REVISTA CLIMA Ondas de frio serão menos frequentes no outono/inverno de 2019

Ano XI - No 62 - Março/Abril de 2019

Afonso Zavarese, Dom Pedrito, RS

SAFRA DE ALTOS E BAIXOS Produtividades da soja apresentaram grandes variações na temporada 2018/19

Mar / Abr de 2019 | Revista C.Vale 1 O HÍBRIDO CERTO PARA A SUA REGIÃO

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2B210 PW POWERCORE™ é uma tecnologia desenvolvida pela Dow AgroSciences e Monsanto. POWERCORE™ é marca registrada da Monsanto LLC. registrada é marca POWERCORE™ e Monsanto. AgroSciences pela Dow é uma tecnologia desenvolvida POWERCORE™ Company. Group da Syngenta registrada é marca Agrisure® Monsanto e Syngenta. AgroSciences, da Dow tecnologia licenciada contém Ultra POWERCORE™

PM 172 FOR-025-19 Anuncio Hibridos de Milho 21x28.indd 1 27/03/19 09:24 PALAVRA DO PRESIDENTE Agronegócio, carro-chefe outra vez

Se 2019 começou com quebras na safra de soja por problemas climáticos nas principais regiões produ- tores, as perspectivas para o milho safrinha são bem mais promissoras. Com plantio antecipado, boa dis- tribuição de chuvas e ausência de geadas, a tendência é de safra cheia.

Bom para produtores de grãos e também para os segmentos de carnes e leite, que dependem do cereal como matéria-prima para ração. Com milho disponí- vel, os produtores poderão aproveitar oportunidades de ganho com eventuais altas do dólar ou com a dis- puta comercial entre China e Estados Unidos. Para A tendência é de produtores de leite, suínos, frangos e peixes, a oferta que, também em abundante do grão evita alta excessiva dos custos. 2019, o agronegócio seja o carro-chefe a A propósito, a C.Vale está ampliando a produ- puxar a recuperação ção de frangos e este ano queremos chegar a 600 mil da economia aves/dia. O ano começou promissor para o segmento graças à demanda externa, principalmente da China. Também estamos ampliando a produção de peixes. O volume de abate estava em 85 mil tilápias/dia em março e deve chegar a 100 mil por dia até o final de 2019. Por enquanto, a produção está direcionada ao mercado interno, mas a cooperativa está negociando a venda também ao exterior.

No caso do trigo, a decisão do governo federal de permitir a compra do grão norte- -americano sem a tarifa de importação de 10% deve desestimular ainda mais o produ- tor nacional e causar problemas no relacionamento comercial com a Argentina, nosso principal fornecedor.

Com essas perspectivas, a tendência é de que, também em 2019, o agronegócio seja o carro-chefe a puxar a recuperação da economia. Esperamos que nossas autoridades tenham sensibilidade suficiente para garantir o crédito em taxas e prazos compatíveis com a rentabilidade do setor para sustentar e reforçar a retomada do crescimento.

Alfredo Lang Diretor-presidente da C.Vale

Mar / Abr de 2019 | Revista C.Vale 3 NESTA EDIÇÃO

AGRONEGÓCIO Avenida Independência, 2347 06 Fone (44) 3649-8181 - CEP 85950-000 Palotina – Paraná Doutor em Economia Rural diz que www.cvale.com.br Brasil deve mirar Ásia e África para 4 MISSÃO comercializar seus produtos Produzir alimentos com excelência para o consumidor. 4 VISÃO RENDA Ser a melhor empresa no segmento 08 C.Vale quer ampliar número de associados de alimentos para os nossos clientes. 4 FILOSOFIA que investem na diversificação de atividades Somos uma cooperativa na filosofia, na gestão, uma empresa que visa satisfação e lucro para todos. TECNOLOGIA 4 POLÍTICA DA QUALIDADE E SEGURANÇA DOS ALIMENTOS 15 Atender as expectativas dos nossos cooperados, fornecedores, Tratamento de Sementes Industrial com clientes, consumidores, funcionários e comunidade, através de uso de inoculante melhora desempenho sistema seguro, legal e autêntico de melhoria contínua das pessoas, das lavouras de soja dos processos e dos produtos. 4 PRINCÍPIOS E VALORES Foco no cliente SOJA Ser comprometido 18 Agir com honestidade Clima irregular fez com que produtivi- Agir com respeito dades da soja variassem bastante nos Praticar a sustentabilidade principais estados produtores DIRETORIA EXECUTIVA Presidente: Alfredo Lang Vice-presidente: Ademar Pedron Diretor-secretário: Walter Andrei Dal’Boit

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Adelar Viletti, Antonio de Freitas, Celso Utech, Eurico de Freitas Miranda, João Teles Morilha e Orival Roque Betinelli

CONSELHO FISCAL Efetivos: Eneci Geovani Rizzo, Claudinei Hafemann e Ênio Weiss Hubner Suplentes: Edmir Antônio Soares, Carlos Alfredo Kaiser e Rudi Fidler

MUNICÍPIOS COM UNIDADES DE NEGÓCIO DA C.VALE Paraná - , Assis Chateaubriand, Brasilândia do Sul, , Campo Mourão, Clevelândia, Dr. Camargo, Floresta, Francisco Alves, Goioerê, Guaíra, , , Mamborê, , Maripá, , , Palotina (matriz), Pitanga, , Roncador, São João do Ivaí, São Jorge do Ivaí, Sarandi, Terra Boa, Terra Roxa, Turvo e Santa Catarina - Abelardo Luz e dos Guedes. Mato Grosso - Cláudia, Diamantino, Feliz Natal, Nova Mutum, Nova Ubiratã, Santa Carmem, Sinop, Sorriso e Vera. MULHERES Mato Grosso do Sul – Amambaí, Antônio João, Aral Moreira, Caarapó, 24 Seminário promovido pela C.Vale atraiu Dourados, Fátima do Sul, Itaporã, Itaquiraí, Navirai, Ponta Porã, Rio Brilhante, Tacuru e Laguna Carapã. 1.500 mulheres de 21 municípios do PR Rio Grande do Sul - Bagé, Boa Vista do Cadeado, Bozano, Catuípe, Cruz Alta, Dilermando de Aguiar, Dom Pedrito, Fortaleza dos Valos, Jari, Jóia, Júlio de Castilhos, Palmeira das Missões, Santa Bárbara do Sul, Santo Ângelo, São Borja, São Luiz Gonzaga, Selbach, Tapera e Tupanciretã. Paraguai - Katueté, Corpus Christi e La Paloma.

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO Gerente - Jonis Centenaro Jornalistas - Almir Trevisan, Sara Ferneda Messias e Renan Tadeu Pereira Marketing - Luciano Campestrini, Michelle Sandri Lima e Rafael Clarindo e-mail - [email protected]

Projeto Gráfico: HDS e Kadabra Design Editoração: HDS Impressão: Gráfica Tuicial Representantes comerciais: Agromídia - (11) 5092-3305 Guerreiro Agromarketing - (44) 3026-4457

4 Revista C.Vale | Mar / Abr de 2019 ENTRE ASPAS

Excelência é As pessoas não vão fazer o melhor precisar ir para longe repetidas vezes para buscar empregos e ter qualidade de vida Ex-nadador e medalhista olímpico Gustavo Borges (foto), Presidente da C.Vale, Alfredo Lang, durante palestra motivacional sobre as novas oportunidades de em Palotina, dia 19 de março. trabalho que serão criadas com a expansão do parque industrial da C.Vale.

A gente não pode achar que (...) uma taxa de 11% é razoável Ministra Tereza Cristina sobre o nível dos juros para o agronegócio.

Mar / Abr de 2019 | Revista C.Vale 5 ENTREVISTA EXCLUSIVA Brasil deve ter foco na Ásia e África

aíses populosos dos continentes asiático Pe africano são o grande mercado para os alimentos brasileiros. Para o doutor em Eco- nomia dos Recursos Naturais e mestre em Ci- ências Agrícolas, Aírton Spies, as autoridades diplomáticas do Brasil devem dar prioridade a nações com grande potencial de consumo. Ex-secretário de Agricultura e Pesca de Santa Catarina, ele diz, porém, que o Brasil está certo em buscar maior aproximação com os Estados Unidos.

REVISTA C.VALE - O presidente Jair Bolso- naro está buscando uma aproximação com os Estados Unidos, país que, além de ser nosso concorrente no comércio de grãos, está em meio a uma guerra comercial com a China. Essa estratégia não é arriscada considerando-se que os chineses compram 80% da soja exportada pelo Brasil? AIRTON SPIES - Não acho que uma apro- ximação com os Estados Unidos seja arriscado e que isso nos afaste da China em termos de acesso ao mercado da soja. A reaproximação do Brasil com os Estados Unidos é positiva. O Brasil precisa mostrar ao mundo que tem como estratégia de desenvolvimento uma economia liberal, que valoriza o empreendedorismo, a livre iniciativa e a segurança jurídica para os in- vestimentos e para o capital privado. Só assim o Brasil poderá contar com a alavancagem do investimento estrangeiro tão necessário para a criação de empregos e renda. Ser parceiro dos Estados Unidos e ter um bom relaciona- AIRTON SPIES mento com a nação que é a maior economia do planeta é imprescindível e demonstra que “A China é uma gigantesca o Brasil está aberto ao mercado global. Ou seja, oportunidade para o Brasil” o Brasil precisa ser parceiro e concorrente dos Estados Unidos ao mesmo tempo. Mercado é virá dos Estados Unidos ou da Europa, e sim uma via de mão dupla. Essa é a estratégia de dos países populosos da Ásia e África que es- economias que querem crescer e gerar oportu- tão em franco crescimento de suas economias nidades para seus cidadãos. Não resta dúvida industriais e, assim, vão aumentar muito o seu de que o maior potencial do Brasil no mercado consumo de alimentos. É nesses países que a internacional está nos produtos agropecuários diplomacia brasileira deve investir para abrir e a maior demanda por nossos produtos não mais mercados. Estive na China em novembro

