PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RS

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, CONTABILIDADE E ECONOMIA

SINDICATO DAS EMPRESAS DE SERVIÇOS CONTÁBEIS DO RS

Convênio FACE/PUCRS e SESCON-RS

Relatório 28

Uma análise dos Cargos em Comissão nas esferas federal e municipal

Pedro Tonon Zuanazzi Gustavo Inácio de Moraes Milton Andre Stella Pedro Henrique Vargas Cabral

Outubro de 2016 Introdução

O presente relatório busca fazer uma análise da evolução do quadro de Cargos em Comissão (CCs) no Poder Executivo Federal e nas Prefeituras com mais de um milhão de habitantes, com foco especial no município de , e nas prefeituras do interior do , cuja população estaria acima de 100 mil habitantes. Assim, esse estudo contribui para o conhecimento de um tema que, de certa forma, faz parte do senso comum, tendo sido amplamente discutido nos últimos debates eleitorais, mas que muitas vezes não possui os números necessários para o seu embasamento. Por fim, ressaltamos que o quadro de CCs em uma administração pode ser avaliado de duas formas antagônicas: como um cabide de empregos para partidos políticos ou como uma massa produtiva de trabalho que, além de engajada por questões ideológicas, por não possuir estabilidade pode ser mais proativa. Assim, é difícil afirmar que o aumento (ou redução) do quadro de CCs seja positivo ou negativo, embora algumas conjecturas possam ser realizadas.

1) Evolução dos CCs no Poder Executivo Federal

Os dados disponíveis para o período de 1997 a 2015 mostram que no poder executivo federal houve um forte aumento do quadro de CCs nos Governos Lula e Dilma (a partir de 2003), ao contrário do que ocorria no Governo FHC. Conforme o Gráfico 1, enquanto que de 1997 a 2002 o número de CCs diminuiu em 2,51% (de 70,7 mil para 68,9 mil), de 2002 a 2015 o número aumentou em 45,07%, atingindo 100,0 mil nesse último ano. Gráfico 1

Total de cargos em comissão do Poder Executivo Federal, administrações direta e indireta (em mil)

99,0 100,0 94,2 89,2 86,1 86,5 81,6 76,9 73,1 75,9 70,7 69,3 71,4 68,9 69,8 66,0 67,8 67,8 59,7

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

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Fonte: boletim estatístico de pessoal e informações organizacionais De fato, os Governos Lula e Dilma fizeram uma expansão em todo o setor público. No período de 2002 a 2015 o número de servidores ativos cresceu de 810,0 mil para 1.008,0 mil (24,4%). Assim, houve um incremento da participação de CCs sobre o quadro total de servidores, porém em menor grau, subindo de 8,5% para 9,3% (Gráfico 2).

Gráfico 2

Participação dos cargos em comissão em relação ao quadro total de servidores ativos, Poder Executivo Federal, administrações direta e indireta 9,3% 9,3% 9,3% 8,8% 8,9% 8,8% 8,9% 8,5% 8,2% 8,3% 8,2% 8,5% 8,4% 7,9% 8,0% 7,9% 7,6% 7,7% 6,9%

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Fonte: boletim estatístico de pessoal e informações organizacionais

O Gráfico 3 apresenta a distribuição dos Cargos em Comissão no Poder Executivo em 2015. Tirando aqueles sem informação, mais de 3/4 dos CCs possuíam nível superior.

Gráfico 3

Distribuição dos CCs do Poder Executivo Federal, por nível de instrução, Dezembro de 2015 1o Grau S/ Informação 2.445 4.894 2,4% 2o Grau 4,9% 19.090 Pós Graduação 19,1% 20316 20,3%

Especialização 10.758 10,8%

3o Grau 42.492 42,5%

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Fonte: boletim estatístico de pessoal e informações organizacionais

Como era de se esperar devido à elevada concentração em Brasília, a região Centro-Oeste possuía o maior percentual de CCs em 2015 (31,64%), seguida pelo Sudeste (27,84%), conforme apresenta o Gráfico 4. No entanto,considerado o produto econômico as regiões Sudeste e Sul apresentam menores índices de cargos de confiança do governo federal em comparação às regiões Nordeste e Norte.

