INDICADORES SOCIOECONÔMICOS

O Estado de tem uma superfície de 95.443 km², representando 1,1% do Território Nacional e 16,5% da Região Sul do Brasil, da qual também fazem parte o Paraná e o Rio Grande do Sul.

Economia

A economia de Santa Catarina caracteriza-se pela diversidade de atividades econômicas, com importantes segmentos na indústria e na agropecuária. Chama atenção, ainda, o fato de haver uma razoável distribuição da economia por todo o território, com várias regiões a serem destacadas na caracterização econômica do Estado – a Grande Florianópolis não é a região de maior expressão econômica.

Na indústria, os segmentos mais importantes são: alimentos e bebidas, têxtil e confecções, metal-mecânica, e móveis. Na agropecuária, o Estado lidera a produção nacional de alho, maçã, mel, cebola e a criação de suínos. Além disso, destacam-se a criação de trutas e as lavouras de fumo, arroz, banana, batata, feijão, milho e gengibre. Outras atividades significativas no Estado estão relacionadas ao turismo, à movimentação dos portos e à infra-estrutura (especialmente, a construção de novos portos).

Outro aspecto fundamental na caracterização da economia do Estado refere- se ao setor exportador, que tem sido privilegiado nas estratégias da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). O Estado tem como principal fonte de renda a exportação, tanto para outros estados como para o exterior. Sua pauta de exportação (US$ 2,6 bilhões, em 1998) é diversificada: motores elétricos, compressores, tecidos, entre outros. Já a produção agropecuária, como suínos, frangos e bananas, são exportados com diferencial de valor agregado.

Para enfrentar a crescente competitividade internacional, os empresários têm adotado duas estratégias: busca de sócios estrangeiros e agregação de valor à produção de matéria-prima (commodities), o que vem ocorrendo nos segmentos têxtil, alimentício e cerâmico. Além disso, a Fiesc e o governo do Estado têm privilegiado, no processo de desenvolvimento, questões relativas a pequenas empresas, turismo, ramos de exportação e agricultura. Enfim, a

SEADE 40 intenção é diversificar a economia, que sempre teve seu modelo de desenvolvimento ancorado em grandes grupos.

A guerra fiscal entre os estados é outra questão que tem requerido atenção do governo estadual e do empresariado. Várias empresas têm saído de Santa Catarina para se instalar em outros estados ou regiões (como o Nordeste), ou optam por realizar a expansão de seus negócios fora do estado. Como exemplos, tem-se as unidades da Perdigão, que se instalaram em Goiás, e a nova fábrica de tubos da Tigre, em Rio Claro/SP. A guerra fiscal conseguiu também atrair para o Rio Grande do Sul, a industrialização da produção de leite de Santa Catarina. Existem, no Estado, 60 mil produtores de leite, sendo que 56% estão na região Oeste. O leite catarinense é transformado em queijo e outros derivados no Estado vizinho.

No setor industrial, um dos segmentos que mais cresceu foi a indústria de plástico. Além dos grandes fabricantes de tubos e conexões de , têm surgido outras indústrias: copos descartáveis em Criciúma; embalagens em São José; e cordas em Itajaí. Na região de Criciúma, a produção de copos descartáveis reponde por 83% das 6 mil toneladas de copos plásticos consumidas mensalmente no país. Este pólo, com oito empresas, é responsável por 85% do faturamento do setor. A fábrica de cordas de poliéster utiliza, na produção, a reciclagem de materiais, como embalagens de refrigerantes (PETs).

No segmento metal-mecânico, o grupo Weg, situado em Jaraguá do Sul, é o quinto maior fabricante de motores elétricos do mundo, exportando para mais de 50 países. A meta é tornar-se fornecedor de tecnologia e engenharia de projetos para sistemas elétricos, bem como ampliar em 25% a.a. as exportações de motores elétricos. Com isso, as exportações aumentaram de US$ 66 milhões, em 1994, para US$ 118 milhões, em 19981.

No setor alimentício, houve ganho com a agregação de valor em alguns produtos: a exportação de frangos em pedaços passou de US$ 76 milhões para US$ 88,8 milhões, enquanto a venda de frangos inteiros caiu de US$ 63 milhões para US$ 47 milhões, nos cinco primeiros meses de 1999. De modo

1 Gazeta Mercantil. Balanço Anual 1999 – Santa Catarina.

SEADE 40 geral, a exportação de frangos aumentou 12% em quantidade e 63% em receita. A Seara Alimentos, por exemplo, pretende concentrar seus negócios em exportação, tendo como meta novos mercados, como o Irã e o Canadá.2

No município de Quilombo, o frigorífico de aves produz mensalmente quase 3 mil toneladas de frangos inteiros e mais de 2,5 mil toneladas de frangos em pedaços, com diferenciais de qualidade na produção (processo limpo de abate e industrialização de carne), são as chamadas inovações verdes. Esta produção tem a marca Aurora, da empresa Copercentra. Além disso, o frigorífico é referência na tecnologia de automação.

