Conselho Regional de Desenvolvimento da Fronteira Oeste COREDE-FO

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO (2010-2020)

Relatório Final

GOVERNO DO ESTADO Ieda Crusius – Governadora do Estado SECRETARIA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS José Alberto Wenzel FORUM DOS COREDES Paulo Frizzo – Presidente do Fórum dos COREDEs CONSELHO REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA FRONTEIRA OESTE Hugo Chimenes – Presidente do COREDE-FO EQUIPE TÉCNICA COORDENAÇÃO GERAL DO PLANO ESTRATÉGICO Jamur Johnas Marchi – Professor UNIPAMPA COORDENAÇÃO EIXO TEMÁTICO GESTÃO ECONÔMICA Mauro Sopeña – Professor UNIPAMPA COORDENAÇÃO EIXO TEMÁTICO GESTÃO ESTRUTURAL Paulo Cassanego Jr. – Professor UNIPAMPA COORDENAÇÃO EIXO TEMÁTICO GESTÃO SOCIAL Tiago Zardin Patias – Professor UNIPAMPA COORDENAÇÃO EIXO TEMÁTICO GESTÃO INSTITUCIONAL Janaina Mendes – Professor UNIPAMPA ESTAGIÁRIOS Daiana de Marco Deivid Forgiarini Felipe Albornoz Rodrigo Gisler Maciel Saraí Rivero

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LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Potencialidades e problemas na gestão econômica ...... 53 Quadro 2 - Potencialidades e problemas na gestão estrutural ...... 53 Quadro 3 - Potencialidades na gestão social ...... 54 Quadro 4 - Problemas na gestão social ...... 54 Quadro 5 - Potencialidades e problemas na gestão institucional ...... 54 Quadro 6 - Valores da região fronteira oeste ...... 55 Quadro 7 - Vocações da região fronteira oeste ...... 56 Quadro 8 - Vocações da região fronteira oeste ...... 56 Quadro 9 – Análise de causas para o eixo econômico ...... 56 Quadro 10 – Análise de causas para o eixo estrutural ...... 57 Quadro 11 - Análise de causas para o eixo social: saúde e assistência social ...... 57 Quadro 12 – Análise de causas para o eixo social: educação, cultura e lazer ...... 58 Quadro 13 - Análise de causas para o eixo social: segurança ...... 58 Quadro 14 - Análise de causas para o eixo institucional ...... 58 Quadro 15 - Objetivos estratégicos para região fronteira oeste ...... 59 Quadro 16 - Análise estratégica na gestão econômica ...... 60 Quadro 17 – Análise estratégica na gestão estrutural ...... 61 Quadro 18 - Análise estratégica na gestão social: educação, cultura e lazer ...... 62 Quadro 19 - Análise estratégica na gestão social: segurança ...... 62 Quadro 20 - Análise estratégica na gestão social: saúde e assistência social ...... 63 Quadro 21 – Análise estratégica na gestão institucional ...... 63 Quadro 22 – Projetos prioritários ...... 64 Quadro 23 – Cronograma de atividades para a gestão do planejamento estratégico do COREDE-FO ...... 93

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Indicadores dos municípios da região Fronteira Oeste ...... 11 Tabela 2 - IDH da região Fronteira Oeste ...... 25 Tabela 3 - Instituições e sua importância para o desenvolvimento ...... 51

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Etapas do planejamento estratégico ...... 13 Figura 2 – Eixos temáticos ...... 14 Figura 3 – Metodologia de planejamento regional do ILPES ...... 15 Figura 4 – Metodologia aplicada para elaboração do plano estratégico do COREDE- FO ...... 16 Figura 5 - Elementos da análise situacional ...... 17 Figura 6 – Elementos dos referenciais estratégicos ...... 17 Figura 7 – Elementos dos objetivos estratégicos ...... 18 Figura 8 – Causas principais e secundárias ...... 18 Figura 9 – Situação atual e situação desejada ...... 19 Figura 10 – Elaboração de estratégias ...... 19 Figura 11 – Elaboração de projetos ...... 20 Figura 12 – Modelo para projetos ...... 20 Figura 13 – Para priorizar projetos ...... 21 Figura 14 – Mapa dos COREDEs ...... 23 Figura 15 – Mapa dos municípios do COREDE Fronteira Oeste ...... 24 Figura 16 – Precipitação média anual ...... 26 Figura 17 - Estrutura rodoviária ...... 37 Figura 18 – Estrutura Ferroviária Rio Grande do Sul ...... 39 Figura 19 – Taxa de mortalidade infantil ...... 43 Figura 20 – Expectativa média de vida ...... 44 Figura 21 – Comissões de gestão do plano estratégico do COREDE – FO ...... 91 Figura 22 – Ciclo de gestão do planejamento ...... 92

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Evolução da População ...... 27 Gráfico 2 – Densidade Demográfica ...... 28 Gráfico 3 – Evolução taxa de urbanização ...... 29 Gráfico 4 – Participação Relativa dos Setores Produtivos ...... 31 Gráfico 5 – Tributos Estaduais Arrecadados ...... 33 Gráfico 6 – Tributos Federais Arrecadados ...... 33 Gráfico 7 – Arrecadação de Tributos Municipais ...... 34 Gráfico 8 – Evolução das Despesas/Receitas Realizadas ...... 34 Gráfico 9 – Quantidade de matriculados no Ensino Fundamental ...... 41 Gráfico 10 – Número de Matriculados no Ensino Médio ...... 41 Gráfico 11 – IDESE Educação ...... 42 Gráfico 12 – IDESE Saúde ...... 43 Gráfico 13 – Evolução Bolsa Família ...... 45 Gráfico 14 – Número de Beneficiários da Região ...... 45 Gráfico 15 – Parceria 46 Gráfico 16 – Confiança ...... 46 Gráfico 17 – Associações de bairro 47 Gráfico 18 – Eventos do município ...... 47 Gráfico 19 – Cooperativas 47 Gráfico 20 – Projetos de planejamento local ...... 47 Gráfico 21 – Participação no planejamento local 47 Gráfico 22 – Instituições privadas ...... 47 Gráfico 23 – Instituições beneficentes 48 Gráfico 24 – Governo Federal ...... 48 Gráfico 25 – Governo estadual 48 Gráfico 26 – Instituições religiosas ...... 48 Gráfico 27 - Parceria do governo local 49 Gráfico 28 - Instituições de lazer ...... 49 Gráfico 29 - Sindicatos ...... 49

6 SUMÁRIO

LISTA DE QUADROS ...... 3 LISTA DE TABELAS ...... 4 LISTA DE FIGURAS ...... 5 LISTA DE GRÁFICOS ...... 6 APRESENTAÇÃO ...... 9 CONTEXTUALIZAÇÃO ...... 11 METODOLOGIA ...... 13 Abordagem do Fórum dos COREDE’s ...... 13 Abordagem do ILPES ...... 14 Metodologia do plano estratégico para o COREDE-FO ...... 15 Oficina 1 - análise situacional ...... 17 Oficina 2 – referenciais estratégicos ...... 17 Oficina 3 – objetivos estratégicos ...... 18 Oficina 4 – estratégias ...... 19 Oficina 5 – projetos ...... 19 ANÁLISE SITUACIONAL ...... 22 Aspectos físicos, naturais e demográficos ...... 22 a) Aspectos físicos naturais ...... 22 Fronteira Oeste ...... 25 Rio Grande do Sul ...... 25 b) Aspectos demográficos ...... 27 Gestão econômica ...... 30 a) Setor primário ...... 30 b) Setor secundário ...... 31 c) Setor terciário ...... 31 d) Mercado de trabalho ...... 32 e) Comércio exterior ...... 32 f) Gestão pública local ...... 32 Gestão estrutural ...... 35 a) Energia ...... 35 b) Comunicação ...... 36 c) Vias de transporte ...... 36 d) Meios de transporte ...... 39 Gestão social ...... 40 a) Educação...... 40 b) Representação política...... 42 c) Saúde ...... 42 d) Justiça e segurança ...... 44 e) Assistência social...... 45 Gestão institucional ...... 46 a) Relações com atores fora do município ou da região ...... 49 b) Instituições com papéis mais centrais para o desenvolvimento regional ...... 50 c) Instituições que fazem falta em seu município...... 50 d) Análise dos dados institucionais ...... 51 Quadros síntese da análise situacional ...... 53 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO COREDE-FO (2010-2020) ...... 55 Referenciais estratégicos do COREDE - FO ...... 55 a) Valores regionais ...... 55

7 b) Vocações regionais ...... 55 c) Visão de futuro ...... 56 Objetivos estratégicos ...... 56 Estratégias ...... 59 a) Gestão econômica ...... 59 b) Gestão estrutural ...... 60 c) Gestão social ...... 61 d) Gestão institucional ...... 63 Projetos regionais ...... 64 Investimentos ...... 71 GESTÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO COREDE-FO ...... 91 Comissões de gestão do plano estratégico ...... 91 Gestão do planejamento...... 91 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...... 96 REFERÊNCIAS ...... 97 APÊNDICE 1 ...... 99 RELAÇÃO DOS INTERLOCUTORES POR MUNICÍPIO ...... 99 APÊNDICE 2 ...... 100 PROGRAMAÇÃO DAS ASSEMBLEIAS REGIONAIS ...... 100 APÊNDICE 3 ...... 101 REPRESENTANTES DOS MUNICÍPIOS PARTICIPANTES DA 1ª ASSEMBLÉIA REGIONAL REALIZADA EM 19 DE NOVEMBRO DE 2009 EM SANT’ANA DO LIVRAMENTO ...... 101 APÊNDICE 4 ...... 102 REPRESENTANTES DOS MUNICÍPIOS PARTICIPANTES DA 2ª ASSEMBLÉIA REGIONAL REALIZADA EM 20 DE NOVEMBRO DE 2009 EM SANT’ANA DO LIVRAMENTO ...... 102 APÊNDICE 5 ...... 103 REPRESENTANTES DOS MUNICÍPIOS PARTICIPANTES DA 3ª ASSEMBLÉIA REGIONAL REALIZADA EM 03 DE DEZEMBRO EM SÃO GABRIEL ...... 103 NOME ...... 103 APÊNDICE 6 ...... 104 REPRESENTANTES DOS MUNICÍPIOS PARTICIPANTES DA 4ª ASSEMBLÉIA REGIONAL REALIZADA EM 17 DE DEZEMBRO EM SÃO BORJA ...... 104 APÊNDICE 7 ...... 105 COMISSÃO GESTÃO ESTRUTURAL ...... 105 APÊNDICE 8 ...... 106 COMISSÃO GESTÃO ECONÔMICA ...... 106 APÊNDICE 9 ...... 107 COMISSÃO GESTÃO SOCIAL ...... 107 APÊNDICE 10 ...... 108 COMISSÃO GESTÃO INSTITUCIONAL ...... 108

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APRESENTAÇÃO

O Plano Estratégico de Desenvolvimento da Região Fronteira Oeste (2010- 2020) foi elaborado através da parceria entre o Conselho de Desenvolvimento Regional da Fronteira Oeste do Estado do Rio Grande do Sul (COREDE-FO) e a Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), com apoio financeiro do Governo de Estado. Este plano tem por principal finalidade implementar um processo permanente de planejamento estratégico regional integrado no âmbito da região fronteira oeste do Estado do Rio Grande do Sul. O desafio colocado consistiu em mobilizar os atores regionais para a construção conjunta de estratégias e políticas que dinamizem o desenvolvimento econômico, estrutural, social e institucional de forma a contribuir para a redução das desigualdades regionais considerando as especificidades locais, dentro da região fronteira oeste do Rio Grande do Sul. Neste momento, é oportuno destacar que este passo alcançado possui antecedentes que merecem destaque. Segundo a Lei n° 10.283, de 17 de outubro de 1994, em seu artigo 3°, os COREDE’s têm como uma de suas atribuições legais a elaboração dos planos estratégicos de desenvolvimento regional. Embora instituídos formalmente em 1994, a grande maioria dos COREDE’s foi criada no início da década de 1990, sendo que somente alguns iniciaram o processo de planejamento estratégico para o desenvolvimento regional logo após sua criação. Visando superar esta debilidade, a partir da ação da Diretoria do Fórum dos COREDE’s, o COREDE-FO sensibilizou-se em unir forças com a UNIPAMPA para viabilizar este planejamento. A atual diretoria do COREDE-FO vinha discutindo a necessidade de um plano estratégico desde 2007. Em paralelo, o Fórum dos COREDE’s estava trabalhando no desenvolvimento de uma metodologia adequada. Em março 2009, foi realizado pelo Instituto Latino americano e do Caribe de Planejamento Econômico e Social (ILPES), através do Ministério da Integração Nacional o curso de Gestão Estratégica para o Desenvolvimento Regional e Local para representantes dos 28 COREDE’s. Em Junho de 2009, a Governadora do Estado assinou o Termo de Referência, dando início o processo para a elaboração dos planos estratégicos regionais. O COREDE-FO, já em julho de 2009, submeteu seu plano trabalho junto ao Governo do Estado. Também neste período firmou convênio com a Universidade Federal do Pampa para a execução do trabalho. Em setembro de 2009, foi montada a equipe técnica, composta por professores e acadêmicos da UNIPAMPA, dando-se início ao diagnóstico técnico regional. Em 16 de outubro de 2009, realizou-se uma assembleia preparatória no município de , com o objetivo de sensibilizar os atores regionais para o processo de planejamento. Neste momento, acreditava-se estar sendo posto em marcha um processo essencial de alinhamento de políticas e ações para a região, que somadas à mobilização social poderão dar um novo rumo para a região Fronteira Oeste. No mesmo período, solicitou-se aos COMUDE’s a indicação de representantes dos municípios para atuarem como interlocutores junto à equipe técnica com o objetivo de auxiliar na coleta de dados. Nos meses de novembro e dezembro de 2009, realizaram-se as oficinas de trabalho em quatro assembleias 9 distintas: em 19 e 20 de novembro, a 1ª e 2 assembleia, no município de Sant’Ana do Livramento; em 03 de dezembro, a 3ª assembleia, no município de São Gabriel; e, no dia 17 de dezembro, a 4ª assembleia, no município de São Borja, onde foi apresentado e pactuado o plano estratégico regional do COREDE-FO. Nestas assembleias obteve-se expressiva participação dos atores regionais dos 13 municípios, mais de 100 pessoas apresentaram, ouviram e discutiram problemas e potenciais regionais, propuseram objetivos e estratégias para alcançá- los. Acredita-se ter sido um importante passo para o desenvolvimento da região, porém, que precisará necessariamente ser seguido de outros passos para alcançar os objetivos propostos. Um destes passos consiste em uma maior participação da iniciativa privada dos diferentes setores da região. É importante para o sucesso de um processo de concertação regional, como este que foi desencadeado, o comprometimento dos diversos atores regionais, públicos e privados, além das demais instituições relevantes como, por exemplo, universidades e instituições do terceiro setor.

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CONTEXTUALIZAÇÃO 1

A região Fronteira-Oeste do Estado do Rio Grande do Sul atualmente é considerada a região mais empobrecida do Estado. A Tabela 1 demonstra que a maioria absoluta dos municípios da região possui o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) abaixo do índice do Estado (0,814) e também a maioria desses municípios possui renda per capita inferior ao índice do Estado (12.071).

Tabela 1 Indicadores dos municípios da região Fronteira Oeste Município IDH -M (2000) Renda per capita (2003) Alegrete 0,793 8.417 0,788 8.976 São Borja 0,798 10.552 São Gabriel 0,780 7.402 0,803 5.329 Quarai 0,776 7.058 Barra do Quarai 0,777 26.564 Caçapava do Sul 0,768 7.297 0,770 12.641 0,801 13.731 Maçambará 0,743 24.413 Manuel Viana 0,754 9.636 Rosário do Sul 0,769 7.258 0,814 29.789 Rio Grande do Sul 0,814 12.071 Fonte: http://www.portalmunicipal.org.br .

A região fronteira oeste, juntamente com a região da campanha, se enquadra dentro da Região Funcional 6, denominação utilizada pelo Governo do Estado. Entre 1990 e 2002, o PIB per capita dessa região passou de R$ 6,9 mil para R$ 7,9 mil. Apesar de ter tido uma taxa de crescimento mais alta do que a média estadual, seu PIB per capita ainda é por volta de 76% do valor médio gaúcho. Seus 769 mil habitantes (7,6% do total do RS) produzem um PIB anual de mais de R$ 6 bilhões (5,9% do total) e ocupam 63 mil km 2 (25% da superfície do estado). O fato mais notório dessa região foi a sua desindustrialização: o setor secundário era responsável por quase um quarto do PIB regional em 1990 e caiu para cerca de 16% em 2002. Isso se mostra também nos dados referentes à ocupação entre 1991 e 2001: o número de trabalhadores com carteira assinada na indústria caiu à taxa de 4,5% a.a. (compensada, em parte, pelo aumento da informalidade no setor). Ao mesmo tempo, a participação da atividade agropecuária cresceu de 25% para 35% do total, superando as taxas de crescimento estaduais do setor, e mais do que compensou a tendência ao esvaziamento industrial. O setor de serviços manteve-se, aproximadamente, na mesma proporção (em torno de 40%) do PIB regional entre 1990 e 2002. Chama atenção, também, o fato de que a região abriga 6,4% da população ocupada gaúcha, dos quais 11,2% estão na Administração Pública.

1 Informações a partir do relatório do Consórcio Bozz Allen - FIPE - HCL em 2006 . 11 Na indústria, pouco importante no âmbito estadual, os únicos setores que se destacam são os relacionados ao Processamento de Produtos de Origem Vegetal e Animal. Juntos, somam mais de dois terços da produção industrial da região funcional. A produção de cimento, com base nas jazidas de calcário nas proximidades de Bagé, tem também destaque na região, sendo responsável por 10% do valor adicionado industrial e tem-se mostrado dinâmica. No setor agrícola, a orizicultura é a atividade primaz, representando mais de três quartos da produção agrícola regional. A produção tem crescido a taxas elevadas, o que fez com que 41% do arroz gaúcho fosse produzido nos dois COREDEs que compõem a região. O processamento de arroz também se dá na mesma proporção. Em seguida, o outro setor dominante é o da soja, com 17,5% da produção estadual, mas virtualmente não há processamento local. Na produção de soja, a realizada na Fronteira Oeste é a mais eficiente do Estado, mas ainda cerca de um quinto da alcançada no Mato Grosso. A produção de trigo, apesar de pouco importante na região, é relativamente eficiente neste COREDE, posicionando-se em 3º lugar no âmbito nacional. Na pecuária, a região se caracteriza por conter mais de um terço dos rebanhos bovinos estaduais e metade dos ovinos. São mais de 5 milhões de cabeças de gado e 2 milhões de ovelhas. Mais recentemente, houve um incremento do processamento desse tipo de carne, o que levou a que 32% dessa atividade no estado fossem realizados na região. A concentração fundiária na região é notável. Segundo os dados do Censo Agropecuário de 1996, das quase 120 propriedades rurais gaúchas com mais de 5 mil hectares, metade estava localizada nas regiões Fronteira Oeste e Campanha, ocupavam 381 mil hectares e eram responsáveis por 6,3% do total da área das propriedades agropecuárias na região. Está previsto que, entre 2003 e 2015, o PIB per capita das regiões Fronteira Oeste e Campanha passe de R$ 8.845 para R$ 12.058, gerando um crescimento esperado de 36,3% no período. Sua participação no PIB gaúcho cairá de 5,7% para 5,39%. Crescendo a taxas mais baixas que o Estado, a região tende a se afastar do PIB médio per capita : sua proporção quanto a ele deverá passar de 76% em 2003 para 73% em 2015.

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METODOLOGIA

Este capítulo apresenta os elementos utilizados no processo de planejamento estratégico do COREDE-FO. Destacam-se as etapas desenvolvidas durante as assembleias regionais, materiais utilizados e métodos de trabalho que permitiram aa discussão coletiva e o alcance de consensos nos grupos. A metodologia aqui apresentada refere-se a uma adaptação incremental da abordagem metodológica utilizada pelo ILPES e que fora disseminado aos COREDE’s no curso em Santa Maria-RS, em março de 2009, somado com a abordagem do manual de orientações do Fórum dos COREDE’s (2009). Inicialmente, é feita breve apresentação destes dois métodos, após então, detalha-se o método empregado.

Abordagem do Fórum dos COREDE’s Segundo o manual de orientações do Fórum dos COREDE’s (2009) as etapas do planejamento estratégico seriam 7, conforme a Figura 1. A primeira etapa constitui de um diagnóstico técnico, onde busca-se organizar os dados existes sobre a região. A segunda etapa, a análise situacional, onde os dados são interpretados por especialistas e agentes políticos. Na terceira etapa, a realização da matriz de forças e fraquezas, oportunidades e ameaças (FOFA). Uma quarta etapa para a definição de visão, vocação e valores regionais, constituindo-se os referencias estratégicos. A quinta etapa, onde objetivos, projetos e ações são definidos. Finalmente a sexta e sétima etapa, momento que ocorre a definição do modelo de gestão do plano, divulgação e implementação.

Figura 1 – Etapas do planejamento estratégico

Fonte: Manual de orientações para processo de PE nos COREDEs, 2009.

Seguindo ainda orientações desse manual, o processo de planejamento estratégico precisaria contemplar 4 eixos temáticos distintos, conforme a Figura 2. O 13 primeiro eixo contempla a gestão estrutural, seguido da gestão econômica, social e institucional. Cada eixo engloba sub-temas pertinentes a si, por exemplo, o eixo econômico, engloba os setores produtivos, o mercado de trabalho, o comércio exterior, etc.

Figura 2 – Eixos temáticos

Fonte: Manual de orientações para processo de PE nos COREDEs, 2009.

Além disso, é necessário salientar que a metodologia proposta para o processo de planejamento estratégico regional prevê uma ampla participação dos cidadãos, da sociedade, das instituições públicas e privadas que atuam na respectiva região, viabilizadas através de assembleias ou audiências públicas, fomentando o exercício da cidadania.

Abordagem do ILPES A abordagem metodológica do ILPES possui 5 etapas, diagnóstico, vocações, objetivos estratégicos, estratégia local de desenvolvimento, projetos de investimento, conforme apresenta a Figura 3. Segundo Lira (2003), a primeira etapa, consiste em reunir informações acerca da capacidade de desenvolvimento da região, em termos de oportunidades, potencialidades e recursos disponíveis, através de entrevistas e fontes secundárias. Na segunda etapa, elegem-se as vocações, que segundo o autor são as características que dão imagem diferenciada ao local ou região das demais regiões ou localidades. A terceira etapa é realizada a partir de uma análise dos problemas, onde são estabelecidas as situações desejadas. Na quarta etapa, formulam-se as estratégias, através da análise da matriz FOFA. Finalmente, a quinta etapa, refere- se aos projetos de investimento que visam materializar as estratégias eleitas, visando o alcance dos objetivos estratégicos.

14 Figura 3 – Metodologia de planejamento regional do ILPES

DIAGNÓSTICO PRE-EXISTENTE FASE - ASPECTOS ECONÔMICO-PRODUTIVOS - ASPECTOS SOCIO-CULTURAIS GOVERNO - INFRAESTRUTURA E SERV. PUBLICOS - ASPECTO S INSTITUCIONAIS

RECOPILAÇAO DIAGNOSTIC INFORMAÇÃO SECUNDARIA O

ENTREVISTAS INFORMANTES CHAVES AGENTES LOCAI OBSERVAÇÃO DIRETA (ESTUDANTES

AREA POTENCIALIDADES LIMITAÇÕES PROBLEMAS S ASPECTOS ECONÔMICO- X X X PRODUTIVOS VOCAÇOE ASPECTOS SOCIO- X X X S CULTURAIS INFRAESTRUTURA Y SERV. X X X PUBLICOS ASPECTOS X X X INSTITUCIONAIS

ANALISIS DE PROBLEMAS

FIN OBJETIVOS S ESTRATEGICO

SE ESPECIFICOS SITUAÇÕES ESPERADOAS

MEIOS MEIOS

FORTALEZA DEBILIDADE S1)...... S1)...... OBJETIVO 2)...... 2)...... S n)...... n)...... OPORTUNIDADE ESTRATEGIA S1)...... POTENCIALIDADE DESAFÍO LOCAL DE 2)...... DESARROLL n)...... S S O AMEAÇA S1)...... LIMITAÇÕE 2)...... RISCOS n)...... S

PROJECTOS NOME: BENEFICIARIOS: PROYECTOS DE OBJETIVOS: EFEITOS : IDEIAS DOS RESULTADOS: CUSTOS: PROJECTOS INVERSION ATIVIDADES: AVALIAÇÃO: LOCALIZAÇÃO: OPERAÇÃO:

Fonte: Lira (2003).