Gráfico 4

Distribuição dos CCs do Poder Executivo Federal, por nível de instrução, Dezembro de 2015

Norte 9.001 9,00% Centro-Oeste 31.636 31,64% Nordeste 19.521 19,52%

Sul Sudoeste 11.999 27.838 12,00% 27,84% Fonte: boletim estatístico de pessoal e informações organizacionais

2) Evolução dos CCs nas Prefeituras

Nessa seção são comparadas as evoluções dos Cargos em Comissão entre as 16 cidades brasileiras com mais de 1 milhão de habitantes e entre as 19 cidades gaúchas com mais de 100 mil habitantes. Dividiu-se, também, entre somente a Administração Direta e o Total (Direta + Indireta), pois no primeiro caso se compara os municípios com a mesma estrutura, enquanto que no segundo caso se compara o total CCs concedidos pelas administrações municipais. No entanto, é importante fazer a ressalva de que a fonte dos dados é a Pesquisa de Informações Municipais do IBGE (Munic), que é preenchida pelos próprios municípios. Assim, algumas incoerências nas séries históricas são encontradas, o que carece de cuidados.

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a. Evolução dos CCs nos municípios brasileiros com mais de 1 milhão de habitantes – Administração Direta

Como mostra a Tabela 1, em 2015 Porto Alegre possuía a quarta menor quantidade de CCs na Adm. Direta entre os municípios com mais de 1 milhão de habitantes, embora esse número venha crescendo: era de 373 em 2004, atingiu 525 em 2011 e alcançou 629 em 2015. No entanto, municípios como Guarulhos e São Luis vêm crescendo de forma muito mais acentuada nos últimos anos. Como era de se esperar, São Paulo possuía o maior número de CCs, com 6.031.

Tabela 1

Evolução do número de cargos em comissão, Administração Direta, Municípios com mais de 1 milhão de habitantes, 2004 a 2015

Variação Município 2004 2005 2006 2008 2009 2011 2012 2013 2014 2015 2015/2011 SAO PAULO 6.328 6.328 6.398 6.736 3.436 6.235 6.259 5.677 6.114 6.031 -3,3% SAO GONCALO 3.467 3.467 3.397 3.481 3.295 4.364 Ñ resp. 3.914 4.575 4.264 -2,3% SAO LUIS 762 762 1.109 2.042 1.575 1.342 1.451 1.987 1.980 2.176 62,1% FORTALEZA 920 920 987 1.169 1.316 1.457 1.515 1.113 1.738 1.933 32,7% GUARULHOS 759 759 930 966 998 1.084 1.132 1.302 1.691 1.790 65,1% RECIFE 3.468 3.468 1.119 4.097 1.311 3.910 3.932 1.144 4.918 1.517 -61,2% MANAUS 767 767 737 952 995 1.201 1.778 717 1.582 1.336 11,2% RIO DE JANEIRO 1.379 1.379 1.191 1.240 1.143 1.274 1.259 1.043 1.306 1.203 -5,6% BELEM 1.600 1.600 Ñ resp. 1.628 1.202 1.725 1.767 1.135 1.174 1.174 -31,9% BELO HORIZONTE 834 834 836 916 840 1.120 1.025 868 1.012 1.148 2,5% MACEIO 767 767 720 726 716 810 845 898 833 862 6,4% GOIANIA 1.955 1.955 1.581 1.847 1.624 1.898 1.697 1.270 1.135 858 -54,8% PORTO ALEGRE 373 373 419 452 442 525 527 523 592 629 19,8% CAMPINAS 408 408 410 408 462 480 477 489 594 584 21,7% SALVADOR 2.109 2.109 513 395 517 591 485 443 503 488 -17,4% CURITIBA 397 397 434 419 427 250 465 400 418 439 - Fonte: IBGE - Pesquisas de Informações Básicas Municipais (Munic) *A pesquisa não foi realizada nos anos de 2007 e 2010 ** Os valores são repassados pelos prórios municípios

