ÍNDICE

Agremiação Página

G.R.E.S. UNIDOS DE 03

G.R.E.S. ACADÊMICOS DO SALGUEIRO 53

G.R.E.S. SÃO CLEMENTE 121

G.R.E.S. 159

G.R.E.S. 221

G.R.E.S. ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA 273

1

G.R.E.S.

PRESIDENTE LUCIANO FERREIRA 3

“Memórias do “Pai Arraia” Um Sonho Pernambucano

Um Legado Brasileiro”

Carnavalesco ALEX DE SOUZA

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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Enredo

Enredo “Memórias do “Pai Arraia” Um Sonho Pernambucano, Um Legado Brasileiro” Carnavalesco Alex de Souza Autor(es) do Enredo Alex de Souza e Autor(es) da Sinopse do Enredo Alex de Souza e Martinho da Vila Elaborador(es) do Roteiro do Desfile Alex de Souza Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

01 MCP: História do Germano Coelho Ed. Do Autor 2012 Todas Movimento de Impresso pela Cia. Cultura Popular Editora de Pernambuco

02 Pedagogia do Paz e Terra 2013 Todas oprimido

03 Arraestaqui Lailson de Holanda Instituto Miguel 2008 Todas Cavalcanti Arraes

04 O Brasil, o Povo e o Miguel Arraes Língua Geral 2008 Todas Poder

05 Brasil – Histórias, Alceu Maynard Editora Três 1973 Todas Costumes e Lendas Araújo e José Lanzallotti

Outras informações julgadas necessárias

Pesquisa: Alex de Souza (Carnavalesco)

Vídeos: “Miguel Arraes – O Guerreiro do Povo” – Direção André Salles e Paulo Henrique Fontenelle – Produção Canal Brasil – 2006

Teses: Nome: Fernando Antonio Farias de Azevedo – Título: “Miguel Arraes 1962 - Mudança e Crise Política” – Orientador: Braz José de Araújo – USP

Sites Consultados: http://institutomiguelarraes.com.br http://www.topgyn.com.br/conso01/pernambuco/conso01a04.php

Colaboradores: Handerson Big (Historiador)

Assistente de Carnavalesco: Ilma Lima

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HISTÓRICO DO ENREDO

Sinopse

“Memórias do “Pai Arraia”. Um Sonho Pernambucano, Um Legado Brasileiro”

Lembro, quando menino, de ver o flagelo de perto, na minha terra natal.

A miséria batia à minha porta: um povo sofrido me estendia as mãos, como pedinte.

Eram filhos da seca vindos dos áridos sertões, que deixaram pelo caminho suas esperanças.

Anos se passaram e, já nos braços do povo, fui conduzido a assumir a responsabilidade de dar a ele voz e dignidade.

Na periferia de Recife, paisagens desoladas. A pobreza mora na lama, nos mangues, se equilibrando em palafitas.

No meu tempo, agi como um juiz, numa questão em meio aos canaviais. Para inverter as injustiças, promovi o “Acordo do campo”, numa época em que era preciso “Reformar”. Por tais ações, tive daquela gente comovente gratidão. Buscavam em mim, mais que um amigo, mais que um irmão, e deram-me a alcunha de “Pai Arraia”, como gesto de candura e devoção.

Lembro dos ensinamentos de Paulo Freire e da fé de D. Helder Câmara.

Com o apoio de queridos amigos, educadores, artistas, e intelectuais, surgiu um grande “Movimento”, o MCP, para despertar as massas, que pela educação iriam se libertar.

Valorizando a cultura e mantendo as tradições, todas as artes se apresentaram nas praças, congraçando as classes.

Hoje seus cantos e danças “fervem” e tomarão a Passarela do , com batuques soltos e sonoros, com maracatus de baques soltos e virados, nesta festa popular.

Mesmo não estando entre vós, deixo minhas lembranças e o meu legado, no ano do meu centenário, num carnaval de sonho, com a Vila a comemorar.

Texto de Alex de Souza e Martinho da Vila

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JUSTIFICATIVA DO ENREDO

ARGUMENTO

A Unidos de Vila Isabel tem por tradição, focar muitos dos seus carnavais em temas de cunho social. Em 2016 apresenta o enredo em homenagem ao centenário de Miguel Arraes de Alencar, ou simplesmente Miguel Arraes, (Araripe, Ceará 15 de dezembro de 1916 — Recife, Pernambuco 13 de agosto de 2005) prefeito de Recife, deputado estadual e federal e três vezes governador do estado de Pernambuco. O enredo não se trata de uma biografia integral e sim, o que o levou à política, suas ações sociais e principalmente sua participação no Movimento de Cultura Popular, que foi um marco como projeto educacional e de valorização das tradições culturais pernambucanas.

1º SETOR - ABERTURA: MEMÓRIAS DA MISÉRIA Nascido em Araripe, mudou-se para o Crato, sul do Ceará, para concluir o ginásio. Naquela época, algo o marcou profundamente: o flagelo da seca. Sobre isso, declarou em um documentário: “Eu comecei a ter consciência política... Um sentimento político que me veio, sobretudo da seca de 1932... Eu não entendia, aquilo era para mim, uma brutalidade tal, que ficou na minha cabeça... procurei tomar consciência dos motivos, que davam lugar a esta contradição tão violenta...” (MIGUEL ARRAES, GUERREIRO DO POVO, 2006).

A primeira parte do desfile retrata de forma alegórica o sofrimento da seca, presenciado na juventude de Arraes, até a miséria úmida dos ribeirinhos, nas regiões lamacentas e lodosas dos mangues, dos pobres habitantes das palafitas, na capital pernambucana, desde que chegou ao Recife.

2º. SETOR: MEMÓRIAS DO ACORDO DO CAMPO Apontada como uma das atividades mais vilmente exploradas, o trabalho dos cortadores de cana, tem em seu histórico, secular, condições de trabalho desumanas.

Já em 1633, o Padre Antônio Vieira em seus “Sermões do Rosário”, descreve como “Doce Inferno” a forma cruel de trabalho, também nos engenhos, durante a época da escravidão, que na prática, muito pouco mudou desde então.

A cana-de-açúcar é plantada na zona da mata de Pernambuco, na chamada zona canavieira há quase cinco séculos. Quando em seu primeiro mandato como governador, Arraes promoveu o chamado: “O Acordo do Campo”, como princípio, a implantação da justiça trabalhista dos canavieiros com os usineiros e donos de 9 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel – Carnaval/2016 engenhos, os quais, representantes das oligarquias canavieiras de Pernambuco. Fazendo com que estendesem o pagamento do salário mínimo aos trabalhadores rurais. Miguel Arraes também deu forte apoio à criação de sindicatos, associações comunitárias e às ligas camponesas.

3º SETOR: MEMÓRIAS DA EDUCAÇÃO POPULAR O Movimento de Cultura Popular - MCP – foi criado no Recife em 13 de maio de 1960, entidade privada sem fins lucrativos e se mantinha através de convênios que, na prática, foram firmados quase que exclusivamente com a prefeitura do Recife quando o prefeito da cidade era Miguel Arraes e posteriormente quando o mesmo assumiu o governo do Estado. Seu nome foi herdado do movimento francês Peuple et Culture (Povo e Cultura).

Trata-se de um movimento fundado por intelectuais, educadores e artistas, presidido pelo professor Germano Coelho (depois prefeito da cidade de Olinda), que teve como objetivo difundir as manifestações da arte popular regional e desenvolver um trabalho de alfabetização de crianças e adultos.

Paulo Freire (1921-1997) o mais célebre educador brasileiro, reconhecido internacionalmente, um dos Sócios Fundadores do movimento, desenvolveu um método pedagógico de alfabetização de adultos que leva seu nome, conhecido como: “Pedagogia do Oprimido”.

O então Ministro da Educação, Darci Ribeiro, veio ao Recife apoiar pessoalmente o MCP e o considerou "um exemplo a ser levado a todo o País".

Neste setor que trata da educação, cada ala representa uma disciplina: Português; Matemática; História; Geografia e Ciências. Em cada uma há um pouco de Pernambuco, seja em pequenos detalhes relacionados à indumentária dos sertanejos ou até mesmo sobre um pouco da história do estado.

4º SETOR: MEMÓRIAS DA ARTE POPULAR O movimento promovia apresentações de espetáculos em praças públicas; organização de escolas radiofônicas, grupos artísticos; oficinas e cursos de arte; exposições; edições de livros e cartilhas, um centro de artes plásticas e artesanato, com cursos de cerâmica, tapeçaria, tecelagem, cestaria, gravura e escultura; mais de 450 professores e 174 monitores de ensino fundamental, supletivo e educação artística; uma escola para motoristas-mecânicos; cinco praças de cultura, com

10 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel – Carnaval/2016 bibliotecas, cinema, teatro, música, tele-clube, orientação pedagógica, recreação e educação física.

Também integraram o MCP, intelectuais e artistas como , , Abelardo da Hora, Vicente do Rego Monteiro entre outros, que formavam um total de 109 sócios fundadores. Contou também com a participação do teatrólogo e do ator José Wilker.

Por causa do clima político existente na época, o MCP alcançou repercussão nacional, servindo de modelo para movimentos semelhantes criados em outros estados do Brasil.

O Movimento de Cultura Popular do Recife foi extinto com o golpe militar, em março de 1964.

Como o movimento valorizava a arte e os artistas populares, o setor homenageia a arte popular pernambucana e seus grandes mestres, como: J. Borges, famoso xilogravurista da Literatura de Cordel; a dança do Xaxado; os repentistas e trovadores famosos e anônimos; o grande mestre Vitalino, das esculturas em cerâmica e o teatro de mamulengos.

5º SETOR: MEMÓRIAS DA CULTURA POPULAR Tanto o MCP quanto o Movimento Armorial, de Ariano Suassuna, contribuíram nas transformações da transmissão das tradições orais dos folguedos, assim como na dinâmica das brincadeiras de terreiros que foram se modificando para apresentações em palcos e festivais de cultura. O MCP tinha a preocupação de mobilizar diversos setores da sociedade em prol da arte e da cultura popular, e o Armorial visava desenvolver pesquisas sobre as festas populares de Pernambuco.

O legado deste trabalho está nas ruas até hoje, mantendo vivas as tradições pernambucanas. No orgulho de um povo, que mesmo contra todas as adversidades, se traduz em alegria pelas ruas.

No setor que encerra esta homenagem, ao centenário de Arraes, traz diversas manifestações populares, reunindo folguedos de todo o Estado de Pernambuco, como Maracatus (Nação e Rural); Caboclinhos; Frevo; Blocos de Rua entre outros.

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ROTEIRO DO DESFILE

Comissão de Frente “NA CARTILHA DO CORDEL, O MILAGRE DA VIDA NO SERTÃO DE MEU DEUS”

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Phelipe Lemos e Dandara Ventapane “PAISAGEM SERTANEJA”

Ala 01 – Comunidade “XIQUEXIQUES E MANDACARÚS”

Destaque de Chão Nicole Bahls “SERTÃO”

Abre-Alas “MIRAGENS DO SERTÃO”

Ala 02 – Comunidade “RETRATOS DA SECA”

Ala 03 – Comunidade “CARCARÁS”

Ala 04 – Comunidade “BEATOS”

Ala 05 – Comunidade “MOCAMBOS”

Ala 06 – Comunidade “MANGUE”

Destaque de Chão Janaína Guerra “MANGUEZAL”

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Alegoria 02 “PALAFITAS E MANGUEZAIS”

Ala 07 – Comunidade “CORTADORES DE CANA”

Ala 08 – Baianas “CANAVIAL”

Ala 09 – Comunidade “LIGA CAMPONESA”

Ala 10 – Comunidade “USINEIROS – OS VELHOS CORONÉIS”

Destaque de Chão Dandara de Oliveira “CANA PERNAMBUCO”

Alegoria 03 “A GRANDE USINA”

Ala 11 – Comunidade “BE-A-BÁ: EDUCAR PARA LIBERTAR”

Ala 12 – Comunidade “SOMANDO FORÇAS, DIMINUINDO AS DIFERENÇAS, MULTIPLICANDO CONHECIMENTO E DIVIDINDO SABEDORIA”

Ala 13 – Passistas “AULA DE HISTÓRIA – NOS TEMPOS DE NASSAU”

Rainha de Bateria Sabrina Sato “GUERREIRA DA CASA REAL”

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Ala 14 – Bateria “PERNAMBUCO, O “LEÃO DO NORTE”

Ala 15 – Comunidade “GEOGRAFIA SERTANEJA”

Ala 16 – Comunidade “COM CIÊNCIA”. OBSERVANDO O INFINITO”

Destaque de Chão Mel Brito “CONHECIMENTO”

Alegoria 04 “SERVINDO DE LIÇÃO”

Ala 17 – Comunidade “LITERATURA DE CORDEL”

Ala 18 – Coreografada “DANÇANDO XAXADO”

Ala 19 – Comunidade “TROVADORES E REPENTISTAS”

Ala 20 – Comunidade “ARTE NO BARRO”

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Jackson Senhorinho e Amanda Poblete “FANTOCHES”

Ala 21 – Comunidade “TEATRO DE MAMULENGOS”

Destaque de Chão Ágatha Moreira “BONECA”

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Alegoria 05 “MAMULENGUEIROS NO AUTO DA COMPADECIDA”

Ala 22 – Comunidade “COROAÇÃO DO REI DO CONGO – ORIGEM DO MARACATU NAÇÃO”

Grupo Performático “A CORTE DO MARACATU NAÇÃO”

Ala 23 – Comunidade “ARREIAMAR – MARACATU RURAL”

Ala 24 – Comunidade “CABOCLINHOS”

Ala 25 – Comunidade “FERVENDO COM O FREVO”

Ala 26 – Comunidade “

Destaque de Chão Ticiane Pinheiro “FOLIA”

Alegoria 06 “UMA FESTA POPULAR”

Ala 27 – Compositores “FOLIA PERNAMBUCANA”

Ala 28 – Comunidade Performático “MISTURANDO CARNAVAIS”

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Alex de Souza Nº Nome da Alegoria O que Representa

01 MIRAGENS DO SERTÃO Numa criação surrealista, a alegoria representa a caatinga e sua paisagem desolada, de seca e miséria. A vegetação local; como xiquexiques e mandacarus; as carcaças dos animais, num funesto cortejo e o artesanato em barro. Neste cenário onírico, de aridez nordestina, somam-se a rusticidade da palha e o contraste no brilho dos espelhos, tão utilizados na decoração folclórica.

Destaque Central frente baixo: Sônia Rossi – Áridas Paisagens Semi-Destaque tripé esquerda: Thatiana Pagung – Aves de Rapina Semi-Destaque tripé direita: Paulo Dalagnoli – Aves de Rapina Composições: O Sobrevoo na Caatinga

02 PALAFITAS E A alegoria representa as populações ribeirinhas e suas MANGUEZAIS moradias em palafitas às margens de rios do Recife. Comunidades erguidas em meio à maré, onde pessoas se equilibram sobre tábuas e pedaços de madeira precariamente arranjados. Sem saneamento ou luz elétrica, a representação traz lampiões à gás; além de esculturas de meninos, fazendo referência aos “Meninos de Recife”, álbum de gravuras, lançado em 1962, por Abelardo Germano da Hora (São Lourenço da Mata, PE, 1924 - Recife, PE, 2014), escultor, desenhista, gravador, ceramista, professor, vinculado ao Movimento de Cultura Popular. Onde denuncia a miséria por meio da representação de crianças esquálidas, catadores de guaiamuns, também representados numa grande escultura.

Destaque Central frente: Ednelson Pereira – Os Manguezais Semi-Destaque feminino baixo: Monique Rizzeto - Guaiamum Composições: Fauna do Manguezal Composição performática: Na Lama

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Alex de Souza Nº Nome da Alegoria O que Representa

03 A GRANDE USINA Com a decadência dos antigos engenhos banguês (que produziam um açúcar de cor escura, mascavo) a partir do século XIX foram introduzidos em Pernambuco os engenhos movidos a vapor e houve uma revolução no comércio e indústria do açúcar. Para representar o lado perverso da exploração dos trabalhadores, a alegoria cria um “doce inferno”, com fornalhas ardentes; caldeiras e chaminés; moendas e a queimada no canavial.

Destaque Central alto meio: Samantha – Moendas Semi-Destaque alto atrás: Vander Gevu – Senhor de Engenho Semi-Destaque feminino frente: Surya - Canavieira Composições: Camponeses

04 SERVINDO DE LIÇÃO Sob a inspiração do grande pedagogo e pensador, Paulo Freire, a alegoria traz elementos que representam: lápis; cadernos; globo terrestre; quadro negro; etc. Faz a alusão à alfabetização de adultos, implantado por ele, com seu método de conscientizar as massas: “A Pedagogia do Oprimido”. Com peças que alegoricamente levam ao cenário de uma sala de aula, o carro alegórico sugere uma ideia de que só a educação edifica.

Destaque Central alto: Dill Santos - Sabedoria Semi-Destaque Central frente feminino: Georgea Veneno – Seguindo a Lição Composições: Aprendizes

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Alex de Souza Nº Nome da Alegoria O que Representa

05 MAMULENGUEIROS NO O Movimento de Cultura Popular (MCP) difundiu as AUTO DA COMPADECIDA manifestações da arte popular regional. Entre os intelectuais e artistas que integraram o MCP, Ariano Suassuna, idealizador do Movimento Armorial e autor de consagradas obras teatrais, e um preeminente defensor da cultura do Nordeste. Em Taperoá, no estado da Paraíba, onde morou de 1933 a 1937, assistiu pela primeira vez a uma peça de mamulengos, tipo de fantoche típico do nordeste brasileiro, especialmente do estado de Pernambuco, cujo caráter de “improvisação” seria uma das marcas registradas de sua produção teatral. O Auto da Compadecida (1955), peça que o projetou em todo o país e que seria considerada, em 1962, por Sábato Magaldi “O texto mais popular do moderno teatro brasileiro”, está representada na alegoria. Adaptada também para o cinema, entre outras versões: O Auto da Compadecida, 2000, foi dirigido por Guel Arraes, filho de Miguel Arraes. Em seu texto original, a história começa a ser narrada por um palhaço, por isso a mistura de circo e teatro de bonecos.

Destaque Central: Amaro Sérgio - Teatro de Bonecos Semi-Destaque: Samille Cunha – O Auto de Suassuna Semi-Destaque: Gracielle de Carvalho Ferreira – Fantoche Composições Comerciais - Palhaços Composição Performática: Auto da Compadecida

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Alex de Souza Nº Nome da Alegoria O que Representa

06 UMA FESTA POPULAR O carnaval pernambucano é por muitos, considerado o carnaval mais culturalmente diversificado do Brasil. Uma de suas características é a brincadeira de rua, de forma bem democrática. Podemos dizer que o MCP contribuiu de certa forma para a manutenção das tradições culturais pernambucanas, incluindo ás carnavalescas. Além da capital Recife e Olinda, o interior do estado, tem cidades com carnavais bem peculiares: como Nazaré da Mata com o Maracatu Rural, Bezerros com os Papangus, Pesqueira com o Carnaval dos Caiporas, Triunfo com o Carnaval dos Caretas, entre outras. A Alegoria traz referências ao frevo; ás máscaras do Papangus, aos estandartes do Maracatu, que também representam a decoração de rua, de Recife; os pálios, também do Maracatu e principalmente uma reprodução estilizada do principal símbolo do Clube de Máscaras Galo da Madrugada, que se auto intitula: O MAIOR BLOCO DA TERRA.

Destaque Central frente baixo: Edimilson – Fantasia: Rei do Maracatu

Semi-Destaque Direita baixo feminino: Samira Lafeta – Rainha do Maracatu Semi-Destaque Esquerda frente baixo feminino: Priscila Scapini – Princesa do Maracatu Semi-Destaque lateral direita alto masculino: Márcio Marinho– Folia Pernambucana Semi-Destaque lateral esquerda alto masculino: Ricardo Ferrador – Carnambuco

Composições Comerciais: Corte Real

Velha Guarda: A Realeza da Vila

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Nomes dos Principais Destaques Respectivas Profissões

Alegoria 01 (Abre-Alas) Sônia Rossi – Fantasia: Áridas Paisagens Pedagoga

Alegoria 02 Ednelson Pereira – Fantasia: Os Manguezais Psicólogo

Alegoria 03 Samantha – Fantasia: Moendas Empresária

Alegoria 04 Dill Santos – Fantasia: Sabedoria Empresário

Alegoria 05 Amaro Sérgio – Fantasia: Teatro de Bonecos Radioterapeuta Samile Cunha – Fantasia: O Auto de Suassuna Figurinista

Alegoria 06 Edimilson – Fantasia: Rei do Maracatu Cabeleireiro

Local do Barracão Rua Rivadavia Corrêa, nº. 60 – Barracão nº. 05 – Gamboa – Diretor Responsável pelo Barracão Evandro Bocão – Leonel – Roberto Romário Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe Roberto Romário Washington Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe Flávio Polycarpo Gilmar e Cássio Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe Paulinho da Luz Paulo Ferraz Outros Profissionais e Respectivas Funções

Tiago Vaz - Projetos 3D e Autocad

Janaína - Compras

Renato Emetério - Laminação de Fibra de Vidro

Nilton Gomes (Gaguinho) - Espuma

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Outros Profissionais e Respectivas Funções

Leilane e Henrique - Almoxarifado

Mauro - Gerador

Vilmar - Espelhos

Batista - Hidráulico

Anderson Dourado - Decoração (Carro 01)

Bruno Cardoso - Decoração (Carro 02 e 03)

Rany - Decoração (Carro 04)

Wellington - Decoração (Carro 05)

Adriano - Decoração (Carro 06)

João Tatuagem e Equipe - Movimentos

Andre Fuentes - Efeitos Especiais

Marquinhos - Neon

Vitor - Vime

Rita - Coreógrafa do Carro 02

Coreógrafos de Alas:

Rita de Cássia - Ala 01

Handerson Big - Ala 02

Fabrício Marques - Ala 18

Fábio Costa - Ala 28

21 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Alex de Souza D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Ano de Nº Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

01 Xiquexiques e A ala representa a Comunidade Harmonia 2015 Mandacarus caatinga e sua paisagem esbranquiçada e seca, da terra rachada. Materiais como o algodão cru, sisal, capim e palha trançada, dão o aspecto rústico. Representação da vegetação local, como xiquexique em borracha e os Mandacarus que alimentam o gado faminto.

02 Retratos da Seca A fantasia nos remete à Comunidade Harmonia 2015 uma miragem em meio à seca e miséria. É a própria morte que surge como um “brincante” num boizinho folclórico, feito com a carcaça dos animais mortos encontrados pelo caminho. É uma imagem onírica, alucinante, da aridez nordestina. Os materiais rústicos se misturam e se contrastam com espelhos, muito usados nos trajes folclóricos e na indumentária do cangaço.

22 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Alex de Souza D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Ano de Nº Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

03 Carcarás A fantasia representa a Comunidade Harmonia 2015 ave de rapina, que vive à espreita na região da caatinga. De forma nada realista, surge também em forma de carcaça, enfatizando o caráter dramático do sertão desolado. Traz ao mesmo tempo, elementos do artesanato em materiais igualmente rústicos, como os das fantasias anteriores. Seguindo uma coerência com o tema proposto.

04 Beatos No Nordeste, o povo Comunidade Harmonia 2015 flagelado, se apega ás suas crenças e devoções religiosas, elegendo seus próprios beatos, fora da hierarquia oficial. Estes, com base na fé, construíram uma utopia de busca pela terra prometida. Em sua missão messiânica, aliam-se a um discurso místico, proveniente da longínqua tradição sebastianista, levando pelos sertões, suas mensagens de salvação apocalíptica.

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Fantasias

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05 Mocambos A fantasia é inspirada nas Comunidade Harmonia 2015 moradias que até hoje são encontradas pelos sertões. Construídas artesanalmente. Feitas originalmente com folhas de buriti, palha de coqueiro, palha de cana, capim, sapé, ou de madeira, cipó e barro amassado (taipa).

06 Mangue Saindo da miséria da seca Comunidade Harmonia 2015 e chegando à miséria úmida das palafitas de Recife, a fantasia mostra os manguezais que servem de cenário destas humildes moradias. Lodoso, com raízes aéreas, é um habitat para diversas espécies de crustáceos, como os guaiamuns.

07 Cortadores de O figurino faz uma alusão Comunidade Harmonia 2015 Cana aos trabalhadores rurais portando o podão (facão), no corte da cana. Dentro do enredo, representa o secular modelo de produção, baseado no latifúndio e na super exploração do trabalhador e as violações de seus direitos.

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08 Canavial A fantasia da tradicional Baianas Harmonia 2015 Ala das Baianas representa o canavial e a colheita da cana na zona da mata pernambucana. Revela a prática da queimada, representada em adereços que fazem alusão às chamas.

09 Liga Camponesa A fantasia representa o Comunidade Harmonia 2015 importante movimento em prol da reforma agrária e da melhoria das condições de vida no campo. Arraes o apoiou, assim como, os sindicatos e associações comunitárias. O então governador, forçou usineiros e donos de engenho a estenderem o pagamento do salário mínimo aos trabalhadores rurais, conhecido como “Acordo do Campo”.

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10 “Usineiros – Os A fantasia é uma Comunidade Harmonia 2015 Velhos Coronéis” representação dos detentores de grandes propriedades rurais e usineiros, que tinham grande influência na condução da vida política de Pernambuco, e do Nordeste em geral. Remanescentes dos antigos coronéis das oligarquias da Velha República.

11 “Bê-á-bá: Educar O recém-eleito Prefeito do Comunidade Harmonia 2015 para Libertar” Recife, Miguel Arraes convidou um grupo seleto de pessoas, que fundaram o MCP, entre eles, o educador, Paulo Freire, com o objetivo de estabelecer um plano de escolarização para crianças e adolescentes. A partir daí, estabeleceu- se um conceito novo de alfabetização, principalmente para adultos, onde além de se ensinar a ler, eram passados conceitos de cidadania e consciência política. A fantasia com características de um soldado “quixotesco” representa a alfabetização como ação libertadora.

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12 Somando Forças, Essencial para o Comunidade Harmonia 2015 Diminuindo as conhecimento humano, a Diferenças, matemática, associada à Multiplicando vida do homem do Conhecimento e campo, no contexto de Dividindo uma educação popular, Sabedoria. remete diretamente com a relação deste, às suas tarefas ligadas ao plantio, à colheita, o armazenamento e os rendimentos. A fantasia se caracteriza com um aspecto de soldado armorial, com a indumentária do sertanejo, numa simbologia bélica onde as armas são o conhecimento.

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Fantasias

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13 “Aula de História Como numa aula de Passistas Harmonia 2015 – Nos Tempos de História, enfatizamos Nassau” algo importante na formação do povo pernambucano: O período de dominação holandesa, no século XVII, que despertou na população local, da época, (apesar da extraordinária contribuição para o desenvolvimento da região), uma “consciência nacional” e assim lutar pelos seus ideais, resultando na Batalha dos Guararapes, que expulsou os holandeses do Brasil. A fantasia dos passistas remete à época do Conde Mauricio de Nassau.

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FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Alex de Souza D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Ano de Nº Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

14 Pernambuco, o “... Eu sou mameluco, Bateria Mestre Wallan 2015 “Leão do Norte” sou de Casa Forte, Sou – Bateria de Pernambuco, sou o Leão do Norte...” A fantasia da “swingueira de Noel”, representa a bandeira do Estado. Pernambuco possui a alcunha de "Leão do Norte", que se origina no brasão do antigo capitão- donatário da Capitania de Pernambuco Duarte Coelho, em alusão à coragem do povo pernambucano.

15 Geografia A melhor maneira de se Comunidade Harmonia 2015 Sertaneja ensinar geografia é de certa forma, fazer o educando observar o local em que ele vive! Seja no mangue, seja no canavial, seja nas praias e até mesmo às margens do São Francisco, é possível perceber o quão diversificado é o território pernambucano e a partir dele, aprender sobre o Brasil e o mundo. A fantasia traz o globo terrestre e o mapa mundi, emoldurados com detalhes decorativos do universo sertanejo.

29 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel – Carnaval/2016

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16 “Com Ciência”. Como em todo currículo Comunidade Harmonia 2015 Observando o escolar, o estudo das Infinito ciências também faz parte. A fantasia faz uma alusão especial à astronomia, pelo simples fato do astrônomo Georg Marcgrave, que veio para Recife no século 17 com Maurício de Nassau, ter montado, na capital pernambucana, o primeiro observatório astronômico das Américas (e até mesmo de todo o hemisfério sul), no telhado da casa habitada pelo próprio Conde Nassau-Siegen. Algo que também faz parte do legado cultural e educacional do estado de Pernambuco.

30 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel – Carnaval/2016

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17 Literatura de A Literatura de Cordel Comunidade Harmonia 2015 Cordel recria um estilo literário de ascendência europeia adaptado à realidade nordestina. O nome tem origem na forma como os folhetos eram expostos para venda, pendurados em cordas, cordéis ou barbantes em Portugal. Além de recontar os “causos”; episódios históricos e cotidianos de personalidades preserva a memória oral do povo pernambucano. Aliadas aos textos rimados estão às xilogravuras que materializam o discurso. A fantasia reverencia também o xilogravurista J. Borges.

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18 Dançando Umas das maiores Coreografada Harmonia 2015 Xaxado expressões de dança oriunda do sertão pernambucano é o xaxado. Sua origem é datada por volta dos anos 30 do século XX e está ligada à forma de como os cangaceiros se preparavam para a luta. Dança exclusivamente masculina onde a suposta “dama” era a arma que eles empunhavam e tendo o som que as sandálias faziam quando arrastadas no chão como o determinante do termo xaxado. Popularizou-se ainda mais, com o grande pernambucano, da cidade de Exu, .

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19 Trovadores e Dos estilos musicais que Comunidade Harmonia 2015 Repentistas predominam em Pernambuco, destacam- se a trova e o repente. O trovadorismo tem origem medieval, responsável pela difusão das cantigas de amor e amigo. A trova chega ao Brasil com os portugueses e tem no Nordeste um terreno fértil para sua propagação. Já o repente é tipicamente brasileiro e sua essência tem a ver com o improviso dos cantadores de viola ou sanfoneiros que através de um “mote” (tema), travam batalhas musicais em forma de desafio.

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20 Arte no Barro O exemplo maior das Comunidade Harmonia 2015 artes plásticas de Pernambuco é a arte feita em barro. Matéria prima abundante, o barro, que ao mesmo tempo serve de taipa para moradia, serve para o elemento artístico. Foi Mestre Vitalino, do sertão de Caruaru, o grande difusor desta arte: a confecção de bonecos de barro, que recontam a vida e a cultura folclórica do povo nordestino. A fantasia representa esta tradição artística que nos encanta e atravessa gerações.

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21 Teatro de A arte dos mamulengos é Comunidade Harmonia 2015 Mamulengos uma das mais expressivas de Pernambuco. De origem colonial, a apresentação se dava nos festejos religiosos e a temática poderia ser bíblica ou sobre o cotidiano popular da época. A sátira era marca registrada dessas manifestações. Glória do Goitá, cidade da zona da mata pernambucana, é conhecida como "Berço do Mamulengo". A origem do nome se originou de mão molenga - mão mole. A fantasia representa o teatro de mamulengos em homenagem a muitos mestres populares.

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22 Coroação do Rei - “... tem Maracatu na Comunidade Harmonia 2015 do Congo-Origem batucada...” O Maracatu do Maracatu de Baque Virado ou Nação Maracatu Nação é uma manifestação de origem afro, surgido entre os séculos XVII e XVIII. Teria surgido a partir das coroações e autos do Rei do Congo, uma forte ligação com a religiosidade do Candomblé ou Xangô Pernambucano.

* “A Corte do Os eleitos como Rainhas e Grupo Harmonia 2015 Maracatu Nação” Reis do Congo eram Performático lideranças políticas entre os cativos: intermediários entre o poder colonial e os escravos. Destas organizações surgiram muitas manifestações culturais e de forte ligação com a religiosidade. O Grupo traz diversos personagens do cortejo.

36 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel – Carnaval/2016

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23 Arreiamar – A fantasia representa o Comunidade Harmonia 2015 Maracatu Rural personagem: Arreiamar, ou Caboclo de Penas que junto com os caboclos de lança figuram no Maracatu Rural, tradicional da cidade de Nazaré da Mata, Zona da Mata de Pernambuco. Conhecido também como Maracatu de Baque Solto. Distingue-se do Maracatu Nação ou Maracatu de Baque Virado, em organização, personagens e ritmo. Formado por trabalhadores rurais, os mesmos cortam as próprias fantasias, bordam as golas de caboclo, enfeitam guiadas e chapéus.

24 Caboclinhos A fantasia é inspirada na Comunidade Harmonia 2015 dança folclórica executada durante o carnaval pernambucano, por grupos fantasiados de índios, cuja indumentária é composta de saiotes, adereços decorados com penas e lantejoulas e vistosos cocares. Representam cenas de caça e combate, marcadas pelo ruído das preacas (espécie de arco e flecha).

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25 Fervendo com o – “... vem dançar o frevo e Comunidade Harmonia 2015 Frevo a ciranda...” Original de Recife, surgiu entre o final do século XIX e início do século XX, como um ritmo carnavalesco nascido a partir das marchinhas de Carnaval. O nome vem da palavra "ferver, que popularmente se pronuncia "frever" e foi utilizado pela primeira vez em um jornal chamado "Pequeno", em 1907. Seus malabarismos, rodopios, gingados, passos curtos e ritmo frenético e a sombrinha colorida aberta é outra característica marcante. É Patrimônio Imaterial da Humanidade pela UNESCO desde 2012. A fantasia é uma estilização do traje tradicional.

26 Galo da Bloco carnavalesco que Comunidade Harmonia 2015 Madrugada sai todo sábado de carnaval do bairro de São José, em Recife. A agremiação foi criada em 1978 e hoje arrasta multidões de foliões. A fantasia representa o símbolo maior do bloco, o galo.

38 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel – Carnaval/2016

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27 Compositores – A tradicional ala de Compositores Harmonia 2015 Folia compositores, presta uma Pernambucana homenagem aos grandes compositores da Folia Pernambucana, como Capiba; Matias da Rocha e Joana Batista Ramos, autores do famoso “VASSOURINHAS”; entre outros.

28 Misturando Assim como nos últimos Comunidade Harmonia 2015 Carnavais versos do samba enredo, Performático trazemos a essência do carnaval de rua, unindo a alegria de pernambucanos e cariocas, com fantasias tradicionais dos blocos. Tanto os daqui quanto os de lá, celebrando o centenário de Miguel Arraes, como homem do povo, com um festejo popular.

39 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel – Carnaval/2016

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Fantasias

Local do Atelier Rua Rivadavia Corrêa, nº. 60 – Barracão n.º 05 – Gamboa – Rio de Janeiro – Cidade do Samba Diretor Responsável pelo Atelier Arnaldo Motta Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe Equipe de Barracão Equipe de Barracão Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe Equipe de Barracão Seu José Outros Profissionais e Respectivas Funções

Janaína - Compras

Gilmar e Cassio - Pintor de Arte

Carlos Júnior - Placas

Almir e Paulo - Arames

Arnaldo Motta - Atelier reprodução alas

Eliane de Oliveira - Atelier reprodução de alas

Maurício - Atelier reprodução de alas

Cláudia (Sereia) - Atelier reprodução de alas

Célio - Atelier reprodução de alas

Ivone - Atelier reprodução de alas

Leide - Atelier reprodução de alas.

Rosângela - Atelier reprodução de alas.

Juracy - Atelier reprodução de alas.

Bruno - Atelier reprodução de alas.

Jefferson - Atelier reprodução de alas.

Delfim, Sandro Carvalho, Ronaldo - Atelier reprodução de composições de carro

Tia Tânia e Simone - Almoxarifado de fantasias

Outras informações julgadas necessárias

Anderson Dourado - Protótipo

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Samba-Enredo

Autor(es) do Samba- Martinho da Vila, André Diniz, Martinália, e Enredo Leonel Presidente da Ala dos Compositores Eduardo Katata Total de Componentes da Compositor mais Idoso Compositor mais Jovem Ala dos Compositores (Nome e Idade) (Nome e Idade) 100 Tião Grande Thales Henrique (cem) 79 anos 24 anos Outras informações julgadas necessárias

Meus olhos ficavam rasos d’água A seca minha alma castigava O sol queimava e rachava o chão Até os carcarás sofriam no sertão Cresci, sonhando renovar os sonhos Revitalizar a vida Que se equilibra sobre palafita Dar pra gente tão sofrida

Dignidade e amor

Acordei o campo pra haver justiça Com o futuro santo, fé nos ideais Despertei o povo para um novo dia Brotou esperança nos canaviais

Com ternura me chamavam Pai Arraia Onde os arrecifes desenham a praia Um sentimento no coração, no pensamento, soluções reais Liberdade se conquista com educação Juntei os artistas e intelectuais

Pra fazer a cartilha no cordel, Ensinar, abraçar a profissão Buscando na arte a inspiração

Tão bom cantarolar, me emocionar, estar aqui Pra ver na avenida, meu valor na mensageira Vila Gente aguerrida que defende a tradição do seu lugar Um movimento de cultura popular

Vem dançar o frevo e a ciranda Silenciar jamais!!! Tem maracatu na batucada Tem maracatu na batucada E o Galo da Madrugada misturando os carnavais

41 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel – Carnaval/2016

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Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Saboreie o mais autêntico e tradicional samba da terra de . Junte mais poesia e a força que faz a Escola se emocionar e dançar. Acrescente doçura e riqueza harmônica. Com Martinho da Vila, André Diniz e Leonel, e Arlindo Cruz, a Vila refaz a mistura que conduziu a agremiação ao título de 2013, e traz Martinália para reforçar o time de “artistas e intelectuais”. O resultado é saboroso e tem pitadas dos ritmos pernambucanos. O samba elegantemente conta a dramaticidade da seca do sertão nordestino. Passa pelas conquistas e sonhos do “Pai Arraia”, das lições de justiça na lavoura aos campos da educação, regados com a arte e tradições culturais do estado. E emociona, com a chegada do homenageado à avenida, vendo seu maior legado e a cultura de sua gente sendo cantados por “gente aguerrida que defende as tradições do seu lugar”.

Avante Vila, silenciar jamais!!!

Defesa

MEUS OLHOS FICAVAM RASOS D’ÁGUA A SECA MINHA ALMA CASTIGAVA O SOL QUEIMAVA E RACHAVA O CHÃO ATÉ OS CARCARÁS SOFRIAM NO SERTÃO O samba inicia com a comoção de Arraes, ainda jovem, no interior do Ceará, em relação ao flagelo dos retirantes da seca de 1932, e o cenário inóspito do sertão. Essa lembrança nunca saiu de sua memória, mudando profundamente seu destino, transformando-o no homem público que se tornou.

CRESCI, SONHANDO RENOVAR OS SONHOS REVITALIZAR A VIDA QUE SE EQUILIBRA SOBRE PALAFITA DAR PRA GENTE TÃO SOFRIDA DIGNIDADE E AMOR Levado à vida pública, através Barbosa Lima Sobrinho, governador de Pernambuco (1948 - 1951), conheceu outra miséria, às margens dos rios de Recife, sobre palafitas.

ACORDEI O CAMPO PRA HAVER JUSTIÇA COM O FUTURO SANTO, FÉ NOS IDEAIS DESPERTEI O POVO PARA UM NOVO DIA BROTOU ESPERANÇA NOS CANAVIAIS Já com uma renomada carreira política, como governador de Pernambuco, estabeleceu o chamado “ACORDO DO CAMPO”: um ajuste entre os interesses dos usineiros e os trabalhadores rurais canavieiros. Arraes e o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Hélder Câmara, trabalharam juntos pela reforma agrária em Pernambuco. O verso: “COM O FUTURO SANTO...”, se refere ao processo de beatificação e canonização, autorizado pelo Vaticano a D. Helder.

42 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel – Carnaval/2016

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Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

COM TERNURA ME CHAMAVAM PAI ARRAIA ONDE OS ARRECIFES DESENHAM A PRAIA Após a assinatura do “Acordo do Campo” as pessoas beneficiadas viam Arraes como um verdadeiro “pai”, por ter trazido benefícios sociais a eles. A denominação ‘“PAI ARRAIA” provavelmente advém do jeito “matuto” de falar do homem do campo, o sobrenome Arraes virou “ARRAIA”.

UM SENTIMENTO NO CORAÇÃO, UM PENSAMENTO, SOLUÇÕES REAIS LIBERDADE SE CONQUISTA COM EDUCAÇÃO JUNTEI OS ARTISTAS E INTELECTUAIS PRA FAZER A CARTILHA NO CORDEL ENSINAR, ABRAÇAR A PROFISSÃO BUSCANDO NA ARTE A INSPIRAÇÃO Aqui o samba faz referência ao MCP, Movimento de Cultura Popular, movimento este que reuniu importantes artistas e pensadores de Pernambuco para que juntos estabelecessem um plano de levar cultura e educação aos menos favorecidos. Entre tais personalidades estavam: Paulo Freire, Ariano Suassuna, entre outros. Alfabetização; oficinas de: música, teatro, dança, artes plásticas, eram as muitas atividades desenvolvidas para que a cultura fosse difundida.

TÃO BOM CANTAROLAR, ME EMOCIONAR, ESTAR AQUI PRA VER NA AVENIDA, MEU VALOR NA MENSAGEIRA VILA GENTE AGUERRIDA QUE DEFENDE A TRADIÇÃO DO SEU LUGAR UM MOVIMENTO DE CULTURA POPULAR Neste trecho do samba, um agradecimento ficcional do homenageado à Unidos de Vila Isabel, a propagadora de sua mensagem. E compara a força da comunidade, em manter suas tradições, ao MCP.

VEM DANÇAR O FREVO E A CIRANDA SILENCIAR JAMAIS!!! TEM MARACATU NA BATUCADA E O GALO DA MADRUGADA MISTURANDO CARNAVAIS A escola comemora o centenário de Miguel Arraes, misturando folguedos pernambucanos com a ginga da Swingueira da Vila, e designa um lema: “SILENCIAR JAMAIS” que no contexto do enredo significa: que não se curva, não para de lutar, de arrojar.

43 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel – Carnaval/2016

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Bateria

Diretor Geral de Bateria Wallan Conceição Amaral (Mestre Wallan) Outros Diretores de Bateria Rafael (Tamborim e Chocalho), Macaco Branco, Júnior Ratão, Mangueirinha e Alex Boca Azeda (Caixa, Repinique e Tarol), Paulo Henrique, Anderson Cirilo e Clebinho (Instrumentos Graves) Total de Componentes da Bateria 322 (trezentos e vinte e dois) ritmistas NÚMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS 1ª Marcação 2ª Marcação 3ª Marcação Rece-Reco Ganzá 12 12 22 01 0 Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique 90 60 36 03 36 Prato Agogô Cuíca Pandeiro Chocalho 01 0 24 01 24 Outras informações julgadas necessárias

Mestre Wallan: Iniciou como componente da bateria mirim da Vila Isabel, no fim dos anos 1980 (ainda não existia a “Herdeiros da Vila”). Em 1995, Wallan tornou-se ritmista da Unidos de Vila Isabel. Em 2007, tornou-se diretor de bateria, a convite de Mestre Mug, que então comandava a “Swingueira de Noel”. Dividiu, com o Mestre Paulinho, em 2012, a direção geral da bateria, assumindo o comando no ano seguinte. Em 2016, segue à frente da bateria, prometendo arrepiar a Passarela do Samba.

Presidente de Honra da Bateria: Mestre Mug

Padrinho da Bateria: Marcos Peçanha

Diretores Administrativos da Bateria: Thiago Gegê e Cléber Pastor.

44 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel – Carnaval/2016

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Harmonia

Diretor Geral de Harmonia Décio Bastos Outros Diretores de Harmonia Tio Júlio, Alair, Faquir, Magrão, Chicão, Mina, Joelma, Chico Branco, Gilberto, Sapatinho, Nascentes, Cosme, Guará e Ed da Vila Total de Componentes da Direção de Harmonia 40 (quarenta) componentes Puxador(es) do Samba-Enredo Intérprete Oficial: Igor Sorriso Auxiliares: Pablo, Davi, Digão, Pepê Niterói, Gera e Gustavinho Instrumentistas Acompanhantes do Samba-Enredo Cavaquinho: Douglas e Carlinhos Violão: Caio César Outras informações julgadas necessárias

Diretor Geral de Harmonia Décio Bastos participou por mais de vinte anos de comissões de frente de diversas agremiações.

Em 2005 fez parte do grupo de diretores de harmonia da . No ano seguinte, compôs a vitoriosa equipe de diretores de harmonia da Unidos de Vila Isabel. Para 2016, Décio Bastos e seus colaboradores terão missão de conduzir a Vila Isabel a um grande desfile.

Intérprete Oficial Vencedor do Estandarte de Ouro 2011, como revelação, entre outros prêmios, Igor Sorriso começou sua história na Mocidade Unida de Santa Marta, em 2004. Passou pela escola mirim Aprendizes do Salgueiro. Em 2009, teve uma passagem pela Vizinha Faladeira, como intérprete oficial. A partir de 2006, fez parte do time de cantores da São Clemente, onde se tornou em 2010, o intérprete oficial. Com sua simpatia característica, que o levou a ser conhecido com o codinome “Sorriso”, estreará em 2016, como a voz principal da nossa Unidos de Vila Isabel.

45 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel – Carnaval/2016

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Evolução

Diretor Geral de Evolução Décio Bastos Outros Diretores de Evolução Bolinha, Cátia, Suelen, Euza, Lenira, Bruno, João Jr., Edson Total de Componentes da Direção de Evolução 66 (sessenta e seis) componentes Principais Passistas Femininos Vanessa de Oliveira, Kelly Amaral, Ana Carolina, Michelinha, Nina Passos, Jandira, Mayara do Nascimento e Roberta Glória Principais Passistas Masculinos Luiz Manoel, Adilson, Hudson, Pedro Henrique, Valter Falcon e Clóvis Costa Outras informações julgadas necessárias

A Ala de Passistas do G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel é dirigida por Edson Santos Cunha e Claudinha Chocolatte.

46 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel – Carnaval/2016

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Informações Complementares

Presidente Luciano Ferreira Vice-Presidente Levi Junior Presidente de Honra Martinho da Vila Comissão de Carnaval Evandro Bocão, Décio Bastos, Leonel, Arnaldo Motta, Romário Matias e André Diniz Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos Ala das Crianças - - - Responsável pela Ala das Baianas Alair Farias Total de Componentes da Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem Ala das Baianas (Nome e Idade) (Nome e Idade) 80 Clementina Ricardo Geysa Pereira (oitenta) 80 anos 25 anos Responsável pela Velha-Guarda Aladyr Francisco Xavier Total de Componentes da Componente mais Idoso Componente mais Jovem Velha-Guarda (Nome e Idade) (Nome e Idade) 80 Elza Maria da Silva Marco Antônio da Silva (oitenta) 90 anos 54 anos Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.) Martinho da Vila, Sabrina Sato, Martinália, Arlindo Cruz, Luisa Arraes, Ágatha Moreira, Paulo Dalagnoli, entre outros. Outras informações julgadas necessárias

47 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel – Carnaval/2016

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Comissão de Frente

Responsável pela Comissão de Frente Jaime Arôxa Coreógrafo(a) e Diretor(a) Jaime Arôxa Total de Componentes da Componentes Femininos Componentes Masculinos Comissão de Frente 15 09 06 (quinze) (nove) (seis) Outras informações julgadas necessárias

DEFESA DA COMISSÃO DE FRENTE:

“Na Cartilha do Cordel, o Milagre da Vida no Sertão de meu Deus”

A apresentação é ritualística, poética e dinâmica, tem gestual teatral e movimentos de dança popular de Pernambuco. Trata-se de um cortejo fúnebre em algum lugar do sertão. Os figurinos e a cenografia remetem ao estilo Armorial e com uma licença poética. Poderia ser uma história de cordel.

A Comissão vem numa síntese da transição da tristeza e sofrimento da seca e evolui, assim como no enredo, para a redenção através da educação, da arte e da cultura.

Sempre que a morte se vai, a vida retoma seu rumo e se renova.

Direção e Coreografia: Jaime Arôxa Desenho de alegoria e figurino: Alex de Souza Confecção de figurinos: Fernando Magalhães Objeto de cena: Ricardo Denis

ELENCO: Luana Rocha Micha Nunes Bernardo Santos Paulo Cristo Marina Costa Semeda Rodrigues Renato Renan Damos Riscilla Mendes Lais Priscilla Simone Lyra Keise Castillos Tainá Carolayne Gel Lima Hayanne Silva Waldeck Farias Josuel Scmithids

ELEMENTO CENOGRÁFICO: Como apoio cenográfico a comissão de frente contará com um quadripé que tem a função de complementar o conceito coreográfico criado para tal.

48 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel – Carnaval/2016

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Comissão de Frente

Outras informações julgadas necessárias

HISTÓRICO DO COREÓGRAFO: JAIME ARÔXA Bailarino, dançarino, coreógrafo e professor. Nascido em Recife foi para o Rio de Janeiro onde descobriu a dança de salão. Em 1986, montou sua própria escola. Paralelamente coreografa peças, filmes, novelas, shows. Em 1989/1990 coreografou e dançou seu primeiro trabalho para a televisão na abertura da novela Kananga do Japão da extinta Rede Manchete, ganhando projeção nacional o que lhe proporcionou diversos outros trabalhos e convites para o teatro e a televisão. Estudou salsa em Cuba e Costa Rica, fazendo intercâmbio na Escola Nacional de Cuba. Viajou por diversos países da Europa estudando dança de competição, entre eles: França, Itália e Alemanha. Estuda tango há mais de dez anos na Argentina, fazendo de Buenos Aires sua segunda cidade. Introduziu a lambada no Rio de Janeiro em 1989. Estudou jazz com Enid Sauer e ballet clássico com Jean Marie. Teve vários conhecimentos desenvolvidos na área de contato e improviso.

Realizações:  I e II Encontro Internacional de Dança de Salão.  Cursos de Dança.  Televisão: novelas; programas (júri e entrevistas); comerciais; minisséries.  Cinema e Teatro: coreógrafo de filmes e peças.  Festivais de dança.  Congressos.  Palestras; workshops

Coreógrafo da Comissão de frente:  Unidos do Porto da Pedra  Unidos de Vila Isabel   Estação Primeira de Mangueira (Estandarte de Ouro)  Mocidade Independente de Padre Miguel  União da Ilha do Governador

Títulos e Prêmios:  Cidadão Carioca  Cidadão Paulistano  Notório Saber – Universidade Federal de Goiás  1° Prêmio Cultura da Dança de Salão – (2011) - RJ  Prêmio Incentivo à Cultura – (2005) - Niterói

49 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel – Carnaval/2016

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Mestre-Sala e Porta-Bandeira

1º Mestre-Sala Idade Phelipe Lemos 26 anos 1ª Porta-Bandeira Idade Dandara Ventapane 24 anos 2º Mestre-Sala Idade Jackson Senhorinho 30 anos 2ª Porta-Bandeira Idade Amanda Poblete 19 anos Outras informações julgadas necessárias

1º.Mestre-Sala da Unidos de Vila Isabel – Phelipe Lemos iniciou a trajetória na Acadêmicos do Cubango em 1998. Dez anos depois, venceu o concurso para 2º Mestre-Sala da Vila Isabel, em 2010 conquistou a vaga de 1º Mestre-Sala da Imperatriz Leopoldinense, onde recebeu dois prêmios consecutivos, em 2013 e 2014 do júri do Estandarte de Ouro de O Globo. Em 2016 Phelipe retorna à Vila Isabel, desta vez como 1o. Mestre-Sala, com a certeza que com sua reconhecida competência, brilhará mais uma vez na passarela.

1ª Porta-Bandeira da Unidos de Vila Isabel - Dandara Ventapane -Graduanda do Bacharelado em Dança pela UFRJ e professora de Dança de Salão na Vila Olímpica do Salgueiro. Como Porta- Bandeira, Dandara Ventapane estreou com o 3º pavilhão da Escola em 2013, sendo campeã daquele Carnaval pela Unidos de Vila Isabel. Em 2014 continuou como 3ª Porta-Bandeira na Vila Isabel e assumiu o 1º pavilhão da Acadêmicos da Rocinha no Acesso. Após uma viagem de três meses em turnê com o espetáculo-musical "Brasil Brasileiro" por Londres e Alemanha assumiu faltando um mês para o Carnaval 2015 o 1º pavilhão de sua Escola, onde continua para este Carnaval. Dandara foi passista da Vila Isabel em sete Carnavais; Comissão de Frente em 2009, ganhando as notas 10 e todos os prêmios do Carnaval. Desfilou em alas, carros alegóricos e outras Comissões de Frente de Escolas como Portela, Estácio e Paraíso do Tuiuti. Além do Carnaval mantém trabalhos como vocalista no show da tia Mart'nália e do avô Martinho da Vila. E como bailarina, participando de shows e espetáculos que tem o samba como princípio gerador de movimento.

50 Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

DEFESA DO 1º CASAL: Fantasia: “Paisagem Sertaneja” A fauna e a flora da caatinga representada pelo carcará e a vegetação nativa do sertão. O Mestre-sala faz o papel da emblemática ave de rapina, que com seu bailado, paira em torno da Porta-bandeira que representa a terra seca e sua natureza árida e resistente.

DEFESA DO 2º CASAL: Fantasia: “Fantoches” O casal representa os bonecos manipulados, conhecidos pelo nome de “mamulengos”, tão característicos da cultura pernambucana.