A estreita relação entre a agropecuária e a indústria no estado, agregando valor a produtos primários, como frango e suínos, fez recentemente mais uma associação: vem crescendo o cultivo de produtos orgânicos e a industrialização de alimentos. No nordeste catarinense, a produção de banana está se expandindo e conquistando o mercado externo, com preço e qualidade satisfatórios. Existem na região seis agremiações, com 560 associados que respondem por 70% da produção local concentrada em: Schroeder, Corupá, , Massaranduba, Jaraguá do Sul e São João de Itaperiú. Nesta região, há também a cultura do arroz, em Guaramirim e Massaranduba.

Na agropecuária, merece destaque também a produção de trutas, no município de , que, iniciada nos anos 70, conquistou o mercado externo, como o Japão e a França. A chamada “rota da truta” 3 passa por São Joaquim, Irupema e Bom Jardim da Serra. Desta região, a criação de truta se espalhou para outras partes do estado, chegando a e (na divisa com o Paraná). Santa Catarina é responsável por 30% da produção de truta do país, com um total de 32 criadores que produziram 600 toneladas, em 1998. O que corresponde a um aumento de 50% em relação ao ano anterior (em meados de 70, haviam somente quatro criadores no estado). A produção estadual de peixe em cativeiro passou de 12 mil toneladas, em 1997, para 14 mil toneladas, no ano seguinte.4

2 idem. 3 Rodovia SC-438, que liga Lages à Serra do Rio do Rastro. 4 Gazeta Mercantil Balanço Anual 1999 – Santa Catarina.

SEADE 40 No município de Turvo, a criação de peixe conta com todas as etapas da cadeia produtiva, inclusive a industrialização. A Cooperativa Regional (Copersulca) construiu um frigorífico especialmente para a industrialização de peixe. Também destaca-se, neste município, a comercialização de arroz, pela Copersulca, o primeiro sem agrotóxico do país.

Outra cultura que tem aumentado é a produção de gengibre, na região de Itajaí. Mais de 70% do gengibre produzido no Estado é exportado para os Estados Unidos, Inglaterra e Israel, entre outros.

Embora o Estado tenha mantido a mesma estrutura fundiária há várias décadas – baseada em pequenas propriedades familiares –, os centros urbanos têm crescido envolvendo significativas mudanças. No comércio, por exemplo, várias cidades vêm absorvendo hábitos de consumo já bastante difundidos nas grandes cidades do país. Trata-se da construção e inauguração de shoppings centers em municípios como Itajaí, Camboriú e São Bento do Sul.

O turismo no estado, que explora o extenso litoral, com 561 quilômetros de praias, tem destaque no Balneário de Camboriú. Em 1996, sua população somada à de Camboriú, era de cerca de 92 mil habitantes. Nos meses de temporada de 1997/98, estes dois municípios receberam cerca 750 mil turistas, sendo que destes quase 200 mil eram estrangeiros (cerca de 80% argentinos).

Com uma exploração mais recente, o turismo rural também vem se ampliando no Estado, sobretudo na região de Lages. O turismo incipiente na região , explorado tanto no inverno quanto no verão, funciona em muitos casos em caráter complementar à atividade tradicional das fazendas, onde estão instaladas as pousadas. Há ainda, o turismo religioso, no município de Nova Trento, também conhecido pela produção de vinho e por sua tradição italiana.

Santa Catarina possui três portos – Itajaí, São Francisco do Sul e Imbituva –, sendo cada um com um modelo diferente de gestão: municipal, estadual e privada, respectivamente. Em menos de três anos, devem estar concorrendo com outros dois portos que estão sendo construídos pela iniciativa privada (Itapoa e ), nas redondezas dos portos já existentes.

SEADE 40 Itajaí é o quarto porto do país em movimentação de conteineres e o maior em exportação de carnes. A atividade portuária que se desenvolve em São Francisco do Sul, principal porto de Santa Catarina, está relacionada à exportação de grãos, trigo e açúcar do e do Paraná, servindo também como receptor do petróleo bruto para a Refinaria de Araucária, localizada no Paraná.

A Fiesc realizou pesquisa com 100 principais empresas exportadoras do estado, com o objetivo de identificar as dificuldades enfrentadas no sistema portuário, entre as quais destacaram-se: custos (43%), carência de escala de navegação (22%), e morosidade (16%). A pesquisa também possibilitou identificar os principais setores que utilizam o transporte marítimo para o escoamento das mercadorias: madeireiro (17%), têxtil (12%), de plástico (10%), e mecânico e de material elétrico (10%).