A metodologia do ILPES contempla quatro eixos temáticos, quais sejam: aspectos econômico–produtivos; aspectos sócio-culturais; infraestrutura e serviços públicos; e, aspectos institucionais. Ainda, cabe destacar que este método vem sendo disseminado através do Ministério da Integração em várias regiões do Brasil para a promoção do desenvolvimento local e regional.

Metodologia do plano estratégico para o COREDE-FO Após as breves apresentações a cerca das abordagens metodológicas que estão sendo utilizadas no Estado para a promoção do desenvolvimento regional, introduz-se este tópico para detalhar a metodologia utilizada para a realização do

15 plano estratégico do COREDE-FO explicitado na Figura 4. Esta metodologia contempla 5 fases distintas, as quais denominamos oficinas: análise situacional; referenciais estratégicos; objetivos estratégicos; estratégias; e, projetos. Também contempla quatro eixos temáticos: gestão econômica; estrutural; social; e, institucional.

Figura 4 – Metodologia aplicada para elaboração do plano estratégico do COREDE-FO

Diagnóstico Situacional Análise (por Eixo) Situacional (por Eixo) Potencialidades Problemas

Vocação Regional (o q nos diferencia, no Causas (porque temos estes que somos melhores?) problemas?) Referenciais Valores/princípios (o q não abrimos Causa Principal (que engloba todas as Estratégicos mão?) outras, dentro de uma área) Visão (q futuros desejamos?) Causas Secundárias (se eliminadas, elimina-se a causa principal)

Objetivos Espelho da causa principal (o Estratégicos que queremos alcançar?)

Objetivo Estratégico Influência Interna

(por Eixo) Forças Fraquezas Estratégias (por Eixo) Influência Oportunidades + + + - Externa Ameaças - + --

Priorização Carteira de Projetos Ideias de projetos Projetos Ações, Recursos, Prioritários Fontes, Resultados, Rumos 2015, Agenda Coord. e Parceiros. 2020 e Cadernos

Fonte: Elaborado pelos autores com base em Lira (2003) e Manual do Fórum dos COREDE´s (2009).

Destaca-se que a implementação e gestão do plano serão abordadas em capítulo específico. Nota-se que as principais adaptações realizadas na metodologia em relação à abordagem do Fórum dos COREDE’s são quanto à sequência das fases. A etapa Referencial Estratégico é antecipada e a análise da matriz FOFA é realizada para a elaboração de estratégias. Com relação à abordagem do ILPES, as adaptações ocorridas fora nas técnicas para se chegar aos resultados das fases, ora simplificando o processo (como na fase de objetivos estratégicos), ora adequando à realidade do Estado (como considerar planos já elaborados) na fase de projetos. Nos tópicos seguintes, detalham-se as cinco oficinas realizadas, os procedimentos e os materiais adotados para a realização do trabalho.

16 Oficina 1 - análise situacional A análise situacional (Figura 5) foi realizada em dois momentos: diagnóstico técnico e análise técnica-política. O diagnóstico técnico consiste em uma pesquisa da região onde se utilizou coleta de dados em fontes secundárias e entrevistas com informantes - chave. A análise técnica-política se refere à análise do diagnóstico em seus aspectos técnicos e políticos, culminando em uma síntese deste em termos de potencialidades e problemas regionais.

Figura 5 - Elementos da análise situacional

Diagnóstico Situacional Análise (por Eixo) Situacional (por Eixo) Potencialidades Problemas

O diagnóstico situacional foi elaborado pela equipe técnica com apoio dos COMUDE’s e suporte da Fundação de Economia e Estatística (FEE). A análise técnica-política foi realizada em assembleia regional através da apresentação dos principais tópicos do diagnóstico (pela equipe técnica), discussão e síntese dos dados. Esta síntese culminou em um quadro de potencialidades e problemas regionais por eixo temático que fora elaborado e pactuado pelos atores regionais com apoio da equipe técnica. As potencialidades procuram demonstrar os elementos existentes na região, ou ainda, que possam ser estimulados e que evidenciam os pontos fortes da região. Por outro lado, os problemas consistem em elementos existentes na região que necessariamente precisam ser resolvidos ou removidos para permitir o desenvolvimento da região.

Oficina 2 – referenciais estratégicos Os referencias estratégicos consistem nos elementos inspiradores da região os quais denominam-se: vocação regional; valores e princípios regionais e visão regional, conforme a Figura 6.

Figura 6 – Elementos dos referenciais estratégicos

Vocação Regional (o q nos diferencia, no que somos melhores?) Referenciais Valores/princípios (o q não abrimos Estratégicos mão?) Visão (q futuros desejamos?)

A vocação regional (ou vocações regionais, pois podem ser mais de uma) define, valida ou ressalta os principais potenciais dos seus municípios. Também pode ser entendida como as aptidões, capacidades ou talentos passíveis de serem

17 desenvolvidos pelos munícipes e suas instituições. Com base nas potencialidades regionais, destacam-se algumas que são podem ser atuais ou futuras. Os valores e princípios estão relacionados com padrões sociais entendidos, aceitos e mantidos pelas pessoas e pela sociedade. Facilita a definição e baliza o cumprimento da visão e das vocações da região. A visão regional descreve um cenário futuro desejável para a região. Envolve os sonhos dos cidadãos, isto é, a identificação das principais características que a sociedade gostaria de alcançar ou pelas quais a sociedade em questão gostaria de ser conhecida no futuro. Os referenciais estratégicos foram elaborados pelos atores regionais com o suporte da equipe técnica. Para tanto, utilizou-se como base o quadro de potencialidades regionais. O trabalho foi realizado em grupos e empregados cartões e cartazes para facilitar a consolidação de ideias.

Oficina 3 – objetivos estratégicos A oficina 3 possui como meta a elaboração de objetivos estratégicos, conforme a Figura 7. Objetivos estratégicos podem ser conceituados como um estado futuro desejado e que precisa ser alcançado. Para tanto, trabalhou-se a partir do quadro de problemas regionais, que representam a situação atual, questionando- a para identificar as causas principais e secundárias.

Figura 7 – Elementos dos objetivos estratégicos

Causas (porque temos estes problemas?) Causa Principal (que engloba todas as outras, dentro de uma área) Causas Secundárias (se eliminadas, elimina-se a causa principal)

Objetivos Espelho da causa principal (o Estratégicos que queremos alcançar?)

As causas são fatores que ocasionam o problema. Identificar e remover as causas consiste na habilidade de bem solucionar os problemas. As causas principais são as mais gerais e englobam as outras em uma mesma área. As causas secundárias são aquelas que se solucionadas ou eliminadas, contribuem para eliminar a causa principal (Figura 8).

Figura 8 – Causas principais e secundárias

Causa 1 Causa 3 Causa Principal Objetivo Estratégico Causa 2 Causa 4

18 O inverso da causa principal (espelho) pode ser visualizado como o objetivo a ser alcançado, ou seja, o objetivo estratégico (Figura 9)

Figura 9 – Situação atual e situação desejada

Situação atual Situação desejada

Problema Pq? Causa Principal espelho Objetivo Estratégico

Oficina 4 – estratégias Estratégias são aqui definidas como proposições que descrevem como a região irá alcançar o objetivo estratégico. São construídas através de reflexão crítica a respeito das oportunidades e ameaças (influências externas em relação à região) e das forças e fraquezas (influências internas, ou seja, pertencentes à região), conforme a Figura 10.

Objetivo Estratégico Influência Interna

(por Eixo) Forças Fraquezas Estratégias (por Eixo) Influência Oportunidades + + + - Externa Ameaças - + --

Figura 10 – Elaboração de estratégias

Oportunidades e ameaças então são fatores externos, que a região não tem ação de gerenciamento e controle, e que, podem ajudar ou atrapalhar o êxito do objetivo estratégico. Por outro lado, as forças e fraquezas são fatores internos, que a região possui alguma ação de gerenciamento e controle, e que, podem ajudar ou atrapalhar o êxito do objetivo estratégico. Este exercício ajuda a separar elementos que realmente são estratégicos para a região, além de permitir a combinação destes, em uma matriz (FOFA) de modo a viabilizar a elaboração de possíveis estratégias. Procura-se raciocinar com quatro combinações: o aproveitamento de forças e oportunidades; o uso de oportunidades para superar fraquezas; o uso de forças para evitar ameaças; e, a explicitação de ameaças e fraquezas. Estas combinações requerem da equipe conhecimento técnico, político e criatividade para elaborar e definir as estratégias realizáveis, a fim de alcançar o objetivo estratégico.

Oficina 5 – projetos Nesta oficina ocorre a materialização das estratégias definidas na oficina anterior. A elaboração de projetos esta baseada nas estratégias desenvolvidas, nas ideias de projetos, oriundas das causas secundárias de problemas regionais e nas diretrizes já definidas pelo Estado, conforme a Figura 11. O objetivo desta oficina e obter uma carteira de projetos, ou seja, um conjunto de projetos priorizados que

19 operacionalizam as estratégias dentro da disponibilidade de tempo, recursos e pessoas.

Figura 11 – Elaboração de projetos

Priorização Elaboração de Projetos Ideias de projetos Carteira de Ações, Recursos, Projetos Fontes, Resultados, Rumos 2015, Agenda Coord. e Parceiros. 2020 e Cadernos

Os projetos foram elaborados com uso de um modelo (Figura 12), onde as equipes explicitaram ações, prazos, responsáveis, recursos e resultados esperados.

Figura 12 – Modelo para projetos Planejam ento Estratégico do COREDE – FO (2010-2020) Eixo temático: Sub-tema: Objetivo Estratégico: Estratégia: Título do projeto: Beneficiários e região de abrangência: Detalham ento Indicadores Ações Responsáveis D atas R e c u r s o s (com o e d e ( o q u e ) ( q u e m ) (quando) o n d e ) O rig e m C u s teio Investim entos r e s u lt a d o

Prazo de Execução: [ ] Curto prazo (até 2 anos) [ ] M édio prazo (até 5 anos) [ ] Longo prazo (m ais de 5 anos) Resultados esperados (m etas):

Com itê gestor:

A priorização de projetos significa estabelecer uma ordem lógica para a execução dos projetos de acordo com critérios específicos como: benefício, abrangência, satisfação, investimentos, contribuição para o desenvolvimento e simplicidade. Para auxiliar, adaptou-se uma ferramenta da qualidade, conhecida como Matriz BASICO, para priorizar os projetos regionais (Figura 13).

20 Figura 13 – Para priorizar projetos

Contribuição para o Benefício para a Abrangência Satisfação para a Operacionalidade Investimentos desenvolvimento região regional comunidade simples regional Grande facilidade de Beneficios de vital Impacto positivo muito implantação, dominio 70 a 100 porcento Muito Grande Mínima utilização 5 importância grande da tecnologia requerida Grandes benefícios Boa facilidade, que irão resultar em dependendo de 40 a 70 por cento Grande Algum recurso Grandes reflexos no DR 4 significativos alguma tecnologia impactos externa Média facilidade, tecnologia de difícil Benefícios de Recursos além dos 20 a 40 por cento Médio Bons reflexos no DR disponibilidade e 3 razoável impacto destinados para o setor mudanças de comportamento

Pouco exequibilidade, Algum benefício dependendo de ações Recursos que exigem possível de ser 5 a 20 por cento Razoável Pouco impacto no DR politicas ou mudanças 2 captação externa quantificado acentuadas de cultura e comportamentos

Baixíssima Recursos muito exequibilidade, Benefícios de pouca Nenhum reflexo até 5 por cento Pequena significativos, de total dependendo de ações 1 expressão perceptível para o DR captação externa. que extrapolam a instituição.

O método aqui apresentado procura colaborar com o processo de planejamento. Destaca-se, contudo, que o objetivo do método foi facilitar e orientar o pensamento dos planejadores para a construção coletiva do plano estratégico do COREDE-FO. Sabe-se que os desafios são muitos e que os recursos são escassos, neste sentido, o termo estratégico refere-se estritamente a proposição de ações que possam atingir com maior grau de êxito os objetivos propostos, considerando a realidade regional da fronteira oeste.

21

ANÁLISE SITUACIONAL

Este capítulo apresenta o diagnóstico técnico-político e suas análises. Inicialmente aborda aspectos físicos, naturais e demográficos, onde se procurou descrever, de maneira breve, as principais características da região quanto a relevo, fauna, flora, população e localização. Após são apresentados um conjunto de dados e apreciações técnicas dos quatro eixos temáticos: econômico, estrutural, social e institucional. Estas considerações foram realizadas pela equipe técnica a partir dos dados levantados e que se encontram no apêndice deste relatório. O final do capítulo traz a síntese do diagnóstico, em termos de potencialidades e problemas regionais, resultado da primeira oficina e consensuado em assembleia com participantes dos 13 municípios da fronteira oeste. Esta síntese está expressa em quatro quadros, um para cada eixo temático.

Aspectos físicos, naturais e demográficos Os aspectos físico-naturais de uma região a tornam única, ou seja, a distinguem das demais regiões do planeta. Também os aspectos demográficos demonstram a evolução da população de uma região, sua estratificação e ocupação territorial. De característica quantitativa e qualitativa, estes aspectos revelam informações sobre as fontes de recursos existentes em uma região. Baseada na coleta e sistematização de dados, a presente análise objetiva contribuir para o debate sobre o desenvolvimento da região da fronteira oeste do Estado do Rio Grande do Sul, tendo como parâmetro de trabalho o modelo de planejamento estratégico regional. a) Aspectos físicos naturais A região do COREDE-FO está localizada no oeste do Estado do Rio Grande Do Sul, conforme indicação do mapa na Figura 14. A região faz fronteira ao norte com os COREDEs Missões, Vale do e Central. Ao leste, COREDEs Jacuí Centro e Campanha. Ao sul, com a Republica Oriental do Uruguay e ao oeste com a Argentina. Ou seja, esta região tem desde a sua localização a característica natural de região de fronteira, por isso a denominação Fronteira Oeste.

22 Figura 14 – Mapa dos COREDEs

Fonte: FEE.

A região Fronteira Oeste possuí 13 municípios (Alegrete, Barra do Quarai, Itacurubi, Itaqui, Maçambara, , Quaraí, Rosário do Sul, Santa Margarida do Sul, Sant’Ana do Livramento, São Borja, São Gabriel e Uruguaiana), conforme mostra a Figura 15, e possui 534.933 habitantes em 2008, conforme Tabela B.1.1, do apêndice. Com relação à área, população atual e índice de desenvolvimento humano os municípios da região encontram como segue: O município de Alegrete possui área de 7.804 km² representando 2.9023 % do Estado e população total 79.834 habitantes. Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0.793. O município de Barra do Quaraí possui área de 1.056 km² representando 0.3928 % do Estado e população total 3.861 habitantes. Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0.777. O município de Itacurubi possui área de 1.118 km² representando 0.4158 % do Estado e população total 3.616 habitantes. Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0.770.

23 Figura 15 – Mapa dos municípios do COREDE Fronteira Oeste

Fonte: FEE.

O município de Itaqui possui área de 3.404 km² representando 1.266 % do Estado e população total 37.180 habitantes. Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0.801. O município de Maçambará possui área de 1.683 km² representando 0.6258 % do Estado e população total 4.545 habitantes. Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0.743. O município de Manoel Viana possui área de 1.391 km² representando 0.5172 % do Estado e população total 6.948 habitantes. Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0.754. O município de Quaraí possui área de 3.148 km² representando 1.1706 % do Estado e população total 23.015 habitantes. Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0.776. O município de Rosário do Sul possui área de 4.370 km² representando 1.6251 % do Estado e população total 23.015 habitantes. Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0.769. O município de Santa Margarida do Sul possui área de 956 km² representando 0.3556 % do Estado e população total 2.285 habitantes. Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0.814.

24 O município de Sant’Ana do Livramento possui área de 6.950 km² representando 2.5849 % do Estado e população total 85.152 habitantes. Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0.803. O município de São Borja possui área de 3.616 km² representando 1.3448 % do Estado e população total 63.008 habitantes. Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0.798. O município de São Gabriel possui área de 5.020 km² representando 1.8668 % do Estado e população total 58.783 habitantes. Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0.780. O município de Uruguaiana possui área de 5.716 km² representando 2.1257 % do Estado e população total 125.695 habitantes. Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0.788. A Tabela 1 procura explicitar o IDH dos municípios em relação aos índices da região e do Estado.

Tabela 2 - IDH da região Fronteira Oeste Município IDH -M (2000) Alegrete 0,793 Barra do Quarai 0,777 Itacurubi 0,770 Itaqui 0,801 Maçambará 0,743 Manoel Viana 0,754 Quarai 0,776 Rosário do Sul 0,769 Santa Margarida do Sul 0,814 Sant’Ana do Livramento 0,803 São Borja 0,798 São Gabriel 0,780 Uruguaiana 0,788 Fronteira Oeste 0,782 Rio Grande do Sul 0,814 Fonte: PNUD

Nota-se, que a região Fronteira Oeste em termos de área, possui significativa parcela do total do Estado, cerca e 17.1934 %. Em contra ponto, possui apenas 4,987 % da população total do Estado, e ainda com IDH de praticamente todos os municípios com índices inferiores ao do Estado. Em termos de precipitação média, a região Fronteira Oeste apresenta índices que variam de 1500 a 1700 mm ao ano, conforme Figura 16. Estes índices estão abaixo da média do Estado, que possui regiões que alcançam mais de 2000 mm em média anual.

25 Figura 16 – Precipitação média anual

A hidrografia do COREDE-FO compreende a bacia do Uruguai, que apenas em parte é brasileira. Das cabeceiras do Rio até Rio da Prata, o Uruguai corre por leito de 2.046 km. Das suas nascentes até a confluência com o rio inteiramente brasileiro; daí para frente, até a foz do Rio Quaraí é meio argentino e meio brasileiro. Os principais rios afluentes do Uruguai que pertencem a região fronteira-oeste são: os rios Ibicuí e Quaraí. Os tributários do Ibicuí, rio mais importante dentre os afluentes do Uruguai, são Ibirapuitã, Jaguari, , Santa Maria, Ibicuizinho e . A vegetação é característica da região do Pampa, dominada pelos campos – tecnicamente definidos como estepes e savanas – entrecortados por matas de galeria e banhados. A Área de Proteção Ambiental – APA do Ibirapuitã, com 318 mil hectares, é a maior Unidade de Conservação de uso sustentável do Rio Grande do Sul. Dentre as espécies vegetais importantes, estão o butiá-yataí, o espinilho, o inhanduvai e o capim santa-fé. Ocorrem muitas espécies de gramíneas e leguminosas de grande importância e potencial forrageiro. Na fauna , destacam-se a ema, o veado campeiro, a coruja-do-campo, o furão, além de outros tradicionais, como a perdiz e o perdigão, para os quais a caça controlada é eventualmente permitida. O Cerro do Jarau, a Serra do Caverá, a Restinga do Ibirapuitã e o Butiazal do Coatepe estão entre as principais áreas naturais de grande valor paisagístico e ecológico na área.

26 O relevo no geral é baixo e suave, (200m a 300m), com algumas especificações como em Rosário do Sul que tem seu Território ondulado, sendo constituídas e Alegrete que por ter um ecossistema delicado, devido a superexploração agrícola e a pecuária extensiva fazem crescer uma área de mais de 200 ha chamado de “Deserto dos Pampas” ou “deserto de São João”. Quanto ao clima a região está inserida em uma região subtropical com clima temperado, apresentando verões quentes e secos e invernos frios, com chuvas bem distribuídas e estações bem definidas, a exemplo disto temos a cidade de Uruguaiana que apresenta a maior amplitude térmica do país. b) Aspectos demográficos De acordo com os aspectos demográficos apresentados na região fronteira- oeste, percebe-se que a evolução da população total encontrava-se em constante decréscimo até 2007, sendo que os dados de 2008 quebram esta tendência, conforme o Gráfico 1.

Gráfico 1 – Evolução da População

Evolução da População

600.000 500.000 400.000 Total 300.000 Urbana 200.000 Rural Habitantes 100.000 0

0 1 2 3 4 5 6 7 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 20 20 20 20 20 20 20 20 20

Destaca-se que os municípios que mais sofreram perdas de população total foram Sant’Ana do Livramento e Alegrete, conforme Tabelas B.1.1, B.1.2 e B.1.3 constantes no apêndice. Contudo, destaca-se que o município de Sant’Ana do Livramento foi o único município da região que recebeu um incremento populacional rural passando de 6.394 habitantes em 2000, para 7.241 em 2008, conforme Tabela B.1.3. Relativo a estratificação por idade e sexo , as Tabelas B.2.1, B.2.2, B.2.3, B.2.4, B.2.5, B.2.6 e B.2.7 explicitam a evolução da estratificação nos anos de 2001 a 2006 e 2008. Destaca-se que a população total em 2008 apresenta 262.501 homens e 272.492 mulheres, o que demonstra que a maioria de mulheres, seguindo tendência do Estado. Nota-se, contudo que na faixa de 0 a 19 anos aparece mais homens que mulheres, já nas demais faixas as mulheres predominam, sendo que a faixa de mais de 60 anos a diferença mais significativa (B.2.7).

27 Com relação à densidade demográfica a região Fronteira Oeste apresenta, em 2008, índice abaixo da média do Estado (11,57 para 38,07, respectivamente). Esta relação tem se mantido constante dentro do período em análise, ou seja, 2001 a 2008, conforme a Tabela B.3. Detalhando por municípios, o Gráfico 2 evidencia as diferenças existentes de densidade demográfica, demonstrando que a região, além de ter um índice abaixo ao do Estado, possui municípios com índices ainda inferiores, variando entre 2,38 (Santa Margarida do Sul) e 21,99 (Uruguaiana).

Gráfico 2 – Densidade Demográfica

Densidade Demográfica (2008)

Fronteira Oeste

Santa Margarida do Sul Maçambará

Itacurubi Barra do Quarai

Manoel Viana Quaraí Rosário do Sul Alegrete

Itaqui São Gabriel

Sant’Ana do Livramento São Borja

Uruguaiana Rio Grande do Sul

0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00 40,00 Hab./km²

Referente à taxa de urbanização (percentual da população urbana em relação à população total) observa-se no Gráfico 3 e Tabela B.4, que a região possui taxa pouco acima a do Estado, durante o período de análise (2001-2008). Em termos percentuais atualmente, o Estado possui uma taxa de 85% de urbanização enquanto que a região apresenta 90,1%.

28 Gráfico 3 – Evolução taxa de urbanização

Evolução taxa de urbanização

100

90

80 Alegrete Barra do Quaraí 70 Itacurubi Itaqui Maçambará 60 Manoel Viana Quaraí 50 Rosário do Sul (%) Santa Margarida do Sul Santana do Livramento 40 São Borja São Gabriel 30 Uruguaiana Total Região 20 Total RS

10

0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2008 Anos

Nota-se também três grupos de municípios distintos. O primeiro grupo, formado pelos municípios Santa Margarida do Sul, Itacurubi e Maçambará , que possuem baixo índice de urbanização em relação à região. O segundo grupo, formado pelos municípios Barra do Quarai e Manoel Viana , com taxas acima dos 70%, porem não ultrapassam a média do Estado. E um terceiro grupo, formado pelos municípios Alegrete, Itaqui, Quaraí, Rosário do Sul, Sant’Ana do Livramento, São Borja, São Gabriel e Uruguaiana, que juntos elevam a média da região para um índice superior a média do Estado. Interessante destacar que nos dois primeiros grupos estão os municípios também com menor densidade demográfica o que demonstra uma comunidade essencialmente do campo nestas localidades. O conjunto de informações dos recursos físicos, naturais e demográficos permite identificar e descrever o que torna única esta região, ou em outras palavras, o que a distingue das demais regiões do Estado do Rio Grande do Sul. Em linhas gerais, se observa a característica de região de fronteira, ao oeste com a Argentina e ao Sul com o Uruguai. O IDH da região é inferior ao do Estado. A vegetação é caracterizada pelo pampa gaúcho, com estepes e savanas. O relevo caracteriza-se

29 pelas coxilhas. O clima subtropical temperado, com precipitações anuais abaixo da média do Estado. A evolução da população no período em análise permanece constante, com densidade demográfica abaixo da média do Estado. Apesar de uma região caracterizada pela vida no campo as taxas de urbanização são acima da média do Estado.