6 Revista C.Vale | Mar / Abr de 2019 do ano passado e vi que lá a população é de 1,4 para o tesouro público, incompatíveis com a bilhão de pessoas, e o consumo de alimentos sua receita. Sem investimentos em infraestru- cresce a uma taxa de 11% ao ano, portanto uma tura o Brasil é, hoje, um carro que anda com gigantesca oportunidade para o Brasil. freio de mão puxado. Assim, a economia não anda e o país vai parando por conta de tantos REVISTA C.VALE - O Brasil tem se mos- gargalos. As parcerias público-privadas são trado competitivo da porteira para dentro uma excelente alternativa para acelerar os in- das propriedades rurais. Falta melhorar o vestimentos no Brasil. Não existe almoço grátis, escoamento da produção e isso passa, em os investimentos terão que ser pagos, sejam parte, por custos menores com frete. Você eles feitos pelo governo ou pela iniciativa pri- acredita que os exageros nas taxas de pe- vada. A diferença é que com a participação da dágio vão acabar por forçar a busca por um iniciativa privada os projetos serão realizados novo modelo, com tarifas menores? com mais rapidez, eficiência e menor custo. AIRTON SPIES - Sim. A agropecuária brasi- Esperar pelos investimentos exclusivamente leira já fez o dever de casa, investindo em tec- do governo pode não ser a melhor opção para nologias e se tornou muito eficiente da porteira o setor privado, por isso temos que apostar para dentro, mas, infelizmente, o setor perde nas parcerias. grande parte dessa competitividade quando sai da porteira e vai para o mercado. Temos REVISTA C.VALE - O senhor vê condições uma das logísticas de transporte mais inefi- de flexibilização de exigências ambientais cientes e caras do mundo, baseadas no cami- aos produtores rurais nos próximos anos nhão. Qualquer custo exagerado de pedágios sem que isso venha a causar danos à ima- que cria assimetrias de competitividade acaba gem do Brasil no exterior? sendo insustentável e não é uma questão de AIRTON SPIES - Sim, é possível produzir “se” isso deve ser corrigido, mas apenas de preservando e preservar produzindo. A sus- “quando” deverá ser mudado esse cenário tentabilidade econômica, social e ambiental de preços incompatíveis com a contrapartida é um requisito da “boa agricultura”. O Brasil oferecida. Pedágios existem na maioria dos provou que já faz isso, quando fez o Cadastro países desenvolvidos, mas a questão sempre Ambiental Rural, no qual foi revelado que é ter equilíbrio entre o valor cobrado e os in- a agricultura utiliza apenas 8% do território vestimentos e serviços dados em troca. Está nacional e a pecuária 20%, sendo que 61% são na hora de o Brasil rever seu modal de trans- preservados e cobertos com vegetação nativa. portes e colocar mais concorrência a favor do Poucos países do mundo que são importantes produtor. na produção de alimentos têm uma condi- ção tão favorável ao meio ambiente. O Brasil REVISTA C.VALE - Para um país de propor- precisa comunicar isso melhor para o mun- ções continentais como o Brasil, as ferrovias do. Muitas vezes o agronegócio brasileiro é são uma opção importante para a redução apontado como o vilão do meio ambiente, que de custos com frete. Com as enormes di- nossa produção é feita com degradação dos ficuldades financeiras do governo federal, recursos naturais, o que não é verdade. Nossas a realização de parcerias com a iniciativa autoridades diplomáticas precisam se empe- privada passou a ser a alternativa para a nhar mais em mostrar quanto esforço o país ampliação da malha ferroviária? faz para preservar o meio ambiente e mostrar AIRTON SPIES – Exatamente. Sem ferrovias que nossa legislação ambiental é uma das mais e hidrovias o Brasil nunca será competitivo em completas e severas do mundo. Não é o caso custo de transportes. A capacidade de investi- de flexibilizar a legislação, mas sim, ter uma mento do governo federal e dos governos esta- burocracia positiva, ágil, clara, sem a grande duais está muito limitada, quase inexistente no demora e insegurança jurídica que temos hoje curto prazo, em função do gigantesco déficit no país em relação aos licenciamentos. Há nas contas públicas decorrente de adminis- muito o que melhorar nesse aspecto para que trações irresponsáveis, corrupção e de uma a legislação passe a ser parte da solução e não constituição generosa que criou obrigações parte do problema.

Mar / Abr de 2019 | Revista C.Vale 7 EM DESTAQUE

Lang se reuniu com 140 associados e funcionários em abril

EXEMPLOS DE VIABILIDADE As famílias Pasqualotto e Bonafim, de Aposta na Palotina (PR), comprovam a viabilidade dessa estratégia. Eles produzem grãos, suínos, leite e feno. “Se fosse só a produção diversificação de grãos, a gente não conseguiria viver em três famílias com 17 hectares. Vejo meu C.VALE QUER MAIS ASSOCIADOS APROVEITANDO vô feliz, bem, com 94 anos, meus pais vi- OPORTUNIDADES DE GERAÇÃO DE RENDA vendo tranquilos”, confidencia Margarete Pasqualotto, casada com Ilvo Bonafim. A filha Michele tem planos de permanecer no diversificação de ativi- ele apresentou a evolução da campo. “Vou fazer Veterinária e ficar na Adades criou novas opor- C.Vale nos últimos 25 anos e propriedade. Tenho muito orgulho do tra- tunidades de renda aos asso- estimulou famílias de associa- balho dos meus pais”, diz ela, emocionada. ciados da C.Vale, alavancou o dos a diversificar para garan- Em Assis Chateaubriand (PR), a família crescimento da cooperativa e tir o futuro dos filhos. Reganhan apostou na produção de tilá- permitiu a abertura de milha- Dez vídeos com depoi- pias pelo sistema de integração da C.Vale res de novos empregos. mentos de cooperados foram para melhorar a renda da propriedade de A estratégia que, há quase produzidos para exemplificar 29 hectares. “Se não fosse o peixe, a gente duas décadas e meia, vem o ganho de renda e a melhoria estaria trabalhando na cidade”, confessa reduzindo a dependência da qualidade de vida conse- Marcos. dos produtores do cultivo de guidos através da avicultura, O irmão Marcelo acrescenta que a área grãos e abrindo possibilidades suinocultura, piscicultura, da de dois hectares e meio de lâmina d’água para a permanência dos filhos produção de leite e mandioca. sustenta cinco pessoas. “Precisaria de uns na propriedade está sendo “Uma pequena propriedade 40 ou 50 hectares de lavoura com safra reforçada pelo presidente da pode ter uma grande renda cheia todo ano para ter a mesma renda cooperativa, Alfredo Lang. e pode manter os filhos no de dois hectares e meio de piscicultura”, Em uma rodada de reuni- campo com a diversificação”, calcula. “Dá para sonhar na propriedade. ões marcada para abril e maio, sustenta Lang. A gente pretende aumentar a produção de peixes”, completa Marcos.

8 Revista C.Vale | Mar / Abr de 2019 Famílias de produtores que participaram dos vídeos sobre diversificação de atividades

Mar / Abr de 2019 | Revista C.Vale 9 EM DESTAQUE

Em Faxinal dos Guedes, encontro teve a participação de 178 pessoas Reuniões em Santa Catarina Duas reuniões promovidas pela C.Vale em Santa Catarina reuni- ram 178 associados em Faxinal dos Guedes e 230 cooperados em Abelardo Luz dias 25 e 26 de feve- reiro. O vice-presidente da coope- rativa, Ademar Pedron, apresentou números sobre o desempenho da C.Vale em 2018. Os produtores também acompanharam palestras sobre tendências dos mercados de grãos, com o gerente da Divisão de Comercialização, Edio Schreiner, e de insumos, com o gerente da Di- visão de Produção, Armando Lang. Conselheiros de Administração também estiveram presentes. Evento promovido pela C.Vale em Abelardo Luz contou com 230 participantes

FUNRURAL - A Frente Parla- a medida contraria a Lei de Responsa- acredito que o perdão não vá ocorrer, mentar da Agropecuária está co- bilidade Fiscal. mas penso que não vai acontecer na brando do presidente Jair Bolsonaro O comando da Frente Parlamen- totalidade”, admite. o cumprimento de sua promessa de tar da Agropecuária (FPA) pressiona Um especialista em dívidas campanha de anulação das dívidas o governo por uma definição sobre o agrícolas avalia que a solução mais com o Funrural. assunto. O presidente da FPA, Alceu viável seria a reabertura do prazo O Ministério da Economia resiste Moreira, reconhece não acreditar mais para adesão ao Refis, encerrado em à anulação das dívidas alegando que no perdão do valor total da dívida. “Não dezembro.