Quanto à infra-estrutura, o gasoduto Brasil-Bolívia, a duplicação da Rodovia BR-101 e a construção da hidrelétrica de Itá são as principais obras do estado.

No que se refere à caracterização regional da economia, as regiões de maior dinamismo econômico são: Vale do Itajaí/Joinville e Florianópolis. Na região do Vale do Itajaí/Joinville destacam-se os municípios de e de Joinville como principais pólos. Em Blumenau, as atividades econômicas predominantes são aquelas relacionadas à indústria têxtil e de confecções. Há grandes empresas nacionais, que produzem para o mercado externo.5 Alguns municípios menores (, Benedito Novo e Rodeio) realizam trabalhos de costuras para as grandes malharias.

Em Blumenau, também concentra-se a produção de artefatos de cristal, com três grandes empresas: Hering, Blumenau e Strauss. No setor metal-mecânico, destacam-se as empresas Metisa, Linshalm e Müeller, no município de Timbó, a Aço Altona, Mega, e a Weg Transformadores, em Blumenau, a Netzsch, em , a Zen, em Brusque, dentre outras.6

A indústria de alimentos localiza-se principalmente em Gaspar. A antiga Ceval (adquirida pela Seara) é empresa que atua na produção de óleo e farelo

5 Artex, Teka, Cremer, Hering, Maju e Sul Fabril. Em Brusque, está a Buettner, em Gaspar, encontra-se a Leopoldo Schmalz e, em Apiúna, a Brandili. 6 Gazeta Mercantil Balanço Anual 1999 – Santa Catarina.

SEADE 40 de soja. Em Ilhota, encontra-se a Refinadora Catarinense – refinação de açúcar.

A área polarizada por Joinville possui um parque industrial moderno e concentra grande parte dos segmentos metal-mecânico e plástico de Santa Catarina. Nesta área, há também indústrias têxteis e de vestuário. Além destas, a indústria da madeira e do mobiliário têm importância considerável para um grande número de municípios.

Joinville concentra as atividades da metalurgia, mecânica e plástico. Na região, há grandes empresas especializadas nas linhas de compressores e refrigeradores, como a Embraco e a Multibras, com significativo número de fornecedores em diferentes graus de avanço tecnológico. Na linha de motores elétricos, destacam-se a Weg, principal produtora de motores elétricos da América Latina, localizada em Jaraguá do Sul, e a Kohlbach, no município de Schroeder, também encadeando uma rede considerável de fornecedores.

Na fundição, destaca-se a Tupi, em Joinville, e na produção de carrocerias de ônibus, a Nielsen, dentre outras na linha da metal-mecânica. No segmento dos plásticos, tubos e conexões, encontra-se a Tigre/Hansen, sediada em Joinville. No segmento têxtil/confecções têm destaque a Marisol e a Marcato, em Jaraguá do Sul, e a Lepper e a Dohler, em Joinville.

A indústria alimentar tem como principal representante a Seara (antiga Ceval), que atua no beneficiamento de soja, com plantas em Jaraguá do Sul e São Francisco do Sul. Neste último município, localiza-se o principal porto exportador de grãos do estado, sendo o canal escoador da produção do oeste catarinense. A indústria de móveis concentra-se em São Bento do Sul e Rio Negrinho, com 266 empresas cadastradas. Em Joinville, há também um aeroporto regional.

A região metropolitana da Grande Florianópolis possui 22 municípios, sendo a dinâmica econômica concentrada em Florianópolis e São José. Apesar de as atividades do município de Florianópolis estarem voltadas, principalmente, ao turismo e ao lazer, os demais municípios são fortes na produção industrial de cerâmica, plástico e tecnologia.

SEADE 40 Na indústria do estado, a Grande Florianópolis tem destaque em algumas atividades, tais como o segmento de minerais não-metálicos. No município de , está instalada uma grande unidade de pisos cerâmicos da Portobello – uma das principais empresas nacionais desse ramo. A cerâmica restrita à linha de olaria constitui indústria importante para o município de Canelinha, com empresas de pequeno porte.

A atividade têxtil e confecção, peculiar em Santa Catarina, também está presente na Grande Florianópolis, porém com baixa participação no total dos gêneros, formando um subpólo a partir de pequenas empresas, em que se destaca a Hoepcke, uma indústria de rendas e bordados instalada em São José, a única de maior porte.

O segmento alimentar possui igualmente pequena expressão, destacando- se apenas uma unidade importante de abate de aves, a Macedo Koerich, localizada em Florianópolis. São relevantes também: a indústria Olsen, de equipamentos odontológicos, em Palhoça; a Inplac, de embalagens plásticas, em Biguaçu; a Intelbrás, em São José; e o segmento de calçados em São João Batista.