Gestão econômica A abordagem econômica do desenvolvimento de uma região contém um conjunto de indicadores que são usualmente empregados na análise e interpretação de dados. De característica essencialmente quantitativa, estas informações possibilitam averiguar a evolução da riqueza produzida, sua composição, distribuição, entre outros indicadores de desempenho, recorrentes na literatura econômica. Baseada na coleta e sistematização de dados, a presente análise objetiva contribuir para o debate sobre o desenvolvimento da região da fronteira oeste do Estado do Rio Grande do Sul, tendo como parâmetro de trabalho o modelo de planejamento estratégico regional. Entre os principais eixos de indicadores econômicos, aqui destacados e analisados para os municípios da fronteira oeste, estão (a) o setor primário; (b) o setor secundário; (c) o setor terciário; (d) o mercado de trabalho; (e) o comércio exterior e (f) a gestão pública. O período de estudo está compreendido entre 2000 e 2008. Em muitos casos, onde os dados referem-se a unidades monetárias, os valores correntes (nominais) foram atualizados (valores reais) pelo Índice Geral de Preços (IGP), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), para janeiro de 2008, garantindo assim, a comparação correta entre valores relativos aos treze municípios integrantes da fronteira oeste do Estado do Rio Grande do Sul. a) Setor primário A evolução da área plantada de lavoura permanente na região é crescente (D.1.2). De um total de 1.865 ha em 2000, a fronteira oeste avançou para 2.249 ha em 2007, um aumento de 20,59% no período. Em termos relativos, a produção em lavoura permanente na região representa pouco mais de 1% daquilo que se produz no estado, chegando a 1,29% do total estadual em 2007 (D.1.3). O município de Santana do Livramento apresenta maior participação neste tipo de produção, em média de 830 ha; Barra do Quaraí registra apenas 5 ha de área plantada. Observa- se comportamento semelhante nos dados relativos à produção em lavoura temporária (D.1.5), muito embora os valores absolutos sejam mais expressivos, essencialmente pelas características da região. O período registra 22,21% de crescimento em termos de área plantada; São Borja ocupa posição de destaque com 112.965 ha em 2007, participação estadual de 1,53% e de 18,25% na região (D.1.6). Dados sobre produção animal demonstram estabilização na produção relativa ao rebanho bovino, principal da região (D.1.8). O número de cabeças em 2007 é praticamente o mesmo registrado no ano de 2000; 3.068.415 cabeças e representa 22,70% do total produzido no estado. Entre os treze municípios da fronteira oeste, apenas cinco deles (Uruguaiana, Quaraí, Maçambará, Alegrete e Barra do Quaraí) apresentam evolução positiva no rebanho bovino. Mesmo tipo de comportamento está registrado para ovinos, equinos e suínos; ao longo dos anos analisados, a participação no total do estado é decrescente. A produção de suínos é

30 representativa no município de Itaqui, com 62,53% da produção regional total (D 1.9). b) Setor secundário Do total industrial, em 2007, a região emprega na indústria extrativa mineral apenas 1,09% dos trabalhadores, seguido dos percentuais de 71,67% na indústria de transformação, 9,49% na de serviços industriais/utilidade pública e de 17,75% na construção civil. No período em estudo, esta última categoria apresenta crescimento, em detrimento das demais. A taxa percentual desta atividade na região, 9,49%, é ainda, superior a do estado, de 3,09%. O percentual de participação da indústria de construção civil é importante no conjunto dos dados, mantendo percentual superior ao registrado na esfera estadual (D 2.1). c) Setor terciário A concentração do trabalho no setor terciário da economia da região (D 3.1) apresenta divisão equilibrada entre o comércio (39,32%), a administração pública (25,95%) e as demais atividades do setor (34,72%). O setor é líder em participação no produto interno bruto da região (PIB). A participação dos setores no PIB regional (D.7.1) pode ser observada no gráfico abaixo, em R$ mil. A tendência de queda no setor primário é observada, igualmente como a manutenção da taxa de participação pelo setor industrial e a liderança do setor terciário na região.

Gráfico 4 – Participação Relativa dos Setores Produtivos

Participação Relativa dos Setores Produtivos

4.000.000 3.500.000 3.000.000 terciário 2.500.000 primário 2.000.000 1.500.000 1.000.000 secundário 500.000 0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Entre os anos de 2000 e 2006, o comportamento do PIB per capita atualizado pelos índices de inflação é crescente somente em 2001, 2004 e 2006. No total do período, é decrescente: R$ 11.741,00 em 2000 e R$ 11.703,00 em 2006. Barra do Quaraí é o município de maior riqueza per capta, R$ 20.475,00 em 2006; Quaraí registra o menor valor, R$ 7.990,00 no mesmo ano.

31 A contribuição dos municípios integrantes da fronteira oeste no PIB estadual é baixa. A evolução da participação do PIB no estado demonstra que, em 2000, era da ordem de 3,66%, chegando, em 2006, a 3,91% do total estadual. A maior contribuição é do município de Uruguaiana, 1,17%; a menor, a de Barra do Quaraí, apenas 0,05%. d) Mercado de trabalho Dados sobre evolução do emprego formal na região (D.4.2) indicam estabilidade em torno de 3% de participação no estado. O maior índice pertence ao município de Uruguaiana (0,72%), seguido de Alegrete e Santana do Livramento. No total regional, o número de empregos formais cresceu de 62.692 em 2001 para 70.379 em 2007, um aumento de 12,26%. Do emprego total, Uruguaiana participa com a quarta parte, 24,84%. O número total de empregados demitidos é decrescente na região nos anos de 2002 e 2003; nos demais anos, a taxa é crescente. A soma é de 22.237 demitidos, em 2008 (D.4.1). Quanto aos admitidos, no emprego formal, a oscilação das taxas é maior, indicando forte crescimento das contratações nos anos finais da série de dados. e) Comércio exterior O saldo FOB da balança comercial regional (D.5.3) é negativo no período 2000-07, com reversão da tendência em 2008, alcançando os US$ 21,3 milhões. Entre os municípios com saldo positivo durante toda a séria, destacam-se Maçambará, Quaraí, Santana do Livramento e São Gabriel. O volume exportado (D.5.1), de US$ 29, 8 milhões em 2000, passa para US$ 98,1 milhões em 2008, com significativa contribuição dos municípios de Santana do Livramento, Uruguaiana e Alegrete. Em período mais recente (D.5.4), US$ 2,7 milhões são na forma de bens de capital; US$ 15,8 milhões em bens intermediários e US$ 79,1 milhões em bens de consumo. O destino das exportações na região é muito diversificado no período. Parceiros como ALADI, Mercosul, África e AELC apresentam evolução importante no volume exportado. Oriente Médio, Europa Oriental e CARICON são destinos de exportações de poucos municípios e com volume negociado baixo em comparação ao conjunto. No âmbito da UE há uma grande oscilação de valores e, na Ásia e EUA a evolução é decrescente. No item importação (D.5.2), Uruguaiana e Itaqui se destacam, contribuindo com mais de 90% do total realizado de US$ 76,7milhões em 2008. Foram importados, em 2008, US$ 2,6 milhões em bens de capital; US$ 50 milhões em bens intermediários e US$ 24,1 milhões em bens de consumo na região. A importação (D.5.7) caracteriza-se ainda pela forte presença de produtos oriundos do Mercosul (US$ 57,1 milhões); EUA (US$ 11,5 milhões) e Canadá (US$ 6,9 milhões), onde somente o município de Uruguaiana apresenta negócios. f) Gestão pública local Indicadores sobre a evolução do índice de retorno do ICMS (D.6) na região apresentam um percentual de 4,52% do total do estado. Na fronteira oeste, Uruguaiana lidera a participação com 0,99%, seguido de Alegrete, São Borja e Santana do Livramento. Numa perspectiva geral, observa-se, para todos os

32 municípios, uma diminuição dos índices de retorno do referido imposto. Em termos reais, o volume de impostos estaduais arrecadados (D.10.3) é estável, com ligeiro aumento no caso da arrecadação de ICMS, período 9, relativo a 2008, conforme gráfico.

Gráfico 5 – Tributos Estaduais Arrecadados

Tributos Estaduais Arrecadados (RS)

300.000.000

250.000.000

ICMS 200.000.000

150.000.000

100.000.000

IPVA 50.000.000

- 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Uruguaiana é o município com maior arrecadação de ICMS, seguido de São Borja e Itaqui. O menor volume se observa no município de Itacurubi. Para os impostos federais arrecadados (D.10.4), registra-se grande aumento na arrecadação de IRPJ a partir de 2003, atingindo, juntamente com o IPI, seu máximo no ano de 2005.

Gráfico 6 – Tributos Federais Arrecadados

Tributos Federais Arrecadados (R$)

50.000.000

45.000.000

40.000.000

35.000.000 IRPJ 30.000.000

25.000.000

20.000.000

15.000.000

10.000.000 IPI 5.000.000

- ano 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

O comportamento da arrecadação de tributos municipais (D.10.5) é apresentado no gráfico seguinte. Observa-se que, para o período analisado, ocorre uma evolução importante da arrecadação de ISSQN, igualando-se ao registrado no IPTU em 2006-07. Uruguaiana arrecadou, no último ano da série, aproximadamente 5 milhões de reais em IPTU; Santana do Livramento, R$ 2,4 milhões.

33

Gráfico 7 – Arrecadação de Tributos Municipais

Arrecadação de Tributos Municipais (R$)

18.000.000

16.000.000 IPTU 14.000.000

12.000.000 ISSQN 10.000.000

8.000.000

6.000.000

4.000.000

2.000.000 ITBI - 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

O total de receitas e despesas realizadas na região é crescente, conforme demonstrado abaixo (D.10.1 e D.10.2). O total de despesas correntes é estável no começo da série na região, aumentando em importância em 2006-07, quando atinge R$ 443,5 milhões. As despesas de capital apresentam comportamento semelhante. De outro modo, as receitas de capital são declinantes em boa parte do período: de R$ 11 milhões em 2000, passaram para a cifra de apenas R$ 2,1 milhões em 2003, voltando a aumentar em 2008 para R$ 18,5 milhões.

Gráfico 8 – Evolução das Despesas/Receitas Realizadas

Evolução das Despesas/Receitas Realizadas

600.000.000

500.000.000 receitas

400.000.000 despesas

300.000.000

200.000.000

100.000.000

- 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

O conjunto de indicadores econômicos permite analisar a evolução econômica contemporânea da região da fronteira oeste do Estado do Rio Grande do Sul. Em linhas gerais, se observa um declínio das atividades produtivas do setor primário, em especial na lavoura permanente e na produção animal. Esta tendência

34 é também corroborada pela queda de participação deste setor no produto interno regional. Comportamento inverso se observa no setor terciário da economia, onde as atividades estão equilibradas entre comércio, administração pública e demais atividades. No período analisado, a indústria mantém sua participação estável no PIB e, o setor de serviços possui taxa crescente no período. Num quadro comparativo, a região contribui muito pouco para o total estadual, algo em torno de 4% de participação e saldo negativo na balança comercial. Atrelado e este fato, a fronteira oeste responde por estáveis 3% do emprego formal do estado, um aumento de empregados demitidos e uma importante concentração de empregos formais no município de Uruguaiana, ¼ do total. Em muitos indicadores é nítido o predomínio de uma minoria de municípios em termos de desenvolvimento econômico, o que demonstra disparidades na própria região. Por fim, destaca-se a queda do retorno do principal imposto estadual para a grande maioria dos municípios.

Gestão estrutural O diagnóstico da gestão estrutural do desenvolvimento contém um conjunto de indicadores que são usualmente empregados na análise e interpretação de dados. De característica quantitativa e qualitativa, essas informações possibilitam a análise da situação dos municípios parte do COREDE-FO, e da região como um todo. Baseada na coleta e sistematização de dados, este diagnóstico e análise tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento da região da fronteira oeste do Rio Grande do Sul, tendo como padrão de trabalho o modelo de planejamento estratégico regional. Entre os principais dados aqui destacados e analisados para os municípios parte da fronteira oeste, estão (a)energia ; (b) comunicação; (c) vias de transporte ; (d) meios de transporte; (e) . O período de estudo está compreendido entre 2000 e 2008. a) Energia Conforme dados disponibilizados pela Fundação de Economia e Estatística (FEE), constantes no apêndice (Tabelas C.2), sobre a distribuição de energia nos municípios parte do COREDE–FO, pode-se perceber que todos são atendidos por este serviço. Com relação ao fator energia , duas análises podem ser encaminhadas, uma relativa ao número de consumidores e outra com relação ao total consumido. Considerando a variável número total de consumidores nos municípios, pode-se perceber analisando a Tabela C.2.3.6 que o número total de consumidores passou de 156.391 à 181.417 usuários. As cidades que apresentam maior número de consumidores são: Uruguaiana, Sant’Ana do Livramento e Alegrete. Considerando a relação do total de energia elétrica consumida nos municípios, podemos observar este dado levando em consideração os diferentes consumidores deste serviço, a saber: comércio, indústria, residências, consumidores no meio rural e setor público. Conforme Tabela C.2.1.1, o consumo total da região, considerando-se o comércio cresceu no período de 2000 a 2008, passando de 107.975 megawatt-hora a 116.740 Mwh. Percentualmente houve um crescimento de cerca de 8%, taxa considerada baixa em comparação com o mesmo período de tempo no Estado, onde

35 se verifica um crescimento acentuado, cerca de 32%. As cidades que apresentam maior consumo são Uruguaiana, Sant’Ana do Livramento e Alegrete. Na indústria , conforme tabela C.2.1.2, a região apresenta crescimento do total de megawatt-hora no período de 2000 a 2008. Houve crescimento de cerca de 12%, passando de 128.635 Mwh para 143.561 Mwh. Diferente do que acontece no mesmo período de tempo no Estado, onde se verifica um decréscimo no consumo passando de 7367526 Mwh para 6741539 Mwh. As cidades que apresentam maior consumo são São Borja, Alegrete, Uruguaiana e Itaqui, respectivamente. Com relação ao consumo residencial , a Tabela C.2.1.4 apresenta dados que mostram que no período de 2000 a 2008 houve crescimento de consumo na ordem de 5%, passando de 271388 para 285301 Mwh. Considerado pequeno se considerar os dados do Estado, que nos apontam um crescimento de cerca de 11% no consumo em residências. As cidades que apresentam maior consumo são, respectivamente, Uruguaiana, Sant’Ana do Livramento e Alegrete. Levando-se em consideração o consumo rural , a Tabela C.2.1.5 apresenta dados que dão conta de um crescimento no consumo rural passando de 296072 Mwh para 468816 Mwh. Estes valores são compatíveis com o crescimento apresentado no Estado neste mesmo período. As cidades que apresentam maior consumo em âmbito rural são: Uruguaiana, Itaqui e Alegrete. b) Comunicação Conforme dados obtidos da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (AGERT), Central dos Jornalistas Profissionais do RS, e, Central Sul Jornais, disponibilizados na Tabela C.3.2, o número total de emissoras de rádio cresceu no período de 2000 a 2008, passando de 48 a 51. Crescimento creditado principalmente ao aumento destes veículos nas cidades de São Gabriel e Uruguaiana. O número de terminais telefônicos em serviço cresceu na região, conforme Tabela C.3.3, chegando a um total de 84992. As cidades que apresentam maior número de terminais são Uruguaiana, Sant’Ana do Livramento e Alegrete, respectivamente. c) Vias de transporte Conforme dados disponibilizados pelo DNIT (2008), DAER (2009) e Consórcio Booz-Allen -FIPE - LHC (2006), a estrutura regional forma uma rede quadrangular de grande distância entre os eixos, podemos observar esta estrutura na Figura 17.

36

Figura 17 - Estrutura rodoviária Rio Grande do Sul

Fonte: Ministério dos Transportes, 2009.

As principais rodovias de acesso são: BR 290 vinda de rumo a Uruguaiana, ao norte da região; BR 293, vinda de Pelotas, rumo a Sant’Ana do Livramento e chegando a Uruguaiana, mais ao sul da região; BR 472, de Uruguaiana, rumo ao extremo da fronteira, em Barra do Quaraí; BR 285, no norte do Estado, passando por São Borja; BR 158, vinda da região funcional 2, com destino a Sant’Ana do Livramento e Uruguai; RS-176 que liga Manoel Viana ao entroncamento São Borja; RS-183, a rodovia possui 93,2 km apenas. Inicia em Sant’Ana do Livramento, passa por Quaraí e Uruguaiana e termina em Alegrete; RS-654, pela localização geográfica e funcionalidade é considerada uma rodovia de ligação, inicia em Passo dos Guedes com término em Sant’Ana do Livramento; RS-529, rodovia de ligação entre Maçambará e Sobradinho; RS 566, Rodovia de Ligação entre a RS- 507 (que sai de Alegrete) até Maçambará, passando por Mariano Pinto; VRS 803, rodovia de acesso a Sant’Ana do Livramento; VRS 806, rodovia vicinal, inicia no entroncamento com a BR-290 até Rosário do Sul; RSC 377, realiza a ligação entre as cidades de Quaraí, Alegrete e Manoel Viana. Com relação à conservação das vias e condições de trafegabilidade, a partir

37 dos dados consultados, podemos dizer que: A BR 290, no trecho que passa por São Gabriel e Rosário do Sul, rumo a Alegrete encontra-se em condições razoáveis com defeitos localizados; e no trecho rumo a Alegrete, passando por Uruguaiana e pela fronteira com a Argentina, está em boas condições com deformações em alguns segmentos. A BR 293, rumo a Sant’Ana do Livramento com acesso a Rosário do Sul, encontra- se em boas condições. Já no trecho rumo a Sant’Ana do Livramento, passando por Quaraí (fronteira com o Uruguai) o trecho se encontra em condições medianas com defeitos localizados e algumas obras de manutenção. A BR 472, rumo a São Borja passando por Uruguaiana encontra-se com segmentos com defeitos localizados com obras de recuperação e manutenção, e no trecho que passa por Uruguaiana e Barra do Quarai, com pavimento irregular. A BR 285, no trecho que passa por São Borja encontra-se com condições razoáveis. A BR 158, no trecho que passa por Rosário do Sul e Sant’Ana do Livramento na fronteira com o Uruguai, encontra-se em boas condições. As RS 529 e RS 566, que passam por Maçambará são rodovias não pavimentadas, porém no trecho de entroncamento Maçambará com a BR 472 encontra-se em obras de pavimentação. A RS 183 que passa por Sant’Ana do Livramento e Uruguaiana encontra-se em condições precárias com buracos e panelas. As rodovias, RS 654 rumo a Sant’Ana do Livramento, VRS 803 com rumo a Sant’Ana do Livramento, VRS 806 com entroncamento na BR 290 (Alegrete), RSC 377 que passa por Rosário do Sul, leste de Alegrete, Uruguaiana e Sant’Ana do Livramento estão em condições regulares.

As extensas porções territoriais distantes das rodovias que cruzam toda a região são dotadas de estradas vicinais não-pavimentadas, podendo dificultar o escoamento da produção e o acesso a serviços. Embora 90% da população estejam a menos de 5 km de rodovias principais, mais em função da concentração urbana que da disponibilidade da malha, o sistema de transportes pode ser considerado ineficiente. Existem grandes problemas de acessibilidade regional, por exemplo, existe uma sede municipal sem asfalto, o município de Itacurubi. Estas dificuldades estruturais ampliam as distâncias intermunicipais e, somadas ao mau estado de conservação, são responsáveis por esses resultados. Há extensas porções territoriais onde, embora com baixa densidade, as distâncias às rodovias principais excedem os 50 km. Como disposto pelo consórcio Booz Allen – FIPE – HLC (2006), por tratar-se de região de fronteira, a esses gargalos de infra-estrutura rodoviária, somam-se problemas institucionais de integração com os países vizinhos. Pela ausência de um regimento específico para fronteiras, problemas são enfrentados com relação à liberação de cargas pela receita federal, áreas de controle integrado e problemas operacionais com organismos governamentais ou outros, especialmente nas cidades de Sant’Ana do Livramento, Uruguaiana e São Borja. Com relação ao transporte ferroviário a fronteira-oeste conta com uma importante ligação ferroviária conectando a cidade de Uruguaiana a Porto Alegre e o

38 Porto do Rio Grande, passando por Alegrete, São Gabriel e Bagé, conforme Figura 18.

Figura 18 – Estrutura Ferroviária Rio Grande do Sul

Fonte: SCP/DEPLAN.

Uruguaiana se destaca, pois é ponto de multimodalidade ferroviária- rodoviária-aeroportuária. A falta de dinamismo da região reflete-se nos ramais ferroviários desativados para São Borja e Sant’Ana do Livramento. O terminal intermodal de Uruguaiana atende basicamente cargas industriais e reveste-se de importância, pois é ponto de ligação entre ferrovias brasileiras e argentinas. Conforme dados disponibilizados pela AMFRO, há um total de 8 aeroportos na região, conforme pode ser visualizado na Tabela C.4.6, apenas 1 destes é controlado pela INFRAERO âmbito inter-regional, o aeroporto de Uruguaiana. d) Meios de transporte Com relação aos meios de transporte, os dados obtidos a partir do DETRAN, disponibilizados nas Tabela C.5.1, C.5.2, C.5.3, C.5.4 e C.5.5, são referentes aos anos de 2005 a 2008. Verifica-se um aumento no número de automóveis, tanto coletivos quanto pessoais, seguindo uma tendência do próprio Estado. De acordo com os indicadores estruturais, sobre a distribuição de energia nos municípios parte do COREDE-FO , percebemos que todas as sedes municipais são

39 atendidas por este tipo de serviço, mesmo Santa Margarida do Sul, que possui este serviço desde a emancipação. Na comunicação o número total de emissoras de rádio e jornais cresceu no período de 2000 a 2008 e o número de terminais telefônicos em serviço cresceu na região, chegando a um total de 84.992. Nas vias de transporte a estrutura regional forma uma rede quadrangular de grande distância entre os eixos. Existem grandes problemas de acessibilidade regional, como por exemplo, uma sede municipal sem asfalto, Itacurubi, estas dificuldades estruturais ampliam as distâncias intermunicipais e, somadas ao mau estado de conservação, são responsáveis por esses resultados. Na estrutura ferroviária fronteira oeste conta com uma importante ligação conectando a cidade de Uruguaiana a Porto Alegre e o porto de Rio Grande, passando por Alegrete, São Gabriel e Bagé. A falta de dinamismo da região reflete nos ramais ferroviários desativados para São Borja e Santana do Livramento. Com relação aos meios de transportes a um grande aumento no número de automóveis, tanto coletivo, quanto pessoais.

Gestão social A abordagem social contém um conjunto de indicadores que possibilitam averiguar a evolução da comunidade em quesitos considerados essenciais pela Constituição Federal que são educação, saúde, justiça, segurança, enfim, se esta comunidade está sendo incluída de forma digna na sociedade. Os indicadores são fundamentais para a leitura atual e para a definição de políticas públicas consistentes e necessárias para o desenvolvimento dessa região. Os dados apresentados aqui procuram indicar elementos concretos para análise e posterior construção do Planejamento Estratégico da Região Fronteira-Oeste. Os dados apresentados neste relatório são baseados em fontes oficiais, como FEE, DATAPREV, INEP, Secretaria de Planejamento do Estado do RS entre outras. A base histórica que ora se apresenta é de 2000 a 2008 na maioria dos dados, sendo que algumas fontes não forneciam alguns dados, no entanto, se procurou outras fontes que complementassem ou corroborassem os indicadores. A apresentação dos dados focaram a região da Fronteira-Oeste, não individualizando por município, numa visão de conjunto. a) Educação Os dados sobre educação da Região do COREDE Fronteira-Oeste apresentam nos últimos 8 anos, certa estabilidade em número de estudantes se comparado aos números do Estado, ou seja, uma média de 6% dos estudantes, dos diferentes níveis de educação se encontram nesta região. Somente na educação superior que o índice está em torno de 2%. No entanto, percebe-se um decréscimo no número de alunos matriculados, como podemos perceber nos Gráficos 9 e 10.

40 Gráfico 9 – Quantidade de matriculados no Ensino Fundamental

Fonte: INEP, 2009.

Gráfico 10 – Número de Matriculados no Ensino Médio

Fonte: INEP, 2009.

Em termos de docentes para atender estes educandos, a região conta com uma média de 5,2% dos docentes do Estado alocados nesta região e com 4,6% dos estabelecimentos de ensino. Percebe-se que pouco mudou nos últimos oito anos em termo de educação na região. Os números ainda não apresentam o impacto da instalação da Universidade Federal do Pampa na região, mas os primeiros dados apontam para um aumento no número de estudantes de educação superior, apesar da diminuição do número de estudantes das universidades particulares que se encontram nesta região, como PUCRS e URCAMP. No entanto, a educação superior à distancia tem se expandido nos municípios com pólos de universidades. Há de se destacar as condições de baixo investimento na UERGS, o que influencia também os números da educação superior na região. Outro indicador de desenvolvimento utilizado e que está associado diretamente à educação é a taxa de analfabetismo de uma região. Neste aspecto, em 2000, a taxa de analfabetismo do Estado era de 6,65 e no COREDE-FO era de 8,08. O que demonstra um número significativo de pessoas dentro da população que nem mesmo sabem escrever o próprio nome.