No Gráfico 5 são apresentados os números de CCs para cada 10 mil habitantes em cada município, o que torna os valores mais comparáveis. Novamente Porto Alegre apresentava a quarta menor taxa em 2015, com 4,3, atrás apenas de Curitiba (2,3), Rio de Janeiro (1,9) e Salvador (1,7). São Gonçalo relatou um valor bem acima dos demais, com 41,1 CCs para cada 10 mil habitantes, seguido por São Luis (20,3) e Guarulhos (13,5).

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Gráfico 5

Fonte: IBGE – Pesquisas de Informações Municipais

Em outras palavras, os CCs de São Gonçalo representariam 34,1% de todos os seus servidores ativos, frente a 12,3% em São Luis, enquanto que todos os demais municípios estariam na casa de um dígito. Porto Alegre, com 4,4%, apresentava o sétimo menor percentual (Tabela 2).

Tabela 2

Percentual de CCs sobre quadro total de pessoal, exceto estagiários e sem vínculo permanente, Municípios com mais de 1 milhão de habitantes, Administração Direta, 2004 a 2015 Variação Município 2004 2005 2006 2008 2009 2011 2012 2013 2014 2015 2015 - 2011 SAO GONCALO 30,9% 30,9% 28,6% 28,9% 31,2% 38,4% Ñ resp. 33,8% 37,3% 34,1% -4,3% SAO LUIS 8,3% 8,3% 15,5% 13,7% 6,8% 11,7% 12,4% 11,4% 11,6% 13,2% 1,5% GUARULHOS 6,6% 6,6% 6,1% 5,7% 5,7% 5,6% 5,3% 6,0% 7,1% 7,7% 2,1% RECIFE 22,7% 22,7% 7,8% 18,5% 6,6% 17,6% 14,7% 5,2% 21,0% 7,4% -10,3% FORTALEZA 3,9% 3,9% 4,1% 4,4% 4,6% 5,1% 5,2% 3,6% 6,5% 7,4% 2,3% BELEM 12,6% 12,6% Ñ resp. 11,6% 9,0% 12,9% 12,8% 7,2% 7,0% 7,0% -5,8% MACEIO 7,5% 7,5% 7,1% 6,3% 5,0% 6,1% 6,4% 6,2% 6,1% 6,3% 0,2% MANAUS 4,1% 4,1% 3,5% 5,5% 4,8% 5,3% 7,4% 3,0% 5,9% 5,9% 0,6% SAO PAULO 4,9% 4,9% 4,9% Ñ resp. 2,5% 4,6% 4,6% 4,2% 4,7% 4,7% 0,1% PORTO ALEGRE 2,7% 2,7% 3,0% 3,3% 3,3% 3,8% 3,7% 3,6% 4,2% 4,4% 0,6% CAMPINAS 2,6% 2,6% 2,7% 2,6% 3,0% 3,1% 3,1% 3,0% 3,7% 3,5% 0,4% GOIANIA 10,9% 10,9% 8,7% 7,9% 6,3% 6,7% 6,1% 4,7% 3,9% 3,1% -3,6% BELO HORIZONTE 3,7% 3,7% 3,6% 3,5% 2,7% 3,3% 3,1% 2,5% 2,8% 3,1% -0,2% SALVADOR 18,8% 18,8% 4,7% 3,0% 3,3% 3,8% 3,0% 2,7% 2,8% 2,6% -1,2% RIO DE JANEIRO 1,6% 1,6% 1,4% 1,5% 1,3% 1,4% 1,3% 1,1% 1,4% 1,3% 0,0% CURITIBA 1,5% 1,5% 1,6% 1,8% 1,4% 0,8% 1,4% 1,2% 1,3% 1,3% 0,5% Fonte: IBGE - Pesquisas de Informações Básicas Municipais (Munic) *A pesquisa não foi realizada nos anos de 2007 e 2010 ** Os valores são reassados pelos prórios municípios