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G.R.E.S. ACADÊMICOS DO SALGUEIRO

Presidente REGINA CELI DOS SANTOS FERNANDES

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“A Ópera dos Malandros”

Carnavalescos RENATO LAGE E MÁRCIA LAGE 55

Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Enredo

Enredo A Ópera dos Malandros Carnavalesco Renato Lage e Márcio Lage Autor(es) do Enredo Diretoria Cultural do G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro Autor(es) da Sinopse do Enredo Diretoria Cultural do G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro Elaborador(es) do Roteiro do Desfile Diretoria de Carnaval, Diretoria de Harmonia e Diretoria Cultural do G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro. Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

01 A Porção CRISTINO, ND 2005 Todas Dionisíaca do Leandro Malandro Nascimento Carioca. II Congresso de Letras da UERJ.

02 No Fio da DEALTRY, Casa da Palavra 2009 Todas Navalha: visões da Giovanna malandragem na literatura e no samba.

03 O Brasil é um GOMES, Fábio Editora Câmara 2008 Todas Luxo: Trinta Brasileira do carnavais de Livro Joãosinho Trinta

04 Uma Breve GONÇALVES, Editora Clube 2011 Todas Viagem pela Robson dos Autores História da Ópera Barroca

05 Ópera do Malandro HOLLANDA, Editora Círculo 1978 Todas de do Livro

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FICHA TÉCNICA

Enredo

Enredo A Ópera dos Malandros Carnavalesco Renato Lage e Márcio Lage Autor(es) do Enredo Diretoria Cultural do G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro Autor(es) da Sinopse do Enredo Diretoria Cultural do G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro Elaborador(es) do Roteiro do Desfile Diretoria de Carnaval, Diretoria de Harmonia e Diretoria Cultural do G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro. Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

06 Malandro Divino: LIGIÉRO, Zeca Editora Nova Era 2004 Todas a vida e a lenda de Zé Pelintra, personagem mítico da Lapa Carioca

07 Dicionário da LOPES, Nei e Editora 2015 Todas História Social do SIMAS, Luiz Civilização Samba Antonio Brasileira

Acertei no Milhar: MATOS, Claudia Editora Paz e 1982 Todas malandragem e Terra samba no tempo de Getúlio

08 The Social Life of STOREY, John European 2001 Todas Opera Journal of Cultural Studies

09 Teoria Cultural e ND Edições SESC 2005 Todas Cultura Popular: uma Introdução

10 Veneno Remédio: WISNIK, José Editora 2008 Todas o futebol e o Brasil Miguel Companhia das Letras

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FICHA TÉCNICA

Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Carnavalescos e carnavalescas. São eles os responsáveis pela concepção, execução e desenvolvimento do enredo. São eles os responsáveis por dar o pontapé inicial naquele ritual que dura quase um ano inteiro e vai desembocar lindamente na avenida iluminada.

São eles que trabalham – sozinhos, em dupla ou em comissões - todo o aspecto visual da escola. Alguns contam com a ajuda de equipes numerosas; outros (espécie em extinção) ainda cumprem o passo a passo do ritual dos desfiles solitariamente.

Descrever a história, roteirizar, desenhar figurinos, criar cenários, fazer a produção, dirigir o show, ver o trabalho pronto na avenida e assistir à catarse coletiva de quatro mil componentes. Algo fascinante para esse verdadeiro artista da folia. Sem dúvida.

Após muitos carnavais, a função do carnavalesco cresceu em proporção direta ao processo de transformação de alguns aspectos dos desfiles das escolas de samba. Na corda bamba entre a consagração e o fracasso de uma escola, os carnavalescos se enveredam em bibliotecas, na internet ou situações do dia-a-dia na busca de ideias para seus desfiles. Cabe a eles encontrar soluções visuais que causem tamanho impacto para agradar componentes, jurados, comentaristas e público.

Berço das revoluções estéticas que mudaram para sempre o modo de fazer de carnaval, o Salgueiro se orgulha de ter dado início a essa profissão. Foi do visionário Nélson de Andrade, ex- presidente da escola, a ideia de convidar artistas plásticos - primeiro o casal Dirceu e Marie Louise Nery, em 1959, e, depois, Fernando Pamplona e Arlindo Rodrigues, em 1960 - para se aventurarem na doce delícia de fazer carnaval. Estes professores iniciaram outros carnavalescos – Joãosinho Trinta, Renato Lage, Rosa Magalhães, Maria Augusta Rodrigues e Max Lopes -, que beberam na fonte salgueirense para espalhar a luminosidade vermelha e branca por outras escolas e, eternamente, por outros carnavais.

Um dos artistas que nasceram em berço salgueirense é Renato Lage. Em 1977, quando já fazia trabalhos de cenografia para a televisão e para a decoração de carnaval da cidade, Renato foi convidado por Fernando Pamplona, carnavalesco do Salgueiro, para desenhar carros alegóricos e criar esculturas para a escola. Deixou o Salgueiro em 1979, quando foi para a e se sagrou campeão do 2° Grupo. De lá, partiu rumo a Madureira, onde criou enredos memoráveis para o Império Serrano. De volta ao Salgueiro em 1987, desenvolveu o abstrato “E por que não?”. Mesmo com o bom desfile, Lage deixou o Salgueiro e seguiu para a Caprichosos de Pilares. O grande artista já era reconhecido, mas sua estrela começou a brilhar com mais intensidade na Mocidade Independente de Padre Miguel, para onde foi em 1990. Lá ganhou seus primeiros títulos no Grupo Especial – 1990, 1991 e 1996 – e idealizou grandiosos e inesquecíveis desfiles. Após 13 carnavais na Mocidade, Lage retornou à sua primeira casa para desenvolver o desfile de 2003 em comemoração os 50 anos de fundação do Salgueiro. Desde então, a escola vem conquistando a admiração dos amantes do carnaval por apresentar belíssimos conjuntos de alegorias e fantasias, como em Candaces, O Rio no Cinema, Cordel Branco e Encarnado, Gaia e Tambor, carnaval campeão de 2009 e o quarto título de Lage no Grupo Especial.

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FICHA TÉCNICA

Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Márcia Lage - Ao lado de Renato, na produção do desfile do Salgueiro, está a companheira e esposa Márcia Lage. Seu primeiro contato com o carnaval foi na Escola de Belas Artes, quando foi aluna de grandes carnavalescos, como Fernando Pamplona, Maria Augusta, Marie Louise Nery e Rosa Magalhães. O aprendizado com mestres do carnaval lhe valeu um convite, em 1981, para trabalhar no Império Serrano, ao lado de Rosa Magalhães. Nos anos seguintes, Márcia continuava como assistente e chegou a fazer trabalhos no Salgueiro e na Tradição. Já como cenógrafa de televisão, conheceu Renato Lage, de quem se tornou assistente no show Golden Brasil e na Mocidade Independente de Padre Miguel. A cada ano, sua participação no carnaval e na elaboração do desfile da verde e branco se tornou mais ativa, até que em 2000, já casada com Lage, Márcia passou a assinar o carnaval da escola. Após 12 anos na Mocidade, Márcia chegou ao Salgueiro com a garra de uma novata para ajudar a desenvolver o carnaval do cinquentenário da escola. Ficou no Salgueiro até o carnaval de 2008, quando saiu para assinar o carnaval do Império Serrano, onde foi campeã no grupo de acesso A. Em 2011, Márcia retornou ao Salgueiro para cuidar, ao lado do marido, de todo o projeto de cenografia e de fantasias da escola.

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HISTÓRICO DO ENREDO

Eis... o Malandro “no palco” outra vez. Vem chegando assim de viés, sambando miudinho, dizendo no pé! Pisa suave, riscando no asfalto os passos de uma ópera bem carioca. Uma obra em seis atos, embalada por um samba em homenagem à nata da malandragem. Por isso, se segura, Malandro!! Vem aí...

SALGUEIRO 2016 A ÓPERA DOS MALANDROS

Malandro... É o tipo que entra faceiro na roda, abre o jogo e fecha com os seus. É o Rei da Ginga, Rei da Noite, o Barão da Ralé! Sagaz, invoca os personagens de um Rio lírico, nesta ópera tão pomposa que só um Malandro poderia sonhar. (Ou tão ordinária que qualquer plebeu poderia pagar).

Malandro... Vai flanando triunfal por entre deuses e meretrizes, rainhas e monarcas, delirantes fidalgos desta magnífica ópera das ruas. É aquele que faz das calçadas o palco das ilusões. Atento, não dorme no ponto, nem cochila na linha. E que só baixa a guarda quando o sol dá o ar de sua graça.

Malandro... É o mestre-sala das alcovas, o bailarino dos salões, o cavaleiro errante dos morros cariocas. Atua nas madrugadas, caminhando na ponta dos pés, como quem pisa nos corações. À luz do abajur, ama a todas que quiser. Das muchachas de Copacabana às mimosas da Praça Tiradentes.

Malandro... Dono de um jeito manso que é só seu de aparar os dilemas da vida no fio da navalha. É o sujeito cordial que desfila macio entre dados, cartas e roletas. É o rei de todos os naipes num carteado de damas, valetes e coringas. Aquele que, mesmo quando o jogo vira contra, nunca joga a toalha... Porque é o filho gerado no ventre da sorte, a imperatriz do mundo!

Malandro... É o pensador dos botequins, filósofo das mesas de bar! O dono de um mundo que aprendeu a domar. Poeta, comanda o cortejo na cadência bonita do samba vadio que o luar lhe emprestou.

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Malandro... Um homem de fé, que fecha o corpo e abre os caminhos ao próprio destino. Que não foge à luta e que pede a paz! Entidade saudada em mojibás, laroiês e saravás. É aquele que entra na gira pra fazer o mundo girar. Que guia a roda na palma da mão para sua gente ir adiante. É o dono da rua que vive na alma de cada carioca da gema, povo que “TRABALHA PACA”!! Que vai pro batente de todo dia chacoalhando guias e cordões no trem da Central.

Malandro... Astro maior desta ópera Que segue rumo ao ato derradeiro

E quando a luz se apagar... A orquestra silenciar... A poeira assentar no chão... A plateia, de pé, em delírio... Bate palma e pede bis! Pois a cada carnaval, ele renasce no coração de todo bamba. Afinal, Malandro que é Malandro nunca sai de cena... Vira samba!

Carnavalescos: Renato Lage e Márcia Lage Enredo: Diretoria Cultural G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro

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JUSTIFICATIVA DO ENREDO

“Laroyê, Mojubá, Axé / Salve o povo de fé / Me dê licença”

Sob a proteção dos exus, senhor que abre todos os caminhos, o povo de rua pede licença para apresentar o Malandro que existe em cada um de nós. O enredo começa ao cair da noite, quando as ruas da cidade se transformam em grandioso palco sob as estrelas, onde atuam os Malandros que habitam a alma de mendigos, meretrizes, travestis, enfim, todos os tenores, sopranos, contraltos e barítonos desse maravilhoso espetáculo noturno.

São personagens anônimos que encenam o roteiro do cotidiano, em meio a dramas e situações cômicas. Por isso, cada ato desta ópera apresenta aspectos da malandragem, com cenários e personagens que se agregam à narrativa para mostrar características e situações típicas do modo de vida da malandragem.

O enredo é costurado por citações à obra original de Chico Buarque de Hollanda, porém, trata-se de uma adaptação livre e carnavalizada da Ópera do Malandro. Nosso objetivo é apresentar a figura dos Malandros sob um ponto de vista romântico, com toques de bom humor, sem perder o lirismo, jamais! São os astros principais desta ópera popular, tal como fez Chico Buarque, inspirado na “Ópera dos Três Vinténs”, de Bertold Brecht e Kurt Weill, e “A Ópera dos Mendigos”, de John Gay. A ideia é trazer para a avenida um enredo musical, tendo como centro da cena esse personagem tão presente no cotidiano brasileiro, imerso em cenários e paisagens bem cariocas.

JUSTIFICATIVA

Eis... o Malandro na praça outra vez Caminhando na ponta dos pés Como quem pisa nos corações Que rolaram nos cabarés Entre deusas e bofetões Entre dados e coronéis Entre parangolés e patrões O Malandro anda assim de viés Deixa balançar a maré E a poeira assentar no chão Deixa a praça virar um salão Que o Malandro é o barão da ralé! (A Volta do Malandro – Chico Buarque de Hollanda)

Um enredo sobre os Malandros reverbera alto no corpo social e na alma mística de uma escola de samba. A identificação direta do sambista com o personagem foi fundamental para trazer para a avenida temas e situações relacionadas a essa figura tão presente no imaginário carioca e brasileiro. Por isso, o Salgueiro se lançou de corpo e espírito nessa história que nos 63 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016 leva a desfilar por aspectos sociais, culturais, históricos e religiosos dos Malandros, que guardam em si um pouco de cada um de nós. Um enredo que, embora prime pela simplicidade e pela linguagem direta, traz em si a complexidade de uma figura que reúne malícia e jogo de cintura diante das dores e delícias do dia a dia.

OS BARÕES DA RALÉ – O Malandro é o herói e o anti-herói brasileiro. Tem em si, ao mesmo tempo, o espírito romântico, estrategista, integrador, cordial e negociador. É carismático, amado, invejado, desejado, temido, perseguido e cultuado. É o sujeito que transita entre as altas castas da sociedade e as camadas mais populares, de onde emergiu para conquistar o seu lugar no mundo. Caminha com desenvoltura entre as classes sociais, no limite entre a polidez exigida pela ordem dos espaços da chamada burguesia com quem convive e a informalidade do povo marginalizado que representa. Mergulhado sem culpa na boemia, sempre às voltas com amores fugazes com mulheres para as quais não importa a “reputação”, “o Malandro traz consigo as marcas do desejo e do prazer, além de representar as pulsões sufocadas pelo homem civilizado, enfim liberadas nas aventurosas e lascivas noites urbanas” (CRISTINO, 2005).

De acordo com o Dicionário da História Social do Samba (LOPES & SIMAS, 2015), uma das hipóteses para a origem da palavra “Malandro” vem do termo malandrino, nome italiano que, entre diversos significados, serve para caracterizar um indivíduo astuto, matreiro e sagaz. Mas como esse tipo se agregou de forma tão definitiva ao tecido social brasileiro? “Segundo Câmara Cascudo, a origem do Malandro surgiu a partir dos filhos dos escravos urbanos alforriados, os quais rejeitando o trabalho formal, com horários rígidos e obrigações definidas, procuravam representar, finda a ordem escravista, o papel do dominador branco” (LOPES & SIMAS, 2015). E uma das estratégias para que esse fenômeno acontecesse de fato, foi investir na própria imagem, desvencilhando-se da figura do “pé-de-chinelo”.

DA GINGA E DO BICOLOR NO PÉ – Foi no cenário carioca, especialmente entre os anos de 1920 e 1930, que a caracterização do Malandro de chapéu de palheta, camisa listrada, calça branca e sapato bicolor ganhou as ruas e tornou-se uma espécie de traje típico do homem-sambista-carioca. “O Malandro, com sua indumentária e seus modos sempre característicos e caricaturais, não deixa de ser um oprimido que permanece fantasiado o ano inteiro” (MATOS, 1982). A “fantasia” do Malandro é, portanto, um meio de penetrar onde jamais poderia, não fosse o processo de negociação claramente expresso na própria forma de se apresentar. Não por acaso, tornou-se uma figura tão identificada com o sambista.

O Malandro é, entre outras diversas características, um sujeito galanteador ligado ao prazer, às coisas do mundo e à satisfação imediata. É oprimido por um sistema em que muitas vezes não se encaixa, mas no lugar da revolta, constrói um trajeto original para se afirmar. Afinal, ser Malandro é “viver cada momento intensamente, gozar das delícias do aqui e agora sem pensar nas consequências” (LIGIÉRO, 2004). É o bon vivant das madrugadas, o dono de um universo paralelo onde é rei e senhor. Um mundo noturno, assimétrico, confuso, desordenado, desvairado, desencaixado e, por isso mesmo, absolutamente irresistível.

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A ÓPERA E A RUA – Assim como o Malandro transita entre mundos socialmente distintos, o nosso enredo desfila entre a veia erudita da ópera clássica e os códigos populares das escolas de samba. A separação entre a alta e a baixa cultura cai por terra quando a cultura do cotidiano, do povo, dos conhecimentos cultivados nas ruas, mexe despudoradamente com os dogmas que insistem em separar aquilo que o saber popular teima em unir.

A palavra “ópera” surgiu na Itália, no século XVII, e é o plural de “opus”, ou “obra”, em português. As óperas são peças de teatro musical, “às quais se referia, com formulações universais, a dramma per música (drama musical) ou favola in música (fábula musical)” (GONÇALVES, 2011). As montagens das óperas, por sua vez, remetem às tragédias gregas e aos cantos carnavalescos italianos do Século XIV.

Ao traçarmos essa interseção entre a ópera e o carnaval, não há como deixar de lembrar de Joãosinho Trinta. Foi ele, artista maior do espetáculo visual das escolas de samba, revelado no carnaval pelas mãos de Fernando Pamplona, no Salgueiro, o primeiro a associar o desfile à ópera clássica. “O réssigeur é o carnavalesco. O maestro é o mestre de bateria. O enredo é o libreto. A bateria, a orquestra. Enquanto os passistas são o corpo de baile. As alas são o coro e os destaques são os personagens principais da ópera. Os carros alegóricos são a cenografia” (TRINTA apud GOMES, 2008).

É a partir desse cruzamento de linguagens artísticas a que o desfile das escolas de samba se permite, que nos inspire a encenar uma ópera popular dividida em seis atos, abordando aspectos da malandragem, tendo como ponto de partida o musical “Ópera do Malandro”, de Chico Buarque de Hollanda. Assim, procuramos trilhar essa tentadora possibilidade em nome da instigante opção de mostrar diversos aspectos da malandragem, nessa grandiosa ópera de rua chamada carnaval. Mas para mergulharmos nas referências ao musical, é bom entendermos o contexto de sua criação na cena teatral brasileira.

A ÓPERA DO MALANDRO – O ano de 1978 marca a estreia da “Ópera do Malandro”, de autoria de Chico Buarque de Hollanda. A ideia da montagem do espetáculo surgiu de uma conversa entre o autor e o cineasta moçambicano , que mais tarde adaptou a peça para as telas do cinema. A Ópera do Malandro é inspirada na “Ópera dos Três Vinténs”, de Bertold Brecht e Kurt Weill, que por sua vez foi adaptada da “Ópera dos Mendigos”, escrita por John Gay, em 1724. Trata-se de uma ópera em formato de pastiche – jogo de imitações com alusões históricas – sobre os grandes espetáculos operísticos da época, que cada vez mais atraía um público burguês ávido por novas formas de entretenimento em obras teatrais e musicais mais dinâmicas.

Foi nesse cenário, ainda no século XVIII, que o pastiche ganhou espaço no circuito das óperas, firmando-se como “uma prática comum em encenações” (STOREY, 2001). Daí surgiu o mote para a adaptação de espetáculos clássicos à realidade carioca, presentes no segundo ato da nossa “Ópera dos Malandros”, com personagens consagrados da ópera clássica incorporados pelo espírito malandreado da nossa gente.

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Mas voltando à montagem brasileira da Ópera do Malandro, a peça apresenta os amores, aventuras, tropeços e trapaças de Max Overseas, o herói que vive de golpes e conchavos com o chefe de polícia Chaves. Também fazem parte do musical personagens importantes, como as prostitutas do cabaré dos cafetões Duran e Vitória, pais de Terezinha, jovem que se envolve com o Malandro Max. Outra figura marcante no desenrolar da história é a travesti Geni, apaixonada por Max e que, malandramente, ocupa um lugar de destaque na trama.

A trilha musical da “Ópera dos Malandros” é uma das mais importantes da história do teatro brasileiro. Canções como “Folhetim”, “Terezinha”, “Geni e o Zepelim”, “O Meu Amor”, “Tango do Covil” e “A Volta do Malandro” ecoaram além das salas de espetáculo e viraram sucesso nas vozes de intérpretes consagrados da Música Popular Brasileira, como , Maria Bethânia, e o próprio Chico Buarque.

Vale a pena ressaltar que muitas dessas canções inspiraram fantasias e alegorias presentes no enredo. Entretanto, o desfile das escolas de samba, como uma procissão que mexe profundamente com a porção devota do sambista, também evoca o perfil espiritual da malandragem, fundamental para completar o quadro de aspectos desses místicos protagonistas das ruas.

LAROYÊ, MOJUBÁ, AXÉ! – A apoteose da nossa Ópera dos Malandros, isto é, nosso último ato, representa as crenças e a divinização dos Malandros, cultuados em terreiros espalhados pelo país. Entidades como Zé da Ginga, Zé Pelintra, Exu Giramundo, Pombas Giras e outras variações geralmente não costumam ser tão abordadas diretamente no carnaval por serem forças etéreas que trazem em si uma energia vital poderosa. Mas não fugimos a esse desafio que nos exigiu muita responsabilidade espiritual.

A saudação ao povo de rua presente nesse desfile não poderia prescindir da apresentação dessas entidades tão louvadas pelos sambistas, especialmente nestes tempos em que a liberdade religiosa é violada no Brasil em diversos episódios recentes de intolerância. Por isso, a Passarela do Samba é o palco maior do nosso canto de paz em respeito a todas as religiões.

Em nome de toda uma nação, o Salgueiro encerra sua ópera pedindo tolerância e respeito, declarando o samba como elemento agregador entre as diversas crenças que coexistem no nosso país. Afinal, o brasileiro carrega na pele e no sangue a marca da diversidade de povos que aqui se estabeleceram ao longo do tempo. Dessa mistura de saberes e credos, surgiu uma sociedade que, acima de tudo, acredita no futuro. A crença no intangível e a fé inabalável no amanhã conduzem nosso povo adiante.

Na luta de cada manhã, a luz do dia que surge após a infinita noite de ilusões, os personagens vestem a fantasia da realidade, tornam-se corpo e carne. Enquanto isso, a alma se guarda para outro momento em que a lua convocará seus reis e rainhas da noite para de novo brilharem num palco sob as estrelas.

Salve a Malandragem!! Laroyê!

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ROTEIRO DO DESFILE

1º SETOR – ABERTURA – A NATA DA MALANDRAGEM

Comissão de Frente PRELÚDIO – AO CAIR DA NOITE...

Guardiãs Guardiãs 1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira DAMAS DAMAS Sidclei Santos e Marcella Alves DA CORTE DA CORTE REI E RAINHA DA RALÉ DAS RUAS DAS RUAS

Alegoria 01 – Abre-Alas EIS O MALANDRO “NO PALCO” OUTRA VEZ...

Ala 01 – Velha-Guarda A NATA DA MALANDRAGEM

Ala 02 – Ala dos Negões (Comunidade) O BARÃO DA RALÉ

Ala 03 – Ala da Comunidade A ÓPERA DOS MENDIGOS (quatro figurinos)

Destaque de Chão Ludmilla Oliveira DIVA DAS RUAS

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Vinícius Pessanha e Jackelline Pessanha A NOBREZA DA PLEBE

Elemento Cenográfico (Tripé) NUM PALCO SOB AS ESTRELAS

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2º SETOR – A ÓPERA CARIOCA

Destaque de Chão Tia Glorinha FEITIÇO CIGANO

Ala 04 – Ala das Baianas ÓPERA CARMEN – A POMBA GIRA DE BIZET

Ala 05 – Ala Inflasal ÓPERA AÍDA – RADAMÉS E AÍDA DO S.A.A.R.A. (dois figurinos)

Ala 06 – Ala da Comunidade ÓPERA MADAME BUTTERFLY – BORBOLETEANDO COM MR. PINKETON NA PRAÇA MAUÁ (dois figurinos)

Ala 07 – Ala dos Estudantes ÓPERA NABUCCO – O REI DO MORRO DA BABILÔNIA

Destaque de Chão Fernanda Figueiredo FENEMA – A PRINCESA BABILÔNICA

Alegoria 02 OS JARDINS SUSPENSOS DO MORRO DA BABILÔNIA – ÓPERA NABUCCO

3º SETOR – ... PRA SE VIVER DO AMOR

Ala 08 – Comunidade O SAMBA DO COVIL – ESTRELANDO: FELIPE MORRIS, GENERAL ELÉTRICO, BIG BEN DA HORA E JOÃO WALKER (quatro figurinos)

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Rainha de Bateria Viviane Araújo MAX OVERSEAS

Ala 09 – Bateria GENI (Elemento Cenográfico – Zepelim)

Ala 10 – Ala de Passistas DANÇARINOS E VEDETES (dois figurinos)

Ala 11 – Ala das Mariposas (Comunidade) LAS MUCHACHAS DE COPACABANA

Ala 12 – Ala Narcisa À LUZ DO ABAJOUR

Destaques de Chão Edcléia Escafura e Milena Nogueira TEREZINHA E LÚCIA

Alegoria 03 PRA SE VIVER DO AMOR

4º SETOR – ENTRE DADOS, CARTAS E ROLETAS

Ala 13 – Ala Furacão O REI DO BARALHO

Ala 14 – Ala da Comunidade O CURINGA

Ala 15 – Ala Raça Salgueirense PULE DE DEZ

Ala 16 – Ala da Comunidade DADOS

Ala 17 – Ala Com Jeito Vai SINUCA DE BICO

69 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

Ala 18 – Ala da Comunidade RINHA DE GALO

Destaque de Chão Bianca Salgueiro QUEM DÁ AS CARTAS SOU EU

Alegoria 04 O FILHO DA SORTE

5º SETOR – FILOSOFIA DA MALANDRAGEM

Ala 19 – Ala Tati PRA TIRAR O BRASIL DESSA BADERNA, SÓ QUANDO O MORCEGO DOAR SANGUE...

Ala 20 – Ala da Comunidade URUBU MALANDRO

Ala 21 – Ala Show de Bola CAMARÃO QUE DORME A ONDA LEVA

Ala 22 – Ala da Comunidade MALANDRO É O CAVALO MARINHO QUE SE FINGE DE PEIXE PARA NÃO PUXAR CARROÇA

Ala 23 – Ala Zuk ACERTEI NO MILHAR

Ala 24 – Ala dos Compositores VENDENDO BARATO – SOGRA NO PARAGUAI

Destaque de Chão Mônica Nascimento DE BANDEJA

Alegoria 05 BAR, DOCE BAR 70 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

6º SETOR – APOTEOSE AO MALANDRO DE FÉ E DE PAZ

Ala 25 – Ala Fina Estampa COMIGO-NINGUÉM-PODE

Ala 26 – Ala do Lalá PATUÁ

Ala 27 – Ala Guerreiros do Salgueiro (Comunidade) SÃO JORGE

Destaque de Chão Carlinhos Salgueiro SENHOR DAS ENCRUZILHADAS

Ala 28 – Ala do Maculelê (Comunidade) EXU E POMBA GIRA

Ala 29 – Ala Pura Simpatia POVO CIGANO

Ala 30 – Ala daComunidade GLÓRIA AO REI DA GINGA

Ala 31 – Ala da Comunidade UM MENSAGEIRO DA PAZ

Destaque de Chão Mari Antunes AXÉ – ENERGIA VITAL

Alegoria 06 MEU SANTO É FORTE

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Renato Lage e Márcia Lage Nº Nome da Alegoria O que Representa

01 EIS O MALANDRO “NO Abrindo alas para a Ópera dos Malandros, a primeira PALCO” OUTRA VEZ... alegoria da escola é dividida em duas partes: a primeira traz, em primeiro plano, o chafariz da Praça Mahatma Ghandi, no Centro do Rio, em torno do qual o povo de rua atua no grandioso espetáculo do cotidiano. São personagens que incorporam o fiel espírito da malandragem na luta pela sobrevivência nas ruas, palco de grandes amores, conflitos, dramas e comédias do dia a dia, em uma cena que culmina com a coroação do Malandro, rei da corte imaginária das ruas cariocas. Toda a movimentação é observada pela Elite Carioca, espectadores na segunda parte da alegoria, que reproduz a escadaria do Theatro Municipal. É a plateia vibrante que, vestida em seus trajes de gala, acompanha o desenrolar de cada ato encenado nesta grandiosa ópera das ruas.

Destaque: Louise Duran – Noites Cariocas Personagens: O Povo da Rua – Malandros, Cavalheiros, Meretrizes, Travestis, Bêbados, Mendigos, Vendedores e Guardas. Composições Femininas (primeira parte): Água da Fonte Composições Femininas e Masculinas (segunda parte): Elite Carioca

* NUM PALCO SOB AS Sob a atmosfera romântica inspirada no Rio Antigo, o ESTRELAS Malandro castiga na ginga com a sua cabrocha, num (Elemento Cenográfico) pas-de-deux “sambadeado” e riscado à luz de postes, tendo o relógio da Glória como testemunha. É o Rei da Noite que se manifesta com toda a sua graça, em mais uma reprodução do cenário da ópera encenada nas ruas cariocas. Personagens: Malandro e Cabrocha (Ailton Graça e Cristiane Alves)

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Renato Lage e Márcia Lage Nº Nome da Alegoria O que Representa

02 OS JARDINS SUSPENSOS DO No segundo ato da ópera, o sonho de grandeza do MORRO DA BABILÔNIA – Malandro o leva a incorporar o Rei Nabuccodonosor, ÓPERA NABUCO personagem central da ópera Nabucco, de Giuseppe Verdi. É nessa atmosfera delirante que ele se vê cheio de ginga entre as ladeiras da sua Babilônia, o morro no Leme do qual é soberano. Entre ornatos e esculturas de inspiração babilônicas, surgem barracos erguidos em meio à vegetação que compõe um exótico e suspenso jardim tropical.

Destaque: João Hélder – Nabucco, o Senhor do Morro da Babilônia Semidestaque: Ana Beatriz – Princesa Amitis Composições Femininas: Bonde das Babilônicas Composições Masculinas: Assiriostentação

* Elemento Cenográfico Sobre a bateria salgueirense, desfila o Zepelim citado na ZEPELIM canção executada por Geni na Ópera do Malandro, de Chico Buarque de Hollanda. Representa o poder ditatorial e opressor de um implacável comandante, que surge no céu com seu veículo aéreo fascinante e amedrontador.

03 PRA SE VIVER DO AMOR Bem-vindos ao cabaré de Duran e Vitória, pais da personagem Terezinha, um dos amores do Malandro Max Overseas, personagem central da Ópera do Malandro, de Chico Buarque. Inspirada na canção “Viver do Amor”, do mesmo musical, a alegoria traz abajures e luzes como parte da decoração dos antigos cabarés da Lapa. Com predomínio de tons cor-de-rosa, o carro apresenta meretrizes, cafetinas e os tradicionais frequentadores do bordel. A intimidade das alcovas se mistura aos salões do cabaré no cenário deste terceiro ato da Ópera dos Malandros.

Destaque: Monique Lamarque – Se Acaso Me Quiseres Semidestaques: Desireé Soares e Delma Barbosa - Cocotes Composições Femininas: Mulheres que só dizem sim e Melindrosas Performance: Travestis – Show no Cabaré Personagens: Clientes do Cabaré

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Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Renato Lage e Márcia Lage Nº Nome da Alegoria O que Representa

04 O FILHO DA SORTE A alegoria referente ao quarto ato traz em um mesmo cenário diversos jogos que fazem os Malandros da ópera salgueirense arriscarem a sorte. Cavalos, roletas, bolas de bilhar, cartas, galos de briga, dados e fichas compõem os elementos desse excitante universo da jogatina. O limite entre a vitória e a ruína, a fortuna e o revés, é tênue, muitas vezes decidido pelos caprichos do destino.

Destaque: Maurício Pina – Jogatinando com a Sorte Composições Femininas: Coringatas Composições Masculinas: Crupilantras

05 BAR, DOCE BAR É nas mesas de bar que a malandragem passa a limpo os aspectos da vida cotidiana. Com bom humor e sagacidade, esses pensadores interpretam o dia a dia. Por isso, neste quinto ato, o Salgueiro apresenta e reverencia os filósofos do botequim, aqueles que, malandramente, traduzem em versos e melodias o pensamento sobre as dores e delícias do nosso mundo. Em primeiro plano, está uma representação

malandreada da escultura do Pensador, de Auguste Rodin, cercado por musas-mulatas esculpidas como nos traços inconfundíveis do cartunista Lan. Nesse descontraído Botequim da Academia, entre notas musicais, violas e goles de cerveja, nascem joias da música que nos fazem refletir sobre o país e a vida.

Destaque: Maria Helena Cadar – Néctar da Inspiração Semi-destaque: Aline Riscado – Samba 100% Verão Composições Femininas: Cerveja Preta e Cerveja Loura Personagens: Tenores e Filósofos de botequim

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Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Renato Lage e Márcia Lage Nº Nome da Alegoria O que Representa

06 MEU SANTO É FORTE! No ato derradeiro, o Malandro se torna uma divindade cultuada pelas religiões espíritas, especialmente a umbanda. A representação em escultura dessa entidade vem respeitosamente à frente da alegoria, em meio a um gongá erguido em seu louvor. Entre atabaques e velas, surge uma pomba da paz branca com a mensagem de paz e tolerância entre as religiões. É o gran finale da Ópera dos Malandros, que seguem seu caminho na luta de cada manhã por uma vida melhor.

Destaque: Ronaldo de Paz – Malandro de Fé Semidestaques: Luísa Duran e Denise Vilela – Devoção Personagem: Alda Anderson Alves – Zeladora de Santo Performance: Carlos Santos - Zé da Ginga (estátua viva) Composições: Ogãs e Filhas de Santo

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Alegorias

Nomes dos Principais Destaques Respectivas Profissões

Louise Duran – Alegoria 01 (Abre-Alas) Empresária

João Hélder – Alegoria 02 Cirurgião Plástico

Monique Lamarque – Alegoria 03 Atriz

Maurício Pina – Alegoria 04 Cabeleireiro

Maria Helena Cadar – Alegoria 05 Empresária

Ronaldo Barros – Alegoria 06 Colorista

Local do Barracão Rua Rivadávia Correa, 60, - Barracão 08 – Gamboa, Rio de Janeiro – RJ – CEP 20.220-290 Diretor Responsável pelo Barracão Alexandre Couto Leite Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe Sandro Maciel Edson de Lima Miguel (Futica) Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe Levi Moraes Gilberto Lima Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe Beto Kaiser Marcos Paulo do Nascimento Outros Profissionais e Respectivas Funções

Adalberto Ferreira (Salsicha), Luiz e Max - Aderecista de Alegorias

Alan Carvalho - Iluminação

Renato - Placas

Thomas e Diego - Fibras

Zeli - Movimentos

Jeferson (Jefinho) - Empastelação

Vitor - Vime

Batista - Talhas Hidráulicas

Alexandre Couto Leite - Almoxarife

Paulo Henrique Caetano - Comprador

Flavia Cirino - Assessora de Imprensa

Sidney e Henrique - Brigada de Incêndio

Marcos Amendola, André Anderson e Kléber - Portaria

Claudio, Wagner e André - Serviços Gerais

Aline Sundin - Secretária Administrativa

Angélica Cristina - Secretária Executiva

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Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Renato Lage e Márcia Lage D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Ano de Nº Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

01 A Nata da “Eu vou pra rua, que a lua me Velha Guarda Maria Aliano 1953 Malandragem chamou...”. A nata da (Caboclinho) malandragem do samba chega à rua e pede passagem para contar sua história na pista da Sapucaí. O Salgueiro abre a sua ópera com a tradição dos sambistas da Velha Guarda, que trazem na memória as lembranças de outros carnavais. É a nobreza do samba entrando no palco desse grandioso espetáculo de música, cenários e personagens tão cariocas.

02 O Barão da Ralé “Deixa balançar a maré / E a Ala dos Direção de 2010 poeira assentar no chão / Negões Harmonia e de Deixa a Praça virar um salão / Que o Malandro é o Barão (Comunidade) Carnaval da Ralé”. Inspirado nesses versos, desembarca na Sapucaí o Barão da Ralé, o nobre Malandro de uma corte imaginária cuja elegância e fino trato foram forjados na escola das ruas. É o cavaleiro errante das calçadas e cortiços, que se impõe como um fidalgo das esquinas, dos becos e das vielas. Para não ser confundido com um qualquer “pé-de-chinelo”, o Malandro investe na própria imagem. Chegou o tenor de uma ópera que, adaptando a famosa frase de Bertold Brecht na abertura da Ópera dos Três Vinténs, é tão “pomposa que só um Malandro poderia sonhar... ou tão ordinária que qualquer mendigo poderia pagar”.

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03 A Ópera dos Esta ala da comunidade Ala da Direção de 2003 Mendigos salgueirense surge entre Comunidade Harmonia e de farrapos para lembrar a Carnaval Ópera dos Mendigos (The Beggar’s Opera), idealizada e escrita pelo dramaturgo inglês John Gay e pelo músico Johann Cristoph Pepusch. Encenada pela primeira vez em 1724, a Ópera dos Mendigos obteve grande sucesso junto ao público, justamente por satirizar as pomposas óperas convencionais. As críticas às classes mais abastadas, ávidas consumidoras das óperas burguesas do século XVIII, inspirou o alemão Bertold Brecht a conceber, já na segunda metade dos anos 1920, “A Ópera dos Três Vinténs” (Die Dreigroschenoper, em alemão). A adaptação brasileira dos espetáculos de John Gay e Bertold Brecht surgiu em 1978, com a criação da “Ópera do Malandro”, de Chico Buarque de Hollanda.

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04 Ópera Carmen – Incorporando o espírito Ala das Maria da 1953 A Pomba Gira de das influências de óperas Baianas Glória Lopes Bizet clássicas na criação das de Carvalho óperas dos Mendigos, dos (Tia Glorinha) Três Vinténs e do Malandro, adaptamos personagens importantes da ópera mundial ao universo de personagens e tipos cariocas. Na nossa Ópera dos Malandros, a espanhola Carmen, de Georges Bizet, incorpora na avenida uma Pomba Gira que roda ao som da batucada salgueirense. Vestida em vermelho e preto, ela é responsável por feitiços de amor e seduz a todos com sua beleza e altivez, tal qual a exuberante Carmen, a linda cigana que usa trejeitos e olhares para conquistar o coração de todos. Como diz a letra de Habanera, a mais conhecida entre as canções de Carmen, “O amor é filho do boêmio / Ele não conhece lei alguma /(...) E se tu me amas, cuidado”. Por isso, se segura, Malandro, que as baianas cor de paixão vêm aí fazendo a gira girar!

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05 Ópera Aída – Na obra original, de Ala Inflasal Paulo Soares 1989 Radamés e Aída autoria de Giuseppe Verdi, da Silva do S.A.A.R.A. Aída é uma escrava etíope Carvalho que se entrega à paixão incontrolável pelo general egípcio Radamés. Já na ópera carioca, em tempos de crise, o casal se vê em pleno verão no S.A.A.R.A. (Sociedade dos Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega), entre badulaques e penduricalhos, ganhando a vida com o comércio de bugigangas a R$ 1,99. Malandramente, “importam” itens e especiarias num negócio da China... ou das Arábias!

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06 Ópera Madame A famosa ópera de Ala da Direção de 1953 Butterfly – Giacomo Puccini narra a Comunidade Harmonia e de Borboletando com história do tenente da Carnaval Mr. Pinketon na Marinha Benjamin Praça Mauá Franklin Pinkerton, que se apaixona perdidamente por uma exuberante gueixa de nome Cio-Cio- San, a bela Madame Butterfly (borboleta). No Rio de Janeiro, porém, a nossa Butterfly vivia a borboletear pelos lados da Praça Mauá. Até que em uma noite de verão, perdida entre uma esquina e outra da região, encontra o belo marinheiro Pinkerton, a quem jura amor eterno. Se na ópera original de Puccini a heroína morre no final do espetáculo, a nossa “borboleta” fisga o gringo com muita astúcia, amor, e, claro, um toque da mais pura malandragem carioca.

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07 Ópera Nabucco – Sonhar alto. Ser o maior, o Ala dos Joaquim Jaime 1960 O Rei do Morro melhor, o único. Eis o Estudantes Santos Fróes da Babilônia Malandro soberano de um Cruz reino incrustado em uma montanha à beira do mar, mais precisamente no Leme, bairro da Zona Sul onde fica o morro da Babilônia. Dos seus jardins suspensos, entre folhas de bananeiras, Nabucco comanda seu domínio tropical imaginário. Realiza o sonho de uma noite de carnaval ao ser o protagonista de um espetáculo tão grandioso quanto imaginou Giuseppe Verdi ao conceber a obra inspirada na heroica trajetória do rei Nabucodonosor da Babilônia. Na Sapucaí, Nabucco se transforma em um dos astros desta delirante ópera dos Malandros cariocas.

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08 O Samba do “Ai, quem me dera ser Ala da Direção de 1953 Covil – cantor, quem me dera ser Comunidade Harmonia e de Estrelando: tenor / Quem sabe ter a Carnaval Felipe Morris, voz, igual aos General Elétrico, rouxinóis”. Depois do Big Bem da Hora delírio dos Malandros e João Walker como personagens de óperas clássicas, chegou a hora de cair na real. A corriola entra na pista para entoar o “Samba do Covil”, paródia do “Tango do Covil”, canção em que os camaradas parceiros de Max Overseas, o protagonista da Ópera do Malandro, apresentam-se na montagem do espetáculo musical. Em quatro figurinos diferentes, mas juntos e misturados numa mesma ala, desfilam Felipe Morris (contrabandista de cigarros e charutos), General Elétrico (exímio negociante de tudo o que dá “choque”), Big Ben da Hora (o Malandro que não perde a hora e trabalha com relógios de marca duvidosa) e João Walker (o sagaz comerciante de whiskys made in Paraguai).

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09 Geni “De tudo que é nego torto / Bateria Marco 1953 Do mangue, do cais do porto Antônio Silva / Ela já foi namorada / O seu (Mestre corpo é dos errantes / Dos Marcão) cegos, dos retirantes / E de quem não tem mais nada”. Um dos personagens mais marcantes da trama da “Ópera do Malandro”, Geni é uma travesti que personifica a opressão contra os marginalizados. Com a capacidade de negociação e instinto de sobrevivência típicos da malandragem, defendeu a cidade do ataque de um Zepelim comandado por um forasteiro. “Foram tantos os pedidos, tão sinceros, tão sentidos”, que Geni se entregou ao invasor e devolveu a paz ao lugar. Mas depois que tudo voltou ao normal, foi novamente desprezada pela população. A personagem é uma metáfora contra o falso moralismo e a hipocrisia da sociedade. Na ópera salgueirense, a orquestra de som e ritmo se veste de Geni para valorizar uma das mais belas e conhecidas canções criadas por Chico Buarque. É a manifestação do espírito de luta contra o preconceito e discriminação incorporada pelos ritmistas da bateria “Furi-Rosa”. Taca fogo na avenida, Geni!

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10 Dançarinos e Enquanto nas alcovas o Ala de Carlos Borges 1953 Vedetes amor está no ar, nos salões Passistas (Carlinhos dos cabarés da Lapa e da Coreógrafo) Praça Tiradentes o público se diverte com os espetáculos das revistas, febre que atingiu o ápice no Rio de Janeiro entre os anos de 1930 e 1950. A mistura de música, teatro, dança e humor atraiu um público ávido pela sensualidade das vedetes e pelas belas coreografias executadas pelo corpo de baile. Para compor a cena e reviver os tempos áureos dos cabarés e do teatro de revista, entram em cena os passistas da Academia do Samba, que dizem no pé,

mantendo a tradição do samba malandreado, riscado no palco da Marquês de Sapucaí.

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11 Las Muchachas de “Mamãe, talvez eu lhe Ala das Direção de 1953 Copacabana mande umas ‘economia’ / Mariposas Harmonia e de lembrança da filha que (Comunidade) Carnaval vive aqui na capital / É uma estrela internacional”. Os versos da famosa canção “Las Muchachas de Copacabana” apresentam as garotas do cabaré de Vitória e Duran, donos do estabelecimento onde ‘atuam’ as meninas de vida nada fácil, grande parte vinda da região Nordeste em busca de melhores condições de sobrevivência na então capital federal. Com um visual exagerado e sensual, procuram atrair o público masculino que a cada noite buscam as “muchachas” para momentos de diversão e prazer.

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12 À Luz do Abajour “Pra se viver de amor / Ala Narcisa Luiz Fernando 1990 Há que esquecer o amor Martins Kaden (...) / Se precaver / que amar não é um vício / O amor é um nobre ofício / O amor é um bom negócio / À luz do abajur”. Sobre os criados mudos das alcovas da Lapa, damas da mais antiga profissão encenam seu “Folhetim”

de cada noite. São

mulheres “que só dizem sim” e exercem seu ofício iluminadas por um abajur. À meia luz, confessam amores fugazes aos seus companheiros. Mas na manhã seguinte, não contam até vinte... Afastam-se dos seus parceiros para que, ao cair da luz no fim do dia, o abajur volte a iluminar mais um novo e efêmero caso de amor.

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13 O Rei do Baralho “Ê filho da sorte eu sou / Ala Furacão Vilma 1997 Vento sopra a meu favor”. Martorelli de Depois de um setor Figueiredo dedicado à presença feminina na vida dos Malandros, começa mais um ato da nossa ópera, que traz a paixão pelo prazer de arriscar a sorte. No jogo de ronda, por exemplo, um dos preferidos da malandragem, o rei é a

carta mais valiosa. O bom e velho Malandro, sempre atento, é o soberano da jogatina. Nas mesas de carteado, ele reúne os parceiros, joga conversa fora, mas se mantém sempre atento na movimentação dos adversários. Há sempre uma carta na manga para virar o jogo a seu favor, pois a vida lhe ensinou a lidar com todas as possibilidades em busca da grande cartada.

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14 O Curinga Malandro que é Ala da Direção de 1953 Malandro não se Comunidade Harmonia e de embaralha nas Carnaval armadilhas da vida. Reaparece em diversas posições, tal qual um curinga num jogo de cartas. Em diversos jogos, muda de valores de acordo com a combinação que se tem nas mãos. O curinga é, portanto, malandramente maleável, o sujeito cordial que se adequa às mais diversas situações de acordo com a conveniência e a oportunidade. E quando o jogo vira contra, muda a estratégia e segue em frente. Afinal, é ele quem dá as cartas. Pode apostar!

89 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

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15 Pule de Dez Foi dada a largada! O Ala Raça Luís Rogério 1989 turfe é uma competição Salgueirense Cordeiro aristocrática, que cabe Moreira direitinho no sonho de todo apostador puro sangue. É hora de encarar o desafio e entrar no páreo para testar a emoção nas pistas de corrida. É barbada! O bom Malandro sabe que o cavalo preferido é sempre pule de dez, ou seja, o favorito da disputa. Mas atenção! Muitas fortunas já foram perdidas nas patas dos cavalos. Por isso, é bom não empacar na pista. Afinal, seja por vários corpos de distância, ou na adrenalina da definição por photochart (equipamento eletrônico que define o vencedor por meio de registro fotográfico), o importante é vencer.

90 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

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16 Dados Os dados rolam macio Ala da Direção de 1953 na pista de desfile com Comunidade Harmonia e de esta ala de comunidade, Carnaval numa alusão ao famoso cubo de seis faces que gera resultados aleatórios de acordo com a intensidade com que são jogados. O acaso e o infortúnio estão em jogo nesse passatempo em que o limite entre o azar e a sorte depende apenas de um pequeno gesto. E se a disputa parece perdida, não se engane: ainda estão rolando os dados e tudo pode acontecer. Afinal, o Malandro é filho da sorte e o vento sempre sopra a seu favor.

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17 Sinuca de Bico Adaptado da palavra Ala Com Jeito Tarcísio 1989 inglês snooker, a sinuca Vai Gonçalves dos é um jogo de mesa que Santos se tornou um dos símbolos da boemia. Com adeptos das mais altas castas da malandragem no país, diversas expressões utilizadas durante as partidas se inseriram no nosso cotidiano. Sinuca de bico, por exemplo, ao pé da letra significa uma fase do jogo em que a bola da vez está protegida pelas outras bolas, tornando-se impossível acertá-la. No jogo da vida, a sinuca de bico é uma expressão que define uma situação sem saída. Mas o Malandro de verdade sabe se livrar de apuros e consegue dar a volta por cima.

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18 Rinha de Galo Proibida no Brasil desde Ala da Direção de 1953 1998, a rinha de galo era Comunidade Harmonia e de uma competição muito Carnaval popular no meio da malandragem por testar a força e o vigor dos animais, que muitas vezes lutavam até a morte. Na fantasia, em posição de ataque, os galos, considerados ariscos, mostram na verdade que selvagem é quem se distrai com esse tipo de disputa. Trata-se de um registro histórico de uma competição polêmica, que, embora exista ainda hoje de forma clandestina em várias regiões do país, não tem mais razão de existir. Entretanto, as rinhas servem como uma espécie de metáfora da vida, onde cada galo luta com garra pela própria sobrevivência.

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19 Pra Tirar Meu Deixemos as mesas de jogo Ala Tati Janete Ribeiro 1997 Brasil Dessa de lado e vamos para as Baderna, só mesas de bar para perceber Quando o que nessas ilhas regadas a Morcego Doar cachaça, cerveja e petiscos, entre um gole e outro, a Sangue... vida é passada a limpo. E temas políticos, claro, não poderiam ficar de fora do repertório dos filósofos dos botequins. Muitas dessas reflexões viram poesia que ganham as ruas e caem na boca do povo. Foi assim que o Malandro sagaz Bezerra da Silva criou “Quando o Morcego Doar Sangue”, sobre a desesperança do brasileiro diante da situação do país. Com a palavra, o saudoso sambista: “Toda nossa esperança é somente lembrança do passado / A alta cúpula vive contagiada pelo micróbio da corrupção / O povo nunca tem razão, estando bem ou ruim o clima / Somente quem está por cima é a tal da dívida externa / E o Malandro que faz aquele empréstimo / E leva os vinte por cento dela / Para tirar meu Brasil dessa baderna / Só quando morcego doar sangue e saci cruzar as pernas”. Tem ou não tem razão?

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20 Urubu Malandro Com charme e Ala da Direção de 1953 malemolência a próxima Comunidade Harmonia e de ala do Salgueiro chega Carnaval para dar o seu recado. Não é à toa que muitas vezes o Brasil segue devagar, devagarinho, no passo do Urubu Malandro, famosa polca do início do Século 20. Primeiramente conhecida como canção folclórica na região norte do estado do Rio de Janeiro, transformou-se em uma das músicas mais executadas nas rodas de chorinho do país. A letra, posteriormente adaptada por João de Barro, o , nos anos 1940, satiriza costumes da época e continua atual. “Urubu veio de cima com fama de dançador / Urubu chegou na sala tirou dama e não dançou”. E em mais uma ala da comunidade salgueirense, como diz a letra da música, o “urubu chega de prosa e vem cair na batucada”.

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21 Camarão que “Não pense que meu Ala Show de Renato Duran 2001 Dorme a Onda coração é de papel / Não Bola Leva brinque com o meu interior / Camarão que dorme a onda leva / Hoje é dia da caça / Amanhã do caçador”. Foi com esses versos que Arlindo Cruz e explodiram na década de 1980 com um sucesso que até hoje, mais de trinta anos depois, é cantado nas rodas de samba. No melhor estilo partido alto, a obra caiu nas graças do povo, especialmente pela metáfora típica das composições do gênero: a observação das coisas que estão no mundo e que se aplicam ao cotidiano. Inclusive no amor, como é o caso desta canção. O recado é direto e o papo, reto: Malandro, é melhor não cochilar e cuidar bem do seu amor.

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22 Malandro é o Nos braços da boemia, o Ala da Direção de 1953 Cavalo Marinho Salgueiro se deixa levar Comunidade Harmonia e de Que se Finge de e traz para a avenida o Carnaval Peixe para Não bom humor presente nas Puxar a Carroça tiradas nascidas nas mesas dos bares país afora. Nem o tranquilo cavalo marinho escapou da gozação e vem para o desfile na maior elegância, fingindo-se de peixe para não puxar carroça, ou seja, escapulindo de mansinho do trabalho duro e

levando a vida do jeito que sempre quis: na maior maré mansa.

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Fantasias

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23 Acertei no Milhar Lançada em 1958, a Ala Zuk Roberto 1999 canção “Acertei no Vasconcellos Milhar” fez a alegria do Dias povo na voz de Moreira da Silva. O samba narra o bom e velho Kid Morengueira avisando para a patroa que a família mudou de situação após ganhar quinhentas milhas na conhecida aposta zoológica criada pelo esperto Barão de Drummond – o carioquíssimo jogo do bicho. Eis o sonho de levar uma vida de bacana após acertar no milhar: viagem pra Europa, filhos em colégio interno, aulas de francês... Enfim, o Malandro virou magnata! Mas como diz o sambista, desolado, no fim na última estrofe, “De repente, de “repenguente”, Etelvina me chamou / Está na hora do batente / Disse: Acorda, Vargulino / Mete os peitos pelos fundos / Que na frente tem gente / Foi um sonho, minha gente...”.

98 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

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24 Vendendo Barato “Tô vendendo barato / Ala dos Nilda 1953 – Sogra no Quem vai? / Tô levando Compositores Salgueiro Paraguai minha sogra / Pra vender Baptista no Paraguai”. Na Ferreira maciota, a ala dos compositores da Academia se veste de muambeiro para tentar passar adiante uma mercadoria bastante desvalorizada no mercado da malandragem: a sogra. É pegar ou largar! A promoção é aqui e agora

na avenida e é hora da Xepa! A ala, além de uma grande brincadeira feita para alfinetar as mães das mulheres do Malandro, é uma homenagem ao pensador e porta-voz da rapaziada, o gozador Carlos Roberto de Oliveira, o eterno Dicró.

99 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

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25 Comigo- Chegou a hora do ato Ala Fina Claudio 2007 Ninguém-Pode derradeiro da Ópera dos Estampa Azevedo Malandros. A apoteose ao Malandro de fé e de paz começa com um pedido de proteção espiritual, fechando o corpo para os maus agouros. A comigo- ninguém-pode, como o próprio nome sugere, é uma erva que afasta e quebra as energias negativas. E Malandro que é Malandro tem sempre na porta ou nos fundos do barraco um pé de comigo-ninguém- pode para fazer seus banhos e afastar os maus fluidos. No desfile, essa ala vem para purificar a avenida e abrir os caminhos para o grand finale.

100 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

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26 Patuá Depois das ervas, é a vez Ala do Lalá Jaime Srhur 1990 de garantir proteção com um amuleto trazido da África por seguidores dos cultos aos orixás. No Brasil, essa crença se misturou a outras, como o espiritismo, formando um grande mosaico de credos que é a umbanda. O Malandro de fé traz junto ao corpo um patuá, que concentra o axé dos seus guias espirituais contra todos males. Na ópera salgueirense, o patuá é consagrado como objeto de devoção e simboliza a fé ancestral que correu terras e continentes, e até hoje faz morada no coração do Malandro que batuca no compasso dos atabaques.

101 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

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27 São Jorge Venerado, cultuado, Ala Guerreiros Direção de 1953 respeitado, reverenciado e do Salgueiro Harmonia e de amado. O soldado Jorge, (Comunidade) Carnaval nascido na Capadócia (atual Turquia), foi inquirido pelo imperador Diocleciano sobre qual crença seguia. Jorge declarou-se cristão e a cada nova investida de Diocleciano, reafirmava sua fé. A história de Jorge se espalhou pela região e o soldado transformou-se em mártir entre os romanos, especialmente após a sua execução. Virou São Jorge na Igreja Católica, símbolo da luta contra os muitos dragões do dia a dia. A fé em São Jorge vai além do catolicismo e o Santo Guerreiro hoje é cultuado por fiéis das mais diversas religiões. No Brasil, foi sincretizado com Ogum, o orixá guerreiro. De armadura prateada e paramentos militares romanos, São Jorge é trazido para a avenida como um dos símbolos da devoção do Malandro. Afinal, “Quem me protege, não dorme / Meu santo é forte / É quem me guia”.

