A BAHIA DOS CALMON Um Ás No Jogo Político Da I República (1920-1926)
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL JONAS BRITO A BAHIA DOS CALMON Um ás no jogo político da I República (1920-1926) Salvador 2014 JONAS BRITO A BAHIA DOS CALMON Um ás no jogo político da I República (1920-1926) Dissertação aprovada como requisito parcial para a obtenção do grau de mestre em História, Universidade Federal da Bahia, pela seguinte banca examinadora: Salvador 2014 Brito, Jonas B862 A Bahia dos Calmon : um ás no jogo político da I República (1920 - 1926). – Salvador : UFBA / Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, 2014. 196 f. : il.; 29,7 cm. Orientador : Antonio Luigi Negro Dissertação (mestrado) – UFBA / Faculdade de Filosofia e Ciências Hu- manas / Programa de Pós-Graduação em História, 2014. Bibliografia : f. 187 - 193 1. Bahia - Política e governo - 1920 - 1926. 2. Tenentismo. 3. Federalis- mo. 4. Calmon, Miguel, 1879 - 1935. 5. Calmon, Francisco Marques de Góis, 1874 - 1932. 6. Mangabeira, Otávio, 1886 - 1960. I. Negro, Antonio Luigi. II. Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História. III. Título. CDU:320.98142 JONAS BRITO A BAHIA DOS CALMON Um ás no jogo político da I República (1920-1926) Dissertação aprovada como requisito parcial para a obtenção do grau de mestre em História, Universidade Federal da Bahia, pela seguinte banca examinadora: Orientador: ____________________________________ Prof. Dr. Antonio Luigi Negro, UFBa Banca Examinadora: _______________________________________________ Profª. Drª. Cláudia Viscardi, UFJF _______________________________________________ Prof. Dr. Rinaldo Leite, UEFS Salvador Maio de 2014 A Minha família: Dilce Brito, Brás Meiro e Antonio Brito. A Consuelo Novais Sampaio (in memoriam). AGRADECIMENTOS Concluído o texto, a escrita dos agradecimentos é o momento especial em que recordo as situações agradáveis e difíceis da graduação e do mestrado. Agradeço a Deus, pela minha existência e pela proteção que me tem dispensado. Agradeço a Dilce Brito, minha mãe, que se esforçou tanto para garantir aos filhos a melhor educação formal possível em Entre Rios. A Brás Meiro, pai presente e carinhoso, cujo árduo trabalho como tratorista foi crucial para o financiamento dos meus estudos. Sou grato ao amor do companheiro de toda a vida, meu irmão Antonio Brito. Sou muito grato ao meu orientador Antonio Luigi Negro, Gino. Por sua bondade em me aceitar como orientando e pelo apoio moral dispensado nas ocasiões mais difíceis. Orientador de ouro, não só pela inteligência, grande conhecimento e cultura, como também pela atenção com que distingue alunos e orientandos, preparando aulas excelentes, corrigindo com atenção os textos, compartilhando informações preciosas ou as próprias fontes e livros. Gino foi muito presente desde a delimitação do objeto e baliza cronológica até a conclusão do texto. Sou grato aos professores da graduação e pós-graduação, em especial Lígia Bellini e Wlamyra Albuquerque, não só por tudo que me ensinaram. Conheci Lígia no primeiro semestre da graduação e seu apoio foi muito confortador para mim. Gosto muito de Wlamyra e admiro sua inteligência, conhecimento, militância, experiência didática e carinho com os alunos. Agradeço a Valter Guimarães Soares, historiador sensível e inteligente, que me ensinou muitas coisas e me ofereceu uma generosa bolsa de pesquisa com a qual pude manter-me em Salvador. Agradeço ao Programa Nacional de Cooperação Acadêmica e aos professores que me receberam na Universidade Estadual de Campinas, principalmente Sílvia Lara e Fernando Teixeira. Igualmente, sou grato à oportunidade de participar de oficina sobre elites no Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getúlio Vargas, em especial a Marco Vannucchi. Para mim, foi muito relevante a amizade com Rodrigo Carvalho e Leur Costa, com quem tenho o prazer de ainda manter o contato. Depois, ainda na graduação, tornei-me amigo de uma pessoa que abriu as portas de sua casa quando precisei: Wilton Cruz. Outros dois companheiros muito importantes foram Gabriel Pereira e Pierre Malbouisson, pessoa inteligente e com quem ainda troco ideias. Sou grato ao companheirismo de Lara Vanessa de Castro e, de modo especial, ao meu amigo de adolescência Gedson Carlos Jr. e sua esposa Carla Alves, por me terem recebido em sua residência durante as pesquisas realizadas na cidade de São Paulo. Entre o final da graduação e o começo do mestrado, fiz amizade com quatro pessoas com quem não quero mais perder o contato: Leonardo de Jesus, Dayane Augusta, Alan Passos e Darlan Gomes. Leonardo e Darlan ajudaram-me nos problemas com o meu computador e ao mesmo tempo têm tanta coisa em comum comigo, como os valores morais, a origem social e a aspiração por melhorar