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b. Evolução dos CCs nos municípios brasileiros com mais de 1 milhão de habitantes – Administrações Direta e Indireta

Somando ambas as administrações (Tabela 3), o cenário da capital dos Gaúchos não se modifica muito, ocupando novamente o quarto menor valor com 913 comissionados. Porém, o município cai para a quinta colocação quanto comparadas as taxas para cada 10 mil habitantes, com 6,2 (Gráfico 6).

Tabela 3

Evolução do número de cargos em comissão, Administrações Direta e Indireta, Municípios com mais de 1 milhão de habitantes, 2004 a 2015 Variação Município 2004 2005 2006 2008 2009 2011 2012 2013 2014 2015 2015/2011 SAO PAULO 6.734 6.734 6.804 7.058 4.128 7.081 7.227 6.748 6.847 7.240 2,2% SAO GONCALO 3.649 3.649 3.497 3.486 3.500 Ñ resp. Ñ resp. 3.914 4.575 4.367 #VALOR! SAO LUIS 946 946 1.618 2.600 1.575 1.837 2.010 2.129 2.132 2.327 26,7% FORTALEZA 1.088 1.088 1.163 1.362 1.482 1.621 1.683 1.212 1.985 2.201 35,8% RIO DE JANEIRO 2.638 2.638 3.034 Ñ resp. 2.212 1.957 1.259 1.719 2.197 2.140 9,4% RECIFE 4.138 4.138 2.111 4.297 1.411 5.792 4.672 1.440 5.457 2.003 -65,4% GUARULHOS 780 780 974 1.008 1.041 1.106 1.165 1.334 1.718 1.816 64,2% BELEM 2.208 2.208 249 1.941 1.451 2.229 2.258 1.473 1.729 1.627 -27,0% BELO HORIZONTE 1.053 1.053 1.042 1.038 1.054 1.559 1.491 1.290 1.496 1.593 2,2% MANAUS 805 805 829 1.122 1.160 1.407 2.125 1.083 1.785 1.514 7,6% GOIANIA 3.953 3.953 2.069 2.270 1.877 2.452 2.103 2.008 1.539 1.350 -44,9% MACEIO 907 907 868 873 843 926 949 1.002 939 972 5,0% PORTO ALEGRE 640 640 693 726 708 691 696 1.091 789 913 32,1% SALVADOR 2.496 2.496 895 777 875 1.062 854 764 881 794 -25,2% CAMPINAS Ñ resp. Ñ resp. Ñ resp. Ñ resp. 583 539 614 622 726 729 35,3% CURITIBA 516 516 516 479 487 325 557 494 538 544 - Fonte: IBGE - Pesquisas de Informações Básicas Municipais (Munic) *A pesquisa não foi realizada nos anos de 2007 e 2010 ** Os valores são reassados pelos prórios municípios

Gráfico 6

Fonte: IBGE – Pesquisas de Informações Municipais

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Na soma das administrações, 3,8% dos servidores de Porto Alegre seriam CCs, sétimo menor percentual entre as cidades analisadas (Tabela 4). Novamente São Gonçalo e São Luis apresentam os maiores percentuais, com 31,3% e 12,7% respectivamente.