102 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

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28 Exu e Exu é o senhor da Ala do Direção de 1953 Pomba Gira transformação e o ser Maculelê Harmonia e de responsável pela (Comunidade) Carnaval comunicação entre orum (céu) e ayê (terra), o portador das mensagens dos deuses aos homens. As pombas giras são a manifestação feminina de Exu e se exibem com sensualidade e atitude. Juntos, comandam na avenida uma dança reverente a essas entidades tão presentes nos cultos de origem afro-brasileira, como o candomblé e a umbanda. São os senhores das ruas e sempre ajudam a abrir os caminhos nas encruzilhadas da vida. Por isso, os Malandros sempre os saúdam e a eles pedem proteção. Em vermelho e preto, representam o ego de cada ser, a porção humana das divindades, onde convivem eternas contradições. Saudados no samba-enredo, entre “larôs e saravás mojubás”, são elos entre o etéreo e o terreno, cuja magia se manifesta em movimentos dos corpos no terreiro sagrado da Sapucaí.

103 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

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29 Povo Cigano Chega à avenida o povo Ala Regina Celi 2008 cigano com seu Pura Simpatia dos Santos misticismo e sabedoria Fernandes ancestral para fazer parte da Apoteose ao Malandro de fé e de paz. São povos das ruas, andarilhos que se espalharam em cada palmo de chão, cujo espírito guerreiro ancestral é revivido em festejos e celebrações místicas. Sincretizados em religiões como a umbanda, os ciganos trabalham pela evolução espiritual dos seus seguidores, com um desenvolvido poder de vidência e adivinhação. Os Malandros procuram os ciganos para saber o futuro na vida, nos negócios, no amor e no jogo. São inspiradores para os Malandros, que assim como os ciganos, cultivam a autonomia e a independência. Como nos aponta um antigo ditado cigano, “o céu é meu teto; a terra é minha pátria; e a liberdade é a minha religião”.

104 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

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30 Glória ao Com devoção e respeito às Ala da Direção de 1953 Rei da Ginga entidades, saudando os Comunidade Harmonia e de guias que protegem a Carnaval malandragem, o Salgueiro traz para a avenida o Rei da Ginga, cultuado em terreiros do estado do Rio de Janeiro, especialmente na Baixada Fluminense. Trazido para a avenida de maneira carnavalizada, com elegância, respeito e altivez, é reverenciado pelos foliões da ala de comunidade. Toda honra e toda glória a Zé da Ginga, Malandro incorporado na vibração dos componentes salgueirenses.

31 Um Mensageiro O desfile do Salgueiro Ala da Direção de 1953 da Paz evoca os espíritos dos Comunidade Harmonia e de Malandros cultuados nos Carnaval muitos centros espalhados pelo país. São mensageiros da paz em nome da tolerância religiosa, pregando o respeito às diversas crenças e à liberdade dos cultos afro- brasileiros, os quais ultimamente têm sido alvo de perseguição no Brasil. São mensageiros da paz, que cantam em favor de todas as religiões, numa ligação cósmica entre o terreno e o divino. Salve a malandragem! Axé!

105 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

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Fantasias

Local do Atelier Rua Rivadávia Correa, 60 – Barracão 08 – Gamboa, Rio de Janeiro – RJ – CEP 20.220-290 Diretor Responsável pelo Atelier Paulo Henrique Caetano da Silva Dias e José Leandro Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe Arlete Miranda Paulo Henrique Caetano da Silva Dias e José Leandro Pinheiro Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe Paulo Henrique Caetano da Silva Dias, Daniel Washington dos Santos, Marta Cristina, Paulo Cesar, Andréia Marques, Claudio Azevedo, José Leandro e Gilmar. Outros Profissionais e Respectivas Funções

Ateliês: Roberto Benevides e Belizário Cunha (Chefes de Atelier)

Outras informações julgadas necessárias

A partir dos figurinos de fácil leitura e rápida identificação – e que traduzem fielmente a proposta da Ópera dos Malandros – criados pela dupla de carnavalescos Renato e Márcia Lage, o Salgueiro escolheu privilegiar o conforto ao desfilante, confeccionando fantasias leves, com especial destaque aos cortes e à costura dos trajes.

Em 2016 há, no desfile do Salgueiro, uma grande variação de trajes ligados à figura do Malandro, fruto de um trabalho de pesquisa sobre a caracterização típica do personagem central do enredo. Convém chamar a atenção para os calçados: mais da metade das alas utiliza sapatos bicolores, que proporcionam maior conforto ao componente e contribuem para uma caracterização ainda mais fiel à figura do Malandro.

Para este desfile, o Salgueiro doará cerca de 2.600 fantasias para as alas da escola - bateria, passistas, baianas, Velha Guarda, compositores -, Alas da Comunidade, Composições de Alegoria e casais de Mestre-Sala e Porta-Bandeira. Dessas, mais de 2.000 roupas foram confeccionadas no ateliê da própria escola, na Cidade do Samba, o que garante a qualidade na reprodução dos figurinos.

106 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

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Samba-Enredo

Autor(es) do Samba- Marcelo Motta, Fred Camacho, Guinga, Getúlio Coelho, Ricardo Enredo Fernandes e Francisco Aquino. Presidente da Ala dos Compositores Nilda Salgueiro Baptista Ferreira Total de Componentes da Compositor mais Idoso Compositor mais Jovem Ala dos Compositores (Nome e Idade) (Nome e Idade) 115 Djalma Sabiá Antonio Gonzaga (cento e quinze) 91 anos 21 anos Outras informações julgadas necessárias

Laroiê, Mojubá, axé! Salve o povo de fé, me dê licença! Eu vou pra rua que a lua me chamou Refletida em meu chapéu O Rei da noite eu sou Num palco sob as estrelas De linho branco vou me apresentar Malandro descendo a ladeira... Ê, Zé! Da ginga e do bicolor no pé “Pra se viver do amor” pelas calçadas Um mestre-sala das madrugadas

Ê, filho da sorte eu sou Vento sopra a meu favor Gira, sorte, gira, mundo, malandro deixa girar Quem dá as cartas sou eu, pode apostar!

O samba vadio, meu povo a cantar Dia a dia, bar em bar Eis minha filosofia Nos braços da boemia, me deixo levar... Eu vou por becos e vielas Chegou o barão das favelas Quem me protege não dorme Meu santo é forte, é quem me guia Na luta de cada manhã, um mensageiro da paz De larôs e saravás!

É que eu sou malandro, batuqueiro Cria lá do Morro do Salgueiro Se não acredita, vem no meu samba pra ver O couro vai comer!

107 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

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Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Ele desce a ladeira dos morros cariocas e, à luz da lua, vai para rua, cenário da carioquíssima Ópera dos Malandros que os Acadêmicos do Salgueiro riscam no asfalto.

Entidade saudada em Mojubás e Laroiês, é o próprio personagem que canta a sua gira e faz o mundo girar em torno de um inspirado samba-enredo em homenagem à nata da malandragem.

Por entre becos e vielas, incorporado como o verdadeiro Barão das favelas, a caminhada do Malandro no passo miudinho do samba é o espectro sobre o qual se projeta o samba-enredo do Salgueiro, uma síntese da filosofia da malandragem.

É o olhar do sambista que crê na sua força (“vem no meu samba pra ver”); é aquele que faz das calçadas o palco das ilusões, caminhando na ponta dos pés como quem pisa nos corações (“pra se viver de amor pelas calçadas/um mestre-sala das madrugadas”); é gerado no ventre da sorte (“vento sopra a meu favor”) e dá as cartas (“pode apostar!”) como quem domina o mundo que o cerca.

Na linguagem simples que retrata o cotidiano, emanada em discurso direto, a composição transita, com coesão, do tom descritivo ao subjetivo para sublinhar o sentimento do Malandro de se deixar levar por “braços da boemia”, pontuando a rica narrativa da rua segundo a percepção psicológica do homenageado, não como uma expressão ordenada da realidade exterior, mas à conotação da realidade frente ao sujeito no mundo de grande força poética.

A ideia musical que a obra exibe segue essa liberdade de composição, de grande força intuitiva, com rimas soltas nos versos, por vezes na ordem interna e predomínio do esquema A/B, A/B, embaladas por uma melodia que desce/fecha e sobe/abre o tonal para desenhar melodicamente do que fala o Malandro: da fé, do amor, de samba, da vida e da paz, que encerra a bela mensagem do enredo.

Na licença poética à sinopse, os compositores deram à luz o Malandro batuqueiro, ser que transita por diversos cenários – habitats naturais da malandragem - e iluminam as matrizes do enredo na cria do Morro do Salgueiro, que a cada carnaval renasce no coração dessa gente bamba, profundamente rendida ao significado do samba.

Saravá, nossa gente!

108 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

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Bateria

Diretor Geral de Bateria Mestre Marcão (Marco Antonio da Silva) Outros Diretores de Bateria André Luiz de Lima (Perereca), Bruno Monteiro (Marfim), Clair da Silva Basílio, Emilson Matos da Silva (Showa), Eduardo José (Dudu), Evandro de Souza (Vando), Guilherme dos Santos Oliveira, Gustavo dos Santos Oliveira, Kleber da Silva Basílio, Leonardo G. Araújo (Léo), Luciano Oliveira (Japa), Luiz Carlos Irineu (Orelha), Marcelo de Paula (Celão), Marcos Antonio da Silva Júnior (Markinhos Jr.) e Mariana Cristina Total de Componentes da Bateria 285 (duzentos e oitenta e cinco) componentes (15 diretores e 270 ritmistas) NÚMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS 1ª Marcação 2ª Marcação 3ª Marcação Rece-Reco Ganzá 12 12 14 0 0 Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique 81 40 36 0 30 Prato Agogô Cuíca Pandeiro Chocalho 05 0 20 0 20 Outras informações julgadas necessárias

A Bateria do Salgueiro – A Furiosa, como é conhecida a Bateria do Salgueiro, é uma das grandes orquestras do carnaval e uma das mais premiadas na história da folia carioca. É ela que acelera a batida dos corações e arrepia os salgueirenses a cada vez que se posiciona na avenida para abrir os caminhos do cortejo da Academia. Comandada em sua trajetória por grandes Mestres, como Dorinho, Tião da Alda, Bira, Branco Ernesto, Almir Guineto, Arengueiro, Mané Perigoso, Louro e Marcão, a Furiosa, recebeu incontáveis notas dez e diversas premiações, entre elas, nove Estandartes de Ouro, maior prêmio do carnaval carioca.

Mestre Marcão - Nascido e criado no morro do Salgueiro, Marco Antônio da Silva, o Mestre Marcão, é o comandante da Furiosa bateria Salgueiro. Marcão começou a tocar no bloco “Moleque É Tu”, que congregava as crianças do morro. Anos depois, passou a desfilar na bateria da escola mirim Alegria da Passarela (atual Aprendizes do Salgueiro). Cada vez mais íntimo da batida do samba, Marcão ingressou na bateria da vermelho e branca, tocando tarol, repique e surdo. Em 1999, Marcão foi convidado para ser um dos diretores da Furiosa e, cinco anos depois, assumiu o apito da bateria do Salgueiro. Sua missão é dar continuidade ao ritmo firme, que sempre caracterizou a agremiação, temperando a batida com o mais puro molho do samba do morro do Salgueiro. Em 2008, Marcão teve seu talento reconhecido pelos jurados, conquistando as quatro notas 10, e do Estandarte de Ouro. No comando de 270 ritmistas, Mestre Marcão conta com o auxílio de Apoio de Bateria, componentes da Velha Guarda da Bateria do Salgueiro, que o ajudarão na entrada e saída dos boxes e levarão peças (baquetas) sobressalentes, e com seus diretores - Clair, Celão, Dudu, Guilherme, Gustavo, Japa, Kleber, Léo, Marfim, Mariana, Markinhos Jr., Orelha, Perereca, Showa e Vando - para mostrar ao público o ritmo firme, temperado com o mais puro molho do samba do morro do Salgueiro.

109 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

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Bateria

Outras informações julgadas necessárias

Fantasia – Geni - “De tudo que é nego torto / Do mangue, do cais do porto / Ela já foi namorada / O seu corpo é dos errantes / Dos cegos, dos retirantes / E de quem não tem mais nada”. Um dos personagens mais marcantes da trama da “Ópera do Malandro”, Geni é uma travesti que personifica a opressão contra os marginalizados. Com a capacidade de negociação e instinto de sobrevivência típicos da malandragem, defendeu a cidade do ataque de um enorme Zepelim comandado por um asqueroso forasteiro. “Foram tantos os pedidos, tão sinceros, tão sentidos”, que Geni se entregou ao invasor e devolveu a paz ao lugar. Depois que tudo voltou ao normal, entretanto, foi novamente desprezada pela população da cidade. A personagem é uma metáfora contra o falso moralismo e a hipocrisia da sociedade. Na ópera salgueirense, a orquestra de som e ritmo se veste de Geni para valorizar uma das mais belas e conhecidas canções criadas por Chico Buarque. É a manifestação do espírito de luta contra o preconceito e discriminação incorporada pelos ritmistas da bateria “Furi-Rosa”. Taca fogo na avenida, Geni!

Rainha de Bateria – Viviane Araújo Verdadeiro fenômeno do carnaval, Viviane Araújo é uma das maiores rainhas da história das escolas de samba. Após sua estreia, em 1995, no Império da Tijuca, Viviane passou por Mocidade Independente, União de Jacarepaguá e pela paulistana Mancha Verde, até chegar ao Salgueiro, após o carnaval de 2007. Desde então reina absoluta à frente da bateria da escola. Referência quando o assunto é rainha ou madrinha de bateria, Viviane reúne todos os atributos necessários para o posto: é bonita, carismática, tem gingado de sobra e ainda desfila tocando tamborim. Predicados mais que suficientes para enfeitiçar e hipnotizar o público que vai ao delírio a cada passagem de Viviane pela avenida. Em 2016, Viviane completa o nono carnaval na escola e virá vestida como Max “Overseas”, personagem da Ópera do Malandro, típico malandro carioca que, na peça, tem uma apaixonada Geni como aliada. E como qualquer Malandro que se preze, entende de samba como nenhum outro!

110 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

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Harmonia

Diretor Geral de Harmonia Comissão, formada por Alda Anderson Alves, Jomar Casemiro (Jô) e Siromar de Carvalho da Silva (Siro de Carvalho) Outros Diretores de Harmonia Alexandre Couto Leite, Anderson Nobre, Antonio Freire (Da Bahia), Armando Lyra da Silva (Armandinho), Carlos Cezar Bonfim Campos, Cláudio Alves, Edilberto Rosa Moraes, Edson Alves dos Santos, Fagney L. da Silveira, Gilbier de Oliveira, Gilson Assis (Gaguinho), Gilson Orozimbo da Silva, Ivaldo de Jesus Caetano da Silva, Jairo Pereira da Silva, João Batista Costa (João do Bar), Joel Pereira da Silva, Joelmo Casemiro (Elmo), Jomilson Casemiro, Jorge da Conceição (Caduza), Jorge Dias (Seu Jorge), José Carlos F. Cardoso, Jose Luiz de Souza Costa (Costa), Jose Marinho de L. Neto (Marinho), Julio Marcos Schittini, Lourenço Lúcio Ananias de Souza, Luiz O. dos S. Silva (Luizinho), Marcelo Marques da Silva, Marcelo Oscar Nasseh, Nilo Sergio Coutinho, Nivaldo Ferreira, Odilon da Costa, Orlando Lyrio Eugenio (Limão), Paulo Cezar Evangelista Junior, Reginaldo Ferreira dos Santos (Naldo), Roberto Moreira Barcelos, Robson Santana, Roudney Adriano, Sérgio Silva da Costa e William Faria Ramos Total de Componentes da Direção de Harmonia 43 (quarenta e três) diretores (03 diretores gerais e 40 diretores de harmonia) Puxador(es) do Samba-Enredo Oficiais: Leonardo Bessa, Serginho do Porto e Xande de Pilares Auxiliares: Eduardo Dias, Tuninho Jr., Hugo Junior e Julia Alan Instrumentistas Acompanhantes do Samba-Enredo Cavaco – Diego Moura, Leo Antunes e Guto Violão de Seis Cordas – Rafael Violão de Sete Cordas – Nilson Outras informações julgadas necessárias

Harmonia – Para o carnaval de 2016, os três integrantes da Comissão de Harmonia do Salgueiro - Alda Anderson Alves, Jomar Casemiro (Jô) e Siromar de Carvalho (Siro de Carvalho) - prepararam os componentes do Salgueiro em diversos ensaios e reuniões realizados na quadra da escola, na Marquês de Sapucaí e na Cidade do Samba a partir da última semana de setembro de 2015. Mais do que a simples presença do componente, o objetivo dos diretores responsáveis pela Harmonia do Salgueiro (e dos 40 integrantes da Harmonia de Ala) foi ajustar o entrosamento e o canto dos componentes – incluindo as Alas de Comunidade, o grupo de 270 Composições de alegoria, Destaques, Semi-destaques e Destaques de Chão – com o ritmo do samba-enredo da escola. Com o objetivo de fazer com que cada componente compreendesse seu papel no desfile, a Direção de Harmonia fez diversas reuniões com todos os componentes para apresentar a fantasia com que cada componente se apresentará na Marquês de Sapucaí, e para dar conhecimento do enredo, da letra do samba-enredo e do roteiro de desfile da escola. Em 24 de janeiro, a escola também realizou um ensaio técnico oficial na Avenida Marquês de Sapucaí, que serviu para simular as apresentações de Comissão de Frente, Mestre-Sala e Porta- Bandeira e Bateria para cabine de julgadores, e entrada e saída da bateria dos boxes.

111 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

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Evolução

Diretor Geral de Evolução Comissão, formada por Alda Anderson Alves, Jomar Casemiro (Jô) e Siromar de Carvalho da Silva (Siro de Carvalho) Outros Diretores de Evolução Alexandre Couto Leite, Anderson Nobre, Antonio Freire (Da Bahia), Armando Lyra da Silva (Armandinho), Carlos Cezar Bonfim Campos, Cláudio Alves, Edilberto Rosa Moraes, Edson Alves dos Santos, Fagney L. da Silveira, Gilbier de Oliveira, Gilson Assis (Gaguinho), Gilson Orozimbo da Silva, Ivaldo de Jesus Caetano da Silva, Jairo Pereira da Silva, João Batista Costa (João do Bar), Joel Pereira da Silva, Joelmo Casemiro (Elmo), Jomilson Casemiro, Jorge da Conceição (Caduza), Jorge Dias (Seu Jorge), José Carlos F. Cardoso, Jose Luiz de Souza Costa (Costa), Jose Marinho de L. Neto (Marinho), Julio Marcos Schittini, Lourenço Lúcio Ananias de Souza, Luiz O. dos S. Silva (Luizinho), Marcelo Marques da Silva, Marcelo Oscar Nasseh, Nilo Sergio Coutinho, Nivaldo Ferreira, Odilon da Costa, Orlando Lyrio Eugenio (Limão), Paulo Cezar Evangelista Junior, Reginaldo Ferreira dos Santos (Naldo), Roberto Moreira Barcelos, Robson Santana, Roudney Adriano, Sérgio Silva da Costa e William Faria Ramos Total de Componentes da Direção de Evolução 43 (quarenta e três) diretores (03 diretores gerais e 40 diretores de harmonia) Principais Passistas Femininos Ana Carolina do Nascimento Gonçalves, Ana Flavia Barcelos, Andressa Regina da Silva Marinho, Carolane Silva de Santana, Caroline Henae dos S. Conceição, Cecília da Costa, Diene Rodrigues da Conceição Pedro, Egili A. de Oliveira Conceição, Eloah da Conceição Rosa, Escarlet da Conceição, Evelyn Pereira Meirelles, Fernanda Rodrigues Florentino, Gabriella da Silva Pereira, Gislaine Raissa O. da Silva, Heloise Heleine da Silva Ferreira, Ingrid da Silva Machado, Isabela Cristina da Costa dos Santos, Isabela Ramos de Oliveira, Isabelly de Sá Teixeira, Jéssica Alves Pereira, Jéssica Azevedo dosSantos, Joyce Castelo Garcia, Joyce Elias Osorio dos Santos, Kellyn Yasmim da Rosa Tavares, Larissa Lorraine Reis, Luana Estrela Seixas Oliveira, Maria Eduarda Duarte da Silva, Mariana Ribeiro de Oliveira, Mariane Villela Marinho, Maryane R. Malaquias, Maryanne Hipólito da Costa, Mayara de Lima Barros, Mayara Medeiros de Andrade Severo, Megumi Kudo, Michelle Alves Nunes, Rafaela da Silva Dias, Raiane Menezes de Souza, Raisa Medeiros de Oliveira, Rebeca Alves Louriçal, Rhuanda Monteiro Risso, Sabrina Bárbara de Souza, Stephanie de Oliveira Timóteo, Suellen da Silva de Oliveira, Tainá da conceição Patrocínio, Tais Luiza Moreira Bezerra, Tais Santos de Oliveira, Thais de Moura Emidio da Silva, Thamara Regina Oliveira de Almeida, Vanessa Passos do N. Madeir e Wanessa Matheus da Silva Principais Passistas Masculinos Alex dos Santos, Alexandre Pereira dos Santos, Amauri Leonardo dos Santos, Bruno Silva Saldanha Dias, Carlos Alberto José Annes, Carlos Alberto Pereira Alves, Emerson Faustino N. Dos Santos, Gabriel Gomes da Silva, Henrique D. Geronimo Lameiras, Jonathan Santos, Lucas José dos Santos Fernandes de Souza, Marcio Elias Osório dos Santos, Marcos Correa Castanheira, Paulo Roberto de Sousa Filho e Thiago Reis Cavalcante.

112 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

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Evolução

Outras informações julgadas necessárias

O quesito Evolução foi alvo de bastante atenção para as diretorias de Harmonia e de Carnaval do Salgueiro durante os preparativos para o desfile de 2016.

Nos ensaios técnicos, que aconteceram na quadra da escola, em ruas próximas à quadra e na Avenida Marquês de Sapucaí, a ênfase do trabalho foi resgatar a espontaneidade de cada componente, deixando-os livres para “brincar” o carnaval. A vibração, a empolgação, os movimentos em conjunto e a dança dos integrantes da escola, sempre de acordo com o ritmo do samba e a cadência da bateria, também foram alvos de ensaios para os integrantes da escola.

O objetivo da direção do Salgueiro para o carnaval de 2016 é fazer com que os componentes, auxiliados por fantasias mais leves, resgatem a alegria dos antigos desfiles das escolas de samba e desfilem “soltos”, sem coreografias ou amarras que prejudiquem sua espontaneidade.

Apenas a Ala 28, a já tradicional Ala do Maculelê (referência à fantasia utilizada no carnaval de 2009), com a fantasia Exu e Pomba Gira, apresentar-se-á coreografada. Sob o comando de Carlinhos Coreógrafo, a ala teve atenção especial e redobrada durante os ensaios para o carnaval 2016.

O termo Passista surgiu com Paula do Salgueiro. Foi por causa de seus passos miudinhos que aqueles que "diziam no pé" passaram a ser chamados de passistas. Além de Paula, a primeira de todos, Narcisa, Roxinha, Vitamina, Damásio, Gargalhada, Flávia, Carlinhos e tantos outros passistas da Academia do Samba brilharam na avenida, mobilizando o público com seus passos durante os desfiles do Salgueiro e mostrando toda a ginga dos passistas da Academia do Samba.

A Ala de Passistas - Vencedora do Estandarte de Ouro em sete oportunidades e detentora de diversos prêmios no carnaval, a Ala de Passistas do Salgueiro é coordenada por Carlos Borges, o Carlinhos Coreógrafo, detentor de alguns prêmios de melhor passista no carnaval carioca. Em 2016, a Ala de Passistas do Salgueiro se apresenta com a fantasia Dançarinos e Vedetes.

Fantasia – Dançarinos e Vedetes – Enquanto nas alcovas o amor está no ar, nos salões dos cabarés da Lapa e da Praça Tiradentes o público se diverte com os espetáculos das revistas, febre que atingiu o ápice no Rio de Janeiro entre os anos de 1930 e 1950, embora tivessem surgido bem antes, ainda no Século 19. A mistura de música, teatro, dança e humor atraiu um público ávido pela sensualidade das vedetes e pelas belas coreografias executadas pelo corpo de baile. Como números que faziam críticas aos costumes, eram comuns a utilização da paródia, tal como a “Ópera do Malandro” executa em diversos momentos em relação às óperas clássicas. Para compor a cena e reviver os tempos áureos do teatro de revista, entram em cena os passistas da Academia do Samba, que dizem no pé, mantendo a tradição do samba malandreado, riscado no palco da Marquês de Sapucaí.

113 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Informações Complementares

Vice-Presidente de Carnaval Regina Celi dos Santos Fernandes Diretor Geral de Carnaval Luiz Eduardo Lima Azevedo (Dudu Azevedo) Outros Diretores de Carnaval Departamento de Carnaval: Leandro Lima, Russo, Odilon, José Luiz Azevedo, Rodrigo, Wellington Pará, Cristiano Crema, José Carlos, Paulo Santos, Amauri Martins, Careca, Priscila, Luis Claudio, Fábio, Marcelo Barbosa, Elaine, Gilliard, Luiz Baleia, Reynaldo, Jeferson Carlos e Lima. Responsável pela Ala das Crianças - Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos Ala das Crianças - - - Responsável pela Ala das Baianas Maria da Glória Lopes de Carvalho (Tia Glorinha) Total de Componentes da Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem Ala das Baianas (Nome e Idade) (Nome e Idade) 100 Marilda Gomes Lourenço Elizabeth Moreno (cem) 83 anos 27 anos Responsável pela Velha-Guarda Maria Aliano (Caboclinha) Total de Componentes da Componente mais Idoso Componente mais Jovem Velha-Guarda (Nome e Idade) (Nome e Idade) 100 Jacaré Maria Helena (cem) 88 anos 56 anos Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.) Galvão Bueno (locutor esportivo e apresentador), Ailton Graça (ator), Ludmila (cantora), Mari Antunes (cantora) e Aline Riscado (bailarina e modelo) Outras informações julgadas necessárias

Diretor de Carnaval – Luiz Eduardo Lima Azevedo, ou simplesmente, Dudu Azevedo.

Desde muito cedo, aos 10 anos, por influencia familiar já frequentava com os Limas os ensaios dos blocos Canários das Laranjeiras e Mocidade dos Guararapes, este no Cosme Velho. Após os 12 anos, pelas mãos do pai - o Azevedo, conviveu com os principais eventos ligados ao samba, como o Banho de Mar à fantasia, o Terreirão do Samba e a "antiga" Marquês de Sapucaí. Conheceu Reynaldo “Bola” de Carvalho - Rei Momo, assistiu as conversas de seu pai com Xangô da Mangueira, Candonga, Valdomiro “Candomblé”, Tijolo da Portela, "seu" Waldir 59 e tantos outros bambas.

114 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Informações Complementares

Outras informações julgadas necessárias

Se até ali sua participação era apenas diversão, daí em diante começariam a surgir oportunidades que exigiriam aprendizado, dedicação e responsabilidade. Foi assim em 1995, quando precisou aprender percussão, tocando caixa, na sua primeira ida ao Japão como integrante do Grupo Rio Samba Show. Daí em diante foram vários os eventos representando o Rio de Janeiro em outras cidades e internacionalmente representando o Brasil. O gosto pelo samba/carnaval levou-o a rápida passagem pelo e logo após o desafio de dirigir o Departamento de Harmonia do Acadêmicos do Grande Rio. Para o Carnaval de 2012 a grande mudança, o convite da Presidente Regina Celi para que integrasse a Comissão de Carnaval do Salgueiro. Era o início de uma nova e bem sucedida etapa. O trabalho bem desenvolvido até 2013 fez com que a Presidente o elevasse ao cargo de Diretor Geral de Carnaval, já em 2014. O sonho que virou realidade para este Salgueirense fez com que a cada ano aprimorasse mais o desenvolvimento do Carnaval da Escola, com a perfeita integração entre os seus segmentos, principalmente com o carnavalesco Renato Lage, "o grande Mago". Esperamos o trabalho de um ano ser traduzido em resultado, que 2016 seja o ano da realização. Viva o Salgueiro Campeão!

115 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

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Comissão de Frente

Responsável pela Comissão de Frente Hélio Bejani Coreógrafo(a) e Diretor(a) Hélio Bejani Total de Componentes da Componentes Femininos Componentes Masculinos Comissão de Frente 15 03 12 (quinze) (três) (doze) Outras informações julgadas necessárias

O Coreógrafo – A estreia de Hélio Bejani no carnaval foi como componente da comissão de frente da União da Ilha em 1991. Em 2004, fez o trabalho coreográfico do 1º Casal de Mestre-Sala e Porta- Bandeira da Mangueira. Em 2006 e 2007, foi assistente da bailarina e coreógrafa Ana Botafogo nas comissões de frente da Mocidade Independente e Vila Isabel, respectivamente.

No ano seguinte, o ex-primeiro bailarino do Theatro Municipal do Rio de Janeiro foi convidado pelo Salgueiro para assumir o comando da comissão de frente da escola. Com um trabalho baseado na união entre a dança e o teatro, Bejani já apresentou algumas das melhores e mais criativas comissões de frente do carnaval. Ele e sua equipe – formada por Elizabeth Tinoco, Adriana Salomão, Alex Rangel, Marcelo Ferreira e Marcus Spagolla – receberam diversas notas máximas e vários prêmios por seu trabalho na avenida, entre eles, o cobiçado Estandarte de Ouro de melhor Comissão de Frente no carnaval de 2013.

A Fantasia – Prelúdio – Ao Cair da Noite... A Comissão de Frente do Salgueiro representa o ato preliminar da nossa Ópera. Malandros e Rainhas da Noite invadem a Passarela do Samba em um delirante cortejo operístico, num bailado cheio de ginga, no compasso sedutor das paixões efêmeras. Exibem-se com intensidade e vigor, comandados por uma energia mística transformadora que surge como um vento vermelho que os envolve e conduz madrugada afora. Esse ser misterioso, e ao mesmo tempo fascinante, é a força que abre os caminhos para o povo de rua atuar no palco noturno da avenida, onde é encenada esta Ópera majestosamente popular.

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Mestre-Sala e Porta-Bandeira

1º Mestre-Sala Idade Sidclei Santos 39 anos 1ª Porta-Bandeira Idade Marcella Alves 31 anos 2º Mestre-Sala Idade Vinícius Pessanha 25 anos 2ª Porta-Bandeira Idade Jackelline Pessanha 26 anos Outras informações julgadas necessárias

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Sidclei Santos – 1º Mestre-Sala: Sidclei começou no carnaval aos sete anos, como Mestre-Sala do bloco “Vai Quem Quer”, do Estácio. Ainda criança, participou da escola mirim Corações Unidos do Ciep e, em 1991, ingressou na escola de samba Império da Tijuca. Após um intervalo de dedicação à carreira militar, Sidclei voltou ao carnaval em 1994, nos Acadêmicos do Salgueiro, como segundo Mestre-Sala e, três anos depois, conquistou o posto de principal Mestre-Sala da escola. Em 1998, a consagração maior: a conquista do Estandarte de Ouro de melhor Mestre-Sala do carnaval carioca. Para encarar novos desafios, Sidclei deixou o Salgueiro e desfilou na São Clemente e, no ano seguinte, nos Acadêmicos da Grande Rio. Em 2011, Sidclei retornou ao Salgueiro e no próximo carnaval completará seu sexto carnaval como primeiro Mestre-Sala da Academia.

Marcella Alves – 1ª Porta-Bandeira: Bailarina, formada em Educação Física, Marcella Alves está no carnaval desde 1993, quando estreou na avenida, aos nove anos de idade, como segunda Porta-Bandeira da Lins Imperial. Três anos depois, mesmo com a pouca idade, já assumia, o posto de primeira Porta-Bandeira da escola, ainda nos grupos de acesso. Em 1998, desfilou pela primeira vez no Grupo Especial, defendendo o pavilhão da Caprichosos de Pilares. Seu talento começou a chamar atenção das grandes escolas e, em 2000, aos 17 anos, assumiu o posto de primeira Porta-Bandeira do Salgueiro, quando ganhou seu primeiro Estandarte de Ouro. Após o carnaval de 2005, deixou a escola e foi convidada pela Mocidade Independente de Padre Miguel. Ainda defendeu a bandeira da Mangueira por quatro carnavais, onde recebeu mais um Estandarte de Ouro. Retornou ao Salgueiro para o carnaval de 2014. Em 2016, Marcella Alves conduzirá, mais uma vez, com todo seu brilho, o pavilhão salgueirense na avenida.

A Fantasia – Rei e Rainha da Ralé Soberanos do povo de rua, a realeza da ralé estende a bandeira vermelha e branca para abrir os caminhos aos personagens desta magnífica ópera, protegidos por Exu, o deus do povo de rua. Em um dueto executado na forma da mais nobre dança das escolas de samba, o casal de monarcas reina sobre a plebe carnavalesca. E assim exibem-se entre mesuras e meneios com uma fantasia que remonta ao luxo das cortes tradicionais. Confeccionada com penas de ema torcidas – material bastante utilizado pelos antigos pelos Destaques das escolas de samba e casais de mestre-sala e porta-bandeira nos anos 80 e 90 -, a fantasia traz detalhes alusivos a trapos, farrapos e à turbidez presentes nos figurinos daqueles que encenam a sublime ópera das ruas.

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Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

Guardiãs do 1º Casal A Fantasia – D amas da Corte das Ruas Damas acompanham o Rei e a Rainha da Ralé em seu cortejo soberano pelas ruas da cidade.

118 Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Vinícius Pessanha - 2º Mestre-Sala Jackellyne Pessanha - 2ª Porta-Bandeira Jackellyne e Vinicius são irmãos, nascidos e criados no bairro da Tijuca e dançam juntos há 17 anos. Crias dos Aprendizes do Salgueiro, onde deram os primeiros passos no carnaval carioca. Iniciaram suas carreiras de Mestre-Sala e Porta-Bandeira no projeto Manoel Dionísio. A primeira agremiação na qual ocuparam o cargo de Mestre-Sala e Porta-Bandeira, como 3º casal, foi o Império da Tijuca. Em seguida, voltaram para os Aprendizes do Salgueiro como 1º casal. Passaram por escolas como Caprichosos de Pilares, Império da Praça Seca. Estrearam no Grupo Especial na Unidos da Tijuca, como 2º casal. Em 2014, foram convidados para ser o 1º casal do Paraíso do Tuiuti onde defenderão o pavilhão pelo terceiro ano consecutivo. O casal passou pelas três escolas do bairro da Tijuca. No final de 2015, o casal de irmãos desligou-se da Unidos da Tijuca para se dedicar exclusivamente ao Paraíso do Tuiuti. Porém, ao receber o convite dos Acadêmicos do Salgueiro para retornar à sua escola de origem, Jackellyne e Vinicius defenderão o pavilhão da escola no carnaval 2016.

A Fantasia – A Nobreza da Plebe Desfilando toda a nobreza do povo, o 2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira veste uma fantasia que mistura o luxo de uma corte imaginária com os farrapos das ruas, inspirado na Ópera dos Mendigos, de John Gay.

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G.R.E.S. SÃO CLEMENTE

Presidente RENATO ALMEIDA GOMES

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“Mais de mil palhaços no salão”

Carnavalesca ROSA MAGALHÃES

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Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Enredo

Enredo “Mais de mil palhaços no salão” Carnavalesco Rosa Magalhães Autor(es) do Enredo Rosa Magalhães Autor(es) da Sinopse do Enredo Rosa Magalhães Elaborador(es) do Roteiro do Desfile Rosa Magalhães Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

01 O Elogio da Alice Viveiros de Família Bastos 2005 Todas Bobagem - Castro Palhaços no Brasil e no Mundo

02 Grande Othelo - Roberto Moura Relume Dumará 1996 Todas Um Artista Genial

03 Oscarito - O Riso e Flávio Marinho Record 2007 Todas o Siso

04 Mazzaropí - O Jeca Glauco Barsalini Atomo 2002 Todas do Brasil

05 Palhaços da Cara André Paula Bueno Edusp 2014 Todas Preta: Francisco, Catirina, Mateus e Bastião, parentes de Macunaíma no boi,, cavalo marinho e folia de reis - MA - PE - MG - SP

06 O Circo no Brasil Funarte 1998 Todas

Outras informações julgadas necessárias

125 Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

HISTÓRICO DO ENREDO

“Mais de mil palhaços no salão”

Tanto riso, oh, quanta alegria Mais de mil palhaços no salão.... Não me leve a mal, Hoje é carnaval! Zé Keti

Na época medieval, os Misterios e as Paixões (representações religiosas realizadas no interior das igrejas) podem ser vistos como a materialização da relação do homem com o riso. Se por um lado havia o sagrado inabalável, por outro tinha-se a leveza da vida comum – e as formas de expressão dessa alegria localizavam-se no polo oposto ao sagrado. A alegria representava, assim, na vida do povo, o terreno e o material, o grotesco, que era uma das formas de expressão dessa alegria, associada ao vulgar e à vida secular.

Uma figura que encarnava por excelência os motivos do grotesco popular medieval era o Diabo, por ser diametralmente oposto à Divindade. No carnaval, o diabo é festivo - representando a glutonaria e a licenciosidade – o que fica expresso em sua representação – metade homem, metade animal – e em sua presença constante como figura burlesca. Foram tantas as diabruras, que faziam a plateia rir muito, que as representações medievais foram transferidas para o exterior das igrejas, tal a irreverência provocada por este senhor diabo.

Ainda durante a Idade Média, onde houvesse um poderoso, conde, barão, príncipe... haveria pelo menos um bobo da corte para divertir o senhor e seus convidados. Na cabeça, o bobo usava um chapéu com pontas e guizos, a roupa era colorida – geralmente verde e amarela. O verde representava a cor dos chapéus dos devedores e dos condenados a trabalhos forçados; o amarelo, a cor da traição e dos lacaios.

Quando os Milagres e Mistérios saíram do interior das igrejas, os artistas que circulavam solitários pelas cortes e castelos passaram a se encontrar nas feiras em torno dos feudos, e foram criadas verdadeiras companhias de saltimbancos. Apresentavam espetáculos em que misturavam representação teatral, acrobacias, dança na corda etc. As feiras viram ponto de encontro de artistas de todas as artes e habilidades – dançarinos de corda, volantins, malabaristas, jograis, trovadores, adestradores de animais, pelotiqueiros, músicos, domadores de ursos, dançarinos, prestidigitadores, bonequeiros e acrobatas.

126 Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

Os espetáculos dos Misterios e Moralidades incorporaram mais um personagem cômico: o rústico. Até mais ou menos 1500, a comicidade desse tipo de espetáculo estava a cargo do Diabo e do Vice. O Vice era um camponês velhaco, canalha, fanfarrão e covarde, e representava todas as fraquezas humanas. Por algum motivo, ele acabava se deparando com o Diabo, sempre acompanhado por um séquito de pequenos demônios e metido em situações cômicas, que o transformavam em figura ridícula. Aparece então a palavra clown, para designar o rústico. E ele passou a ser um tipo com características bem definidas. Continuava um grosseirão, meio caipira, mas ganhou esperteza, sua linguagem evoluiu, adorava palavras difíceis.

Em 1768, o sargento inglês Philip Astley construiu um anfiteatro ao ar livre, onde pela manhã dava aulas de equitação e apresentava espetáculos equestres. Foi ele quem teve a ideia que iria revolucionar o mundo dos espetáculos – num picadeiro de 13 mts de diâmetro, mesclou exercícios equestres com proezas dos artistas de feira.

O espetáculo, baseado na disciplina militar e na valorização da destreza e do perigo, deixava a plateia muito tensa, era preciso que o espectador tivesse momentos de relaxamento. É aí que surge o palhaço do circo. O clown, o campônio de quem os artistas itinerantes sempre gostaram de caçoar, veio a ser o protótipo do bufão do circo.

Esse novo tipo de espetáculo logo se espalhou pela Europa e pelas Américas. Os primeiros palhaços: os pioneiros do circo moderno foram a princípio o palhaço a cavalo e o palhaço de cena.

A cara branca tradicional, feita com farinha, ou a preta, com carvão, surgiu primeiro na França, com o trio cômico que fazia cenas em que representavam padeiros, que terminavam sempre com a cara enfarinhada, jogando farinha uns nos outros.

Na França, o clown equestre era chamado de paillasse –inspirado no Pagliaccio da Comedia dell’arte.

Os palhaços se dividem em dois tipos – o branco e o augusto. O branco é mais elegante, de roupas bordadas; o augusto representa quase sempre um vagabundo, com roupas enormes, inclusive os sapatos, nariz vermelho e boca acentuadamente grande.

O palhaço brasileiro foi criado nas festas do Brasil Colônia. Eis a descrição de uma dessas festas – “No domingo – palhaçadas! Saíam duas companhias de gente mascarada e vestidas ao gracioso burlesco”. Todos se divertiam como palhaços, brincando pelas ruas da cidade.

Não podemos esquecer os ciganos que, na Vila Rica de Ouro Preto, realizavam comédias, bailes, máscaras etc..

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No Rio de Janeiro do século XIX, existiam casas de espetáculos com atividades dedicadas quase que exclusivamente aos shows circenses. As festas populares também tinham seus palhaços – como a folia de reis, pastoris, bois bumbás, e sobretudo a da Festa do Divino.

E assim, pouco a pouco, começava a ser desenhado o jeito brasileiro de brincar.

Os palhaços cantavam a chula, cantigas entre as mais conhecidas, de versos cantados até hoje:

O raia o sol, suspende a lua, Olha o palhaço no meio da rua E o palhaço, o que é? É ladrão de mulher!

A diferença do palhaço europeu do brasileiro é que o nosso não só dialogava mas também cantava! E cantavam eles muito bem... José Ramos Tinhorão, em seu livro, observa que os primeiros cantores a gravarem discos no Brasil foram os palhaços de circo. Bahiano teve a honra de ser o intérprete do primeiro samba gravado no Brasil: Pelo telefone, de .

O Brasil teve grandes palhaços, que não podemos deixar de mencionar e a quem devemos apresentar nossos cumprimentos – Polydoro, cujo nome era inspirado no General Polydoro Quintanilha Jordão; Alcebiades Pereira – que era também exímio acrobata; Benjamim de Oliveira – o primeiro palhaço negro – exibia-se no circo Spinelli - era negro mas pintava a cara de branco, como faziam os palhaços. Se Bahiano gravou o primeiro samba, Benjamim participou do primeiro filme – baseado no Guarani de José de Alencar – ele foi o Peri. E mais: Eduardo das Neves, Pompílio – que não conseguiu aposentadoria, apesar das palavras de Joracy Camargo, pedindo pensão para ele – “que obtenha dos políticos que tanto riram com ele, a pensão a que têm direito os verdadeiros palhaços, mais úteis ao povo que os falsos palhaços da politicagem nacional”. E Oscarito, , Mazzaropi, Fred e Carequinha, entre tantos outros que nos deliciaram com suas representações inesquecíveis.

E, por fim, não se pode deixar de citar a garotada que saiu de cara pintada, fazendo barulho pelas ruas, seguindo o exemplo dos nossos palhaços. A eles, a pátria agradece.

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JUSTIFICATIVA DO ENREDO

O título do enredo foi tomado emprestado da música de Zé Keti, muito cantada nos salões dos bailes carnavalescos e nas rádios, quando estas ainda tocavam muito samba no período das festas de Momo.

"Quanto riso, oh quanta alegria,

Mais de mil palhaços no salão,

O arlequim está chorando pelo amor da colombina,

No meio da multidão..."

Assisti Carequinha e Arrelia na televisão, vi filmes de Chaplin, cheguei mesmo a assistir filmes de Buster Keaton, o palhaço que jamais sorriu, e até me fantasiei de palhaço, fantasia feita pela minha avó, com cetim estampado e gola de filó. Só nunca imaginei que o palhaço fosse tão rico como tema, e foi lendo sobre eles, que fui me encantando cada vez mais pelo assunto.

O diabo engraçado, ou pelo menos fazendo rir a plateia? Figura amedrontadora, o próprio mal engraçado? Pois foi assim que os diabos medievais se apresentavam nos autos religiosos.

O povo ria mas o clero desaprovava tal situação. Foi expulso das igrejas, tal como já fora expulso no paraíso de Adão e Eva.

O livro "Elogio a Loucura", é um ensaio escrito em 1509, por Erasmo de Roterdão, considerado um dos livros mais influentes da civilização ocidental e um dos catalizadores da Reforma Protestante.

Acredito que assim como tomei emprestado parte da música de Zé Keti, para este enredo da São Clemente, Alice Viveiros de Castro fez o mesmo com Erasmo, quando escreveu seu livro "Elogio a Bobagem" traçando as origens dos palhaços e seus viéses. Assim temos uma noção dos diferentes tipos de palhaços, suas características, o histórico evolutivo dessa personagem tão complexa.

A palavra palhaço vem de "paille" palha, material que usavam para encher suas barrigas falsas.

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E a cara branca vem dos enfarinhados, número de palhaços que jogavam farinha uns nos outros. Virou uma marca registrada da personagem.

Palhaços quase nunca falavam, alguns emitiam ruídos engraçados, outros apitavam, mas no Brasil, não só falavam como cantavam e até gravaram discos. Acredito que não tenha sido por acaso que o primeiro samba, teve sua primeira gravação na voz de um palhaço.

O Brasil possui a primeira escola de circo da América do Sul, e vários livros já foram publicados sobre o assunto.

E nós da São Clemente, vamos homenagear a todos os palhaços, brasileiros ou não, do mais elegante ao mais pobre, do circo eletrônico ao circo de lona montado numa cidadezinha distante, a eles, o respeitável público agradece...

Rosa Magalhães

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ROTEIRO DO DESFILE

Comissão de Frente PALHAÇOS, MÁGICOS E CONTORCIONISTAS

Ala Abertura DIABO REPRESENTAÇÃO MEDIEVAL

Ala 01 - Comunidade ATORES DOS AUTOS RELIGIOSOS VESTIDOS DE DIABO

Alegoria 01-A e 01-B O INFERNO E O CÉU NOS AUTOS MEDIEVAIS

Ala 02 - Comunidade DIABO REPRESENTANDO O VULGAR E O GROTESCO

Ala 03 - Comunidade NOBRE FEUDAL

Ala 04 - Comunidade ARAUTO DOS BUFÕES

Ala 05 - Comunidade BOBO DA CORTE

Ala 06 - Comunidade MENESTREL

Ala 07 - Comunidade BUFÕES MALABARISTAS

Alegoria 02 O CASTELO DOS BOBOS E A CARROÇA DOS SALTIMBANCOS

131 Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

Ala 08 - Comunidade COLOMBINA E ARLEQUIM – PERSONAGENS DA COMÉDIA DELL’ARTE

Ala 09 - Comunidade PALHAÇO DA COMÉDIA DELL’ARTE

Ala 10 - Comunidade CIGANA DAS FEIRAS

Ala 11 - Comunidade DOMADOR E SEU URSO AMESTRADO

Ala 12 – Baianas O CIRCO

Ala 13 - Comunidade O PALHAÇO EQUESTRE

Alegoria 03 O GRANDE CIRCO E O RESPEITÁVEL PÚBLICO

Ala 14 - Comunidade PHILIP ASTLEY – CRIADOR DO CIRCO

Ala 15 - Comunidade CLOWN

Guardiões do 1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira PALHAÇOS BALIZAS

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Fabrício Pires e Denadir Garcia AMOR DE PALHAÇO

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Rainha de Bateria Raphaela Gomes ESTRELA DO ESPETÁCULO

Ala 16 – Bateria PALHAÇO DE CARA BRANCA

Ala 17 - Comunidade PALHAÇO TRAPEZISTA

Ala 18 - Comunidade PALHAÇO BRANCO

Alegoria 04 A PADARIA DOS ENFARINHADOS

Ala 19 - Comunidade PALHAÇO DO FOLCLORE BRASILEIRO

Ala 20 - Comunidade PALHAÇO DA FOLIA DE REI

Ala 21 - Comunidade PALHAÇO DA FESTA POPULAR

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Anderson Lima e Munike Namour MATEUS E CATIRINA

Ala 22 - Comunidade PALHAÇO BOI BUMBÁ – MATEUS E CATIRINA

3º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Marcelo Tchechelo e Érica Duarte PALHAÇOS FOLCLÓRICOS

Ala 23 - Comunidade CLÓVIS – PALHAÇO DO CARNAVAL DE RUA

133 Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

Ala 24 - Comunidade PALHAÇOS MÚSICOS E CANTORES

Alegoria 05 OS PALHAÇOS BRASILEIROS

Ala 25 - Comunidade ARTE CIRCENSE

Ala 26 - Comunidade PALHAÇOS CARA PINTADA

Ala 27 - Comunidade PALHAÇO DA COR DO BRASIL

Ala 28 - Comunidade PANELAÇO

Ala 29 - Comunidade O PALHAÇO SE MANIFESTA

Musa Bruna Almeida FOLIA BRASILEIRA

Alegoria 06 O MANIFESTO DO PALHAÇO

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Rosa Magalhães Nº Nome da Alegoria O que Representa

01 O INFERNO E O CÉU NOS A alegoria representa o universo teatral da Idade A AUTOS MEDIEVAIS Média quando os espetáculos, sempre de cunho e religioso, mostravam a oposição entre o bem e o mal. B Dividida em duas partes, a alegoria traz a frente a representação do inferno, com demônios acrobatas, em meio as chamas. Na segunda parte o céu é representado através da imagem de uma catedral com anjos em oração.

02 O CASTELO DOS BOBOS E Artistas típicos da Idade Média e do renascimento, A CARROÇA DOS saltimbancos e bobos da corte atraíam a atenção de SALTIMBANCOS todos com suas apresentações cômicas e satíricas. A alegoria apresenta um castelo, onde os bobos divertiam os nobres, tendo a frente uma feira popular onde saltimbancos encenam seu espetáculo numa carroça.

03 O GRANDE CIRCO E O O circo como conhecemos hoje surgiu na Inglaterra, RESPEITÁVEL PÚBLICO criado por Philip Astley. No princípio apenas para apresentação de acrobacias sobre cavalos, o circo foi agregando outros números com intuito de atrair mais público. Philip Astley foi o primeiro a introduzir a figura do palhaço no circo, para descontrair a plateia entre os números de acrobacia que eram perigosos e emocionantes.

135 Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Rosa Magalhães Nº Nome da Alegoria O que Representa

04 A PADARIA A cara branca dos palhaços vem do habito de cobrir- DOS ENFARINHADOS se de farinha para provocar o riso. Este costume começou na França com um grupo de atores que representavam padeiros e terminavam suas apresentações cobertos de farinha. A alegoria traz uma brincadeira com o tema apresentando os palhaços como padeiros e confeiteiros fazendo uma grande confusão enquanto preparam seus pães e bolos. Na parte traseira estão representados os palhaços típicos das cavalhadas de Pirenópolis abrindo o setor dos palhaços dos folclores brasileiro.

05 OS PALHAÇOS Em tom de homenagem saudamos os palhaços mais BRASILEIROS famosos do Brasil. Lembramos a ligação dos nossos palhaços com o universo da música popular, do cinema e da TV. Através da figura de Carmem Miranda que acompanhada por um grupo de palhaços cantou um baião em Hollywood.

06 O MANIFESTO DO Zé Pereira tocava bumbo no carnaval e o nosso PALHAÇO palhaço encerra o desfile tocando pratos no panelaço do circo Brasil.

136 Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Nomes dos Principais Destaques Respectivas Profissões

João Helder (Alegoria 01A) Médico Fantasia: Príncipe Infernatal

Hermínia Paiva (Alegoria 01B) Carnavalesca e Figurinista Fantasia: Anjo Celeste

Silvinho Fernandes (Alegoria 02) Professor Fantasia: Senhor Feudal

Geraldo Lima (Alegoria 03) Empresário Fantasia: Philip Astley o Criador do Circo

Paulo Santi (Alegoria 04) Artista Plástico Fantasia: Palhaço Branco

Kátia Lepletier (Alegoria 05) Advogada Fantasia: Brilho das Estrelas

Samile Cunha (Alegoria 06) Professor e Figurinista teatral Fantasia: Palhaçada

Local do Barracão Cidade do Samba – Rua Rivadavia Correia, nº. 60 – Barracão nº. 09 – Gamboa – RJ Diretor Responsável pelo Barracão Ricardo Almeida Gomes Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe João da Silva Futica Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe Gliston e Ronildo Cassio e Rafael Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe Fabiano José Outros Profissionais e Respectivas Funções

Renato - Fibra Tiago Martins - Decorador Lili - Decorador Cesar - Decorador Adson - Parintins Vilmar - Espelhos

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FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Rosa Magalhães D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Ano de Nº Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

* Diabo Figura alegórica Comunidade Direção de 2011 Representação representando o diabo, Carnaval Medieval personagem recorrente dos autos religiosos medievais que mostravam a luta do bem contra o mal.

01 Atores dos Autos Os atores que Comunidade Direção de 2011 Religiosos representam o Carnaval Vestidos de Diabo personagem do diabo nos autos religiosos medievais caracterizavam-se pela comicidade sendo por isso considerados antecessores dos atuais palhaços.

02 Diabo O personagem do diabo Comunidade Direção de 2011 Representando o caracterizava-se pela Carnaval Vulgar e o grosseria e vulgaridade, Grotesco em oposição dos personagens sagrados, causavam riso no público, por isso foram tirados do interior das igrejas e transferidos para o exterior.

138 Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Rosa Magalhães D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Ano de Nº Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

03 Nobre Feudal Na Idade Média os Comunidade Direção de 2011 nobres viviam em Carnaval castelos, nos feudos, que eram cidades estados. Nesses castelos havia sempre a figura do Bobo da Corte.

04 Arauto dos Os arautos anunciavam a Comunidade Direção de 2011 Bufões chegada do Senhor Carnaval Feudal; participavam de desfiles pelas ruas e festas da corte. O som de sua trombeta também anunciava a chegada dos bufões.

05 Bobo da Corte Figura cômica que Comunidade Direção de 2011 animava as festas, porém Carnaval tinha a liberdade de dizer as verdades ao Seu Senhor. Quase todos os reis e fidalgos de destaque possuíam um bufão. Shakespeare o torna

personagem em várias peças teatrais.

139 Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Rosa Magalhães D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Ano de Nº Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

06 Menestrel Músicos que animavam Comunidade Direção de 2011 as festas da corte, as Carnaval festas populares e as feiras.