41 Outro índice que pode ajudar em uma análise da educação é o IDESE – Índice de Desenvolvimento Sócio Econômico elaborado pela FEE. O bloco educação é composto pela taxa de analfabetismo de pessoas de 15 anos e mais idade, taxa de evasão no ensino fundamental, taxa de reprovação no ensino fundamental e taxa de atendimento no ensino médio. Os índices possuem três grupos: baixo desenvolvimento (índices até 0,499), médio desenvolvimento (entre 0,500 e 0,799) e alto desenvolvimento (maiores ou iguais a 0,800). O Gráfico 11 mostra a evolução deste índice na região comparado com o estado.

Gráfico 11 – IDESE Educação

Fonte: FEE

O que se percebe no Gráfico 11 é que de 2001 a 2003 o IDESE Educação da região permaneceu acima dos níveis estaduais, no entanto de 2003 a 2006, apesar de ainda superiores em termos estaduais, esta índice teve um ligeiro decréscimo, ficando no último ano de levantamento dos dados (2006) , abaixo do nível estadual. b) Representação política O colégio eleitoral da região em 2008 era de 404.409 eleitores (5,1% do estado), sendo que destes, 52% são mulheres e 48% são homens. O percentual de eleitores analfabetos, em 2008, era de 4% do total, em leve queda nos últimos 8 anos. A região conta com 123 vereadores distribuídos nos 13 municípios. c) Saúde Os dados relacionados à saúde na região fronteira-oeste mostram que houve uma redução no número de hospitais, de 14 unidades em 2000 para 11 em 2008. Já em relação ao número de leitos, também houve uma redução, de 1482 em 2000 para 1344 em 2008. Elevados índices de mortalidade infantil são indícios de que uma região precisa rever suas ações em nível de saúde. Neste aspecto observa-se que enquanto a mortalidade infantil do Estado do Rio Grande do Sul é de 13,20 mortes para cada mil nascidos vivos, na Fronteira Oeste este índice é de 18,16 um número excessivamente elevado. A Figura 19 apresenta estes números.

42 Figura 19 – Taxa de mortalidade infantil

Fonte: http://www.seplag.rs.gov.br/atlas/atlas.asp?menu=314

O IDESE Saúde aponta para o mesmo caminho, como se pode perceber no Gráfico 12. A Fronteira-Oeste está significativamente abaixo do índice estadual, no entanto, numa perspectiva de crescimento, chegando em 2006 quase a equiparar-se com o índice estadual que sofreu uma queda.

Gráfico 12 – IDESE Saúde

Fonte: FEE

43 Outro índice que permite associar à saúde é a expectativa de vida. Em 2007 a expectativa de vida no RS passa de 68,8 em 1980 para 75 anos em 2007, de acordo com a Síntese dos Indicadores Sociais do IBGE. A figura 20 mostra que a região não está conseguindo acompanhar os índices estaduais.

Figura 20 – Expectativa média de vida

Fonte: http://www.seplag.rs.gov.br/atlas/atlas.asp?menu=311 d) Justiça e segurança Neste ponto, o diagnóstico fica sensivelmente prejudicado, pois os órgãos de justiça e principalmente segurança não disponibilizam nas bases de dados públicas os números relativos ao tema, alegando questões estratégicas no combate a criminalidade. O que foi possível construir encontra-se a seguir. Em termos de efetivo carcerário, a região apresentou um crescimento aproximado de 50%, no entanto, este aumento de criminosos, não foi acompanhado de investimento em vagas nos estabelecimentos finais que praticamente se manteve igual nos últimos 8 anos. Em termos de ocorrências na região, a Secretaria de Segurança Pública do estado disponibiliza no seu site as informações por COREDE, dos anos de 2005 a 2007. No ano de 2005 a região contabilizou 36.773 ocorrências, no ano de 2006 este número baixa, significativamente, para 9.898, e volta a crescer em 2007 para 34.830 ocorrências. O maior número destas ocorrências na região é lesão corporal e ameaça.

44 e) Assistência social A região possui em torno de 35 mil famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família, 8,5% do total do Estado, que receberam no ano de 2008 R$ 226.108.643,87. O Gráfico 13 mostra a evolução dos repasses para a região nos últimos anos.

Gráfico 13 – Evolução Bolsa Família

Fonte: Portal Transparência, 2009.

Em relação aos aposentados, a região possui uma população de 91.474 aposentados, que recebem em benefícios, algo em torno de R$ 584.162.664,00 anuais. O que se percebe nos dados é que vem diminuindo significativamente o número de beneficiários, conforme podemos perceber no Gráfico 14.

Gráfico 14 – Número de Beneficiários da Região

Número de Beneficiários da região

160.000 140.000 120.000 100.000 Número de 80.000 Beneficiários da 60.000 região 40.000 20.000 - Número de beneficiários de Número 0 2 4 6 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2001 2 2003 2 2005 2 2007 2 Anos

Fonte: Dataprev

O conjunto de indicadores sociais permite analisar a evolução social contemporânea da região da fronteira oeste do Estado do Rio Grande do Sul. Em linhas gerais, se observa certa manutenção dos níveis educacionais na região, no

45 entanto, mantém por um lado um percentual de analfabetos, e por outro recebe um incremento em nível de educação superior com a chegada da Universidade Federal. No quesito saúde, a região está abaixo dos níveis estaduais, com certa retração em alguns dados, como por exemplo, leitos hospitalares. Outro elemento que merece melhor análise, mas que certamente influencia os números da região é o aumento dos repasses do Programa Bolsa Família, que por um lado ameniza a situação de extrema pobreza que muitas famílias enfrentam, no entanto, ao invés de diminuir, está aumentando, mostrando talvez que o número de pobres na região está crescendo. Por fim, numa primeira análise bastante preliminar, os dados apontam no quesito social, números não muito animadores, mostrando a necessidade de investimentos de todos os setores para uma retomada do crescimento social da região.

Gestão institucional Através do envio de um questionário com questões fechadas e abertas aos interlocutores das seguintes cidades: Alegrete, Barra do Quaraí, Itacurubi, Itaqui, Maçambara, Manoel Viana, Quaraí, Rosário do Sul, Santa Margarida do Sul, Sant’Ana do Livramento, São Borja, São Gabriel, Uruguaiana. Obteve-se o retorno de 11 dos 13 questionários enviados. O questionário enviado visou conhecer as relações dos diversos atores atuantes ou necessários para o desenvolvimento local. A grande maioria dos entrevistados concorda ou concorda totalmente sobre a existência de atividades de parceria entre município e instituições que promovam o desenvolvimento local e regional (Gráfico 15). Da mesma forma pode-se afirmar que existe confiança entre as várias instituições e o governo local, já que todos os entrevistados concordam ou concordam totalmente com a afirmação (Gráfico 16).

Gráfico 15 – Parceria Gráfico 16 – Confiança

Existem atividades de parceria entre município e instituições Existe confiança entre as várias instituições e o governo local. que promovam o desenvolvimento local e regional. 9 8 9 8 8 8 7 7 6 6 5 5 4 3 4 3 3 3 2 1 2 0 1 Concordo Concordo (2) Nem Discordo (4) Discordo 0 Totalmente concordo e totalmente Concordo Concordo (2) Nem concordo Discordo (4) Discordo (1) nem (5) Totalmente (1) e nem totalmente (5) discordo(3) discordo(3)

Para a maioria dos entrevistados as associações de bairros do município colaboram para o desenvolvimento local e regional, já que 36% concordam totalmente e 18% concordam, somando 54% . Mas 27% desconhecem esta colaboração, e ainda 18% discordam (Gráfico 17). Todos os município incentivam e produzem festas e exposições para o desenvolvimento do comércio e do bem estar social, já que 64% concordam totalmente com a afirmação e 36% concordam. Nenhum discorda (Gráfico 18).

46 Gráfico 17 – Associações de bairro Gráfico 18 – Eventos do município

Associações de bairros do município colaboram para o O município incentiva e produz festas e exposições para o desenvolvimento local e regional. desenvolvimento do comércio e do bem estar social.

4.5 4 8 7 4 7 3.5 3 3 6 2.5 2 2 5 4 2 4 1.5 3 1 0.5 2 0 1 Concordo Concordo (2) Nem Discordo (4) Discordo 0 Totalmente concordo e totalmente (5) Concordo Concordo (2) Nem concordo Discordo (4) Discordo (1) nem Totalmente (1) e nem totalmente (5) discordo(3) discordo(3)

As Cooperativas instaladas no município colaboram para o desenvolvimento local e regional para a maioria dos entrevistados, entre concordam e concordam totalmente somam 73% (Gráfico 19). A maioria dos entrevistados 54% concordam ou concordam totalmente sobre a existência de projetos de planejamento estratégico local, mas uma parcela de 36% diz que desconhece o assunto, e apenas uma cidade diz não existirem tais projetos (Gráfico 20).

Gráfico 19 - Cooperativas Gráfico 20 – Projetos de planejamento local

Cooperativas instaladas no município colaboram para o Existem projetos de planejamento estratégico local. desenvolvimento local e regional. 4.5 4 4 4.5 4 4 4 4 3.5 3.5 3 3 2.5 2 2.5 2 2 1.5 1 1 1 1.5 1 1 1 0.5 0.5 0 0 Concordo Concordo (2) Nem Discordo (4) Discordo Concordo Concordo (2) Nem Discordo (4) Discordo Totalmente concordo e totalmente (5) Totalmente concordo e totalmente (5) (1) nem (1) nem discordo(3) discordo(3)

Pode-se afirmar que a participação das instituições locais com o planejamento local é uma incógnita para os entrevistados (64% não tem opinião). Apenas 3 cidades concordam com afirmação e apenas 1 delas diz que não existe esta participação (Gráfico 21). Quanto à participação das instituições privadas no investimento na região, 45% afirmam que não existe, 18% não tem opinião e o percentual dos que concordam ou concordam totalmente é de 36% (Gráfico 22).

Gráfico 21 – Participação no planejamento local Gráfico 22 – Instituições privadas

É alto o grau de participação das instituições locais com este As instituições privadas tem o ímpeto de investir na região. planejamento. 6 8 5 7 5 7 6 4 5 3 3 4 2 3 2 2 2 1 1 1 1 1 0 0 Concordo Concordo (2) Nem concordo Discordo (4) Discordo Concordo Concordo (2) Nem concordo Discordo (4) Discordo Totalmente (1) e nem totalmente (5) Totalmente (1) e nem totalmente (5) discordo(3) discordo(3)

47 Pode-se afirmar que existem instituições beneficentes que colaboram para o desenvolvimento social local e regional, 72% concordam, em duas das cidades pesquisadas esta colaboração não aparece. (Gráfico 23). 82% dos entrevistados concordam que O Governo Federal tem colaborado para o desenvolvimento local e regional, uma das cidades da pesquisadas desconhece o assunto e uma não concorda (Gráfico 24).

Gráfico 23 – Instituições beneficentes Gráfico 24 – Governo Federal

Existem instituições beneficentes que colaboram para o O Governo Federal tem colaborado para o desenvolvimento local e desenvolvimento social local e regional. regional.

7 6 7 6 6 6 5 5

4 4 3 3 2 3 2 1 1 1 2 1 1 1 1 0 0 Concordo Concordo (2) Nem concordo Discordo (4) Discordo Concordo Concordo (2) Nem concordo Discordo (4) Discordo Totalmente (1) e nem totalmente (5) Totalmente (1) e nem totalmente (5) discordo(3) discordo(3)

Quanto ao governo estadual, mesmo a maioria concordando 54% concordam, 2 cidades desconhecem este empenho e 2 discordam da sua existência(Gráfico 25). A maioria dos entrevistados, 45% desconhecem a existência da colaboração das instituições religiosas para desenvolvimento local e regional, 9% e 27% concordam totalmente ou concordam com a firmação, 2 cidades discordam ( Gráfico 26).

Gráfico 25 – Governo estadual Gráfico 26 – Instituições religiosas

O Governo Estadual tem colaborado para o desenvolvimento local As instituições religiosas colaboram para desenvolvimento local e regional. e regional.

7 6 5 6 5 5 4 4 3 3 3 2 2 2 1 1 1 0 0 Concordo Concordo (2) Nem concordo Discordo (4) Discordo Concordo Concordo (2) Nem concordo Discordo (4) Discordo Totalmente (1) e nem totalmente (5) Totalmente (1) e nem totalmente (5) discordo(3) discordo(3)

Noventa por cento (90%) dos entrevistados afirmam que o governo local realiza projetos de parceria mesmo que estes não tragam benefícios a curto e médio prazo (Gráfico 27). 40% desconhecem a existência de instituições de lazer e esportivas no município que desenvolvem o bem estar social, embora também 45% concordem ou concordam totalmente, duas cidades discordam (Gráfico 28).

48 Gráfico 27 - Parceria do governo local Gráfico 28 - Instituições de lazer

O governo local realiza projetos de parceria mesmo que estes Há várias instituições de lazer e esportivas no município que não tragam benefícios a curto e médio prazo. desenvolvem o bem estar social.

7 6 4.5 4 4 6 4 3.5 5 4 3 4 2.5 2 2 3 1.5 1 2 1 1 0.5 1 0 0 Concordo Concordo (2) Nem Discordo (4) Discordo Concordo Concordo (2) Nem concordo Discordo (4) Discordo Totalmente concordo e totalmente (5) Totalmente (1) e nem totalmente (5) (1) nem discordo(3) discordo(3)

Sessenta por cento (60%) concordam que os sindicatos do município colaboram para o desenvolvimento local e regional, 40% desconhecem o assunto (Gráfico 29).

Gráfico 29 - Sindicatos

Os sindicatos do município colaboram para o desenvolvimento local e regional.

7 6 5 4 3 2 1 0 Concordo Concordo (2) Nem concordo Discordo (4) Discordo Totalmente (1) e nem totalmente (5) discordo(3)

a) Relações com atores fora do município ou da região Foram citados: • Área política – relações com deputado federal • Associações industriais e comerciais (CDL, ACIL,FCDL) • Sistema S (SEBRAE, SESI, SENAI) • Instituições de Ensino Superior IES (UNIPAMPA, URCAMP, Instituto Federal , UFSM e UFRGS • Escolas técnicas • Governo Local e Federal • FAMURS, Associação dos Secretários Municipais da Fronteira Oeste • OAB – ordem dos advogados do Brasil • Sindicato dos Trabalhadores Rurais • Cooperativa de Lã • Banrisul, Banco do Brasil

49 • Inspetoria Veterinária • SENAR • Órgãos Setoriais como, Educação, Assistência Social, Agricultura • ASSEDISA, FAMURS, AMFRO. • COGERE (Colegiado de Gestão Regional). b) Instituições com papéis mais centrais para o desenvolvimento regional Foram citados: • COREDE • Universidade • Governo Federal e Estadual • Assembleia Legislativa • EMATER • FAMURS • CNM • EMBRAPA c) Instituições que fazem falta em seu município Foram citados: • Hospital universitário • Sede regional da Brigada Militar e da Polícia Civil • Agência municipal de planejamento e desenvolvimento (coordenadas pelas secretarias de planejamento) • Instituições /agências bancárias (principal o Banco do Brasil) • Cooperativa agropecuária • Cartório de registro de imóveis • Sindicatos • Cartórios • Inspetoria veterinária • Instituições para qualificação técnica/ escolas técnicas • Instituições referentes à terceirização de serviços • Instituições de controle hidrográfico • PROCON • Delegacia da mulher • CFC – DETRAN

50 • Centro de reabilitação • Instituições de ensino superior • Indústrias • Instituições que oportunizem emprego d) Análise dos dados institucionais Ao analisar os dados institucionais levantados, pode-se perceber que a participação das instituições no desenvolvimento regional ainda é tímida, apesar da parceria e confiança entre as instituições existentes apontada pelos entrevistados. O investimento do setor privado é inexistente, aliás, a participação do setor privada foi citada como uma carência, segundo estes, as indústrias e empresas em geral podem gerar oportunidades de emprego aos cidadãos. A Tabela 01 traz um resumo das instituições e sua importância para o desenvolvimento, segundo dados da pesquisa, onde se buscou identificar o grau de importância dos diversos tipos de instituições para o desenvolvimento regional.

Tabela 3 - Instituições e sua importância para o desenvolvimento Tipo Importância para o desenvolvimento

Estabelecimentos Bancários e Similares Imprescindível, existe carência em algumas cidades Associações Comercias e Similares Citados como parceiros Associações de Classe Estabelecidas Citado apenas a OAB Associações de Bairros Instalados Não citado Agremiações Esportivas e Recreativas Não citado Autarquias Federais e Estaduais Citados Universidade, DETRAN, existe carência Cooperativas Instaladas Imprescindível, existe carência Instituições Religiosas Não citado, não consideradas importantes Sindicatos Citados como importantes, existe carência Instituições Beneficentes Não citados especificamente, embora consideradas Instituições de Educação Especial importantes Não citadas Feiras, Festas e Exposições Não citadas Outras Relacionadas na Pesquisa Governo estadual: órgãos ligados às secretarias COREDE, EMATER, empresas privadas (indústria, e prestação de serviços), hospital universitário, Instituições de ensino técnico e superior, agência de fomento à cultura e turismo.

Especificamente, verificou-se que associações de bairros e cooperativas são as que mais colaboram para o desenvolvimento local, embora, as cooperativas, ocupam uma posição mais destacada. Para os entrevistados, as instituições beneficentes e os sindicatos tem colaborado, mas de modo mais tímido. Quanto às instituições religiosas, de lazer e esportivas, a maioria dos entrevistados desconhece o papel destas no desenvolvimento. A maioria concorda que é feito um planejamento local, mas desconhece a participação das diversas entidades neste. Os municípios realizam festas e exposições para atrair pessoas e organizações que possam vir a investir na região. A totalidade dos entrevistados concorda que o governo federal e estadual tem

51 investido no desenvolvimento da região, entretanto o percentual maior de concordância é para a participação da esfera federal. Existem relações com diversos atores do desenvolvimento regional, para a maioria dos entrevistados, dentro e fora do município nas diversas esferas, política, social, educacional, saúde, assistência social. Entretanto nos chama atenção que dois municípios opinaram que estas relações são insipientes. Um dos entrevistados destacou a importância da universidade pública, a UNIPAMPA, para o desenvolvimento local e regional: “está promovendo de forma continuada o intercâmbio do conhecimento, a proposição de alternativas e novos conceitos através da pesquisa e a interface direta com fluxo de informação quantificada e interpretada com os diferentes atores externos que possam, através do saber, agregar novas potencialidades, além de identificar e fortalecer as vocações a partir do estudo e da formação de capital humano local”. Ainda, mesmo concordando que existe uma relação de parceria entre o município e as várias instituições, e estas servem para enfrentar as crises, apenas em dois casos foi detalhada esta parceria: o caso da EMATER, Inspetoria Veterinária, Sindicato Rural, Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Associação dos Produtores de Leite, debatendo os problemas do setor produtivo na procura de encontrar soluções viáveis e urgentes e o caso do COMUDE em parceria com o Colegiado do Território de Cidadania (Território do Pampa) que prevê projetos locais e regionais de desenvolvimento rural (infraestrutura, equipamentos, extensão e apoio á agricultura familiar e outros). Um deles disse que estas relações entre o município e as instituições ainda são recentes, até pouco tempo essa prática que é conceitual e plenamente estabelecida nas regiões mais desenvolvidas, contrastava com a atitude local do individualismo, das ações isoladas, do trabalho pouco articulado. Em 4 (quatro) dos 11 (onze) entrevistados, esta relação, ou não existe, ou é desconhecida pelo entrevistado. Para os entrevistados o COREDE e a EMATER, são parceiros centrais para o desenvolvimento, e ainda foram citados órgãos que trabalham diretamente pelos municípios FAMURS e CNM, pois estes, segundo um entrevistado, “se voltam para um papel político, de defesa de seus interesses frente aos governos estadual e federal”. E, ainda é citada, a esfera estadual e federal (os governos) como agentes. Este papel central de alguma instituição em especifico não é percebido em 4 (quatro) dos 11 (onze) municípios. Para um dos entrevistados, a Universidade “se apresenta, acredito, como uma alternativa mais viável para centralizar a pesquisa, a interpretação de dados e informações e a provocação de alternativas com ações integradas e focadas no desenvolvimento regional. Também, a Universidade poderia assumir o papel de articular o COREDE como coordenador executivo e motivador das ações para o desenvolvimento e a Associação dos municípios como defensora política dessas ações de interesse regional. Dessa forma, trabalhar a região como um pólo de desenvolvimento”. Ressalta-se que os municípios citam a carência de diversas instituições em seus municípios que poderiam ajudá-los no seu desenvolvimento como instituições bancárias. Segundo dados da FEBRABAN algumas cidades não possuem instituições bancarias. Em média as outras apenas sete instituições. Quanto à evolução verifica-se que se mantêm estável, conforme a Tabela F.1, constante no Apêndice. Outros citados, hospitais, instituições de ensino superior, cooperativas, sindicatos e diversos órgãos prestadores de serviços ao cidadão. Para um dos entrevistados, é necessário para o desenvolvimento de sua cidade uma agência de fomento na área de cultura e turismo, instituições de apoio para saúde, presença da

52 Polícia Federal, entre outras que possibilitem a melhoria da qualidade de vida da população. Das entrevistas destaca-se ainda que, comentários como: “mais que instituições percebo que falta identificar foco, ações integrada em prol de objetivos comuns a partir das instituições já estabelecidas no município”. Também, “instituições que oportunizem emprego, somente assim será possível fixar os munícipes trazendo um maior desenvolvimento, para a região”. E “por ser um município pequeno e localizado no extremo oeste existem dificuldades da instalação de instituições públicas e privadas, ocasionando dificuldades ao desenvolvimento.” Quanto à educação especial verifica-se uma disparidade bem acentuada, enquanto um município tem 2 (dois) estabelecimentos, outro possui 24 (vinte e quatro). Pode-se verificar que a maioria das cidades obteve um aumento do número destas instituições, considerando o ano inicial de 2000 e ano final 2006, conforme a Tabela F.11, constante no Apêndice.

Quadros síntese da análise situacional Na Oficina de Trabalho 1, realizada no dia 19 de novembro de 2009, com representantes dos 13 municípios da região foi realizada a apresentação do diagnóstico técnico. Após, através da discussão coletiva, visando uma análise técnica e política, foram elaborados pelos atores regionais com a coordenação da equipe técnica os Quadros 1, 2, 3, 4 e 5, sintetizando potencialidades e problemas regionais, conforme segue.

Quadro 1 - Potencialidades e problemas na gestão econômica POTENCIALIDADES PROBLEMAS Agronegócio; Falta de Investimentos; Turismo/Artesanato; Questão Cultural; Biotecnologia; Falta de Gestão Pública Integrada; Comércio Exterior; Localização Geográfica; Eco Energia; Política Fiscal Inadequada; Falta de Indústria e Valor Agregado; Falta de Representatividade Política. Fonte: Resultados da 1ª oficina de trabalho.

Quadro 2 - Potencialidades e problemas na gestão estrutural POTENCIALIDADE S PROBLEMAS Comunicação; Manutenção da malha rodoviária, ferroviária e Malha viária (MERCOSUL/RS) acessos; aeroviária; Faixa de fronteira; Falta de energia; Porto Seco; Falta de saneamento básico; Malha ferroviária; Legislação de fronteira inadequada ou Termoelétricas; inexistente; Pequenas hidroelétricas; Transporte urbano insuficiente; Potenciais de rios na região; Falta de articulação e abrangência dos meios de Energia eólica; comunicação. Aeroportos; Relevos da região. Fonte: Resultados da 1ª oficina de trabalho.

53 Quadro 3 - Potencialidades na gestão social Gestão Social - POTENCIALIDADES Educação, Cultura e Lazer Segurança Saúde e Assistência Social 580.000 consumidores Recursos humanos Universidade com área da potenciais para o turismo; qualificados; saúde; Turismo rural; Presença; Formação de mão-de-obra Patrimônio histórico; Sensibilidade intersetorial; (Universidades); Costumes gaúchos, diversidade Envolvimento social; Estrutura hospitalar de bom cultural, festivais, dança; Segurança como prioridade porte; Esporte; para a comunidade. Centro oftalmológico Escola em tempo integral de 0 a (Rosário do Sul); 6 anos; Rede de assistência à Qualificação profissional dos saúde mental; profissionais; Auto-suficiência regional em Instituições de ensino – vários serviços em relação à UNIPAMPA, UERGS, saúde e a assistência social; INSTITUTO FEDERAL Projeto de geração de renda; FARROUPILHA; Adesão aos programas federais Ensino à distância. fortalecendo os municípios. Fonte: Resultados da 1ª oficina de trabalho.