10 Revista C.Vale | Mar / Abr de 2019 EM DESTAQUE

Diretores e lideranças da Ocepar reunidos em

do Paraná (Ocepar), dia 1º de abril, depender apenas do modal rodo- Faturamento em Curitiba. As 130 lideranças pre- viário. Precisamos resolver essa sentes aprovaram o relatório com a questão”. Ele também pretende em alta prestação de contas de 2018. apresentar propostas para a formu- VENDAS DAS As exportações das cooperativas lação do Plano Safra 2019/20. do estado totalizaram 3,9 bilhões COOPERATIVAS DO PR TÊM de dólares. Os investimentos em COPERATIVAS DO FORTE ALTA EM 2018 formação profissional e promoção PARANÁ EM 2018 social possibilitaram a realização As cooperativas do Paraná am- de 8.898 eventos, com 251 mil Faturamento Exportações pliaram em quase 19% o fatura- participações em treinamentos do R$ 83,5 bilhões US$ 3,9 bilhões mento em 2018 na comparação com Sescoop/PR. (+18,9%) (+ 17,6%) o ano anterior, alcançando R$ 83,5 O presidente da Ocepar, José Associados bilhões. O número de cooperados Roberto Ricken, foi reeleito para 1,8 milhão cresceu na mesma proporção e o comandar a entidade até 2023. Ele (+19,2%) quadro de funcionários chegou a revelou que, entre as prioridades 96 mil pessoas. Os números foram da entidade, estão a reforma tribu- Impostos Funcionários apresentados durante assembleia tária e a melhoria da infraestrutura R$ 2,1 bilhões 96 mil da Organização das Cooperativas de transporte: “O Brasil não pode

HOMENAGENS - Oito ex-diretores da Organi- zação das Cooperativas do Paraná (Ocepar) foram homenageados durante a assembleia geral ordiná- ria. Entre as pessoas que receberam o troféu “Coo- perativas, Orgulho do Pa- raná” estão o presidente da C.Vale, Alfredo Lang, e o da Sicredi Vale do Pi- quiri ABCD/PR/SP, Jaime Basso.

Alfredo Lang (com o tro- féu), da C.Vale, e Valter Pitol, da Copacol

Mar / Abr de 2019 | Revista C.Vale 11 PARANÁ Uma estratégia para replicar

Euzebio e os filhos Marcelo (boné) e Marcos: 80% da renda vem da avicultura

FAMÍLIA FERREIRA renda, mas uniu três famílias em e os filhos Marcos e Marcelo, com APROVEITOU A torno de um negócio promissor. suas famílias, moram na proprie- DIVERSIFICAÇÃO PARA Hoje já são três aviários, 63 mil aves dade em São Francisco, interior alojadas por lote, um quarto aviário de Assis Chateaubriand (PR). Seu MULTIPLICAR A RENDA para 35 mil frangos em execução e Euzebio chega a se emocionar ao dez pessoas vivendo numa área de revelar que a cooperativa reuniu a desafio lançado pela diretoria 22 hectares, sendo 14,5 destinados família com qualidade de vida no Oda C.Vale de abater, nos próxi- à produção de grãos. “Para termos campo. “Agradeço muito ao meu mos 30 anos, 3,2 milhões de frangos a renda que esses 360 mil frangos pai mais novo, seu Alfredo Lang, e peixes por dia e gerar 23 mil pos- alojados nos dão por ano, teríamos por ter me orientado lá atrás. É a tos de trabalho nas indústrias já está que ter 120 hectares de terra produ- diversificação que nos mantêm mexendo com o campo. A família zindo bem soja e milho. A diversifi- unidos na propriedade.” Ferreira acreditou na diversifica- cação representa hoje 80% da nossa É esse sentimento de sucessão ção, ainda em 1998, ao construir seu renda”, calcula o patriarca Euzebio que o casal alimenta diariamente primeiro aviário de campo. Emygdio Ferreira. nos filhos e netos. “Isso aqui é o A estratégia não trouxe apenas Ele, a esposa Guiomar Aleixo nosso paraíso, nossa felicidade”,

12 Revista C.Vale | Mar / Abr de 2019 Três gerações vivendo no campo graças 120 mil habitantes. Lembro que nossa à diversificação de atividades Família mudança chegou de (PR) no dia da emancipação do município, dia três variedades de bolo de milho, uma “Ferreira C.Vale” 20 de agosto de 1966”, recorda, com fornada quentinha de pão caseiro e De conversa mansa, seu Euzebio diz saudosismo. A pequena propriedade, doce de leite cremoso feito na hora, eles que é mineiro de nascença, paranaense fruto de herança familiar e dos lotes dizem que a felicidade mora ali. de criação, gaúcho por tradição, são- de frango, produz renda e praticamente -paulino de coração e C.Vale por voca- tudo que precisam para se manter com “Criamos até um slogan que diz ção. Ele revela que quando chegaram ao qualidade de vida no campo, da carne assim: família uma instituição sagrada, oeste do Paraná era tudo mato. Planta- às verduras e frutas. “Não troco a vida uma marca para a vida”, testemunha vam café até a geada de 1975 dizimar que tenho aqui por nada na cidade”, re- Marcos, brincando que, desde que en- tudo. Com a mecanização, passaram a sume Juliana que, até se casar, morava traram para o sistema de integração da cultivar soja e milho. na cidade. cooperativa, o sobrenome da família “Assis era uma cidade com mais de Em volta de uma mesa farta, com passou a ser Ferreira C.Vale.

complementa dona Guio- no Samuel, acredita menos de 500 metros do asfalto que mar. RADIO X num futuro promissor. liga Assis a Toledo, o que facilita Como a área era mui- SÍTIO SÃO JOÃO “Para comprar terra para os filhos estudar. Everton tem to pequena, Marcelo foi não tem financiamen- 17 anos. Entrou na última turma de trabalhar fora. Segundo Área...... 21,8 ha to, mas para construir Jovem Aprendiz da cooperativa e ele, o que ganhava como aviário tem e se paga. esse ano começou a cursar Agro- Aviários...... 3 funcionário mal pagava Queremos continuar nomia em Toledo. “É o frango que as contas do mês. “Hoje Aves...... 63 mil crescendo com a coo- paga a faculdade dele”, diz Marcos, ganho mais de dez vezes o perativa”, justifica Mar- que é casado com Eliane e pai de que recebia como empregado, sem celo. O irmão mais velho, Marcos, Murilo. Como são devotos de Nos- contar que aqui sou o dono e faço complementa dizendo que o sonho sa Senhora, Eliane brinca dizendo meus horários”, conta, feliz. é colocar mais aviários na proprie- que os dois irmãos trabalham e os dade. “O que é bom tem que dar sogros rezam. “Tudo que a gente CONTINUAR CRESCENDO continuidade. Tem que ter visão de faz com amor dificilmente dá er- Marcelo, que é casado com futuro”, defende. rado. Fé, sorte e competência dão Juliana e pai de Sofia e do peque- A sede da propriedade fica a resultado”, complementa.

Mar / Abr de 2019 | Revista C.Vale 13 CLIMA

ONDAS DE FRIO SERÃO Menos frio e mais MENOS FREQUENTES E umidade em 2019 RIGOROSAS QUE EM 2018 s temperaturas não foram Aproblema para o milho safri- nha no início do outono no Sul do Brasil e no Centro-Oeste. Apenas as chuvas ficaram abaixo da mé- dia, principalmente nas áreas mais ao norte do Paraná. Ondas de frio mais intensas devem alcançar o Paraná e Mato Grosso do Sul em maio, quando a cultura estará bem adiantada. Este ano, produtores do Paraná plantaram o milho safrinha ainda em janeiro, cerca de 20 dias mais cedo que em 2018. Assim, quando o frio chegar, em maio, boa parte das lavouras de milho já estará em fase de colheita. O meteorologista Celso Oli- veira, da Somar Meteorologia, projeta condições menos favorá- veis ao trigo no Sul. “O outono e o inverno não serão bons, serão chuvosos. Mais umidade e pouco frio farão com que o trigo sofra mais com doenças”, prevê. O meteorologista Luiz Renato Lazinski, do Inmet, concorda com a projeção de um outono/inverno mais chuvoso. “O El Niño fraco favorece chuvas no centro-sul do Brasil.” Ele acrescenta que as temperaturas irão variar menos este ano que em 2018. “Diferente- mente do ano passado, o inverno será mais estável. As geadas vão acontecer, mas as temperaturas serão mais amenas”. Para Lazinski, a possibilidade de geadas tardias em 2019 é pe- quena. Oliveira, da Somar, com- plementa dizendo que as ondas de frio não serão tão frequentes Trigo: menor risco de prejuízo este ano quanto em 2018. por geadas tardias em 2019

14 Revista C.Vale | Mar / Abr de 2019 TECNOLOGIA

Assis Moreno vai repetir a experiência na safra 2019/20 Ganho de produtividade TÉCNICA USADA POR experiência em parte de sua área na Os produtores interessados na ASSOCIADO INCREMENTOU Linha Palmital, Palotina. Avaliação tecnologia devem procurar a as- PRODUTIVIDADE DA SOJA realizada dia 28 de novembro indi- sistência técnica com antecedência, cou 37% mais nódulos de nitrogê- para contratar as cultivares que nio nas plantas com inoculante do terão o TSI + Inoculante. ma iniciativa da C.Vale resul- que naquelas que não foram inocu- Utou em ganhos de produtivi- ladas. O resultado foi um acréscimo LAVOURA DE dade na safra 2018/2019. O Trata- de 12,6% na produtividade, apesar ASSIS MORENO mento de Sementes Industrial (TSI) de um período seco prolongado com inoculante resultou em rendi- e de altas temperaturas que pro- TSI mentos maiores que as áreas em vocou quebra de 45% na safra de 31,11 sc/ha* que o inoculante não foi utilizado. soja em Palotina. O desempenho O Engenheiro Agrônomo da C.Vale convenceu Moreno a usar a semen- TSI + inoculante de Palotina Alexandre Garcez, ex- te C.Vale TSI com inoculante na 35,04 sc/ha* plica que o produto contribui para próxima safra de verão. “Funciona *Resultados influenciados por estiagem a fixação de nitrogênio nas plantas. bem, muito bom o produto, não O associado Assis Moreno fez a tem erro”, assegura.