Tabela 4

Percentual de CCs sobre quadro total de pessoal, exceto estagiários e sem vínculo permanente, Municípios com mais de 1 milhão de habitantes, Administrações Direta e Indireta, 2004 a 2015 Variação Município 2004 2005 2006 2008 2009 2011 2012 2013 2014 2015 2015 - 2011 SAO GONCALO 32,0% 32,0% 29,0% 28,5% 32,5% Ñ resp. Ñ resp. 33,8% 37,3% 31,3% - SAO LUIS 9,1% 9,1% 16,7% 14,9% 6,8% 9,8% 10,6% 11,0% 11,3% 12,7% 2,9% BELEM 14,6% 14,6% 1,7% 12,2% 9,5% 12,4% 11,3% 8,2% 7,2% 8,5% -3,9% RECIFE 21,4% 21,4% 10,7% 16,4% 5,9% 20,6% 14,9% 5,5% 20,0% 8,1% -12,4% FORTALEZA 3,9% 3,9% 4,0% 4,4% 4,5% 4,8% 5,0% 3,4% 6,3% 7,1% 2,3% MANAUS 4,1% 4,1% 3,7% 6,2% 5,4% 6,1% 8,3% 4,2% 6,5% 6,6% 0,4% MACEIO 7,4% 7,4% 7,2% 6,4% 5,3% 6,3% 6,4% 6,1% 6,1% 6,4% 0,1% GUARULHOS 5,4% 5,4% 4,8% 4,5% 4,4% 4,3% 4,2% 4,8% 5,7% 6,3% 2,0% SAO PAULO 4,4% 4,4% 4,5% 32,4% 2,7% 4,6% 4,7% 4,5% 4,7% 4,8% 0,2% PORTO ALEGRE 2,9% 2,9% 3,2% 3,4% 3,4% 3,2% 3,2% 4,6% 3,4% 3,8% 0,6% BELO HORIZONTE 3,9% 3,9% 3,5% 3,2% 2,7% 3,8% 3,7% 3,1% 3,5% 3,7% -0,1% GOIANIA 16,3% 16,3% 8,1% 7,2% 5,4% 5,5% 5,4% 5,2% 4,0% 3,6% -1,9% CAMPINAS Ñ resp. Ñ resp. Ñ resp. Ñ resp. 2,9% 2,8% 2,9% 2,8% 3,4% 3,5% 0,8% SALVADOR 15,4% 15,4% 5,5% 4,2% 4,0% 4,9% 3,9% 3,4% 3,8% 3,5% -1,4% RIO DE JANEIRO 2,3% 2,3% 2,7% Ñ resp. 2,0% 1,6% 1,3% 1,3% 1,7% 1,8% 0,2% CURITIBA 1,7% 1,7% 1,8% 1,8% 1,5% 0,9% 1,4% 1,3% 1,4% 1,5% 0,6% Fonte: IBGE - Pesquisas de Informações Básicas Municipais (Munic) *A pesquisa não foi realizada nos anos de 2007 e 2010 ** Os valores são reassados pelos prórios municípios

c. Evolução dos CCs nos municípios gaúchos com mais de 100 mil habitantes – Administração Direta

Entre os municípios gaúchos com mais de 100 mil habitantes (Tabela 5), Porto Alegre possuía a maior quantidade de CCs em 2015, como esperado. Já no Gráfico 7, onde se identifica a taxa de CCs para cada 10 mil habitantes, Porto Alegre cai para o menor valor, enquanto que os maiores valores apareciam com (18,1), (16,0) e (15,8).

