33 DOI: 10.5327/Z1519-874X201400010001 Revista do Instituto de Geociências - USP Geol. USP, Sér. cient., São Paulo, v. 14, n. 1, p. -20, Março 2014 Conchostráceos como evidência de níveis jurássicos na Formação Caturrita, Faxinal do Soturno, Rio Grande do Sul, Brasil Conchostracans as evidence of Jurassic levels in the Caturrita Formation, Faxinal do Soturno, Rio Grande do Sul, Brazil Rosemarie Rohn1, Tânia Lidner Dutra2, Marcus Vinicius Bonafé Cabral3 1Universidade Estadual Paulista - UNESP, Campus de Rio Claro, Avenida 24A 1.515, (CEP 1506-900, Rio Claro, SP, BR (
[email protected] 2Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS, São Leopoldo, RS, BR (
[email protected]) ,Programa de Pós-graduação em Geologia Regional, Universidade Estadual Paulista - UNESP Campus de Rio Claro, Rio Claro, SP, BR (
[email protected]) Recebido em 29 de abril de 201; aceito em 17 de outubro de 201 Resumo Este trabalho enfoca os primeiros conchostráceos (Crustacea, Spinicaudata) encontrados no afloramento São Luís (Formação Caturrita, Grupo Rosário do Sul), em Faxinal do Soturno, Rio Grande do Sul (29º 33’ 29,09”S, 53º 26’ 54”W). Vertebrados e vegetais fósseis identificados no mesmo afloramento sugerem idades conflitantes, respectivamente, final do Triássico e início do Jurássico. Pistas de dinossauros recentemente descobertas na parte superior do afloramento acirram a polêmica. Deste modo, os conchostrá- ceos constituem importantes elementos adicionais nesta discussão. Alguns compartilham muitos caracteres com Carapacestheria disgregaris (Tasch) Shen (Eosestheriidae) do Grupo Ferrar, Jurássico Inferior-Médio das Montanhas Transantárticas. Contudo, diferenças em detalhes da ornamentação levaram à proposta de um novo gênero e de uma nova espécie, Nothocarapacestheria soturnensis, e à interpretação de uma relação filogenética próxima à espécie antártica.