Mar / Abr de 2019 | Revista C.Vale 15 MÁQUINAS E IMPLEMENTOS Flexível para copiar o solo

SEMEADORA TIGER FLEX ou mesmo de terraços usados para até 2.385 quilos. O produtor pode TEM SISTEMA ARTICULADO evitar a erosão. Essa capacidade optar pela semadora com disco de PARA SOLOS ONDULADOS vem da articulação entre os três blo- corte ou facão sulcador. Conforme a cos que compõem o implemento. fabricante, a potência do trator para A Vence Tudo disponibiliza tracionar a Tiger Flex é de, pelo me- ma semeadora capaz de copiar o modelo em versões para 15 li- nos, 200 cv. A Vence Tudo oferece Ufielmente as ondulações do nhas com espaçamento de 45 e 50 três versões do modelo, das quais terreno. A Tiger Flex 15300 é ideal centímetros. A caixa de sementes a mais avançada é a pneumática. para médias propriedades em que o tem capacidade para 853 quilos de solo apresenta curvaturas naturais grãos e a de fertilizantes comporta Modelo 15300 é produzido em Ibirubá (RS)

CAMPO MOURÃO – Produ- tor Luther Kennedy Morei- ra Niza passou a utilizar um pulvereizador Kuhn Boxer com tanque para dois mil litros de calda e barras de 27 metros para controle de pragas, doenças e plantas daninhas na proprieda- de localizada em Campo Mourão (PR). Na foto, o subgerente da unidade da C.Vale no municí- pio, Bruno Siqueira (ao lado do banner azul), gerente João Roberto Paludo, vendedor de máquinas Márcio Roberto Schuck, associado Luther Niza e o gerente Pessoa Física Agro da Sicredi Lucas Mazetti.

16 Revista C.Vale | Mar / Abr de 2019 MÁQUINAS E IMPLEMENTOS

TOLEDO – A C.Vale entregou a João Alberto Bombardeli, de Toledo (PR), uma colhedora de forragens Jaguar 8060. É a quinta máquina da empresa alemã Claas adquirida pelo associado para prestar serviços de produção de silagem. Na foto, o vendedor João Pe- dro de Moraes de Melo (de crachá), associado João Bombardelli, as- sistente técnico Gilso Pedroso Marcos, sub-ge- rente da C.Vale de Paloti- na, Everton Lolatto, as- sociado Francisco Pedro Campana e Leopoldo Costa, do Departamentos de Máquinas e Acessó- rios da cooperativa.

BNDES sem recursos para crédito subsidiado O Banco Nacional de De- senvolvimento Econômico e Social (BNDES) suspendeu o repasse de recursos dos programas Moderfrota, com juros pré-fixados de 7,5%, e Inovagro, com taxas pós- -fixadas. A instituição explicou aos bancos que não possui mais recursos para as duas linhas de crédito subsidiado para o ano agrícola 2018/2019. O Moderfrota financia a aquisição de máquinas e implementos. O Inovagro concede em- CAARAPÓ – Um pulverizador com barras de 27 metros e capacidade préstimos para incorporação para dois mil litros de água foi adquirido pelo associado Nilvo Trevisan. de inovações tecnológicas Ele cultiva soja e milho em Caarapó (MS) e adquiriu o autopropelido na nas propriedades rurais com unidade local da C.Vale. Na foto, o assistente técnico Tonny Martins de o objetivo de aumentar a pro- Souza, o vendedor Weliton Feitosa, o gerente da cooperativa Renato Ram- dutividade. bo, o produtor Nilvo Trevisan e o funcionário da fazenda Marcos Burlin.

Mar / Abr de 2019 | Revista C.Vale 17 SAFRA 2018 / 2019 Clima reduz em 15% produção no Paraná

ALTAS TEMPERATURAS E ESTIAGEM Jussara, com rendimento médio de 33 sacas/ FIZERAM PRODUTIVIDADES VARIAR hectare. O produtor explica que a plantação foi BASTANTE NO ESTADO prejudicada pela escassez de chuvas durante a formação dos grãos. Ele acrescenta que o calor acima do normal impediu a soja de completar s lavouras de soja do Paraná apresentaram seu ciclo e afetou o potencial produtivo. Aprodutividades bastante variadas na safra A menos de 100 quilômetros em linha reta 2018/19. As cultivares de ciclo precoce foram as da propriedade de Borian, a lavoura de José mais castigadas por uma estiagem de 40 dias no Pedro Santin se beneficiou de pancadas isoladas final do ano passado. Preferidas pelos produ- de chuva que caíram durante o período em que tores interessados em explorar milho safrinha o Paraná enfrentou estiagem. Os 167 hectares na sequência, essas plantas tiveram o seu ciclo que ele cultivou no município de Boa Esperança ainda mais acelerado pelas altas temperaturas apresentaram rendimento médio de 71 sacas/ e começaram a ser colhidas em dezembro, pelo hectare. O associado avalia que não foram menos 20 dias antes do previsto. apenas as pancadas extras que garantiram o As condições climáticas provocaram quebra resultado surpreendente para um ano compli- de 15% na produção do estado, segundo o De- cado. Santin acredita que a rotação de culturas, partamento de Economia Rural (Deral), mas no o plantio direto e o cultivo de braquiária be- oeste, onde as sementes precoces são neficiaram a soja. Ele comercializou 20% as mais plantadas, a quebra chegou da produção após a colheita para cobrir a 45% em relação ao potencial pro- despesas. dutivo pelos cálculos da C.Vale. “O Carlos Konig alerta para a rendimento médio ficou na faixa necessidade de descompacta- de 40 sacas/hectare”, revela Carlos ção do solo, revelando que a Konig, gerente do Departamento produtividade foi 20% maior, Agronômico da cooperativa. em média, para quem adotou Os problemas climáticos atin- essa prática. Segundo ele, ou- giram também outras regiões. No tra ferramenta para melhorar centro-norte do Paraná, os danos o desempenho é a agricultura alcançaram proporções semelhan- de precisão. tes. Luiz Carlos Borian concluiu a colheita dos 237 hectares da Fazen- Luiz Carlos Borian: produtividade da Nossa Senhora Aparecida, em 47% abaixo da safra anterior.

LUIZ CARLOS BORIAN JOSÉ PEDRO SANTIN Município: Jussara (PR) Município: Boa Esperança (PR) Área de cultivo 237 hectares Área de cultivo 167 hectares Produtividade 2017/18 62 sc/ha Produtividade 2017/18 65 sc/ha Custo 29 sc/ha Custo 24 sc/ha Produtividade 2018/19 33 sc/ha Produtividade 2018/19 71 sc/ha Custo 29 sc/ha Custo 29 sc/ha

18 Revista C.Vale | Mar / Abr de 2019 No Centro-Oeste, safra melhor em MT Um ano depois de beneficiar lavouras e per- mitir rendimentos de 65 sacas/hectare, o clima não foi um bom aliado dos produtores de Mato Grosso do Sul. As lavouras mais precoces da sa- fra 2018/19 foram afetadas, inicialmente, por escassez de chuvas e por baixas temperaturas. Depois, um período de poucas chuvas em de- zembro voltou a castigar as plantações. As cultivares mais tardias também sofreram com estiagens e com temperaturas superiores a 40 ºC, mas acabaram apresentando rendimentos superiores às precoces. O gerente regional da C.Vale em Mato Grosso do Sul, Leandro Ber- tuzzo, revela que os danos foram maiores nos municípios de Naviraí, Tacuru, Amambai e Caa- rapó, com redução em torno de 40% em relação ao potencial produtivo de 55 sacas/hectare. Ele observa, porém, que “produtores que investiram em tecnologia, com correção de perfil de solo e cobertura de solo tiveram menos perdas”. Em Mato Grosso, as condições climáticas foram semelhantes. No final de 2018, uma es- tiagem que se prolongou por até 18 dias em al- gumas localidades acabou por limitar o potencial produtivo que então era de aproximadamente 65 sacas/hectare. Variedades mais precoces foram as mais afetadas. Em compensação, o período de colheita foi excelente, registra o gerente regional da C.Vale no estado, Jaime Radtke. “Não tivemos perío- dos prolongados de chuva e isso permitiu que o produtor colhesse grãos de ótima qualidade, sem grãos ardidos”, comenta. O rendimento médio ficou em 60 sacas/hectare, 3% menor que as 62 sacas/hectare da safra passada. Assim como em Mato Grosso do Sul, o cultivo de braquiárias e outros tipos de forrageira reduziu os danos por estiagem, complementa Radtke.