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Tabela 5

Evolução do número de cargos em comissão, Administração Direta, Municípios gaúchos com mais de 100 mil habitantes, 2004 a 2015 Variação Município 2004 2005 2006 2008 2009 2011 2012 2013 2014 2015 2015/2011 PORTO ALEGRE 373 373 419 452 442 525 527 523 592 629 19,8% 322 322 345 338 365 413 406 460 463 485 17,4% 267 267 284 290 295 392 343 273 293 343 -12,5% ALVORADA 227 227 258 384 290 297 287 302 323 327 10,1% VIAMAO 117 117 143 173 167 234 216 165 260 252 7,7% SAPUCAIA DO SUL 358 358 399 365 305 323 334 344 282 251 -22,3% 176 176 177 178 145 239 223 234 258 247 3,3% SAO LEOPOLDO 424 424 356 433 395 205 249 168 263 234 14,1% GRAVATAI 133 133 140 138 151 147 142 155 195 216 46,9% 114 114 108 138 201 195 197 200 202 209 7,2% 148 148 179 195 234 214 241 228 215 197 -7,9% SANTA MARIA 278 278 249 262 173 217 227 207 175 187 -13,8% ERECHIM 125 125 129 106 141 159 122 157 158 164 3,1% BAGE 151 151 136 153 184 182 203 189 164 162 -11,0% 123 123 188 213 201 231 231 224 209 157 -32,0% 180 180 184 4 152 128 162 158 195 154 20,3% BENTO GONCALVES 207 207 209 218 90 112 111 129 122 145 29,5% RIO GRANDE 103 103 104 104 100 125 101 140 134 139 11,2% 137 137 109 120 156 176 185 94 99 106 -39,8% Fonte: IBGE - Pesquisas de Informações Básicas Municipais (Munic) *A pesquisa não foi realizada nos anos de 2007 e 2010 ** Os valores são repassados pelos prórios municípios

Gráfico 7

Fonte: IBGE – Pesquisas de Informações Municipais

Três municípios possuíam em 2015 acima de 10% de cargos em comissão (Tabela 6): Sapucaia do Sul (10,8%), Alvorada (10,8%) e Canoas (10,5%).

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Tabela 6 Percentual de CCs sobre quadro total de pessoal, exceto estagiários e sem vínculo permanente, Administração Direta, Municípios gaúchos com mais de 100 mil habitantes, 2004 a 2015 Variação Município 2004 2005 2006 2008 2009 2011 2012 2013 2014 2015 2015 - 2011 SAPUCAIA DO SUL 20,6% 20,6% 23,5% 20,0% 16,0% 16,5% 16,0% 14,3% 12,1% 10,8% -5,7% ALVORADA 10,8% 10,8% 12,5% 15,8% 12,0% 11,1% 10,5% 9,7% 8,6% 10,8% -0,4% CANOAS 7,1% 7,1% 7,7% 6,7% 6,9% 8,2% 8,2% 9,3% 8,7% 10,5% 2,3% VIAMAO 3,8% 3,8% 4,5% 5,6% 5,6% 8,4% 6,1% 4,9% 8,7% 8,5% 0,0% NOVO HAMBURGO 6,6% 6,6% 6,0% 5,9% 4,9% 7,0% 6,5% 6,8% 7,6% 7,5% 0,6% ERECHIM 8,6% 8,6% 8,0% 6,3% 8,1% 8,1% 5,7% 7,0% 7,4% 7,2% -0,9% BENTO GONCALVES 9,5% 9,5% 9,7% 10,2% 4,5% 6,7% 5,9% 5,8% 4,8% 6,9% 0,2% CACHOEIRINHA 5,8% 5,8% 7,0% 7,1% 8,2% 6,9% 8,3% 7,0% 6,5% 5,8% -1,1% SAO LEOPOLDO 11,5% 11,5% 9,9% 11,1% 9,6% 5,2% 5,8% 4,3% 6,1% 5,7% 0,6% SANTA MARIA 8,0% 8,0% 8,0% 7,7% 5,1% 6,3% 6,3% 5,9% 5,4% 5,6% -0,7% PASSO FUNDO 7,6% 7,6% 7,4% 0,2% 6,0% 9,7% 5,5% 5,2% 6,5% 5,5% -4,2% URUGUAIANA 8,3% 8,3% 8,9% 11,2% 11,0% 9,5% 9,5% 8,6% 7,2% 5,3% -4,2% GRAVATAI 3,7% 3,7% 3,6% 3,6% 3,6% 3,4% 3,2% 3,3% 4,3% 4,9% 1,5% BAGE 5,6% 5,6% 4,8% 5,4% 6,1% 5,0% 5,1% 5,0% 4,6% 4,5% -0,5% PELOTAS 4,5% 4,5% 4,8% 4,8% 4,4% 5,6% 4,6% 3,7% 4,2% 4,4% -1,3% PORTO ALEGRE 2,7% 2,7% 3,0% 3,3% 3,3% 3,8% 3,7% 3,6% 4,2% 4,4% 0,6% SANTA CRUZ DO SUL 6,6% 6,6% 5,1% 4,8% 6,0% 6,6% 7,1% 3,6% 3,4% 3,5% -3,1% CAXIAS DO SUL 2,2% 2,2% 2,1% 2,5% 3,5% 3,2% 3,1% 3,1% 2,9% 3,1% -0,1% RIO GRANDE 3,5% 3,5% 3,3% 3,2% 3,0% 3,3% 2,5% 3,3% 2,8% 2,8% -0,5% Fonte: IBGE - Pesquisas de Informações Básicas Municipais (Munic) *A pesquisa não foi realizada nos anos de 2007 e 2010 ** Os valores são reassados pelos prórios municípios

