- 550.000 dólares na urbanização e infra- cas físico-químicas e a classificação estrutura do Parque do Urubuí, preser- da água subterrânea da fonte Santa vando o meio ambiente e incentivando Claudia. Laudo este, baseado no estu- o turismo local, atendendo à resolução do “in loco” e posterior análise quími- do CONAMA, de fevereiro de 1996. ca efetuada pelo Laboratório Central de Análises Minerais – LAMIN da 4.3 Água Subterrânea CPRM em 1985, tendo como referên- cia o processo do DNPM de número A porção sul do município de Presiden- 880.229/83.

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COMPOSIÇÃO QUÍMICA PROVÁVEL (MG/L) Bicarbonato de Cálcio 0,81 Bicarbonato de Magnésio 2,95 Óxido de Alumínio 0,36

CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS pH a 25º C 5,8 Temperatura da água na fonte 28º C Condutividade elétrica a 25º C 1,50x10-5mhos/cm Resíduo de evaporação a 180º C 19,00 mg/l

CLASSIFICAÇÃO Segundo o Código de Águas Minerais, esta água classifica-se como “ Água Mineral de Fonte Hipotermal”.

5 FAVORABILIDADE PARA TI- município, onde destacam-se os aluvi- POS DE JAZIMENTOS MINE- ões, as coberturas lateríticas, a Forma- RAIS ção. Alter do Chão, a Formação. Nha- mundá e a Formação Prosperança. O As ocorrências minerais da área do mu- domínio apresenta excelente favorabili- nicípio de Presidente Figueiredo con- dade para bens minerais como seixo, centram-se nos minerais não-metálicos areia e laterito ferruginoso. A areia pode utilizados para a construção civil como: ser explorada no manto de intemperis- areia, seixo e brita; e minerais metálicos mo, onde se concentra por processo de como a cassiterita e, subordinadamente, lixiviação. O seixo, utilizado na cons- zirconita, columbita, tantalita, criolita, trução civil no setor de concretagem, xenotima e ouro. pode ser extraído através de dragagem

Com base nas características geológi- por sucção no leito ativo do rio Uatumã. cas, o município foi dividido em cinco O laterito ferruginoso (tipo rochoso, domínios, a saber: Sedimentar; Básico; amplamente utilizado na região), consti- Granitóide; Vulcânico e Gnáissico. tui o principal componente do revesti- mento das estradas, também conhecido 5.1 Domínio Sedimentar como piçarra. São crostas ferruginosas que se desenvolvem sobre diferentes Este domínio está representado pelas tipos litológicos, sendo dominantes em formações sedimentares existentes no áreas onde ocorrem rochas granitóides e

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rochas da Formação Alter do Chão. Se- ciaram ocorrência de ouro na bacia do cundariamente, podem ser empregadas igarapé Taboca, onde aflora o Granito na área de construção civil como com- São Gabriel. Epidoto e fluorita podem ponentes de argamassa. Este domínio encontrar-se em associação com a mine- apresenta também, grande favorabilida- ralização de cobre e molibdênio. Grani- de para obtenção de água subterrânea, tóides como o Granodiorito Água Bran- principalmente na Formação Nhamun- ca representam alvos à pesquisa de co- dá. lumbita-tantalita. A proximidade de ser- ras com importante via de acesso (BR - 5.2 Domínio Básico 174), torna de interesse o emprego des- sas unidades como rocha ornamental ou Este domínio está representado por der- brita. Os tipos, bastante variados, apre- rames e diques básicos, de pequenas sentam cores cinza, rosa e branca, com dimensões, dominantemente alcalinos destaque para o granito São Gabriel da Formação Seringa, ocorrendo pre- com tonalidades avermelhadas e quartzo dominantemente em formas irregulares levemente azulado, já sendo explorado a elipsoidais. Apresentam potencialida- para obtenção de brita. de mineral para a pesquisa de cromo, níquel, cobre, platina, paládio e ouro. 5.4 Domínio Vulcânico Concentrados de bateia acusaram a pre- sença de ouro no baixo curso do rio Pi- Programas de pesquisa levados a efeito tinguinha onde aflora esta unidade. Al- no passado em rochas vulcânicas (corre- guns tipos litológicos como gabros e latas ao Grupo Iricoumé), demonstra- diabásios apresentam extrema beleza se ram baixa favorabilidade para a pros- utilizados como rocha ornamental, po- pecção de sulfetos. No entanto, análises dendo representar espécimes de alta efetuadas em rocha têm evidenciado qualificação e competitividade no mer- resultados preliminarmente interessan- cado. tes para prata e ouro, principalmente em áreas onde apresentam-se com intensa 5.3 Domínio Granitóide deformação. Existe grande favorabili- dade na exploração dessa unidade para Os granitóides das suítes Abonarí e obtenção de brita e pedra de cantaria no Mapuera apresentam boa favorabilidade município. para a presença de monazita, xenotímio, anatásio, topázio, criolita, zirconita, co- lumbita e tantalita (principalmente na 5.5 Domínio Gnáissico suíte Mapuera), que tornam de interesse a pesquisa para a cassiterita. Onde estas As rochas gnáissicas encontram-se re- rochas granitóides encontram-se mais presentadas pela unidade Complexo deformadas, abre-se a perspectiva para a Metamórfico Anauá. Uma associação averiguação da ocorrência aurífera, mineral em cobre-ouro, cobre e cobre- principalmente considerando-se a pre- molibdênio pode estar relacionada, es- sença de ouro associado a veios quart- timando-se, no entanto, baixa favorabi- zosos. Concentrados de bateia referen- lidade para a unidade.