07 Bufões Os bufões animavam Comunidade Direção de 2011 Malabaristas suas apresentações com Carnaval números de acrobacia e malabarismo

08 Colombina e São personagens da Comunidade Direção de 2011 Arlequim Commedia Dell’arte, tipo Carnaval Personagens da de teatro popular que Commedia aparecem no século XV Dell’arte na Itália e que se apresentava nas ruas e praças públicas.

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09 Palhaço da Os personagens da Comunidade Direção de 2011 Commedia Commedia Dell’arte, Carnaval Dell’arte caracterizavam-se pelo aspecto cômico e caricatural englobando o ancestral do Palhaço Moderno.

10 Cigana das Feiras As feiras eram ocasião de Comunidade Direção de 2011 grandes encontros Carnaval populares onde entre vendedores e barracas, artistas, músicos, e videntes se apresentavam. Entre eles havia sempre a presença dos ciganos com suas danças típicas. 11 Domardor e o Os domadores de animais Comunidade Direção de 2011 Urso que mais tarde se Carnaval tornariam presença constante nos circos, apresentavam-se em praças públicas atraindo grande público.

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12 O Circo O Circo foi criado por Baianas José Luiz 1961 iniciativa do inglês Philip Astley, que nele introduziu a figura do palhaço para trazer o riso e a descontração entre os perigosos números de acrobacia.

13 O Palhaço Representam os palhaços Comunidade Direção de 2011 Esquestre que divertiam o público Carnaval no circo de Philip Astley.

14 Philip Astley Inglês, criador do Comunidade Direção de 2011 Criador do Circo primeiro circo, era Carnaval militar e especialista em treinamento de cavalos, que eram a atração principal do seu espetáculo.

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15 Clown Palhaços Rústicos e Comunidade Direção de 2011 maltrapilhos, baseados Carnaval nas figuras dos camponeses, com trajes gastos e remendados. Fazem oposição aos chamados palhaços brancos, que são finos e elegantes.

16 Palhaço de Cara Representava a tradição Bateria Caliquinho e 1961 Branca de pintar o rosto de Gil branco, vinda dos primeiros palhaços que se cobriam com farinha, os chamados enfarinhados.

17 Palhaço Muitos palhaços têm Comunidade Direção de 2011 Trapezista outras aptidões além de Carnaval fazer rir, são trapezistas, malabaristas e acrobatas.

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18 Palhaço Branco Palhaço elegante e bem Comunidade Direção de 2011 vestido, sempre com Carnaval roupas bordadas é o contraponto à figura do Clown.

19 Palhaço do Em quase todas as festas Comunidade Direção de 2011 Folclore folclóricas brasileiras Carnaval Brasileiro está presente a figura do palhaço, representado de várias formas. Folias de Reis, Cavalhadas, Reisados e Pastoris são algumas das manifestações que trazem os palhaços.

20 Palhaço da Folia A Folia de Reis é uma Comunidade Direção de 2011 de Rei das mais importantes Carnaval manifestações folclóricas do Brasil. Tendo sempre um ou dois palhaços em seu cortejo. Eles cantam e dançam em frente às casas visitadas pela Folia.

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21 Palhaço da Festa Os Pastoris e Reisados Comunidade Direção de 2011 Popular são disseminados por Carnaval várias regiões do país. Trazem sempre palhaços que cumprem a função de animar e apresentar o espetáculo.

22 Palhaço Boi Casal de personagens Comunidade Direção de 2011 Bumbá Mateus e cômicos, típicos das Carnaval Catirina festas de Boi Bumbá

23 Clóvis – Palhaço Corruptela de Clown – Comunidade Direção de 2011 do Carnaval de São palhaços típicos do Carnaval Rua Carnaval de Rua do Rio de Janeiro. Andam em bandos e fazendo arruaças.

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24 Palhaços Músicos Na Europa os palhaços Comunidade Direção de 2011 e Cantores não falavam. No Brasil Carnaval além de falar também cantavam e gravavam músicas populares, sendo que um deles “Baiano” gravou o primeiro samba “PELO TELEFONE” de Donga.

25 Arte Circense Os palhaços dos Comunidade Direção de 2011 pequenos circos que Carnaval viajam pelo interior, muitas vezes representam a única oportunidade de diversão e arte às populações menos favorecidas.

26 Palhaços cara A juventude brasileira Comunidade Direção de 2011 Pintada usa a maquiagem do Carnaval palhaço e os tons de verde e amarelo para protestar e reivindicar em manifestações políticas.

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27 Palhaço da Cor As cores da nossa Comunidade Direção de 2011 do Brasil bandeira tingem as Carnaval roupas dos palhaços.

28 Panelaço As panelas são usadas Comunidade Direção de 2011 como instrumentos na Carnaval nova batucada brasileira.

29 O Palhaço se E finalmente a figura Comunidade Direção de 2011 Manifesta tradicional do palhaço sai Carnaval do palco e do picadeiro e volta pra rua, manifestando a sua alegria, apesar de tudo.

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Fantasias

Local do Atelier Cidade do Samba – Rua Rivadavia Correia, nº. 60 – Barracão nº. 09 – Gamboa – RJ Diretor Responsável pelo Atelier Roberto Gomes Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe Silvia Bastos Diversos Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe Diversos Washington Outros Profissionais e Respectivas Funções

Vitor - Vime

Almir - Arame

Outras informações julgadas necessárias

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Samba-Enredo

Autor(es) do Samba- Rodrigo Índio, Alexandre Araújo, Fabio Rossi, Vinícius Nagem, Enredo Amado Osman, Armando Daltro, Rodrigo Telles e Davi Costa Presidente da Ala dos Compositores Ricardo Góes Total de Componentes da Compositor mais Idoso Compositor mais Jovem Ala dos Compositores (Nome e Idade) (Nome e Idade) 30 Serginho Gabriel Mansilha (trinta) 55 anos 26 anos Outras informações julgadas necessárias

Que confusão, meu Deus do céu! Foi travessura dos diabos O bobo irreverente do reino fez piada A corte encantada aplaudiu Na feira, em cena, a arte O céu de estrelas ilumina o chão Espalha por todas as partes Sorrisos pela multidão Fascina meninos de qualquer idade Suspense! O show começou! Montado na felicidade, surge o palhaço! O circo chegou!

Alô, alô! Alô, criançada, vai ter palhaçada Quero ver você feliz... Dou cambalhota, pirueta! Se chorar, faço careta Bravo! A plateia pede bis!

Tá certo ou não tá? Eu vou gargalhar Oh! Quanta alegria! Divino dom do riso, é Carnaval Na festa dos “reis da folia” A cara branca, o pastelão! Cara-pintada, voz de uma nação Sou saltimbanco brasileiro, me equilibro o ano inteiro Tem marmelada e “faz-me-rir” Acorda! Esquece a tristeza e vem cantar “Pelo telefone” mandaram avisar

O palhaço o que é? É ladrão de mulher! Mas tem samba no pé O palhaço o que é?

É doce ilusão Sonho de criança, pura emoção De preto e amarelo pintou meu amor! Hoje tem São Clemente? Tem, sim senhor! (O palhaço o que é?)

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Bateria

Diretor Geral de Bateria Gilberto Caliquinho Outros Diretores de Bateria Tião Belo, Stalone, Kaká, Rafael, Patrick, David e Marcio Total de Componentes da Bateria 270 (duzentos e setenta) ritmistas NÚMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS 1ª Marcação 2ª Marcação 3ª Marcação Rece-Reco Ganzá 12 13 15 0 0 Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique 100 0 36 0 35 Prato Agogô Cuíca Pandeiro Chocalho 01 10 34 0 14 Outras informações julgadas necessárias

A bateria da São Clemente se diferencia das demais por ser a única entre as escolas de samba do Rio a não usar apito, somente conduzir a regência com gestos.

Rainha de Bateria: Raphaela Gomes

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Harmonia

Diretor Geral de Harmonia Marquinho da São Clemente Outros Diretores de Harmonia Amendoim, Evandro, Gustavo, Regina, Zé Luiz e Jorginho Total de Componentes da Direção de Harmonia 60 (sessenta) componentes Puxador(es) do Samba-Enredo Intérprete Oficial: Leozinho Nunes Auxiliares: Anderson Paz, Maninho, Tinganá, Niu, Rosilene e Cecilia Instrumentistas Acompanhantes do Samba-Enredo Douglas – Cavaco Hugo Bruno – Cavaco Rafael Prates – Violão Outras informações julgadas necessárias

A harmonia da São Clemente tem como objetivo levar a técnica e a alegria para todos os seus componentes, fazendo com que a escola cante e encante a todos com amor, garra e muita vontade de vencer.

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Evolução

Diretor Geral de Evolução Roberto Gomes Outros Diretores de Evolução Vários Total de Componentes da Direção de Evolução 20 (vinte) componentes Principais Passistas Femininos Diana Prado Principais Passistas Masculinos Rafael Outras informações julgadas necessárias

A São Clemente trabalhou intensamente nos ensaios técnicos todas as terças e sábado, buscando aperfeiçoar o samba no pé, a garra e a vibração dos nossos componentes.

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Informações Complementares

Vice-Presidente de Carnaval Ricardo Gomes Diretor Geral de Carnaval Ricardo Gomes Outros Diretores de Carnaval - Responsável pela Ala das Crianças - Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos Ala das Crianças - - - Responsável pela Ala das Baianas José Luiz e Regina Total de Componentes da Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem Ala das Baianas (Nome e Idade) (Nome e Idade) 90 Dona Maria José Bianca (noventa) 78 anos 25 anos Responsável pela Velha-Guarda Luzia Carvalho Total de Componentes da Componente mais Idoso Componente mais Jovem Velha-Guarda (Nome e Idade) (Nome e Idade) 15 Mariazinha José Jorge (quinze) 83 anos 61 anos Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.) - Outras informações julgadas necessárias

153 Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

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Comissão de Frente

Responsável pela Comissão de Frente Sérgio Lobato Coreógrafo(a) e Diretor(a) Sérgio Lobato Total de Componentes da Componentes Femininos Componentes Masculinos Comissão de Frente 15 05 10 (quinze) (cinco) (dez) Outras informações julgadas necessárias

Fantasia: Palhaços, Mágicos e Contorcionistas O que representa: Grupo com fantasias variadas de palhaços e outros personagens circenses como o mágico e as contorcionistas.

Inspirado nos Filmes:

BYE BYE BRASIL (1979) – Dirigido por Cacá Diegues – Considerada uma das mais importantes produções da década de 70.

I CLOWNS (1970) - Dirigido por Federico Fellini – Sobre o fascínio humano com Palhaços.

THE CIRCUS (1928) - Escrito, Dirigido e Produzido por Sir Charles S. Chaplin.

A Caravana Rolidei São Clemente , chega a Cidade Nova , com sua Trupe de Artistas Mambembes. Apresentam seu Grande Espetáculo de Humor, comédia e surpresas . Em grande abertura, apresentam-se Palhaços diversos, com indumentárias e características diversas.

Em Segunda parte do Espetáculo, apresentam-se o Famoso e Galante Mágico , e o Palhaço seu concorrente, que sonha se tornar um reconhecido Mestre das Mágicas. Tão determinado está , que se coloca como um sombra do Mágico, a descobrir seus famosos segredos.

À partir disto, surgem surpresas, e Palhaços ao Salão.

COREÓGRAFO SÉRGIO LOBATO

Natural do Rio de Janeiro, teve sua formação Clássica, na Academia de Ballet Selma Monteiro, e Escola Estadual de Danças Maria Olenewa (Theatro Municipal do RJ). Atuou como Bailarino no BALLTE DO TEATRO MUNICIPAL DE NITERÓI, CIA. DO CENTRO DE DANÇA RIO, REDE GLOBO DE TELEVISÃO, RENATO MAGALHÃES CIA. DE DANÇA, CIA. DE BALLET DO RJ, BALLET DO RIO DE JANEIRO, entre outros.

154 Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

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Comissão de Frente

Outras informações julgadas necessárias

Atualmente é BalletMaster convidado da CIA. DE BALLET DÉBORAH COLKER e Escolas Nacionais.

Até Julho de 2015, foi Diretor do BALLET DO THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO. Sendo neste, anteriormente, Professor e Ensaiador.

Foi Diretor Artístico da ESCOLA DO BALLET BOLSHOI NO BRASIL.

Maitre de BALLET DA CIA. JOVEM DE BALLET DO RIO DE JANEIRO

Professor da ESCOLA ESTADUAL DE DANÇAS MARIA OLENEWA e BALLET .

Fez estágios na ACADEMIA VAGANOVA E KIROV BALLET (SÃO PETERSBURGO - RÚSSIA), ESCOLA DO ROYAL BALLET (LONDRES) e AMERICAN BALLET (NOVA YORK).

Premiações como coreógrafo em concursos de Dança, Internacionais e Nacionais.

No carnaval Carioca, foi premiado com os seguintes: ESTANDARTE DE OURO, TAMBORIM DE OURO, PLUMAS E PAETÊS, CARNAVALESCO, SAMBA NET, RÁDIO TUPY e outros.

ASSISTENTE : MARCELLA GIL

Bailarina do CORPO DE BAILE DO THEATRO MUNCIPAL DO RIO DE JANEIRO.

Foi Bailarina do GRUPO CORPO (BELO HORIZONTE)

Trabalha há nove anos com Sergio Lobato.

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Mestre-Sala e Porta-Bandeira

1º Mestre-Sala Idade Fabrício Pires 33 anos 1ª Porta-Bandeira Idade Denadir Garcia 33 anos 2º Mestre-Sala Idade Anderson Lima 29 anos 2ª Porta-Bandeira Idade Munike Namour 25 anos 3º Mestre-Sala Idade Marcelo Tchechelo 42 anos 3ª Porta-Bandeira Idade Erica Duarte 30 anos Outras informações julgadas necessárias

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Fantasia: “Amor de palhaço” O que representa: O velho tema de amor entre o palhaço e a bailarina, estrela do espetáculo.

Guardiões do 1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Fantasia: “Palhaços balizas” No grande desfile circense os palhaços balizas abrem alas para a apresentação do 1° Casal.

156 Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

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Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Fantasia: “Mateus e Catirina” São palhaços típicos das festas de boi-bumbá.

3º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Fantasia: “Palhaços folclóricos” Representam a alegria das festas do interior do Brasil, principalmente no Nordeste.

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G.R.E.S. PORTELA

Presidente SÉRGIO PROCÓPIO DA SILVA

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“No voo da águia, uma viagem

sem fim...”

Carnavalesco PAULO BARROS

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Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

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Enredo

Enredo “No voo da águia, uma viagem sem fim...” Carnavalesco Paulo Barros Autor(es) do Enredo Paulo Barros Autor(es) da Sinopse do Enredo Paulo Barros, Isabel Azevedo, Ana Paula Trindade e Simone Martins Elaborador(es) do Roteiro do Desfile Paulo Barros Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

01 Bíblia Sagrada Trad. Antônio P. Edição Barsa 1966 Todas de Figueiredo

02 História das Victor Civita Abril Cultural 1975 Todas Civilizações (I e II) (editor)

03 Grande História Nelson Alves Bloch Editores 1973 Todas Universal (I e III) (dir. responsável)

04 Grandes Viagens: Andrew Bain e Editora Globo 2015 Todas Conheça as mais Sarah Baxter Espetaculares Rotas do Mundo

05 Viagens e Silvio Lima Annablume 2010 Todas Viajantes Figueiredo

06 Vinte Mil Léguas Júlio Verne Jorge Zahar Ed. 2011 Todas Submarinas

07 As Viagens de Jonathan Swift Companhia das 2010 Todas Gulliver Letras

08 O múltiplo Henrique Soares Revista História, 2001 Todas imaginário das Carneiro Questões e viagens modernas Debates/Ed. UFPR

09 As veias abertas da Eduardo Galeano Paz e Terra 1991 Todas América Latina

163 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

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Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Relação de sites Abertura http://alb.com.br/arquivo- morto/portal/5seminario/PDFs_titulos/A_ODISSEIA_DE_ULISSES_O_HOMEM_E_O_MITO.pdf www.ebooksbrasil.org/eLibris/odisseiap.html www.telunb.com.br/mulhereliteratura/anais/wpcontent/uploads/2012/01/dulcilenebrito.pdf https://pt.wikipedia.org/wiki/Livro_do_%C3%8Axodo#Data www.abiblia.org/ver.php?id=1490&id_autor=2&id_utente&caso=perguntas www.bibliaonline.com.br http://bibliaportugues.com/kja/exodus/19.htm http://bibliaportugues.com/deuteronomy/32-11.htm https://pt.wikipedia.org/wiki/Deuteronômio http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs/index.php/historia/article/view/2681/2218 https://pt.wikipedia.org/wiki/Antigo_Egito http://filosofianodia-a-dia.blogspot.com.br/2015/04/viagens-namitologia-na-literatura-na.html www.uel.br/pos/letras/EL/vagao/EL10B-Art3.pdf

Setor 1 – Mar adentro, mundo afora www.historiadomundo.com.br/fenicia/civilizacao-fenicia.htm www.sohistoria.com.br/ef2/fenicios/p2.php www.brasilescola.com/historiag/fenicios.htm www.historiazine.com/2012/08/os-fenicios.html http://correntedahistoria.blogspot.com.br/2012/03/fenicios-povo-do-mar.html www.eboat.com.br/nautica/historia.asp http://educaterra.terra.com.br/voltaire/cultura/viajantes1.htm http://mariliacoltri.blogspot.com.br/2012/08/grandes-navegacoes-e-expansao-maritima.html www.klepsidra.net/klepsidra2/vikings.html http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quem-eram-os-vikings www.visitnorway.com/br/sobre-a-noruega/historia-e-tradicao/cultura-viking-povos-e-historia www.historiadomundo.com.br/idade-media/as-invasoes-vikings.htm http://oridesmjr.blogspot.com.br/2012/08/navegacoes-chinesas-no-seculo-xv.html www.dightonrock.com/aexpansaomaritimachinesanoseculo.htm www.camarabrasilchina.com.br/noticias-e-publicacoes/artigos-e-opinioes/china-origens-da-navegacao- marítima www.jw.org/pt/publicacoes/revistas/g201309/zheng-he/#footnote1 www.mast.br/multimidia_instrumentos/bussola_historico.html http://veja.abril.com.br/historia/descobrimento/era-das-navegacoes-impressao.shtml www.brasilescola.com/historiag/expansao-maritima-europeia.htm www.suapesquisa.com/grandesnavegacoes www.instituto-camoes.pt/cvc/navegaport/index.html http://seguindopassoshistoria.blogspot.com.br/2012/08/portugal-e-era-dos-descobrimentos.html http://seguindopassoshistoria.blogspot.com.br/2014/01/piratas-e-corsarios-na-idade-moderna.html http://prof-tathy.blogspot.com.br/2009/09/historia-da-pirataria.html http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/piratas-terror-mares-433573.shtml

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Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Setor 2 – Viagens imaginárias http://jvernept.blogspot.com.br/p/viagens-extraordinarias.html http://revistacult.uol.com.br/home/2010/03/jules-verne-doutor-fantastico www.din.uem.br/ia/a_correl/classicos/Pesquisadores-Julio&Verne.htm www.ronaldomourao.com www.folhetimonline.com.br/2012/03/24/julio-verne-e-suas-viagens www.ihgrgs.org.br/artigos/contibuicoes/Ronaldo%20R.%20de%20F.%20Mour%C3%A3o%20- %20Cem%20Anos%20da%20Morte%20de%20Julio%20Verne.pdf http://historiahoje.com/?p=6511 www.scielo.br/pdf/sn/v20n2/a07v20n2 www2.anhembi.br/publique/media/mestrado_comunicacao/viagem_no_tempo.pdf http://cinegnose.blogspot.com.br/2015/08/amor-e-paradoxos-quanticos-no-filme-em.html http://escritaseleituras.weebly.com/blog/a-viagem-no-tempo-na-literatura www.revistacapitolina.com.br/todo-o-tempo-e-o-espaco-viagens-em-ficcao-cientifica www.contioutra.com/em-algum-lugar-do-passado-o-reencontro-entre-a-materia-e-o-sonho http://retrotv.uol.com.br/series/o-tunel-do-tempo http://ufosonline.blogspot.com.br/2015/10/a-viagem-no-tempo-e-um-elemento-de.html http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2012/290/as-viagens-no-tempo http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/verdadeira-historia-livro-viagens-gulliver-jonathan- swift-683002.shtml www.colegioobjetivocabreuva.com.br/Livros%20objetivos/viagens_de_guliver.pdf

Setor 3 – Viagens extremas http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/dama-flores-502111.shtml www.infoescola.com/africa/tuaregues/ http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT705278-1716-3,00.html http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2015/07/veja-imagens-incriveis-do-deserto-do-saara- captadas-por-um-satelite.html http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2014/12/jornada-da-vida-viaja-ate-o-berco-da-humanidade- etiopia.html www.carnavalesco.com.br/noticia/por-dentro-do-ritmo-a-tabajara-do-samba/7260 http://viagem.hsw.uol.com.br/safari.htm www.portelaweb.com/escola.php?codigo=32&cod_cat=3 www.africa-turismo.com/animais.htm http://viajeaqui.abril.com.br/paises/antartica www.trilhaseaventuras.com.br/filme-lendaria-expedicao-antartica-de-shackleton www.amyrklink.com.br/no-fim-do-mundo-a-conquista-da-antartica www.revistaplaneta.com.br/viagem-sem-volta-a-marte www.megacurioso.com.br/marte/70384-morrendo-em-marte-saiba-todos-os-detalhes-antes-dessa-viagem- sem-volta.htm www.infantv.com.br/perdidos.htm http://veja.abril.com.br/blog/temporadas/series/perdidos-no-espaco-celebra-cinquentenario-com-blu-ray-e- livro

165 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Setor 4 – Em busca de mundos perdidos http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/pre-historia-2-o-surgimento-do-ser-humano-e-os-periodos- pre-historicos.htm http://ciencia.hsw.uol.com.br/homem-das-cavernas.htm www.fascinioegito.sh06.com/mumiamal.htm www.infoescola.com/mitologia/maldicao-do-farao http://historiadomundo.uol.com.br/idade-antiga/santo-graal.htm http://brasilescola.uol.com.br/curiosidades/o-que-e-a-lenda-do-santo-graal.htm http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/saga-santo-graal-436036.shtml http://viagem.hsw.uol.com.br/exercito-de-terracota.htm http://oglobo.globo.com/sociedade/historia/soldados-de-terracota-seriam-reproducoes-de-pessoas-reais- dizem-cientistas-14620298 www.asiacomentada.com.br/2015/11/famoso-exrcito-de-terracota-chins-em-exibio-em-tquio http://umpouquinhodecadalugar.com/2013/12/16/os-guerreiros-de-terracota/ http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Arqueologia/noticia/2015/06/fotos-revelam-que-moais-da-ilha-de- pascoa-tem-tatuagens.html http://viajeaqui.abril.com.br/cidades/chile-ilha-de-pascoa www.infoescola.com/curiosidades/como-os-moais-eram-esculpidos-na-ilha-de-pascoa www.infoescola.com/geografia/ilha-de-pascoa www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/no-passado-detetives-buscam-o-elo-perdido- ef23snf1udvf9fbak6gjlpdu6 www.colecionadoresdeossos.com/p/a-caca-aos-fosseis-e-de-longe-o-mais.html http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/cacadores-de-fosseis/a-descoberta-de-um-novo-elo-perdido

Setor 5 – O mapa da mina – Em busca de riquezas http://almanaque.folha.uol.com.br/ilustrada_16mar1952.htm www.colegioanchieta.com.br/recife/detalhes.php?id=11 http://www.narotadaseda.com http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/rota-seda-infinita-highway-434345.shtml http://brasilescola.uol.com.br/curiosidades/a-rota-seda.htm http://pre.univesp.br/alimentos-que-mudaram-a-historia http://viagem.uol.com.br/noticias/2011/10/17/em-potosi-na-bolivia-turista-pode-conhecer-o-esplendor-da- colonia-e-o-inferno-mineiro.htm www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=602 http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/bandeirantes-destruir-dominar-435260.shtml www.universitario.com.br/noticias/n.php?i=15275 http://jornalareliquia.blogspot.com.br/2011/01/estrada-real-rota-dos-bandeirantes-em.html http://vivabem.band.uol.com.br/turismo/noticia/100000594171/lago-colombiano-inspirou-lenda-do- eldorado.html www.bbc.com/portuguese/noticias/2013/01/130121_pesquisa_mito_eldorado_mv.shtml http://globoplay.globo.com/v/2246789

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FICHA TÉCNICA

Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Setor 6 – Eu não sou daqui, eu não sou de lá http://diariodebiologia.com/2012/05/como-seria-nossa-visao-se-tivessemos-olhos-de-aguia/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Concorde http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/guia-e-hist-rias-de-guia https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81guia http://www.suapesquisa.com/mundoanimal/aguia.htm http://www.explicatorium.com/Constelacoes/Constelacoes-A-Aguia.php

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HISTÓRICO DO ENREDO

NO VOO DA ÁGUIA, UMA VIAGEM SEM FIM...

RESUMO

O voo da Águia da Portela, em 2016, nos conduzirá a lugares distantes, uma viagem sem fim que atravessa a história da humanidade. Desde a Antiguidade, as viagens se tornaram uma prática constante pela expansão de fronteiras, por conquistar novos horizontes e fortunas, adquirir conhecimento. Movem mundos e mapas, trilhas e destinos. Inspiram fantasias e trajetórias. Realidade e imaginação se provocam, se misturam em rotas e roteiros fascinantes. Invadem terras e textos. Viajantes em busca de novas paisagens, de aventuras e de riquezas, de planetas ainda inexplorados, talvez inexistentes, descrevem em seus relatos os lugares que desenharam em seus mapas. Eles orientam o mundo através de narrativas que atravessam o tempo e chegam até nós para que possamos saber o que encontraram e como superaram todos os perigos e obstáculos. Os livros contam histórias reais que nos parecem inacreditáveis e mostram um universo de fantasia que pode ser vivido como realidade.

O homem é um ser inquieto. Deseja, busca, vence desafios que encontra em seu caminho e nunca desiste. Inventa e se reinventa para percorrer grandes distâncias, romper fronteiras, ganhar o mundo. É capaz de criar um mundo virtual para navegar e chegar a todos os cantos do planeta sem sair do lugar. Esse desejo de buscar o que não está ao alcance de sua mão faz do homem um viajante que vive uma procura interminável. Avançar, descobrir, ir em frente, continuar. Para viajar, basta existir... A viagem não acaba nunca... O fim de uma viagem é apenas o começo de outra...

O DESFILE

ABERTURA

Nas asas da Águia, estão a força e a coragem para embarcar nessa viagem sem fim. Símbolo de liberdade, de nobreza e de sabedoria, ela é a rainha dos céus. Seu voo é de magia e de beleza, encanto que nos leva à emoção do tempo da mitologia grega, onde homens invencíveis desafiavam deuses. O poema Odisseia, de Homero, é conhecido por ser a obra fundadora das narrativas de viagem. Odisseu, ao voltar da Guerra de Tróia, viaja por 20 anos para retornar a sua casa, na Ilha de Ítaca. Amaldiçoado por Poseidon, o bravo guerreiro enfrenta tormentas e adversidades que, por vingança, a ele lança o deus dos mares. Nos versos finais do poema, Ulisses, como ficou conhecido esse herói entre os romanos, é comparado à águia rasgando as nuvens ao perseguir seus inimigos.

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O pássaro também está presente em mais uma viagem marcante, que está descrita na Bíblia: a Travessia do Mar Vermelho em busca da Terra Prometida. Na chegada de Moisés ao Monte Sinai, Deus lhe diz: “Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a mim...”.

E a Águia também nos conduzirá na viagem da Portela. Ela que “desperta sua ninhada, paira sobre seus filhotes e, em seguida, estende as asas para apanhá-los, carregando-os sobre elas”, nos guiará na Avenida. Segurem o mapa da história e realizem o seu desejo mais vital, a Portela vai voar, é Carnaval!

MAR ADENTRO, MUNDO AFORA

O voo da Águia nos leva aos caminhos de quem atravessou continentes com seus barcos, galeras, caravelas! Seguem, agora, os navegantes de diferentes povos que rasgaram os sete mares desenhando mapas! O vento sopra em suas velas e o céu lhes serve como guia para vencer a escuridão e chegar a terras distantes. Os corajosos comandantes superam o perigo e o desconhecido para nos mostrar a rota mais segura. Se lançam mar adentro, descobrem o mundo afora e deixam para a história o relato de suas viagens. Por mares nunca d’antes navegados, nem mesmo o mais terrível monstro imaginado impede que continuem vencendo águas violentas, a quem entregam o barco e a própria vida.

VIAGENS IMAGINÁRIAS

O sonho de pássaro é livre e surpreendente! Revela lugares fantásticos e misteriosos, de onde surgem viagens eternas e envolventes, frutos da criação humana. São histórias extraordinárias de tirar o fôlego, que nos levam a viajar no tempo, ao fundo do mar ou a uma incrível jornada nas estrelas. Tudo pode acontecer com os personagens desse mundo de sonho e de magia, que prende a atenção e liberta a fantasia.

VIAGENS EXTREMAS

Mas existem aqueles que preferem sentir na própria pele a emoção da aventura. Gostam do prazer de correr riscos, alcançar terras inexploradas. Valentes viajantes levantam a poeira do deserto, enfrentam a selva, entram em florestas sombrias, exploram as geleiras, entregam o corpo a condições hostis para a sobrevivência. E, se nada mais os seduzir, quem sabe não queiram atingir planetas distantes e deixar pegadas em lugares onde ninguém jamais pisou. A viagem mais extrema está na incerteza de regressar ao ponto de partida.

EM BUSCA DE MUNDOS PERDIDOS

Enquanto alguns se aventuram por outras terras, rumo ao futuro, há aqueles que tentam decifrar os sinais deixados pelos que aqui viveram muito tempo atrás. Quem procura por vestígios do passado segue uma interminável trajetória na busca por respostas. Arqueólogos pesquisam restos e ruínas de civilizações encobertas pelo tempo. Paleontólogos encontram

169 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016 seres pré-históricos que impressionam quando pensamos que habitaram a Terra. Atentos, esses cientistas investigam marcas e sinais, desvendam culturas e costumes. E vão mais longe, em seus estudos, para saber quem vivia no planeta antes de nós. Percorrem trilhas e pistas de mundos perdidos que ficaram pelo caminho.

O MAPA DA MINA – EM BUSCA DE RIQUEZAS

E tantas outras trajetórias revelaram tesouros que fizeram muitas fortunas, em nome da ambição e da cobiça. A maciez das sedas, o perfume dos incensos, o gosto das especiarias, delícias pelas quais pagaram reis e rainhas. E o ouro e a prata que adornaram pescoços e altares? Quem trazia? Que mundos exploraram e para onde rumaram em busca de riquezas? As grandes rotas comerciais do passado foram responsáveis pelas trocas de produtos e culturas. Abriram caminhos por terra e por mar. Exploraram tesouros de povos do outro lado do mundo e saciaram desejos de impérios. É preciso percorrer essas rotas para, quem sabe, descobrir o mapa da mina.

EU NÃO SOU DAQUI, EU NÃO SOU DE LÁ

Muitas são as formas de viajar criadas pelo homem, para navegar em todas as dimensões: na realidade, no imaginário, no mundo virtual. E não faltarão roteiros, enredos, lugares, estradas e ferrovias enquanto essa busca durar.

Hoje, com um toque apenas, é possível fazer muitas viagens: abrir janelas, percorrer milhares de quilômetros em segundos e descobrir mares, países... se perder. Consultar a história e o poema, assistir ao vídeo e ao espetáculo. Diante dos olhos dos internautas, o virtual vira real, em sons, cores e movimentos. É possível voltar, avançar, procurar... pessoas, coisas e locais. Digitar perguntas, descobrir respostas, encontrar lugares, ser viajante, ser águia: livre, ágil, confiante. E ao final da travessia, escolher mais um destino e recomeçar. E a Portela tão bonita vai voando na Avenida para o Carnaval conquistar!

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JUSTIFICATIVA DO ENREDO

A Portela viaja, em 2016, nas asas da águia. O pássaro símbolo da Escola inspira liberdade, sabedoria e nobreza. Superior a todas as aves em força e em coragem, a rainha dos céus e da Avenida nos conduz a uma incessante aventura por busca de conhecimento. Seu voo é mágico porque pode nos levar a todos os tempos e territórios conquistados pela humanidade, na procura por novos caminhos. Essa ave soberana guarda o conhecimento de séculos, uma experiência antiga, de muito antes da existência da humanidade.

Na Avenida, a águia nos ensina a voar, nos mostra o roteiro da viagem. Sua potente visão, cinco vezes maior do que a de um ser humano, revela caminhos que cruzam céus e mares. Seus olhos distinguem cores, objetos e ensinamentos imperceptíveis ao homem. Sua forte presença habita importantes obras literárias, representadas na abertura do desfile.

Livros antigos, da mitologia à Bíblia, que atravessam milhares de anos para contar a história de grandes viagens, mostram a importância da águia em suas narrativas. Nos versos finais do poema grego Odisseia, de Homero, Ulisses, como ficou conhecido esse herói entre os romanos, é comparado à águia rasgando as nuvens ao perseguir seus inimigos:

O herói, finda a oração, de Eupiteu rompe De lança o elmo, à queda o arnês ressoa. Ulisses e Telêmaco os mais bravos Talham de espada e pique, e total fora O estrago e perda, se a gritar Minerva Não contivesse o povo: “Ítacos, basta, Já da crua guerra separai-vos”. Pálido susto, à voz divina, os toma; Das mãos voando as armas, ansiosos De resguardar as vidas, se retiram: Furente Ulisses a bramir os segue, Tal como águia altaneira as nuvens rasga. (Odisseia, de Homero, em verso português)

E esse é o ponto de partida representado pela Comissão de Frente da Portela: século VIII a.C., na Grécia Antiga, tempo de narrativas mitológicas, onde homens invencíveis desafiam deuses. O poema de Homero é conhecido por ser a obra fundadora das narrativas de viagem. Odisseu, ao voltar da Guerra de Troia, viaja por 20 anos e, no seu caminho, enfrenta a ira do Deus dos Mares, Poseidon, em seu regresso para casa, na Ilha de Ítaca.

Se a águia cruza o céu da mitologia, nas linhas da Bíblia, o pássaro também tem sua presença eternizada em diversos textos que o revelam como exemplo de grandeza divina. No livro Deuteronômio, que contém os discursos de Moisés ditados por Deus, a ave surge como imagem e semelhança do Senhor, conduzindo os filhos de Israel através do deserto:

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“Achou-o numa terra deserta, e num ermo solitário cheio de uivos; cercou-o, instruiu-o, e guardou-o como a menina do seu olho. Como a águia desperta a sua ninhada, move-se sobre os seus filhos, estende as suas asas, toma-os, e os leva sobre as suas asas. Assim só o Senhor o guiou; e não havia com ele deus estranho.” (Deuteronômio 32:10-12)

Na Avenida, a águia está na abertura do desfile, conduzindo a extraordinária viagem descrita no Velho Testamento, a Travessia do Mar Vermelho em busca da Terra Prometida. O episódio, que teria acontecido no século XIII a.C., é contado em Êxodo 14 e mostra a fuga dos hebreus do Egito, onde, segundo o livro sagrado, foram escravizados por mais de 400 anos.

O Povo de Deus deixa o Egito, liderado por Moisés, e ruma para a liberdade, percorrendo o deserto. Os judeus, nessa fuga extraordinária, encontram seu maior obstáculo: transpor as águas do Mar Vermelho para chegar a Canaã. Para salvá-los, uma força divina divide o mar e abre o caminho pelo qual filhos de Israel seguem em segurança até o outro lado.

Por ser comparada à presença do Senhor em vários textos religiosos, a águia conduz os hebreus na travessia. As ondas do mar se separam para abrir a passagem seca por onde caminha o Povo de Deus. Em Êxodo 19:1-6, a fala de Deus a Moisés inspira a imagem que percorre a Passarela: “como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a mim”. A águia representa o poder divino de nos conduzir a qualquer lugar. O pássaro, depois da Travessia, pousa soberano no Monte Sinai. Como filhotes em suas asas e guiados por seus olhos atentos a cada movimento da história, voamos com a Portela.

Livre de todos os grilhões, segue a viagem em busca da felicidade nas asas da poesia. Surgem novos horizontes traçados nos mapas da história por indomáveis navegantes. Enfrentando o desconhecido, cruzam oceanos e mares para descobrir outros continentes. Velas ao vento, eles construíram embarcações incríveis. Na cabeça, um único objetivo: cruzar o azul e continuar a navegar!

Dos portos do Mediterrâneo, partem os fenícios, com suas embarcações movidas a velas e remos. Espalham por todos os lugares onde passam letras do que parece ter sido o primeiro alfabeto no período de 1.550 a.C. a 300 a.C.

Os olhos da águia encontram a Idade Média marcada pela Era Viking, do final do século VIII ao século XI, e nos mostram os guerreiros que invadem e colonizam grande parte da Europa, das ilhas do Atlântico Norte. Navegam do extremo oriente ao extremo ocidente. Seus “navios-dragão” fazem tremer aqueles que observam das praias as embarcações ameaçadoras se aproximando para conquistar territórios.

Uma das mais antigas civilizações do mundo se lança ao mar e inaugura um intenso processo de intercâmbio e difusão cultural entre os povos. Os chineses criam a maior potência naval do mundo quinhentista. Suas esquadras transportam até 30 mil homens, que,

172 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016 em gigantescos navios, atravessam a Ásia marítima, o Índico e a costa oriental da África. Transportam e comercializam produtos que marcam a forte identidade cultural da China. O mar é de quem sabe navegar. Os séculos XV e XVI assistem à Era das Grandes Navegações e Descobertas Marítimas. Os navegadores europeus percorrem os oceanos do mundo para conquistar riquezas e intensificar transações comerciais. Bússolas e astrolábios guiam os comandantes temerosos de encontrar os perigos além-mar. Portugueses e espanhóis levam suas fantásticas caravelas para praias desconhecidas onde tudo é mistério.

Mas ninguém está livre de encontrar terríveis piratas mar adentro. Eles podem surgir a qualquer momento para saquear as embarcações. Como aves de rapina, aguardam suas presas e estão sempre prontos para o próximo ataque.

Outros perigos também provocam o medo no silêncio e na solidão dos oceanos. Meses navegando mundo afora, embalam pesadelos de naufrágios em que os barcos podem ser engolidos por serpentes marinhas e tormentas. É preciso força e experiência para manter o equilíbrio e não perder o prumo. Só os corsários são capazes de manter o sangue frio e não entregar o barco às ondas que tentam engoli-lo.

A corajosa águia percorre céus, mares e nada teme. Ela pode evitar as tempestades e nos transportar para a fantasia das histórias contadas por gênios da ficção científica e literária. Se os navegantes temiam as criaturas das profundezas do oceano, o voo da Portela agora nos revela Júlio Verne, o escritor que as criou em suas impressionantes narrativas de viagem. Em meados do século XIX, ele escreve obras literárias inesquecíveis. Seu mergulho atinge Vinte Mil Léguas Submarinas para levar o homem a imaginar a vida no fundo do mar.

O mundo abissal é desconhecido e inspira a imaginação. Mas, se olharmos as estrelas, maiores serão os enigmas e o desejo de explorá-las, descobri-las. Os mistérios guardados em planetas distantes habitados por seres extraterrestres desafiam o homem e são fonte de criação para inúmeras aventuras interestelares. Séries da televisão e do cinema, livros e revistas encontram inspiração no universo inatingível, para nos conduzir em incríveis jornadas pelas galáxias.

Se a curiosidade por conhecer lugares longínquos do espaço desafia o homem, dominar o tempo é um desejo sem fim. E a ficção está repleta desse tipo de viagens, onde passado e presente se encontram, como se as horas nunca tivessem se tornado dias, meses e anos. Em Algum Lugar do Passado, romance da década de 1980, é uma das mais belas obras sobre o tema. Um relógio, peça fundamental na construção da passagem do tempo, vai unir um homem e uma mulher de épocas diferentes. Ele descobre amar alguém que viveu muitos anos atrás e viaja em busca de sua paixão.

Alucinantes roteiros que permitem viagens através de diferentes tempos e lugares têm sua maior expressão na série de TV da década de 1960, O Túnel do Tempo, que encanta até hoje diversas gerações. Sem saber se um dia vamos voltar, é hora de girar em todas as direções e sentidos e descobrir onde esse rodopio pode nos lançar.

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Náufragos perdidos em ilhas distantes também são tema recorrente da literatura e do cinema. As Viagens de Gulliver, obra satírica de 1726, escrita por Jonathan Swift, talvez seja a maior representante desse tipo de criação ficcional. Em Lilliput, Gulliver é aprisionado por seus pequenos habitantes.

Os olhos da águia nos revelam de terras inóspitas do nosso planeta a lugares longínquos do espaço. A próxima aventura exige dos viajantes a resistência, a perspicácia e a ousadia dos exploradores. Do alto, o pássaro observa com atenção a melhor forma de pousar e penetrar na inexpugnável floresta amazônica, onde habitam espécies da rica biodiversidade, em grande parte ainda não revelada. Muitos são os caminhos percorridos por desbravadores corajosos em busca de exemplares desconhecidos da fauna e da flora brasileiras. Entre os registros que nos deixam, está a pintura delicada e definitiva da Dama das Flores.

O clima úmido da floresta com suas cores deslumbrantes cede lugar às escaldantes areias do deserto. O próximo destino esquenta a Sapucaí. A paisagem muda, a areia castiga o rosto. É preciso se proteger do Sol causticante, como fazem os viajantes do deserto para vencer grandes distâncias e não sucumbir ao calor sufocante.

Do solo ressequido começam a brotar as primeiras gramíneas, indicando que a viagem continua por outros continentes. África! Terra da origem, dos mitos de criação, das histórias antigas que atravessam gerações. África dos animais representados em padronagens coloridas, que trazem para a indumentária o universo de suas savanas e selvas. Os viajantes partem em safáris para conhecer a diversidade da fauna africana, com suas feras indomáveis, reis e rainhas da natureza.

Viagens extremas, máximas e mínimas temperaturas! O clima congelante da Antártica, o continente mais frio da Terra, exige sagacidade do destemido explorador. As enormes geleiras, as tempestades e os ventos fortes que assolam o território explicam o atordoante silêncio. O extenso deserto gélido não é lugar de passeio. Só um espírito invencível é capaz de suportá-lo.

Nenhuma outra aventura do homem é tão extrema como a viagem a Marte. Sete meses no espaço até o desembarque para colonizar o planeta vermelho: raios cósmicos, microgravidade, temperatura de menos de 60 graus centígrados e sem oxigênio no ar.

A águia da Portela também habita o infinito. Segundo a mitologia, o pássaro ancestral, de origem muito antiga, acompanhava Júpiter, líder dos deuses romanos, ou Zeus, como era conhecido pelos gregos. Áquila (A Águia) é uma constelação que ocupa seu lugar na eternidade e foi ali colocada por Júpiter, em homenagem a sua ave fiel. No azul da Avenida, ela brilha e acompanha a trajetória sem volta de quem está perdido no espaço.

Os olhos da águia fitam o Universo à procura de desvendar seus mistérios. Atentos, observam cada movimento que possa oferecer respostas a perguntas que persistem sobre a sua existência. Há milhares de anos, os homens indagam aos céus sobre a origem da vida.

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Rezam aos deuses, estudam as estrelas. Vasculham por todo o planeta os sinais que indiquem o começo de tudo, o ponto de partida.

Nas cavernas da pré-história, vestígios e inscrições nas pedras instigam a incessante busca de pesquisadores para remontar a trajetória de nossos ancestrais.

Os enigmas encobertos pelo tempo desafiam os cientistas e nos revelam como viviam incríveis civilizações do passado. Em seus sarcófagos, os antigos egípcios mantêm a riqueza e a integridade dos faraós, para preservar seus corpos do desaparecimento, pois acreditam que a morte não seria a última viagem. Conservadas pelas milenares técnicas de embalsamento, as múmias continuam a despertar o fascínio do mundo inteiro.

Relatos da história também nos contam sobre a eterna busca de uma relíquia sagrada para os cristãos. Estudiosos procuram localizar o simbólico cálice da Santa Ceia, que atravessa os séculos protegido por legendários cavaleiros. O Santo Graal guarda até hoje o seu segredo. Quem por ele procura, quer encontrar uma nova porta para o passado...

Enterrados pelo tempo ou preservados na natureza, alguns achados impressionam pela força da tradição e grandiosidade de seus povos. Seja diante dos magníficos soldados de terracota, em tamanho natural, que protegem o túmulo do primeiro imperador chinês, ou das enigmáticas e imensas esculturas esculpidas nas pedras vulcânicas, da isolada Ilha de Páscoa.

A viagem atinge incríveis dimensões e vai além... Pois nada é capaz de impressionar mais do que a possibilidade de conhecer bem de perto os dinossauros que já habitaram a Terra. Destemidos paleontólogos partem em expedições dignas das mais fantásticas aventuras da ficção, dispostos a encontrar possíveis elos perdidos entre as espécies. Do que é capaz a ciência quando busca incessantemente o segredo da vida? Que perigos podem assombrar a humanidade quando o desejo se transforma em obsessão?

A majestosa águia avista outros caminhos percorridos pelo homem, em sua incessante busca por riquezas. O brilho do ouro fascina e atrai a cobiça de exploradores que perseguem as mais valiosas fontes de tesouros. Acredita-se que a imensa fortuna do rei Salomão, relatada na Bíblia, tem origem na selva africana, mas apenas o sábio soberano conhece o mapa da mina.

Ao longo da história, muitos são os destinos alcançados pela ambição. As rotas comerciais do passado abrem o tráfego e a intensa troca de produtos e culturas entre o Oriente e o Ocidente. Em suas narrativas de viagens, no século XIII, o italiano Marco Polo revela as maravilhas da rota da seda. E, a partir do século XV, os europeus descobrem novos caminhos para chegar às Índias, o tão almejado mundo das especiarias. Na conquista das Américas, não há limites nem fronteiras para a exploração das inúmeras jazidas de ouro e prata. As riquezas minerais das colônias saciam a sede de impérios.

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A jornada continua e o universo se desdobra em rede para alimentar o insaciável espírito viajante dos homens. Todas as barreiras de tempo e espaço se diluem em um segundo. Olhos voltados para o futuro, que parece tocar os calcanhares de caminhantes incansáveis que se encontram na mesma estrada. O instrumento é o batuque do teclado. A velocidade está na ponta dos dedos. A águia toca o coração de quem abrir uma janela para encontrar o lugar mais desejado, o sonho, o azul que une céu e mar. Quem viaja é a mente atravessando horizontes, páginas, sites.

O cidadão do mundo abre todos os mapas, todas as telas e percorre o planeta. A Internet é a grande invenção para que todos naveguem em qualquer direção. Basta deslizar a seta, digitar o destino e num único clique, partir e chegar, cruzar o céu da mitologia, fazer a travessia, embarcar em galeões do passado, cruzar os mares nas caravelas dos descobridores, desenhar os mapas e publicar roteiros! Mar adentro, mundo afora, refazer cada viagem e recomeçar! Encontrar todos os textos, imagens, histórias de aventuras escritas pelo homem. Conhecer territórios onde poucos estiveram e que só através desses intrépidos viajantes chegaram até nós. Só um olhar de águia é capaz de encontrar vestígios, pesquisar sinais e revelar civilizações, que jamais poderiam imaginar um dia receber nossas visitas em blogs e portais.

A viagem da águia não termina. Ela prossegue até o infinito. Pássaro adorado por seus filhos, que, nessa apaixonante viagem, querem conquistar as estrelas. Guia o teu povo na Avenida, voa, Portela, e me leva!

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ROTEIRO DO DESFILE

ABERTURA

Comissão de Frente ODISSEIA DE HOMERO

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Alex Marcelino e Danielle Nascimento DESTINO SEM FIM

Ala 01 – Comunidade TRAVESSIA DO MAR VERMELHO (elemento cenográfico: MONTE SINAI)

Alegoria 01 – Abre-Alas EGITO ANTIGO

Ala 02 – Velha-Guarda TRAJE TRADICIONAL

1º SETOR – MAR ADENTRO, MUNDO AFORA

Ala 03 – Comunidade FENÍCIOS

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Marlon Flores e Rosilaine Queiroz VIKINGS

Ala 04 – Amor e Paz VIKINGS

Ala 05 – Comunidade CHINESES

Ala 06 – Comunidade EUROPEUS

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Ala 07 – Comunidade PIRATAS

Alegoria 02 PERIGOS DO MAR

2º SETOR – VIAGENS IMAGINÁRIAS

Ala 08 – Comunidade VINTE MIL LÉGUAS SUBMARINAS

3º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Douglas Barbosa e Camyla Nascimento VIAGENS INTERESTELARES

Ala 09 – Comunidade VIAGENS INTERESTELARES

Ala 10 – Comunidade EM ALGUM LUGAR DO PASSADO

Ala 11 – Baianas O TÚNEL DO TEMPO

Ala 12 – Comunidade SOLDADOS DAS VIAGENS DE GULLIVER

Alegoria 03 AS VIAGENS DE GULLIVER

3º SETOR – VIAGENS EXTREMAS

Ala 13 – Ala das Damas AMAZÔNIA

Ala 14 – Águia na Folia DESERTO

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Ala 15 – Feijão da Vicentina SENHORAS AFRICANAS

Ala 16 – Passistas ÁFRICA

Rainha de Bateria Patrícia Neri NATIVA AFRICANA

Ala 17 – Bateria SAFÁRI

Ala 18 – Comunidade ANTÁRTICA

Ala 19 – Comunidade MARTE

Alegoria 04 PERDIDOS NO ESPAÇO

4º SETOR – EM BUSCA DE MUNDOS PERDIDOS

Ala 20 – Comunidade HOMEM DAS CAVERNAS

Ala 21 – Comunidade MÚMIA

Ala 22 – Raízes da Portela SANTO GRAAL

Ala 23 – Comunidade EXÉRCITO DE TERRACOTA

Ala 24 – Comunidade ILHA DE PÁSCOA

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Alegoria 05 ELO PERDIDO

5º SETOR – O MAPA DA MINA – EM BUSCA DE RIQUEZAS

Ala 25 – Comunidade MINAS DO REI SALOMÃO

Ala 26 – Comunidade ROTA DA SEDA

Ala 27 – Mocotó ROTA DAS ESPECIARIAS

Ala 28 – Comunidade PRATA DE POTOSI

Ala 29 – Comunidade CAMINHOS DO OURO

Alegoria 06 ELDORADO

6º SETOR – EU NÃO SOU DAQUI, EU NÃO SOU DE LÁ

Ala 30 – Comunidade VIAJANTE – CIDADÃO DO MUNDO

Ala 31 – Comunidade INTERNET

Ala 32 – Explode Coração EM TODAS AS DIREÇÕES

Ala 33 – Comunidade QUEM VOAR, VERÁ!

Ala 34 – Comunidade OLHOS DA ÁGUIA

Alegoria 07 AONDE VOCÊ ME LEVAR EU VOU

Ala 35 – Compositores TRADICIONAL

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Paulo Barros Nº Nome da Alegoria O que Representa

* MONTE SINAI: Elemento Monte Sinai: No texto sagrado da Bíblia, em Êxodo Cenográfico 19:1-6, a fala de Deus a Moisés inspira a imagem que Ala 01 – Travessia do Mar percorre a Passarela: “como vos levei sobre asas de Vermelho águias, e vos trouxe a mim”. A águia representa o poder divino de nos conduzir a qualquer lugar. O pássaro acompanha os judeus na travessia do Mar Vermelho e, depois, pousa soberano no Monte Sinai, anunciando a viagem sem fim que encanta a humanidade há milhares de anos...

* Essa imagem é do croqui original e serve apenas como referência, pois foram realizadas modificações de estética e de cor na execução do elemento cenográfico.

01 EGITO ANTIGO O Egito é conhecido pela beleza de seus templos, pirâmides e palácios construídos no Vale do Rio Nilo e que existem desde a Antiguidade. Essas construções, segundo os textos do Velho Testamento, foram erguidas com grandes blocos de pedra, utilizando mão de obra escrava. As narrativas da Bíblia afirmam que os hebreus foram aprisionados por quatro séculos e ajudaram a construir esse império, com a força de seu trabalho e o suor de sua escravidão.

A Alegoria mostra a riqueza e a beleza de uma das * Essa imagem é do croqui mais importantes civilizações do mundo antigo. As original e serve apenas como incríveis cidades dos faraós, repletas de símbolos de referência, pois foram realizadas adoração a deuses egípcios, guardam muitos segredos modificações de estética e de cor e mistérios não revelados até hoje. na execução da Alegoria.

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02 PERIGOS DO MAR Velas e mastros ao vento, os navegantes se lançam aos oceanos para alcançar seus destinos em terras distantes. Em busca de aventuras e glórias, desafiam o desconhecido, vencem terríveis tormentas, superam naufrágios e pesadelos com monstros e serpentes marinhas. Nem mesmo os valentes piratas, ameaça constante que ronda as viagens, estão livres dos perigos do mar. Em águas turbulentas, e sem perder, eles conquistam a embarcação da Portela e enfrentam o balanço das ondas: “Oh, leva eu, me leva...”. * Essa imagem é do croqui original e serve apenas como referência, pois foram realizadas modificações de estética e de cor na execução da Alegoria.

03 AS VIAGENS DE GULLIVER O sonho de viajar mundo afora e conhecer terras e povos desconhecidos é eterno e inspira fantásticas aventuras da ficção. A Alegoria da Portela brinca com a imaginação e conduz pelas incríveis Viagens de Gulliver, uma obra-prima da literatura que atravessa os séculos e continua a encantar gerações, em inúmeras adaptações ilustradas, em séries e animações da televisão ou nas mais modernas versões para o cinema. Publicado em 1726, pelo escritor satírico Jonathan Swift, o popular romance * Essa imagem é do croqui original e conta as histórias de Gulliver, que navega os mares e serve apenas como referência, pois chega a estranhos e surpreendentes lugares. Em sua foram realizadas modificações de estética e de cor na execução da viagem, ele sobrevive a um naufrágio na ilha de Alegoria. Lilliput, terra de pequeninos habitantes. Ao despertar, descobre ter sido aprisionado por soldadinhos do rei, que o cercam por todos os lados para que ele não consiga escapar. Para seguir seu caminho, o grande aventureiro precisa se livrar das amarras e se soltar na Avenida!