MATO GROSSO Safra 2017/18 62 sacas/ha José Pedro Santin: MT Safra 2018/19 pancadas de chuva garanti- 60 sacas/ha (-3%) ram boa produtividade MATO GROSSO DO SUL Safra 2017/18 MS 65 sacas/ha Safra 2018/19 33 sacas/ha (-49%)

Mar / Abr de 2019 | Revista C.Vale 19 Afonso Zavarese: pro- dutividade na Campanha gaúcha foi prejudicada por enchentes e seca

20 Revista C.Vale | Mar / Abr de 2019 SAFRA 2018 / 2019

De um extremo a outro no Rio Grande do Sul

PRODUTIVIDADE DAS a administrador de fazenda. Jun- LAVOURAS GAÚCHAS tou recursos para comprar terras e APRESENTOU em 2011 decidiu plantar por conta própria. Atualmente, a família cul- GRANDES VARIAÇÕES tiva, também, 120 hectares de arroz e cria gado Angus e Bradford em om alternância de enchentes outros 180 hectares, em áreas bem Ce períodos secos, o clima es- próximas ao Uruguai. teve bem distante do ideal para as lavouras de soja do Rio Grande SEGURANÇA do Sul na safra 2018/19. Apesar Parte das 47 mil sacas que a disso, os produtores gaúchos an- família colheu na safra 2018/19 daram na contramão do restante assim pontualmente. Com isso, o será destinada ao cumprimento do país e ampliaram o volume de rendimento dos 1.150 hectares que de contratos. Afonso, Tiago e Gil- soja em 9%. Afonso e os filhos Tiago e Gilson son optaram por levar a soja até a O desempenho das lavouras cultivam na divisa de Livramento C.Vale de Dom Pedrito, a quase apresentou grandes variações, com Dom Pedrito, ficou em 41 sa- 100 quilômetros das lavouras, pelo principalmente em função das en- cas/hectare. Na região, a média de preço, pontualidade no pagamento, chentes de janeiro, que castigaram produtividade ficou entre 25 e 28 transparência na classificação dos mais as plantações nas regiões da sacas/hectare. grãos e pela segurança na comercia- Campanha e Fronteira Oeste. Além Devido às chuvas, os Zavarese, lização. “A assistência é muito boa. do aumento de 1,5% na área de cul- tiveram que replantar 120 hectares, Antes não tinha e a gente comprava tivo, o crescimento da produção foi mas alguns produtores foram obri- insumos muitas vezes sem necessi- puxado pelas lavouras da metade gados e lançar as sementes ao solo dade”, complementa Afonso. norte, inclusive com recordes histó- até três vezes. Precavidos com o Colorado e apreciador de um ricos de produtividade em alguns clima da região da Campanha Gaú- bom chimarrão que compartilha locais. cha, os Zavarese optaram por fazer logo cedo com dona Maria, ele se- Na metade sul, lavouras como a seguro e conseguiram amenizar os gue a tendência de grande número da família Zavarese sofreram com prejuízos. de produtores da região e tem pla- os 1.200 milímetros que caíram Descendente de italianos, Afon- nos de ampliar a área de soja sobre entre outubro e janeiro. Na fase de so começou como funcionário de terras atualmente destinadas ao enchimento de grãos, em fevereiro propriedade rural, casou-se com arroz. O motivo é a menor rentabi- e março, choveu pouco e ainda Maria Garlet e aos 33 anos passou lidade de cultura irrigada.

FAMÍLIA ZAVARESE PRODUÇÃO DE SOJA (TON) Municípios: D. Pedrito e Livramento (RS) Comparativo RS / Brasil Área 1.150 hectares Safra 2017/18 Safra 2018/19 Produtividade 2017/18 48 sc/ha Brasil 119,2 milhões 113,8 milhões (-4,6%) Custo 18 sc/ha RS 17,15 milhões 18,74 milhões (+9%) Produtividade 2018/19 41 sc/ha (-15%)

Custo 21 sc/ha (+16%) Fonte: Conab

Mar / Abr de 2019 | Revista C.Vale 21 SAFRA 2018 / 2019 Produtividade maior

ASSOCIADOS DE PALMEIRA DAS MISSÕES E SÃO BORJA AMPLIAM RENDIMENTO

Famíla Rupullo: a partir da esquerda, Carlos, Ademir, Antônio Marcos, Acir e Neri: recorde de produtividade na propriedade em Palmeira das Missões

família Rupullo conseguiu, na cou, “mas nada que um bom Asafra 2018/19, a maior produ- controle não resolvesse”, tividade de soja em três décadas de diz o produtor. Os Rupullo cultivo. Os 700 hectares que Carlos, vão reter a maior parte da o pai Ademir e os tios Antônio produção à espera de boas Marcos, Acir e Neri cultivam em oportunidades de negócio. Palmeira das Missões renderam Em São Borja, Élvio Car- Élvio Noro: produtividade cresceu apesar de 78 sacas/hectare. Esse resultado loto Noro e o cunhado Mil- problemas climáticos é quase 7% maior que o da safra ton Burin fecharam a colheita de janeiro, quando as precipitações passada e representa o melhor 680 hectares de soja, na fronteira somaram de 300 a 400 milímetros desempenho que a família obteve do RS com a Argentina, com rendi- no município. Mais para o final do na área desde que se instalou no mento de 50 sacas/hectare. Produ- ciclo, a lavoura ficou 20 dias sem município, em 1989. tividade ficou 25% acima das 40 sa- chuvas. As lagartas atacaram com Acir relata que as chuvas foram cas/hectare da temporada 2017/18, maior intensidade as lavouras mais bastante regulares a partir de janei- que foi prejudicada por estiagem. precoces. Noro e Burin fazem rodí- ro e favoreceram o desenvolvimen- Élvio explica que a plantação so- zio com milho em aproximadamen- to da soja. A ferrugem asiática ata- freu com o excesso de chuvas em te um terço da área.

FAMÍLIA RUPULLO NORIN E BURIN Município: Palmeira das Missões (RS) Município: São Borja (RS) Área 700 hectares Área 680 hectares Produtividade 2017/18 73 sc/ha Produtividade 2017/18 40 sc/ha Custo 28 sc/ha Custo 25 sc/ha Produtividade 2018/19 78 sc/ha (+7%) Produtividade 2018/19 50 sc/ha (+25%) Custo 29 sc/ha (+7%) Custo 27 sc/ha (+8%)

22 Revista C.Vale | Mar / Abr de 2019 PARANÁ Trigo de qualidade, alimento saudável ASSOCIADOS DA C.VALE EM MAMBORÊ PRODUZEM

TRIGO PARA A NESTLÉ Encontro reuniu asso- tramin, o evento ciados e profissionais rodutores de trigo associados também marcou da C.Vale e Cotriguaçu Pda C.Vale de Mamborê (PR) o lançamento do participaram, dia 28 de março, de programa para a gistrados e dão origem um treinamento para alinhamen- safra 2019. “Para a um sistema de rastre- to técnico sobre o programa de este ano contamos abilidade que permite produção de matéria-prima para com a adesão de saber detalhes como os alimentos infantis. O programa é cinco novos associa- tratamentos químicos reali- desenvolvido pela C.Vale e Nestlé dos. Para fazer parte zados durante o ciclo do trigo. em parceria com a Cotriguaçu Co- do programa, os produtores Uma das maiores preocupações do operativa Central. precisam seguir uma série de nor- programa é evitar a contaminação O encontro, que contou com a mas ambientais, de segurança e por resíduos de agroquímicos. “A participação de profissionais da de organização da propriedade”, necessidade de conseguir trigo li- C.Vale e Cotriguaçu, destacou pontuou o gestor. vre de substâncias contaminantes uma série de requisitos envolven- Os produtores também pas- para a produção alimentos infantis do condições do solo, manejo, cui- sam por auditorias e recebem um mais seguros levou a Nestlé a se dados ambientais e organização plano com as ações que devem ser unir à C.Vale para a produção de da propriedade. De acordo com executadas para se adequar às exi- trigo de qualidade diferenciada”, o gerente da unidade, Higo Bel- gências. Os procedimentos são re- finalizou Beltramin.

MANDIOCA - A fazenda Ouro Branco, em , noroeste do Paraná, sediou, dia 29 de março, uma manhã de campo sobre a cul- tura da mandioca. A propriedade do associado da unidade de Umuarama, Edson Kunihiko Eko, recebeu mais de 120 produtores que assistiram palestras sobre cultivo, planejamento e entre- ga da produção nas amidoarias da cooperativa. Representantes das empresas Yara, Ihara, Fer- tiflora, Bayer, Giro e FMC apresentaram seus produtos. O encontro foi conduzido pelo gerente técnico e industrial do Departamento de Amidos, Eideval José de Lima, o técnico agropecuário Heros Roberto Tamiozo e subgerente de uni- dade Saimon Repula.

Mar / Abr de 2019 | Revista C.Vale 23 RESPONSABILIDADE SOCIAL Exemplo de superação

SEMINÁRIO DE MULHER MOSTRA COMO UMA AVENTURA TORNOU-SE LIÇÃO DE VIDA

ma aventura malsucedida durante uma expedição Upor uma caverna do interior de São Paulo serviu de lição de vida inesquecível para Maurício Louzada. Ele e outros quatro amigos decidiram visitar um local turístico sem a ajuda de guias e sem os equipamentos necessários. O resultado: 44 horas perdidos e risco de morte. A experiência fracassada rendeu um aprendizado que ele resolveu aproveitar e transformar em exemplo de como as pessoas devem se portar frente a desafios e chegar à superação. Louzada contou às 1.500 participantes do 19 º Se- Palestrante Maurício Louzada minário da Mulher da C.Vale, dia 28 de março, que empolgou as 1.500 participan- os perigos que ele e os amigos correram durante a tes do seminário expedição, em 1998, poderiam ter sido evitados se a aventura tivesse sido planejada. Sem mapas, guia tu- tempo fazendo coisas que não estão relacionados com rístico, cordas e outros equipamentos de segurança, o o resultado que você procura”, orientou. resultado não foi surpresa. “O planejamento é a base Falando para mulheres de 21 municípios do Paraná, da execução de uma tarefa. Quem executa sem planejar na Asfuca de Palotina, Maurício Louzada contou que está jogando tempo e energia fora”, ensina. passou por riscos de morrer por quedas e afogamen- Durante o período que o grupo passou nos túneis, to no interior da caverna. Nos momentos que estava a maior parte do tempo sem luz para se orientar, foi perdido e sem saber se sairia vivo, lembrava dos pais. preciso dividir tarefas, confiar uns nos outros e definir “Muitas vezes não valorizamos ou brigamos por bo- o foco em uma solução. bagens com aqueles que estão ao nosso redor. Não “Hoje, as pessoas jogam muita energia fora em devemos deixar passar as oportunidades de dizer que coisas que não trazem resultado, com distrações, com amamos nossos, pais, nossos filhos”, confidenciou. a tecnologia. Se você não tiver foco, você vai passar o Acabou sendo aplaudido de pé pelas mulheres.