Cresce na Região Metropolitana de Florianópolis a indústria de informática e automação industrial, com vários grupos articulados a empresas, universidades e Estado. Além de empresas menores, destaca-se a Digitro, que opera com sistemas para telecomunicação. 7

Os investimentos previstos em Santa Catarina, entre 1997 e 2000, privilegiam a indústria de transformação no segmento de fabricação de produtos alimentícios e bebidas, com 33,6% do total de recursos investidos no estado. Em seguida, aparecem os seguintes segmentos da indústria: máquinas e equipamentos, privilegiando os investimentos na produção de compressores para refrigeradores (16,1%); produtos químicos, concentrados em cosméticos (9,2%); artigos de plástico e borracha (9,7%); papel e celulose (8,7%); e produtos de minerais não-metálicos, destacando-se os investimentos na produção de cimento (8,1%). Esta estratégia de investimentos reforça as

7Nesur-IE/Unicamp. Análise das regiões metropolitanas institucionalizadas. Região Metropolitana da Grande Florianópolis – Estado de Santa Catarina. Campinas, 1999, (Relatório de Pesquisa).

SEADE 40 atividades já relacionadas anteriormente como as mais significativas do Estado (Tabela 7).

Tabela 7 Previsão dos Investimentos na Indústria de Transformação (1), segundo Ramos de Atividade Estado de Santa Catarina 1997/2000

Investimentos % no Total Ramos de Atividade Valor da Região % (US$ Milhão) Sul Total 2.647,40 100,0 17,1 Fabricação de Produtos Alimentícios e Bebidas 891,6 33,6 50,3 Fabricação de Produtos Têxteis 133,6 5,0 84,8 Fabricação de Celulose, Papel e Produtos de Papel 230,6 8,7 8,8 Fabricação de Produtos Químicos 243,2 9,2 5,9 Fabricação de Artigos de Borracha e Plástico 257,0 9,7 85,0 Fabricação de Produtos de Minerais Não-Metálicos 213,8 8,1 100,0 Metalurgia Básica 45,3 1,7 11,5 Fabricação de Máquinas e Equipamentos 425,1 16,1 32,4 Fabricação de Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos 184,3 7,0 86,0 Fabricação de Equipamentos de Instrumentação Médico- Hospitalares, Instrumentos de Precisão e Óticos, Equipamentos para Automação Industrial, Cronômetros e Relógios 16,0 0,6 100,0 Fabricação e Montagem de Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias 6,9 0,3 0,3 Fonte: Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio (1) Valor igual ou superior a US$ 5 milhões.

Produto Interno Bruto

A economia de Santa Catarina tem observado um crescimento inferior à média nacional nos últimos anos. Por esse motivo, em que pese a importância de novas plantas industriais, a ampliação da produção de diversas outras e a introdução de novas atividades industriais no Estado, a participação de Santa Catarina na composição do Produto Interno Bruto Nacional foi reduzida de 3,5% para 3%, entre 1985 e 1988. Seu crescimento é inferior, também, à média da Região Sul, o que ocasionou uma redução em sua participação de 19,7% para 19,2% do produto regional. Entretanto, observando a produção industrial (indústria extrativa e indústria de transformação) sua participação ampliou-se de 4,1% para 4,4% e de 25,7% para 27,1%, do PIB Nacional e Regional, respectivamente (Tabela 8).

SEADE 40 Tabela 8 Participação do PIB de Santa Catarina no Total do PIB da Região Sul, segundo Setores de Atividade Econômica 1985-1998 Em porcentagem Setores de Atividade Econômica 1985 1990 1995 1998 Agropecuária 17,2 17,4 18,9 17,5 Indústria 22,8 22,7 20,3 20,7 Indústria Geral 25,7 26,5 27,1 27,1 Construção Civil 6,2 7,4 5,4 7,6 Serviços Industriais de Utilidade Pública 12,6 13,9 11,5 13,0 Serviços 16,7 19,5 17,8 18,3 Comércio 18,1 20,2 17,7 18,5 Transportes 19,3 21,3 20,3 20,7 Comunicações 20,5 17,3 22,5 23,0 Instituições Financeiras 14,1 19,2 13,5 13,6 Administração Pública 18,4 21,2 18,6 18,8 Aluguéis 17,1 17,9 18,6 19,2 Outros Serviços 15,8 16,8 17,8 17,8

Subtotal 19,1 20,3 18,7 19,0 Dummy Financeira 14,1 19,2 13,5 13,6 PIB a Custo de Fatores 19,7 20,5 19,1 19,2 Fonte: Ipea – Produto Interno Bruto por Unidade da Federação – 1985-98.