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04 PERDIDOS NO ESPAÇO Narrativas de intrépidos exploradores que embarcam rumo ao desconhecido sempre se tornam sucesso. Clássico das produções de aventura, a série Perdidos no Espaço completa 50 anos e tem fãs apaixonados até hoje. A história se passa em 1997, quando a Terra está superpovoada. A família Robinson parte para colonizar um novo planeta, mas um agente inimigo sabota a missão. O maligno Dr. Smith acaba preso com os outros tripulantes e o peso extra deixa a nave vagando sem destino por * Essa imagem é do croqui original e todo o Universo. serve apenas como referência, pois "Perigo! Perigo!", alerta o robô B9, sempre pronto foram realizadas modificações de para proteger os Robinson de ameaças alienígenas. estética e de cor na execução da Alegoria.

05 ELO PERDIDO Nenhuma outra forma de vida provoca tanto fascínio como os dinossauros. Os paleontólogos desbravam territórios desconhecidos para investigar mais sobre esses grandes répteis que dominaram a Terra muito antes de nós. Caçadores de fósseis procuram por vestígios, pistas e elos perdidos, que podem ajudar a contar a história da evolução de nosso planeta.

Na ficção, os cientistas encontram a chave que traz * Essa imagem é do croqui original e esses animais de volta à vida e permite uma viagem serve apenas como referência, pois ao mundo dos dinossauros. E, na Alegoria da foram realizadas modificações de Portela, os curiosos pesquisadores ficam frente a estética e de cor na execução da frente com seu objeto de estudo. Mas descobrem Alegoria. que a convivência entre homens e dinossauros não é fácil...

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06 ELDORADO Da mística cerimônia do povo muisca, que, desde 800 d.C., habita a parte central da Colômbia, nasce a lenda do “El Dorado”. O cacique se cobre de ouro e, em um lugar sagrado, oferece aos deuses joias e pedras preciosas. Dourado como o Sol, ele é uma santidade para sua tribo. As histórias sobre a região perdida na selva sul-americana, com imensa

quantidade de ouro, atiçam a cobiça dos * Essa imagem é do croqui original e conquistadores espanhóis. Muitos aventureiros se serve apenas como referência, pois arriscam em territórios inóspitos e desconhecidos, foram realizadas modificações de tentando encontrar tesouros cuja beleza nenhum estética e de cor na execução da europeu jamais viu ou tocou. Alegoria.

07 AONDE VOCÊ ME LEVAR, O lugar da águia é nas alturas! Seu destino é cruzar o EU VOU! azul e tocar as nuvens, chegar ao ponto mais distante do céu, planando contra o vento, enfrentando desafios e tempestades, estável, segura, determinada. E, se o homem descobre novas formas de prosseguir em sua interminável viagem, o pássaro continua inspirando a criação humana, inovando sua performance para atingir a velocidade supersônica. Nas asas da águia, as janelas se abrem, a rede se

estende e alcança o mundo inteiro. E quem estiver do * Essa imagem é do croqui original e outro lado, saberá que um sonho é capaz de serve apenas como referência, pois atravessar gerações apaixonadas e conquistar foram realizadas modificações de milhares de passageiros que embarcam todos os anos estética e de cor na execução da na viagem da águia na Avenida! Lá vem, Portela! Alegoria. Oh, leva eu, me leva ao infinito, oh, leva eu, me leva, aonde você me levar, eu vou!!!!

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Nomes dos Principais Destaques Respectivas Profissões

Abre-Alas Carlos Reis – Fantasia: O Poderoso Faraó Hair Stylist

Alegoria 02 Waldir Cunha – Fantasia: Rumo ao Desconhecido Empresário

Alegoria 03 Marcília – Fantasia: A Monarquia Liliputiana (rainha) Aposentada Rodrigo Toti – Fantasia: A Monarquia Liliputiana (rei Analista de Sistemas

Alegoria 04 Carlos Ribeiro – Fantasia: Ser Intergaláctico Empresário

Alegoria 05 Rogéria Meneghel – Fantasia: O Elo Perdido Atriz Paula Glória – Fantasia: Vestígios do Passado Do Lar

Alegoria 06 Rosane – Fantasia: A Magnitude do Eldorado Empresária

Alegoria 07 Wagner Mendes – Fantasia: Janelas para um Novo Mundo Empresário

Local do Barracão Rua Rivadavia Corrêa, nº. 60 - Barracão nº. 06 Diretor Responsável pelo Barracão Moisés Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe Joãzinho Fábio Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe Rossi Leandro Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe Light City Iluminação Cacau Outros Profissionais e Respectivas Funções

Nino - Chefe de Fibra

Rogério Azevedo - Chefe de Adereços

André Fuentes - Efeitos Especiais

Outras informações julgadas necessárias:

As imagens dos croquis reproduzidas nas fichas são originais e servem apenas como referência, pois foram realizadas modificações de estética e de cor na execução das Alegorias.

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01 Travessia do Mar A viagem contida no Comunidade Marcelo 2015 Vermelho Êxodo 14 do Velho Sandryni e Testamento da Bíblia, a Roberta Travessia do Mar Nogueira Vermelho em busca da Terra Prometida, é apresentada na Avenida. O Povo de Deus deixa o Egito, liderado por Moisés, e ruma para a liberdade, cruzando o deserto. Os judeus, nessa fuga extraordinária, encontram seu maior obstáculo: transpor as águas do Mar Vermelho para chegar a Canaã. Para salvá-los, uma força divina representada pela águia divide o mar e abre o caminho pelo qual filhos de Israel seguem em segurança até o outro lado.

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02 Velha-Guarda A Velha-Guarda desfila Velha-Guarda Zilmar de São 1932 com seu traje Justo tradicional.

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03 Fenícios Os maiores navegadores Comunidade DP Harmonia 2002 da Antiguidade seguem mar aberto na Avenida. De seus portos no Mediterrâneo, os fenícios são os primeiros povos a explorar a extensa região costeira até alcançar o oceano Atlântico. Com sua grande cultura e sabedoria, constroem resistentes embarcações de madeira, inventam a escrita para facilitar o comércio marítimo e sabem usar o céu como guia nas longas travessias. Mestres nas artes da navegação, os fenícios traçam seu destino e lançam esse conhecimento aos viajantes de todos os tempos.

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04 Vikings A viagem se agita com a Amor e Paz Rosane 2014 passagem dos lendários Tavares navegantes vikings na Sapucaí. Entre os séculos VIII e XI, esses temidos guerreiros se lançam às águas geladas do norte europeu, dispostos a invadir e explorar outras terras. Navegam por longas distâncias, em barcos construídos para enfrentar tormentas em alto-mar e atacar litorais. As sagas nórdicas assombram o mundo, atravessam os tempos e conquistam seu lugar na história.

05 Chineses A impressionante frota Comunidade DP Harmonia 2002 chinesa domina os mares da Ásia e do Índico, de 1405 a 1433. Antigos relatos de bordo registram a façanha: “Navegamos no vasto oceano, contemplando gigantescas ondas, enquanto nossas velas se elevavam majestosas como nuvens...”. Suas expedições marítimas demonstram o poder da dinastia Ming, em grandiosas embarcações equipadas de lemes e múltiplos mastros. Os antigos chineses marcam a história das navegações, com sua esplendorosa cultura e grandes invenções.

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06 Europeus “No meu destino sem fim, Comunidade DP Harmonia 2002 cruzar o azul que é tudo pra mim...”. Os olhos da águia se voltam para as grandes navegações europeias, que expandem o mapa do mundo, com a chegada a novas terras e continentes. Por mares nunca d’antes navegados, a partir do século XV,

pioneiros portugueses e espanhóis se lançam em busca de riquezas e glórias para seus reinos. E, para alcançar seus destinos, navegar é preciso... Com o desenvolvimento das caravelas portuguesas e de instrumentos náuticos avançados, célebres comandantes enfrentam o desconhecido e os perigos dos oceanos, para, enfim, encontrar terra à vista e mudar o rumo da história.

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07 Piratas Ao longo dos séculos, Comunidade DP Harmonia 202 terríveis piratas aterrorizam os sete mares. A bordo de temidos galeões, rasgam os oceanos para atacar navios e saquear todo tipo de mercadorias e riquezas. No período das grandes navegações, atraídos pelos tesouros do Novo Mundo, realizam inúmeras pilhagens em mar aberto, portos e litorais. Na Avenida, os famosos piratas celebram suas façanhas, embriagados pela folia. Mas todo cuidado é pouco, afinal eles estão sempre prontos a atacar em qualquer lugar!

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08 Vinte Mil Léguas Para viajar, imaginar é Comunidade DP Harmonia 2002 Submarinas preciso... Há mais de 140 anos, a imaginação de um escritor francês leva o mundo inteiro a embarcar em suas extraordinárias viagens. Em Vinte Mil Léguas Submarinas, os personagens de Júlio Verne mergulham nas profundezas dos oceanos, com um incrível submarino e seus escafandros, enfrentando desafios e criaturas abissais. Considerada um dos grandes clássicos da literatura, a obra antecipou invenções e expedições ao fundo do mar e continua a inspirar fantasias de prender o fôlego na Avenida!

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09 Viagens O que pode existir para Comunidade Marcelo 2015 Interestelares além das estrelas? Sandryni e Viagens pelas galáxias, Roberta em espaçonaves Nogueira futuristas, desafiam o homem em sua missão de explorar novos planetas, audaciosamente indo onde ninguém jamais esteve... Inspiradas nesses mundos desconhecidos, jornadas imaginárias invadem o universo da ficção científica da TV e do cinema ou de livros e revistas. Diversas gerações continuam vivendo aventuras interestelares e fazendo parte da tripulação de um futuro imaginado.

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10 Em Algum Lugar do Uma inesquecível Comunidade DP Harmonia 2002 Passado história de amor ultrapassa os limites do tempo e transporta a todos para outra época. Em Algum Lugar do Passado é um dos clássicos da ficção que realiza o eterno desejo de viajar no tempo. No romance de 1980, um homem busca encontrar o grande amor perdido em outra vida. Com a força do pensamento e antigas lembranças, como o simbólico relógio de bolso, ele consegue voltar ao início do século XX e reencontrar a mulher amada. Embalados pelo desfile da Portela, os personagens vivem sua emocionante história na Passarela!

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11 O Túnel do As baianas giram na Baianas Jane Carla 1932 Tempo Avenida, simbolizando a incrível passagem capaz de levar a qualquer tempo ou lugar. Na década de 1960, a ficção cientifica da televisão marca o imaginário popular, ao criar um imenso túnel que transporta ao passado e ao futuro. Direto do Túnel do Tempo, cientistas americanos viajam em arriscadas e alucinantes missões para diferentes períodos da história. A fascinante imagem de abertura da série atravessa gerações e segue girando o sonho de viajar através dos tempos.

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12 Soldados das O desejo de navegar pelo Comunidade Marcelo 2015 Viagens de mundo e encontrar terras Sandryni e Gulliver e povos desconhecidos Roberta inspira as mais Nogueira fantásticas aventuras da ficção. As Viagens de Gulliver, publicada em 1726, por Jonathan Swift, é uma obra-prima da literatura que brinca com a imaginação e conduz por surpreendentes histórias e lugares, inspirando inúmeras adaptações e modernos roteiros de cinema. Em sua viagem, Gulliver sobrevive a um naufrágio e chega a Lilliput, a ilha de pequeninos habitantes. Na Sapucaí, o incansável exército de soldadinhos do rei segue em sua missão de cercar e aprisionar aquele gigante por todos os lados!

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13 Amazônia Cercada de mistérios, a Ala das DP Harmonia 1967 Amazônia atrai Damas aventureiros de todo o mundo. Muitos exploradores enfrentam a densa mata, fascinados pela exuberância da diversidade natural. Apaixonada pela flora brasileira, a inglesa Margaret Mee revela com tintas e pinceis algumas das mais belas espécies de plantas. Desbrava a quase desconhecida selva para produzir suas incríveis ilustrações. Nos caminhos da artista, as Damas da Portela desafiam a floresta para florir a Marquês de Sapucaí.

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14 Deserto O Saara é o maior Águia na Renato 1997 deserto quente da Terra. Folia Vasconcelos Aqueles que ousam desafiar as extensas dunas arenosas se protegem com trajes que cobrem todo o corpo, para suportar violentos ventos e temperaturas extremas que podem atingir mais de 50°C durante o dia. Destemidos viajantes se misturam aos nômades da região e seguem os passos das caravanas que atravessam a areia escaldante. No oásis da Passarela do Samba, eles pedem passagem e levantam poeira!

15 Senhoras Africanas Na África, começa a Feijão da Surica 2005 jornada do ser humano Vicentina na Terra. As senhoras africanas da Majestade do Samba guiam os aventureiros que partem para conhecer o berço de nossa civilização.

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16 África Com muito samba no pé, Passistas Valci Pelé e 1932 o gingado desses Nilce Fran africanos desafia qualquer viajante.

17 Safári É hora de percorrer as Bateria Nilo Sérgio 1932 savanas e florestas africanas. Os safáris permitem observar bem de perto a vida selvagem. Mas é preciso ficar atento a qualquer movimento, porque o perigo está à espreita a todo instante. Armados de ritmo e coragem, esses caçadores de aventuras lançam-se pelas selvas, no andamento da Tabajara do Samba.

199 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

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18 Antártica A vastidão do deserto polar Comunidade DP Harmonia 2002 desafia o homem. Muitos exploradores enfrentam enormes geleiras para contemplar e compreender as belezas naturais da ainda tão desconhecida Antártica. Memórias e diários de bordo relatam as épicas e sofridas travessias dos primeiros desbravadores da região. Na Passarela do Samba, novos aventureiros se enchem de coragem e disposição para encarar o frio extremo e seguir rumo ao continente branco.

19 Marte A águia mira a imensidão Comunidade DP Harmonia 2002 do espaço. “Em terras mais distantes me aventurar, sem saber se um dia vou voltar”, cantam os candidatos a participar da primeira expedição para colonizar Marte. O projeto Mars One pretende enviar, entre 2022 e 2024, pessoas de diferentes nacionalidades ao Planeta Vermelho. Todas prontas para enfrentar uma viagem que pode durar meses e desembarcar em um mundo inóspito, sem garantia de regresso. Os tripulantes dessa missão partem para o infinito e além...

200 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

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20 Homem das A jornada da humanidade Comunidade DP Harmonia 2002 Cavernas começa há milhões de anos. Com olhos de águia, os cientistas procuram por fósseis, investigam vestígios, analisam qualquer evidência para ampliar o que conhecemos sobre os homens da pré-história. Uma busca constante para juntar peças perdidas no tempo e traçar a trajetória de nossos antepassados das cavernas, que descobrem assombrados a Sapucaí.

21 Múmia Para preservar o corpo em Comunidade DP Harmonia 2002 sua viagem até o outro mundo, os antigos egípcios usam o processo da mumificação. O fascínio das múmias faz pesquisadores dedicarem suas vidas a encontrá-las. Esses cientistas passam anos procurando pistas,

resolvendo enigmas que indiquem o paradeiro de sepulturas de soberanos e sacerdotes. Envoltas em mistérios, as múmias se deixam revelar na Passarela do Samba.

201 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

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22 Santo Graal O cálice que Jesus Cristo Comunidade DP Harmonia 2002 usa na Última Ceia é cercado de histórias. Ao longo dos anos, os relatos em torno desse objeto sagrado ganham versões e novos simbolismos, alimentando o mito. As lendas estimulam as especulações e as buscas de pesquisadores pela peça. Muitos textos relacionam as ordens religiosas, criadas no século XII para defender Jerusalém, como guardiãs do artefato. E, na Avenida, eles seguem protegendo os segredos do Santo Graal.

23 Exército de Aqueles que viajam em Comunidade DP Harmonia 2002 Terracota busca de vestígios do passado também precisam contar com a sorte. Uma das maiores descobertas da arqueologia, o Exército de Terracota, foi acidentalmente encontrado. Mais de oito mil soldados de argila, em tamanho natural, guardam o túmulo do primeiro imperador da China unificada. Enterrados há cerca de dois mil anos para proteger o soberano depois de sua morte, os Guerreiros de Xian se alinham para a batalha na Marquês de Sapucaí.

202 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

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24 Ilha de Páscoa A Ilha de Páscoa, ou Rapa Comunidade DP Harmonia 2002 Nui, no idioma nativo, é um dos locais habitados mais isolados do mundo. Seus moais, grandes estátuas esculpidas em rocha vulcânica, despertam fascínio e atraem pesquisadores à procura de respostas. Não se sabe ao certo por que essas esculturas, que podem atingir 10 metros e pesar 80 toneladas, foram construídas, nem como os rapanuis conseguiam transportá-las. Mas, no carnaval do Portela, os nativos usam a força sagrada, como conta o mito local, para levar os moais pela Passarela do Samba.

25 Minas do Rei Na Bíblia, há relatos sobre Comunidade DP Harmonia 2002 Salomão os tesouros de Salomão, que reinou em Israel. O poder e a riqueza desse soberano alimentam histórias sobre vastas e inesgotáveis jazidas que estariam ocultas em algum lugar da selva africana. Exploradores e caçadores de tesouros se lançam à aventura de encontrar essa incrível fortuna em ouro. E, na Passarela do Samba, o rei Salomão indica os caminhos do mapa da mina.

203 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

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26 Rota da Seda A Rota da Seda é a via Comunidade DP Harmonia 2002 comercial mais importante de todos os tempos, que interliga Oriente e Europa. Por seu trajeto milenar, circulam mercadores que negociam o delicado e brilhante tecido, cuja técnica de fabricação os chineses guardam em segredo, e muitos produtos valiosos. No século XIII, o comerciante Marco Polo sai de Veneza e percorre a longa rota. Ao voltar, 24 anos depois, narra as maravilhas de sua viagem até o outro lado do mundo. No carnaval da Azul e Branco, ele parte para fazer mais um negócio da China!

204 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

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27 Rota das A Índia é origem das Ala Mocotó Sérgio 1972 Especiarias especiarias mais Santana cobiçadas pelos europeus no século XV. Utilizados na medicina e para conservar e dar sabor aos alimentos, os condimentos são artigos de luxo e vendidos a preço de ouro. A quantidade de atravessadores envolvidos na comercialização torna o valor desses produtos ainda mais alto. Com isso, os países buscam novas rotas para conseguir as mercadorias direto do Oriente, mudando o mapa do mundo. O rajá indiano chega para temperar a Sapucaí.

205 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

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28 Prata de Potosi Conta a lenda que, Comunidade DP Harmonia 2002 quando o imperador inca tenta extrair a prata das minas de Potosi, uma voz forte como o trovão diz: “Deus reserva essa riqueza para os que vêm de longe”. E “os que vêm de longe” não tardam a chegar. Com a descoberta das reservas argentíferas, em 1545, os conquistadores espanhóis começam a desenfreada caça por tesouros ilimitados na cidade boliviana. Na Avenida, desfila o fascínio do metal que constrói e derruba impérios.

29 Caminhos do No Brasil Colonial, Comunidade DP Harmonia 2002 Ouro destemidos bandeirantes desbravam o sertão à procura de riquezas minerais. Partem, principalmente, de São Paulo, enfrentando toda sorte de perigos, para penetrar as terras ainda desconhecidas do interior do país. Ampliam nosso território e encontram as primeiras jazidas que dão início ao ciclo de exploração do ouro. Esses polêmicos sertanistas abrem o caminho do samba.

206 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

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Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Paulo Barros D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Ano de Nº Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

30 Viajante – Cidadão O mapa se desenha a Comunidade DP Harmonia 2002 do Mundo cada nova viagem. Caminhos traçados pelo homem na aventura de sua existência. Rotas, rumos, roteiros a serem seguidos pelos que ainda virão. O viajante não tem raízes, não pertence a nenhum lugar, é um cidadão do mundo. Sempre há uma nova direção a seguir, porque, “para viajar, basta existir...”.

31 Internet Ligar a máquina, linkar Comunidade DP Harmonia 2002 a mente. Ser um viajante virtual navegando pela Internet. O lugar de buscar todas as viagens, de seguir todos os mapas, de chegar a qualquer lugar do planeta. Voltar, avançar, procurar e encontrar. São muitas as formas inventadas pelo homem para alcançar seu destino. Mas a Internet é o território livre de acesso a todas elas, onde o voo mais alto depende apenas do desejo de até onde se quer chegar!

207 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Paulo Barros D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Ano de Nº Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

32 Em Todas as Não há limites para o Explode Egídio 1972 Direções destino humano. A Coração viagem pode seguir em qualquer direção. No final de cada estrada, há sempre como escolher por onde recomeçar a caminhada. De estação em estação, de janela em janela, sempre é possível abrir uma nova opção e embarcar. Na ponta dos dedos, é mágico conduzir

a seta, percorrer a tela e, num clique, descobrir o que nos separa do outro lado do mundo: apenas um segundo!

33 Quem Voar, Verá! Abra a janela e viaje com Comunidade Marcelo 2015 a poesia! Acesse o Sandryni e Carnaval e ganhe o Roberta mundo com a Portela na Nogueira Avenida! Suas asas batem no ritmo do samba e essa emoção pode alcançar os corações dos destemidos viajantes que navegam no ciberespaço. De todos os países, de todos os idiomas, de qualquer canto... mas que queiram cantar! De toda parte, mas que desejem como destino a arte. E que, a cada passo, descubram que podem voar ainda mais alto!

208 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Paulo Barros D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Ano de Nº Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

34 Olhos da Águia Dizem que os olhos da Comunidade DP Harmonia 2002 águia refletem o brilho do Sol. Sua potente visão, cinco vezes superior à do homem, é nítida, aguçada, tudo ela vê de longe, tudo ela percebe: cores mais intensas, luzes, seres minúsculos, cada movimento, o mínimo detalhe. Viajar com olhos de águia é abrir horizontes, descobrir novas paisagens, adquirir conhecimento, força e coragem. É dominar a melhor ferramenta de busca para navegar, procurar, ir e voltar. Avançar!

209 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Local do Atelier Rua Rivadavia Corre, 60 – Barracão nº. 06 – Gamboa – Rio de Janeiro – Cidade do Samba Diretor Responsável pelo Atelier Rogério Azevedo Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe Sueli - Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe Rogério Azevedo José Outros Profissionais e Respectivas Funções

Júnior - Arame

Almir - Arame

Paulo - Arame

Devilson - Corte

Outras informações julgadas necessárias

As imagens dos croquis reproduzidas nas fichas são originais e servem apenas como referência, pois foram realizadas modificações na execução das fantasias, de acordo com materiais disponíveis no mercado.

210 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Autor(es) do Samba- Samir Trindade, Wanderley Monteiro, Elson Ramires, Lopita 77, Enredo Dimenor e Edmar Jr. Presidente da Ala dos Compositores Jane Garrido, Wanderlei Santana, Walter Alverca e Arlindão Total de Componentes da Compositor mais Idoso Compositor mais Jovem Ala dos Compositores (Nome e Idade) (Nome e Idade) 100 Noca da Portela Tiago da Fé (cem) 83 anos 22 anos Outras informações julgadas necessárias

Voar nas asas da poesia Rasgar o céu da mitologia E nessa Odisseia viajar Meus olhos vão te guiar, na travessia E no meu destino sem fim Cruzar o azul que é tudo pra mim Enfrentar tormentas e continuar a navegar

Oh, leva eu, me leva, aonde o vento soprar, eu vou Oh, leva eu, me leva, sou livre, aonde sonhar, eu vou

Quisera ir ao infinito Sentir lugares tão bonitos Em terras mais distantes me aventurar Sem saber se um dia vou voltar

E mais além, no elo perdido cheguei No vai e vem, a chave da vida encontrei

Vou pedir passagem Em busca do ouro O seu brilho me fascina Quero esse mapa da mina, pra achar tesouros Abre a janela, pro mundo que Paulo criou Do outro lado alguém pode ver esse amor Meus filhos vêm me adorar O samba reverenciar Abram alas, vou me apresentar

Eu sou a Águia, fale de mim quem quiser Mas é melhor respeitar, sou a Portela Nessa viagem, mais uma estrela Que vai brilhar no pavilhão de Madureira

211 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Bateria

Diretor Geral de Bateria Nilo Sérgio Outros Diretores de Bateria Nilson Simões (responsável repiques e caixas), Jorge André (responsável marcações), Sampaio Júnior (responsável caixas), Clailton Cacau (responsável chocalhos), Raul Cyrillo (responsável tamborins), Demétrius (responsável caixas), Arsênio Netuno (responsável cuícas), Vinícius Rato (responsável caixas), Vítor César (responsável terceiras), Douglas Jorge (responsável caixas), Sidcley Fernandes (responsável agogôs) Total de Componentes da Bateria 300 (trezentos) ritmistas NÚMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS 1ª Marcação 2ª Marcação 3ª Marcação Rece-Reco Ganzá 12 12 16 0 0 Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique 110 0 30 0 40 Prato Agogô Cuíca Pandeiro Chocalho 01 24 25 0 30 Outras informações julgadas necessárias

Bateria Nome da Fantasia: Safári O que representa: É hora de percorrer as savanas e florestas africanas. Os safáris permitem observar bem de perto a vida selvagem. Mas é preciso ficar atento a qualquer movimento, porque o perigo está à espreita a todo instante. Armados de ritmo e coragem, esses caçadores de aventuras lançam-se pelas selvas, no andamento da Tabajara do Samba.

Rainha da Bateria: Patrícia Neri Nome da Fantasia: Nativa Africana O que representa: A bela nativa traça a rota dos mistérios das selvas da África, continente que instiga, seduz e encanta.

Mestre Nilo Sérgio: Herdeiro de Mestre Marçal, Nilo Sérgio é três vezes vencedor do prêmio Estandarte de Ouro de Melhor Bateria, em 2010, 2012 e 2013, além de ter ganhado o prêmio de Revelação em sua estreia. É Mestre de Bateria da Portela, desde o Carnaval de 2006.

212 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Harmonia

Diretor Geral de Harmonia Tavinho Novelo, Leonardo Brandão, Jeronymo Patrocínio, Valci Pelé, Nilce Fran, Márcio Emerson, Jorge Barbosa, Sérvolo Alves e Walter Moura Outros Diretores de Harmonia - Total de Componentes da Direção de Harmonia 80 (oitenta) componentes Puxador(es) do Samba-Enredo Wantuir e Gilsinho Instrumentistas Acompanhantes do Samba-Enredo Vicente Felisberto (1º Cavaco) Outras informações julgadas necessárias

Wantuir: Wantuir de Oliveira Tavares, mais conhecido no mundo do samba como Wantuir, iniciou a carreira como intérprete, em 1994, na Acadêmicos da Cubango, agremiação de Niterói. Ao longo dos últimos 20 anos, defendeu escolas como Porto da Pedra, Tradição, Império Serrano, Unidos da Tijuca, Grande Rio e Inocentes de Belford Roxo, sendo contemplado duas vezes com o Estandarte de Ouro, maior e mais importante premiação extraoficial do Carnaval carioca. 2016 é o segundo ano de Wantuir como intérprete oficial da Portela.

Gilsinho: Filho de Jorge do Violão, músico da Velha-Guarda da Portela, Gilsinho começou sua carreira em São Paulo, passando por escolas como Vai-Vai, Barroca da Zona Sul e Vila Maria. No Carnaval carioca, estreou na Portela, em 2006, permanecendo como primeiro intérprete de nossa agremiação até 2013. Nesse período, além de conseguir forte identificação com a Escola, foi agraciado, em 2012, com o prêmio Estandarte de Ouro. Após breve passagem pela Unidos de Vila Isabel, retorna para a Portela no Carnaval de 2016.

Diretor musical: Vicente Felisberto

213 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Evolução

Diretor Geral de Evolução Tavinho Novelo, Leonardo Brandão, Jeronymo Patrocínio, Valci Pelé, Nilce Fran, Márcio Emerson, Jorge Barbosa, Sérvolo Alves e Walter Moura Outros Diretores de Evolução - Total de Componentes da Direção de Evolução 80 (oitenta) componentes Principais Passistas Femininos Fernanda Coelho, Deisiane Conceição, Tamires Ribeiro e Ana Paula Costa Principais Passistas Masculinos Felipe Nascimento, Flávio Portela, Anderson Costa e Vinícius Nascimento Outras informações julgadas necessárias

Coordenadores da Ala de Passistas:

Valcir Pelé: Herdeiro da tradição de grandes passistas portelenses, em 2012, sagrou-se vencedor do prêmio Estandarte de Ouro de Melhor Passista Masculino.

Nilce Fran: Passista consagrada na Portela, com passagem pela Estação Primeira de Mangueira, em 2012, foi vencedora do prêmio Estandarte de Ouro de Melhor Passista Feminino.

Nome da Fantasia dos Passistas: África O que representa: Com muito samba no pé, o gingado desses africanos desafia qualquer viajante.

214 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Informações Complementares

Vice-Presidente de Carnaval Marcos Falcon Diretor Geral de Carnaval Luiz Carlos Bruno Outros Diretores de Carnaval Fábio Pavão, Claudinho e Moisés Carvalho Responsável pela Ala das Crianças - Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos Ala das Crianças - - - Responsável pela Ala das Baianas Jane Carla Total de Componentes da Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem Ala das Baianas (Nome e Idade) (Nome e Idade) 86 Maria Inêz Luciana (oitenta e seis) 87 anos 27 anos Responsável pela Velha-Guarda Zilmar de São Justo Total de Componentes da Componente mais Idoso Componente mais Jovem Velha-Guarda (Nome e Idade) (Nome e Idade) 110 Sebastião José de Lima Dayse Lúcia Ferreira Jeremias (cento e dez) 88 anos 60 anos Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.) Monarco, Surica, Adriane Galisteu, , Glória Pires, Sérgio Aguiar, Poliana Abrito, Mara Luquet e Thais Heredia Outras informações julgadas necessárias

Luiz Carlos Bruno: Começou no Carnaval, em 1981, como desfilante da Unidos da Tijuca. Nessa mesma escola, exerceu as funções de Direção de Quadra, Barracão e Chefe de Atelier, até assumir a Direção de Carnaval, entre 1999 e 2008. Em 2007 e 2008, além de comandar a Direção de Carnaval, acumulou a função de Carnavalesco, exercendo-a até 2009. Conquistou, pela Escola do Borel, no Carnaval de 2007, o prêmio Estandarte de Ouro de Melhor Enredo, além de ter feito a agremiação conquistar o prêmio de Melhor Escola, no ano seguinte. Entre 2011 e 2014, foi Carnavalesco da Acadêmicos da Rocinha, conquistando três prêmios Samba-net de Melhor Enredo do Grupo de Acesso e o de Melhor Conjunto de Fantasia. 2016 é o terceiro ano de Luiz Carlos Bruno como Diretor de Carnaval da Portela.

215 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Responsável pela Comissão de Frente Paulo Barros Coreógrafo(a) e Diretor(a) Paulo Barros, Ghislaine Cavalcanti, Marcelo Sandryni e Roberta Nogueira Total de Componentes da Componentes Femininos Componentes Masculinos Comissão de Frente 15 0 15 (quinze) (quinze) Outras informações julgadas necessárias

Nome da Fantasia: Odisseia de Homero A Comissão de Frente representa a Odisseia, de Homero, obra literária da mitologia grega que inaugura as narrativas de viagem. O regresso de Ulisses para sua casa na Ilha de Ítaca dura 20 anos porque o furioso Poseidon lança sobre ele ventos e tormentos. O herói resiste bravamente à ira do Deus dos Mares para não naufragar e sucumbir ao seu implacável oponente.

Sobre os Coreógrafos:

Ghislaine Cavalcanti: É bailarina formada pela Escola de Danças Clássicas do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, atual Escola Estadual de Dança Maria Olenewa, e pela The Royal Academy of Dancing. Estudou dança clássica, moderna, espanhola, afro-brasileira, teoria musical, história da dança e ritmoplastia. Professora de dança e balé clássico, lecionou no AC Ballet Tatiana Leskova. Trabalhou na Cia. Walt Disney Produções e participou de diversos espetáculos e programas na televisão espanhola e da Rede Globo. No Carnaval carioca, coreografou a Comissão de Frente da Beija-Flor de Nilópolis, de 1997 a 2010, conquistando seis campeonatos. Há três anos, Ghislaine Cavalcanti é coreógrafa da Comissão de Frente da Portela.

Marcelo Sandryni: Ator, ator/dublador, bailarino cantor, coreógrafo e diretor. Formado pela Escola de Teatro Rosane Goffman, estudou interpretação, com Atílio Riccó e Tizuka Yamazak, e participou da Oficina de Atores da Rede Globo de Televisão, com Tônio Carvalho. Também é formado pela Escola de Música Villa Lobos e estudou canto lírico no Conservatório Brasileiro de Música do Rio de Janeiro, com Sérgio Lavour. No teatro, já foi dirigido por e Marcelo Saback. É ator/dublador, desde 1997, formado por Hamilton Ricardo. Entre seus trabalhos, estão produções dubladas da DreameWorks Animations no Brasil, como Os Sem- Floresta, Madagascar e Moonwalker, onde dublou a voz de Michael Jackson. No Carnaval, estreou, em 1989, como bailarino, pelas mãos de Edvaldo dos Santos Reis (Mestre Baiano). Em 1999, conheceu Paulo Barros, no G.R.E.S. Arranco do Engenho de Dentro, quando atuava como bailarino da Comissão de Frente. Desde então, vem acompanhando Paulo Barros em diversas agremiações, como a Vizinha Faladeira, em 2002, e a Paraíso do Tuiuti, em 2003. Em 2004, consolida sua parceria com o carnavalesco Paulo Barros e une-se a Roberta Nogueira, assinando a coreografia da alegoria viva que marcou o Carnaval de 2004: o "DNA", da Unidos da Tijuca, recebendo diversos prêmios.

216 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Outras informações julgadas necessárias

Em 2007, Marcelo Sandryni e Roberta Nogueira montam uma Equipe Coreográfica Teatral, formada por mais de quarenta profissionais da dança e do teatro, e começam a assinar alas e alegorias coreografadas das Escolas de Samba pelas quais passa o carnavalesco Paulo Barros, como Unidos do Viradouro, em 2007 e 2008, e Vila Isabel, em 2009, conquistando os campeonatos de 2010, 2012 e 2014, pela Unidos da Tijuca. Também coreografou as alegorias da Parada de Natal da Prefeitura do Rio de Janeiro, em 2007, o show de lançamento do Fiat Palio Adventure Locke, em Pernambuco, em 2008, e os shows de abertura e encerramento da Copa das Confederações da FIFA, em 2013. Em 2016, atua, pela primeira vez, como coreógrafo da Comissão de Frente da Portela.

Roberta Nogueira: Começou a carreira artística, em 1993, em Belo Horizonte, sua terra natal. Fez cursos de teatro, circo, locução, dublagem, dança e vídeo. No teatro, trabalhou em diversos gêneros: tragédia, comédia, drama e musicais. Dubla desde 1997, em todos os estúdios de dublagem do Rio de Janeiro, deixando sua voz em filmes e séries, como Matrix, Super Homem, O Homem Invisível, Dois Homens e Meio, Blacklist e outros. Dirigiu espetáculos de dança, como: Madrugadas e Passatempo, na Faculdade Angel Vianna. Trabalha com preparação corporal para atores, desde 2008, e já coreografou peças infantis e adultas. No Carnaval carioca, trabalha como coreógrafa, desde 2004, com o carnavalesco Paulo Barros e o coreógrafo Marcelo Sandryni. Juntos criaram uma nova estética para o Carnaval: as alegorias vivas. Ganhou prêmios por originalidade, em 2004, 2007, 2008, 2010, 2013 e 2014, e foi campeã do Carnaval carioca, em 2010, 2012 e 2014, pelo G.R.E.S. Unidos da Tijuca. Coreografou alegorias vivas para a Parada de Natal da Prefeitura do Rio de Janeiro, em 2007, o show de lançamento da Fiat, em 2008, e os shows de abertura e encerramento da Copa das Confederações da FIFA, em 2013. É formada pelo curso de Método Bertazzo, em 2014, e graduada em Licenciatura em Dança, na Faculdade Angel Vianna, em 2009. No Carnaval de 2016, atua, pela primeira vez, como coreógrafa da Comissão de Frente da Portela.

217 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

1º Mestre-Sala Idade Alex Marcelino 33 anos 1ª Porta-Bandeira Idade Danielle Nascimento 40 anos 2º Mestre-Sala Idade Marlon Flores 21 anos 2ª Porta-Bandeira Idade Rosilaine Queiroz 31 anos 3º Mestre-Sala Idade Douglas Barbosa 21 anos 3ª Porta-Bandeira Idade Camyla Nascimento 27 anos Outras informações julgadas necessárias

1º CASAL DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA Nome da fantasia: Destino sem Fim Criação do figurino: Paulo Barros Confecção: Atelier da Escola O que representa: O casal representa o voo da águia e a trajetória de uma viagem mágica e inesquecível. A rainha dos céus, livre, ágil e segura, abre suas asas e cruza o azul, empunhando o símbolo de nobreza e majestade que anuncia a presença da Portela na Avenida.

218 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

2º CASAL DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA Nome da fantasia: Vikings Criação do figurino: Paulo Barros Confecção: Atelier da Escola O que representa: Os lendários e temidos vikings dominam os mares gelados do norte europeu, do final do século VIII ao século XI, dispostos a invadir e explorar novas terras. Na viagem da Portela, o casal de guerreiros navegantes se lança na folia, para conquistar o Carnaval.

3º CASAL DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA Nome da fantasia: Viagens Interestelares Criação do figurino: Paulo Barros Confecção: Atelier da Escola O que representa: A ficção científica explora o universo da imaginação, em populares séries da TV e do cinema, de revistas e livros. Imagens do espaço sideral ganham o mundo, levando milhares de pessoas a embarcar em naves incríveis e viver aventuras intergalácticas. O casal da frota estelar pede passagem e saúda a todos para mais uma fantástica jornada!

219 Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Alex Marcelino: Começou a carreira como Mestre-Sala, em Nova Iguaçu. Desfilou na Leão de Nova Iguaçu por dois anos, passando também pela famosa Escola de Manoel Dionísio. Desfilou na Unidos do Cabral, até chegar ao Império Serrano, que defendeu por seis anos seguidos. Em 2015, estreou como 1º Mestre-Sala da Portela, ao lado de Danielle Nascimento, com quem já formou par na Escola da Serrinha. Danielle Nascimento: Filha de Vilma Nascimento, considerada por muitos a maior Porta- Bandeira da história do Carnaval carioca, e neta de Natalino José do Nascimento, o famoso Natal da Portela, Danielle Nascimento traz em seu DNA a essência portelense. Iniciou sua carreira, em 1994, no G.R.E.S. Tradição, ano em que conquistou o prêmio Estandarte de Ouro de Revelação. Permaneceu na Escola de Campinho até 2007, quando se transferiu para G.R.E.S. Império Serrano. Em 2016, Danielle Nascimento faz seu quarto desfile como 1ª Porta-Bandeira da Portela. Apresentador: Rhuanderson

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Marlon Flores: Filho do Mestre-Sala Marcelinho, Marlon Flores aprendeu os primeiros passos com apenas quatro anos de idade, na Escola do Mestre Manoel Dionísio. Aos sete anos estreou na Avenida, dançando pela Escola Mirim Mangueira do Amanhã. Passou por agremiações como São Clemente, Vila Rica e Acadêmicos do Dendê, até chegar a Unidos do Viradouro, Escola pelo qual, em 2015, estreou como 1º Mestre-Sala do Grupo Especial. 2016 é o primeiro ano de Marlon Flores na Portela. Rosilane Queiroz: Iniciou a carreira no Império da Tijuca, em 2003. Entre 2004 e 2009, defendeu a Inocentes de Belford Roxo, conquistando, em 2006 e 2008, o prêmio Samba-net de Melhor Porta-Bandeira do Grupo B do Carnaval carioca. Em 2010 e 2012, defendeu a Acadêmicos do Sossego, de Niterói, e, em 2013, a Unidos de Vila Santa Teresa. Em 2013, também estreou como 2ª Porta-Bandeira da Portela. Apresentador: Hélio

3º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Douglas Barbosa: Oriundo do projeto social da Portela, foi Mestre-Sala da Escola de Samba Mirim Infantes do Lins, sendo chamado para ingressar na escola mãe, Lins Imperial. Na Verde e Rosa, ocupou, ao longo dos anos, as funções de 3º, 2º e 1º Mestre-Sala. Passou também pelo Paraíso do Tuiuti, desfilando como 1º e 2º Mestre-Sala. 2016 é o terceiro ano de Douglas Barbosa como 3º Mestre-Sala da Portela. Camyla Nascimento: Deu seus primeiros rodopios como Porta-Bandeira na escolinha que a avó, Vilma Nascimento, comandava na Tradição. Foi também na Escola de Campinho que estreou na Avenida, sendo a 2ª Porta-Bandeira de sua tia, Danielle Nascimento. Com a arte e o talento da família Nascimento correndo em sua veia, Camyla faz, em 2016, seu terceiro desfile como 3ª Porta-Bandeira da Portela. Apresentador: Eduardo Medeiros

220

G.R.E.S. IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE

Presidente LUIZ PACHECO DRUMOND

221

“É o amor...... que mexe com minha cabeça e me deixa assim... Do sonho de um caipira nascem os filhos do Brasil”

Carnavalesco CAHÊ RODRIGUES 223

Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Enredo

Enredo “É o amor... que mexe com minha cabeça e me deixa assim... Do sonho de um caipira nascem os filhos do Brasil” Carnavalesco Cahê Rodrigues Autor(es) do Enredo Cahê Rodrigues, Marta Queiroz e Cláudio Vieira Autor(es) da Sinopse do Enredo Cahê Rodrigues, Marta Queiroz e Cláudio Vieira Elaborador(es) do Roteiro do Desfile Cahê Rodrigues, Marta Queiroz e Cláudio Vieira Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

01 Dicionário Cravo Ricardo Cravo http://www.dicion (On line) Diversas Albin da Música Albin ariompb.com.br/ Popular Brasileira

02 O Livro de Ouro Ricardo Cravo Ediouro 2003 Diversas da MPB Albin

03 Enciclopédia da Marcos Antônio Art Editora 1977 Diversas Música Brasileira Marcondes

04 Viola, Minha Viola TV Cultura 1980 a Diversas 2014 gravações

05 Som Brasil Rolando Boldrim TV Globo 1981 Diversas gravações

06 Empório Brasileiro Rolando Boldrim TV Bandeirantes 1984 Diversas gravações

07 Empório Brasil Rolando Boldrim SBT 1986 Diversas gravações

08 Globo Rural - TV Globo 2015 Diversas gravações

09 Festas e Tradições Melo Morais Filho Ed. USP 1979 Diversas Populares do Brasil

225 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Enredo

Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

10 Anuário Estatístico - IBGE 2013 Diversas do Brasil

11 Plano Municipal Prefeitura de 2012/2016 Diversas Turístico de Pirenópolis, GO Pirenópolis

12 Simplesmente Carolina Kotscho Planeta 2007 Diversas Helena

13 Bem Sertanejo - Michel Teló e Planeta 2015 Diversas A história da André Piunti Música que conquistou o Brasil

Outras informações julgadas necessárias

Filme: 02 filhos de Francisco – Autor: Breno Silveira – Globo Filmes, Conspiração Filmes, ZCL Produções e Columbia TriStar do Brasil - 2005

- Consultamos diversos informes sobre a economia de Goiás e, sobretudo, as manifestações folclóricas e religiosas da cidade de Pirenópolis, GO.

- Ouvimos dezenas de músicas que pudessem, de alguma forma, retratar o universo sertanejo – até fazer uma seleção que foi usada em trechos da sinopse do enredo.

- Visitamos por três vezes a cidade de Pirenópolis, documentando festas folclóricas e a antiga residência da Família Camargo – e várias dessas informações estão sendo usadas em figurinos e alegorias.

- Destaque especial para a reportagem da Revista ÉPOCA, de 01/11/2013, “O Brasil é sertanejo”, de Luís Antônio Giron, de onde foram extraídos os dados estatísticos apresentados na Justificativa do Enredo.

226 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

HISTÓRICO DO ENREDO

Se toda história tem início, meio e fim, A nossa começou assim...

1 – INÍCIO O universo sertanejo é do tamanho do Brasil. Como condensá-lo num desfile de Escola de Samba, resumindo-o em seis capítulos, seis carros alegóricos e 32 fantasias?

Esse questionamento nos levou a vários caminhos e o nosso fio condutor era uma homenagem que a Imperatriz Leopoldinense decidiu fazer à dupla Zezé Di Camargo & Luciano, uma das mais dignas representantes da música sertaneja. Uma dupla que cresceu ouvindo Tonico e Tinoco, Alvarenga e Ranchinho, Milionário e José Rico, e tantas outras que conduziram os irmãos Camargo pelas estradas da vida.

Foi nesse momento de criação que resolvemos pesquisar com grande carinho as canções que falam da vida sertaneja e não apenas, exclusivamente, aquelas que são rotuladas como “sertanejas”. Foram muitas idas e vindas ao Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira confrontando semelhanças e diferenças entre o caipira e o sertanejo, coletando preciosidades que definiam uma mesma realidade: a do brasileiro que vive nas lonjuras do país e, que, um dia, migra para a cidade grande.

Assistimos diversas vezes o filme 2 filhos de Francisco, dirigido magistralmente por Breno Silveira. Assumimos, internamente, o compromisso de criar um roteiro próprio para o desfile, direcionado para um público bem diferente do cinema. Foram muito importantes, porém, as entrevistas do making of e aí podemos dizer que alguns aspectos entre cinema e desfile se cruzam. Breno afirmava que entre os principais objetivos do filme se destacavam a valorização da música sertaneja e, consequentemente, a qualidade do cinema brasileiro, como porta-voz dessa mensagem.

Defendemos a mesma bandeira, a da Música Sertaneja, que será desfraldada pelo Samba na Avenida. E quando a direção da Imperatriz decidiu escolher a composição de Zé Katimba, Adriano Ganso, Jorge do Finge, Moisés Santiago e Aldir Senna como a porta- voz dessa mensagem, ficamos felizes e orgulhosos. Não poderia ser melhor.

2 – MEIO Depois de várias reuniões chegamos a uma conclusão importantíssima: a Música Sertaneja – a Mãe Sertaneja! – seria a narradora do enredo. Falaria do universo sertanejo, da humildade caipira e nos conduziria por esse Brasil a fora através das obras de seus filhos: poetas, prosadores, repentistas, cordelistas... e todos os artistas que criaram peças imortais, falando as coisas do povo, para o povo, do jeito que o povo fala e escreve (isso 227 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016 explica o que possa ser interpretado como “erros de concordância” em alguns versos selecionados).

Além do Dicionário Cravo Albin, recorremos também a gravações de programas de Rolando Boldrin e Inezita Barroso, na TV. Um deles é emblemático. Depois de uma apresentação extraordinária da música Ando Devagar, acompanhado por seis violas, Sater foi entrevistado por Inezita. Ela perguntou como nascera aquela obra prima. O compositor, então, respondeu com uma humildade caipira. Disse que fora fazer uma visita ao parceiro Renato Teixeira. Encontrou um violão jogado num canto da sala. Mesmo faltando uma corda, criou a melodia ali, de uma vez só. Renato ouviu, gostou, largou o que estava fazendo e compôs a letra na hora também. Depois do jantar, Sater foi para casa firmar a música. No dia seguinte, recebeu um telefonema de Maria Bethânia, com quem nunca estivera. Ela queria gravar uma música da dupla. E gravou Ando Devagar.

Sater arrematou a entrevista com uma observação fantástica (literalmente): “Você pensa que fomos nós que fizemos, assim tão rápido?” – indagou a Inezita, arrematando: “Isso já veio pronto lá de cima.”

Naquele mesmo período, nas pesquisas, encontramos um poema psicografado que nos ajudou durante parte do roteiro, orientando que “nada acontece por acaso.”

Tivemos a oportunidade de conversar com Zezé Di Camargo sobre esses episódios paralelos e ele deu uma gargalhada gostosa quando soube. Em seguida, lembrou da madrugada em que compôs É o Amor. Na manhã seguinte, com o disco já quase pronto, precisava entregar a música que iria estourar no mercado.

“Eu estava no sofá e o Luciano, dormindo no chão. Cantei baixinho para não acordá-lo. Fiz a música em duas horas” – revelou. Bem, o resto foi com Seu Francisco e aquele monte de fichas de orelhão, ligando para as emissoras de rádio tocarem a música.

O enredo foi entregue aos compositores em meados de maio. Procuramos dar o clima mais intimista possível, como numa roda de repentistas. Quadra lotada, diretores, compositores, ritmistas, componentes, a imprensa, todos lá. As músicas foram interpretadas por uma dupla sertaneja e o texto lido por Cahê Rodrigues. Na cabeceira da mesa, Zezé Di Camargo & Luciano que participaram de todo o processo de confecção do enredo, até mesmo da gravação do CD oficial do Grupo Especial.

O texto do enredo – ou da “Sinopse”, como queiram - está publicado na íntegra, logo após a Justificativa.

228 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

JUSTIFICATIVA DO ENREDO

3 – FIM Em recente pesquisa, chamada de Tribos Musicais, o Ibope informou que 73% dos brasileiros ouvem rádio. Resultantes de entrevistas realizadas nas principais capitais e regiões metropolitanas, foram apresentados os seguintes percentuais de preferência por estilos musicais:

Sertanejo – 58% MPB – 47% Samba/Pagode – 44% Forró – 31%

Os números superam os 100% pelo fato de as pessoas ouvirem mais de um estilo e não apenas um ou outro.

Se na Sapucaí já foram apresentados enredos sobre os mais diferentes estilos musicais, abrindo as portas do Palco Sagrado do Samba , inclusive para ritmos estrangeiros, ficava a pergunta: por que não dedicar um desfile para falar da música sertaneja, a preferida do povo brasileiro, atualmente? A Imperatriz Leopoldinense resolveu enfrentar este desafio. E o faz, orgulhosamente.

Entre tantos fatores que foram nos incentivando a apostar cada vez mais no sucesso desse projeto, o que mais nos motivou foi a grande semelhança entre os admiradores do Samba e do Sertanejo: são trabalhadores que enfrentam grandes dificuldades, mas mantém sempre a esperança de dar a volta por cima.

Geralmente, são pessoas que fazem da música sua eterna companheira, na alegria e na dor. Talvez por isso, Samba e Sertanejo sejam assimilados com tanta facilidade de Norte a Sul do país. São realidades que se esbarram, harmoniosamente. E é chegado o momento de entrarem na Avenida, de mãos dadas, como os mais autênticos brasileirinhos.

Ao longo de todo o projeto, desde a sua anunciação ao público, passando pelo show de apresentação da sinopse, o processo de definição do samba de enredo, o desfile de protótipos das fantasias e o ensaio técnico no Sambódromo serviram para avaliar que Samba e Sertanejo, na verdade, são irmãos. Foram criados em regiões diferentes, mas têm a mesma história para contar: a do Brasil, feita por brasileiros.

Chora cavaco; ponteia, viola Pega a sanfona, meu irmão, chegou a hora! 229 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

SINOPSE

"É o amor... que mexe com minha cabeça e me deixa assim... Do sonho de um caipira nascem os filhos do Brasil"

INTRODUÇÃO

Embalada por violas enluaradas e sanfonas arretadas, a Imperatriz foi buscar inspiração na Música Sertaneja pra falar com o coração.

Cantará para o povo como o sonho de um caipira se tornou realidade. E enquanto o mundo gira, o que “era uma vez”, terá um final feliz. E acredite: tudo isso foi verdade!

Sem fazer nenhum segredo, pedimos à Música pra contar a saga do nosso enredo - escrito nas pontas dos dedos, em cordas de dedilhar.

Meus senhores e senhoras, venham pro meio dessa roda e ajudem a versejar. Nosso show começa agora, e antes que a gente vá embora, Mãe Sertaneja tem muito pra falar...

1o SETOR: SONHO CAIPIRA

”Prepare o seu coração Pras coisas Que eu vou contar Eu venho lá do sertão Eu venho lá do sertão E posso não lhe agradar...” - DISPARADA (; Autores: Geraldo Vandré e Theo Barros) 230 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

Vou abrir o coração como se fosse a porteira da fazenda onde nasci... Canto as coisas de minha gente. Gente sofrida, esquecida nas lonjuras desse país. Gente que trabalha, semeia, ponteia e encontra na viola, um caminho pra ser feliz. Gente que tem raça, que tropeça e levanta, e ainda faz graça quando abraça a sanfona, embalando a vida que vem lá da raiz.

Não espere um lamento, não vim aqui pra trazer sofrimento. Vou falar de minhas andanças, partidas e cheganças. Venho com as minhas crianças e trago na mala muita esperança!

Chego com uma imensa saudade das riquezas que deixei por lá: da família reunida em casa, do rádio em cima da mesa, da santinha que brilha no altar, do galo que anuncia a certeza de um novo dia para se trabalhar; e da noite que chega, pedindo cantoria pra festejar o luar.

No amanhecer, vendo do alto da serra, a terra parece uma colcha de retalhos. Tem girassol, soja, sorgo, trigo e muitos espantalhos se fingindo de amigos para proteger o milharal. Os corvos fogem, morrendo de medo e vão se esconder por trás dos canaviais, cercados de abelhas rainhas, que reinam nesse estado verde-esperança, chamado Goiás!

231 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

2o SETOR: TERRA - SEMEANDO SONHOS

“E a colheita que encheu a tulha, Da tulha o grão para a cidade vai. A terra dorme e ele não descansa Sempre na esperança de colher bem mais...” - A COLHEITA (Chitãozinho e Xororó; Autores: José Fortuna e Carlos Cezar)

Estamos celebrando a colheita que nasceu em nossas mãos. Plantamos grão por grão e é por isso que festejamos. Acreditamos que um sonho jamais será em vão. É daí que vem a nossa união: eles tocam, versam e eu canto a nossa alegria! Pura magia, doce encanto. Pois “até o presidente come o que eu planto...” (*1)

Em cada plantação existe um segredo, um pacto entre lavrador e semente, do nascente ao poente. O homem precisa de trabalho para criar os seus filhos e torná-los honrados, dourados como a barba do milho.

3o SETOR: MÚSICA – MÃE SERTANEJA

Ponteio da viola, o hino brejeiro O som brasileiro saudando a nação Saúda o roceiro, que está na vanguarda soldado sem farda, herói do sertão!” - HINO SERTANEJO (Tonico e Tinoco)

Quando nasci, ganhei uma sublime missão: cantar o que o povo sente, no compasso do coração. Fiquei amiga das rimas, das roças e vaquejadas, ajudei a descrever

232 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016 tanta terra abençoada... Entendi o amor das pessoas e a ele sou submissa, porque a vida é feita de sonhos, ideais e compromissos.