Quadro 4 - Problemas na gestão social Gestão Social - PROBLEMAS Educação, Cultura e Lazer Segurança Saúde e Assistência Social Inexistência de diagnóstico e Falta de instalações, Falta de profissionais inventário turístico/lazer regional; equipamentos e pessoal da qualificados e atualizados; Inexistência de políticas públicas área; Falta de investimentos na saúde voltadas para cultura na região; Falta de política na área de de prevenção; Falta de inclusão das escolas segurança; Falta de políticas de geração de municipais na consulta popular; Fragmentação da segurança; renda; Precariedade no transporte Falta de desenvolvimento de Falta de saúde do trabalhador; escolar; inteligência humana, técnica e Falta de representação política; Falta de estrutura física (sala de informacional. Falta de hospital de geriatria e aula); neonatal; Falta de equipamentos; Falta de hospital público; Distância das escolas rurais; Falta de política na área de Falta de capacitação dos saúde; professores da rede estadual Baixos indicadores; para uso de equipamentos e Desmobilização da comunidade espaços quanto ao tema. escolares. Fonte: Resultados da 1ª oficina de trabalho.

Quadro 5 - Potencialidades e problemas na gestão institucional POTENCIALIDADES PROBLEMAS Existência de Cooperativas; Falta de Articulação; Existência de rede de Bancos; Falta de Cultura Empreendedora; Instituições Educacionais; Falta de Cultura de Cooperação; Fórum Regional do Pampa; Falta de Profissionalização das Sindicatos; Instituições; COREDE-FO; Falta de Informações; EMATER/EMBRAPA; Falta de Projetos para Aproveitar Centro Empresarial; Investimentos; Projeto Urbal; Falta de Industrialização; Sistema S; Falta de Comprometimento das Cooperativas; Fonte: Resultados da 1ª oficina de trabalho.

54

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO COREDE-FO (2010-2020)

Este capítulo tem por objetivo apresentar o planejamento formal realizado de forma coletiva nos dias 19 e 20 de novembro e 3 de dezembro de 2009 e pactuado no dia 17 de dezembro de 2009 em assembleias regionais do COREDE-FO. Inicialmente, apresentam-se os referenciais estratégicos definidos pelos atores regionais; depois, destacam-se os objetivos estratégicos para cada eixo temático, determinados pela análise de causas dos problemas regionais; por fim, a análise de forças e fraquezas, ameaças e oportunidades, culminando com a definição das estratégias e respectivos projetos.

Referenciais estratégicos do COREDE - FO Os referenciais estratégicos são elementos norteadores do processo de planejamento. Neste plano os referenciais elaborados são: os valores, as vocações e a visão de futuro da região fronteira oeste. a) Valores regionais Os valores regionais são mais que simples palavras. Estes representam os padrões sociais entendidos, aceitos e defendidos por uma região. O Quadro 6 contem os valores da região fronteira oeste elegidos em assembleia regional em 19 de novembro de 2009.

Quadro 6 - Valores da região fronteira oeste Credibilidade e responsabilidade Cultura e tradição Honestidade e lealdade Ética Humanização Hospitalidade Qualidade Liberdade b) Vocações regionais Os representantes dos 13 municípios entenderam que a região fronteira oeste possui várias vocações e outras que podem vir a ser desenvolvidas. Também, em assembleia regional, no dia 20 de novembro de 2009, ficou definida em uma frase as vocações da região fronteira oeste, conforme o Quadro 7. destacam-se o agronegócio, a logística, o turismo e os cuidados com a vida.

55 Quadro 7 - Vocações da região fronteira oeste Os nossos talentos, a cultura, a qualidade de vida, a localização estratégica e a natureza potencializam a região para o agronegócio, a logística, o turismo regional e os cuidados com a vida.

c) Visão de futuro A visão de futuro de uma região representa os anseios desta. No dia 20 de novembro de 2009, em assembleia, os representantes do 13 municípios da região fronteira oeste definiram seu desafio para o futuro, descrito no Quadro 8.

Quadro 8 - Vocações da região fronteira oeste Ser reconhecida, até 2020, como uma região de vanguarda no Estado do Rio Grande do Sul pela sua excelência no desenvolvimento sustentável com foco na economia, infra-estrutura, aspectos sociais e institucionais.

Objetivos estratégicos Para desenvolver suas vocações, alcançar sua visão de futuro e respeitar seus valores regionais a região fronteira oeste estabeleceu objetivos estratégicos. Estes foram elaborados em assembleia regional a partir da análise dos problemas abordados no diagnóstico situacional. Após a análise, determinaram-se as causas secundárias e principais, culminando na proposição de 6 objetivos estratégicos regionais. Um objetivo estratégico para cada eixo temático (econômico, estrutural e institucional) e três objetivos para o tema social (através dos subtemas: saúde e assistência social; segurança; educação, cultura e lazer). Conforme o Quadro 9, foi identificado no contexto do tema gestão econômica, que a ausência de visão regional, planejamento, integração e articulação consistem na causa principal dos problemas da região. O objetivo estratégico proposto procura eliminar esta causa.

Quadro 9 – Análise de causas para o eixo econômico Gestão Econômica Causa Principal Causas Secundárias Falta de visão regional, planejamento, integração Falta de visão empreendedora; e articulação. Baixa qualificação na educação; Legislação da faixa de fronteira pouco eficaz. Objetivo Estratégico Promover o desenvolvimento regional com base no planejamento, articulação e integração.

No contexto do eixo estrutural (Quadro 10), encontrou-se como causas principais às ausências de investimentos, de fiscalização dos órgãos competentes, planejamento por parte da união e a pouca representatividade dos Estado e Municípios nas esferas superiores.

56 Quadro 10 – Análise de causas para o eixo estrutural Gestão Estrutural Causa Principal Causas Secu ndárias Falta de investimento, fiscalização dos órgãos Falta de fiscalização; federais e estaduais, planejamento por parte da Falta de obras e manutenção; união, e pouca representatividade do Estado e Má qualidade da obra; Municípios. Falta de planejamento (estrangulamento das vias); Falta de disponibilidade (oferta); Legislação inadequada; Falta de investimento; Sinalização precária ou inexistente; Falta de projetos; Falta de incentivo; Falta de representatividade da região na esfera estadual. Objetivo E stratégico Melhorar a fiscalização, intensificar os investimentos, aumentar a representatividade regional e o apoio público para concretizar melhorias na infra-estrutura.

O eixo gestão social foi dividido em três subtemas (saúde e assistência social; segurança; educação, cultura e lazer) a fim de melhor precisar as reais necessidades regionais. O Quadro 11 descreve como causa principal na área da saúde e assistência social a ausência de visão de longo prazo, o que motivou a proposição de um objetivo estratégico que procura estabelecer uma visão de longo prazo neste eixo nos municípios da região.

Quadro 11 - Análise de causas para o eixo social: saúde e assistência social Gestão Social – Saúde e Assistência Social Causa Principa l Causas Secundárias Falta de visão de longo prazo. Falta de cultura empreendedora; Falta de qualificação profissional; Falta de comprometimento dos municípios aos programas Federais. Objetivo Estratégico Estabelecer visão política/comunitária de longo prazo, criando conscientização coletiva de desenvolvimento de cultura empreendedora e qualificação profissional através do comprometimento dos municípios quanto à adesão aos programas federais, oferta de serviços de alta complexidade e atendimento geriátrico e criação de hospital-escola para formação de profissionais.

O Quadro 12 descreve como causa principal na área da educação, cultura e lazer a ausência de investimentos, o que motivou a proposição de um objetivo estratégico que procura subsidiar a elaboração de política para novos investimentos na região.

57 Quadro 12 – Análise de causas para o eixo social: educação, cultura e lazer Gestão Social – Educação, Cultura e Lazer Causa Principal Causas Secundárias Falta de investimentos. Falta de diagnóstico regional da educação; Falta de políticas regionais para educação. Objetivo Estratégico Realizar diagnóstico a nível COREDE para subsidiar a elaboração de políticas regionalizadas para buscar maiores investimentos.

O Quadro 13 aponta como causa principal na área da segurança a ausência de políticas públicas, o que motivou a proposição de um objetivo estratégico que procura estabelecer criar políticas neste sentido.

Quadro 13 - Análise de causas para o eixo social: segurança Gestão Social - Segurança Causa Principal Causas Secundárias Ausência de políticas públicas voltadas para área Baixa reposição do efetivo; de segurança. Baixo reaparelhamento técnico; Baixo envolvimento da comunidade; Carência de desenvolvimento da inteligência humana técnica e informacional. Objetivo Estratégico Criar políticas públicas na área de segurança, com unidade e integração dos órgãos, de forma sistemática e continuada, com participação da sociedade civil organizada.

O Quadro 14 aponta como causa principal no tema institucional o individualismo, ausência de empreendedores e de iniciativas regionais. A proposição do objetivo estratégico de dar legitimidade ao COREDE e COMUDE’s como articuladores de iniciativas de desenvolvimento procura superar estas causas.

Quadro 14 - Análise de causas para o eixo institucional Gestão Institucional Causa Principal Causas Secundárias Individualismo; Distância entre municípios da região; Falta de empreendedores; Representação política no centro do poder; Falta de iniciativa; Tensão na região da fronteira (falta de legislação específica para região fronteiriça); Falta de conhecimento técnico; Objetivo Estratégico Dar legitimidade ao papel do COREDE/COMUDE como articulador da relação de interdependência entre o poder público, as instituições de ensino e a iniciativa privada, através da conscientização da importância da cooperação para o desenvolvimento regional sustentável.

Após a análise dos problemas e suas causas secundárias e principais, os representantes dos municípios, participantes da segunda assembleia regional, realizada em 20 de novembro de 2009, conclui os trabalhos apresentando e pactuando 6 objetivos estratégicos definidos para a região fronteira oeste, conforme os Quadro 15.

58 Quadro 15 - Objetivos estratégicos para região fronteira oeste Eixo Temático Objetivo Estratégico Promover o desenvolvimento regional com base no planejamento, Gestão Econômica articulação e integração. Melhorar a fiscalização, intensificar os investimentos, aumentar a Gestão Estrutural representatividade regional e o apoio público para concretizar melhorias na infra-estrutura. Estabelecer visão política/comunitária de longo prazo, criando conscientização coletiva de desenvolvimento de cultura empreendedora e qualificação profissional através do Gestão Social: saúde e comprometimento dos municípios quanto à adesão aos programas assistência social federais, oferta de serviços de alta complexidade e atendimento geriátrico e criação de hospital-escola para formação de profissionais. Gestão Social: educação, Realizar diagnóstico a nível COREDE para subsidiar a elaboração cultura e lazer de políticas regionalizadas para buscar maiores investimentos. Criar políticas públicas na área de segurança, com unidade e Gestão Social: segurança integração dos órgãos, de forma sistemática e continuada, com participação da sociedade civil organizada. Dar legitimidade ao papel do COREDE/COMUDE como articulador da relação de interdependência entre o poder público, as Gestão Institucional instituições de ensino e a iniciativa privada, através da conscientização da importância da cooperação para o desenvolvimento regional sustentável.

Definidos os objetivos estratégicos, a próxima etapa consistiu em elaborar e selecionar estratégias para alcançar os objetivos propostos, é o que aborda o próximo tópico.

Estratégias As estratégias representam proposições que demonstram como a região irá alcançar os objetivos estratégicos. Ou seja, foram traçadas em relação aos objetivos estratégicos estabelecidos em cada eixo temático. Utilizou-se da matriz FOFA para análise estratégica de forças e fraquezas, oportunidades e ameaças. Esta foi elaborada a partir da apreciação crítica dos representantes dos municípios da região (Quadros 16, 17, 18, 19, 20 e 21). No centro dos quadros, pode-se observar as estratégias construídas pelos representantes da região que ao todo, totalizaram 17 estratégias de desenvolvimento regional. a) Gestão econômica O grupo de trabalho do tema gestão econômica sistematizou os elementos de entraves e potencializadores referente ao seu eixo conforme o Quadro 16. A análise

59 estratégica dos elementos selecionados permitiu a elaboração de três estratégias de ação, visando alcançar o objetivo estratégico do eixo temático.

Quadro 16 - Análise estratégica na gestão econômica

Internas à região Objetivo Estratégico

Gestão Econômica FORÇAS FRAQUEZAS

Promover o desenvolvimento 1. Universidades multicampi / 1. Produção com pouco valor regional com base no escolas técnicas / sistema S; agregado; planejamento, articulação e 2. Conhecimento de ponta e 2. Fuga de capital intelectual; integração. condições físicas para o 3. Pouca visão empreendedora; Agronegócio; 4. Dificuldade de mobilização. 3. Instituições de articulação COREDE / AMFRO / ULFRO; 4. Localização regional / fronteira para o MERCOSUL.

OPORTUNIDADES ESTRATÉGIAS

1. Existem fontes de 1. Utilizar representação política e institucional geradora de financiamento para projetos conhecimento que, numa visão integrada, promova a competitividade,

para região; e uma visão empreendedora para o desenvolvimento regional. 2. Localização junto ao MERCOSUL / ZPE; 2. Criar condições de viabilizar oportunidades comerciais e culturais do 3. Turismo e qualidade de MERCOSUL, buscando eliminar entraves existentes. vida. 3. Fomentar a pesquisa e desenvolvimento de tecnologias para que, AMEAÇAS numa perspectiva empreendedora e inovadora, se agregue valor ao agronegócio e às energias renováveis. Externasà região 1. Entraves com a legislação de fronteira; 2. Competitividade de outras regiões; 3. Desigualdade em políticas pública. b) Gestão estrutural O grupo de trabalho do tema gestão estrutural sistematizou os elementos de entraves e potencializadores referente ao seu eixo conforme o Quadro 17. A análise estratégica dos elementos selecionados permitiu a elaboração de três estratégias de ação, visando alcançar o objetivo estratégico do eixo temático.

60 Quadro 17 – Análise estratégica na gestão estrutural

Internas à região Objetivo Estratégico

Gestão Estrutural FORÇAS FRAQUEZAS

Melhorar a fiscalização, intensificar os 1. Grande extensão de 1. Grandes distâncias entre municípios; investimentos, aumentar a área; 2. Carência de saneamento básico; representatividade regional e o apoio 2. Potencial energético 3. Inexistência de planos e público para concretizar melhorias na 3. Acesso do Mercosul – projetos regionais; infra-estrutura . logística; 4. Assoreamento dos rios da região; 4. Existência de boa rede 5. Orçamentos municipais e hídrica; investimentos reduzidos; 5. Bons solos; 6. Uso inadequado do ambiente 6. Terras aptas para natural; projetos de agroenergia, 7. Sinalização rodoviária, turística insuficiente. biocombustíveis, 8. Extensão do território; florestamento, fruticultura e 9. Extensa malha rodoviária municipal e falta de vitivinicultura . máquinas; 10. Deficiência do sistema energético da região; 11. Dificuldade no transporte intermunicipal da região; 12. Ligação entre municípios por balsas; 13. Falta de pontes; 14. Falta de duplicação de pontes (IBICUI); 15. Pouca utilização dos aeroportos, ferrovias e aduanas.

OPORTUNIDADES ESTRATÉGIAS

1. Mercado energético Nacional 1. Utilizar os recursos naturais para produção de energia renovável, alimentos e (GARABI - São Borja, culturas diversas. termelétricas de Uruguaiana e Alegrete, ITU - Manoel Viana, 2. Aproveitar e melhorar a infra-estrutura existente e situação geográfica Maçambará); (Mercosul) para atrair novos investimentos. 2. Utilização de bioenergia (etanol, biomassa, biodiesel); 3. Investir em saneamento básico, pavimentação urbana e rural, acessos aos 3. Rodovia Mercosul (transporte municípios e mobilidade urbana. internacional); 4. Programas de faixa de

fronteira.

AMEAÇAS

1. Restrições orçamento Federal para investimentos na região; 2. Baixa demanda turística; Externasà região 3. Falta de pavimentação (rodovias e estradas); 4. Falta de planos para bacias hidrográficas; 5. Falta de investimentos no orçamento da união e do estado na região, na manutenção e conservação das rodovias; 6. Adequação da legislação para utilização dos aeroportos, aduanas e ferrovias; 7. Deficiência energética regional. c) Gestão social Os grupos de trabalho do tema gestão social sistematizaram os elementos de entraves e potencializadores referente ao seu eixo conforme os Quadros 18, 19 e 20, respectivamente, os subtemas: educação, cultura e lazer; segurança; e, saúde e assistência social. A análise estratégica dos elementos selecionados permitiu a

61 elaboração de estratégias de ação, visando alcançar o objetivo estratégico dos três subtemas do eixo gestão social.

Quadro 18 - Análise estratégica na gestão social: educação, cultura e lazer

Internas à região Objetivo Estratégico

Gestão Social: FORÇAS FRAQUEZAS Educação, Cultura e Lazer. 1. Estrutura; 1. Falta de qualificação profissional; Realizar diagnóstico ao nível de 2. Escolas/EAD; 2. Escola técnicas com pouca variedade COREDE para subsidiar a 3. Amplo patrimônio de cursos; elaboração de políticas histórico, cultural e 3. Baixa remuneração/valorização; regionalizadas para buscar maiores artístico. 4. Infra-estrutura (centro de eventos, investimentos. estradas); 5. Transporte escolar; 6. Distância; 7. Falta de centros de pesquisa; 8. Falta de políticas locais / regionais; 9. Inexistência de diagnóstico; 10. Falta de acesso cursos exterior.

OPORTUNIDADES ESTRATÉGIAS

1. Recursos do Governo 1. Elaboração de diagnóstico regional de educação, cultura e lazer Federal e outras fontes no para qualificação das áreas; (Exterior); 2. Buscar nível de excelência na educação. 3. Criar grupo para elaborar/propor um plano de turismo regional;

AMEAÇAS Externasà região Não identificado

Quadro 19 - Análise estratégica na gestão social: segurança

Internas à região Objetivo Estratégico

Gestão Social: segurança FORÇAS FRAQUEZAS

Implementar políticas públicas na área de segurança, 1. Presença da força 1. Falta de política de com unidade e integração dos órgãos, de forma policial; reposição de RH e sistemática e continuada, com participação da 2. Qualificação técnica e materiais; sociedade civil organizada. profissional; 2. Falta de condições de 3. Envolvimento com a trabalho; população. 3. Aumento da violência.

ESTRATÉGIAS

OPORTUNIDADES

1. Recursos federais disponíveis. 1. Aperfeiçoar as políticas de convênios, programas sociais educativos e preventivos. 2. Criar política de segurança regional de reposição AMEAÇAS de pessoal e materiais.

1. Região da fronteira;

Externasà região 2. Falta de políticas regionais; 3. Falta de contratação regional.

62 Quadro 20 - Análise estratégica na gestão social: saúde e assistência social

Internas à região Objetivo Estratégico

Gestão Social: FORÇAS FRAQUEZAS Saúde e Assistência Social. 1. Existência de universidades; 1. Distâncias dos grandes centros; Estabelecer visão política / 2. População 580.000 hab.; 2. Comunicação; comunitária de longo prazo, criando 3. Abertura para investimentos 3. Baixo poder aquisitivo; conscientização coletiva de externos; 4. Desemprego; desenvolvimento de cultura 4. Consciência do gestor do 5. 12 municípios não aderiram empreendedora e qualificação município; (Prog. Federal); profissional através do 5. UNIPAMPA - saúde; 6. Saneamento básico; comprometimento dos municípios 6. Rede hospitalar pública e 7. Falta em gerenciamento dos quanto à adesão aos programas privada. programas Federais; federais, oferta de serviços de alta 8. Falta de profissionais; complexidade e atendimento 9. Falta de estrutura adequada / geriátrico e criação de hospital - investimentos altos; escola para formação de 10. Falta de políticas de educação profissionais. sanitária; 11. Falta de educação para saúde; 12. Falta de educação gratuita.

OPORTUNIDADES ESTRATÉGIAS

1. Representação política / 1. Elaborar planejamento da saúde regional em conjunto com a SES e regional; UNIPAMPA. 2. Emenda 29; 2. Criar uma política regional de integração e comunicação com o 3. União, descentralização objetivo de valorizar a área e aumentar a nossa representação política.

alta - complexidade; 3. Construir um grupo qualificado junto com o COREDE-FO com o 4. Câmbio favorável – apoio das universidades na elaboração e acompanhamento de aquisição de equipamentos; projetos. 5. Oferta de recursos Estaduais e Federais.

AMEAÇAS Externasà região

1. Região de fronteira – ameaça sanitária; 2. Equipamentos importados; 3. Domínio de custos – medicamentos.

d) Gestão institucional O grupo de trabalho do tema gestão estrutural sistematizou os elementos de entraves e potencializadores referente ao seu eixo conforme o Quadro 21. A análise estratégica dos elementos selecionados permitiu a elaboração de três estratégias de ação, visando alcançar o objetivo estratégico do eixo temático.

Quadro 21 – Análise estratégica na gestão institucional

Internas à região Objetivo Estratégico

63

Gestão Institucional FORÇAS FRAQUEZAS

Dar legitimidade ao papel do 1. Existência das instituições 1. Setor privado com pouca COREDE/COMUDE como necessária para o bom participação no desenvolvimento articulador da relação de funcionamento das atividades regional; interdependência entre o poder sociais; 2. Falta de articulação regional; público, as instituições de ensino e 2. Conscientização crescente da 3. Descrédito do setor privado a iniciativa privada, através da necessidade de discussão para frente ao COREDE; conscientização da importância da o desenvolvimento regional 4. Falta de capacidade de gestão cooperação para o pública; desenvolvimento regional 5. Conselhos se reúnem pouco; sustentável. 6. Pouca eficiência dos conselhos; 7. Acirramento ideológico; 8. Setor privado não se vê como ator de desenvolvimento regional.

OPORTUNIDADES ESTRATÉGIAS

1. Novas Universidades; 1. Conscientizar as diversas instituições do Poder Público, a iniciativa 2. Existência de recursos privada e as instituições de ensino da importância da sua articulação para setor privado; para o desenvolvimento, via COREDE/COMUDE’s. 3. Governo estadual incentiva o desenvolvimento 2. Dar visibilidade às potencialidades regionais através de Campanha regional. de Marketing Positivo.

AMEAÇAS 3. Criar instrumentos do COREDE para qualificar a máquina pública, identificar e implementar projetos.

Externasà região 1. Possível redução das instituições estaduais; 2. Diferença de visão de desenvolvimento nas esferas municipais, estadual e federal de governo.

Após a análise da matriz FOFA, os representantes dos municípios, participantes da terceira assembleia regional, realizada em 03 de dezembro de 2009, concluíram os trabalhos apresentando e pactuando 17 estratégias para a região fronteira oeste. O desafio então era materializar as estratégias em projetos regionais, trabalho abordado no próximo tópico.

Projetos regionais Ainda na assembleia do dia 03 de dezembro de 2009, os representantes dos municípios realizaram a 5ª oficina de trabalho cujo objetivo consistiu na elaboração de projetos. O Quadro 22 apresenta os títulos dos projetos prioritários para cada estratégia e dentro de cada eixo temático, que ao todo totalizam 25 projetos. As páginas de 66 à 90 apresentam os projetos com detalhes ao nível de ação, prazos, metas e responsáveis. Ressalva-se que os projetos aqui apresentados são passíveis de melhorias ou alterações conforme entender o COREDE-FO.

Quadro 22 – Projetos prioritários Eixo Estratégias Projetos 1.1 Utilizar representação política e institucional 1.1.1 Agência de desenvolvimento regional. geradoras de conhecimento que, numa visão 1.1.2 Fomento ao empreendedorismo. 1. Gestão integrada, promova a competitividade, e uma Econômica visão empreendedora para o desenvolvimento regional.

64 1.2 Criar condições de viabilizar oportunidades 1.2.1 Projeto de estudos sobre entraves de fronteira. comerciais e culturais do MERCOSUL, 1.2.2 ZPE. buscando eliminar entraves existentes.

1.3 Fomentar a pesquisa e desenvolvimento de 1.3.1 Fomento à pesquisa. tecnologias para que, numa perspectiva 1.3.2 Disseminação do PGQP na região. empreendedora e inovadora, se agregue valor ao agronegócio e às energias renováveis.

2.1 Utilizar os recursos naturais para produção 2.1.1 Participação na política energética. de energia renovável, alimentos e culturas 2.1.2 Desenvolvimento da agroenergia. diversas.

2.2 Aproveitar e melhorar a infra-estrutura 2.2.1 Pavimentação de vias urbanas e rurais. 2. Gestão existente e situação geográfica (Mercosul) para 2.2.2 Construção e Manutenção de Rodovias. Estrutural atrair novos investimentos.

2.3 Investir em saneamento básico, 2.3.1 Planos Municipais de Saneamento Básico. pavimentação urbana e rural, acessos aos municípios e mobilidade urbana.