“Mulheres têm mais sensibilidade com apoio do Sescoop/PR. As integrantes dos núcleos femi- e atenção aos detalhes” ninos aproveitaram o seminário para Patrocinadora do evento, a Basf foi representada por Nil- comercializar peças de artesanato son Liasch. Ele destacou que a participação das mulheres no que aprenderam a fazer em cursos agronegócio vem aumentando. “As mulheres têm mais sen- oferecidos pela C.Vale. Durante o sibilidade e atenção aos detalhes”, elogiou. O presidente da evento também foram arrecadados C.Vale, Alfredo Lang, lembrou que as mulheres representam 500 quilos de alimentos que foram 15% dos 21 mil associados e 40% dos 10 mil funcionários entregues a cinco entidades assis- da cooperativa. Ele acrescentou que a presença feminina é tenciais de Assis Chateaubriand, importante e crescente nas tomadas de decisões sobre os Nova Santa Rosa, Palotina e Terra negócios das famílias. O Seminário da Mulher foi promovido Nilson Liasch, da Basf Roxa, todos no Paraná.

24 Revista C.Vale | Mar / Abr de 2019 l “Cada palestra é uma lição, um aprendizado novo. Tudo preparado com carinho. Vale a pena colocar em prática com nossa família” Clarice Bilk Maripá (PR) l “A palestra foi perfeita. Me arrepiei, chorei e dei muitas risadas. Maurício é fantástico” Jhaine Curriel da Silva

O QUE ELAS DISSERAM Assis Chateaubriand (PR)

Cinco entidades assistenciais receberam 500 quilos de alimentos Peças de artesanato foram comercializadas durante o evento

Mar / Abr de 2019 | Revista C.Vale 25 RESPONSABILIDADE SOCIAL Aprimorando o Cooperjovem

PROGRAMA VAI REUNIR MAIS DE 1700 ALUNOS DE OITO MUNICÍPIOS DO PARANÁ

C.Vale iniciou as atividades da crianças reproduzem Aedição 2019 do programa Co- o ambiente e o mundo operjovem. No dia 19 março, mais em que vivem. Além de 160 pessoas, entre professores, disso desenvolvem a diretores, equipes pedagógicas e coordenação e a coope- secretárias de educação, de oito ração de grupo, seguin- municípios integrantes do progra- do regras e desenvol- ma, participaram de treinamento. vendo novas ideias ”, O encontrou reuniu, na Asfuca destacou Sprea. de Palotina, profissionais de Assis Chateaubriand, Alto Piquiri, Bra- PROGRAMAÇÃO silândia do Sul, Francisco Alves, DO COOPERJOVEM Maripá, Nova Santa Rosa, Palotina A programação do e Terra Roxa. Cooperjovem inclui o Ao abrir o evento, o presidente concurso de desenhos, da C.Vale, Alfredo Lang, apre- sentou a revitalização do plano o concurso estadual de modernização da cooperativa de redação e projeto para os próximos 30 anos. O di- educacional cooperati- rigente revelou que o foco será vo, desenvolvidos nas Lang durante encontro com aumentar a produção de frangos escolas. educadores em Palotina e de peixes. Este ano o programa “Vamos ampliar a geração de vai envolver mais de renda, a arrecadação de tributos e 1700 alunos em 54 esco- vamos empregar milhares de pes- las, de oito municípios, soas no complexo agroindustrial. da área de atuação da Nossa missão é deixar um mundo C.Vale, no oeste e no- mais promissor às novas gerações, roeste do Paraná. por isso precisamos de vocês para A cooperativa pro- estimular a solidariedade e o co- move o programa Co- operativismo entre as crianças”, operjovem em parceria pontuou Lang. com o Serviço Nacional Na sequência, o consultor espe- de Aprendizagem do cialista em educação Nelio Sprea Cooperativismo (Sesco- proferiu a palestra “O valor da ex- op/PR) e a Basf. Educador Nelio Sprea periência lúdica na aprendizagem”. O educador orientou os professores l Durante o mês de abril profissionais de educação sobre importância das brincadeiras também estiveram envolvidos em oficinas de resgate no processo de escolarização. do Programa Cooperjovem. As atividades foram condu- “Brincar é uma atividade que zidas pelas assessoras de cooperativismo Eliza Basso

gera cultura e aprendizado. As OFICINAS e Mirna Klein Fúrio.

26 Revista C.Vale | Mar / Abr de 2019 Os 7 princípios básicos do cooperativismo Conheça mais sobre princípios, filosofia e fundamentos do coope- rativismo. Começamos pelos sete princípios básicos.

ADESÃO VOLUNTÁRIA E LIVRE As pessoas podem entrar e sair por 1 vontade própria em uma coopera- tiva com o objetivo de atingir propósitos comuns.

GESTÃO DEMOCRÁTICA O associado é dono da coope- 2 rativa, tem direito a voz e voto da mesma forma que todos os demais integrantes.

PARTICIPAÇÃO ECONÔMICA O cooperado integraliza cotas- 3 -parte, opera economicamente com a cooperativa e acompanha as ações da gestão.

AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA 4 O associado tem liberdade para firmar contratos, parcerias e convênios, e contribuir no gerenciamento dos ne- gócios.

EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO 5 O integrante da cooperativa tem a oportunidade de se qualificar e compar- tilhar informações tanto para aprimorar atividades quanto a gestão.

INTERCOOPERAÇÃO O cooperado tem a possibilidade 6 de decidir sobre convênios com outras cooperativas singulares, centrais ou federações de cooperativas.

INTERESSE PELA COMUNIDADE O associado pode apoiar inicia- 7 tivas que resultem em benefício ou crescimento econômico e social das comunidades.

Mar / Abr de 2019 | Revista C.Vale 27 INDICADORES DE DESEMPENHO

INTEGRADOS MAIS EFICIENTES MAIORES PRODUTORES DE LEITE em litros

FEVEREIRO E MARÇO DE 2019 FEVEREIRO DE 2019

Aviários convencionais PRODUTOR PRODUÇÃO LOCAL PRODUTOR MUNICÍPIO IEP 1 Granja Qualytá 46.921 Palotina 1 Clélio Argenton Assis Chateaubriand 488 2 Granja Sol Nascente 46.837 Palotina 3 Valdemar Pedrini 45.094 Francisco Alves 2 Valdeci Sanchez Assis Chateaubriand 482 4 Granja Sem Limite 45.094 Terra Roxa 3 Vilamir Tussi Francisco Alves 478 5 Ronaldo de Souza 33.768 Francisco Alves 4 José Gussi Assis Chateaubriand 477 6 Ricardo Feuser 33.295 Palotina 4 Jair Ferracini Assis Chateaubriand 477 7 Elias Grubert 33.097 Maripá 5 Mário Molinari Francisco Alves 475 8 João Pereira 29.077 Francisco Alves 6 Vilamir Tussi Francisco Alves 474 9 Celson Schulz 28.095 Nova Santa Rosa 7 Juliana dos Santos 468 10 José de Araújo 26.647 Francisco Alves 8 Vilamir Tussi Francisco Alves 465 9 Clélio Argenton Assis Chateaubriand 464 MARÇO DE 2019 10 Airton Bonafin Palotina 462 11 Vilamir Tussi Francisco Alves 461 PRODUTOR PRODUÇÃO LOCAL 12 Neudi Pandolpho Palotina 457 1 Granja Sol Nascente 41.998 Palotina 13 Onofre Dias Assis Chateaubriand 456 2 Granja Sem Limite 41.220 Terra Roxa 14 José Battisti Tupãssi 454 3 Granja Qualytá 39.004 Palotina 15 Jaime Ferracini Assis Chateaubriand 453 4 Valdemar Pedrini 37.543 Francisco Alves 15 Mário Molinari Francisco Alves 453 5 Ronaldo de Souza 35.670 Francisco Alves 6 Ricardo Feuser 29.962 Palotina 7 Elias Grubert 28.947 Maripá 8 João Pereira 25.970 Francisco Alves Aviários climatizados 9 Celson Schulz 23.896 Nova Santa Rosa 1 Rosalvo de Souza Assis Chateaubriand 499 10 José de Araújo 21.662 Francisco Alves 2 Mércio Paludo Palotina 483 3 Oldemar Krampe Assis Chateaubriand 482 4 Ronaldo Vendrame Palotina 475 MAIORES MÉDIAS DE LEITE 5 Kenji Hatamoto Assis Chateaubriand 474 em litros 6 Masaaki Hiraoka Assis Chateaubriand 469 FEVEREIRO DE 2019 6 Celso Janiaki Assis Chateaubriand 469 6 Ivanir Locatelli Palotina 469 PRODUTOR MÉDIA LOCAL 7 Mário Yassue Terra Roxa 468 1 Granja Qualytá 31,28 Palotina 7 José Carlos dos Santos Assis Chateaubriand 468 2 Granja Sol Nascente 29,46 Palotina 8 Márcio Galli Palotina 467 3 Osnir Schulz 27,30 Maripá 9 Mércio Paludo Palotina 466 4 Elias Grubert 26,27 Maripá 9 Emílio Yassue Terra Roxa 466 5 Alírio Vanelli 24,40 Francisco Alves 10 Daniel Torquete Terra Roxa 465 6 Luis Carlos Vanelli 22,36 Francisco Alves 10 Ivanir Locatelli Palotina 465 7 Granja Sem Limites 21,47 Terra Roxa 11 Paulo Radetzki Maripá 463 8 Hidekatsu Takahashi 19,83 Terra Roxa 9 Celson Schulz 19,51 Nova Santa Rosa 11 Jose Carlos dos Santos Assis Chateaubriand 463 10 João Pereira 18,64 Francisco Alves 11 Jose Carlos dos Santos Assis Chateaubriand 463 11 Ricardo Muller Maripá 463 12 Dorvalino Pastore Palotina 462 MARÇO DE 2019 12 Ademir Schreiber Maripá 462 PRODUTOR MÉDIA LOCAL 12 Valdomiro Yassue Terra Roxa 462 1 Osnir Schulz 26,93 Maripá 13 Mércio Paludo Palotina 460 2 Granja Sol Nascente 26,92 Palotina 13 Éverton Hiraoka Assis Chateaubriand 460 3 Granja Qualytá 26,00 Palotina 13 Ivanete Lucion Palotina 460 4 Elias Grubert 25,39 Maripá 14 Kenji Hatamoto Assis Chateaubriand 458 5 Luis Carlos Vanelli 21,33 Francisco Alves 15 Paulo Cézar Hoffmann Palotina 457 6 Alírio Vanelli 21,10 Francisco Alves 15 Márcio Galli Palotina 457 7 Inácio Mattiuzzi 19,63 Terra Roxa 15Ronaldo Ioris Palotina 457 8 Hidekatsu Takahashi 18,32 Terra Roxa 15 Ivanete Lucion Palotina 457 9 João Pereira 16,65 Francisco Alves 10 Celson Schulz 16,59 Nova Santa Rosa