Amarro as coisas mais simples, com as cordas de um violão. Já falei de seca, do luar do sertão; já contei muitas histórias, cotidiano banal. Sou matuta, sou caipira, um rio em curso natural. Tem gente que não gosta, fala mal do que nem viu. Mas quem critica o que eu canto, não conhece o meu Brasil. (*2)

4o SETOR: FÉ E FOLCLORE - PIRENÓPOLIS

“Sou caipira, Pirapora, Nossa Senhora de Aparecida Ilumina a mina escura e funda O trem da minha vida” - ROMARIA (Renato Teixeira)

Diante do rei, da rainha, seus generais e princesas, cristãos e mouros cumprimentam Suas Altezas e partem para o campo de batalha. Nesta luta só existe uma certeza: não haverá mortos nem feridos. Daqui a pouco ouviremos estampidos dos fogos que anunciam a cavalhada. Mascarados fazem enorme alarido, trazendo à rua muita gente interessada.

Salve o divino Espirito Santo, ai ai Salve o divino Espirito Santo, ai ai O divino Espirito Santo Chegô aqui nesta morada Veio guiando a bandeira Na poeira das estrada Veio trazer sua bença Por nóis muito esperada - DIVINO ESPIRITO SANTO (Inezita Barroso; Autores: Carlos Piavani, Canhoto, Torrinha e Antônio Boaventura)

233 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

Não repare a falta de concordância nem a pobreza de minhas rimas, elas retratam a alma do povo. E cantam a vida severina enganam a saudade, a distância, juntando mulheres, velhos, crianças em torno da bandeira do Divino. O tambor bate com a força do coração de um menino Marcando o vaivém entre a fé e o destino.

Vem gente de toda parte, pagando promessas de toda sorte, desde os que brilham nas artes aos que escaparam da morte. Carregam cruzes, objetos de cera e se misturam aos que cantam na feira, corando as beatas, bulindo as mulatas, embalando os carreiros que vêm de longe tocando a boiada.

A fé se multiplica numa infinidade de santos, Acalentados por Helena, aos pés de Maria e o poder de seu manto. E lá vamos nós, pé ante pé, numa interminável romaria, que se espicha pela estrada em busca de uma estrela guia. De mãos dadas, agradecemos a Deus, abraçamos irmãos, semeamos a paz para colher o que a vida nos traz.

5o SETOR: FILHOS DE FRANCISCO... E HELENA

“Nesta longa estrada da vida Vou correndo não posso parar Na esperança de ser campeão Alcançando o primeiro lugar...” - ESTRADA DA VIDA (Milionário e José Rico)

234 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

Todos querem conhecer a cidade onde nasceram os filhos de Francisco. Não o santo, mas o caipira que acreditava num sonho de verdade. Comprou sanfona para o mais velho e uma viola pro irmão, rogando a Deus que tivessem o dom de arrastarem a multidão, cantando as modas do sertão...

Estrearam num caminhão, cantaram na praça e na estação percorreram vilas e vilarejos. Mas como bons sertanejos se nada carregavam nos bolsos tinham a família no coração.

“Eu bem queria continuar ali Mas o destino quis me contrariar E o olhar de minha mãe na porta Eu deixei chorando a me abençoar...” - O DIA EM QUE EU SAÍ DE CASA (Zezé Di Camargo e Luciano)

Longe de casa, escondendo a dor, foram em busca da felicidade na terra do progresso, onde só vence quem é doutor. Os dois filhos de Francisco superaram sacrifícios com justiça e autoridade. Fizeram o maior sucesso e venceram com louvor!

Venderam milhões de discos Espalhando alegria pelo país E como Dona Helena, sou outra mãe envaidecida Uma manteiga derretida... Pois também ajudei A gerar esse final feliz

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6o SETOR: OS FILHOS DO BRASIL

Senhoras e senhores Tenho a honra de convidá-los Para uma festa sertaneja Como aqui nunca se viu

O Maior Espetáculo da Terra Abre as portas e cortinas Mostrando a meninos e meninas Que o sonho não partiu

Quero dar Flores em Vida A essas duas estrelas matutinas Que iluminam o caminho da juventude tão querida, os novos Filhos do Brasil!

E quando me perguntam: Como é que eles conseguiram tudo isso, minha senhora? Quem foi que os abençoou? Ponteio na viola E tiro a voz lá do fundo Cantando pra todo mundo: Foi Deus, Nosso Senhor.... Porque Deus... é Amor.

“É o Amor... Que mexe com minha cabeça e me deixa assim Que faz eu pensar em você e esquecer de mim Que faz eu esquecer que a vida é feita pra viver... - É O AMOR (Zezé Di Camargo)

Pesquisa, Roteiro e Desenvolvimento: Cahê Rodrigues, Marta Queiroz e Cláudio Vieira Maio 2015

Em homenagem à Música Sertaneja, criada, composta e cantada pelos Filhos do Brasil.

236 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

ROTEIRO CONTEXTUALIZADO

Nosso enredo canta a música sertaneja, se encanta com a obstinação do retirante, conta a história de pessoas humildes e sofridas, que chegaram à cidade grande para vencer. Ao contrário da grande maioria de vencedores, eles não eram doutores. Eram caipiras. E cantavam o amor.

Escolhemos o estado de Goiás como pano de fundo de nossa história e será lá que ela se desenvolverá em quase toda a trama.

Abrindo as porteiras do coração, traçamos um caminho por uma verdadeira colcha de retalhos, produzida com o suor dessa gente valente e trabalhadora. É aqui que sonhos constroem a realidade.

Do alto da Serra Dourada contemplamos a pujança da economia de Goiás, simbolizada na sua agricultura.

1o SETOR: “SONHO DE CAIPIRA” A abertura do desfile mostra de forma lúdica alguns elementos que compõem o dia-a-dia da fazenda, onde o caipira mistura sua fantasia à realidade. Tudo tem vida e alegria.

2o SETOR: “TERRA - SEMEANDO SONHOS” Sonhos caipiras se encontram no triângulo formado pelas cidades de Goiânia, Anápolis e Brasília, ponto estratégico do escoamento da produção goiana, uma das maiores áreas agropecuárias do mundo. É ali que se concentram as maiores plantações do país e fazem desse estado o recordista nacional de exportação de grãos.

3o SETOR: “MÚSICA – MÃE SERTANEJA” Nosso enredo se propõe a contar uma história brasileira, feita por brasileiros para outros brasileiros... pobres, esquecidos na lonjura do sertão. Mas são valentes, sonhadores, cantadores... Convidamos a música sertaneja para contar a história de sua gente...

4o SETOR: “FÉ E FOLCLORE – PIRENÓPOLIS” Nossa história começou nas porteiras de Goiás. Passamos por vastas plantações e percorremos caminhos que só a música conhece. Agora, chegamos à cidade de Pirenópolis, a terra da família Camargo e de nossos homenageados.

5o SETOR: “FILHOS DE FRANCISCO... E HELENA” Chegamos a um vilarejo de Pirenópolis, chamado Capela do Rio do Peixe. Ali moram um caipira chamado Francisco Camargo, sua mulher, Helena, e sete filhos. São muito pobres e dependem do trabalho desse lavrador, que é um sonhador. Dali, os Camargo migram para Goiânia. E de lá, Zezé Di Camargo e Luciano partem para São Paulo, onde conquistam o sucesso.

6o SETOR: “OS FILHOS DO BRASIL” Assim como Tonico e Tinoco inspiraram gerações sertanejas, Zezé Di Camargo e Luciano viram exemplos para milhões de brasileiros que saem do interior para tentar uma vida melhor na cidade grande. Vencem, chegam ao sucesso e inspiram os novos Filhos do Brasil. A união e o amor de toda uma família são retratados em músicas, que espalham esse sentimento pelo país. 237 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

ROTEIRO DO DESFILE

1º SETOR – SONHO DE CAIPIRA

Comissão de Frente O SERTANEJO E SEU CHAPÉU

Tripé 01 PORTEIRA DA FAZENDA

Guardiãs do 1º Casal Mestre-Sala e Porta-Bandeira DAMAS DA CORTE DA ROÇA

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Rogério Dornelles e Rafaela Theodoro CASAMENTO NA ROÇA

Ala 01 – Baianas GIRASSÓIS DA ROÇA

Tripé 02 ABELHA-RAINHA

Alegoria 01 (Abre-Alas) UNIVERSO CAIPIRA

2º SETOR – TERRA – SEMEANDO SONHOS

Ala 02 – Comunidade MILHO

Ala 03 – Comunidade SOJA

Ala 04 – Comunidade CANA-DE-AÇÚCAR

238 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

Ala 05 – Comunidade TOMATE

Ala 06 – Comunidade ALGODÃO

Ala 07 – Nobre LAVRADORES

Alegoria 02 DOURADA SERRA QUE RELUZ O MEU GOIÁS

3º SETOR: MÚSICA – MÃE SERTANEJA

Ala 08 – Amar é viver VIOLEIROS

Ala 09 – Surgiu no ato O CIRCO

Ala 10 – Comunidade TRISTEZA DO JECA

Ala 11 – Velha-Guarda TRIBUTO À INEZITA BARROSO

Ala 12 – Comunidade ROMARIA

Ala 13 – Força Verde REI DO GADO

Ala 14 – Comunidade DANÇA SERTANEJA

Alegoria 03 FESTA SERTANEJA

239 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

4º SETOR: FÉ E FOLCLORE - PIRENÓPOLIS

Ala 15 – Comunidade MASCARADOS

Ala 16 – Comunidade CAVALHADAS

Ala 17 – Comunidade PASTORINHAS

Rainha de Bateria Cris Vianna RAINHA SERTANEJA

Ala 18 – Bateria SOU BRASILEIRO, CAIPIRA PIRAPORA

Ala 19 – Passistas SEGURA, PEÃO!

Ala 20 – Comunidade IMPERADOR DO DIVINO

Ala 21 – Comunidade FESTA DO DIVINO

Alegoria 04 A FÉ QUE UNE E FAZ O POVO ACREDITAR

5º SETOR: FILHOS DE FRANCISCO E HELENA

Ala 22 – Comunidade O RÁDIO

Ala 23 – Crianças CAMARGO E CAMARGUINHO

Tripé 03 EM BUSCA DE UM SONHO

240 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

Ala 24 – Comunidade A SAGA DE FRANCISCO E HELENA

Ala 25 – Caprichosos FUI ENGRAXATE!

Ala 26 – Compositores É O AMOR!

Ala 27 – Comunidade O SUCESSO!

Alegoria 05 O SONHO DO CAIPIRA VIRA REALIDADE

6º SETOR – OS FILHOS DO BRASIL

Ala 28 – Tijolinho SOU MALANDRO CAIPIRA

Ala 29 – Comunidade ARRAIÁ DA IMPERATRIZ

Ala 30 – Comunidade FLORES EM VIDA

Ala 31 – Comunidade FILHOS DO BRASIL

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Marcílio Diamante e Elaine Fernanda 25 ANOS DE AMOR

Ala 32 – Comunidade CANTANDO O AMOR

Alegoria 06 É O AMOR... QUE MEXE COM A MINHA CABEÇA E ME DEIXA ASSIM...

241 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Cahê Rodrigues Nº Nome da Alegoria O que Representa

Tripé PORTEIRA DA FAZENDA Abrindo a porteira do coração, a Imperatriz 01 Leopoldinense convida a todos para um passeio pelo universo sertanejo. Acompanhado de seus amigos do dia-a-dia, o caipira será o nosso mestre de cerimônias, levando-nos a uma viagem contemplada pela simplicidade, mas inesquecível. Sejam bem-vindos!

Tripé ABELHA-RAINHA Responsável pela polinização entre os girassóis, a 02 abelha sobrevoa, soberana, a plantação em movimento. Essa majestade guarda o segredo da troca de sementes e faz do girassol um símbolo de sorte, sucesso, fama e felicidade em várias partes do mundo. E esta sorte se espalhou também pelos campos verdejantes de Goiás.

01 Abre-Alas Uma carroça em formato de viola abre a cortina do UNIVERSO CAIPIRA Universo Sertanejo, onde tudo passa a ganhar vida ao som da música. Regidos por um corvo, espantalhos – sentados em bancos de espigas - formam uma orquestra, que embala o canto afinado das galinhas. Como bons caipiras, Francisco e Helena deixam os sonhos fluírem nas ondas do rádio, que anuncia a chegada da Coroa da Imperatriz – ornada em grãos de milho, como pedras preciosas do campo. Os espantalhos protegem, cantam e festejam a boa safra que entra na Avenida!

242 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Cahê Rodrigues Nº Nome da Alegoria O que Representa

02 DOURADA SERRA QUE Aqui pulsa o coração de Goiás, recordista nacional em RELUZ O MEU GOIÁS produção de grãos. O centro do carro é dedicado ao lavrador, esculpido em quatro versões – todas construídas com sementes. As laterais são decoradas com sacas de soja e a traseira com gigantescos silos (depósitos), guardando as sementes do amanhã. Na parte frontal, mãos solidárias - em formato de raízes -, oferecem parte da produção ao mundo. No interior do globo, sementes se multiplicam na dança da vida. Na decoração, a harmonia entre o rústico e o moderno, que bem caracterizam Goiás.

03 FESTA SERTANEJA Um gigantesco violão, companheiro inseparável do sertanejo, serve de palco para a festa arretada. Os convidados acenam das varandas, suspensas em três níveis – cujas estruturas são ladeadas por peças da indumentária do vaqueiro: botas, cintos e fivelas. Mais de 200 chapéus complementam a decoração, onde também se destacam 120 violões de verdade – que, posteriormente, serão doados a projetos sociais. Dois vaqueiros, com seus berrantes, anunciam que o desafio nos touros-mecânicos vai começar!

04 A FÉ QUE UNE E FAZ O Trazendo à frente uma réplica da residência da família POVO ACREDITAR Camargo em Sítio Novo, esta alegoria representa Pirenópolis, GO. Serve de cenário à cerimônia de coroação do Imperador, momento marcante da Festa do Divino – que concentra a fé e a esperança do povo. A coroa também é uma réplica da que é usada pelo “Imperador”. Como num sonho, a esperança é sagrada e, por isso mesmo abençoada pelo Espírito Santo, simbolizado em pombas brancas, que saem em revoada, entre estandartes e ostensórios. O carro também retrata o artesanato local, na união das famílias em torno da festa.

243 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Cahê Rodrigues Nº Nome da Alegoria O que Representa

Tripé EM BUSCA DE UM SONHO Como os retirantes de Portinari, os Camargo deixam 03 Pirenópolis a caminho da capital, em busca de dias melhores. Ao centro: Helena, com Luciano ao colo; e Francisco, segurando Wellington. A partir da esquerda, Walter no colo de Emival (falecido), Marlene, Zezé e Emanoel, hoje empresário da dupla. Luciele e Camargo Jr – que não aparecem – nasceram em Goiânia.

05 O SONHO DO CAIPIRA Enfim, o sucesso! Que nasceu no trabalho incansável de VIRA REALIDADE Francisco e seus companheiros, ligando insistentemente de orelhões para as rádios de Goiânia, pedindo para tocar É o Amor... A música estourou, revelando Zezé Di Camargo & Luciano para o Brasil. A dupla já vendeu mais de 25 milhões de discos, ganhou Grammys latinos e também fez sucesso no cinema – na parte traseira, a platéia assiste a cenas de 2 filhos de Francisco. Capas de disco e diversas fotos em backlight assinalam momentos marcantes da trajetória dos dois irmãos.

06 É O AMOR... Corações unidos por notas musicais sintetizam o QUE MEXE COM A MINHA grande Show da Família Camargo, apresentada em CABEÇA E ME DEIXA quatro níveis: à frente, Francisco e Helena; no plano ASSIM intermediário, os irmãos e parentes da Camargo; no palco mais elevado, Zezé Di Camargo & Luciano, protagonistas do enredo. Atrás e abençoando a todos, Emival – o Anjo Caipira citado no samba de enredo. Era o Camarguinho da dupla inicial e faleceu, ainda garoto, num acidente de automóvel, no interior de Goiás. Ele não poderia estar fora desta grande homenagem, feita com Amor. A estrutura de ferro, vazada, e muita iluminação sugerem um palco. E será nele que os homenageados se apresentarão para o público do Maior Show da Terra.

244 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Nomes dos Principais Destaques Respectivas Profissões

Simone Drumond Empresária

Nathália Drumond Empresária

Paola Drumond Estudante

Elymar Santos Cantor

Paula Fernandes Cantora

Zezé di Camargo e Luciano Cantores

Dira Paes Atriz

Ângelo Antônio Ator

Zilu Camargo Empresária

Wanessa Camargo Cantora

Camila Camargo Atriz

Igor Camargo DJ

Denilson Ex-Jogador

Luciele de Camargo Atriz

Sérgio Reis Cantor

Gustavo Lima Cantor

Fernando e Sorocaba Cantores

Local do Barracão Rua Rivadavia Correa, 60 – Barracão 14 – Gamboa – Centro Diretor Responsável pelo Barracão Cláudia Cristina Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe Pedro Girão Jorge Machado Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe Daniel Soave Clécio Régis Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe Kibe Franco Outros Profissionais e Respectivas Funções

Ronan Marinho - Designer Gráfico em 3D Ricardo Deniz - Arte em Espuma e EVA Fabiano - Fibra Edward Moraes - Chefe de Adereços Ana - Chefe Almoxarife Cátia Drumond - Responsável pelas compras Wilmar - Trabalhos em espelho e acrílico Juscelino - Esculturas com movimentos

245 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cahê Rodrigues D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Ano de Nº Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

01 Girassóis da Roça Aqui começa nossa Baianas Raul 1958 viagem, como se estivéssemos sobrevoando o estado de Goiás. Da terra brota o sol em forma de flor, que faz girar a economia… Mais de 70% da produção nacional de girassóis vem

de Goiás. 02 Milho Foi no milharal que Comunidade Diretoria de 1959 nasceu o sonho de Carnaval Francisco, um dos protagonistas de nossa história... Prossegue o passeio pelas plantações de Goiás, estado recordista na produção de grãos.

03 Soja A produção de soja fez Comunidade Diretoria de 1959 de Goiás o recordista Carnaval nacional de exportação de grãos... Esta cultura ocupa mais de 3,2 milhões de hectares do território goiano.

246 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cahê Rodrigues D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Ano de Nº Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

04 Cana-de-açúcar Lavoura que se espalhou Comunidade Diretoria de 1959 ao longo do litoral Carnaval brasileiro desde a chegada dos portugueses, atualmente é em Goiás que se concentram alguns dos maiores canaviais do país...

05 Tomate Com a instalação de Comunidade Diretoria de 1959 indústrias alimentícias Carnaval no Centro-Oeste, Goiás passou a ser um dos maiores produtores de tomates do país...

06 Algodão Simbolizamos na cultura Comunidade Diretoria de 1959

algodoeira a relação do Carnaval homem e a natureza de seu trabalho. Catando algodão, o lavrador ajuda a vestir a nação...

247 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cahê Rodrigues D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Ano de Nº Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

07 Lavradores Eis o grande herói de Nobre Walter 2001 nossa história: o Pacheco lavrador, esse trabalhador determinado, que enfrenta todos os revezes para abastecer a mesa do povo e até mesmo a do presidente...

08 Violeiros Aqui, começa a segunda Amar é Viver Hélcio Correia 1959 parte dessa viagem, agora pelo universo da Música Sertaneja. Companheira inseparável de poetas, repentistas e prosadores, a viola embala os versos que construíram a Odisseia Sertaneja.

09 O Circo Foi o circo mambembe Surgiu no Ato Sandra Borges 1982 de lona desbotada e remendada, que serviu de palco para a apresentação dos artistas populares. Entre eles as primeiras duplas sertanejas...

248 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cahê Rodrigues D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Ano de Nº Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

10 Tristeza do Jeca “Nestes verso tão Comunidade Diretoria de 1959 singelo/ Minha bela, Carnaval meu amor/ Pra você quero contar/ O meu sofrer e a minha dor...” Na voz de Tonico e Tinoco, que inspirariam outras duplas, o caipira abriu o seu coração para o país...

11 Tributo a Inezita Nossa homenagem à Velha-Guarda Adilson 1959 Barroso cantora, atriz, folclorista, historiadora, apresentadora de rádio e TV, ícone da Velha Guarda da Música Sertaneja.

12 Romaria “Como eu não sei rezar/ Comunidade Diretoria de 1959 Só queria mostrar/ Meu Carnaval olhar, meu olhar, meu olhar…” Nos versos de Renato Teixeira, o caipira olha nos olhos da santa e expõe toda a sua verdade: Só lhe resta a fé…

249 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cahê Rodrigues D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Ano de Nº Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

13 Rei do Gado O gado tem presença Força Verde Wilma 1982 marcante na vida sertaneja e em sua música, estabelecendo paralelos entre patrão x peão. Goiás possui o terceiro maior rebanho bovino do país.

14 Dança Sertaneja Ao som de violas e Comunidade Fábio Batista 2011 sanfonas, arrasta-pés se espalharam de Norte a Sul e celebram a música sertaneja, uma preferência nacional!

15 Mascarados Nossa próxima escala é Comunidade Diretoria de 1959 em Pirenópolis, terra de Carnaval nossos homenageados e uma das principais referências do folclore nacional. Com suas roupas coloridas, os mascarados vêm à rua anunciar que a folia já vai começar...

250 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cahê Rodrigues D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Ano de Nº Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

16 Cavalhadas Simbolizando a luta entre Comunidade Diretoria de 1959 cristãos e mouros, para Carnaval que o cristianismo voltasse a imperar na Península Ibérica, a cavalhada é um marco da colonização portuguesa que ficou em nossa cultura...

17 Pastorinhas Com sua graça e beleza, Comunidade Diretoria de 1959 as pastorinhas anunciam Carnaval que é chegada a Festa do Divino, celebrada 50 dias após a Semana Santa, no Domingo do Divino...

* Rainha Sertaneja Rainha de Direção de 2011 Bateria Carnaval Chris Viana

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FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cahê Rodrigues D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Ano de Nº Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

18 Sou Brasileiro, É tempo de festa, de Bateria Magno 1959 Caipira Pirapora comemorar a união que a Imperatriz promove entre o samba e o sertanejo – duas marcas registradas da cultura brasileira. Nossos caipiras vão sacudir a Avenida!

19 Segura Peão Se a dança começou Passistas Diretoria de 1959 arretada, eles agora Carnaval dizem no pé e mostram como é que é... Segura, peão!!

20 Imperador do Ao som de tambores, que Comunidade Diretoria de 1959 Divino a Festa do Divino arrasta Carnaval multidões pelas ruas de Pirenópolis, saudando a figura do Imperador... Diante do povo, ele será coroado!

252 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cahê Rodrigues D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Ano de Nº Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

21 Festa do Divino A festa se materializa Comunidade Diretoria de 1959 num ato de fé, reunindo Carnaval gente de todas as classes, que saem em romaria, conduzindo estandartes, fazendo orações e promessas ao Divino Espírito Santo!

22 O Rádio Chegamos à casa dos Comunidade Diretoria de 1959 Camargo, onde o rádio Carnaval era o único meio de comunicação com o mundo. E alimentava um sonho: de que dois de seus filhos formassem uma dupla sertaneja...

23 Camargo e Com a fé de Francisco, a Crianças Diretoria de 1988 Camarguinho resignação de Helena e a Carnaval graça de Deus, o sonho começou a virar realidade. Os irmãos Zezé, na sanfona, e Emival, na viola, formaram uma dupla de verdade!

253 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

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Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cahê Rodrigues D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Ano de Nº Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

24 A Saga de Com a perda da casa em Comunidade Bira Dance 2011 Francisco e Pirenópolis, Francisco e Helena Helena tentaram a sorte na cidade grande. Ela foi trabalhar como doméstica e ele, na construção civil. Levaram os filhos e, na bagagem, o sonho.

25 Fui Engraxate! Com a morte de Emival Caprichosos Ilma 1959 num acidente de carro, o projeto da dupla sertaneja foi interrompido. Nessa época, Luciano, irmão mais novo de Zezé, trabalhava como engraxate para ajudar à família.

26 É o Amor! Da inspiração nascem as Compositores André Bonatte 1959 canções que traduzem a alma do povo. Com Zezé Di Camargo e Luciano, os dois filhos de Francisco que protagonizam o nosso enredo, não foi diferente.

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Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cahê Rodrigues D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Ano de Nº Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

27 O Sucesso! A canção É O AMOR Comunidade Diretoria de 1959 explodiu em todo o Carnaval Brasil, vendendo milhões de cópias. Zezé Di Camargo e Luciano fizeram shows na TV e nas principais casas de espetáculo do país, conquistando os principais prêmios da música.

28 Sou Malandro A Imperatriz abre a Tijolinho Regina Cairo 1995 Caipira porteira de seu coração para receber os irmãos que vêm de longe. O malandro de Ramos veste a sua roupa caipira e comanda a verdadeira festa no interior!

29 Arraiá da O arraiá está formado. É Comunidade Diretoria de 2011 Imperatriz o samba colorido de Carnaval sertanejo, e o sertanejo na ginga do samba. De mãos dadas, mostram ao povo que a alegria é uma só: o orgulho de ser brasileiro!

255 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas) Cahê Rodrigues D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S Nome da O que Nome da Responsável Ano de Nº Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

30 Flores em Vida Dizem que a grande Comunidade Diretoria de 1959 homenagem é aquela Carnaval prestada em vida. E para representar a nossa Escola nessa homenagem a Zezé Di Camargo e Luciano, aí vêm as Damas de Ramos...

31 Filhos do Brasil Se os sonhos foram as Comunidade Diretoria de 1959 sementes que Carnaval germinaram essa história, eles agora se transformam em sementes de amor, que se espalham pelo país através de admiradores da dupla e da música sertaneja.

32 Cantando o Amor Se toda história tem Comunidade Diretoria de 1959 início, meio e fim, a Carnaval nossa começou assim... A Zezé Di Camargo e Luciano, com o reconhecimento, o carinho e o amor da Nação Leopoldinense! Seguimos cantando o Amor!

256 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Local do Atelier Rua Rivadavia Correia, 60 – Barracão nº. 14 – Gamboa – Centro Diretor Responsável pelo Atelier Ray Menezes e Leandro Polycarpo Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe Cristiane Machado Rivelino Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe Leandro Polycarpo Regina Outros Profissionais e Respectivas Funções

Ray Menezes - Modelagem

Marco Monte - Arte em espuma

Clécio Régis - Pintura de Arte

Paulo - Armações em arame

Vitor - Armações em Vime

Alan - Cortador

Outras informações julgadas necessárias

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Samba-Enredo

Autor(es) do Samba- Zé Katimba, Adriano Ganso, Jorge do Finge, Moisés Santiago e Enredo Aldir Senna Presidente da Ala dos Compositores André Bonatte – Vice-Presidente Cultural Total de Componentes da Compositor mais Idoso Compositor mais Jovem Ala dos Compositores (Nome e Idade) (Nome e Idade) 85 Zé Katimba Luizinho (oitenta e cinco) 83 anos 17 anos Outras informações julgadas necessárias

Chora cavaco, ponteia viola Pega a sanfona, meu irmão, chegou a hora Sou brasileiro, caipira Pirapora

Sagrada lida, vida sertaneja Guardo as lembranças lá do meu torrão O galo canta anuncia novo dia Abre a porteira do meu coração Minhas andanças marejadas de saudade Semeiam sonhos... felicidade Ouvir a orquestra espantar, vibrar numa só voz Dançar ao vento... os girassóis No amanhã hei de colher, o que hoje for plantar Visão que o tempo não desfaz Dourada serra que reluz no meu Goiás

Minha terra... Sou som do serrado brejeiro Onde a lua inocente vagueia Berrante, peão, vaquejada Tocando a boiada A estrela que clareia

Sou matuta, ribeira, caipira Não desgoste de mim quem não viu...ô Paixão derramada na rima O encanto da menina Um pedaço feliz do Brasil

258 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Festa... tem cavalhada e romaria Risos... os mascarados vêm brincar Na fé que une e faz o povo acreditar Que um grande sonho pode se alcançar A esperança do pai... brilhou Nos filhos que o Brasil... consagrou Talento e arte, vitória e superação Que um anjo caipira abençoou Se toda história tem início, meio e fim A nossa começou assim

É o amor... A receita da alegria Sentimento e magia A razão do meu cantar

É o amor... Minha escola na avenida A paixão da minha vida Verde é minha raiz Imperatriz

O SAMBA NARRA A SAGA SERTANEJA

CHORA CAVACO, PONTEIA VIOLA PEGA A SANFONA, MEU IRMÃO, CHEGOU A HORA SOU BRASILEIRO, CAIPIRA PIRAPORA O encontro de dois instrumentos musicais (Cavaco e viola) simbolizam a mistura entre o samba e o ritmo sertanejo, sintetizando o nosso enredo e conduz ao universo caipira que será apresentado durante o desfile.

SAGRADA LIDA, VIDA SERTANEJA GUARDO AS LEMBRANÇAS LÁ DO MEU TORRÃO O GALO CANTA ANUNCIA NOVO DIA ABRE A PORTEIRA DO MEU CORAÇÃO MINHAS ANDANÇAS MAREJADAS DE SAUDADE SEMEIAM SONHOS... FELICIDADE OUVIR A ORQUESTRA ESPANTAR, VIBRAR NUMA SÓ VOZ DANÇAR AO VENTO... OS GIRASSÓIS É a própria música sertaneja quem conduzirá e nos apresentará o tema abordado no desfile. A primeira parte do samba nos remete ao bucólico sertão brasileiro, da lida do sertanejo, que como em um ritual sagrado semeia o chão com sementes e sonhos e fantasias. Em sua imaginação uma grande orquestra de espantalhos ao emitir sua sonoridade conduz o trabalho e protege a plantação.

259 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

NO AMANHÃ HEI DE COLHER, O QUE HOJE FOR PLANTAR VISÃO QUE O TEMPO NÃO DESFAZ DOURADA SERRA QUE RELUZ NO MEU GOIÁS É na dourada Serra do Centro-Oeste brasileiro que começamos nossa história. Em Goiás, nosso sertanejo, sempre na esperança por uma boa colheita, semeia as sementes que alimentam sua vida e sustentam uma nação.

MINHA TERRA... SOU SOM DO SERRADO BREJEIRO ONDE A LUA INOCENTE VAGUEIA BERRANTE, PEÃO, VAQUEJADA TOCANDO A BOIADA A ESTRELA QUE CLAREIA SOU MATUTA, RIBEIRA, CAIPIRA NÃO DESGOSTE DE MIM QUEM NÃO VIU... Ô PAIXÃO DERRAMADA NA RIMA O ENCANTO DA MENINA UM PEDAÇO FELIZ DO BRASIL A trilha sonora para o difícil trabalho nas lavouras e plantações não podia ser outra: a música sertaneja! O som que traduz todo o sentimento campestre, uma identidade nacional, que através de suas rimas, versos e melodias difundem um pedaço do Brasil, rico em arte e cultura.

FESTA... TEM CAVALHADA E ROMARIA RISOS... OS MASCARADOS VÊM BRINCAR NA FÉ QUE UNE E FAZ O POVO ACREDITAR QUE UM GRANDE SONHO PODE SE ALCANÇAR Chegamos a Pirenópolis, dia da Festa do Divino. A festa religiosa é o cenário para uma das maiores manifestações folclóricas brasileiras: a Cavalhada. Mascarados, mouros e cristãos colorem a cidade, e une o povo em torno de fé e esperança. Pirenópolis, é a Cidade natal de Zezé de Camargo e Luciano. A dupla sertaneja homenageada pela Imperatriz Leopoldinense no Carnaval de 2016.

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Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

A ESPERANÇA DO PAI... BRILHOU NOS FILHOS QUE O BRASIL... CONSAGROU TALENTO E ARTE, VITÓRIA E SUPERAÇÃO QUE UM ANJO CAIPIRA ABENÇOOU SE TODA HISTÓRIA TEM INÍCIO, MEIO E FIM A NOSSA COMEÇOU ASSIM Além do talento e da determinação da dupla de cantores Zezé de Camargo e Luciano, um outro fator foi fundamental para o reconhecimento nacional transformado em sucesso: A determinação de Francisco e Helena. O sonho de um pai que se transforma em realidade, abençoado por “um anjo caipira” (Emival, que formou a primeira dupla - Camargo e Camarguinho - ao lado do irmão Zezé -, e morreu prematuramente num acidente de automóvel), marcam a trajetória de arte e muita superação.

É O AMOR... A RECEITA DA ALEGRIA SENTIMENTO E MAGIA A RAZÃO DO MEU CANTAR É O AMOR... MINHA ESCOLA NA AVENIDA A PAIXÃO DA MINHA VIDA VERDE É MINHA RAIZ IMPERATRIZ Fechando o desfile da Imperatriz é uma grande homenagem ao maior sucesso da dupla e uma das maiores músicas brasileiras, reconhecida internacionalmente: É o Amor! O título simples da composição traduz o maior dos sentimentos, unindo todos, sertanejos e sambistas, brasileiros natos em busca de um mesmo sonho: ser feliz!

261 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

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Bateria

Diretor Geral de Bateria Lolo – Luiz Alberto Outros Diretores de Bateria Andinho, Anderson, Clariana, Jean, Caio, Cabral, Tiquinho, Maurão, Júnior e Nego Ed. Total de Componentes da Bateria 270 (duzentos e setenta) ritmistas NÚMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS 1ª Marcação 2ª Marcação 3ª Marcação Rece-Reco Ganzá 12 12 15 01 01 Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique 99 0 36 0 40 Prato Agogô Cuíca Pandeiro Chocalho 0 0 30 0 24 Outras informações julgadas necessárias

Estreando no comando da tradicional bateria gresilense, Mestre Lolo apresentará no desfile um ritmo forte e cadenciado, permitindo a perfeita combinação entre os diversos instrumentos, e unindo a tradicional identidade musical da Imperatriz aos elementos rítmicos versáteis, que prometem sacudir a avenida.

Todas as bossas foram ‘desenhadas’ de maneira que pudessem destacar harmonicamente pontos fortes do samba-enredo, mas sem deixar de lado a cadência e a manutenção rítmica, no momento de suas execuções.

Mestre Lolo estreia no comando de uma bateria do Grupo Especial amplamente gabaritado, trazendo consigo diversas premiações e, principalmente, notas 10 que fizeram dele um dos principais Mestres da nova geração do carnaval carioca.

Sobre a Rainha da Bateria: Pelo quarto ano consecutivo à frente de nossa “orquestra de percussão” ocupando o cargo de Rainha de Bateria, a atriz Cris Vianna empresta sua beleza e simpatia ao desfile Leopoldinense.

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Harmonia

Diretor Geral de Harmonia Junior Scafura Outros Diretores de Harmonia Alex, Dudu, Julinho, Serginho, Sergio Roberto, André, Mario, Vitor Hugo, Carlos Jorge, Fabinho, Haroldo, Chico, Wagner, Coelho, Thiago, Victor, Ricardinho, Fernando, Valnei, Jorginho, Jorge Luiz, Clebér, Luizinho, Jairo, Tony, Fábio, Wilson e Raul Total de Componentes da Direção de Harmonia 30 (trinta) componentes Puxador(es) do Samba-Enredo Marquinho Art'samba Instrumentistas Acompanhantes do Samba-Enredo Primeiro Cavaco: Leandro Thomaz Cavaco Base: Vinicius Marques Violão de Seis Cordas: Pedro Marques Violão de Sete Cordas: Ismael Santos Pandeiro Tan Tan: PC da Imperatriz Surdo: Marcelão Outras informações julgadas necessárias

Puxadores auxiliares no carro de Som: Arthur, Meio Dia, Chicão, Jefinho, Rafael Tinguinha e Henrique Cesar.

Direção Musical: O produtor Mário Jorge Bruno é o responsável pela Direção Musical da Imperatriz, tendo como missão a harmonia vocal e instrumental produzida pelo carro de som para que este encontre o perfeito entrosamento com o ritmo impresso pela Bateria e o canto emitido pelo corpo de componentes da Escola.

Mário Jorge é produtor do CD Oficial das Escolas de Samba do Grupo Especial desde 1994 e acumula durante o Carnaval a responsabilidade de supervisão de mixagem e microfonação da Bateria nos dias de desfiles na Marques de Sapucaí

Direção Harmonia e Evolução: Vencedor de tradicionais premiações do carnaval carioca por seu desempenho à frente da Harmonia da Imperatriz Leopoldinense no carnaval de 2015, Júnior Escafura manteve para o 2016 o mesmo comprometimento e determinação para que o canto e a evolução da escola atinjam a perfeição e embale não só os componentes mas também todos na Avenida.

Júnior Escafura teve uma importante participação nos últimos carnavais do G.R.E.S. Portela, onde foi cinco vezes campeão na disputa de samba-enredo, bem como produziu musicalmente a escola e dirigiu sua harmonia entre os anos de 2006 a 2013.

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FICHA TÉCNICA

Harmonia

Outras informações julgadas necessárias

Júnior também atuou como diretor de carnaval na Caprichosos de Pilares (2012/2013), levando a escola ao campeonato do Grupo de acesso B em 2012, além de conquistar com a Estácio de Sá o Vice-Campeonato do Grupo A em 2014.

Com o objetivo de unir à tradicional técnica de desfile da Imperatriz uma evolução vibrante e livre, onde os componentes tenham a liberdade para “brincar” o carnaval, Júnior, através de um trabalho coletivo com seus diretores auxiliares, realizou um incontável número de ensaios de alas, na quadra e na avenida, para que no dia do desfile a Imperatriz possa fazer ecoar através dos seus 3200 componentes o canto forte da Corte Leopoldinense.

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Evolução

Diretor Geral de Evolução Junior Escafura Outros Diretores de Evolução Alex, Dudu, Julinho, Serginho, Sergio Roberto, André, Mario, Vitor Hugo, Carlos Jorge, Fabinho, Haroldo, Chico, Wagner, Coelho, Thiago, Victor, Ricardinho, Fernando, Valnei, Jorginho, Jorge Luiz, Clebér, Luizinho, Jairo, Tony, Fábio, Wilson e Raul Total de Componentes da Direção de Evolução 30 (trinta) componentes Principais Passistas Femininos Jéssica Cruz Principais Passistas Masculinos Jhonny Pereira Outras informações julgadas necessárias

A perfeita evolução revelada pela Imperatriz Leopoldinense ao longo do desfile que apresentamos tem como respaldo a rotina de ensaios praticados nos meses que antecedem o carnaval. Em função dessa prática, nossa comunidade se conscientiza da importância individual de cada um daqueles que compõem nosso quadro geral de desfile. Assim, cientes da responsabilidade da qualidade de sua evolução para o sucesso do andamento de nossa apresentação oficial, nosso componente é capacitado para tornar-se o personagem principal de um espetáculo que se expressa de forma mais completa através do canto e da dança.

Responsável pela ala de passistas: Jorge Magno Bento (Magno)

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Informações Complementares

Vice-Presidente de Carnaval Wagner Tavares Araújo Diretor Geral de Carnaval Wagner Tavares Araújo Outros Diretores de Carnaval Luiz Drumond Neto, André Bonatte e Paulo César (PC) Responsável pela Ala das Crianças Direção de Carnaval Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos Ala das Crianças 100 50 50 (cem) (cinquenta) (cinquenta) Responsável pela Ala das Baianas Raul Cuquejo Total de Componentes da Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem Ala das Baianas (Nome e Idade) (Nome e Idade) 100 Marleny Ferreira Jaqueline Copgue Galvão (cem) 81 anos 19 anos Responsável pela Velha-Guarda Adilson Gomes da Silva Total de Componentes da Componente mais Idoso Componente mais Jovem Velha-Guarda (Nome e Idade) (Nome e Idade) 70 Roberto Lima da Costa Flávio Henrique (setenta) 89 anos 45 anos Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.) Os cantores Zezé Di Camargo & Luciano, Elymar Santos, Paula Fernandes, Wanessa Camargo, Sérgio Reis, Gustavo Lima, Fernando e Sorocaba; os atores Chris Vianna (Rainha de Bateria), Dira Paes, Ângelo Antônio, Camila Camargo e Luciele Camargo; os ex-craques de futebol Zico, Deco e Denílson; a empresária Zilu Camargo; e o DJ Igor Camargo Outras informações julgadas necessárias

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Comissão de Frente

Responsável pela Comissão de Frente Coreógrafo(a) e Diretor(a) Deborah Colker Total de Componentes da Componentes Femininos Componentes Masculinos Comissão de Frente 14 06 08 (quatorze) (seis) (oito) Outras informações julgadas necessárias

O sertanejo e seu chapéu

Deborah Colker

O sertanejo é um cara simples Simples e sofisticado Elegante e ambicioso E perto da terra E perto da estrada Que leva ao céu Gosta de uma viola Gosta e precisa cantar a sua saga Da pobreza ao sucesso Merecido E não perde seu caminho Sua carruagem Sua carroça Seu chapéu Ele tem um avião mas leva seu irmão Sua bota e sua galinha Sempre Cantando sua sonoridade Seus refrões Suas luas sertanejas

Levar a música que preenche a solidão das noites na fazenda - e com ela lembranças, saudades e desejos -, para ser apresentada nos principais palcos do país. Este, certamente, é um sonho que mora sob o chapéu do sertanejo e o acompanha a vida inteira, onde quer que vá. Um sonho que, para uns, vira realidade; e, para outros, ainda virará. Como bem disse Euclides da Cunha: “O sertanejo é, acima de tudo, um forte.” E tomamos a liberdade para complementar: “É um sonhador também.”

O poema de Débora define o espírito da coreografia que abre a apresentação da Imperatriz, trazendo o chapéu de palha (elemento cenográfico) como um símbolo da origem humilde dessa brava gente, trabalhadora, tenaz, movida a esperança. O chapéu, que o protege do sol, é um companheiro inseparável e, de noite, está presente também nas rodas de viola que se armam sob o luar do sertão.

267 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

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Comissão de Frente

Outras informações julgadas necessárias

O chapéu é testemunha e companheiro nessa busca incessante por melhores dias, e também vai para a cidade grande atrás do sucesso. Como num passe de mágica, surgem o palco, câmeras, luzes e muita ação. A tristeza do Jeca dá lugar ao sucesso de duplas que conquistam a admiração de todo o Brasil – e entre elas a mais emblemática de todas: Zezé Di Camargo & Luciano, filhos de Francisco e Helena, homenageados pelo nosso enredo.

E para apresentar nossa Escola, abrindo as porteiras da fazenda e do coração da Nação Leopoldinense, aí vêm os nossos sertanejos, contando a sua saga e trazendo na bagagem muitas saudades daquelas noites gostosas, quando até a bicharada da granja e os espantalhos do milharal faziam parte da platéia!

Os dançarinos integram a Companhia Débora Colker. Destaque especial para dois personagens: a Galinha, interpretada por Esther Dias, e o Espantalho, vivido por Geovani Carvalho.

Um pouco sobre Deborah A inquietação e o gosto pela diversidade não se tornaram uma marca do trabalho Deborah Colker por acaso. Criada entre a solidão do estudo do piano clássico e a prática de um esporte coletivo, o voleibol, a coreógrafa carioca iniciou-se na dança contemporânea como bailarina do Coringa, da uruguaia Graciela Figueroa, grupo que marcou época no Rio de Janeiro dos anos 1980. Em 1984, a convite de Dina Sfat, deu início àquela que seria a principal vertente de sua carreira nos dez anos subsequentes: diretora de movimento.

A rubrica, que acabaria se incorporando ao jargão cênico brasileiro, aplica-se também, e com precisão, ao papel que desempenhou, por exemplo, na criação dos movimentos dos bonecos-cachorros da TV Colosso – um marco na programação televisiva infantil brasileira dos anos 1990. Antes ou depois de fundar, em 1994, a companhia que leva seu nome, Deborah Colker imprimiu sua marca ainda em territórios tão distintos quanto o videoclipe, a moda, o cinema, o circo e o showbiz. Inscreveu seu nome, também, na história do maior espetáculo de massa do planeta: o desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, assinando a coreografia de comissões de frente de grandes agremiações, entre elas a Imperatriz Leopoldinense.

A excelência de seu trabalho como coreógrafa foi honrada em 2001 com o Laurence Olivier Award na categoria “Oustanding Achievement in Dance" (realização mais notável em dança). Cinco anos mais tarde, motivava o convite da FIFA para dar vida ao único espetáculo de dança a figurar na grade de atividades culturais da Copa do Mundo 2006, na Alemanha: Maracanã. Em 2009, assinava a criação do novo espetáculo do Cirque de Soleil – Ovo, uma viagem lúdica pelo mundo dos insetos. Em 2011 estreou o espetáculo Tatyana adaptação de um clássico da literatura ocidental, e Belle, o balé mais recente da companhia, de 2014, livremente inspirado em Belle de Jour.

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Mestre-Sala e Porta-Bandeira

1º Mestre-Sala Idade Rogério Dornelles 41 anos 1ª Porta-Bandeira Idade Rafaela Theodoro 23 anos 2º Mestre-Sala Idade Marcílio Diamante 31 anos 2ª Porta-Bandeira Idade Elaine Fernanda 31 anos Outras informações julgadas necessárias

CASAMENTO NA ROÇA A história dos protagonistas do enredo, os irmãos Zezé di Camargo e Luciano começa com uma linda história de amor, vivida por seus pais, o lavrador Francisco e Helena, sua mulher. Eles se casaram, viveram numa casa humilde em Capela do Rio do Peixe, Pirenópolis-GO, entre um milharal – fonte de sustento da família – e um rádio, que embalava os sonhos de Francisco de, um dia, conseguir formar entre seus filhos uma dupla sertaneja que faria sucesso pelo Brasil.

O casamento simboliza a consolidação da família, sua união, perseverança e fé. Na roça, prevalecem a alegria, cores, a leveza e a humildade, misturadas numa dança que destaca o entendimento perfeito do casal. Na lapela do noivo, o girassol, símbolo de sorte, união e harmonia; na barra da saia da noiva, borboletas – símbolos do sagrado ciclo da vida.

Damas da Corte da Roça compõem o séquito e cada uma delas traz para a festa um pouco de sua produção, para que nada falte aos convidados!

O casamento será celebrado em plena Avenida, na presença de milhares de testemunhas...

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira CASAMENTO NA ROÇA

269 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

Guardiãs do 1o Casal MS-PB DAMAS DA CORTE DA ROÇA

SOBRE O PRIMEIRO CASAL O casal Rogério Dornelles e Rafaela Theodoro – Somando o talento e a experiência de vários Carnavais, esta será a primeira vez que os premiados Rogerinho e Daniela dançarão juntos, com a responsabilidade de defender o pavilhão leopoldinense. Cada um ao seu estilo acrescentam à dança que executam as vocações pessoais que garantem o sucesso da apresentação de um casal que já desfruta do prestigio e do reconhecimento da crítica especializada.

Rogério Dornelles foi formado na base da Mocidade Independente, tendo sido o primeiro mestre- sala da agremiação ao longo de vários anos, período em que colecionou muitos prêmios, entre eles o Estandarte e o Tamborim de Ouro.Seu bailado elegante remete ao samba clássico, sendo considerado um dos mais brilhantes mestres-salas da Era Sambódromo.Tem passagens também pela Unidos da Tijuca e Portela. Passa a maior parte do ano na Europa, onde mantém uma oficina de danças brasileiras, com destaque para o Samba.

Rafaela Theodoro é uma das porta-bandeiras mais talentosas do Carnaval Carioca. Sua carreira se inicia no conceituado projeto de dança comandado pelo mestre Manuel Dionísio, e ganha destaque com a vitória obtida no concurso promovido pela Vila Isabel com o objetivo de escolher a segunda porta-bandeira da Agremiação. Convidada para ocupar o cargo de primeira porta- bandeira da Imperatriz Leopoldinense em 2011, tem recebido ao longo dos anos o merecido reconhecimento em função da evolução de sua dança.

270 Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

25 ANOS DE AMOR A dupla Zezé di Camargo & Luciano está comemorando 25 anos de carreira, celebrando Bodas de Prata com o sucesso! Tudo começou com o hit É o Amor, responsável direto pela venda de mais de um milhão de cópias no país. No setor dedicado às homenagens à dupla, Marcílio e Elaine vestem o vermelho da paixão, e dançam entre corações e notas musicais, consolidando um sentimento que sempre uniu os Camargo. Se a nossa história começa falando de Amor será assim que ela terminará também.

SOBRE O SEGUNDO CASAL Marcílio Diamante e Elaine Fernanda formam o segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira da Imperatriz Leopoldinense. A Imperatriz investe em uma dupla de dançarinos capacitados e gabaritados, ambos formados por escolas tradicionais de dança, e de experiência reconhecida pelos anos em que atuam no Carnaval Carioca. Marcílio já ocupou o posto de primeiro mestre-sala da Agremiação.

271

G.R.E.S. ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA

PRESIDENTE FRANCISCO MANOEL DE CARVALHO 273

“Maria Bethânia – A menina dos olhos de Oyá”

Carnavalesco LEANDRO VIEIRA 275

Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Enredo

Enredo Maria Bethânia – A menina dos Olhos de Oyá Carnavalesco Leandro Vieira Autor(es) do Enredo Leandro Vieira Autor(es) da Sinopse do Enredo Leandro Vieira Elaborador(es) do Roteiro do Desfile Leandro Vieira e Comissão de Carnaval Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

01 Maria Bethânia - Reynaldo Jardim, MÓBILE 2011 TODAS Guerreira Ramon Mello e EDITORIAL Guerrilha Marcio Debellian

02 A Síncope das Marcos Napolitano Editora 2007 TODAS Ideias: a Questão Fundação Perseu da Tradição na Abramo Música Popular Brasileira.

03 Segredos Reginaldo Prandi São Paulo: 2005 TODAS Guardados: Orixás Companhia das na Alma Brasileira Letras

04 Samba de Roda do Dossiê Iphan Dossiê Iphan 2006 TODAS Recôncavo Baiano

05 Omara & Bethânia Vários Nova Fronteira 2008 TODAS – Cuba & Bahia (2008)

06 Maria Bethânia Fotógrafa Marisa 1981 TODAS Alvarez Lima

07 A Religiosidade Marlon de Souza Tese de - TODAS Popular na Obra de Silva Mestrado em Maria Bethânia História pela UFSJ

277 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Enredo

Enredo Maria Bethânia – A menina dos Olhos de Oyá Carnavalesco Leandro Vieira Autor(es) do Enredo Leandro Vieira Autor(es) da Sinopse do Enredo Leandro Vieira Elaborador(es) do Roteiro do Desfile Leandro Vieira e Comissão de Carnaval Ano da Páginas Livro Autor Editora Edição Consultadas

08 Verdade Tropical Cia das Letras 1997 TODAS

09 Seguindo a Marcos Napolitano Fapesp 2001 TODAS Canção: Engajamento Político e Indústria Cultural na MPB (1959 – 1969)

10 Semiótica, Éthos e Rafael Batista Editora CRV 2015 TODAS Gêneros de Andrade Discurso nas Canções-Poemas de Maria Bethânia

Outras informações julgadas necessárias

Para a realização da pesquisa conceitual e artística que direciona o trabalho de Carnaval desenvolvido para a Estação Primeira de Mangueira, além da bibliografia citada, vale destacar o uso das seguintes fontes de consulta:

DOCUMENTÁRIOS SOBRE MARIA BETHÂNIA:

 Pedrinha de Aruanda - Maria Bethânia, de .  Bethânia Bem de Perto de Eduardo Escorel e Júlio Bressane.  Maria Bethânia - Música é perfume, de Georges Gachot.

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FICHA TÉCNICA

Enredo

Outras informações julgadas necessárias

MATÉRIAS JORNALÍSTICAS:

 Nelson Motta - “Bethânia em Cena: Esperança, Liberdade e Corações Apaixonados” - O Globo (Rio de Janeiro) 24 de Janeiro de 1977.  Ela canta, manda e borda, Revista Marie Claire, Outubro de 2001.  Maria Bethânia e Fauzi Arap: Em cima do muro, o encontro da música com o teatro”, Tânia Pacheco. O Globo, 13 de Janeiro de 1977.  Entrevista Concedida à Revista Playboy,1996  Uma rainha para o rei. O Pasquim, 05/09/1969

ENTREVISTAS DISPONÍVEIS NO YOU TUBE:

 Homenageada pelo 26º Prêmio da Música Brasileira, Maria Bethânia concede entrevista exclusiva a José Maurício Machline. A cantora fala sobre a obra, a religião e a infância. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=27Ns3c3BD-Y  Maria Bethânia entrevistada por: Roberto D'Ávilla; Nélida Piñon e Hermínio Bello de Carvalho. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=JGdNhnkZlx4  Entrevista concedida a Marília Gabriela em 1982 – TV MULHER. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=Esq_7qcGg6I>. Acesso em: 12 set. 2012.  Entrevista concedida a Leda Nagle/TV Manchete - década de 1990. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=mrKoDKUNZ5Q  Programa Ensaio com Maria Bethânia, gravado em 1993. Direção: Fernando Faro. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=fMUsN-_uGtQ

EXPOSIÇÃO MARIA DE TODOS NÓS Exposição em homenagem aos 50 anos de carreira de Maria Bethânia. Organizada pela cenógrafa Bia Lessa e pela produtora Ana Basbaum, reuniu 980 fotografias, 302 obras e 120 objetos de 160 artistas, espalhados por 12 salas do Paço Imperial. (Praça XV de Novembro, 48, Centro, Rio de Janeiro - Em cartaz de três de Julho a treze de setembro de 2015).

