Envolvente Ao Santuário Do Senhor Do Socorro Requalificada Te Encerrada Devido À Covid-19)
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Publicidade Correio Publicidade do Minho.pt DOMINGO 14 FEVEREIRO 2021 | Director PAULO MONTEIRO | Ano LXXXII Série VI N.º 11714 DIÁRIO € 1,00 IVA Inc. ACB SC BRAGA COM DUPLO PÓDIO NOS NACIONAIS DE PISTA COBERTA NO ALTICE FORUM Confinamento até fim de Março será trágico Pág. 5 VILA VERDE Cinco mil pessoas vacinadas em oito semanas Pág. 8 GUIMARÃES Hospital com boas práticas na gestão DEPág. 19 OURO Pág. 11 PORFÍRIO FERREIRA Dia dos Namorados A medicina e o amor à primeira vista Págs. 2 e 3 Publicidade I LIGA STA. CLARA - SC BRAGA | 17.30 HORAS MENU DE ENCOMENDAS SELECÇÃO DO CHEF Descubra o nosso menu “PREPARADÍSSIMOS e encomende em pingodoce.ptpgpingodoce.ptp ou liguee 808 200 120 PARA GRANDE JOGO” e receba em casa* Pág. 14 15 HORAS PORTIMONENSE - GIL VICENTE 20.15 HORAS MOREIRENSE - BENFICA DR correiodominho.pt2 1 de Setembro 2016 14 de Fevereiro 2021 correiodominho.pt13 Braga Reportagem Casal de médicos confessa amor à primeira vista FOI numa mudança de turno durante o Internato de Medicina, que os olhares de Sheila e Bruno se cruzaram pela primeira vez e o coração fez o resto. Hoje são médicos no Hospital de Braga e confessam o amor à cidade que os recebeu de “braços abertos”. DIA DE S. VALENTIM tinuam a trocar, lembrando esses | Marta Amaral Caldeira | momentos onde a paixão aconte- ce ‘à primeira vista’. Conhece- “O amor é o espaço e o tempo ram-se melhor, apaixonaram-se tornados sensíveis ao coração.” definitivamente e um mês de- Marcel Proust pois assumiram o namoro que os haveria de manter unidos até Foi numa ‘mudança de turno’ hoje. durante o Internato de Medicina Bruno elogia-lhe a beleza, a que trocaram os primeiros olha- elegância, o carácter divertido, a res e o coração encarregou-se de simplicidade e partilha com ela os juntar para sempre. Sheila Pi- o modo de estar que assenta na res Ferreira, 42 anos, especialis- família para se alargar aos ami- ta em Medicina Interna, trabalha gos com quem gostam de estar. nas Urgências, e Bruno Arroja, Sheila reconhece-lhe a postura, a 39 anos, gastrenterologista, são inteligência, a aparência física e médicos no Hospital de Braga e o sorriso que a atraiu logo. é juntos e perto da família que “Seis meses depois de termos criaram para ser “felizes” que começado a namorar fui a Cabo têm encontrado forças, todos os Verde com a Sheila, de férias no dias, para ajudar o mais que po- Natal, onde tive a oportunidade dem a combater a pandemia que de conhecer a sua família e onde assolou o mundo. percebi, de facto, que me identi- Confessam que Braga os aco- ficava completamente com a sua lheu “de braços abertos”, ofere- maneira de ser e de estar na vi- cendo-lhes a realização profis- da”, contou o gastrenterologista. sional e pessoal que ambiciona- “A verdade é que o Bruno se vam e conquistando a “qualida- identificou muito com a nossa de de vida” que procuravam. forma de estar cabo-verdiana Sheila, natural de Cabo Verde, pois assumimo-nos genuínos e licenciou-se na Universidade de sobretudo muito abertos aos ou- Coimbra e Bruno na Universida- tros”, resumiu Sheila. “Estáva- de do Porto, mas foi em Leiria mos no mesmo ‘comprimento de que se viriam a encontrar. Re- onda’ e tínhamos os mesmos ob- DR cordam esses primeiros olhares jectivos”, disseram. que trocaram em 2007, no Hos- Daí ao casamento foi ‘um pas- Casal de médicos do Hospital de Braga manteve família unida para atravessar tempos difíceis de pandemia pital de Leiria, onde efectuaram so’. Seria na visita seguinte a o Internato, tendo partilhado a Cabo Verde que o médico pedi- roja. que ultrapassámos juntos”, refe- lll formação na área de ‘Medicina ria a mão ao pai de Sheila. O A vida dos dois ainda viria a rem. “Braga acolheu-nos muito Interna’, onde o grupo de inter- amor entre ambos foi selado a dar várias voltas depois do ‘nó’, “Braga acolheu-nos muito bem. É uma óptima cidade nos convivia. 19 de Setembro de 2009 com entre o trabalho, estágios e for- bem. É uma óptima cidade para “Ficámos de olho um no outro uma festa que recordam até hoje mações entre Leiria, Coimbra e a família e para os filhos, com para a família e para os na passagem de turno”, contam na Ordem dos Médicos do Porto o Porto. Mas a mudança radical muitas oportunidades e é uma filhos, com muitas entre sorrisos e olhares que con- - a cidade natural de Bruno Ar- do casal, já com as primeiras excelente para se viver. Foi fácil oportunidades, e é uma duas filhas - Carolina e Beatriz, fazer amizades, algumas que co- excelente para se viver. Foi e na altura ainda a residir em meçaram no trabalho e outras fácil fazer amizades, Publicidade Leiria - aconteceria