d. Evolução dos CCs nos municípios gaúchos com mais de 100 mil habitantes – Administrações Direta e Indireta

Adicionando as Administrações Diretas e Indiretas Porto Alegre segue sendo o município com maior número de CCs (Tabela 7), porém deixa de ter a menor taxa para cada 10 mil habitantes, sendo ultrapassada por Caxias do Sul (Gráfico 8). Sapucaia continua tendo a maior taxa, com 21,8.

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Tabela 7

Evolução do número de cargos em comissão, Administrações Direta e Indireta, Municípios gaúchos com mais de 100 mil habitantes, 2004 a 2015 Variação Município 2004 2005 2006 2008 2009 2011 2012 2013 2014 2015 2015/2011 PORTO ALEGRE 640 640 693 726 708 691 696 1.091 789 913 32,1% CANOAS 350 350 348 341 378 428 437 482 Ñ resp. 485 13,3% PELOTAS 292 292 306 310 316 411 368 300 309 365 -11,2% NOVO HAMBURGO 239 239 293 247 272 338 308 316 329 333 -1,5% ALVORADA 227 227 258 384 290 297 287 302 323 327 10,1% SAPUCAIA DO SUL 358 358 405 372 317 336 346 365 282 301 -10,4% SAO LEOPOLDO 480 480 417 496 458 282 328 221 326 293 3,9% VIAMAO 117 117 143 173 167 234 216 165 260 252 7,7% CAXIAS DO SUL 124 124 171 209 250 232 264 268 242 245 5,6% GRAVATAI 156 156 162 169 178 177 164 178 Ñ resp. 244 37,9% SANTA MARIA 278 278 249 262 173 217 237 216 186 200 -7,8% CACHOEIRINHA 148 148 179 195 234 214 241 228 215 197 -7,9% BAGE 151 151 144 167 196 191 215 198 174 172 -9,9% PASSO FUNDO 192 192 184 10 166 139 180 172 213 171 23,0% ERECHIM 130 130 129 111 141 159 122 171 162 164 3,1% URUGUAIANA 123 123 188 213 201 231 231 224 209 157 -32,0% BENTO GONCALVES 211 211 213 227 94 112 111 129 122 145 29,5% RIO GRANDE 105 105 106 106 102 125 102 142 134 140 12,0% SANTA CRUZ DO SUL 137 137 109 120 156 176 185 94 99 106 -39,8% Fonte: IBGE - Pesquisas de Informações Básicas Municipais (Munic) *A pesquisa não foi realizada nos anos de 2007 e 2010 ** Os valores são reassados pelos prórios municípios

Gráfico 8

Fonte: IBGE – Pesquisas de Informações Municipais

Somando as administrações direta e indireta apenas Alvorada e Canoas possuem mais de 10% do quadro de servidores em CCs. Já Rio Grande aparece no outro extremo, com 2,8%.