DISCOGRAFIA: (2014) Meus quintais • Biscoito Fino • CD (2012) Oásis de Bethânia (Maria Bethânia) – Biscoito Fino - CD (2012) Noite luzidia (Maria Bethânia) – Biscoito Fino – DVD (2010) Amor, Festa e Devoção (Maria Bethânia) – Biscoito Fino – DVD e CD duplo (2009) Tua (Maria Bethânia) • Biscoito Fino • CD (2009) Encanteria (Maria Bethânia) • Quitanda • CD

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FICHA TÉCNICA

Enredo

Outras informações julgadas necessárias

DISCOGRAFIA (CONTINUAÇÃO) (2008) Omara Portuondo e Maria Bethânia (Omara Portuondo e Maria Bethânia) • Biscoito Fino (2006) Mar de Sophia (Maria Bethânia) • Quitanda/Biscoito Fino • CD (2006) Pirata (Maria Bethânia) • Quitanda/Biscoito Fino • CD (2006) Música é perfume (documentário Maria Bethânia) – Biscoito Fino – DVD (2005) Que falta você me faz (Maria Bethânia) • Biscoito Fino • CD (2005) Tempo Tempo Tempo Tempo (Maria Bethânia) • Biscoito Fino • DVD (2004) Brasileirinho (Maria Bethânia) • Quitanda/Biscoito Fino • DVD (2004) Outros (Doces) Bárbaros (Doces Bárbaros) • Biscoito Fino • DVD (2003) Maricotinha ao vivo (Maria Bethânia) • Biscoito Fino • DVD (2003) Cânticos, preces e súplicas á Senhora dos Jardins do Céu (Maria Bethânia) • Biscoito Fino. (2003) Brasileirinho (Maria Bethânia) • Quitanda/Biscoito Fino • CD (2002) Maricotinha ao vivo (Maria Bethânia) • Biscoito Fino • CD (2001) Maricotinha (Maria Bethânia) • BMG Brasil • CD (1999) Diamante verdadeiro (Maria Bethânia) • BMG • CD (1999) A força que nunca seca (Maria Bethânia) • BMG Brasil • CD (1997) Imitação da vida (Maria Bethânia) • EMI-Odeon • CD (1996) Ambar (Maria Bethânia) • EMI/Odeon • CD (1995) Maria Bethânia ao vivo (Maria Bethânia) • PolyGram • CD (1993) As canções que você fez pra mim (Maria Bethânia) • PolyGram • CD (1992) Olho-d´água (Maria Bethânia) • PolyGram • CD (1990) Maria Bethânia - 25 anos (Maria Bethânia) • PolyGram • CD (1989) Memória da pele (Maria Bethânia) • PolyGram • CD (1988) Maria (Maria Bethânia) • BMG/Ariola (1987) Dezembros (Maria Bethânia) • BMG/Ariola (1984) A beira e o mar (Maria Bethânia) • PolyGram (1983) Ciclo (Maria Bethânia) • PolyGram (1982) Nossos momentos (Maria Bethânia) • PolyGram (1981) Alteza (Maria Bethânia) • PolyGram (1980) Talismã (Maria Bethânia) • PolyGram (1979) Mel (Maria Bethânia) • PolyGram (1978) Maria Bethânia e Caetano Veloso (Maria Bethânia e Caetano Veloso) • PolyGram (1978) Álibi (Maria Bethânia) • PolyGram (1977) Pássaro da manhã (Maria Bethânia) • PolyGram (1976) Pássaro proibido (Maria Bethânia) • PolyGram (1976) Doces Bárbaros ao vivo (Doces Bárbaros) • Phonogram • LP (1975) Chico Buarque e Maria Bethânia (Chico Buarque e Maria Bethânia) • PolyGram (1974) Cena muda (Maria Bethânia) • PolyGram • LP (1973) Drama 3º ato (Maria Bethânia) • PolyGram (1972) Quando o carnaval chegar (vários artistas) - participação • PolyGram • LP

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FICHA TÉCNICA

Enredo

Outras informações julgadas necessárias

DISCOGRAFIA (CONTINUAÇÃO) (1972) Drama (Maria Bethânia) • PolyGram (1971) Vinícius Bethânia Toquinho (, Maria Bethânia e Toquinho) • RGE • LP (1971) A tua presença (Maria Bethânia) • PolyGram (1971) Rosa dos ventos (Maria Bethânia) • PolyGram (1970) Maria Bethânia - Ao vivo (Maria Bethânia) • EMI-Odeon (1969) Maria Bethânia (Maria Bethânia) • EMI-Odeon (1968) Recital na Boite Barroco (Maria Bethânia) • EMI-Odeon (1967) Edu e Bethânia ( e Maria Bethânia) • Elenco (1965) Carcará/De manhã (Maria Bethânia) • RCA Victor • Compacto simples (1965) Carcará/No Carnaval/Mora na Filosofia/Só eu sei (Maria Bethânia) • RCA Victor • Compacto simples (1965) Maria Bethânia (Maria Bethânia) • RCA Victor (1965) Maria Bethânia canta Noel Rosa.

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HISTÓRICO DO ENREDO

Filha caçula de José Telles Velloso e Claudionor Vianna Telles Velloso – a popular Dona Canô – Maria Bethânia Vianna Telles Velloso nasceu numa cidade do Recôncavo baiano, chamada Santo Amaro da Purificação. Batizada “Maria Bethânia” - por causa da famosa canção do pernambucano Capiba – por vontade do irmão, o menino de quatro anos batizado Caetano - a menina franzina de temperamento intempestivo vislumbrou, num picadeiro de circo mambembe, que seu caminho era o palco.

Em cinquenta anos de carreira, os palcos foram muitos. Do teatro Opinião aos mais de quarenta espetáculos que estreou, a cantora baiana ganhou notoriedade pela integridade com que conduziu uma carreira invejável que chega à marca de meio século com o fôlego e o frescor de quem inicia.

Filha de Oyá – a popular Iansã que comanda o vento e as tempestades - iniciada num candomblé de ketu, devota dos santos católicos; guarda o Brasil na voz, e em tudo que leva consigo. Épica, dramática, intensa, seu canto é uma árvore que queima, como tão bem definiu o poeta Vinícius de Moraes.

Enredo que a Mangueira se orgulha em desenvolver e apresentar no desfile de 2016, sua vida e obra, é a fina matéria que nos debruçamos para construirmos a narrativa carnavalesca que propomos. A seguir, a sinopse que apresenta de forma lúdica e poética os caminhos artísticos e conceituais do enredo batizado MARIA BETHÂNIA – A MENINA DOS OLHOS DE OYÁ.

Maria Bethânia - A Menina dos Olhos de Oyá

“Baila no vento a mistura perfumada de mel, pitanga e dendê. O morro desce a ladeira guiado pela filha de Oyá. Cavalga em búfalos de ouro e bronze sobre o raio de Iansã. O abebé de Oxum faz luzir o caminho que leva à passarela, e por isso, minha gente não teme quebranto. O alfanje erguido nos defende. O mal se esconde. Arruda, alfazema e guiné abrem os caminhos. As águas de cheiro perfumam o verde e o rosa. Os tambores de ketu derramam o axé no cortejo. Cortejo de santo, xirê de orixá. Seu canto é o brado que saúda quem faz da Avenida o terreiro. Pra quem chega, agô e saravá! O branco reluz. O opaxorô de Oxalufã firma nossos passos. Nele, apoio seguro: “XEU ÈPA BÀBÁ!”

Corações ao alto. Valei-me meu Senhor do Bonfim. Doces para os santos meninos. Os balaios erguidos levam as flores. Tal qual na Baixa do Sapateiro - quando o calendário marca o quarto dia de Dezembro – o “dengo” da baiana se embala no chacoalhar dos balangandãs. Salve Santa Bárbara! No peito, a guia de contas e o Rosário de Maria.

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A voz de Bethânia ecoa. Voz ancestral, ventre de águas claras onde repousa o Brasil menino. Voz que é o Brasil matuto, caboclo e sertanejo. Pátria indígena onde Tupã reina. Voz que é solo africano, caroço de dendê, água de moringa, búzio de enfeitar trança nagô. Expressão do Brasil épico e dramático. Colorido feito o cetim que adorna quem brinca o reisado. Árido, como o barro seco. Grave como o voo sonoro do carcará, rapina do sertão, música inaugural, grito que se alastra desde o Opinião.

Mergulhada nas canções, Mangueira dá asas aos versos cantados, e, a partir deles, ergue a fantasia que é o pilar de seu carnaval. Prova do mel puro, doce e cristalino – néctar musical - da Abelha Rainha. Desfolha o velho livro. Declama a poesia, seleciona poetas, oferece os mais belos versos. Dá vez ao gesto, faz da folia teatro. Reconstrói o palco, solo sagrado onde a “bordadeira da canção” reina soberana.

O vento sopra a cortina de confetes e serpentinas, o Recôncavo deságua no Rio tal qual as águas que lavam os caminhos. Ao longe, a imagem de Nossa Senhora da Purificação. As vozes da novena; o frescor carregado de axé das águas das quartinhas; os pés que fazem a poeira subir junto à pele de ouro marrom. No cortejo - em louvor à filha de Santo Amaro - o “prato-e-faca” ditam o ritmo do samba de roda. Dia de festa, folia e vadiação. O puxador tira o verso. A flor de chita roça a pele mulata. O cavaco embala a massa, o pandeiro convoca os bambas.

O palco, a velha Avenida - de tantas homenagens, de tantos carnavais. Espetáculo que passa. Alegria que desfila. Festa de Momo, mambembe. Errante feito o circo que lhe encantou quando menina. Céu de lona que a folia ergue agora, palco circense que lhe dedicamos. Fina poesia onde o trapezista se equilibra. Delírio de Morfeu. Ilusão de carnaval. Sonho que finda nas cinzas, mas vive eterno, enquanto o verde e o rosa reinarem na colina.

P.S: Este enredo é uma “rosa sem espinhos” dedicada à Maria Bethânia. Voz que é o perfume do dendê. A joia encrustada na coroa do Rei. O coité, onde a canção é “macerada” tal qual folha bendita, e o sumo é a densa pasta verde que tinge a canção brasileira."

Leandro Vieira (pesquisa, desenvolvimento e texto)

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JUSTIFICATIVA DO ENREDO

O enredo que a Estação Primeira de Mangueira apresenta no carnaval de 2016 é uma homenagem a uma das mais significativas vozes da Música Popular Brasileira, a cantora Maria Bethânia.

Com o enredo “Maria Bethânia – A Menina dos Olhos de Oyá” a Estação Primeira de Mangueira se debruça no universo pessoal e artístico da cantora para construir uma narrativa carnavalesca que lança luz em aspectos religiosos, em dados associados à carreira da intérprete, e a sua ligação afetiva com a cultura baiana, sobretudo, com a cultura local de sua cidade natal, a pacata Santo Amaro da Purificação, localizada na região do Recôncavo da Bahia.

Sendo assim, o enredo propõe uma trama que “amarra” tudo aquilo que Bethânia tem de mais intenso para construir uma abordagem artística capaz de traçar um perfil que vá além da simples sequência de dados históricos com a intenção de narrar sua trajetória singular.

A Bethânia que a Mangueira apresenta é a Bethânia consagrada à Iansã e Oxum. A Bethânia “menina” de Oyá tal qual sugere o samba que apresentamos. A Oyá que, quando em sua versão animalesca, é búfalo, cuja força não pode ser mensurada. A Bethânia que louva Oxum. Que louva a mão da Oxum que a iniciou, a mão de ouro e doçura de Mãe Menininha do Gantois. A Bethânia que saúda o “santo que baixa" nos terreiros. A mesma que se curva diante do “santo” que se mostra erguido no altar católico. De Santa Bárbara e de Iansã. Dos orixás e de Nossa Senhora. Do branco que veste o Oxalá mais velho. Da rica veste que cobre o corpo criança da imagem do Menino Deus.

A Bethânia cuja voz traz a memória do Brasil. Voz que é aquilo que fomos, e que traz aos ouvidos o sabor daquilo que somos. Brasil indígena, folclórico, mestiço, nordestino e sertanejo. Voz que soprou o agreste e a poeira do barro seco para os ouvidos de um Rio urbano e bossa-novista ao estrear soltando sua voz na noite do dia 13 de Fevereiro de 1965 no lendário espetáculo Opinião. Voz que deu contorno autoral e personalíssimo à canção de João do Vale e fez do “Carcará” uma assinatura que se tornou marca da dramaticidade e da força interpretativa de seu canto.

Bethânia de tantas canções, de tantos compositores. Do nobre título de Abelha Rainha. Da discografia que assegura a inclusão de seu nome na história da MPB. Voz que rasga em protesto, que sangra os corações dilacerados pelas paixões intensas, que consola as dores dos que amam, que faz rezar, que une o religioso, e o profano. A “cantriz” – mistura de cantora e atriz como ela se define. A Bethânia do palco. Dos shows transformados em recitais poéticos. Das apresentações públicas impregnadas da 284 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016 dramaticidade teatral que fizeram com que a escritora traduzisse a presença de Bethânia no palco com a expressão “faíscas”.

A todas essas “Bethânias” soma-se a Bethânia de Santo Amaro da Purificação. A Bethânia da novena, devota de Nossa Senhora da Purificação, amante dos festejos populares tradicionais. A “Bethânia bem à brasileira” com a “cara” da Mangueira. A Bethânia que traz a Bahia para o Rio. A Bethânia que no título que batiza nosso enredo chamamos de “menina” – deixando-a tão próxima de nós - e a quem dedicamos nosso carnaval, cuja permissividade e poesia nos permite que a ofertemos um circo em verde e rosa, para que ela encontre – cinquenta anos depois - o palco circense que a fez sonhar, desejar, e vislumbrar, a carreira que escolheu para seguir.

A seguir, um resumo setorizado da construção artística e conceitual daquilo que propomos enquanto enredo. Para cada setor, uma contextualização distinta, a fim de ilustrar o desdobramento da narrativa carnavalesca que apresentamos.

PRIMEIRO SETOR – “CABEÇA FEITA” NUM CANDOMBLÉ DE KETU.

Mergulhada na complexidade que envolve o universo religioso de origem africana, a Estação Primeira de Mangueira inaugura a abordagem de seu carnaval debruçada em referências que apresentam aspectos religiosos da cantora que homenageia. Iniciada num candomblé de Ketu pela famosa ialorixá baiana popularmente conhecida como Mãe Menininha do Gantois, Maria Bethânia é iniciada a Oyá e Oxum, tendo em Oyá – ou Iansã como é mais conhecida - o seu eledá (guardiã ancestral) e a sua personificação mais definidora. A cantora professa publicamente sua fé no candomblé – nos deuses e nos ritos que envolvem a prática – levando para a vida particular, para o palco, e para a sua extensa obra musical, as marcas de sua ligação com o candomblé ancestral de uma das mais populares casas de Ketu da Bahia e a sua particular veneração pelas orixás de seu orí (cabeça).

SEGUNDO SETOR – BETHÂNIA: DOS ORIXÁS E DOS SANTOS DE ALTAR.

Ainda mergulhada nos aspectos religiosos e devocionais da cantora, a narrativa carnavalesca que propomos enquanto enredo lança luz em outro dado fundamental para o entendimento da religiosidade presente na vida e na obra de Maria Bethânia: a devoção católica e o sincretismo religioso. Ao mesmo tempo em que é “filha de Iansã”, adepta e praticante do candomblé, a cantora consagra-se como filha de Nossa Senhora e devota de santos católicos que, juntos, formam a totalidade de sua fé. Bethânia transita entre o catolicismo e a religião afro-brasileira de maneira bem próxima ao modo que a cultura popular os une: o pertencimento a uma não significa a exclusão da outra. Para apresentar tal particularidade, as alas que abrem o setor saúdam os orixás enquanto as que encerram, dão vez a signos comumente associadas à devoção de santos católicos como São João, Santa Bárbara, São Cosme, São Damião, e ao Menino Deus. 285 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

TERCEIRO SETOR – UM BRASIL GUARDADO NA VOZ, UM BRASIL NO OPINIÃO.

Maria Bethânia traduz a identidade brasileira na voz e sua arte é um testemunho de registro histórico no Brasil. Entendendo que seu canto aponta para a tradução da formação cultural e musical brasileira em letra e música, o setor mergulha nas referências musicais de sua formação plural para apresentar os “traços” de reconhecida brasilidade na voz da intérprete. Assim, apresentamos a genética tupi da raiz de seu canto e o sabor nordestino da voz que “sopra o agreste” em nossos ouvidos. Voz que resgata a tradição rural e interiorana de um Brasil original, de gosto afro-brasileiro, sertanejo e festivo. O setor se encerra com a Alegoria que traz o Carcará – ave sertaneja, estrela da composição de João do Vale – música inaugural, e marco da trajetória artística da cantora, por ser a canção que apresentou ao Brasil o talento interpretativo da baiana que surgiu como um berro de brasilidade brotando da experiência de um pedaço de Brasil em estado bruto.

QUARTO SETOR – CELEBRANDO A OBRA MUSICAL DA “ABELHA RAINHA.”

O setor lança luz em alguns sucessos da trajetória artística da cantora. Conceitualmente, a sequência de fantasias se apresenta como um “pot-pourri” de sucessos musicais associados à carreira de Bethânia. Canções como Explode Coração (Gonzaguinha), Mel (Caetano Veloso e Wally Salomão), Esotérico (), Fera Ferida (Roberto e ), Rosa dos Ventos (Chico Buarque de Holanda) e Oração à Mãe Menininha () ditam a construção estética do setor que apresenta um perfil musical que contempla os principais compositores gravados por Maria Bethânia ao longo de sua trajetória musical. Sem preocupar-se com a cronologia das canções, o “medley” musical transformado em material para a construção conceitual do setor encerra-se com a alegoria que festeja os cinquenta anos de carreira da cantora brasileira celebrada com o titulo de Abelha Rainha da MPB.

QUINTO SETOR – MANGUEIRA APRESENTA “O PALCO” DE MARIA BETHÃNIA.

Ao longo de sua carreira, Maria Bethânia protagoniza espetáculos cujos roteiros são pensados a partir da minuciosa organização intertextual de excertos literários e canções que geram uma dramaturgia integral em suas apresentações. O quinto setor apresenta “o palco” como lugar para literatura, poesia e teatro. Aborda a paixão de Bethânia pela palavra dita, revela a predileção e a presença de Fernando Pessoa e Clarice Lispector em sua obra, além de lançar luz nos célebres espetáculos de carreira da cantora. Shows que reforçam a marca de sua atuação de "cantriz" - mistura de cantora e atriz – como o antológico Rosa dos Ventos, Drama-Luz da Noite, A Cena Muda, Pássaro da Manhã, e os mais recentes, Brasileirinho e Dentro do Mar tem Rio, são abordados entre as fantasias e a Alegoria que encerra o setor. 286 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

SEXTO SETOR – SANTO AMARO E O CÉU DE LONA VERDE E ROSA.

O último setor apresenta aspectos culturais da cidade natal da cantora que homenageamos. Nesse contexto, Santo Amaro da Purificação – no Recôncavo Baiano – “desfila” suas principais tradições em louvor a sua ilustre filha. A Devoção que saúda Nossa Senhora da Purificação, as baianas da Lavagem do adro da Igreja, o terno de Reis de Dona Canô, o folguedo popular intitulado Nego Fugido, e as saias multicoloridas das baianas do samba de Roda, dão o tom festivo que finda nossa apresentação trazendo o Recôncavo para o desfile da Mangueira. O setor encerra-se com a passagem de um circo mambembe, lúdica reinvenção do circo que passou em Santo Amaro, fazendo com que a menina “franzina” batizada Maria Bethânia Vianna Telles Velloso despertasse interesse pelos palcos, e pela carreira artística.

287 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

ROTEIRO DO DESFILE

PRIMEIRO SETOR – “CABEÇA FEITA” NUM CANDOMBLÉ DE KETU

Comissão de Frente A MÃE DO ENTARDECER – O BALÉ DAS GUERREIRAS OYÁ

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Raphael Rodrigues e Squel Jorgea O AXÉ DO CANDOMBLÉ

Guardiões do 1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira EKEDIS

Ala 01 – Nação Mangueirense (Comunidade) TAMBORES DE KETU

Ala 02 – Velha-Guarda HERANÇA ANCESTRAL

Tripé Tripé Personalidade ligadas à Mangueira GRUPO DE MANGUEIRENSES ILUSTRES Tripé Tripé

Abre-Alas OYÁ E OXUM – ORIXÁS DE FRENTE

SEGUNDO SETOR – BETHÂNIA: DOS ORIXÁS E DOS SANTOS DE ALTAR

Ala 03 – Carcará / Estrela Iluminada SAUDAÇÃO AOS ORIXÁS MASCULINOS

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Ala 04 – Sempre Mangueira (Comunidade) SAUDAÇÃO AOS ORIXÁS VELHOS

Grupo de Musas EWÁ / IEMANJÁ / OBÁ

Ala 05 – Baianas Granfinas / Embaixadores SAUDAÇÃO AS YABÁS

Ala 06 – Coração Verde Rosa XÊU ÈPA BÀBÁ (OXALÁ)

Elemento Cenográfico ESTANDARTE DE DEVOÇÃO CATÓLICA

Ala 07 – Ala das Crianças SALVE COSME E DAMIÃO

Ala 08 – Baianas VIVA SANTA BARBARÁ!

Alegoria 02 ALTAR DE DEVOÇÃO CATÓLICA

TERCEIRO SETOR – UM BRASIL GUARDADO NA VOZ, UM BRASIL NA OPINIÃO

Ala 09 – Pantera / Realidade VOZ DO BRASIL MENINO - INDÍGENAS

Ala 10 – Raiz Mangueirense VOZ DE UM BRASIL REGIONAL

Elemento Cenográfico BALANGANDÃ – SÍMBOLO DE NEGRITUDE

Ala 11 – Acnã / Amigos do Embalo SABOR NORDESTINO

289 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

Ala 12 – Somos Mangueira “TOQUE” SERTANEJO

Grupo de Musas da Comunidade “O VOO DE UMA CANÇÃO”

Alegoria 03 VOA CARCARÁ

QUARTO SETOR – CELEBRANDO A OBRA MUSICAL DA ABELHA RAINHA

Ala 13 – Compositores HOMENAGEM AOS CANTORES DO RÁDIO

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Matheus Olivério e Débora de Almeida “MEL”

Ala 14 – Eles e Elas / Nós Somos Assim “EXPLODE CORAÇÃO”

Ala 15 – Passistas “ESOTÉRICO”

Rainha de Bateria Evelyn Bastos

Ala 16 – Bateria “FERA FERIDA”

Ala 17 – Grupo Teatralizado “ROSA DOS VENTOS”

Ala 18 – Amor à Mangueira (Comunidade) “ORAÇÃO À MÃE MENININHA”

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Destaques de Chão Alcione e Rosemary

Alegoria 04 ABELHA RAINHA

QUINTO SETOR: MANGUEIRA APRESENTA “O PALCO” DE MARIA BETHÂNIA

Ala 19 – Sambar Com a Mangueira (Comunidade) “POESIA EM CENA”

3º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Matheus Silva e Vitória Viana IMAGENS POÉTICAS DE FERNANDO PESSOA E CLARICE LISPECTOR

Ala 20 – Vendaval / Aliados DRAMA – LUZ DA NOITE / SHOW DE 1973

Ala 21 – Moana / Au Au Au A CENA MUDA / SHOW DE 1974

Ala 22 – Seresteiros / Vem Comigo PÁSSARO DA MANHÃ / SHOW DE 1977

Alegoria 05 BETHÂNIA “EM CENA”

SEXTO SETOR: SANTO AMARO E O “CÉU DE LONA VERDE E ROSA”

Ala 23 – Brasinhas e Brasões / Gatinha e Gatões “ALÔ MEU SANTO AMARO”

Ala 24 – Mimosas / Depois Eu Digo SALVE NOSSA SENHORA DA PURIFICAÇÃO

291 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

Ala 25 – Avante Mangueira LAVAGEM DA PURIFICAÇÃO

Ala 26 – Apaixonados pela Mangueira (Comunidade) VIOLEIROS DO TERNO DE REIS

Ala 27 – Sangue Verde e Rosa (Comunidade) NEGO FUGIDO

Ala 28 – Explode Coração SAMBA DE RODA

Alegoria 06 CÉU DE LONA VERDE E ROSA

Grupo de Encerramento AMIGOS DE BETHÂNIA

292 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Leandro Vieira Nº Nome da Alegoria O que Representa

01 OYÁ E OXUM – ORIXÁS DE O ABRE-ALAS da Estação Primeira de Mangueira FRENTE apresenta-se contextualizado com o conceito de uma abertura de desfile que aborda questões associadas à ligação entre a homenageada e o candomblé. Louvando às Orixás mais celebrados por Bethânia, lança luz nas deusas iorubanas “donas de sua cabeça.” Iniciada num candomblé de Ketu, Maria Bethânia é consagrada a Oyá (também conhecida como Iansã) e Oxum. Assim sendo, a estética geral da alegoria dialoga com o universo estético “afro” tendo o primeiro modulo debruçado nos mitos e signos associados à Oyá, e o segundo, debruçado no universo que envolve Oxum. Orixá das tempestades, Oyá é a deusa do panteão africano que, em sua porção animalesca, apresenta-se como um búfalo selvagem tal qual narram os mitos iorubás que tentam dar conta de seu aspecto valente e arredio. O búfalo, simboliza o aspecto viril, instintivo e combativo da orixá. Segundo a mitologia, o bambuzal é o seu domínio, e nele, seus filhos buscam proteção. Em função disso a alegoria apresenta a arrebatadora imagem de búfalos arredios em meio a um bambuzal. Em destaque, a escultura de uma cabeça negra ricamente adornada faz menção à presença da deusa, senhora dos ventos por nós saudada, “orixá de frente” da homenageada, e apresentada por meio de elementos associados aos mitos e signos que envolvem sua mitologia especifica. A seguir, o segundo módulo saúda Oxum e debruça sua construção estética na mitologia que a apresenta como a deusa que habita as águas doces. Cantada e celebrada por Bethânia ao longo de sua carreira, a orixá tem preferência pelo ouro e seus atributos estão associados à riqueza. Para mencionar o universo associado a orixá, as águas correm pela alegoria a fim de revelar a “rainha” dona dos rios e das cachoeiras. As variadas tonalidades de ouro e os búzios que enfeitam a vaidosa orixá marcam a cenografia geral da alegoria que conjuga rusticidade e luxo para apresentar uma versão africanizada do universo de uma das mais populares deusas do panteão africano.

293 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo) Leandro Vieira Nº Nome da Alegoria O que Representa

01 OYÁ E OXUM – ORIXÁS DE Destaque de Luxo Central (Primeiro Módulo) – FRENTE Eduardo Leal / O Mito da transformação de Oyá em (Continuação) búfalo: Os mitos iorubás apresentam Oyá/Iansã como uma deusa cheia de encantos. Um dos mais afamados e célebres poderes atribuídos à “rainha dos raios” é sua capacidade de transformar-se em búfalo – animal associado à virilidade. Não é à toa que um dos símbolos da orixá é o chifre do animal que ela carrega pendurado. Segundo as lendas, assim ela vivia, como um búfalo na beira de um riacho.

Personalidade principal (Primeiro Módulo) – / O axé da Mangueira: O baluarte, presidente de honra e ilustre sambista, representa a realeza ancestral Mangueirense em contato com a ancestralidade da religião de base africana.

Fantasia de composição sobre búfalos (Primeiro Módulo) - Oyá, negra sensual: Formado por belas mulheres negras, apresenta o arquétipo que associa Oyá ao símbolo de sensualidade, outra das características de Iansã. Arrebatadora, sensual e provocante, a imagem de mulheres negras semi-nuas montadas sobre búfalos traduz muito do universo ardente e impetuoso da orixá.

Fantasia de Composição (Traseira do Primeiro Módulo) – Oyá, mulher guerreira: Apresenta o arquétipo de Iansã como mulher guerreira. Revela a força feminina associada à deusa. De evidente inspiração africana, apresenta-se numa cenografia que remete aos domínios da orixá: o bambuzal.

Destaque de Luxo Central (Segundo Módulo) – Tânia Índio do Brasil / O Brilho de Oxum: Rainha de todas as riquezas, o figurino faz uso de símbolos associados à orixá em associação com o ouro e o amarelo que caracterizam a deusa.

Composições (Segundo Módulo) – O Ouro de Oxum: Em tons de ouro, o figurino faz menção ao metal nobre consagrado à orixá.

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* Elemento Cenográfico: Apresentando as marcas de uma religiosidade plural ESTANDARTE DE que une harmonicamente os ritos do candomblé ao DEVOÇÃO CATÓLICA universo católico, o elemento cenográfico acrescenta ao desfile, até então envolvido com mitos, signos e deuses associados às tradições das religiões afro- brasileiras, as imagens católicas de Santa Bárbara e do menino São João. Santos populares festejados frequentemente pela cantora homenageada, os estandartes abrem caminho para a apresentação de uma Bethânia sincrética, católica, e devota dos santos de altar.

02 ALTAR DE DEVOÇÃO De família católica - sendo batizada e crismada – CATÓLICA herdou da mãe, a famosa Dona Canô, a devoção cristã e a crença na intercessão dos santos. Em sua carreira, cantou uma significativa variedade de músicas que remetem à devoção católica, tendo celebrado publicamente os santos por quem tem afeição, sobretudo, Nossa Senhora, a quem dedicou um disco inteiro - lançado em 2003 e intitulado Cânticos, Preces, Súplicas à Senhora dos Jardins do Céu. Para abordar essa face da religiosidade da cantora, a alegoria se apresenta como uma espécie de altar, tendo as igrejas da Bahia, fonte de riquíssima inspiração. Artisticamente, conjuga arte sacra, azulejaria, e conjunto escultórico que remete ao gosto barroco. À frente, o sagrado coração faz menção à devoção dedicada por Bethânia à Virgem Maria. No topo, ergue-se a imagem do Menino Deus - espécie de Menino Jesus ricamente enfeitado e acompanhado de uma penca de amuletos chamados de tetéias. Em Santo Amaro da Purificação – cidade natal da homenageada – a imagem tem devoção privilegiada, sendo um dos mais populares santos da região do Recôncavo da Bahia.

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02 ALTAR DE DEVOÇÃO Destaque Central – Ludmila Aquino / Devoção CATÓLICA Mariana: Uma importante dimensão da religiosidade (Continuação) da cantora que apresentamos é a devoção à Maria. A destaque apresenta figurino livremente inspirado nas vestes popularmente associadas à imagem de Nossa Senhora

Destaques Laterais – Fábio Lima e José Neto / Arcanjos: Os destaques laterais apresentam versão carnavalesca da figura dos Arcanjos. Citado pela liturgia como espécie de “anjo-chefe” são seres espirituais constantemente celebrados pelas práticas católicas.

Fantasia de Composição – Anjos de Altar Barroco: Dentro da logica católica, anjos são mensageiros e executores das ordens de Deus. A figura comum em meio às opulentas decorações das igrejas da Bahia ganha versão carnavalesca através figurino que complementa o visual geral da alegoria.

Baluartes – Fé em Verde e Rosa: O tradicional grupo de baluartes desfila na alegoria representando a devoção que o grupo alimenta pela Estação Primeira de Mangueira.

Beth Carvalho: Participação Especial da iluste cantora, retornando aos desfiles da Sapucaí.

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* Elemento Cenográfico: Em meio ao setor que apresenta “traços” de reconhecida BALANGANDÃ – SIMBOLO brasilidade na voz da intérprete que homenageamos, uma DE NEGRITUDE penca de balangandãs é erguida para representar o sabor afro-brasileiro presente e evidenciado em seu canto e obra. Famoso penduricalho, espécie de amuleto, reúne frutas, figas, patuás, dentes de animais – e outras “tetéias” - confeccionadas em metal. Trazidos para o Brasil pelos negros escravizados, tornou-se um dos mais famosos símbolos da tradição baiana, sendo um simbólico e pertinente objeto de representação da cultura afro- brasileira.

03 VOA CARCARÁ No dia 13 de fevereiro de 1965, o Rio de Janeiro viu o Brasil guardado na voz de Bethânia subir ao palco. Um canto agreste e enigmático a favor da denúncia nordestina contra a dureza do êxodo rural apresentado com a ferocidade dos versos da canção Carcará. O país, que sofria a miséria social e a política de exclusão e repressão, viu nascer uma voz surpreendente, épica, dramática – “meio água, meio sertão” - alçada ao posto de protagonista de um dos mais importantes espetáculos do teatro moderno nacional. O show Opinião - que nascera poucos meses após o Golpe Militar de 64 - era um musical que contava com a participação da bossa novista Nara Leão, do compositor do morro Zé Ketti e do nordestino João do Vale. Espécie de show-protesto com letras engajadas que mostravam as realidades duras do Brasil urbano e do Brasil rural, foi tido como a primeira expressão artística de protesto contra o regime de 1964, “o show contra a ditadura” - assim definido por Augusto Boal, diretor do espetáculo. Convidada pela própria Nara (que, com problemas de saúde, precisava repousar) para lhe substituir no show – uma baiana de dezenove anos, nascida em Santo Amaro da Purificação, irmã de Caetano Veloso, atendendo por Maria Bethânia Vianna Telles Velloso, deixava a plateia impressionada tamanha interpretação ao entoar os versos da canção Carcará. Nascia nacionalmente, dentro de um contexto inesquecível, a dona da voz que “seis meses e um diretor” fariam dela a maior cantora brasileira tal qual profetizou Millôr Fernandes à época do aparecimento de Bethânia.

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03 VOA CARCARÁ Para abordar o importante episódio que marca o inicio (Continuação) oficial da carreira da personalidade que homenageamos, a ave símbolo da canção que projetou Bethânia ganha destaque na alegoria que apresenta o contexto musical em que seu aparecimento está envolvido. Em formato arrojado e original, propositalmente construído de forma não convencional, a “águia do sertão” apresenta os movimentos articulados de forma aparente, sendo executados por “operários” que vestem figurino de clara inspiração nordestina. A intenção é aproximar a exibição ao teor espantoso que caracterizou a marca autoral do canto de Bethânia invadindo os ouvidos dos cariocas e lançar luz ao ponto alto de Bethânia durante o show Opinião: a abordagem da vida difícil dos sertanejos evidenciada pela letra da canção que a projeta para o grande público.

Destaque Central – Nabil Habib / Fantasia – Carcará: Personagem central da canção que projeta nacionalmente o nome de Maria Bethânia no cenário artístico brasileiro. Composta por João do Vale é lançada no Teatro Opinião ainda nos anos 60, a exuberância do “pássaro negro” que “pega mata e come” direciona a execução artística do figurino.

Fantasia das Composições / Missa Agrária: Os versos “Glória a Deus Senhor nas alturas / E viva eu de amarguras / Nas terras do meu senhor” da canção "Missa Agrária" - de e – antecediam a exuberante interpretação de Bethânia para a canção Carcará. O ponto alto e mais aguardado da exibição da estrela estava envolvido com a abordagem da vida difícil dos sertanejos, razão pelo qual o figuro faz menção à estética que caracteriza.

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04 ABELHA RAINHA A canção "Mel" tornou-se um marco na carreira musical da cantora que homenageamos não apenas por ser a faixa de abertura do antológico disco homônimo de 1979, mas também por conter os versos que acabaram por ser responsáveis pelo titulo majestoso atribuído à Bethânia: A Abelha Rainha da MPB. Consolidada como uma das mais significativas intérpretes da sua geração, primeira cantora brasileira a atingir a marca de um milhão de discos vendidos – fruto das vendas do disco Álibi de 1978 - reconhecida pelo público, aclamada pela crítica, dona de uma invejável carreira que atinge a marca de cinquenta anos de atuação, o “título” que sugere realeza parece fazer jus ao trabalho da diva que apresentamos como enredo. Encerrando o setor que celebra alguns dos mais significativos sucessos que compõem a obra da artista, a quarta alegoria reúne compositores, intérpretes, diretores teatrais, cenógrafos e personalidades das mais variadas atividades artísticas que, de alguma forma, estiveram presentes ao longo da trajetória pessoal de Maria Bethânia para celebrar a obra da artista que homenageamos. Reunidos em torno de uma construção artística que mescla símbolos de realeza associados ao universo das abelhas, a alegoria reluz em tons dourados a fim de dar contorno majestoso à homenagem que prestamos.

Destaque Central alto – Santinho / Fantasia – Abelha Rainha: Soberana personagem da canção composta por Caetano Veloso e Waly Salomão – “Mel” - lançada pela cantora no LP de mesmo nome no ano de 1979. A expressão “abelha rainha”, presente na primeira parte da referida composição, acabou por se tornar o título majestoso concedido à Maria Bethânia.

Fantasia das Composições / Abelhas: Faz menção aos variados tipos de abelhas mencionados nominalmente na canção “Mel.” Gravada em ritmo caribenho, a música sugere um clima romântico e permissivo onde o eu lírico da canção se entrega de forma libertina à abelhas majestosas como “Lambe-olhos” “Torce cabelo” e “feiticeira.”

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05 BETHÂNIA “EM CENA” A alegoria que encerra o setor que lança luz nos shows estrelados por Maria Bethânia segue abordando o aspecto cênico/dramático de suas apresentações. Para reforçar a importância do aspecto teatral nas montagens dos espetáculos da homenageada, a concepção artística geral do carro alegórico remete ao universo das marionetes para apresentar de forma original e poética a questão da teatralidade. Composta por um elaborado sistema de signos, o conceito artístico da alegoria dialoga com os figurinos e com a cenografia de alguns representativos shows da carreira da artista para criar uma linguagem particular e teatral. No palco frontal, o antológico Show Rosa dos Ventos ocupa destaque por ser um marco significativo do primeiro de uma série de shows originados através do encontro de Maria Bethânia com o diretor Fauzi Arap, responsável pela concepção impregnada pelo teor teatral que consagraria a cantora ao longo de sua carreira. Nos palcos laterais, espetáculos mais recentes como “Brasileirinho” e “Dentro do Mar tem Rio” se apresentam recriados em lúdica versão teatralizada. Para ambos os shows apresentamos elementos visuais que mencionam o universo dos referidos espetáculos: No “Brasileirinho”, a cantora traça um perfil de nossa identidade num trabalho que apresenta um olhar etnográfico sobre a cultura brasileira erguida nas raízes de um país, cujo a base é indígena. No “Dentro do Mar tem Rio” louva Iemanjá, canta as águas, os seres místicos e a religiosidade popular.

Personagem Central - Serginho do Pandeiro: No palco frontal da alegoria o internacional artista apresenta a arte do samba teatralizado, que tanto sucesso faz pelo mundo.

Destaque de Luxo Central: Ednelson Pereira / A Hora da Estrela – Show de 1984: A fantasia do destaque faz menção ao espetáculo A Hora da Estrela. Dirigido por Naum Alves de Souza e baseado na obra de Clarice Lispector. O título do show remete ao famoso livro homônimo da escritora e a apresentação revelou-se um ambicioso projeto que associava música e linguagem teatral densa. O repertório trazia canções de Chico Buarque e Caetano Veloso feitas especialmente para o roteiro que estreou no Canecão(RJ) no ano de 1984.

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05 BETHÂNIA “EM CENA” Destaques Laterias (baixo) – Meime dos Brilhos e (Continuação) Dianelly Braga / Dramaticidade Cênica: A fantasia da dupla de destaques laterais apresenta versão carnavalesca que exalta o aspecto dramático presente nos espetáculos estrelados pela cantora.

Fantasia de Composições / Teatralidade Musical: Faz menção à teatralidade associada ao canto de Bethânia. Certamente, uma das marcas mais vigorosas de suas apresentações públicas.

06 CÉU DE LONA VERDE E Em tom lúdico a alegoria que encerra o desfile da Estação ROSA Primeira oferece à Bethânia o tal “céu de lona verde e rosa” que o samba-enredo que apresentamos menciona a fim de concluir a homenagem que lhe prestamos. O circo, tem significado especial dentro do contexto biográfico da cantora: Foi a partir da passagem de um circo mambembe por Santo Amaro da Purificação que a intérprete – ainda criança - despertou o interesse pela vida artística e vislumbrou o desejo de tornar-se uma mulher dos palcos. Em inúmeras entrevistas concedidas ao longo de sua vida pública a cantora manifestou o desejo de ser uma artista circense, tendo buscado na carreira artística musical, parte da realização desse sonho. Em função disso, a Estação Primeira de Mangueira, mergulhada na poética permissiva possibilitada pela narrativa carnavalesca, ergue um picadeiro em verde e rosa, para que a estrela por nós homenageada reine em meio a um conjunto cenográfico que une poesia e lirismo, para construir um circo com contornos estéticos infantis.

Personagem Principal: Maria Bethânia – Acompanhada por duas crianças que representam o seu desejo infantil de ser uma artista de circo, a cantora por nós homenageada atravessa a Avenida.

Destaque de Luxo Central Alto – Alain Taillard / Fantasia: A Magia do Circo: A fantasia do destaque central apresenta o encantamento mágico que o circo proporciona.

Composições gerais: A Alegria do Circo (Palhaços) – A célebre figura ganha festivo contorno estético para compor o visual geral da alegoria. O colorido de um dos mais representativos personagens do universo circense inspira o figurino que revela o lado mais alegre e divertido do circo.

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Nomes dos Principais Destaques Respectivas Profissões

Eduardo Leal Psicólogo

Tânia Indio do Brasil Funcionária Pública

Ludmila Aquino Jornalista

Nabil Habib Empresário

Santinho Costureiro

Ednelson Pereira Psicólogo

Alain Taillard Empresário

Local do Barracão Rua Rivadavia Correa, Gamboa – Cidade do Samba – Barracão nº. 13 Diretor Responsável pelo Barracão Robson Saturnino Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe Devalcyr Ribeiro Futica Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe Flávio Polycarpo e Rodrigo Bonan Leandro de Assis Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe Paulo Ferraz Outros Profissionais e Respectivas Funções

Renato - Laminação

Vitor - Equipe de Vime

Vilmar - Equipe de Espelho

Batista - Hidráulico

Manoelzinho - Empastelação

Observação Geral: As imagens aqui apresentadas são ilustrações que caracterizam a ideia das alegorias, e não necessariamente serão reproduzidas integralmente nas alegorias apresentadas.

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* Ekedis Dentre os cargos Guardiães do Fabio Baptista 2015 hierárquicos do 1º Casal de candomblé há uma função Mestre-Sala e feminina importante: a Porta-Bandeira Ekedi. Na realidade EKÉJÌ ÒRÌSÀ – a segunda pessoa do orixá – é um cargo cujo os afazeres são a ponta do processo de trazer para o terreiro os deuses. Elas puxam cantigas sagradas, cozinham, vestem os orixás, auxiliam os babalorixás ou iyalorixás, além de preparar a pintura dos ìyàwós. Vestindo roupas predominantemente brancas associadas a materiais comumente utilizados nos preceitos do axé. O grupo, formado exclusivamente por mulheres, acompanha o primeiro casal de mestre- sala e porta-bandeira, levando consigo, balaios de oferendas.

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01 Tambores de Iniciada num candomblé Ketu Ala Nação Nany, 2013 Ketu - a maior e a mais popular Mangueirense Cesinha e "nação" do Candomblé – por Maria Escolástica da (Comunidade) Robson Conceição Nazaré, a famosa iyalorixá conhecida como Mãe Menininha do Gantois, Maria Bethânia é uma adepta da filosofia do axé de uma das mais antigas e tradicionais casas de santo da Bahia. Mergulhada nesse rico universo, a Estação Primeira de Mangueira traz para seu desfile uma série de associações com o universo dos ritos do candomblé. Nesse contexto, a ala Tambores de Ketu, além de apresentar a ancestral nação em que Bethânia é “feita” - utilizando a estética africana primitiva para compor o visual geral do grupo - traz os ilús (tambores), para apresentar a sonoridade rítmica como uma das mais importantes expressões do conteúdo mais profundo dos ritos religiosos de matriz africana. O toque dos tambores constrói o começo da festa, o espaço sagrado e o convite aos orixás a descer. É o som dos atabaques o meio através do qual o homem coloca-se em contato com a divindade. O som é o condutor do Axé do Orixá. Assim, os “tambores” da ala que apresentamos invocam todos os orixás para a festa que promovemos.

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02 Herança Inserida no contexto de Velha-Guarda Gilda 1953 Ancestral desfile que apresenta mitos e signos associados à prática do candomblé, a Velha Guarda da Estação Primeira de Mangueira representa – por tudo o que significa para a história da Mangueira e do samba carioca - a importância do respeito à ancestralidade para as religiões de matriz africana.

* Grupo de Entre os tripés que Personalidades Conselho de 2013 Mangueirenses compõem parte da ligadas à Carnaval Ilustres cenografia frontal do Estação Abre-Alas, o grupo Primeira constituído por mangueirenses com histórico representativo dentro da Agremiação saúda o publico e anuncia a passagem da Estação Primeira de Mangueira.

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03 Saudações aos A temática do Alas Carcará Rafael 1992 Orixás candomblé centraliza-se e e e Masculinos em grande parte dos Estrela Isabel 2005 trabalhos de Bethânia. Iluminada Desde 1970 ela já cantava pontos e saudava os variados deuses do panteão africano em seus discos e apresentações públicas. A capa dos antigos LP’s - Pássaro Proibido (1976), Álibi (1978), Mel (1979), Talismã (1980) Alteza (1981), Olho d’água (1992) - e de alguns nascidos como CD’s - Âmbar(1996), A força que nunca seca (1999), Brasileirinho (2003), Dentro do mar tem rio (2007), Encanteria (2009) e Meus Quintais (2014) - podem ser exemplificados como acoplagens da imagem da cantora a símbolos sagrados da religiosidade afro- brasileira.

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03 Saudações oas Para abordar essa Alas Carcará Rafael 1992 Orixás importante face do e e e Masculinos trabalho da Estrela Isabel 2005 (Continuação) homenageada, e seguir Iluminada apresentando a fé que ela professa publicamente, as alas que iniciam o segundo setor de nosso desfile pedem licença e saúdam os orixás. Para tal, a fantasia em questão inaugura o setor e apresenta um figurino que mescla a rusticidade aparente de um resplendor de vime (espécie de madeira), motivos afros, e signos associados à indumentária característica de alguns orixás masculinos. Como exemplo, bombaixo como calça, saiote, e insígnias representativas como o ochê de Xangô – elemento que inspira a construção da “cabeça” da fantasia.

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04 Saudação aos De excepcional Ala Sempre Bárbara 2013 Orixás Velhos popularidade na Bahia, Mangueira arquetipicamente velhos, (Comunidade) Omulu e Nanã são deuses respeitados pelos poderes a eles atribuídos. Segundo mitos iorubanos ambos revelam o mistério da morte e do renascimento. Na indumentária ritualística surgem com amplas vestes feitas com palha da costa e suas insígnias características são ricamente enfeitadas de búzios, tal qual sugere o figurino da ala apresentada.

* Ewá / Iemanjá / Vestindo as cores que Musas Sarinha 2013 Obá caracterizam as orixás Ewá, Iemanjá, e Obá, as musas Ana Cristina, Renata Santos e Alexandra Ricete, apresentam-se a frente da ala “Saudação as Yabás“ para revelar algumas outras orixás celebradas e cantadas por Bethânia ao longo de sua carreira fonográfica.

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05 Saudação às No repertório gravado por Alas Baianas Tidinha 1952 Yabás Bethânia que tem as Granfinas religiões afro-brasileiras e e e como tema, encontramos Embaixadores Brandão 1957 referências e louvação constante a todas as orixás femininas. No Brasil – dentro da tradição jeje-nagô - esse grupo especificamente é conhecido como “as Yabás.” O termo vem do iorubá “ìyáàgba”, que significa “matrona”, “senhora”, “mulher idosa”; “avó materna ou paterna.” As yabás mais conhecidas são Oxum, Iansã, Iemanjá, Nanã, Obá e Ewá. Para saudar as deusas-mulheres do candomblé, a ala apresentada conjuga estética afro às cores tradicionalmente associadas às yabás numa única fantasia. Ao laço feito de vime, e aos motivos geométricos que servem de adorno para a concepção do figurino, soma-se o amarelo de Oxum, o azul de Iemanjá, o terracota associado ao fio de contas de Iansã, o lilás associado à Nanã, o laranja que caracteriza Ewá, e o vermelho de Obá, para a construção do conjunto visual que compõem a ala.

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06 Xêu Èpa Bàbá Xêu Èpa Bàbá é a Ala Coração Catarina, 2013 (Oxalá) saudação para aquele que Verde e Rosa Gugu e é considerado e cultuado Simone como o maior e mais respeitado de todos os Orixás do panteão africano: Oxalá. É o orixá iorubá da criação da humanidade. Rei e pai de todos os orixás. Em respeito a oxalá, seus

filhos – e o de todos os outros orixás - guardam a sexta-feira como um dia consagrado ao orixá maior e por esta razão todos devem vestir branco. No figurino da ala predomina o branco – cor popularmente atribuída ao orixá – observa-se a coroa – por seu direito de Rei – e, como adereço de mão, a estilização do opaxorô – apetrecho da cultura Nagô em forma de cajado, símbolo máximo do orixá.

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07 Salve Cosme e Após o elemento Ala das Valéria 1987 Damião cenográfico que ergue as Crianças imagens católicas de Santa Bárbara e do menino São João, a ala das crianças da Mangueira segue introduzindo no contexto que apresenta a fé da cantora que homenageamos a questão da devoção católica e do sincretismo religioso. Padroeiro das crianças, Cosme e Damião são santos populares queridos no Brasil e especialmente na Bahia. A devoção de Bethânia aos “santos meninos” é herança da mãe, Dona Canô. Na casa da matriarca da família Velloso nunca faltou o tradicional “caruru de Cosme e Damião” no dia 27 de Setembro. Sincretizado com os ibejis do candomblé, uma das mais populares maneiras de festejar os santos é a tradicional prática da distribuição de doces. Para celebrar os “santos gúris” a ala infantil da Mangueira apresenta uma lúdica e divertida versão do santo protetor das crianças.

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08 Viva Santa Devota de Santa Bárbara, a Ala das Neuci 1958 Bárbara! cantora expõe de forma Baianas constante e pública sua reverência à santa sincretizada como Iansã. Sua participação pública em procissões e festejos tradicionais associados à celebração da mártir cristã - além da constante citação à “protetora dos relâmpagos e das tempestades” através de canções gravadas ou apresentadas em shows - reitera sua veneração à santa, e a filiação a orixá Oyá/Iansã sincretizada com a mesma. Para lançar luz nesse aspecto importante da religiosidade da cantora que homenageamos, as baianas da Mangueira vestem uma fantasia inspirada no exuberante traje de festa utilizado pelas baianas de Salvador nas cerimonias festivas do dia 04 de Dezembro - data que marca a festa da santa. Tradicionalíssima, trajando torço, saia rendada, babado, e ostentando o indefectível pano da costa – onde a imagem de Santa Bárbara ganha notoriedade junto ao amarrado de “rosas vermelhas.”

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08 Viva Santa Merece destaque a penca de Ala das Neuci 1958 Bárbara! balangandãs – artigo de luxo Baianas (Continuação) e ostentação utilizado pelas baianas mais tradicionais em dias festivos na Bahia - que “enfeita” as costas do figurino e enche de baianidade e brasilidade a apresentação de uma das mais tradicionais e respeitadas alas do carnaval carioca.

09 Voz do Brasil Carregada de sentimento e Ala Pantera Guanayra 1978 Menino – simbolismo, a voz de e e e Indígenas Bethânia faz da música uma Realidade Perci 1986 experiência que é aprendizado musical, emocional, e retrato de nosso país. Nesse sentido, seu canto aponta para a tradução da formação cultural e musical de um Brasil “original.” O setor que se inicia mergulha nas referências musicais de sua formação plural para apresentar os “traços” da reconhecida brasilidade da voz e do repertório da cantora. Nesse contexto, a ala “Voz do Brasil Menino – Indígenas” apresenta o canto de Bethânia como uma imersão nas raízes brasileiras, além de revelar a genética tupi da “raiz” de sua voz.

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10 Voz de um Brasil Bethânia aproxima nossa Ala Raiz Juiara, 2013 Regional audição a um pedaço de Mangueirense Sérgio e Laura Brasil de formação cultural plural e seus nuances musicais nos traz aquilo que ela guarda na intimidade de suas memórias afetivas. O Canto livre, a malícia do samba de roda, o terno de Reis, as chulas, as

cantigas do folclore que nos remetem a ingenuidade das brincadeiras brasileiras, são matrizes vivas da base regional de seu canto e obra. A ala “Voz de um Brasil Regional” se utiliza da estética dos festejos regionais e folclóricos – matéria prima da inventividade de seu canto - para apresentar essa marca do universo artístico da cantora.

314 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

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11 Sabor Nordestino Desde o princípio de sua Ala Acnã Nilcemar 2001 carreira musical a raiz e e e nordestina da baiana de Amigos do João Vitor 1971 Santo Amaro da Embalo Purificação apresentou-se como uma marca de seu contexto artístico. Sua aparição no cenário musical brasileiro soprou o “sabor agreste e nordestino” de seu canto no meio musical urbano e bossa novista do Rio de Janeiro dos anos sessenta. “Marca” presente ao longo de seus cinquenta anos de carreira, variadas canções e interpretações de Bethânia trazem o sabor do nordeste brasileiro para o universo musical da cantora. Como fantasia para a ala que aborda a questão, a típica indumentária associada aos costumes e a figura do nordestino brasileiro.

315 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

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12 “Toque” A vida do interior do Ala Somos Paulo, Selma 2013 Sertanejo Brasil sempre foi fonte Mangueira e Sandra de inspiração para o rico universo musical de Maria Bethânia. Filha do interior – como ela mesma se traduz - ao longo da carreira a cantora gravou compositores que debruçaram sua linha

poética em cima de um olhar atento ao Brasil interiorano, de tradições rurais, que se contrapõe ao aspecto urbano das grandes cidades e aproxima sua voz da tradução de um Brasil de sabor sertanejo.

316 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

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* O Voo de uma Junto da terceira Musas da Bisteka 2013 Canção alegoria, as musas da Comunidade comunidade verde e rosa apresentam-se como uma revoada de carcarás. Ave sertaneja, águia do sertão, o pássaro é a estrela da composição que se tornou o marco que inaugura a aparição de Maria Bethânia no cenário musical brasileiro. Graças à voz gravíssima misturada a um excesso de dramaticidade, o grito de “Carcará, mais coragem do que homem / Carcará, pega, mata e come” tornou-se um berro de brasilidade brotando da experiência seca do sertão invadindo o ouvido bossa novista e urbano dos cariocas até então acostumados ao canto contido e intimista de Nara Leão.

317 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

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13 Homenagem aos A estampa do terno que Ala dos Nino 1939 Cantores do veste a ala presta Compositores Rádio homenagem a nomes da chamada época de ouro da música brasileira cujo repertório é frequentemente revisitado pela homenageada. Sucessos intimamente associados à carreira de Bethânia – tais como Negue (de Adelino Moreira e Enzo De Almeida Passos), Loucura (de Lupicínio Rodrigues) Volta Por Cima (de Paulo Vanzoline) e Atiraste uma Pedra ( de e David Nasser) - são regravações de artistas associados à era do rádio da MPB. Isto se deve a influência exercida pelos antigos cantores da música nacional em sua carreira, principalmente, as cantoras dos rádios e boites das décadas de 1940 e 1950, como Dalva de Oliveira, Nora Ney e Aracy de Almeida.

318 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

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14 Explode Coração Cantora das canções ultra- Alas Eles e Gilberto 1990 amorosas, voz que fala às Elas emoções dos corações e e e apaixonados, dos lençóis Nós Somos Nilda 2001 molhados de suor e amor, Assim a fantasia da ala “Explode Coração” revela um dos maiores sucessos musicais do repertório romântico da cantora. A figura de um pierrot em tons de vermelho e rosa é utilizada para apresentar a canção apaixonada e inicialmente magoada de Gonzaguinha (1945 - 1991) que ganhou tons românticos e conquistou de fato o Brasil na voz da cantora.