Em 1998, na estrutura do PIB do Estado, os serviços participavam com 53,5%, a indústria representava 33,1% e a agropecuária respondia por 13,4%. Esta estrutura veio se alterando desde 1985, com aumento da participação relativa dos serviços (que representavam 38,3% em 1985) e diminuição da participação da indústria e da agropecuária (44,8% e 16,9%, em 1985, respectivamente) (Tabela 9).

SEADE 40 Tabela 9 Estrutura do PIB a Custo de Fatores, segundo Setores de Atividade Econômica Estado de Santa Catarina 1985-98 Em porcentagem Setores de Atividade 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 Econômica Agropecuária 16,88 17,03 12,11 13,00 11,68 10,00 10,58 10,25 9,46 13,45 15,17 13,85 11,56 13,38 Indústria 44,83 44,42 43,91 43,29 42,73 37,72 36,78 34,58 35,75 36,63 33,01 32,73 34,11 33,10 Indústria Geral 42,01 41,00 39,75 39,77 39,19 34,15 33,33 30,96 32,10 32,15 28,74 27,68 28,75 27,59 Construção Civil 1,31 1,63 1,92 1,74 2,00 1,80 1,88 1,90 1,83 2,18 2,09 2,73 3,13 3,17 Serviço Industrial de Utilidade Pública 1,52 1,80 2,24 1,78 1,53 1,77 1,57 1,72 1,82 2,30 2,18 2,32 2,24 2,34 Serviços 38,29 38,55 43,98 43,70 45,59 52,28 52,64 55,16 54,79 49,92 51,82 53,42 54,33 53,51 Comércio 8,75 9,97 9,34 10,10 9,04 13,32 11,87 10,65 9,63 10,37 10,57 9,68 9,79 8,94 Transportes 5,14 5,66 5,29 4,99 5,65 4,96 4,72 4,44 4,35 4,51 4,76 4,08 4,15 3,99 Comunicações 0,83 0,61 0,66 0,82 0,63 0,95 0,68 0,97 1,53 1,36 1,61 2,26 2,45 2,99 Instituições Financeiras 8,51 5,29 9,97 11,52 13,56 10,63 9,43 14,78 17,44 9,23 5,32 4,60 4,38 4,38 Administração Pública 5,26 6,01 6,93 5,77 7,00 11,72 10,63 10,44 10,01 11,99 13,68 14,11 14,16 13,61 Aluguéis 2,28 3,11 4,03 2,59 1,93 3,70 7,09 5,71 3,81 4,37 6,71 8,83 9,49 9,61 Outros Serviços 7,53 7,91 7,75 7,91 7,78 7,00 8,21 8,17 8,02 8,08 9,17 9,87 9,91 10,00

Subtotal 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Dummy Financeiro (8,67) (5,01) (9,81) (11,59) (13,61) (10,50) (8,86) (14,07) (16,84) (8,52) (4,48) (3,76) (3,63) (3,64) PIB a Custo de Fatores 91,33 94,99 90,19 88,41 86,39 89,50 91,14 85,93 83,16 91,48 95,52 96,24 96,37 96,36 Fonte: Ipea – Produto Interno Bruto por Unidade da Federação.

SEADE 40 Evolução das Ocupações e do Emprego

No que diz respeito à ocupação, a população residente em áreas urbanas ocupada em atividades não-agrícolas cresceu 3,3% ao ano entre 1992 e 1998, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD). Os ramos de atividade que registraram maiores taxas de crescimento no período foram: serviços auxiliares (6,7% a.a.), serviços sociais (6,0% a.a.), prestações de serviços (4,6% a.a.), e comércio (4,2% a.a.). É importante destacar, entretanto, que o ramo que ocupa maior contingente de trabalhadores é a indústria de transformação, conforme pode ser observado na Tabela 10.

Quando a alocação das ocupações é desagregada por setores econômicos, observa-se que o maior contingente de ocupados encontra-se no emprego doméstico, seguido da construção civil e de ocupações em estabelecimentos de ensino público. Chama atenção o grande número de ocupados em assistência técnica-veículos (59 mil) e em alfaiataria (38 mil). Entretanto, os setores que mais cresceram, no período, em número de pessoas ocupadas, foram fabricação de móveis (19,8%); administração estadual (10,2%); serviços de saúde pública (9,3%); comércio de combustíveis (8,8%); e comércio de artefatos químicos (8,7%) (Tabela 11).

As ocupações que apresentaram os maiores aumentos foram: caixa recebedor (12,5%), provedor de serviços (10,2%), ajudante de mecânico de veículos (9,7%), ajudante diversos (8,6%), serviços por conta própria (8,4%), serviços domésticos (7,8%), assistentes administrativos e guarda vigia (6,9%). A peculiaridade da estrutura ocupacional catarinense se dá pelo grande número de ajudantes de mecânica de veículos, de marceneiros e de costureiro e alfaiate (35 mil, 25 mil e 25 mil , em 1998, respectivamente) (Tabela 12).