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Percentual de CCs sobre quadro total de pessoal, exceto estagiários e sem vínculo permanente, Administrações Direta e Indireta, Municípios gaúchos com mais de 100 mil habitantes, 2004 a 2015 Variação Município 2004 2005 2006 2008 2009 2011 2012 2013 2014 2015 2015 - 2011 ALVORADA 10,8% 10,8% 12,5% 15,8% 12,0% 11,1% 10,5% 9,7% 8,6% 10,8% -0,4% CANOAS 7,7% 7,7% 7,8% 6,7% 7,1% 8,5% 8,7% 9,6% Ñ resp. 10,5% 2,0% SAPUCAIA DO SUL 15,9% 15,9% 18,5% 16,0% 13,2% 13,7% 13,4% 12,4% 10,5% 8,7% -5,0% VIAMAO 3,8% 3,8% 4,5% 5,6% 5,6% 8,4% 6,1% 4,9% 8,7% 8,5% 0,0% ERECHIM 7,1% 7,1% 8,0% 5,2% 8,1% 8,1% 5,7% 6,3% 7,6% 7,1% -0,9% BENTO GONCALVES 9,6% 9,6% 9,8% 10,5% 4,6% 6,7% 5,9% 5,8% 4,8% 6,9% 0,2% SANTA MARIA 7,9% 7,9% 7,9% 7,7% 5,1% 6,3% 6,5% 6,1% 5,7% 5,9% -0,4% CACHOEIRINHA 5,8% 5,8% 7,0% 7,1% 8,2% 6,9% 8,3% 7,0% 6,5% 5,8% -1,1% SAO LEOPOLDO 10,0% 10,0% 8,8% 9,7% 8,5% 5,4% 5,8% 4,3% 6,0% 5,6% 0,2% PASSO FUNDO 7,6% 7,6% 7,4% 0,4% 6,1% 8,3% 5,3% 5,3% 6,4% 5,4% -2,9% NOVO HAMBURGO 7,3% 7,3% 8,2% 6,9% 7,7% 6,3% 5,5% 5,3% 5,5% 5,4% -0,9% GRAVATAI 4,2% 4,2% 4,2% 4,1% 4,2% 4,0% 3,6% 3,7% Ñ resp. 5,4% 1,4% URUGUAIANA 8,3% 8,3% 8,9% 11,2% 11,0% 9,5% 9,5% 8,6% 7,2% 5,3% -4,2% BAGE 5,6% 5,6% 4,9% 5,5% 6,2% 5,0% 5,2% 5,0% 4,6% 4,6% -0,5% PELOTAS 4,3% 4,3% 4,5% 4,5% 4,2% 5,2% 4,4% 3,6% 3,9% 4,2% -1,1% PORTO ALEGRE 2,9% 2,9% 3,2% 3,4% 3,4% 3,2% 3,2% 4,6% 3,4% 3,8% 0,6% SANTA CRUZ DO SUL 6,6% 6,6% 5,1% 4,8% 6,0% 6,6% 7,1% 3,6% 3,4% 3,5% -3,1% CAXIAS DO SUL 2,1% 2,1% 2,5% 3,0% 4,0% 3,4% 3,2% 3,3% 3,2% 3,3% -0,2% RIO GRANDE 3,4% 3,4% 3,3% 3,2% 3,0% 3,3% 2,5% 3,3% 2,7% 2,8% -0,4% Fonte: IBGE - Pesquisas de Informações Básicas Municipais (Munic) *A pesquisa não foi realizada nos anos de 2007 e 2010 ** Os valores são reassados pelos prórios municípios

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