de vida. Por isso, quero ser amigo deles para sempre. O mesmo ocorre com o companheirismo de Alan Passos e Dayane Augusta. Dayane, que conheci em Campinas, sabe que a distância entre Salvador e Brasília não é suficiente para apagar a vontade mútua de continuar trocando experiências, ainda que via Skype. Também sou muito grato de modo geral à minha turma do mestrado. Entre as pessoas que convivem diariamente comigo, sou grato ao companheirismo de Renata Aline e Daniel Matos. Agradeço à Universidade Federal da Bahia, sua Pró-Reitoria de Assistência Estudantil e seu Programa de Pós-Graduação em História. Também agradeço ao financiamento da CAPES. De modo especial, sou grato aos funcionários que me atenderam nas bibliotecas e arquivos baianos e paulistas. Entre eles, o pessoal do APEB (em especial, Paulinho), BPEB (em especial, as funcionárias da SORV e Sr. Luís), CMB (em especial, Jacira Primo e Walter Silva), AEL (em especial, Ricardo Biscalchin e Hilda Pereira) e APESP (em especial, Soninha Francisco). Sou grato a Cláudia Viscardi e Rinaldo Leite por aceitarem participar da banca de defesa da dissertação. RESUMO Com base em correspondência privada, despachos diplomáticos, além de periódicos baianos e cariocas, esse trabalho analisa a sucessão no governo da Bahia de 1923-24 e na Presidência da República de 1921-22 e 1925-26. A primeira sucessão presidencial foi acirradamente disputada entre Nilo Peçanha (candidato de Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul) e Artur Bernardes (apoiado pelo então presidente da República Epitácio Pessoa e os demais estados, inclusive Minas Gerais e São Paulo). Nilo Peçanha, ex-senador fluminense, foi lançado pela Reação Republicana e tinha como companheiro de chapa J. J. Seabra, governador da Bahia. Artur Bernardes, governador mineiro, foi lançado pela Convenção Nacional e tinha como companheiro de chapa Urbano Santos, governador do Maranhã. Evento marcante de crítica às práticas políticas da I República, essa cisão entre as mais importantes elites estaduais provocou instabilidade, inclusive por envolver militares e eleitores urbanos. O objetivo do trabalho é demonstrar a importância das elites baianas na deflagração da crise sucessória e seu desenrolar, mas ao mesmo tempo a reabertura da divisão entre as facções lideradas por Seabra e Rui Barbosa, que historicamente enfraqueceu a projeção nacional da Bahia. A sucessão estadual de 1923-24 foi também muito disputada entre Arlindo Leoni (candidatado de Seabra) e Góis Calmon (candidato das oposições). Descrevendo os episódios que levaram à vitória de Góis Calmon, o trabalho entenderá a sucessão como desdobramento e fator da crise nacional, decorrente da sucessão presidencial de 1921- 22. A disputa não envolvia apenas situação e oposições estaduais em torno do cargo de governador, mas também o novo presidente da República, Bernardes, dizendo respeito à definição do papel da Bahia na política federal. Tratando da visita a Salvador de Umberto di Savoia (príncipe herdeiro da Itália) e da consolidação do poder dos irmãos Góis, Miguel e Antônio Calmon na liderança política da Bahia, será indicada a relevância do estado para a sustentação do governo Bernardes. Essa relevância será brevemente retomada no estudo da sucessão de 1925-26, ocorrida sob influência de uma aliança conjuntural entre Minas Gerais e São Paulo. Nessa sucessão, assiste-se à apresentação das candidaturas praticamente unânimes de Washington Luís (ex- governador de São Paulo) e de Melo Viana (governador de Minas Gerais), respectivamente à Presidência e vice-presidência da República. O capítulo mostra como essa aliança foi possível graças ao apoio dos demais estados a Bernardes. Por essa ocasião, os Calmon consolidavam-se na Bahia enquanto assistiam à ascensão política de Otávio Mangabeira. Palavras-chave: Bahia; I República; política; federalismo. ABSTRACT Based on private letters, diplomatic dispatches and newspapers from Salvador and Rio de Janeiro, this survey analyses the succession in the government of Bahia (1923-24) and in the Presidency of Republic (1921-22 and 1925-26). The first presidential succession was contested by Nilo Peçanha (candidate of Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro and Rio Grande do Sul) against Artur Bernardes (candidate of the president of Republic Epitácio Pessoa and the others states, included Minas Gerais and São Paulo). Nilo Peçanha, ex-senator from Rio de Janeiro, was launched by the Reação Republicana with J. J. Seabra, governor of Bahia, as candidate to office of vice-presidency of Republic. Artur Bernardes, governor of Minas Gerais, was launched by the Convenção Nacional and had Urbano Santos, governor of Maranhão, as candidate to office of vice- presidency of Republic. Remarkable as