28 Revista C.Vale | Mar / Abr de 2019 INDICADORES DE DESEMPENHO

MELHORES RESULTADOS NA PISCICULTURA Fevereiro de 2019 Março de 2019 CONVERSÃO ALIMENTAR CONVERSÃO ALIMENTAR

PRODUTOR MUNICÍPIO CONVERSÃO PRODUTOR MUNICÍPIO CONVERSÃO ALIMENTAR ALIMENTAR 1º Roland Vourmath Palotina 1,396 1º Maico Daniel Lenz Nova Santa Rosa 1,306 2º Leonice Friedrich Palotina 1,453 2º Clair Sgarbi Palotina 1,329 3º Ademir Franz Mercedes 1,453 3º Lairton Boiaski Marechal C. Rondon 1,413

GPD (GANHO DE PESO DIÁRIO – gramas) GPD (GANHO DE PESO DIÁRIO – gramas)

PRODUTOR MUNICÍPIO GPD PRODUTOR MUNICÍPIO GPD 1º Ricardo Beck Nova Santa Rosa 3,40 1º Clair Sgarbi Palotina 4,03 2º Ademir Franz Mercedes 3,34 2º Vicente Lulu Neto Assis Chateaubriand 3,81 3º Wilson Giese Maripá 2,96 3º Maico Daniel Lenz Nova Santa Rosa 2,67

RENDIMENTO DE FILÉ RENDIMENTO DE FILÉ

PRODUTOR MUNICÍPIO RENDIMENTO PRODUTOR MUNICÍPIO RENDIMENTO 1º Ademir Franz Mercedes 40,88% 1º Vicente Lulu Neto Assis Chateaubriand 38,78% 2º Ricardo Roder Maripá 37,74% 2º Alaor Amboni Francisco Alves 38,67% 3º Simone Dalila Fritz Maripá 37,26% 3º Reinaldo de Souza Assis Chateaubriand 38,40%

VIABILIDADE VIABILIDADE

PRODUTOR MUNICÍPIO VIABILIDADE PRODUTOR MUNICÍPIO VIABILIDADE 1º Leonice Friedrich Palotina 97,68% 1º Clair Sgarbi Palotina 99,99% 2º Simone Dalila Fritz Maripá 94,22% 2º Lairton Boiaski Marechal C. Rondon 99,99% 3º Luiz Bordini Palotina 89,27% 3º Maico Daniel Lenz Nova Santa Rosa 97,63%

MELHORES TERMINADORES MELHORES TERMINADORES DE SUÍNOS - C.VALE/FRIMESA DE SUÍNOS - C.VALE/FRIMESA

Conversão Alimentar Ajustada Conversão Alimentar Ajustada (74,5 kg de carcaça) em FEVEREIRO de 2018 (74,5 kg de carcaça) em MARÇO de 2019

PRODUTOR UNIDADE CONVERSÃO PRODUTOR UNIDADE CONVERSÃO

1º Claudiocir Brandt** Maripá 2,631 1º Marino Gabriel* Santa Fé 2,577 2º Eldemar Gieseler* Maripá 2,635 2º Ivete Kolling* Maripá 2,651 3º Venício Kock* Santa Rita 2,637 3º Simone Fritz* Maripá 2,660 4º Osmar Dauhs** Santa Rita 2,655 4º Harry Mittanck** Candeia 2,662 5º Valdir Boesing** Santa Fé 2,658 5º Eloi Elert** Maripá 2,674 *Leitões UPL ** Leitões Campo *Leitões UPL **Leitões Campo

FRETE - Representantes dos caminhoneiros obti- de repassar para a tabela de fretes os reajustes do óleo veram do governo federal o compromisso de imple- diesel de janeiro até abril. Os valores do frete influen- mentação da tabela de fretes mínimos. Segundo diri- ciam diretamente os preços dos produtos agrícolas e gentes sindicais, o governo assumiu o compromisso dos alimentos.

Mar / Abr de 2019 | Revista C.Vale 29 UNIDADES DA C.VALE Henrique Pacheco

Soja está tomando áreas de pastagens e de lavouras de arroz Soja ganha espaço na terra dos presidentes

CULTURA SE EXPANDE EM ONDE FICA l São Borja situa-se SÃO BORJA, FRONTEIRA DO RIO São Borja a 585 quilômetros GRANDE DO SUL COM A ARGENTINA RS de Porto Alegre (via BR 287) e a 847 qui- e os gaúchos se orgulham de seu estado a lômetros de Paloti- Sponto de suas glórias e características terem na (via BR 285) sido imortalizadas pelo cantor Teixerinha em “Querência Amada”, os habitantes de São Borja área, e depois pela Guerra têm um motivo a mais para se orgulhar. “Terra entre Brasil e Paraguai, o maior conflito ar- de Getúlio Vargas, presidente brasileiro”, como mado da América do Sul, na década de 1860. diz um verso da música-símbolo do Rio Gran- O forte culto às tradições gaúchas por inú- de do Sul, o município da fronteira com a Ar- meras entidades tradicionalistas, com o con- gentina também é terra do ex-presidente João sequente grande número de bailes durante a Goulart e é onde foi sepultado o ex-governador Semana Farroupilha, em setembro, garantiu a Leonel Brizola. Por esse motivo, foi reconheci- São Borja, por lei, o título de “Capital Gaúcha da por lei como “Terra dos Presidentes”. do Fandango”. Fundada em 1682 por padres jesuítas como Nos últimos anos, o município ganhou a o primeiro dos sete povos das Missões, São Bor- Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, ja tem sua história ligada a conflitos. Primeiro Universidade Federal do Pampa e Instituto entre Portugal e Espanha, que disputavam a Federal Farroupilha.

30 Revista C.Vale | Mar / Abr de 2019 Criação de gado, cultivo de arroz e agora a expansão da soja A vastidão dos 3.616 quilômetros quadrados do muni- cípio permitiu a exploração de atividades agropecuárias. A criação de gado e o cultivo de arroz são tradicionais, mas nos últimos anos é a soja que está ganhando espaço. A cultura ocupa 70 mil hectares, mas a perspectiva é chegar a 100 mil hectares nos próximos três anos. A soja está crescendo so- bre áreas de pastagem e também de arroz que, atualmente, ocupa 50 mil hectares, mas tende a encolher devido à baixa rentabilidade.

PRESENÇA DA C.VALE A cooperativa se instalou em São Borja em 2015, após adquirir a Cerealista Marasca. Hoje a unidade da C.Vale, loca- lizada às margens da BR 285, conta com 25 funcionários. Na foto à direita, parte da equipe junto ao marco comemorativo dos 300 anos de São Borja

Henrique Pacheco

Unidade da C.Vale em São Borja tem capacidade para ar- mazenar 700 mil sacas de grãos