SEADE 40 Tabela 10

População Ocupada em Atividades Não-Agrícolas, Residente em Áreas Urbanas, segundo Ramos de Atividade Estado de Santa Catarina 1992-1998 Em 1.000 pessoas 1992/98 1992 1993 1995 1996 1997 1998 Ramos de Atividade (% a.a.) Total 1.290 1.348 1.522 1.448 1.526 1.588 3,3 *** Indústria de Transformação 377 397 404 380 388 387 0,0 *** Indústria da Construção 115 108 116 124 149 137 4,5 *** Outras Atividades Industriais 24 21 22 21 20 27 0,5 *** Comércio de Mercadorias 195 221 265 232 258 257 4,2 Prestação de Serviços 253 261 318 306 314 331 4,6 Serviços Auxiliares 51 54 75 67 76 71 6,7 ** Transporte ou Comunicação 57 55 71 56 58 73 2,9 *** Serviços Sociais 120 125 138 137 146 183 6,0 *** Administração Pública 67 79 72 92 75 85 2,8 Outras Atividades 32 28 41 32 43 37 4,8 ** Fonte: Tabulações Especiais do Projeto Rurbano, IE/Unicamp.Janeiro/2000. ***,**,* indicam, respectivamente, 5%, 10% e 20% de confiança, estimado pelo coeficiente de regressão log-linear contra o tempo.

SEADE 40 Tabela 11 População Ocupada em Atividades Não-Agrícolas, Residentes em Áreas Urbanas, segundo Setores de Atividade - PEA restrita Estado de Santa Catarina 1992-1998 Em 1.000 pessoas 1992/98 Setores de Atividade 1992 1993 1995 1996 1997 1998 % a.a. Total 1.290 1.348 1.522 1.448 1.526 1.588 3,3 *** Emprego Doméstico 115 108 116 124 149 137 4,5 Construção 88 83 118 104 99 109 4,0 *** Estab. Ensino Público 57 58 64 58 51 70 1,3 Restaurantes 50 73 59 47 59 65 0,6 Assist. Técnica - Veículos 48 50 50 56 52 59 3,0 Indústria Alimentos 28 40 43 35 35 50 5,4 *** Comércio Alimentos 35 38 42 39 46 49 5,2 Administração Municipal 33 36 61 36 44 49 5,3 *** Comércio Ambulante 36 33 46 44 32 43 2,1 Transporte de Carga 35 26 36 35 38 43 5,2 *** Comércio Vestuário 28 33 36 29 28 41 2,5 * Alfaiataria 58 56 49 48 52 38 -5,2 Supermercados 32 40 32 42 32 37 0,7 * Fabricação de Móveis 11 10 18 22 20 32 19,8 ** Clínicas e Ambulatórios 28 19 30 29 26 32 4,6 * Comércio Art. Transportes 48 40 34 45 33 32 -5,3 Industria de Madeiras 25 23 27 28 31 27 3,3 *** Ensino Privado 23 16 27 13 29 26 4,1 ** Transporte Público 22 14 23 19 18 25 2,9 ** Administração Estadual 15 12 15 17 22 24 10,2 Comércio de Varejo 29 20 22 18 19 22 -3,8 Judiciário 11 15 12 14 14 21 6,8 ** Serviços de Saúde Pública 15 16 14 22 30 20 9,3 * Serv. Contabilidade e Eco. 17 30 30 30 27 20 1,6 Serviços de Segurança 10 26 21 19 20 19 6,0 Serviços de Diversões 20 21 23 17 24 19 -0,2 Comércio Combustíveis 7 9 10 8 8 18 8,8 Serviços Pessoais 19 17 21 14 17 18 -1,2 * Comércio Art. Químicos 12 15 15 19 24 18 8,7 ** Comércio Art. Construção 19 10 13 13 14 17 0,9 Subtotal 972 984 1.105 1.042 1.094 1.177 2,9 *** Fonte: Tabulações Especiais do Projeto Rurbano, IE/Unicamp. Janeiro/2000. ***,**,* indicam, respectivamente, 5%, 10% e 20% de confiança, estimado pelo coeficiente de regressão Log-linear contra o tempo.

