INVERTEBRADOS BIZ0213 - PROF SILVIO NIHEI
Atenção: Expressamente proibida a reprodução parcial ou total deste material por qualquer meio diverso do domínio usp.br.
1
BIZ0213 – Invertebrados Instituto de Biociências – USP
Cycloneuralia – parte 1 Nematoda e Nematomorpha
2
USP 1 INVERTEBRADOS BIZ0213 - PROF SILVIO NIHEI
Filo Nematoda
Do grego: nema, fio
ØGrupo bastante diverso
Ø Mais de 25.000 espécies descritas (estimativa de mais de 1 milhão delas).
Ø Vida livre e parasitas (plantas e animais).
Ø Habitam todos os hábitats nos mares, água doce e terrestre.
Ø Porém, estrutura corpórea muito pouco heterogênea. Padrão corpóreo: vermes alongados, cilíndricos e afilados nas extremidades. Aparentemente não segmentados.
3
Organização interna
espessamento lateral espessamento dorsal (com canal cordão nervoso excretor dorsal)
cutícula
epiderme (apoiada sobre uma fina lâmina)
processo porções do mioplasmático ovário
pseudoceloma (esqueleto hidrostático)
intestino aciliado (pressão no músculo tubo vem da faringe) longitudinal
4
USP 2 INVERTEBRADOS BIZ0213 - PROF SILVIO NIHEI
Parede do Corpo Ø Cutícula bem desenvolvida (especialmente nas formas parasitas) Ø Epiderme com 4 espessamentos epidérmicos: dorsal, ventral e laterais. Ø Musculatura circular ausente Detalhe do espessamento epidérmico lateral
Espessamento epidérmico com cordão nervoso Canal excretor
Epiderme Musculatura longitudinal Epiderme Espessamento lateral Intestino epidérmico
Cavidade Cutícula do corpo
Processo Corpo da célula Cutícula mioplasmático
Porção contráctil
Nervo
Detalhe da espessamento ventral
5
Cavidade do Corpo
Ø Hemocele. Não é delimitada por um mesotélio. Ø Ocupa o espaço entre a musculatura e o tubo digestivo. Ø Envolve os órgãos reprodutivos.
Ø Funciona como um esqueleto hidrostático e no transporte de nutrientes
Hemocele
6
USP 3 INVERTEBRADOS BIZ0213 - PROF SILVIO NIHEI
hemocele Locomoção
cutícula
musculatura longitudinal
Ø Movimentos sinuosos no plano dorso ventral.
Ø Movimento coleante (chicote).
Ø Ação antagônica entre a musculatura e a cutícula elástica.
Ø Hemocele atua como esqueleto hidrostático
Ø Locomoção requer um substrato (Ex: grão de areia). Animais bem adaptados a viver entre partículas de sedimento.
7
Alimentação
Diversidade de hábitos alimentares. Essas estratégias refletem-se nas características anatômicas na região da boca (“espinhos”, “dentes”, “mandíbulas”, etc). Em todos os modos de alimentação, a faringe desempenha papel importante de sucção.
Rhabditis Criconemoides Mononchus Ancylostoma bactéria e algas perfura plantas carnívoro parasita animal
8
USP 4 INVERTEBRADOS BIZ0213 - PROF SILVIO NIHEI
Excreção / osmorregulação
Ø Excretam amônia, eliminada por difusão através da parede do corpo e/ou intestino.
Ø A excreção (?) e osmorregulação também realizada pelas Células Renete.
GLÂNDULAS EXCRETORAS (= CÉLULAS RENETE) e/ou SISTEMA DE CANAL EXCRETOR Ø Poro excretor único, em posição ventral. Ø canais laterais (dutos coletores intracelulares) percorrem longitudinalmente o corpo nos espessamentos laterais. Ø Alguns nematódeos não apresentam nenhum órgão excretor.
Glândula renete em Nematoda
9
Sistema Nervoso
Ø Anel nervoso circunfaríngeo.
Ø Cordão nervoso dorsal: função motora. Ø Cordão nervoso ventral: função motora e sensorial. Ø Cordões laterais: sensoriais
10
USP 5 INVERTEBRADOS BIZ0213 - PROF SILVIO NIHEI
Reprodução em Nematoda
Ø Maioria dióica. Ø Alguns com dimorfismo sexual: Ex.: Ascaris spp. Ø Há cópula. Fertilização interna.
Gônadas em formas de vida livre
Macho Fêmea
11
Gônadas femininas em formas parasitas
Testículos + vesícula seminal duto ejaculatório
Cloaca + par de bolsas com espículas copulatórias. ♂ ovários + ovidutos intestino vagina útero
♀
Menos que 50 ovos produzidos em espécies de vida livre e mais de 1 milhão em parasitas
12
USP 6 INVERTEBRADOS BIZ0213 - PROF SILVIO NIHEI
Evolução do parasitismo em Nematoda: ancestralidade comum?
2015
1998
“Nós identificamos cinco clados principais no filo, todos eles incluindo espécies parasitas. Nós sugerimos que o parasitismo animal surgiu independentemente pelo menos 4 vezes, e o de plantas pelo menos 3 vezes.”
13
Filo Nematomorpha
Espessamentos epidérmicos longitudinais, Musculatura circular ausente
Intestino vestigial nos adultos
•320 spp. (1 sp. BR, de água doce) •Vermes finos e longos (até 1 m). •Larva parasita de artrópodes. Adulto de vida-livre •Boca e ânus geralmente ausentes. •Tomada de nutrientes por absorção através da parede do corpo •Hemocele ampla ou reduzida (preenchimento por tecido conjuntivo). •Sem estruturas especiais para troca gasosa ou excreção •Dióicos (sexos separados)
Nematoda Nematomorpha Priapulida Kinorhyncha Loricifera
N.N. Nematoida Cephalorhyncha
Cycloneuralia 14
USP 7 INVERTEBRADOS BIZ0213 - PROF SILVIO NIHEI
Hemocele ampla ou reduzida (preenchimento por tecido conjuntivo).
15
Acho que vc está com verme… 1º estudo sobre alterações 2002 Que sede!! comportamentais nos insetos hospedeiros
O verme induz a uma alteração comportamental no hospedeiro que 2003 inicia movimentos erráticos sem direção definida em busca de qualquer fonte de água. Quando encontrada, o inseto pula na água sem hesitar! Evidência de alta concentração de taurina (aminoácido livre do cérebro) durante o dia que, provavelmente, induz sede e faz o hospedeiro procurar por água durante a noite.
16
USP 8 INVERTEBRADOS BIZ0213 - PROF SILVIO NIHEI
Classificação
Classe Nectonematoidea Pelágicos e marinhos. Um gênero (Nectonema) com 4 espécies. -espessamentos epidérmicos dorsal e ventral -hemocele ampla -larvas parasitas de crustáceos decápodes
Classe Gordioidea Água doce e semiterrestres. Demais nematomorfos (ex. Gordius, Paragordius, Chordodes) -espessamento epidérmico ventral apenas -hemocele reduzida -larvas parasitas de insetos
17
Fim
18
USP 9