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Não se descarta a presença de ouro nes- - 32 áreas de Autorização de Pesquisa; ses litotipos, bem como monazita e zir- cão. - 02 áreas de Requerimento e Conces- são de Lavra; 6 DIREITOS MINERÁRIOS - 04 áreas de Concessão de Lavra e; A atuação dos órgãos públicos ligados à pesquisa mineral nos municípios tem - 08 áreas de Requerimento de Permis- constatado o quase total desconheci- são de Lavra Garimpeira. mento da legislação mineral e dos direi- tos minerários sobre o subsolo, levando Convém destacar que 90% das áreas de freqüentemente a situações de conflito requerimento de pesquisa encontram-se entre proprietários do solo e requeren- na reserva indígena Waimiri Atroari, tes de bens minerais. Com o propósito não podendo ser deferidas por impedi- de subsidiar as unidades municipais mento legal. com informações sobre os titulares das áreas requeridas, procedeu-se à elabora- As substâncias requeridas são: cassite- ção do mapa de direitos minerários, rita, zircônio, zirconita, zircão, zinco, contemplando todos os requerimentos tântalo, tantalita, gema, granito orna- de pesquisa e autorizações de pesquisa, mental, granito para revestimento, gra- as respectivas datas de protocolo, área nito, wolframita, chumbo, cobre, ilme- coberta e último evento, obtidas junto nita, água mineral, rutilo, molibidênio, ao cadastro do Departamento Nacional hafnio, níquel, tungstênio, lítio, berilo, da Produção Mineral - DNPM em Bra- ouro, ferro e ametista. sília. Foram relacionadas 05 (cinco) pessoas O cadastro do DNPM revelou em físicas e 31 (trinta e uma ) jurídicas de- 08.04.98 a existência de 177 áreas de tentoras dos direitos minerários, estan- direitos minerários, envolvendo cerca do as maiores quantidades de áreas com de 1.269.853,00 ha, correspondentes a a empresa MIBREL – Mineração Brasi- mais ou menos 50% da área do municí- leira de Estanho Ltda. com 27 (vinte e pio, assim distribuídos: sete) áreas, equivalente a 233.383,00 ha, seguida da Mineração e Comércio - 132 áreas de Requerimento de Pesqui- Maracajá Ltda. com 23 (vinte e três) sa; áreas, envolvendo 215.636,00 ha..

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7 CONCLUSÕES E RECOMEN- A retirada de seixo do leito do rio Ua- DAÇÕES tumã estará comprometida no futuro pe-

A execução do Programa PRIMAZ no la falta da reposição natural deste mate- município de Presidente Figueiredo, rial em função da barragem do rio pela Usina Hidrelétrica de Balbina. abordando informações multidisciplina- res do meio físico, permitiu estabelecer É importante a realização de um traba- as seguintes conclusões e recomenda- lho de pesquisa específico para argila na ções: região, visto as grandes possibilidades

A - O quadro geológico regional é cons- naturais existentes para a formação des- se tipo de depósito. tituído por dois domínios distintos. O Domínio I de rochas do embasamento Há disponibilidade de pedra brita na re- cristalino, predominantemente ígneas e gião, visto que existem três pedreiras metamórficas, do Proterozóico. E o Do- em funcionamento e duas desativadas mínio II de rochas sedimentares fanero- no município, e como há um indício de zóicas da borda da bacia sedimentar do começo de esgotamento dos principais Amazonas. rios explorados para seixo no estado do

B - Os recursos minerais importantes Amazonas, o rio Aripuanã e o rio Japu- rá, a exploração da brita deve aumentar. que requerem pesquisas complementa- res são: o ouro, com ocorrência na ba- Geograficamente, o município de Presi- cia do igarapé Taboca, onde aflora o dente Figueiredo possui grande potenci- Granito São Gabriel, como também no al para o fornecimento de brita para a baixo curso do rio Pitinguinha, onde indústria da construção civil em Mana- afloram os gabros e diabásios da For- us. A ocorrência de rochas graníticas e mação Seringa; e a cassiterita, que ocor- vulcânicas a menos de 200 km da capi- re em teores anômalos em igarapés: tal através da rodovia BR-174 indica Mutuca, Bené, Serra, Água Branca e isto. Entretanto, a rocha britada em Pre- Jaburu, que drenam a serra Abonari, sidente Figueiredo ainda tem preço de margem direita do rio Uatumã. Há tam- venda ao consumidor mais alto que o 3 bém ocorrência de cassiterita em igara- seixo (R$ 44,00 o m de brita contra 3 pés que drenam o Granito São Gabriel, R$ 37,00 o m de seixo). na margem esquerda do rio Uatumã. A existência de serras próximas à

O minério intemperizado in situ do gra- BR-174, a partir da borda da bacia se- nito Madeira explorado na Mina do Pi- dimentar(serra São Gabriel e serra Abo- tinga tende à exaustão no fim do ano nari), aponta para a possibilidade de ha- 2.000. O minério de aluvião poderá ser ver outros locais de interesse à prospec- explorado até 2.006 se confirmadas as ção de brita no município. Consultando- reservas indicadas e inferidas. Portanto, se o Mapa Autorizações e Concessões o projeto de exploração do estanho con- Minerais, e o Mapa Geológico junta- tido na rocha sã, através de parcerias mente com trabalho de campo utilizan- com a iniciativa privada é importante do trado e/ou sondagem pode-se encon- para manutenção da arrecadação muni- trar essas novas áreas de interesse, re- cipal. sultando em um novo modelo de desen-

C - Materiais de Construção volvimento mineral para a região.

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