3.1 Elaboração de diagnóstico regional de 3.1.1 Criar diagnóstico regional de educação, cultura e 3. Gestão educação, cultura e lazer para qualificação das lazer com proposições de ações para qualificação das Social áreas. áreas. Educação, 3.2 Buscar nível de excelência na educação. 3.1.2 Programa de qualificação didático -pedagógico Cultura e continuado dos docentes da região. Lazer 3.1.3 Criar grupo para elaborar um plano de turismo 3.3 Criar grupo para elaborar/propor um plano de turismo regional. regional - projeto piloto. 4.1 Aperfeiçoar as políticas de convênios, 4.1.1 Aperfeiçoar as políticas de convênios, programas programas sociais educativos e preventivos. sociais, educativos e preventivos em conjunto com as forças vivas da comunidade. 4.2 Criar política de segurança regional de 4.2.1 Revisão dos quadros organizacionais levando em reposição de pessoal e materiais. consideração as variáveis populações, risco, potencial e área territorial. 4.2.2 Realização de concursos regionais e previsão de 4. Gestão recomposição de efetivo. Social 4.2.3 Aquisição de veículos de combate ao incêndio (1 Segurança por ano) e reavaliação de veículos existente para os municípios desprovidos e aquisição de veículos especializados de combate a incêndios florestal (07) e reposição de viaturas leves e resgate. 4.2.4 Integração de inteligências policiais e investigativas dos países do MERCOSUL para o combate ao crime sem fronteiras. 5.1 Elaborar planejamento da saúde regional 5.1.1 Criar grupo de trabalho para elaborar plano 5. Gestão em conjunto com a SES e UNIPAMPA. regional da saúde. Social 5.2 Criar uma política regional de integração e 5.2.1 Fazer funcionar os COMUDES nos 13 municípios Saúde e comunicação com o objetivo de valorizar a área da região. Assistência e aumentar a nossa representação política. Social 5.3 Construir um grupo qualificado junto com o 5.3.1 Criar grupo de técnicos qualificados para

COREDE-FO com o apoio das universidades elaboração e acompanhamento de projetos, ligado ao na elaboração e acompanhamento de projetos. COREDE-FO. 6.1 Conscientizar as diversas instituições do 6.1.1 Fórum de desenvolvimento Institucional. Poder Público, a iniciativa privada e as instituições de ensino da importância da sua articulação para o desenvolvimento, via COREDE/COMUDE’s. 6. Gestão 6.2 Dar visibilidade às potencialidades 6.2.1 Campanha de Marketing Positivo – “Oeste Institucional regionais através de Campanha de Marketing Gaúcho – Um Lugar para Crescer”. Positivo. 6.3 Criar instrumentos do COREDE para 6.3.1 Criação da escola itinerante de gestão pública. qualificar a máquina pública, identificar e implementar projetos.

65 Planejamento Estratégico do COREDE – FO (2010-2020) Eixo Temático: Econômico Sub-Tema: --- Objetivo Estratégico: Promover o desenvolvimento regional com base no Planejamento, Articulação e Integração. Estratégia: Utilizar representação política e institucional geradoras de conhecimento que, numa visão integrada, promovam a competitividade, e numa visão empreendedora para o desenvolvimento regional. Título do Projeto: 1.1.1 Agência de Desenvolvimento Regional Beneficiários e região de abrangência: toda região Recursos Indicadores de Ações Responsáveis Datas Detalhamento Origem Custeio Investimentos Resultado Identificar AMFRO julho/2010 A ser definido Recursos numero de recursos em pela AMFRO. federais e projetos todas as esferas, municipais. implantados; e, elaborar retorno dos projetos projetos; direcionados as potencialidades da região.

Prazos de Execução (x) Curto Prazo (até dois anos) ( ) Médio Prazo (até cinco anos) ( ) Longo Prazo (mais de cinco anos) Resultados Esperados (metas): alavancar o desenvolvimento regional. Comitê Gestor: AMFRO, entidades representativas regionais.

66 Planejamento Estratégico do COREDE – FO (2010-2020) Eixo Temático: Econômico Sub-Tema: --- Objetivo Estratégico: Promover o desenvolvimento regional com base no Planejamento, Articulação e Integração. Estratégia: Utilizar representação política e institucional geradoras de conhecimento que, numa visão integrada, promovam a competitividade, e numa visão empreendedora para o desenvolvimento regional. Título do Projeto: 1.1.2 Fomento ao Empreendedorismo Beneficiár ios e região de abrangência: toda região Recursos Indicadores de Ações Responsáveis Datas Detalhamento Origem Custeio Investimentos Resultado Disseminação do Prefeituras; 2010/11 Criação de Numero de empreendedorismo; Sistema S; programas Recursos empreendedores Incentivo e suporte Entidades específicos em municipais, assistidos; ao Empresariais; todas as federais e empreendedorismo; Universidades; cidades. entidades empresariais.

Prazos de Execução ( x ) Curto Prazo (até dois anos) ( ) Médio Prazo (até cinco anos) ( ) Longo Prazo (mais de cinco anos) Resultados Esperados (metas): Aumento do numero de empreendedores . Comitê Gestor:

67 Planejamento Estratégico do COREDE – FO (2010-2020) Eixo Temático: Econômico Sub-Tema: --- Objetivo Estratégico: Promover o desenvolvimento regional com base no Planejamento, Articulação e Integração. Estratégia: Criar condições de viabilizar oportunidades comerciais e culturais do Mercosul, buscando eliminar entraves existentes. Título do Projeto: 1.2.1 Projeto de Estudos de Entraves de Fronteira Beneficiários e região de abrangência: municípios de faixa de fronteira Recursos Indicadores de Ações Responsáveis Datas Detalhamento Origem Custeio Investimentos Resultado Estudo amplo SEDAI ; 2010/11 Através de uma Recursos do - Relatório final. sobre situações Ministério da consultoria Governo Federal de fronteira. Integração; especializada e Estadual. realizar o estudo na região FO.

Prazos de Execução ( x ) Curto Prazo (até dois anos) ( ) Médio Prazo (até cinco anos) ( ) Longo Prazo (mais de cinco anos) Resultados Esperados (metas): Relatório com levantamento de entraves e oportunidades de integração. Comitê Gestor:

68 Planejamento Estratégico do COREDE – FO (2010-2020) Eixo Temático: Econômico Sub-Tema: Objetivo Estratégico: Promover o desenvolvimento regional com base no Planejamento, Articulação e Integração. Estratégia: Criar condições de viabilizar oportunidades comerciais e culturais do Mercosul, buscando eliminar entraves existentes. Título do Projeto: 1.2.2 ZPE (zona de processamento de exportação) Beneficiários e região de abrangência: Região Fronteira Oeste Recursos Indicadores de Ações Responsáveis Datas Detalhamento Ori gem Custeio Investimentos Resultado Viabilizar projeto AMFRO; 2010/13 Através de Recursos dos Aprovação do de ZPE através COREDE-FO; empresas de Governos projeto; de consórcio Municípios; consultoria municipal, Número de intermunicipal Governo especializadas. estadual e empresas Estadual e federal. instaladas; Federal;

Prazos de Execução ( ) Curto Prazo (até dois anos) ( x) Médio Prazo (até cinco anos) ( ) Longo Prazo (mais de cinco anos) Resultados Esperados (metas): Implementação das ZPEs. Comitê Gestor: AMFRO, COREDE -FO, municípios e governo estadual.

69 Planejamento Estratégico do COREDE – FO (2010-2020) Eixo Temático: Econômico Sub-Tema: --- Objetivo Estratégico: Promover o desenvolvimento regional com base no Planejamento, Articulação e Integração. Estratégia: Fomentar a pesquisa e desenvolvimento de tecnologias para que, numa perspectiva empreendedora e inovadora, se agregue valor ao agronegócio e as energias renováveis. Título do Projeto: 1.3.1 Fomento à Pesquisa Beneficiár ios e região de abrangência: toda região Recursos Indicadores de Ações Responsáveis Datas Detalhamento Origem Custeio Investimentos Resultado Revitalizar a COREDE- 2010/14 Ação do - número de política estadual FO; COREDE projetos (existente) de Secretaria de desenvolvidos; pólo tecnológico. Ciência e Tecnologia;

Prazos de Execução ( ) Curto Prazo (até dois anos) ( x ) Médio Prazo (até cinco anos) ( ) Longo Prazo (mais de cinco anos) Resultados Esperados (metas): Projetos desenvolvidos para a agregação de valor. Comitê Gestor: COREDE -FO

70 Planejamento Estratégico do COREDE – FO (2010-2020) Eixo Temático: Econômico Sub-Tema: Objetivo Estratégico: Promover o desenvolvimento regional com base no Planejamento, Articulação e Integração. Estratégia: Fomentar a pesquisa e desenvolvimento de tecnologias para que, numa perspectiva empreendedora e inovadora, se agregue valor ao agronegócio e as energias renováveis. Título do Projeto: 1.3.2 Disseminação do PGQP na região Benefi ciários e região de abrangência: toda região Recursos Indicadores de Ações Responsáveis Datas Detalhamento Origem Custeio Investimentos Resultado Inserção dos Prefeituras; 2010/14 Sensibilização - Comitês comitês em COREDE- das autoridades implantados e todos os FO; dos municípios em municípios. Entidades da região. funcionamento; empresariais;

Prazos de Execução ( ) Curto Prazo (até dois anos) ( x ) Médio Prazo (até cinco anos) ( ) Longo Prazo (mais de cinco anos) Resultado s Esperados (metas): Comitês da qualidade (PGQP) implantados em todos os municípios Comitê Gestor:

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Planejamento Estratégico do COREDE – FO (2010-2020) Eixo Temático: Estrutural Sub-Tema: Energia Objetivo Estratégico: Melhorar a fiscalização, intensificar os investimentos, aumentar a representatividade regional e o apoio público para concretizar melhorias na infra-estrutura. Estratégia: Utilizar os recursos naturais para produção de energia renovável, alimentos e cultura diversas. Título do Proj eto: 2.1.1 Participação na Política Energética Beneficiários e região de abrangência: Municípios da área de abrangência COREDE-FO Recursos Indicadores Ações Responsáveis Datas Detalhamento Origem Custeio Investimentos de Resultado 1.Conhecimento de projetos, Prefeitura e Seminários regional. A verificar produtos, preços, concessionárias 2010/11 disponibilidade, planos de políticas energética, inclusive energia eólica; realizar seminários; 2.Inclusão de recursos nos 2012 Implantação: orçamentos da União e -Projeto Garabi/ITU Estado, elaborar e contemplar -Termelétrica projetos; Alegrete/Uruguaiana 3.Priorização de projetos e AMFRO e 2013/19 -Usinas Biomassa e implantação conforme Prefeituras. Bioenergia. pactuação. Prazos de Execução (X) Curto Prazo (até dois anos) ( ) Médio Prazo (até cinco anos) ( ) Longo Prazo (mais de cinco anos) Resultados Esperados (metas): Comitê Gestor: Prefeitura, concessionárias e AMFRO.

72 Planejamento Estratégico do COREDE – FO (2010-2020) Eixo Temático: Estrutural Sub -Tema : Energia Objetivo Estratégico : Melhorar a fiscalização, intensificar os investimentos, aumentar a representatividade regional e o apoio público para concretizar melhorias na infra-estrutura. Estratégia: Utilizar os recursos naturais para produção de energia renovável, alimentos e cultura diversas. Título do Projeto: 2.1.2 Desenvolvimento da agroenergia. Beneficiários e região de abrangência: Municípios da área de abrangência COREDE-FO.

Recursos Indicadores Ações Responsáveis Datas Detalhamento Origem Custeio Investimentos de Resultado 1. Disseminação e Prefeitura e 2010/11 Realização de conhecimento da produtores seminários. ideia de agro Contratar energia. estudos. 2. Captar recursos Consócio, para 2011/12 Agências, desenvolvimento, iniciativa privada. estudos. Produtores, 3. Elaborar Plano poder público. Regional 2013 Construir Pólo (zoneamento). Tecnológico. 4. Executar e avaliar plano 2014/15 regional. Prazos de Execução ( ) Curto Prazo (até dois anos) ( x ) Médio Prazo (até cinco anos) ( ) Longo Prazo (mais de cinco anos) Resultados Esperados (metas): Comitê Gestor: Prefeituras

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Planejamento Estratégico do COREDE – FO (2010-2020) Eixo Temático: Estrutural Sub-Tema: Vias de Transporte Objetivo Estratégico: Melhorar a fiscalização, intensificar os investimentos, aumentar a representatividade regional e o apoio público para concretizar melhorias na infra-estrutura. Estratégia: Aproveitar e melhorar a infra-estrutura existente e situação geográfica (Mercosul) para atrair novos investimentos. Título do Projeto: 2.2.1 Pavimentação das Vias Urbanos e Rurais. Beneficiários e região de abrangência : Municípios da área de abrangência COREDE-FO

Recursos Indicadores Ações Responsáveis Datas Detalhamento Origem Custeio Investimentos de Resultado 1.Elaborar Municípios,Estado e 2010-2017 -Elaborar projetos COREDE, projetos; União das vias; Prefeituras, 2.Alocar -Incluir nos COMUDEs e recursos; orçamentos ; iniciativa 3.Executar -Acessos privada; projetos. municipais,duplicação da Av. Leonel Brizola e Av. João Goulart; Acesso ao norte de Alegrete,sul de Itaqui, 5°Distrito(São Gabriel), Sindicato Rural(Quaraí) e Plano Alto. Prazos de Execução ( ) Curto Prazo (até dois anos) ( ) Médio Prazo (até cinco anos) ( x ) Longo Prazo (mais de cinco anos) Resultados Esperados (metas): Comitê Gestor: Municípios, Estado e União.

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Planejamento Estratégico do COREDE – FO (2010-2020) Eixo Temático: Estrutural Sub-Tema: Vias de transporte Objetivo Estratégico: Melhorar a fiscalização, intensificar os investimentos, aumentar a representatividade regional e o apoio público para concretizar melhorias na infra-estrutura. Estratégia: Aproveitar e melhorar a infra-estrutura existente e situação geográfica(Mercosul) para atrair novos investimentos. Título do Projeto: 2.2.2 Construção e Manutenção de Rodovias. Beneficiários e região de a brangência: Municípios da área de abrangência COREDE-FO Recursos Indicadores de Ações Responsáveis Datas Detalhamento Origem Custeio Investimentos Resultado 1.Conclusão da RS 2010-17 529(Itaqui/Maçambará); 2.Asfaltamento da RS176(Manoel Viana/São Borja)e RS 566(Alegrete/Itaqui); 3.Elaboração de projetos; 4.Plataforma Logística-ALC 5.Duplicação da ponte(Itaqui); 6.Construção da ponte Itaqui; 7.Construção da RS60(Quaraí/Rosário do Sul); 8.Apoio a criação da Ferrosul; 9.Alterar Legislação vigente em relação aos aeroportos; 10.Melhorar e ampliar a estrutura existente nos aeroportos. 11.Reparação e manutenção da RS377; 12.Reativação da malha ferroviária da Fronteira Oeste. Prazos de Execução ( ) Curto Prazo (até dois anos) ( ) Médio Prazo (até cinco anos) (x ) Longo Prazo (mais de cinco anos) Resultados Esperados (metas): Comitê Gestor:

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Planejamento Estratégico do COREDE – FO (2010 -2020) Eixo Temático: Estrutural Sub -Tema : Saneamento Básico Objetivo Estratégico: Melhorar a fiscalização, intensificar os investimentos, aumentar a representatividade regional regional e o apoio público para concretizar melhorias na infra-estrutura. Estratégia: Investir no saneamento básico, pavimentação urbana e rural e acessos aos municípios e mobilidade urbana. Título do Projeto: 2.3.1 Planos Municipais de Saneamento Básico. Beneficiários e região de abrangência: Municípios da área de abrangência COREDE-FO Ações Responsáveis Datas Detalhamento Recursos Indicadores de Origem Custeio Investimentos Resultado 1.Elaborar planos Prefeituras, 2010 Contratar locais; CORSAN, estudos e 2.Implantação dos iniciativa privada. 2010 à 2015 projetos. planos. -concluir as redes de drenagem e esgoto sanitário; -Construir ETE's; -Construir aterros sanitários em consórcio de resíduos sólidos. Prazos de Execução ( ) Curto Prazo (até dois anos) ( ) Médio Prazo (até cinco anos) ( x ) Longo Prazo (mais de cinco anos) Resultados Esperados (metas): Comitê Ges tor: Prefeituras, CORSAN, Iniciativa Privada

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Planejamento Estratégico do COREDE – FO (2010-2020) Eixo temático: Social Sub -tema: Educação, Cultura e Lazer. Objetivo Estratégico: Realizar diagnóstico ao nível de COREDE-FO para subsidiar a elaboração de políticas regionalizadas para buscar maiores investimentos. Estratégia: Elaboração de diagnóstico regional de educação, cultura e lazer para qualificação das áreas. Título do projeto: 3.1.1 Criar diagnóstico regional de educação, cultura e lazer com proposições de ações para qualificação das áreas.

Beneficiários e região de abrangência: toda região

Recursos Indicadores de Ações Responsáveis Datas Detalhamento Origem Custeio Investimentos resultado 1º) Fazer um diagnóstico da COMUDE 2010 educação, cultura e lazer com proposições de ações para qualificação das áreas por município.

2º) Reunir os diagnósticos COMUDES E 2011 municipais para elaboração do COREDE-FO diagnóstico regional.

Prazo de Execução: [ x ] Curto prazo (até 2 anos) [ ] Médio prazo (até 5 anos) [ ] Longo prazo (mais de 5 anos) Resultados esperados (metas):

Comitê gestor: COREDE -FO e COMUDES.

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Planejamento Estratégico do COREDE – FO (2010-2020) Eixo temático: Social Sub -tema: Educação, Cultura e Lazer. Objetivo Estratégico: Realizar diagnóstico ao nível de COREDE-FO para subsidiar a elaboração de políticas regionalizadas para buscar maiores investimentos. Estratégia: Buscar nível de excelência na educação. Título do projeto: 3.1.2 Programa de qualificação didático-pedagógico continuado dos docentes da região Beneficiários e região de abrangência: Escolas da Fronteira Oeste.

Recursos Indicadores de Ações Responsáveis Datas Detalhamento Origem Custeio Investimentos resultado 1. Organizar programa de SEC’s e CRE’s 2010-11 qualificação didático- pedagógico dos docentes da região. 2. Colocar em ação o plano.

Prazo de Execução: [ x ] Curto prazo (até 2 anos) [ ] Médio prazo (até 5 anos) [ ] Longo prazo (mais de 5 anos) Resultados esperados (metas):

Comitê gestor: SEC’s e CRE’s.

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Planejamento Estratégico do COREDE – FO (2010-2020) Eixo temático: Social Sub -tema: Educação, Cultura e Lazer. Objetivo Estratégico: Realizar diagnóstico a nível de COREDE-FO para subsidiar a elaboração de políticas regionalizadas para buscar maiores investimentos. Estratégia: Criar grupo para elaborar/propor um plano de turismo regional. Título do projeto: 3.1.3 Criar grupo para elaborar um plano de turismo regional - projeto piloto. Beneficiários e região de abrangência:

Responsáveis Datas Detalhamento (como e Recursos Indicadores de Ações (o que) (quem) (quando) onde) Origem Custeio Investimentos resultado 1º) Definir duas equipes de COREDE-FO 28/02/2010 ASSEMBLÉIA DO REALIZAÇÃO trabalho. COREDE-FO 2º) Definir duas cidades COREDE-FO 28/02/2010 ASSEMBLÉIA DO REALIZAÇÃO foco. COREDE-FO 3º) Elaborar um estudo EQUIPES/COMUDES 30/04/2010 CIDADE SEDE DO APRESENTAÇÃO local de potencialidades. PROJETO 4º) Definir produtos viáveis. EQUIPES/COMUDES 30/05/2010 CIDADE SEDE DO APRESENTAÇÃO 5º) Estudar público alvo. EQUIPES/COMUDES 30/06/2010 PROJETO 6º) Definir plano de ação CIDADE SEDE DO APRESENTAÇÃO comercial. EQUIPES/COMUDES 30/07/2010 PROJETO 7º) Definir plano de CIDADE SEDE DO APRESENTAÇÃO comunicação. EQUIPES/COMUDES 30/08/2010 PROJETO 8º) Início da ação comercial CIDADE SEDE DO APRESENTAÇÃO e de comunicação. EQUIPES/COMUDES 30/09/2010 PROJETO 9º) Avaliação 17/12/2010 ASSEMBLÉIA DO REAVALIAÇÃO EQUIPES/COMUDES 17/12/2010 COREDE-FO APRESENTAÇÃO Prazo de Execução: [ x ] Curto prazo (até 2 anos) [ ] Médio prazo (até 5 anos) [ ] Longo prazo (mais de 5 anos) Resultados esperados (metas): Criar fluxo turístico em datas/eventos atípicos . Aumentar a taxa de ocupação de hotéis e restaurantes e aumento do fluxo turístico comercial . Comitê gestor: COREDES-FO, COMUDES E EQUIPES .

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Planejamento Estratégico do COREDE – FO (2010-2020) Eixo temático: Social Sub -tema: Segurança Objetivo Estratégico: Implementar políticas públicas na área de segurança, com unidade e integração dos órgãos, de forma sistemática e continuada, com participação da sociedade civil organizada. Estratégia: Aperfeiçoar as políticas de convênios, programas sociais educativos e preventivos. Título do projeto: 4.1.1 Aperfeiçoar as políticas de convênios, programas sociais, educativos e preventivos em conjunto com as forças vivas da comunidade. Beneficiários e região de abrangência: comunidade da Fronteira Oeste.

Recursos Indicadores de Ações Responsáveis Datas Detalhamento Origem Custeio Investimentos resultado 1º) Promover apresentação SSP, 2010/2011 dos projetos sociais BRIGADA educativos e preventivos para MILITAR E o COMUDE de cada município BOMBEIROS. da região.

2º) Firmar convênio com as entidades parceiras em cada município para efetivação e manutenção dos projetos.

Prazo de Execução: [ x ] Curto prazo (até 2 anos) [ ] Médio prazo (até 5 anos) [ ] Longo prazo (mais de 5 anos) Resultados esperados (metas):

Comitê gestor: SSP, BRIGADA MILITAR E BOMBEIROS.

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Planejamento Estratégico do COREDE – FO (2010-2020) Eixo temático: Social Sub -tema: Segurança Objetivo Estratégico: Implementar políticas públicas na área de segurança, com unidade e integração dos órgãos, de forma sistemática e continuada, com participação da sociedade civil organizada. Estratégia: Criar política de segurança regional de reposição de pessoal e materiais.

Título do projeto: 4.2.1 Revisão dos quadros organizacionais levando em consideração as variáveis populações, risco, potencial e área territorial.

Beneficiários e região de abrangência:

Recursos Indicadores de Ações Responsáveis Datas Detalhamento Origem Custeio Investimentos resultado 1º)Rever os quadros SSP, 2011-12 A partir de estudos de organizacionais (RH e BRIGADA necessidades. materiais) levando em conta MILITAR E as variáveis: população, risco, CORPO DE potencial e área territorial. BOMBEIROS.

2º) Recomposição através do 2013-15 2º projeto.

Prazo de Execução: [ ] Curto prazo (até 2 anos) [ X ] Médio prazo (até 5 anos) [ ] Longo prazo (mais de 5 anos) Resultados esperados (metas):

Comitê gestor: SSP, BRIGADA MILITAR E CORPO DE BOMBEIROS.

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Planejamento Estratégico do COREDE – FO (2010-2020) Eixo temático: Social Sub -tema: Segurança Ob jetivo Estratégico: Implementar políticas públicas na área de segurança, com unidade e integração dos órgãos, de forma sistemática e continuada, com participação da sociedade civil organizada. Estratégia: Criar política de segurança regional de reposição de pessoal e materiais.

Título do projeto: 4.2.2 Realização de concursos regionais e previsão de recomposição de efetivo. Beneficiários e região de abrangência:

Recursos Indicadores de Ações Responsáveis Datas Detalhamento Origem Custeio Investimentos resultado 1º) Realização de concurso SSP, 2010-11 Fronteira Oeste. com abertura de vagas BRIGADA específicas por região. MILITAR E (CURTO PRAZO). CORPO DE BOMBEIROS. 2º) Recomposição dos efetivos conforme revisão dos quadros organizacionais. (MÉDIO PRAZO).

Prazo de Execução: [ x ] Curto prazo (até 2 anos) [ ] Médio prazo (até 5 anos) [ ] Longo prazo (mais de 5 anos) Resultados esperados (metas): Que os concursados permaneçam na sua região de origem evitando evasão.

Comitê gestor: SSP, BRI GADA MILITAR E CORPO DE BOMBEIROS.