319 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

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15 Esotérico “Esotérico” é uma canção Ala dos Queila Mara 1928 de Gilberto Gil composta Passistas especialmente para o encontro sugerido por Maria Bethânia a fim de reunir os quatro baianos mais famosos de sua geração. A música tornou- se um dos momentos mais sublimes e apoteóticos protagonizados por Gal Costa e Maria Bethânia no memorável espetáculo “Doces Bárbaros.” A letra

- uma tentativa de transpor a ideia do mistério divino, místico-religioso, para o campo do amor terreno - conta com a voz grave e passional de Maria Bethânia para revelar o humano, enquanto a voz doce de Gal Costa enaltece o divino. Para abordar o universo poético da canção, os passistas da Estação Primeira de Mangueira apresentam-se com um figurino inspirado na indumentária das divindades hindus, ícones comumente associados ao universo do misticismo e do esoterismo.

320 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

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* Fera Ferida Evelyn Bastos apresenta- Rainha de - - se a frente da bateria da Bateria Estação Primeira de Mangueira usando figurino que faz menção a canção Fera Ferida gravada por Maria Bethânia.

16 Fera Ferida Tal qual a estética felina Ala da Bateria Rodrigo 1959 que compõe a cabeça do Explosão e figurino da bateria sugere, Vitor Art os ritmistas da Estação Primeira de Mangueira personificam a canção “Fera Ferida.” Considerada um dos maiores sucessos da carreira fonográfica da cantora, a interpretação para a canção - composta por Roberto e Erasmo Carlos - ganhou destaque ao ser incluída na abertura da novela homônima da TV Globo. A popularidade da versão para a música originalmente lançada pelo próprio Roberto Carlos em 1982 alavancou as vendas do célebre disco de carreira da cantora intitulado “As canções que você fez pra mim.”

321 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

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16 Fera Ferida O álbum tributo lançado Ala da Bateria Rodrigo 1959 (Continuação) pela baiana contendo Explosão e somente criações da dupla Vitor Art Roberto Carlos / Erasmo Carlos a incluiu na galeria das maiores intérpretes da obra construída com dobradinha musical formada entre os lideres da jovem guarda.

17 Rosa dos Ventos A presença de “Rosa dos Grupo Fabinho 2015 Ventos” – canção de Teatralizado Chico Buarque de Holanda – no setor dedicado aos sucessos marcantes da cantora Maria Bethânia lança luz em dois aspectos importantes da trajetória musical da homenageada: O fato das canções de Chico Buarque serem uma constante em seu repertório, e a questão do posicionamento politico ser uma marca que à associou ao canto de protesto. Sucesso de carreira constantemente inclusa no roteiro de seus shows, a composição dá titulo a um dos mais celebres espetáculos da cantora – transformado em disco ao vivo homônimo lançado pela PolyGram (então Phonogram).

322 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

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17 Rosa dos Ventos A canção mostra uma Grupo Fabinho 2015 (Continuação) reflexão a respeito da Teatralizado censura e da repressão exercida pela ditadura militar vivida no Brasil dando ênfase a sensação de desorientação que perdurava entre os brasileiros oprimidos pela falta de expressão. Para abordar a questão e ilustrar a canção, a ala apresenta uma versão bem humorada e carnavalesca de um grupo de militares que “carregam” a significativa e alegórica imagem de uma Rosa dos ventos estampada junto à sombrinha apresentada como adereço.

323 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

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18 Oração à Mãe Em seu repertório musical a Ala Amor à Patrícia, 2013 Menininha cantora registrou a canção Mangueira Valéria Oração à Mãe Menininha (Comunidade) Simpatia e – composta por Dorival Rosana Caymmi em homenagem à famosa ialorixá do Gantois – em gravação feita em dueto com Gal Costa durante o show Phono 73 e lançada em disco em Maio do mesmo ano. A versão tornou-se uma das mais populares canções brasileiras e um dos maiores sucessos de carreira da cantora Maria Bethânia. Como a fantasia da ala revela, a canção narra os atributos associados a Oxum – orixá da beleza, do ouro e da riqueza – para prestar homenagem a ialorixá apresentada em versos musicais como “a Oxum mais Bonita.”

* Alcione e As cantoras - e ilustres Destaques de - - Rosemary Mangueirenses – Chão apresentam-se a frente da alegoria que festeja os cinquenta anos de carreira daquela que é celebrada como a “Abelha Rainha” da MPB. Alcione e Rosemary personificam os mangueirenses e a própria Mangueira em festa diante do enredo que apresentamos.

324 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

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19 Poesia em Cena Maria Bethânia sempre Sambar com a Valéria 2013 demonstrou que seu Mangueira Virine, Bigu e gosto por poesia vai além (Comunidade) Vivian de uma simples leitura. Em seus discos e shows, costuma intercalar a música que canta com a recitação inspirada de trechos poéticos. Para iniciar o setor que apresenta “o palco” como lugar para protagonizar espetáculos cujo roteiro são pensados a partir de minuciosa organização intertextual a fim de gerar uma dramaticidade cênica constante, o figurino da ala aborda a paixão que a cantora tem pela literatura clássica e pela palavra dita.

325 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

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20 Drama – Luz da Ao longo de sua carreira, Alas Vendaval Clarisse 1982 Noite / Show de Maria Bethânia protagoniza e e e 1973 espetáculos cujos roteiros Aliados Édio Dória 1958 são pensados a partir da minuciosa organização intertextual de excertos literários e canções que geram uma dramaturgia integral em suas apresentações. O show "Drama - Luz da Noite" é um bom exemplo da forma com que a cantora põe em diálogo teatro e música. A musicalidade, acrescida da teatralidade cênica da baiana, reforça a marca de sua atuação de "cantriz" - mistura de cantora e atriz, como ela se define. Bethânia dramatiza e representa toda a apresentação, dando vida e energia a cada canção. Preenchendo o espaço do palco com movimentos teatrais de pura autenticidade, intercalando textos entre espetaculares pot-pourris, o show - misto de música, recital poético, e teatro - lotou o Teatro da Praia/ RJ em 1973 e está registrado no disco "Luz da Noite" lançado em dezembro do mesmo ano. Para abordar o universo citado que envolve o espetáculo, o figurino da ala utiliza-se de elementos visuais comumente associados à dramaticidade teatral e a noite.

326 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

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21 A Cena Muda / O espetáculo segue a linha Alas Moana Paulo Ramos 1980 Show de 1974 teatral que caracterizaria e e e Bethânia anos setenta a Au Au Au Guezinha 1986 fora e acabaria sendo uma marca de suas apresentações públicas. O tema central do show - estreado no Teatro Casa Grande em 1974 - é a relação do artista com o sucesso e o poder. Para Fauzi Arap, diretor do espetáculo, trata-se de “o artista sobrevivendo entre o ouro do poder e o ouro do alquimista.” A apresentação, registrada em disco ao vivo - e lançada em novembro do mesmo 1974 - é considerado um dos espetáculos musicais mais ousados feitos no Brasil. O figurino da ala faz menção ao referido show ao debruçar seu desenvolvimento estético no conceito de luxo e opulência que marcava a cenografia e o figurino do show - obra de Flávio Império – tendo como referencia as mesmas metáforas visuais do ouro, e a figura do Rei Midas.

327 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

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22 Pássaro da No dia 13 de janeiro de Alas Deise 1973 Manhã / Show de 1977 estreava no Teatro Seresteiros 1977 da Praia, Pássaro da e e e Manhã. Dirigido por Fauzi Vem Comigo Miriam 1991 Arap e com cenários de Flávio Império, o show está registrado num LP de mesmo nome. A montagem de “Pássaro da Manhã” conjugava canções e textos literários para a elaboração de uma dramaturgia intertextual, com subtexto político, pró-anistia. Concebido para ser mais um clamor pela Anistia, a intérprete surge como um pássaro que anuncia a chegada do sol após uma longa noite – a ditadura que tardava terminar. Como define Fauzi Arap - diretor do espetáculo - "um show que transpire liberdade, pois a gaiola de um homem só ele mesmo pode abrir". A montagem trabalhava alegoricamente com a imagem de pássaros que aspiram à liberdade e a “luminosidade.” Para tanto, tal qual sugere a fantasia da ala em questão, evocava imagens poéticas, como a das aves que desejam voltar aos seus lares.

328 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

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23 Alô meu Santo A ala inaugura o setor Alas Brasinhas Léa 1966 Amaro que encerra o carnaval da e Brasões Mangueira trazendo para e e e o desfile o clima dos Gatinha e Zélia 1974 festejos religiosos e das Gatões manifestações culturais da cidade natal da cantora homenageada, Santo Amaro da Purificação, localizada no recôncavo baiano. Para iniciar a abordagem, o figurino da ala “Alô meu Santo Amaro” recria em tom carnavalesco a figura do santo católico que batiza a histórica cidade localizada a setenta quilômetros de Salvador. Festejado com novenário e quermesse, sua Igreja é um dos destaques das inúmeras construções históricas que fazem parte da paisagem da pacata cidade.

329 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

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24 Salve Nossa A tradicional festa de Alas Mimosas Chininha 1963 Senhora da Nossa Senhora da e e e Purificação Purificação, com a Depois eu Derly 1964 famosa novena - Digo popularmente conhecida como "a novena de Dona Canô" graças à música Reconvexo de Caetano Veloso lançada por Bethânia no LP Memória da Pele em 1989 - lavagem do adro da igreja, e procissão; se mantém firme na celebração em torno da padroeira de Santo Amaro: Nossa Senhora da Purificação. A tradição secular leva às ruas diversas manifestações religiosas e exaltações culturais marcadas pelos nove dias de celebração religiosa que atrai os devotos que participam do ciclo de orações e ladainhas. No estandarte que compõe a fantasia da ala, a imagem da santa por quem Bethânia guarda devoção especial, dá o tom devocional do figurino, e insere a forte tradição religiosa de Santo Amaro no contexto de nossa apresentação.

330 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

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25 Lavagem da A lavagem da Avante Rogério 2013 Purificação Purificação, em Santo Mangueira Amaro, é historicamente (Comunidade) datada de 1750. Com mais de dois séculos de realização, a festa reúne a parte profana e religiosa, tendo a “lavagem” como ponto alto das comemorações. Durante as ultimas décadas, até a sua morte em 2012 - aos 105 anos de idade - os festejos estiveram sobre o comando de Dona Canô. Do número 179 da Rua do Amparo, residência da família Veloso, saiam as baianas vestindo predominantemente o branco e portando sobre as cabeças as louças contendo água de cheiro e flores, tal qual a fantasia da ala sugere. Vestidas com trajes típicos, as baianas lavam as escadarias do templo e, em procissão, percorrem as principais ruas da cidade num ato de cultura, devoção e história.

331 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

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26 Violeiros do Tradição local, Ala Vânia 2013 Terno de Reis preservado pela luta apaixonados pessoal da matriarca da pela família Veloso, o Terno Mangueira de Reis - também (Comunidade) chamado de Folia de Reis ou Reisado - faz parte dos festejos religiosos natalinos praticados pelos adeptos e simpatizantes do catolicismo. Em Santo Amaro, a visitação das casas dura do final de dezembro até o Dia de Reis e é realizada por grupos organizados por músicos tocando a tradicional viola caipira tal qual sugere o figurino que serve de fantasia para a ala. O Terno de Reis é um sucesso na cidade e o Reisado Filhos do Sol, da família Veloso, liderado pela matriarca D. Canô até a sua morte, é hoje uma tradição da localidade que une Caetano e Bethânia, os irmãos, os sobrinhos, e os anônimos da cidade em torno de cantoria, festa, e devoção popular.

332 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

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27 Nego Fugido O “Nego Fugido” é uma Ala Sangue Ricardo 2013 manifestação da cultura Verde e Rosa popular santamarense (Comunidade) que funde elementos de dança, música, candomblé e teatro, que esta guardada nas memórias juvenis de Bethânia em Santo Amaro. Trata-se de uma encenação que recria em dias festivos a luta pela libertação dos escravos. Com as cabeças pintadas com carvão, e saias de folhas secas, o folguedo revive a época da perseguição feita aos habitantes dos quilombos pelos capitães-do-mato e pelos militares, com a dramatização da fuga, da caça, da captura e da libertação dos escravos. O figurino da ala se utiliza dos elementos básicos que compõem o personagem principal do folguedo: o figurino “à moda” cangaceiro, o uso da farta saia simulando folhas secas, a arma, e a “cabeça de nego.”

333 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

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28 Samba de Roda O recôncavo baiano é Ala Explode Fabinho 2016 historicamente marcado Coração pela presença do samba-de- roda e o patrimônio musical de Santo Amaro da Purificação é uma das mais belas representações dessa raiz. Ao longo de sua trajetória musical, Bethânia incluiu em shows e discos diversos de domínio publico tradicionais de sua cidade natal. Memórias afetivas de seu tempo de criança, a menção aos sambas que animam a maioria das festividades da região, encerra o conjunto de alas do setor que celebra a cidade natal da cantora que homenageamos. Para tal, a ala recria a figura das famosas “sambadeiras.” Trajando torço e amplas saias com motivos florais multicoloridos, o conjunto apresenta ainda uma coreografia inspirada na malícia e na alegria da dança.

* Amigos de Após a última alegoria, Grupo de Soca 2015 Bethânia familiares, profissionais Encerramento que acompanham os bastidores da trajetória de Bethânia, fãs anônimos formam o grupo que encerra nosso desfile.

334 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

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Local do Atelier Rua Rivadávia Correa, 60 – Barracão 13 – Gamboa/RJ Diretor Responsável pelo Atelier Júlio Cerqueira Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe Dona Sirlei, Vanessa e Eliana Equipe de adereço Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe Augusto, Rogério, Júlio Cerqueira, Hudson, Alberto e Gomes Wellington, Adriano e Gustavo Outros Profissionais e Respectivas Funções

Leandro de Assis - Pintura Vitor Negromonte - Vime Almir - Arame

Observação Geral: As imagens aqui apresentadas são ilustrações que caracterizam a ideia da fantasia, e não necessariamente serão reproduzidas integralmente nas fantasias apresentadas.

Outras informações julgadas necessárias

Dados sobre o carnavalesco: Engana-se quem pensa que Leandro Vieira é um novato no mundo do carnaval. Em 2016, com sua estreia na Mangueira, o carnavalesco celebra uma década de atuação no universo das escolas de samba. A estreia solo foi em 2015, como carnavalesco da Caprichosos de Pilares, com o enredo ‘Na minha mão é + barato’. Leandro Vieira foi a grande revelação do ano, como atestam os prêmios que venceu em 2015, nada menos do que seis: Sambanet (Revelação e melhor enredo), SRZD (Destaque da Série A), Estrela do Carnaval – Site Carnavalesco (Revelação), Plumas e Paetês (Melhor figurinista da série A) e Gato de Prata (Revelação).

Artista plástico formado pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, (EBA/UFRJ), Leandro Vieira é ainda Gestor em carnaval, com graduação pela Universidade Estácio de Sá. Participou da equipe responsável por desenvolver o projeto artístico da Portela nos anos de 2007 e 2008. Em 2009, passou a integrar o quadro criativo da Acadêmicos do Grande Rio, atuando na supervisão do desenvolvimento cenográfico de alegorias, assim como em 2010, ano no qual teve dupla jornada, participando também do projeto artístico de alegorias da Unidos do Porto da Pedra. Em 2011 e 2012, seguiu na equipe artística da Escola de Caxias. Em 2013, Leandro Vieira teve uma tripla jornada: foi o autor da sinopse e figurinista da Imperatriz Leopoldinense, responsável pelo projeto artístico das alegorias do Império Serrano, além de atuar na execução do projeto de caricaturas da São Clemente, no enredo em homenagem às novelas - Leandro Vieira desenvolve um trabalho paralelo como caricaturista.

No ano seguinte, o artista novamente assinou a sinopse e foi autor dos figurinos da Imperatriz Leopoldinense, além de coordenar o trabalho de barracão, supervisionando o desenvolvimento das alegorias (a escola obteve notas máximas em enredo e fantasias). Ainda em 2014, voltou à Grande Rio, sendo co-autor da sinopse, figurinista responsável pelo conjunto de fantasias de ala e responsável também pelo desenvolvimento do projeto artístico de alegorias (A Grande Rio gabaritou em fantasias e alegorias e Leandro Vieira foi agraciado com dois troféus Plumas e Paetês: Melhor desenhista e figurinista de 2014, do Grupo Especial). Neste mesmo ano, atuou ainda na Acadêmicos do Cubango, sendo responsável pelo projeto artístico das alegorias e pelo conjunto de fantasias de ala. Em 2015, além de assinar o carnaval da Caprichosos de Pilares e assumir um elogiado carnaval de forma autoral, foi ainda figurinista da Unidos da Tijuca e autor da sinopse da Grande Rio.

Na estreia na Mangueira para o carnaval 2016, Leandro sugeriu à escola homenagear uma das mais importantes artistas brasileiras, Maria Bethânia, além de ser o pesquisador, autor da sinopse e desenhista de todos os figurinos e alegorias do projeto artístico.

335 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

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Samba-Enredo

Autor(es) do Samba- Alemão do Cavaco, Almyr, Cadu, Lacyr D Mangueira, Paulinho Enredo Bandolim e Renan Brandão. Presidente da Ala dos Compositores Júlio César Ferreira Asco (Nino) Total de Componentes da Compositor mais Idoso Compositor mais Jovem Ala dos Compositores (Nome e Idade) (Nome e Idade) 50 Nelson Sargento Renan Brandão (cinquenta) 92 anos 31 anos Outras informações julgadas necessárias

Raiou... Senhora Mãe da Tempestade A sua força me invade, o vento sopra e anuncia Oyá... Entrego a tia a minha fé O abebé reluz axé Fiz um pedido pro Bonfim abençoar Oxalá, Xeu Êpa Babá! Oh, Minha Santa, me proteja, me alumia Trago no peito o Rosário de Maria Sinto o perfume... Mel, pitanga e dendê No embalo do xirê, começou a cantoria

Vou no toque do tambor... Ô ô Deixo o samba me levar... Saravá! É no dengo da baiana, meu sinhô Que a Mangueira vai passar

Voa carcará! Leva meu dom ao Teatro Opinião Faz da minha voz um retrato desse chão Sonhei que nessa noite de magia Em cena, encarno toda poesia Sou Abelha Rainha, Fera Ferida, Bordadeira da canção De pé descalço, puxo o verso e abro a roda Firmo na palma, no pandeiro e na viola Sou trapezista num céu de lona verde e rosa Que hoje brinca de viver a emoção Explode, coração!

Quem me chamou... Mangueira Chegou a hora, não dá mais pra segurar Quem me chamou... Chamou pra sambar Não mexe comigo, eu sou a menina de Oyá Não mexe comigo, eu sou a menina de Oyá

336 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

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Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

A ala de compositores da Estação Primeira de Mangueira é a mais antiga ala de compositores do Grupo Especial. Fundada em 20 de janeiro de 1939 por , Carlos Cachaça, entre outros, tem como maior ganhador de sambas-enredo, o presidente de honra do grupo, o compositor Hélio Turco - com 16 sambas vencidos na quadra.

Em 2016, os compositores Alemão do Cavaco, Almyr, Cadu, Lacyr D Mangueira, Paulinho Bandolim e Renan Brandão assinam a obra que apresentamos como trilha para o enredo “Maria Bethânia – A Menina dos Olhos de Oyá.”

JUSTIFICATIVA E INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES: Esta justificativa se divide em três partes. Na primeira, expusemos a defesa de cada trecho. Na segunda, construímos uma narrativa baseada na letra do samba, contextualizando o enredo e o próprio desfile. Na terceira, propomos uma análise sobre o ponto de vista melódico.

A construção do samba foi feita essencialmente em primeira pessoa. Nele, cada componente da Estação Primeira de Mangueira encarna Maria Bethânia nesta noite de magia para mergulhar em seu relicário, passando pelos aspectos de sua religiosidade, pela rica obra musical e relembrando suas origens e sonhos infantis. No fim da viagem carnavalesca, é a própria Bethânia, marejada pela emoção da homenagem verde e rosa, que surge para agradecer e abraçar a nação mangueirense.

PARTE 1 - DEFESA TRECHO A TRECHO

“Quem me chamou... Mangueira Chegou a hora, não dá mais pra segurar Quem me chamou... chamou pra sambar Não mexe comigo, eu sou a menina de Oyá Não mexe comigo, eu sou a menina de Oyá” Chegou a hora! É carnaval e hoje cada mangueirense é Maria Bethânia, a "Menina dos Olhos de Oyá", para dar voz a uma das mais belas homenagens que já passou por esta avenida. Não dá mais pra segurar... A Mangueira me chama para a consagração nos braços do povo. Lá vou eu, que não ando só: eu sou a menina dos olhos de Oyá!

“Raiou... Senhora Mãe da tempestade A sua força me invade O vento sopra e anuncia Oyá... Entrego a ti a minha fé O abebé reluz axé” Raiou... No meio da multidão, sinto a presença de Oyá. Oh, senhora da tempestade, dona dos raios e trovões... A sua força me invade e me guia. O vento sopra e anuncia, em harmonia com as sirenes da Marquês de Sapucaí, a chegada da Estação Primeira. Mergulho nas profundezas da minha fé, num elo com as forças que me governam. Epa hei, Oyá! Entrego a ti o nosso destino. O abebé de Oxum reluz axé e ilumina nossos caminhos rumo à vitória.

337 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

“Fiz um pedido pro Bonfim abençoar Oxalá, Xeu Êpa Babá! Oh, Minha Santa, me proteja, me alumia Trago no peito o Rosário de Maria Sinto o perfume... Mel, pitanga e dendê No embalo do xirê, começou a cantoria” Faço um pedido ao Senhor do Bonfim. Minha escola pisa forte, apoiada no cajado de Oxalá. Rezo pela proteção de Santa Barbara. No peito, trago o amor e o Rosário de Maria. É cortejo de santo, é xirê de orixá. Um doce perfume baila no ar. Ouço o povo cantando e me deixo levar...

“Vou no toque do tambor... ô ô Deixo o samba me levar... Saravá! É no dengo da baiana, meu sinhô Que a Mangueira vai passar” Rufam os tambores e o povo vai ao delírio. Sinto meu corpo tomado pela cadência do samba, sinto meu coração pulsar no compasso do surdo de primeira. Saravá pra quem chega! Minha querida Verde-e-Rosa pede passagem... É no dengo da baiana que a Mangueira vai passar!

“Voa, carcará! Leva meu dom ao Teatro Opinião Faz da minha voz um retrato desse chão Sonhei que nessa noite de magia Em cena, encarno toda poesia Sou abelha rainha, fera ferida, bordadeira da canção” Alas e alegorias despertam minhas lembranças. O Brasil conhece minha voz, um retrato de sua diversidade “nas asas de um Carcará.” Viajo no tempo num voo triunfal até o Teatro Opinião. Nessa noite de magia, encarno a poesia que declamo nos palcos da vida. Sou abelha rainha, fera ferida...Posso ser tantas mesmo sendo uma só. Sou Maria Bethânia, a bordadeira da canção, encenando minha própria trajetória.

“De pé descalço, puxo o verso e abro a roda Firmo na palma, no pandeiro e na viola Sou trapezista num céu de lona verde e rosa Que hoje brinca de viver a emoção Explode coração” Volto às minhas origens. Salve Santo Amaro da Purificação, reduto do samba de roda. De pés descalços abro a roda e revivo a ternura daquele tempo de tantas brincadeiras e manifestações populares. Meu sonho de criança se torna realidade...Estou no circo, imenso teatro de lona verde e rosa. Sou uma menina a “brincar de viver” a emoção que já não cabe em mim. Obrigado, Mangueira... Explode, coração!

338 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

PARTE 2 - NARRATIVA

Chegou a hora! É carnaval e hoje cada mangueirense é Maria Bethânia, a "Menina dos Olhos de Oyá", para dar voz a uma das mais belas homenagens que já passou por esta avenida. Não dá mais pra segurar... A Mangueira me chama para a consagração nos braços do povo. Lá vou eu, que não ando só: eu sou a menina dos olhos de Oyá!

Raiou...No meio da multidão, sinto a presença de Oyá. Oh, senhora da tempestade, dona dos raios e trovões... A sua força me invade e me guia. O vento sopra e anuncia, em harmonia com as sirenes da Marquês de Sapucaí, a chegada da “escola de samba mais querida do planeta”, como cantava o saudoso Luizito. Mergulho nas profundezas da minha fé, num elo com as forças que me governam. Epa hei, Oyá! Entrego a ti o nosso destino. O abebé de Oxum reluz axé e ilumina nossos caminhos rumo à vitória.

Faço um pedido ao Senhor do Bonfim. Minha escola pisa forte, apoiada no cajado de Oxalá. Rezo pela proteção de Santa Barbara. No peito, trago o amor e o Rosário de Maria. É cortejo de santo, é xirê de orixá. Um doce perfume baila no ar. Ouço o povo cantando e me deixo levar... Rufam os tambores e o povo vai ao delírio. Sinto meu corpo tomado pela cadência do samba, sinto meu coração pulsar no compasso do surdo de primeira. Saravá pra quem chega! Minha querida Verde-e-Rosa pede passagem... É no dengo da baiana que a Mangueira vai passar! Alas e alegorias despertam minhas lembranças. O Brasil conhece minha voz, um retrato de sua diversidade “nas asas de um Carcará.” Viajo no tempo num voo triunfal até o Teatro Opinião. Nessa noite de magia, encarno a poesia que declamo nos palcos da vida. Sou abelha rainha, fera ferida...Posso ser tantas mesmo sendo uma só. Sou Maria Bethânia, a bordadeira da canção, encenando minha própria trajetória..

Volto às minhas origens. Salve Santo Amaro da Purificação, reduto do samba de roda. De pés descalços abro a roda e revivo a ternura daquele tempo de tantas brincadeiras e manifestações populares. Meu sonho de criança se torna realidade...Estou no circo, imenso teatro de lona verde e rosa. Sou uma menina a “brincar de viver” a emoção que já não cabe em mim. Obrigado, Mangueira... Explode, coração!

339 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

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Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

PARTE 3 – PONTO DE VISTA MELÓDICO Construída em tonalidade maior, a melodia foi concebida de forma a equilibrar aspectos como força e dolência em função das idéias de enredo abordadas na letra, além de primar pela criatividade ao trazer variações nos desenhos melódicos, nas divisões das células rítmicas e nos encadeamentos harmônicos, sempre respeitando a essência da alma musical presente na grande maioria dos sambas da história mangueirense.

“Quem me chamou... Mangueira Chegou a hora, não dá mais pra segurar Quem me chamou... chamou pra sambar Não mexe comigo, eu sou a menina de Oyá Não mexe comigo, eu sou a menina de Oyá” O refrão principal é aberto com a citação a “Brincar de Viver”, um dos principais sucessos de Maria Bethânia, tendo a mesma melodia/letra do verso que abre a referida música. Os versos 1 e 3 apresentam paralelismo por usarem a mesma estrutura pergunta-resposta. O refrão se encerra com a repetição de um verso que apresenta uma característica rítmica dos sambas de roda, tão presentes na obra de Bethânia, além da própria referência melódica ao famoso refrão “Não mexe comigo, eu não ando só” de “Carta de Amor”.

“Raiou... Senhora Mãe da tempestade A sua força me invade O vento sopra e anuncia Oyá... Entrego a ti a minha fé O abebé reluz axé Fiz um pedido pro Bonfim abençoar” Oxalá, Xeu Êpa Babá! A primeira parte tem na força da sua melodia o seu principal traço, com o uso de figuras mínimas e semínimas (“Rai-ou”, “Oy-á”) que propiciam um canto mais aberto, característica marcante dos sambas da escola, buscando dar a valentia necessária à abertura do samba, momento em que a bateria toca numa dinâmica mais forte. No sexto verso há uma passagem para o acorde anti- relativo que traz uma interessante variação melódica e harmônica para o fechamento do conjunto.

“Oh, Minha Santa, me proteja, me alumia Trago no peito o Rosário de Maria Sinto o perfume... Mel, pitanga e dendê No embalo do xirê, começou a cantoria” Aqui inicia-se uma nova ideia melódica em consonância com a mudança para a temática do catolicismo/sincretismo que ocorre na letra. Os dois primeiros versos imprimem um tom de lamento que traduz a ideia de oração a Nossa Senhora. Em seguida há uma variação para o acorde relativo, que reforça o clima introspectivo desejado.

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FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

“Vou no toque do tambor... ô ô Deixo o samba me levar... Saravá! É no dengo da baiana, meu sinhô Que a Mangueira vai passar” O refrão do meio é construído a partir do quarto grau na cadência harmônica. Nos dois primeiros versos a melodia apresenta uma estrutura paralela: ambos possuem uma terminação complementar (“ô ô” /“Saravá”) recaindo nos tempos fortes dos respectivos compassos, o que proporciona força para o canto do componente. No bis, a melodia é deslocada para uma região mais aguda, com algumas diferenciações em relação à primeira passagem, além de uma terminação no acorde relativo.

“Voa, carcará! Leva meu dom ao Teatro Opinião Faz da minha voz um retrato desse chão Sonhei que nessa noite de magia Em cena, encarno toda poesia Sou abelha rainha, fera ferida, bordadeira da canção” A segunda parte se inicia com melodias mais desenhadas em harmonia com a dinâmica da bateria, que toca mais leve com a saída do chocalho e o tamborim mais desenhado. Aqui também se fazem presentes as mínimas e semínimas (“so-nhei”, “em ce-na”) que propiciam força no canto em uma crescente, cujo ápice (“em cena”) acontece na preparação para o acorde anti-relativo sem finalmente recair sobre este, o que traz interessante e inesperada variação harmônica.

“De pé descalço, puxo o verso e abro a roda Firmo na palma, no pandeiro e na viola Sou trapezista num céu de lona verde e rosa Que hoje brinca de viver a emoção Explode coração” O trecho final se inicia com o uso da função mixolídia no sétimo grau menor após o acorde de quarto grau maior, que esboça o início de um “ciclo de quintas” ou “ciclo de dominantes” e, assim, transmite uma cadência característica das músicas regionais nordestinas, numa referência à origem de Maria Bethânia no Recôncavo Baiano. Em seguida (“Sou trapezista...”), a melodia ganha um sabor mais doce para acompanhar a idéia da letra, que é lembrar o sonho de criança da homenageada. Por fim, a melodia faz uma “escada” no último verso (“Explode coração”) em preparação para o refrão principal.

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FICHA TÉCNICA

Bateria

Diretor Geral de Bateria Rodrigo Explosão Outros Diretores de Bateria Vitor Art, Alex Explosão, Alexandre Marrom, Biraney Conceição, Jaguara Filho, Maurício Macalé, Nielson Alves, Reinaldo Nenem, Taranta Neto e Zé Campos Total de Componentes da Bateria 280 (duzentos e oitenta) ritmistas NÚMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS 1ª Marcação Surdo Môr Timbal Rece-Reco Ganzá 23 35 20 0 20 Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique 0 70 32 0 30 Prato Agogô Cuíca Pandeiro Chocalho 0 10 20 0 20 Outras informações julgadas necessárias

Mestre de Bateria

Rodrigo Explosão – Nosso Mestre Rodrigo Explosão é mais um dos frutos dessa Mangueira, árvore tão frondosa e traz o DNA do grande Mestre Alcir Explosão. Oriundo da Mangueira do Amanhã, desde 2000 desfila na bateria adulta e, há 9 anos, faz parte da Coordenação da Ala, composta apenas por ritmistas criados em Mangueira, e chega em 2016, aos 26 anos, ao posto máximo de Diretor de Bateria, com a missão de manter vivas as tradições dos Grandes Mestres, que estiveram à frente de nossa Orquestra de Percussão, como Waldomiro, Taranta, Saratoga, Ximbico, Ailton e seu pai Alcir Explosão. Mais uma vez, “Um Menino da Mangueira” fará ecoar na Sapucaí, a marca registrada de nossa bateria – a batida do surdo sem resposta, (criada por Lúcio Pato e China Florípedes) e os desenhos dos tamborins. Como está presente no nosso Samba Hino “Todo mundo te conhece ao longe pelo som de seus tamborins e o rufar do seu tambor” Exaltação a Mangueira – Enéas Brites e Aluísio da Costa.

A Bateria

Mantendo a batida do surdo sem resposta, marca da singularidade inigualável de nossa Bateria - fiel a suas tradições, tendo, ainda 35 surdos môr incumbidos de realizar os cortes de acordo com a melodia do samba, a fim de gerar o “balanço” inconfundível da Verde e Rosa fazendo uma “levada” acentuada no “contratempo” e tendo seus tamborins como diferenciais, a Bateria da Estação Primeira de Mangueira segue a evolução rítmica do samba.

Os ensaios para o Carnaval 2016 se iniciaram em setembro de 2015, sob o comando do Mestre Rodrigo Explosão; nossos ritmistas dedicaram muitas de suas noites aos ensaios, a fim de que o desenvolvimento, a afinação dos instrumentos e a sintonia entre eles mantenha a cadência, para realização de um grande desfile com perfeito entrosamento e evoluções rítmicas criativas.

342 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Bateria

Outras informações julgadas necessárias

Mestre Rodrigo Explosão, e toda a Coordenação da Ala da Bateria desenvolveram as convenções e as bossas que serão apresentadas em desfile e contaram com a participação de todos os ritmistas nos ensaios que se intensificaram a partir da segunda quinzena de outubro, logo após a definição do Samba Enredo para o Carnaval 2016.

Além das noites de sábado, no Palácio do Samba, quando a Bateria abrilhanta os Ensaios da Verde e Rosa, a Coordenação da Ala programou dois dias de ensaio por semana, sendo um só para a Ala e outro em conjunto com os diversos segmentos da Escola, contribuindo para o desenvolvimento da Harmonia de nossa escola.

Mestre Rodrigo Explosão, seu segundo diretor Vitor Art e os demais diretores auxiliares e ritmistas não mediram esforços para chegarem ao grande dia de desfile, preparados para todos os momentos, de modo a brindar a todos com uma apresentação, capaz de conjugar tradição e ousadia, e cumprir a função de sustentar o ritmo durante o desfile, sempre preocupados em enriquecer a beleza melódica do samba e sem comprometer o andamento da Escola. A Direção da Escola preocupada em obter excelência em qualidade, foi buscar o maestro Jorge Cardoso, grande arranjador, produtor do CD das Escolas de Samba e antigo julgador do quesito Bateria, trazendo sua experiência para somar forças com a direção da Bateria e a Harmonia junto ao carro de Som.

Rainha de Bateria Evelyn Bastos - Com Evelyn à frente de nossa Bateria, a Estação Primeira mantém mais uma de suas tradições: encontrar nas belas meninas de nossa comunidade aquela que ocupará o posto de Rainha. A menina Evelyn, nascida e criada no Morro de Mangueira, foi aluna dos Projetos Sociais da Verde e Rosa até concluir o curso superior. Passista de primeira linha, Evelyn foi Musa do programa Caldeirão do Huck e consagrada no Concurso de Rainha do Carnaval do Rio de Janeiro, em 2013, e agora em casa, pelo terceiro ano, abrilhantará nossa bateria com sua beleza, espontaneidade e muito, mas muito mesmo samba no pé. Evelyn Bastos, em seu figurino, fará menção à canção Fera Ferida, imortalizada por Bethânia.

Apoio: Ao longo do desfile a coordenação de bateria auxilia e hidrata os ritmistas sendo necessário que seus membros, em alguns momentos, circulem no meio da Bateria.

Dados históricos sobre a bateria da Estação Primeira de Mangueira: A Mangueira é a única escola de samba que possui uma “ala de bateria” - fundada em, 03 de Março de 1959, por Raymundo de Castro, Sinhozinho, Homero José dos Santos (Seu Tinguinha), Waldyr José Claudino, Zé Crioulinho e outros mangueirenses de tradição, que sob a regência do Grande Mestre Waldomiro Tomé Pimenta, desde 1938 fez escola formando gerações de ritmistas que perpetuaram a tradição verde e rosa. Waldomiro dono de uma musicalidade extraordinária - regia e tocava seu instrumento ao mesmo tempo. Preocupado com a formação de ritmistas criou junto com o grande Mestre Tinguinha a bateria mirim, imortalizada nos versos de Menino da Mangueira de Sérgio Cabral e Rildo Hora.

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FICHA TÉCNICA

Harmonia

Diretor Geral de Harmonia Sergio Lucchesi e Dimichel Velasco Outros Diretores de Harmonia Thiago Miranda, Victor Santos, Renato Korte, Bernard Oliveira, Edson Lobo, Fábio Vinicius, Vladimir Rodrigues, Greg Tavares, Martins, Nilso, João Carlos, Miranda Ed, Paulo Asprilla, Moreira, Lacyr, Edson dos Santos, Marcelinho Emoção e José Carlos. Total de Componentes da Direção de Harmonia 21 (vinte e um) componentes Puxador(es) do Samba-Enredo Intérprete Oficial: Ciganerey Apoio: Leandro Santos, Hudson, Lequinho, Douglas, Deivid Domenico e “Bico Doce.” Instrumentistas Acompanhantes do Samba-Enredo Cavaquinho – Digão e Luiz Paulo Violão – Thiago Almeida Outras informações julgadas necessárias

Direção Musical e Arranjos – Maestro Jorge Cardoso Vice-Presidente de Harmonia – Edson Goes (Edinho)

Destacamos o importante trabalho das tradicionais alas técnicas da Estação Primeira de Mangueira: Periquitos, Bohêmios e Só Para Quem Pode. Com função primordial no suporte à direção de Harmonia da Mangueira, seus componentes, são bases importantes para o processo de evolução e harmonia de nosso desfile. Harmonia em desfile de Escola de Samba é o entrosamento entre o ritmo e o canto, Esta é a definição do Manual do Julgador da LIESA para o Quesito. No passado quando do inicio dos Desfiles das Escolas de Samba existiram aquelas personalidades que dominavam toda cena na apresentação da Agremiação, como podemos citar no âmbito da Mangueira Seu Júlio, Chico Porrão e o maior de todos, Mestre Xangô, que, ao trilar o apito reunia todo povo de Mangueira. Nos dias atuais o crescimento das Agremiações e a grandeza das estruturas não permite que apenas uma pessoa seja a responsável pela escola. Na verdade podemos afirmar que, atualmente, a Harmonia é um compromisso de toda Escola, mas para isso torna- se necessário um longo processo de preparação de cada segmento para que tudo esteja perfeitamente adequado no desfile. Após a definição do Samba Enredo a Direção de Harmonia deu inicio aos ensaios de canto. Tais ensaios, realizados, inicialmente, no Palácio do Samba, envolveram os integrantes do carro de som e as alas da comunidade; posteriormente foram recebendo os grupos teatralizados que terão a missão de engrandecer alguns momentos de nosso enredo, até que deles passaram, a participar os ritmistas do Mestre Rodrigo Explosão. Assim, nosso ensaio de canto integrou os diferentes segmentos que participarão de nosso desfile, mas apenas isso não era o bastante. Chegou o momento de ultimarmos a preparação do desfile foram marcados vários ensaios de rua, em área próxima a Visconde de Niterói, aos pés do Morro de Mangueira. Assim, simulando o desfile da Sapucaí, estabelecemos as metas para o grande treino no campo de jogo, ou seja, o ensaio técnico na Sapucaí, quando mais uma vez aproveitamos o momento para ajustar os mínimos detalhes de nossa apresentação. Após os ensaios sempre fizemos reuniões de avaliação, com o objetivo de oferecer a todos um grande desfile, no qual o “chão” de nossa Escola mostre que além de samba no pé tem o samba no gogó e um coração que pulsa no ritmo de nossa bateria. Ressaltamos, que esse ano a beleza melódica de nosso samba aliada a sua linda poesia facilita sobremaneira o desempenho do componente permitindo um perfeito entrosamento entre o canto e o ritmo em nossa escola.

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Evolução

Diretor Geral de Evolução Função desenvolvida pela Equipe de Harmonia Outros Diretores de Evolução Função desenvolvida pela Equipe de Harmonia Total de Componentes da Direção de Evolução 21 (vinte e um) componentes Principais Passistas Femininos Evelyn Bastos (Rainha de Bateria), Renata Santos, Queila Mara, Alessandra Risette, Ana Cristina, Amanda Mattos, Carla, Claudiene Steves, Fernanda Oliveira, Flávia Santos, Gláucia Fernanda Bastos, Juliana Carvalho, Rafaela Bastos, Luciana, Angele, Laisa (Musa do Calderão 2016), Dominick e Carla Souza Principais Passistas Masculinos Alan Pereira, Jofre e Sorriso (Passista show). Outras informações julgadas necessárias

A comunidade da Mangueira assumiu o enredo “Maria Bethânia – A Menina dos Olhos de Oyá” e vai para a Avenida feliz, com determinação e muita garra para disputar o título do Carnaval 2016.

Garra, determinação, trabalho e AMOR à Verde e Rosa, deram base para a preparação da Mangueira no quesito Evolução. Realizamos inúmeros ensaios de canto e outros tantos técnicos – com a participação de todos os segmentos e, diversos ensaios específicos – para os grupos teatralizados (que enfatizam a apresentação de algumas passagens do enredo), composições das alegorias, comissão de frente e casais de mestre-sala e porta-bandeira. Em todos esses ensaios a direção de evolução estimulou a individualidade dos componentes de modo a permitir que o todo a ser apresentado em desfile seja a soma da alegria e da criatividade com que cada componente pisa na Avenida, uma vez que Samba no Pé é uma das características mais marcantes de nossa escola.

Falar em Evolução na Estação Primeira de Mangueira é valorizar nossa comunidade, os esforços dos componentes e diferentes segmentos, que se prepararam, desde a escolha do Samba Enredo, para desfilar com a alma feliz. Apresentaremos a pureza de nossas Crianças, o garbo da Velha Guarda, as surpresas da Comissão de Frente, a elegância do Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira, o Samba no Pé de nossos Passistas, a beleza de nossos Destaques e Composições, o trabalho de nossos Diretores, a energia de nossas Baianas, embalada por nosso carro de som tudo isso ao ritmo da Bateria. Mangueira evoluirá com fluência e harmonia de forma a ocupar os espaços não só na Sapucaí, mas, também, nos corações e nas mentes de todos. Como deixa claro nosso Samba seremos milhares de Bethânias em desfile simultaneamente homenageando e sendo homenageados por essa fantástica diva da Música Popular Brasileira.

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FICHA TÉCNICA

Evolução

Outras informações julgadas necessárias

Sobre a Ala de Passistas

Diretora da Ala de Passistas: Queila Mara Assistentes da Coordenadora: Mônica, Dalcimar, Glorinha, Bruno e Pérola.

A tradicional ala de passista da Estação Primeira de Mangueira tem uma raiz legítima de “samba no pé” que se apresenta no gingado, no rebolado e na essência de uma tradição que vem de berço.

Nos dois últimos anos a ala tem mostrado seu valor fazendo de sua apresentação um verdadeiro show de nossa Agremiação. Em 2014, a ala de passistas da verde e rosa foi a mais premiada do Carnaval carioca conquistando todos os prêmios oferecidos ao segmento, tendo ganhado inclusive, o Estandarte de Ouro. Repetindo o “feito” em 2015, a ala conquistou mais um Estandarte, aumentando assim, a galeria de troféus que assegura a permanência do grupo entre os mais legítimos representantes da tradição do “samba no pé.”

Ao longo de sua história, diversos passistas (masculinos e femininos) da Estação Primeira de Mangueira conquistaram o reconhecimento do respeitado júri do prêmio oferecido pelo jornal O Globo. Entre eles, vale destacar os nomes de: Carlinhos do Pandeiro (1972); (1980); Índio (1981 e 1984); Gargalhada (1987); Serginho do Pandeiro (1990); Janaína (1991); Celsinho (1992); Ana Paula (1997) – Rainha de Bateria; Tânia Bisteka (1999) – Rainha de Bateria; Fabiana (2000); Fabiana Oliveira (2001); Reinaldo (2002); Juliana Clara (2003); Mateus Olivério (2004) e Fábio (2010).

Vale destacar a premiação coletiva da ala através dos dois últimos Estandartes de Ouro consecutivos (2014 e 2015) e os nomes de Evelyn Bastos – atual Rainha de Bateria - e Laisa, como ganhadoras do concurso de passistas promovido pelo programa televisivo Caldeirão do Hulk nos anos de 2013 e 2015 respectivamente.

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FICHA TÉCNICA

Informações Complementares

Vice-Presidente de Carnaval Aramis dos Santos (Vice-Presidente) Diretor Geral de Carnaval Junior Schall Outros Diretores de Carnaval Conselho de Carnaval Responsável pela Ala das Crianças Valéria Cristina de Souza Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos Ala das Crianças 80 50 30 (oitenta) (cinquenta) (trinta) Responsável pela Ala das Baianas Nelcy da Silva Gomes Total de Componentes da Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem Ala das Baianas (Nome e Idade) (Nome e Idade) 100 Tia Suluca Naomi (cem) 78 anos 21 anos Responsável pela Velha-Guarda Ermenegilda Dias (Dona Gilda) Total de Componentes da Componente mais Idoso Componente mais Jovem Velha-Guarda (Nome e Idade) (Nome e Idade) 69 Dona Ilka Carlos Alberto (sessente e nove) 90 anos 65 anos Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.) Nelson Sargento, Rosimery, Alcione, Zélia Duncan, Gringo Cardia, Regina Casé, Adriana Calcanhoto, Moacyr Luz, Renata Sorrah, Lúcia Veríssimo, Leda Nagle, Bia Lessa, entre outros. Vale destacar a presença da cantora Maria Bethânia, homenageada com o enredo que apresentamos Outras informações julgadas necessárias

347 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Responsável pela Comissão de Frente Junior Scapin Coreógrafo(a) e Diretor(a) Junior Scapin Total de Componentes da Componentes Femininos Componentes Masculinos Comissão de Frente 15 15 0 (quinze) (quinze) Outras informações julgadas necessárias

A Comissão de frente da Estação Primeira de Mangueira exalta a orixá Oyá. Conhecida como Iansã, a deusa africana possui intima ligação com a cantora baiana que apresentamos como enredo. Iniciada no candomblé, sendo consagrada à orixá considerada a “rainha dos raios e das tempestades”. Maria Bethânia nunca deixou de reverenciar aquela que rege seu orí (palavra da língua ioruba que significa literalmente cabeça).

Formado por mulheres negras, o grupo apresenta o arquétipo que associa Oyá ao símbolo de sensualidade e valentia. A dança apresenta vigorosa movimentação que faz menção ao expressivo gestual característico da orixá. Conjuga elemento alegórico, estética-afro e dinâmica de movimento coreográfico a fim de revelar uma vigorosa apresentação que exalta os mitos, os signos, e a imagem de Oyá/Iansã.

DADOS SOBRE O COREÓGRAFO JUNIOR SCAPIN

Registro Profissional concedido pelo Sindicato dos Profissionais da Dança como Coreógrafo / Bailarino Clássico: 44029/RJ

Formação:  Academia de Dança Jazz Carlota Portella  Centro de Artes Nós da Dança  Stúdio de Dança Adriana Tereza  Escola Municipal de Danças Maria Olenewa (Teatro Municipal)  Atualmente é coreógrafo do programa Esquenta (desde 2012) e do programa humorístico Zorra - Rede Globo.

Trabalhos recentes como Coreógrafo:  Criança Esperança - Rede Globo (2014 / 2012 / 2011 / 2010)  JMJ - Jornada Mundial da Juventude / Apresentações dos Atos Centrais e Via-Sacra para o Papa Francisco  Show de inauguração do novo estádio do Grêmio Futebol Clube - Arena Grêmio / Porto Alegre.  1ª e 2ª temporada do Programa Humorístico Casseta & Planeta Vai Fundo - Rede Globo

348 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Outras informações julgadas necessárias

No carnaval carioca atuou como coreógrafo nas seguintes comissões de frentes:

 Gres Paraíso do Tuiuti (2016 / 2015)  Gres Império da Tijuca (2014 / 2013 / 2010)  Gres Estácio de Sá (2012 / 2011)  Gres Arranco do Eng. De Dentro (2007 / 2006)

Prêmios recebidos no carnaval:

2015  Estrela do Carnaval - Site Carnavalesco (melhor comissão de frente)  Samba Net (melhor comissão de frente)  Plumas & Paetês (melhor coreógrafo Série A)  Jorge Lafond (melhor comissão de frente)  Gato de Prata (melhor comissão de frente)

2013  Estrela do Carnaval - Site Carnavalesco (melhor comissão de frente)  Samba Net (melhor comissão de frente)  Plumas & Paetês (melhor coreógrafo Série A)  Jorge Lafond (melhor comissão de frente)

2010  Estrela do Carnaval - Site Carnavalesco (melhor comissão de frente)  Plumas &a Paetês (melhor coreógrafo Série A)  Jorge Lafond (melhor comissão de Frente)

349 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

1º Mestre-Sala Idade Raphael Rodrigues 31 anos 1ª Porta-Bandeira Idade Squel Jorgea 30 anos 2º Mestre-Sala Idade Matheus Olivério 28 anos 2ª Porta-Bandeira Idade Débora de Almeida 29 anos 3º Mestre-Sala Idade Matheus Silva 19 anos 3ª Porta-Bandeira Idade Vitória Viana 18 anos Outras informações julgadas necessárias

PRIMEIRO CASAL DE MESTRE SALA E PORTA BANDEIRA – O Axé do Candomblé

Inseridos no setor que aborda a prática religiosa professada publicamente pela cantora que apresentamos como enredo, o casal de mestre-sala e porta-bandeira Raphael Rodrigues e Squel Jorgea apresentam uma fantasia que faz menção direta aos ritos, signos, e aos personagens do universo das “casas de santo”.

Ele, um rico sacerdote com fantasia inspirada no traje dos ogãs dos terreiros. Ogã é o nome genérico para as diversas funções masculinas dentro de uma casa de candomblé. É o sacerdote escolhido pelo orixá para estar lúcido e colocar-se em contato com o divino através do som do atabaque.

Ela, uma “iaô” vestida com a exuberância de um figurino inspirado no traje dos iniciados em sua saída do roncó – espaço onde ficam recolhidos aqueles que se iniciam. Apresenta a cabeça consagrada e pintada de pemba – espécie de giz branco - com as marcas que adornam os corpos dos iniciados com a feitura. Ostenta ainda uma única pena junto à testa: o Ekodidé, simbolizando a realeza e a honra adquirida pelo fato de ter se iniciado.

Juntos, Ogã e iaô, Raphael e Squel, bailam emanando a vibração do axé e a ancestralidade da Estação Primeira. Embalados pelo som, pelo canto e pela dança, evidenciam um espetáculo particular que louva com propriedade e beleza, a realeza e dignidade daquilo que representam.

350 Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

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DADOS SOBRE O CASAL Aos 31 anos, Raphael Rodrigues realiza seu sétimo desfile consecutivo com a responsabilidade de proteger o pavilhão mangueirense. A dança está presente em sua vida desde os oito anos de idade, quando ainda menino se encantou pela arte da dança do casal responsável por conduzir o pavilão das Escolas. Formado pela escola do Mestre Manoel Dionísio, ao completar a maior idade, recebeu o convite para ser o primeiro mestre-sala do GRES Unidos de Vila Isabel em 2005. Em 2006 sagrou-se campeão com o título da escola e conquistou o Estandarte de Ouro concedido pelo júri do jornal o Globo. Com passagens pelo GRES Unidos do Viradouro e pelo GRES Mocidade Independente de Padre Miguel, Raphael estreou na Mangueira em 2010, onde pode conviver com o lendário mestre-sala Delegado - de quem tornou-se discípulo e aluno aplicado – e passou a incorporar ao seu bailado pessoal alguns dos passos eternizados pelo mestre.

Squel Jorgea mergulhou no universo do carnaval carioca ouvindo as estórias e memorias de seu avô, o lendário partideiro e diretor de harmonia da Estação Primeira de Mangueira, Mestre Xangô da Mangueira. O sangue de sambista falou mais alto e aos nove anos de idade ingressou no GRES Acadêmicos do Grande Rio para fazer do samba uma opção de vida. Na Escola de Caxias construiu uma história de vinte anos, tendo ocupado o cargo de primeira porta-bandeira da escola por mais de década. Em 2013 apresentou-se renovada ao cruzar a Avenida defendendo o pavilhão do GRES Mocidade Independente de Padre Miguel. No ano seguinte estreia na Mangueira, escola do DNA de sua família, incorpora o “calor” e a “garra” das grandes porta-bandeiras da casa, incluindo no gestual de suas apresentações, a memória das históricas Neide e Mocinha. Conquistou a nação mangueirense e o público, abrindo caminho para o reconhecimento evidenciado pelos prêmios que não tardaram a chegar, tendo sido agraciada no último ano com o Estandarte de Ouro.

SOBRE A ORIENTADORA DO PRIMEIRO CASAL Ana Paula Lessa – ex-bailarina e atualmente professora e coreografa da Escola de dança Maristela Lobato - estreou no carnaval na equipe dos bailarinos e coreógrafos Hélio e Beth Bejane, assistindo ao primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira do Salgueiro em 2013 e ao primeiro casal da Mangueira em 2014. Assumiu o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira para o carnaval de 2015, desenvolvendo um trabalho de lapidação do movimento e coreografia respeitando o bailado tradicional e especial do quesito.

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Mestre-Sala e Porta-Bandeira

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SEGUNDO CASAL DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA – “Mel”

“Mel" é uma canção com letra escrita por Waly Salomão e música composta por Caetano Veloso. A canção é um dos maiores sucessos do repertório da cantora Maria Bethânia, que a lançou no seu famoso álbum de mesmo nome. Na canção, o “eu-lírico” dos autores entrega-se com prazer a uma mulher que eles chamam de Abelha-rainha. Débora - nossa segunda porta-bandeira - personifica essa mulher soberana, enquanto Matheus - nosso segundo mestre-sala - a corteja como um súdito enamorado pronto para saborear seu néctar brilhante, puro e cristalino.

TERCEIRO CASAL DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA – Imagens Poéticas de Fernando Pessoa e Clarice Lispector

Apaixonada por poesia e literatura, Bethânia sempre cultuou o poder e a beleza da palavra dita. Os roteiros de seus espetáculos são pensados a partir de minuciosa organização intertextual de excertos literários e canções onde ela recita textos poéticos evidenciadas por sua ênfase interpretativa. Nesse contexto, Fernando Pessoa e Clarice Lispector são autores que merecem destaque no universo musical de Bethânia por serem constantemente declamados em suas apresentações. Em função disso, nosso terceiro mestre sala personifica de forma lúdica a figura de Fernando Pessoa, enquanto nossa terceira porta bandeira traduz o universo literário de Clarice Lispector. Em meio à permissividade poética possibilitada pelo carnaval, Fernando e Clarice bailam enamorados pelo chão da Avenida.

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