SEADE 40

Tabela 12 População Ocupada em Atividades Não-Agrícolas, Residente em Áreas Urbanas, segundo a Ocupação Principal - PEA restrita Estado de Santa Catarina 1992-1998 Em 1.000 pessoas 1992/98 Ocupação Principal 1992 1993 1995 1996 1997 1998 % a. a. Total 1.290 1.348 1.522 1.448 1.526 1.588 3,3 *** Serviços Domésticos 58 58 60 73 90 83 7,8 ** Balconistas Atendentes 62 82 92 77 85 75 2,5 Pedreiro 53 66 70 63 63 75 3,5 *** Motorista 57 57 67 59 63 72 3,3 ** Diversos 54 51 54 73 67 69 5,6 *** Serviços Conta Própria 40 38 42 48 64 59 8,4 Ajudante Administrativo 37 48 48 55 62 55 6,7 Empregador - Comércio 57 54 66 48 50 48 -2,7 * Ambulante - Outros 34 31 43 36 32 35 0,7 Ajudante Mec. Veículos 18 17 18 17 25 35 9,7 Cozinheiro (Não Doméstico) 21 25 32 20 18 33 1,9 Ajudante Diversos 20 19 42 26 35 29 8,6 *** Ajudante Pedreiro 23 15 25 25 18 26 3,8 Marceneiro 25 20 36 39 27 25 3,7 *** Costureiro Alfaiate 23 23 26 23 24 25 1,4 Prof. Primário Grau Inicial 20 20 19 15 25 22 1,8 Copeiro Balconista 28 21 18 21 19 21 -4,1 Atendentes de Serviços 17 16 22 29 20 19 4,7 * Provedor Serviços 11 19 19 27 28 19 10,2 Assistentes Administrativos 9 12 9 13 9 18 6,9 * Praça Militar 5 - 10 12 13 17 - ** Dirigente Adm. Pública 12 20 15 15 16 17 2,6 ** Caixa Recebedor 7 9 9 8 15 17 12,5 Guarda - Vigia 13 8 16 15 13 17 6,9 Servente Faxineiro 16 15 14 17 22 16 2,9 * Operador Proc. Dados 18 23 18 21 19 15 -3,1 ** Prof. Primeiro Grau 10 7 10 12 6 15 3,6 * Passadeira (Não Doméstica) 14 11 13 16 16 14 4,3 Auxiliar Serv. Médico 17 13 18 16 22 14 2,1 Provedor Serviços Lazer 12 10 12 6 8 14 -0,7 Subtotal 790 806 940 922 975 1.000 4,2 *** Fonte: Tabulações Especiais do Projeto Rurbano, IE/Unicamp. Janeiro/2000. ***,**,* indicam, respectivamente, 5%, 10% e 20% de confiança, estimado pelo coeficiente de regressão log-linear contra o tempo.

Em 1997, o número de empregados, com vínculo, em Santa Catarina era de aproximadamente 939 mil pessoas, em cerca de 94 mil estabelecimentos, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTb). Entre 1986 e 1997, o número de empregados no Estado cresceu 12,6%, sendo que os setores com maiores taxas de crescimento no período foram a construção civil (146,3%) e a agricultura (146,1%). Além destes, também verifica-se aumento do número de

SEADE 40 empregados em comércio e serviços. Os demais setores apresentaram queda, no mesmo período, sendo que a maior redução foi registrada no de extração mineral, com queda de 64,7% (Tabela 13).

Em 1986, a administração pública direta e autarquia era o subsetor que concentrava o maior contingente de empregados no Estado, com 18,5% do total. Em seguida, apareciam os subsetores da indústria têxtil, do vestuário e artefatos de tecidos (10,5%), comércio varejista (10,4%), serviços de alojamento, alimento etc.(8,6%) e indústria da madeira e do mobiliário (7,5%). Em 1997, a participação da administração pública caiu para 15,6% e a do comércio varejista ampliou para 13,5% (Tabela 14).

Uma análise da distribuição, por gênero, do pessoal ocupado no Estado indica uma participação de homens superior a 80% nos seguintes setores: extração mineral; serviços industriais de utilidade pública; construção civil; e agropecuária. O único setor em que a participação de homens é inferior à de mulheres é a administração pública (48,2%) (Tabela 15).

A distribuição de pessoal ocupado, segundo a regionalização Paer, indica concentração, em quase todos os setores, na região do Vale do Itajaí/Joinville: indústria de material elétrico de comunicação (87,2%), indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos (81,4%), indústria mecânica (80,0%), indústria de material de transportes (77,7%), indústria metalúrgica (63,8%). O Núcleo Metropolitano destaca-se, principalmente, pela concentração de pessoas ocupadas na administração direta e autarquias (52,6%) (Tabela 16).