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Planejamento Estratégico do COREDE – FO (2010-2020) Eixo temático: Social Sub -tema: Segurança Objetivo Estratégico: Implementar políticas públicas na área de segurança, com unidade e integração dos órgãos, de forma sistemática e continuada, com participação da sociedade civil organizada. Estratégia: Criar política de segurança regional de reposição de pessoal e materiais. Título do projeto: 4.2.3 Aquisição de veículos de combate ao incêndio (1 por ano) e realocação de veículos existente para os municípios desprovidos e aquisição de veículos especializados de combate a incêndios florestal (07) e reposição de viaturas leves e resgate. Beneficiários e região de abrangência: Comunidade da Fronteira Oeste.

Responsáveis Datas Detalhamento (como e Recursos Indicadores de Ações (o que) (quem) (quando) onde) Origem Custeio Investimentos resultado 1º) aquisição de novas SSP, 2011 Previsão orçamentária viaturas BRIGADA 2011 2º) realocação das existentes MILITAR E CORPO DE BOMBEIROS.

Prazo de Execução: [ x ] Curto prazo (até 2 anos) [ ] Médio prazo (até 5 anos) [ ] Longo prazo (mais de 5 anos) Resultados esperados (metas): Renovação e realocação da frota de veículos.

Comitê gestor: SSP, BRIGADA MILITAR E CORPO DE BOMBEIROS.

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Planejamento Estratégico do COREDE – FO (2010-2020) Eixo temático: Social Sub -tema: Segurança Objetivo Estratégico: Implementar políticas públicas na área de segurança, com unidade e integração dos órgãos, de forma sistemática e continuada, com participação da sociedade civil organizada. Estratégia: Criar política de segurança regional de reposição de pessoal e materiais. Título do projeto: 4.2.4 Integração de inteligências policiais e investigativas dos países do MERCOSUL para o combate a crime sem fronteiras.

Beneficiários e região de abrangência: Comunidade da Fronteira Oeste.

Recursos Indicadores de Ações Responsáveis Datas Detalhamento Origem Custeio Investimentos resultado 1º) Pesquisar junto ao COREDE-FO 2010-11 Congresso Federal e Ministério das Relações Exteriores alguma ação relacionada a este projeto. SSP e 2º) Proposição de um acordo COREDE-FO para integrar as inteligências e Ministério policiais e investigativas do Público MERCOSUL para combate do Federal. crime sem fronteiras.

Prazo de Execução: [ x ] Curto prazo (até 2 anos) [ ] Médio prazo (até 5 anos) [ ] Longo prazo (mais de 5 anos) Resultados esperados (metas):

Comitê gestor: COREDE-FO, SSP E MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL.

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Planejamento Estratégico do COREDE – FO (2010-2020) Eixo temático: Social Sub -tema: Saúde Objetivo Estratégico: Estabelecer visão política / comunitária de longo prazo, criando conscientização coletiva de desenvolvimento de cultura empreendedora e qualificação profissional através do comprometimento dos municípios quanto à adesão aos programas federais, oferta de serviços de alta complexidade e atendimento geriátrico e criação de hospital -escola para formação de profissionais. Estratégia: Elaborar planejamento da saúde regional em conjunto com a SES e UNIPAMPA. Título do projeto: 5.1.1 Criar grupo de trabalho para elaborar plano regional da saúde. Beneficiários e região de abrangência: Sociedade da Fronteira Oeste.

Recursos Indicadores de Ações Responsáveis Datas Detalhamento Origem Custeio Investimentos resultado 1º) Definir grupo de trabalho. COREDE-FO, MARÇO COREDE-FO CONVIDA SES, SMS E 2010 TODAS AS ENTIDADES UNIPAMPA. PARA REUNIÃO.

2º) O grupo deverá elaborar JULHO APRESENTAÇÃO DO proposta de planejamento da 2010 PLANEJAMENTO saúde regional. REGIONAL.

Prazo de Execução: [ x ] Curto prazo (até 2 anos) [ ] Médio prazo (até 5 anos) [ ] Longo prazo (mais de 5 anos) Resultados esperados (metas): O planejamento regional deverá da conta de 4 grandes áreas: rede de atendimento de alta complexidade, rede de atendimento geriátrico, hospital-escola e qualificação( saúde e assistência social).

Comitê gestor: COREDE-FO, SES, SMS E UNIPAMPA.

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Planejamento Estratégico do COREDE – FO (2010-2020) Eixo t emático: Social Sub -tema: Saúde Objetivo Estratégico: Estabelecer visão política / comunitária de longo prazo, criando conscientização coletiva de desenvolvimento de cultura empreendedora e qualificação profissional através do comprometimento dos municípios quanto à adesão aos programas federais, oferta de serviços de alta complexidade e atendimento geriátrico e criação de hospital -escola para formação de profissionais. Estratégia: Criar uma política regional de integração e comunicação com o objetivo de valorizar a área e aumentar a nossa representação política. Título do projeto: 5.2.1 Fazer funcionar os COMUDES nos 13 municípios da região.

Beneficiários e região de abrangência:

Responsáveis Datas Detalhamento (como e Recursos Indicadores de Ações (o que) (quem) (quando) onde) Origem Custeio Investimentos resultado 1º) O COREDE-FO solicita COREDE-FO FEVEREIRO Apresentação do aos municípios os dados dos 2010 planejamento estratégico membros do COMUDE do COREDE-FO e (nomes, telefones, e-mail). COREDE-FO conscientização do papel ABRIL 2010 dos COMUDES para o 2º) Integrar os COMUDES atingimento dos objetivos. para promover a região. COMUDE JUNHO2010 3º) Elaboração dos planos de Avaliação dos projetos. ação de cada COMUDE. COMUDE AGOSTO 4º) Apresentação dos planos 2010 de ação em assembléia do COREDE-FO. COMUDE DEZEMBRO 5º) Avaliação. 2010

Prazo de Execução: [ x ] Curto prazo (até 2 anos) [ ] Médio prazo (até 5 anos) [ ] Longo prazo (mais de 5 anos) Resultados espera dos (metas): Comitê gestor: COMUDE e COREDE-FO.

86 Planejamento Estratégico do COREDE – FO (2010-2020) Eixo temático: Social Sub -tema: Saúde Objetivo Estratégico: Estabelecer visão política / comunitária de longo prazo, criando conscientização coletiva de desenvolvimento de cultura empreendedora e qualificação profissional através do comprometimento dos municípios quanto à adesão aos programas federais, oferta de serviços de alta complexidade e atendimento geriátrico e criação de hospital -escola para formação de profissionais. Estratégia: Construir um grupo qualificado junto com o COREDE-FO com o apoio das universidades na elaboração e acompanhamento de projetos. Título do projeto: 5.3.1 Criar grupo de técnicos qualificados para elaboração e acompanhamento de projetos, ligado ao COREDE-FO.

Beneficiários e região de abrangência:

Recursos Indicadores de Ações Responsáveis Datas Detalhamento Origem Custeio Investimentos resultado

Cada COMUDE deverá identificar no mínimo uma pessoa qualificada ou a Ao final de junho 1º) Identificar técnicos qualificar por município. um grupo no qualificados ou a qualificar COMUDE. Junho de Cada mínimo de 13 para elaborar projetos. 2010. O COREDE-FO deverá município pessoas deverá Estado, - articular junto ao Governo deverá arcar estar formado. Governo do Estado e Governo com as 2º) Capacitar técnicos. Federal e Julho a Federal um programa de despesas dos COREDE-FO. dezembro capacitação para os seus técnicos. Técnicos de 2010. técnicos. No mínimo capacitados para 3º) Recrutamento e seleção COREDE-FO e COREDE-FO, elaboração de de um técnico para a Governo do R$2.500 de O COREDE-FO deverá Governo do projetos. coordenação do grupo de Estado. 2011. custeio e buscar junto ao Governo do Estado e Contratação de técnico. de Estado e município municípios. um técnico. recursos para a contratação investiment deste técnico. o R$5.000.

Prazo de Execução: [ x ] Curto prazo (até 2 anos) [ ] Médio prazo (até 5 anos) [ ] Longo prazo (mais de 5 anos) Res ultados esperados (metas): Auto suficiência regional na capacitação de recursos, elaboração de projetos, implantação, implementação e acompanhamento fortalecendo os municípios. Comitê gestor: COMUDE, COREDE-FO, GOVERNO DO ESTADO E GOVERNO FEDERAL.

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Planejamento Estratégico do COREDE – FO (2010-2020) Eixo Temático: Institucional Sub-Tema: Objetivo Estratégico: Dar legitimidade ao papel do COREDE/COMUDE como articulador da relação de interdependência entre o pode público, as instituições de ensino e a iniciativa privada, através da conscientização da importância da cooperação para o desenvolvimento regional sustentável; Estratégia: Conscientizar as diversas instituições do Poder Público, a iniciativa privada e as instituições de ensino da importância da sua articulação para o desenvolvimento, via COREDE/COMUDEs; Título do Projeto: 6.1.1 FÓRUM DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL Beneficiários e região de abrangência: Municípios da área de abrangência COREDE-FO Re cursos Indicadores de Ações Responsáveis Datas Detalhamento Origem Custeio Investimentos Resultado Um encontro Conselho Abril a Julho de Assembléias COMUDES e Número de para promover a Regional de 2010; municipais do parceiros participantes do articulação dos Desenvolvimento COMUDES em evento atores e em articulação cada uma das lideranças locais, com os cidades, com a sensibilizar as Conselhos participação do comunidades Municipais; Poder Público, para assumir Privado e estratégias de Instituições de desenvolvimento Ensino regional (superiores, sustentável. escolas técnicas, de pesquisa, sistema “S”) , e demais instituições identificadas em cada município. Prazos de Execução (X) Curto Prazo (até dois anos) ( ) Médio Prazo (até cinco anos) ( ) Longo Prazo (mais de cinco anos) Resultados Esperados (metas): Conseguir a articulação e engajamento dos participantes, especialmente os que estão atualmente afastados do processo de discussão do desenvolvimento. Comitê Gestor: COREDE e COMUDE’s

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Planejamento Estratégico do COREDE – FO (2010-2020) Eixo Temático: Institucional Sub-Tema: Objetivo Estratégico: Dar legitimidade ao papel do COREDE/COMUDE como articulador da relação de interdependência entre o pode público, as instituições de ensino e a iniciativa privada, através da conscientização da importância da cooperação para o desenvolvimento regional sustentável; Estratégia: Realizar uma Campanha de Marketing Positivo da região mostrando suas potencialidades; Título do Projeto: 6.2.1 CAMPANHA DE MARKETING POSITIVO – “OESTE GAÚCHO – UM LUGAR PARA CRESCER; Beneficiários e região de abrangência: Municípios da área de abrangência COREDE-FO Ações Responsáveis Datas Detalhamento Recursos Indicadores de Origem Custeio Investimentos Resultado Criar uma COREDE-FO, Até Novembro Abrir COREDE, A verificar Percentual de campanha através da 2010; concorrência Prefeituras, público interno e destinada a contratação de para Elaborar e COMUDEs e externo atingido combater a auto- agencia implementar um iniciativa privada; pelas mídias da imagem negativa especializada e briefing (projeto) campanha; da população assessoria de C para diversas regional e ursos Superiores mídias, com “vender” o de Comunicação objetivo de endo- potencial de e Marketing; marketing crescimento da (sensibilização região; da população regional) e marketing externo (mostrar o potencial de crescimento da região) . Prazos de Execução (X) Curto Prazo (até dois anos) ( ) Médio Prazo (até cinco anos) ( ) Longo Prazo (mais de cinco anos) Resultados Esperados (metas): Estímulo da auto-imagem positiva da comunidade regional e crescimento referencial da região como potencial para investimentos; Comitê Gestor: COREDE, COMUDEs, Universidade, AMFRO e ULFRO;

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Planejamento Estratégico do COREDE – FO (2010-2020) Eixo Temático: Institucional Sub-Tema: Objetivo Estratégico: Dar legitimidade ao papel do COREDE/COMUDE como articulador da relação de interdependência entre o poder público, as instituições de ensino e a iniciativa privada, através da conscientização da importância da cooperação para o desenvolvimento regional sustentável; Estratégia: Criar instrumentos do Corede para qualificar a máquina pública, identificar e implementar projetos; Título do Projeto: 6.3.1 CRIAÇÃO DA ESCOLA ITINERANTE DE GESTÃO PÚBLICA Beneficiários e região de abrangência: Municípios da área de abrangência COREDE-FO Ações Responsáveis Datas Detalhamento Recursos Indicadores de Origem Custeio Investimentos Resultado Criar uma Escola COREDE-FO, Até Dezembro Elaborar e COREDE, A verificar Criação da Permanente de Universidades, 2011; implementar um Poderes instituição em si; Gestão Pública, AMFRO, projeto para um Públicos e Análise em caráter ULFRO, Sistema serviço itinerante iniciativa privada; percentual do itinerante, como “S” de formação e impacto da um serviço capacitação dos escola no destinado á quadros do incremento de qualificação da serviço publico e novos projetos gestão da coisa lideranças locais para captação de pública nos para identificar, recursos; municípios da montar e região. implementar projetos de desenvolvimento regional. Prazos de Execução (X) Curto Prazo (até dois anos) ( ) Médio Prazo (até cinco anos) ( ) Longo Prazo (mais de cinco anos) Resultados Esperados (metas) : Proporcionar o aumento da capacidade dos quadros do serviço público para a elaboração de projetos,; Comitê Gestor: COREDE, Universidades, AMFRO, ULFRO, Sistema “S”

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GESTÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO COREDE-FO

Este capítulo apresenta os aspectos ligados a gestão do planejamento. A fim de viabilizar a execução dos projetos conforme planejado, utilizou-se de ferramentas de gestão, como a formação de comissões por eixo, a ciclo de gestão, além de cronograma de atividades e indicadores de resultado. Estas ferramentas são detalhadas a seguir.

Comissões de gestão do plano estratégico Para realizar as estratégias propostas em busca dos objetivos estratégicos, foram montadas, na 4ª assembleia regional, comissões por eixo temático seguindo o uma estrutura de governança de acordo com a Figura 21. A relação nominal das comissões encontra-se no apêndice. A responsabilidade das comissões é de atuar , sob a orientação da diretoria do corede, na gestão dos projetos a serem desenvolvidos nos respectivos eixos, através da busca de recursos para execução e do desenvolvimento de articulação intermunicipal na região fronteira-oeste. . Figura 21 – Comissões de gestão do plano estratégico do COREDE – FO

Comissão Gestão Comissão Gestão Social – Sáude e Social - Segurança Assistência Social

Comissão Gestão Diretoria do Comissão Gestão Estrutural COREDE-FO Econômica

Comissão Gestão Comissão Gestão Institucional Social – Educação, Cultura e Lazer

Gestão do planejamento A gestão do plano realizada de dois modos distintos: uma gestão operacional e uma gestão estratégica. A gestão operacional será realizado pelas comissões e utilizará ferramenta “Ciclo de Gestão”, amplamente conhecida e aplicada em rotinas de gerenciamento. Este ciclo é composto de 4 fases distintas: PLANEJAR, EXECUTAR, AVALIAR E CORRIGIR. Cada uma das fases estão representadas na Figura 22 e detalhadas no cronograma de atividades no Quadro 23.

91 A fase PLANEJAR, foi realizada com esta versão inicial do planejamento, seguida do aprimoramento e disseminação dos projetos na região. A fase EXECUTAR, será realizada através das ações do COREDE e COMISSÕES para viabilizar a implementação dos projetos. A fase AVALIAR, será realizada pelo COREDE e COMISSÕES para acompanhar e verificar o andamento dos projetos. A fase CORRIGIR, será realizada pelo COREDE e COMISSÕES após as avaliações para possibilitar readequações de prazos e metas, no projetos do plano.

Figura 22 – Ciclo de gestão do planejamento

Corrigir Planejar

Avaliar Executar

A gestão estratégica do plano será realizada pela Diretoria do COREDE, subsidiada pelas COMISSÕES. Esta será através da avaliação anual do plano estratégico, onde serão inseridos ou suprimidos projetos e estratégias, ajustes e/ou mudanças nos objetivos estratégicos e nos referenciais estratégicos, promovendo a mudança de rumo do planejamento estratégico da região. Para acompanhar a eficiência e eficácia do plano, serão utilizados os seguintes indicadores de resultado : % de representação municipal por eixo temático (representação/município); % de representação sociedade civil organizada municipal por eixo temático (representante sociedade civil/município); % projetos em execução por eixo temático (nr projetos em execução/total projetos); % projetos concluídos por eixo temático (nr projetos concluídos/total projetos).

92 Quadro 23 – Cronograma de atividades para a gestão do planejamento estratégico do COREDE-FO FASE Projeto e Atividades 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Finalização do Plano Estratégico Reuniões das Comissões PLANEJAR para aprimorar projetos Disseminação do Plano na região (COREDE) EXECUTAR 1.1.1 Agência de desenvolvimento regional. 1.1.2 Fomento ao empreendedorismo. 1.2.1 Projeto de estudos sobre entraves de fronteira. 1.2.2 ZPE. 1.3.1 Fomento à pesquisa. 1.3.2 Disseminação do PGQP na região. 2.1.1 Participação na política energética.

2.1.2 Desenvolvimento da agroenergia.

2.2.1 Pavimentação de vias urbanas e rurais. 2.2.2 Construção e Manutenção de Rodovias. 2.3.1 Planos Municipais de Saneamento Básico. 3.1.1 Criar diagnóstico regional de educação, cultura e lazer com proposições de ações para qualificação das áreas. 3.1.2 Programa de qualificação didático- pedagógico continuado dos docentes da região.

93 3.1.3 Criar grupo para elaborar um plano de turismo regional - projeto piloto. 4.1.1 Aperfeiçoar as políticas de convênios, programas sociais, educativos e preventivos em conjunto com as forças vivas da comunidade. 4.2.1 Revisão dos quadros organizacionais levando em consideração as variáveis populações, risco, potencial e área territorial. 4.2.2 Realização de concursos regionais e previsão de recomposição de efetivo. 4.2.3 A quisição de veículos de combate ao incêndio (1 por ano) e reavaliação de veículos existente para os municípios desprovidos e aquisição de veículos especializados de combate a incêndios florestal (07) e reposição de viaturas leves e resgate. 4.2.4 Integração de inteligências policiais e investigativas dos países do MERCOSUL para o combate ao crime sem fronteiras. 5.1.1 Criar grupo de trabalho para elaborar plano regional da saúde. 5.2.1 Fazer funcionar os COMUDES nos 13 municípios da região.

94 5.3.1 Criar grupo de técnicos qualificados para elaboração e acompanhamento de projetos, ligado ao COREDE-FO. 6.1.1 Fórum de desenvolvimento Institucional. 6.2.1 Campanha de Marketing Positivo – “Oeste Gaúcho – Um Lugar para Crescer”. 6.3.1 Criação da escola itinerante de gestão pública. AVALIAR Avaliação pelas Comissões e Direção do COREDE CORRIGIR Revisão ANUAL do plano estratégico pela Direção do COREDE Entrega do Plano Estratégico e fim do convênio com a UNIPAMPA.

Reuniões.

Projetos Gestão Econômica

Projetos Gestão Estrutural Legendas Projetos Gestão Social – Educação, Cultura e Lazer

Projetos Gestão Social – Segurança

Projetos Gestão Social – Saúde e Assistência Social

Projetos Gestão Institucional

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Plano Estratégico de Desenvolvimento da Região Fronteira Oeste (2010- 2020) foi elaborado através da parceria entre o Conselho de Desenvolvimento Regional da Fronteira Oeste do Estado do Rio Grande do Sul (COREDE-FO) e a Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), com apoio financeiro do Governo de Estado. Solidificando um processo participativo de gestão democrática, envolvendo qualitativamente e quantitativamente atores responsáveis pelo desenvolvimento regional. O processo compreendeu a utilização de metodologia própria para o planejamento, derivada das abordagem metodológica utilizada pelo ILPES e que fora disseminado aos COREDE’s no curso em Santa Maria-RS, em março de 2009, somada a abordagem do manual de orientações do Fórum dos COREDE’s (2009). Nos meses de novembro e dezembro de 2009, realizaram-se oficinas de trabalho em quatro assembleias distintas: em 19 e 20 de novembro, a 1ª e 2 assembleias, no município de Sant’Ana do Livramento; em 03 de dezembro, a 3ª assembleia, no município de São Gabriel; e, no dia 17 de dezembro, a 4ª assembleia, no município de São Borja, onde foi apresentado e pactuado o plano estratégico regional do COREDE-FO e se iniciou o processo de criação de grupos para acompanhamento e avaliação do que foi planejado. Acredita-se que este processo de planejamento pode se configurar como um importante passo para o desenvolvimento da região, porém, este precisa ser seguido de outros passos para alcançar os objetivos propostos. Como sua manutenção e constante revisão. Contando com o comprometimento dos diversos atores regionais, públicos e privados, além das demais instituições relevantes como universidades e instituições do terceiro setor.

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REFERÊNCIAS

Fundação de Economia e Estatística. FEE DADOS. Disponível em: acessado em: 14/09/09. Agenda 2020 – O Rio Grande que queremos. Disponível em: Acessado em: 15/09/09 Cadernos de Regionalização. Secretaria do Planejamento e Gestão. Departamento de Planejamento Governamental/DEPLAN. Disponível em: Acessado em 14/09/09. RIO GRANDE DO SUL. 2005. Rumos 2015 – Estudo sobre Desenvolvimento Regional e Logística de Transportes no RS. Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Secretaria da Coordenação e Planejamento. Consorcio Booz Allen – FIPE – HLC. Porto Alegre. Instituto Brasileiro de geografia e estatística – IBGE. BANCO DE DADOS. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/ acessado em: 05/10/09. INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Ministério da Educação. Disponível em: acessado em: 14/09/2009. DATASUS - Banco de dados do Sistema Único de Saúde. Disponível em: Acessado em: 15/09/2009. IPEADATA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. DADOS. Disponível em: Acessado em: 16/09/2009. SINTESE/DATAPREV – Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social. Disponível em: Acessado em: 22/09/2009. PORTAL TRANSPARENCIA. Disponível em Acessado em: 25/09/2009. AGERT- Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão. Disponível em: Acessado em: 21/09/2009. Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul. Disponível em: . Acessado em: 22/09/2009. Central Sul de Jornais. Disponível em:< http://www.centralsuldejornais.com.br/.> Acesso em: 25/09/2009. AMFRO- Associação dos Municípios da Fronteira Oeste. Disponível em: Acesso em: 11/09/2009.

97 DETRAN - Departamento Estadual de Trânsito. Disponível em: 30/09/2009. DENIT - Departamento nacional de Infraestrutura de transportes Acessado em: 14/10/2009. DAER – Departamento Autônomo de estradas e rodagem. Disponível em: Acessado em: 14/10/2009. FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos. Disponível em: acessado em 15/09/09.