em Feverei- com os pais de colegas dos nos- ro de 2015, quando surgiu a sos filhos e conhecemos pessoas algumas que começaram no oportunidade de trabalho no que consideramos como amigos trabalho, e outras com os Hospital de Braga. O terceiro fi- e que verdadeiramente nos têm pais de colegas dos nossos lho, Miguel, já foi em terras bra- apoiado também”. filhos e que consideramos carenses que nasceu. “Eu acho que aqui no Norte do amigos.” “Como homem do Norte que o país, aquilo que muitos conside- Bruno é, esta era uma forma de ram como ‘bairrismo’ é, na ver- regressar à região e de estarmos dade, aquilo que dá identidade anos, Braga também se transfor- também mais próximos da famí- às cidades e eu sinto que aqui em mou numa cidade “mais cosmo- lPichelaria lCaixilharia lia do Porto”, indicou a médica. Braga as pessoas têm muito or- polita”, que em vez de exportar, lDesentupimentos lEstores Foi Braga e também o Hospital gulho em dizer que são desta ter- passou a receber pessoas. “Os de Braga que lhes deu a possibi- ra e acolhem também muito bem nossos três filhos dizem-se ‘bra- lidade da realização pessoal e quem vem de fora”, assinala o carenses’, do Sporting Club de profissional que desejavam. gastrenterologista Bruno Arroja, Braga e falam já um pouco com “Foi mais um desafio familiar destacando que, nos últimos o sotaque nortenho”. correiodominho.pt12 ??????????? 14 de Fevereiro 2021 1 de Setembro 2016 correiodominho.ptBraga 3 Família manteve-se unida para atravessar os “tempos difíceis” da pandemia PARA O CASAL DE MÉDICOS do Hospital de Braga, Sheila Pires Ferreira e Bruno Arroja, um dos momentos mais complicados que passaram foi ter decidido não se separarem dos filhos e é junto deles, e em família, que arranjam forças para cuidar dos outros. DIA DE S. VALENTIM uma ‘passagem de turno’ no hos- | Marta Amaral Caldeira | pital e ‘passagem de turno’ em casa. É assim que temos gerido a No Serviço de ‘Urgências’ do nossa vida familiar nesta fase de Hospital de Braga, a médica pandemia em que também não Sheila Pires Ferreira tem acom- podemos recorrer à ajuda pre- panhado de perto muitos doentes ciosa dos amigos. Mas nós so- com Covid-19. É uma das pro- mos apenas um exemplo, porque fissionais que está na ‘Linha da esta é uma situação vivida por Frente’. O marido, Bruno Arro- muitos outros casais de profis- ja, gastrenterologista, tem-se sionais de saúde, médicos, en- desdobrado para a apoiar. Ao fermeiros e auxiliares, que en- longo de todos estes meses de frentam o mesmo problema e pandemia é junto da família e à sem grandes apoios, mas a famí- volta do amor que criaram que lia é a nossa fonte de equilíbrio”. ambos têm superado os dias Durante a primeira fase da pan- mais difíceis. demia foi o marido Bruno Arroja “Já estamos a viver com esta que ‘segurou as pontas’ e cuidou pandemia há quase um ano e, da família, tendo até chegado a para mim, o período que foi real- dar teleconsultas e despachado mente mais difícil foi o começo muito trabalho burocrático. porque era o completo desco- O gastrenterologista destaca a nhecido e ninguém sabia ao cer- “grande organização” do Hospi- to o que é que nos poderia acon- tal de Braga e dos diversos de- tecer...”, refere a médica de DR partamentos e refere que uma Medicina Interna, lembrando Sheila Pires Ferreira é médica nas Urgências e Bruno Arroja é gastroenterologista e trabalham no Hospital de Braga das primeiras medidas no servi- que, na altura, uma das grandes ço foi a constituição de ‘equipas opções que o casal de médicos lll decidimos que, enquanto famí- mos de trabalhar”. espelho’, para facilitar a com- teve que tomar foi decidir se se “Houve muitos fins-de- lia, iríamos ficar sempre juntos, Desde o início da pandemia, pensação dos profissionais de separariam ou não dos três fi- semana em que um estava a porque a separação iria ser mui- em Março do ano passado, a mé- saúde. “O Hospital de Braga or- lhos. E essa decisão não foi nada to difícil para ambas as partes. dica Sheila Pires Ferreira tem ganizou-se muito bem localmen- fácil de tomar, até porque os dois chegar a casa e outro a sair Esta foi a nossa decisão, não só cumprido sempre as 40 horas se- te”, afirmou Bruno Arroja. poderiam ser contactados para e apenas nos cruzávamos porque os nossos filhos Caroli- manais, em turnos de 12 ou 24 “Apesar da exaustão que mui- trabalhar no Serviço de Urgên- breves minutos. Fazemos na, Beatriz e Miguel ainda são horas, nas Urgências do Hospital tas vezes sentimos os dois, para cia - como veio a acontecer em muitas vezes a passagem pequenos, mas também porque de Braga, além de fazer ainda o nós, profissionais, o que é mais vários hospitais do país nesta de turno no hospital e eles são a nossa fonte de energia, serviço INEM.