Mar / Abr de 2019 | Revista C.Vale 31 DÉCADAS DE COOPERATIVISMO

ASSOCIADOS ATIVOS QUE COMPLETAM 25, 30, 35 40 E 45 ANOS DE ADMISSÃO EM MARÇO E ABRIL/2019

ASSOCIADO ADMISSÃO LOCAL ASSOCIADO ADMISSÃO LOCAL Líbia Schwengber 04/04/1989 São Camilo 25 ANOS Lauri Vicenci 04/04/1989 Palotina Antônio Bernardi 04/04/1989 Palotina Décio Ullmann 08/03/1994 Maripá Adyr Dazzi 04/04/1989 Palotina Claucir Vendrame 08/03/1994 Palotina Eloir Dalmolin 04/04/1989 Nice Aparecido da Silva 08/03/1994 Terra Roxa Ladislau Spancerski 04/04/1989 Palotina Dirseu Mohr 08/03/1994 Candeia Mário Soder 04/04/1989 São Camilo Miguel Milbratz 08/03/1994 Candeia Onilo Claus 04/04/1989 Palotina Noli Schirmer 08/03/1994 Santa Rita do Oeste Zeneide Gênero 04/04/1989 Palotina Ademir Schreiber 08/03/1994 Maripá Antônio Betinelli 04/04/1989 Independente Gilberto Vieira Filho 08/03/1994 Terra Roxa Livino Sapelli 04/04/1989 Pérola Independente Cézar Rampim 08/03/1994 Terra Roxa Moisés Piva 04/04/1989 Assis Chateaubriand Masaaki Hiraoka 29/03/1994 Nice João dos Santos 04/04/1989 Terra Roxa Luiz Pereira 29/03/1994 Assis Chateaubriand Alindo Schanoski 04/04/1989 Maripá Dietmar Pawlowski 29/03/1994 Maripá Adir Sponchiado 11/04/1989 Palotina Ronaldo Friedrich 29/03/1994 Palotina Volmar Hendges 11/04/1989 Nice Ademir Lopes 29/03/1994 Assis Chateaubriand Marcos Cardoso 11/04/1989 São Camilo Aparecido de Carvalho 29/03/1994 Assis Chateaubriand Helena Menegatti 11/04/1989 Pérola Independente Luiz Carlos Pereira 29/03/1994 Assis Chateaubriand Odete Pasqual 11/04/1989 Pérola Independente Antônio Roweder 29/03/1994 Nova Mutum Sérgio Mugnol 11/04/1989 Pérola Independente Lázaro Jacinto 29/03/1994 Encantado Claudemir Meneguette 11/04/1989 Assis Chateaubriand José Dechechi 19/04/1994 Encantado do Oeste Luiz Carlos Marquezin 25/04/1989 Palotina Wilson Wehrmeister 19/04/1994 Maripá Nésio Marostica 25/04/1989 Palotina Elisabeta Frey 19/04/1994 Perola Independente Anédio Araldi 25/04/1989 Palotina Alceu Vincensi 19/04/1994 Rio Brilhante Ari Sgarbi 25/04/1989 Palotina Luiz Dornelles 19/04/1994 Abelardo Luz Vicente Tondo 25/04/1989 Palotina Adir Lui 25/04/1989 Candeia 30 ANOS Luiz Carlos Tezzele 25/04/1989 Santa Rita do Oeste Luiz dos Santos 25/04/1989 Terra Roxa Adalécio Frana 07/03/1989 Palotina Vânia Berticelli Basso 25/04/1989 Palotina Irineu Pivetta 07/03/1989 Palotina Antônio Gimenes 25/04/1989 Diamantino Luiz Carlos Riedi 07/03/1989 Bela Vista Hélio Desbessel 25/04/1989 Diamantino Antônio Faquinetti 28/03/1989 Terra Roxa Oswaldo Perez 28/03/1989 Terra Roxa 35 ANOS Primo Andreazzi 28/03/1989 Terra Roxa Éderson Packer 28/03/1989 Assis Chateaubriand Eurípides Ramos 03/03/1984 Terra Roxa Gilmar dos Santos 28/03/1989 Encantado do Oeste Benedito Nabarro 10/03/1984 Terra Roxa Leônidas Mezavila 10/03/1984 Terra Roxa João Benedito da Silva 28/03/1989 Assis Chateaubriand João Ferreira 10/03/1984 Assis Chateaubriand Rudeberto Krutzsch 28/03/1989 Assis Chateaubriand Angelin Calandrelli 10/03/1984 Assis Chateaubriand Aimar Zoz 28/03/1989 Maripá Antônio Gomes 10/03/1984 Terra Nova do Piquiri Haroldo Vendruscolo 28/03/1989 Palotina Donizeti de Souza 10/03/1984 Assis Chateaubriand Lauri Rossato 28/03/1989 Palotina José Miranda 10/03/1984 Assis Chateaubriand Ines Pasqualotto 28/03/1989 Palotina José Demarco 10/03/1984 Palotina Clênio Rosso 28/03/1989 Fátima do Sul Bernardino Ferla 10/03/1984 Palotina Paulo Radetzki 28/03/1989 Maripá Adelar Viletti 10/03/1984 Palotina Verno Radetzki 28/03/1989 Maripá Osvin Kisler 10/03/1984 Palotina José Bortolozo 10/03/1984 Palotina Adelino Nogueira 28/03/1989 Terra Roxa Josias Rodrigues 10/03/1984 Palotina Manoel da Silva 28/03/1989 Terra Roxa Darci Genero 21/03/1984 Palotina Valdir Brondani 28/03/1989 Palotina Tasima Talm 21/03/1984 Assis Chateaubriand Alfredo de Andrade 28/03/1989 Assis Chateaubriand Artur de Souza 21/03/1984 Assis Chateaubriand Ari Vicenci 28/03/1989 Palotina Ademir Cozer 21/03/1984 Assis Chateaubriand João Schons 28/03/1989 São Camilo Antenor Fumagalli 21/03/1984 Palotina

32 Revista C.Vale | Mar / Abr de 2019 ASSOCIADO ADMISSÃO LOCAL ASSOCIADO ADMISSÃO LOCAL Annita Seyboth 21/03/1984 Assis Chateaubriand Lucila Santana 01/03/1979 Nice Augusto Manini 21/03/1984 Terra Nova do Piquiri Nelson Rigolin 01/03/1979 Encantado do Oeste José Teixeira Filho 21/03/1984 Terra Roxa Darci Pasqualotto 01/03/1979 Palotina Sanae Yasue Mori 28/03/1984 Terra Roxa Íria Paludo 01/03/1979 Palotina Sestílio Zucchetti 28/03/1984 Palotina João Pozzobon 01/03/1979 Palotina Anton Keller 04/04/1984 Diamantino José Lino Motter 01/03/1979 Palotina Manoel de Lima 04/04/1984 Terra Roxa Ladi Araldi 01/03/1979 Palotina Agenor Storti 25/04/1984 Assis Chateaubriand Sido Lohmann 01/03/1979 São Camilo João Lorenceto Filho 25/04/1984 Assis Chateaubriand José Collu 25/04/1984 Assis Chateaubriand 45 ANOS Olívio Collu 25/04/1984 Assis Chateaubriand Ronaldo Montagner 25/04/1984 Amambai Altemo Preifz 22/03/1974 Candeia Acebil Pauletto 22/03/1974 Palotina 40 ANOS Armando Pandolfo 22/03/1974 Palotina Affonso Lupatini 22/03/1974 Palotina Adolfo Menchick Sobrinho 01/03/1979 Santa Rita do Oeste Auri Hendges 22/03/1974 Nice Antônio Ruffo 01/03/1979 Terra Roxa Darcy Ioris 22/03/1974 Palotina Ari Becker 01/03/1979 Santa Rita do Oeste Deonildo Nava 22/03/1974 Palotina João da Conceição 01/03/1979 Santa Rita do Oeste Felinto Elemar Schuck 22/03/1974 Palotina Konrad Saatkamp 01/03/1979 Palotina Ladi Vendruscolo 22/03/1974 Dourados Onildo Weber 01/03/1979 Alto Santa Fé Antônio Lui 13/04/1974 Candeia Selson Daus 01/03/1979 Santa Rita do Oeste Avelino Lang 13/04/1974 Candeia Rui Lorenson 01/03/1979 Palotina Emílio Grubert 13/04/1974 Terra Roxa Edemir Lorenson 01/03/1979 Palotina Jorge Pettermann 13/04/1974 Candeia Arnaldo Krutzsch 01/03/1979 Assis Chateaubriand Pedro Moretto 13/04/1974 Palotina João Oliveira 01/03/1979 Nice Sílvio Weber 13/04/1974 Alto Santa Fé José Barbosa 01/03/1979 Encantado do Oeste José Gomes Filho 13/04/1974 Encantado do Oeste Waldemar Casarin 01/03/1979 São Francisco Nelson Lopes 13/04/1974 Assis Chateaubriand

IMPORTAÇÃO FACILITADA Trigo dos EUA chega mais barato ao Brasil O Brasil decidiu facilitar as importações de trigo dos Estados Unidos. O governo federal anunciou, no dia 19 de março, durante encontro entre os presiden- tes Jair Bolsonaro e Donald Trump, que vai reduzir a zero a alíquota de importação para até 750 mil tone- ladas anuais de trigo norte-americano. O benefício foi concedido por iniciativa própria do Brasil mesmo sem garantia de qualquer compensação pelo governo dos Estados Unidos. A decisão do Brasil de abrir uma cota de 750 mil toneladas de trigo sem tarifa de importação, que be- neficiará principalmente os Estados Unidos, foi mal recebida pelo governo da Argentina, maior exportador do cereal ao mercado brasileiro. O país vizinho vai questionar a medida do governo Bolsonaro pelas regras do Mercosul. Pelas normas do competitivo que o de concorrentes como Estados Uni- bloco comercial, o trigo importado de países que não dos e Rússia. Em 2018, o Brasil ampliou em 17% suas fazem parte do Mersosul tem de pagar uma tarifa de importações de trigo, totalizando sete milhões de tone- 10%, o que costuma manter o produto argentino mais ladas. A Argentina foi responsável por 85% desse total.

Mar / Abr de 2019 | Revista C.Vale 33 OLHARES DO CAMPO

A seção Olhares do Campo traz, nesta edição, imagens captadas por associados da C.Vale do município de Palmeira das Missões, região noroeste do Rio Grande do Sul. As fotografias mostram a visão dos produtores em suas atividades agropecuárias.

Arquivo pessoal

União de resultados

Os associados da C.Vale, Narlos Curry Camargo, Alex Delai e Lonardo Polese, após colheita de soja em conversa com o gerente da unidade Tiago Conti.

Diego Pagliarini

Tiago Conti

Até a pé ... Pausa no plantio O pequeno João Vitor Pagliarini, filho dos co- O associado Jadson Bandeira, durante uma pausa no plantio de co- operados Diego e Janaína Pagliarini, campere- bertura de inverno na propriedade de 130 hectares da família, vizinha ando com o cavalinho do Grêmio na lavoura de da unidade da cooperativa, em Palmeira das Missões. soja da Granja Pioneira, do avô José Pagliarini.

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