98 APÊNDICE 1

RELAÇÃO DOS INTERLOCUTORES POR MUNICÍPIO 01 - ALEGRETE - Titular : ARNALDO DA COSTA PAZ FILHO - Fone (55) 3961 1602 – 8403 4502 - e- mail: [email protected] (telefone e e-mail da chefe do gabinete do prefeito) Suplente : NILTO DELGADO – Fone 3961 1682 – 9938 0274 – e-mail: [email protected] 02 - BARRA DO QUARAI - TITULAR : ALVARO GENERALI – Fone: 55 3419 1218 – 9652 5731 - e- mail: [email protected] SUPLENTE : RAMONA ZULMA OLIVEIRA MORAES. 03 - ITAQUI - TITULAR: MARCOS SANTOS DOS SANTOS (PRESIDENTE COMUDE, SECRETARIO MUNICIPAL) Fone: 55 96137163 – e-mail: [email protected] SUPLENTE: ELDER ROBERIO AMARO CABRAL - PRESIDENTE DA CDL - Fone 55 99264668 - 04 - ITACURUBI - Titular JOSÉ ADOLFO CAETANO RIGON – Fone: 55 3366-1025/1055 - 9612- 6942 - e-mail: [email protected] Suplente - MARÍNDIA SILVA DA SILVA - Fone: 55 3366-1003 - e-mail: [email protected] 05 - MACAMBARÁ - Titular: NADYR LAUSMANN - fone 3435 1216, celular 8429 3724 - endereço AV. Luis Antonio de Medeiros, 68 cep:97.645-000 E-mail [email protected] Suplente MARTA ELISSE DINAT CRUZ - Fone 3435-1225, celular 8419 8202, endereço Rua Otavio Silveira, 012 cep: 97645-000 e-mail: [email protected] 06 - MANOEL VIANA - Titular: RAUL VALENTIM CORREA BATISTA - Fone 055 3256 1160 celular 9193 0508 – e-mail: [email protected] Suplente: EDUARDO MENEZES – Fone: 3256 1140 – e-mail: [email protected] 07 - QUARAI - Titular : SAUL ROSA DE CASTRO - Fone: 55 – 3423 6416 – 9101 6580 – e-mail : [email protected] Suplente: IZAR MIRAIHL PEREIRA – e-mail: [email protected] 08 - ROSÁRIO DO SUL - Titular : WALTER REIS SEVERO – Fone: 55 3231 7581 – 9651 7128 - e- mail: [email protected] Suplente: JORGE MARQUES DE OLIVEIRA 09 - SANTANA DO LIVRAMENTO - Titular: SÉRGIO ARAGON, Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico - 10 - SÃO BORJA - Titular : JEFFERSON OLEA HOMRICH - Vice Prefeito – Fone (55) 9107-8240 - [email protected] Suplente : LEO AGUSTO SHULTZ TATSCH - Secretario Municipal de Planejamento, Orçamento e Projetos - Fone 55 – 9901 2904 - [email protected] 11 - SÃO GABRIEL - Titular : PAULO ANTÔNIO DA SILVA OLIVEIRA, Secretário Municipal de Trabalho, Indústria e Comércio e Presidente do COMUDES de São Gabriel, End. Rua João Manuel, 442. Ed. Sepé Tiaraju, sala 307. centro. São Gabriel, RS. CEP 97.300.000. E-mail: [email protected] e [email protected] Fones (55) 3232-3025 e 9641-6723; Suplente : ARTUR DELFINO DE CASTRO GOULART, Secretário Municipal de Planejamento e Projetos e Vereador Municipal licenciado, eleito em 2008, end. Rua Duque de Caxias, nº 268. Palácio Placido de Castro. centro. São Gabriel, RS. CEP 97.300.000. E-mail: [email protected], fones: (55) 3232-3607 e 9979-3622; 12 - SANTA MARGARIDA DO SUL - TITULAR AMELIA CATARINA DE OLIVEIRA SANTIAGO - SECRETARIA DO PLANEJAMENTO – Fone 55 - 3615 3203 – 9623 6347 - [email protected] SUPLENTE: LUCIANA SOUTO DIAS - VICE PREFEITA 13 - URUGUAIANA - Titular - LUIZ AUGUSTO FUHRMANN SCHNEIDER – Fone (55) 9622 9687 - e-mail: [email protected] ( ACIU - Associação Comercial e Industrial de Uruguaiana ). Suplente - JORGE CLAUDEMIR PRESTES LOPES – Fone (55) 8112 7215 – e-mail: [email protected] ( CDL - Câmara de Dirigentes Lojistas de Uruguaiana ).

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APÊNDICE 2

PROGRAMAÇÃO DAS ASSEMBLEIAS REGIONAIS Planejamento Estratégico do COREDE – FO (2010 -2020) PROGRAMAÇÃO DAS ASSEMBLÉIAS 1ª Assembleia Regional – 19 de novembro de 2009 (L ivramento) Horário Atividade 13h Credenciamento 13:15h Abertura 13:30h Apresentação da equipe e metodologia 14h Oficina 1 - Apresentação do Diagnóstico (15min cada eixo) 15h Formação dos grupos de trabalho e apresentações dos participantes 15:15h Intervalo 15:30h Atividade em Grupo – Quadro potencialidades vs problemas 16:30h Apresentação do quadro por grupo (5min cada) 16:50h Oficina 2 - Referenciais Estratégicos (nos grupos) 17:50h Formação do 5º grupo (consolidação) 18h Instruções para próximo dia 2ª Assembleia Regional – 20 de novembro de 2009 (Livramento) 08:30h Apresentação do 5º grupo e pactuação dos referenciais 08:45h Oficina 3 – Objetivos Estratégicos (instruções) 09h Análise de problemas (causas principais vs secundárias) 10h Intervalo 10:15h Definição dos objetivos estratégicos 11h Apresentação e pactuação dos Objetivos Estratégicos 11:30h Instruções para próxima oficina 12h Encerramento 3ª Assembleia Regional – 03 de dezembro de 2009 (São Gabriel) 09h Abertura 09:30h Ofici na 4 – Estratégias (instruções) 09:40h Análise FOFA 10:40h Elaboração de Estratégias 11:40h Apresentação e pactuação das Estratégias 12h Intervalo 13:30h Oficina 5 – Projetos (instruções) 13:45h Ideias de projetos 14:30h Priorização de projetos 15h Intervalo 15:15h Elaboração de projetos 17:45h Instruções para próxima assembleia 18h Encerramento 4ª Assembleia Regional – 17 de dezembro de 2009 (São Borja) 14h Abertura 14:30h Apresentação do Plano Estratégico 16h Pactuação do plano 16:30h Encerramento

100 APÊNDICE 3

REPRESENTANTES DOS MUNICÍPIOS PARTICIPANTES DA 1ª ASSEMBLÉIA REGIONAL REALIZADA EM 19 DE NOVEMBRO DE 2009 EM SANT’ANA DO LIVRAMENTO NOME MUNICÍPIO GRUPO INSTITUICÃO João Carlos Caetano Rigon Itacurubi G.Econ. Prefeitura Adriane Schrmamm Maçambará G.Econ. Vice-prefeita Amélia Santiago Sta.Margarida do Sul G.Econ. Prefeitura Carlos Cirio Prates Alegrete C. de Vereadores Carlos Piowallau Vezzosi Manoel Viana G.Inst. Prefeitura Celeni de Oliveira Viana Alegrete G.Soc. C. de Vereadores Ederson Tavares Goulart Itaqui Prefeitura/COMUDE Eduardo Menezes Manoel Viana G.Est. Prefeitura Elder Cabral Itaqui G.Econ CDL Eurides Gafarati Alegrete G.Soc. C. de Vereadores Fabricío Alves Quaraí G.Soc. C. de Vereadores Fernando Abdulfatah Mahmud Rosário do Sul G. Inst. Prefeitura/COMUDE Francisco Izaguirry Rosário do Sul G.Econ. Sec.da Fazenda Gaspar Moura Quarai C. de Vereadores Giancarlo Ferriche Fonseca Uruguaiana G.Soc Prefeitura Giordane Cadaval Rodrigues Maçambará G.Soc. C. de Vereadores Gleber Machado Rosário do Sul G.Est. Prefeitura/COMUDE Hildebrando Santos Itaqui Prefeitura/COMUDE Hugo Chimenes São Borja Geral COREDE-FO Ione Andrade Goulart Itacurubi G.Soc. Prefeitura Ismael Gewehr Radamam São Borja G.Econ. Prefeitura Izar Pereira Quaraí G.Inst. Prefeitura Jeferson Pires Quarai C. de Vereadores Jorge Marques de Oliveira Rosário do Sul Prefeitura/COMUDE José Adolfo Rigon Itacurubi G.Est. Prefeitura Jucemar Tavares Pereira São Borja G.Inst. Prefeitura Judete Ferrari Alegrete G.Soc. C. de Vereadores Leila Betim Alegrete G.Soc. C. de Vereadores Léo Tatsch São Borja G.Est. Pref.-COMUDE Lisiane da Silva Schlick Livramento G.Econ. EMATER/COMUDE Lizandra Ferreira Pereira Livramento G.Soc. Prefeitura Luciana Barbosa Souto Dias Sta.Margarida do Sul G.Soc. Prefeitura Luis Augusto Sousa Brasil Sta.Margarida do Sul G.Inst. C.de Vereadores Luis Carlos Nascimento Barra do Quaraí G.Soc. COMUDE Luiz Mario Goulart Livramento G.Soc. Prefeitura Marcos Santos Itaqui G.Soc. Prefeitura Maria de Fátima Castro Alegrete G.Inst. Prefeitura Marindia Silva Itacurubi G.Inst. Prefeitura Mario Augusto Teixeira de Sousa Quarai C. de Vereadores Marta Dinat Cruz Maçambará G.Soc. Prefeitura Marta Pujol Livramento G.Inst. Sec.da Cultura Miguel de Mattos Maçambará G.Est. C.de Vereadores Nadir da Luz Quaraí G.Est. COMUDE Nadir Lausmann Maçambará G.Inst Prefeitura/COMUDE Nelci Oliveira Alegrete G.Est. Prefeitura Nelcy Almeida Alegrete G.Est. Prefeitura Nilto Delgado Alegrete G.Inst. Prefeitura Paul César Carvalho Uruguaiana G.Econ. CDL Paulo Fagundes de Quadros Rosário do Sul G.Soc. Prefeitura/COMUDE Paulo Fernandes Quaraí G.Soc. COMUDE Raul Valentin Correa Batista Manoel Viana G.Econ. Prefeitura/COMUDE Robson Cabral Santana do Livramento G.Inst. Prefeitura Roitmam Manganelli Manoel Viana G.Soc. Prefeitura Ruth Peres de Oliveira Livramento G.Inst. 19°CRE Sandro Carlos Gonçalves Livramento G.Soc. C.de Bombeiros Traudi Figur São Borja G.Soc. Prefeitura Vicente Paveck Sanchez Itaqui G.Est. Prefeitura Walter Reis Severo Rosário do Sul G.Soc. COREDE

101 APÊNDICE 4 REPRESENTANTES DOS MUNICÍPIOS PARTICIPANTES DA 2ª ASSEMBLÉIA REGIONAL REALIZADA EM 20 DE NOVEMBRO DE 2009 EM SANT’ANA DO LIVRAMENTO NOME E-MAIL GRUPO INSTITUICÃO Adriane Schrmamm Maçambará G.Econ. Prefeitura Amélia Santiago Sta.Margarida do Sul G.Econ. Prefeitura Antonio Cesar Fontoura São Gabriel G.Soc. Santa Casa Arnaldo da Costa Paz Filho Alegrete G.Econ. Prefeitura Avelar Fortunato Livramento G.Soc. Unipampa Carlos de Souza Manoel Viana G.Inst. Dionisio Mazui Porto Alegre G.Econ. Força Sindical Ederson Tavares Goulart Itaqui Prefeitura - COMUDE Edis Elgarte Diaz Livramento G.Econ. CDL Eduardo Azambuja São Gabriel G.Soc. Santa Casa Eduardo Menezes Manoel Viana G.Est. Prefeitura Fabricío Alves Quaraí G.Soc. C. de Vereadores Fernanado Abdulfatah Mahmud Rosário do Sul G.Inst. Prefeitura - COMUDE Francisco Izaguirry Rosário do Sul G.Econ. Sec.da Fazenda Gaspar Moura Quaraí C. de Vereadores Giancarlo Ferriche Fonseca Uruguaiana G.Soc Prefeitura Giordane Cadaval Rodrigues Maçambará G.Soc. C. de Vereadores Gleber Machado Rosário do Sul G.Est. Prefeitura - COMUDE Hildebrando Santos Itaqui Prefeitura - COMUDE Ione Andrade Goulart Itacurubi G.Soc. Prefeitura Ione Caminha Manoel Viana G.Soc. Prefeitura Ismael Gewehr Ramadam São Borja G.Econ. Prefeitura Izar Pereira Quaraí G.Inst. Prefeitura Jeferson Pires Quaraí C. de Vereadores João Carlos Caetano Rigon Itacurubi G.Econ. Prefeitura Jocemar Tavares Pereira São Borja G.Inst. Prefeitura Jorge Marques de Oliveira Rosário do Sul Prefeitura - COMUDE José Adolfo Rigon Itacurubi G.Est. Prefeitura José Alacir da Silveira Sta.Margarida do Sul G.Est. Prefeitura Léo Tatsch São Borja G.Est. Prefeitura - COMUDE Lisiane da Silva Schlick Livramento G.Econ. EMATER - COMUDE Lizandra Ferreira Pereira Livramento G.Soc. Prefeitura Luciana Barbosa Souto Dias Sta.Margarida do Sul G.Soc. Prefeitura Luis Augusto Sousa Brasil Sta.Margarida do Sul G.Inst. C.de Vereadores Luis Carlos Nascimento Barra do Quaraí G.Soc. COMUDE Luiz Mario Goulart Livramento G.Soc. Prefeitura Marcio Saldanha Manoel Viana G.Soc. Prefeitura Marcos Santos Itaqui G.Soc. Prefeitura Marindia Silva Itacurubi G.Inst. Prefeitura Marta Dinat Cruz Maçambará G.Soc. Prefeitura Nadir da Luz Quaraí G.Est. COMUDE Nadir Lausmann Maçambará G.Inst Prefeitura - COMUDE Nelci Oliveira Alegrete G.Est. Prefeitura Nelcy Almeida Alegrete G.Est.. Prefeitura Nelmo Gonçales de Oliveira Livramento G.Econ. C.de Vereadores Nilto Delgado Alegrete G.Inst. Prefeitura Nilvanês Jobim Rosa São Gabriel G.Soc. Sec. De Educação Paul César Carvalho Uruguaiana G.Econ. CDL Paulo Antonio Oliveira São Gabriel G.Est. Prefeitura Paulo Duarte Mota Uruguaiana G.Soc. C.de Bombeiros Paulo Fagundes de Quadros Rosário do Sul G.Soc. Prefeitura - COMUDE Paulo Fernandes Quaraí G.Soc. COMUDE Paulo Renato Martins São Gabriel G.Econ. Prefeitura Raul Valentim Correa Batista Manoel Viana G.Econ. Prefeitura - COMUDE Roitmam Manganelli Manoel Viana G.Soc. Prefeitura Ruth Peres de Oliveira Livramento G.Inst. 19°CRE Sandro Carlos Gonçalves Livramento G.Soc. C.de Bombeiros Silvana Ben Salbego Manoel Viana G.Soc. Prefeitura Traudi Figur São Borja G.Soc. Prefeitura Walter Reis Severo Rosário do Sul G.Soc. COREDE

102 APÊNDICE 5 REPRESENTANTES DOS MUNICÍPIOS PARTICIPANTES DA 3ª ASSEMBLÉIA REGIONAL REALIZADA EM 03 DE DEZEMBRO EM SÃO GABRIEL NOME MUNICÍPIO GRUPO INSTITUICÃO Amélia Santiago Sta.Margarida do Sul G.Econ. Prefeitura Antonio Cesar Fontoura São Gabriel G.Soc. Santa Casa Arnaldo da Costa Paz Filho Alegrete G.Econ. Prefeitura Carlos Piowallau Vezzosi Manoel Viana G.Inst. Prefeitura Claudete Machado Itaqui G. Soc. Prefeitura Cláudio Moreira São Gabriel G. Inst. Prefeitura Danilo Fernando Rodrigues Barra do Quaraí G. Soc. Prefeitura Ederson Tavares Goulart Itaqui Prefeitura - COMUDE Eduardo Azambuja São Gabriel G.Soc. Santa Casa Eduardo Menezes Manoel Viana G.Est. Prefeitura Elder Cabral Itaqui G.Econ. CDL Fabricío Alves Quaraí G.Soc. C. de Vereadores Fernanado Abdulfatah Mahmud Rosário do Sul G.Inst. Prefeitura - COMUDE Francisco Izaguirry Rosário do Sul G.Econ. Sec.da Fazenda Gaspar Moura Quaraí C. de Vereadores Giancarlo Ferriche Fonseca Uruguaiana G.Soc Prefeitura Giordane Cadaval Rodrigues Maçambará G.Soc. C. de Vereadores Giovane Puglieiro Manoel Viana G. Soc. Câmara de Vereadores Gleber Machado Rosário do Sul G.Est. Prefeitura/COMUDE Hugo Chimenes São Borja Geral COREDE-FO Ismael Gewehr Ramadam São Borja G.Econ. Prefeitura Jeferson Pires Quaraí C. de Vereadores João Carlos Caetano Rigon Itacurubi G.Econ. Prefeitura Jocemar Tavares Pereira São Borja G.Inst. Prefeitura Jorge Marques de Oliveira Rosário do Sul Prefeitura - COMUDE José Alacir da Silveira Sta.Margarida do Sul G.Est. Prefeitura Léo Tatsch São Borja G.Est. Prefeitura - COMUDE Luciana Barbosa Souto Dias Sta.Margarida do Sul G.Soc. Prefeitura Luis Augusto Sousa Brasil Sta.Margarida do Sul G.Inst. C.de Vereadores Márcio Jacinto Biage São Gabriel G. Soc. Prefeitura Marcos Santos Itaqui G.Soc. Prefeitura Mario Augusto Teixeira de Sousa Quaraí C. de Vereadores Marta Dinat Cruz Maçambará G.Soc. Prefeitura Miguel de Mattos Maçambará G.Est. C.de Vereadores Nadir Lausmann Maçambará G.Inst Prefeitura/COMUDE Nelci Oliveira Alegrete G.Est. Prefeitura Nelcy Almeida Alegrete G.Est. Prefeitura Nilto Delgado Alegrete G.Inst. Prefeitura Nilvanês Jobim Rosa São Gabriel G.Soc. Sec. De Educação Paulo Antônio S. Oliveira São Gabriel G. Inst. Prefeitura Paulo Duarte Mota Uruguaiana G.Soc. C.de Bombeiros Paulo Fagundes de Quadros Rosário do Sul G.Soc. Prefeitura/COMUDE Richard Generale Barra do Quaraí G.Soc. Prefeitura Roitmam Manganelli Manoel Viana G.Soc. Prefeitura Roque Montagner São Gabriel G. Soc. Santa Casa Saul Rosa de Castro Quaraí G. Inst. Prefeitura - COMUDE Silvana Ben Salbego Manoel Viana G.Soc. Prefeitura Tatiani Martins São Gabriel G. Inst. Comerciante Traudi Figur São Borja G.Soc. Prefeitura Vicente Paveck Sanchez Itaqui G.Est. Prefeitura Walter Reis Severo Rosário do Sul G.Soc. COREDE

103 APÊNDICE 6 REPRESENTANTES DOS MUNICÍPIOS PARTICIPANTES DA 4ª ASSEMBLÉIA REGIONAL REALIZADA EM 17 DE DEZEMBRO EM SÃO BORJA NOME MUNICIPIO GRUPO INSTITUICÃO Alvaro Carvalho L. São Borja Prefeitura Amélia Santiago Sta.Margarida do Sul G.Econ. Prefeitura Angela Regina Pires Costa São Borja Conselho de Educação Antônio da Rosa Carvalho São Borja COMDICA Ederson Tavares Goulart Itaqui Prefeitura - COMUDE Eduardo Menezes Manoel Viana G.Est. Prefeitura Eduardo Vieira da Silva São Borja Unipampa Fernando Martins de Menezes Uruguaiana Agência de Desenv. Gaspar Moura Quaraí C. de Vereadores Giancarlo Ferriche Fonseca Uruguaiana G.Soc Prefeitura Giordane Cadaval Rodrigues Maçambará G.Soc. C. de Vereadores Giovane Puglieiro Manoel Viana G. Soc. Câmara de Vereadores Gleber Machado Rosário do Sul G.Est. Prefeitura/COMUDE Hildebrando Santos Itaqui Prefeitura - COMUDE Hugo Chimenes São Borja Geral COREDE-FO Ismael Gewehr Ramadam São Borja G.Econ. Prefeitura Jocemar Tavares Pereira São Borja G.Inst. Prefeitura José Adolfo Rigon Itacurubi G.Est. Prefeitura José Alacir da Silveira Sta.Margarida do Sul G.Est. Prefeitura Léo Tatsch São Borja G.Est. Prefeitura - COMUDE Luciana Barbosa Souto Dias Sta.Margarida do Sul G.Soc. Prefeitura Luis Augusto Sousa Brasil Sta.Margarida do Sul G.Inst. C.de Vereadores Luis Carlos Nascimento Barra do Quaraí G.Soc. COMUDE Marcos Santos Itaqui G.Soc. Prefeitura Maria Antonia Velloso Roses URCAMP Mario Augusto Teixeira de Sousa Quaraí C. de Vereadores Miguel Mattos Maçambará G.Est. C.de Vereadores Nadir Lausmann Maçambará G.Inst Prefeitura/COMUDE Nelcy Almeida Alegrete G.Est.. prefeitura Nilto Delgado Alegrete G.Inst. prefeitura Paulo Duarte Mota Uruguaiana G.Soc. C.de Bombeiros Paulo Fagundes de Quadros Rosário do Sul G.Soc. Prefeitura/COMUDE Raul Valentin Correa Batista Manoel Viana G.Econ. Prefeitura - COMUDE Roitmam Manganelli Manoel Viana G.Soc. Prefeitura- Saul Rosa de Castro Quaraí COMUDE Silvana Ben Salbego Manoel Viana G.Soc. Prefeitura Vicente Paveck Sanchez Itaqui G.Est. Prefeitura

104 APÊNDICE 7 COMISSÃO GESTÃO ESTRUTURAL NOME E-MAIL CIDADE EIXO INSTITUIÇÃO Agnelo Aquino São Borja Prefeitura Prefeitura- Léo Tatsch [email protected] São Borja G.Est. COMUDE Nelci Oliveira [email protected] Alegrete G.Est. Prefeitura Eduardo Menezes [email protected] Manoel Viana G.Est. Prefeitura Mario Augusto Teixeira de C. de marioaugustodesousa@hotmail. Quaraí Sousa Vereadores Maria Antonia Roses [email protected] G. Est. URCAMP Gleber Machado [email protected] Rosário do Sul Dilmar Menezes Nequi Rosário do Sul Prefeitura Nelcy Almeida [email protected] Alegrete Prefeitura Otália Pereira URCAMP Maria Antonia Roses [email protected] URCAMP

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APÊNDICE 8 COMISSÃO GESTÃO ECONÔMICA NOME E-MAIL CIDADE EIXO INSTITUIÇÃO C. de Gaspar Moura [email protected] Quaraíl Vereadores Sta.Margarida do Amélia Santiago [email protected] G.Ec. Prefeitura Sul Ismael Gewehr Radamam [email protected] São Borja G.Ec. Prefeitura Prefeitura- Raul Valentin Correa Batista [email protected] Manoel Viana G.Ec. COMUDE Sec.da Francisco Izaguirry [email protected] Rosário do Sul G.Ec. Fazenda Prefeitura- Jorge Marques de Oliveira Rosário do Sul COMUDE Sergio Allende [email protected] São Borja COMUDE Pedro Costa Maria Antonia Roses [email protected] URCAMP Augusto José Pinto Souto URCAMP

106 APÊNDICE 9 COMISSÃO GESTÃO SOCIAL Educação, Cultura e Lazer Nome E-mail Cidade Eixo Instituição Giancarlo Ferriche Fonseca [email protected] Uruguaiana G.Soc Prefeitura G. Prefeitura- Saul Rosa de Castro [email protected] Quaraí Inst. COMUDE Carlos Balsemão Conselho Municipal Fabiano Santiago Pereira [email protected] São Borja do Fundeb Conselho de Angela Regina Pires Costa [email protected] São Borja Educação Silvana Ben Salbego [email protected] Manoel Viana G.Soc. Prefeitura Maria Antonia Roses [email protected] G Soc. URCAMP Ana Claudia Gattiboni Dutra URCAMP

Saúde e Assistência Social Nome E-mail Cidade Eixo Instituição Giancarlo Ferriche Fonseca [email protected] Uruguaiana G.Soc Prefeitura Traudi Figur [email protected] São Borja G.Soc. Prefeitura Sta.Margarida Luciana Barbosa Souto Dias [email protected] G.Soc. Prefeitura do Sul Roitmam Manganelli [email protected] Manoel Viana G.Soc. Prefeitura- Rosário do Walter Reis Severo [email protected] G.Soc. COREDE Sul Paulo Fagundes de Rosário do [email protected] G.Soc. Prefeitura/COMUDE Quadros Sul Barra do Richard Generale [email protected] G.Soc. Prefeitura Quaraí Barra do G. Danilo Fernando Rodrigues [email protected] Prefeitura Quaraí Soc. Alvaro Carvalho L. [email protected] São Borja Prefeitura Barra do Luis Carlos Nascimento [email protected] G.Soc. COMUDE Quaraí Luiz Carlos Porto URCAMP

Segurança Nome E-mail Cidade Eixo Instituição Paulo Duarte Mota [email protected] Uruguaiana G.Soc. C.de Bombeiros Corpo de Pedro Ricardo Maran Burgel [email protected] Livramento Bombeiros Maria Antonia Roses [email protected] G Soc. URCAMP

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APÊNDICE 10 COMISSÃO GESTÃO INSTITUCIONAL Nome E-mail Cidade Eixo Instituição Luis Augusto Sousa Sta.Margarida G.Ins. C.de Vereadores Brasil do Sul Fernando Martins de Agência de [email protected] Uruguaiana Menezes Desenvolvimento Jocemar Tavares [email protected] São Borja G.Inst. Prefeitura Pereira Nilto Delgado [email protected] Alegrete G.Inst. Prefeitura Fernanado Abdulfatah Prefeitura- [email protected] Rosário do Sul G.Inst. Mahmud COMUDE Maria Antonia Roses [email protected] G. Inst. URCAMP

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