SEADE 40

Tabela 13 Estabelecimentos e Pessoal Ocupado, segundo Setores de Atividade Econômica Estado de Santa Catarina 1986–1997

1986 1997 1997/1986 (%) Setores de Atividade Estab. P O Estab. P O Estab. P O Total 49.714 834.697 94.499 939.741 90,1 12,6 Extrativa Mineral 208 13.290 305 4.697 46,6 (64,7) Indústria de Transformação 9.708 332.346 16.654 322.002 71,5 (3,1) Serviços Industriais de Utilidade 205 13.151 319 12.233 55,6 (7,0) Pública Construção Civil 670 14.518 4.561 35.758 580,7 146,3 Comércio 15.509 102.999 33.853 149.171 118,344,8 Serviços 17.783 190.333 32.941 239.503 85,2 25,8 Administração Pública 5.061 154.004 630 146343 (87,5) (5,0) Agricultura (inclusive Silvicultura, Criação Animais, Extração Vegetal e 507 12.038 5.032 29.626 892,5 146,1 Pesca) Outros 63 2.018 204 408 223,8(79,8) Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - MTb.

SEADE 40 Tabela 14 Distribuição dos Estabelecimentos e do Pessoal Ocupado, segundo Subsetores de Atividade Estado de Santa Catarina 1986-1997 Em porcentagem 1986 1990 1995 1997 1990/1986 1995 / 1990 1997 / 1995 1997 / 1986 Subsetores de Atividade Estab. P O Estab. P O Estab. P O Estab. P O Estab. P O Estab. P O Estab. P O Estab. P O Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 19,9 3,2 40,4 5,5 13,0 3,4 90,1 12,6 Extrativa Mineral 0,4 1,6 0,4 0,9 0,4 0,6 0,3 0,5 14,4 (43,2) 26,5 (24,7) 1,3 (17,3) 46,6 (64,7) Indústria de Produtos Minerais Não- 2,1 3,1 1,9 3,1 1,5 2,2 1,4 2,2 11,3 5,2 8,5 (25,4) 10,7 2,4 33,7 (19,7) Indústria Metalúrgica 1,5 3,0 1,5 2,6 1,7 2,4 1,7 2,2 25,6 (11,3) 50,9 (0,4) 17,3 (6,9) 122,5 (17,7) Indústria Mecânica 0,8 3,0 0,9 2,9 0,6 2,7 0,6 2,3 27,8 (0,8) 0,4 (4,3) 9,0 (12,4) 39,8 (16,9) Indústria de Material Elétrico e de 0,2 1,2 0,3 1,2 0,2 1,1 0,2 1,0 83,1 5,3 32,9 (1,4) (4,0) (5,6) 133,7 (2,0) Indústria de Material de Transporte 0,3 0,6 0,3 0,7 0,3 0,8 0,3 0,8 8,1 22,4 80,6 35,3 0,3 (2,1) 95,9 62,1 Indústria da Madeira e do Mobiliário 6,5 7,5 5,9 6,1 4,2 5,8 4,1 5,8 8,9 (16,2) (0,2) 0,8 10,2 3,8 19,9 (12,4) Indústria do Papel, Papelão, Edit. e 0,7 1,8 0,8 1,7 0,8 2,0 0,8 2,0 31,4 (1,4) 42,2 26,4 15,9 0,1 116,7 24,9 Indústria de Borracha, Fumo, 0,8 1,0 0,9 0,9 0,5 0,6 0,5 0,7 27,5 (2,2) (17,3) (29,8) 10,9 25,9 17,0 (13,5) Indústria Química de Prod. Farm., 0,5 2,1 0,5 2,1 0,8 2,2 0,8 2,3 23,0 6,8 107,9 6,7 20,1 9,7 207,0 25,0 Ind. Têxtil do Vest. e Artefatos de 3,1 10,5 4,2 9,7 4,7 10,1 4,4 9,0 60,8 (4,9) 57,6 10,3 5,0 (8,6) 166,1 (4,1) Indústria de Calçados 0,7 1,4 0,6 0,8 0,3 0,4 0,2 0,3 (3,8) (38,0) (17,5) (47,8) (15,3) (22,9) (32,8) (75,0) Indústria de Prod. Alim., Beb. e 2,4 4,8 2,3 4,7 2,3 5,9 2,5 5,7 12,6 1,9 44,0 31,7 22,0 0,3 97,7 34,6 ServiçosÁ Industriais de Utilidade 0,4 1,6 0,4 1,8 0,4 1,6 0,3 1,3 29,8 15,2 39,1 (5,1) (13,8) (14,9) 55,6 (7,0) Construção Civil 1,3 1,7 3,3 2,2 5,2 3,7 4,8 3,8 193,7 30,1 122,2 79,9 4,3 5,3 580,7 146,3 Comércio Varejista 27,6 10,4 27,5 10,4 31,4 12,1 31,8 13,5 19,4 4,0 60,4 22,2 14,5 15,3 119,3 46,6 Comércio Atacadista 3,6 2,0 3,5 2,2 4,3 2,6 4,0 2,4 16,0 13,0 71,3 25,7 6,0 (4,5) 110,7 35,7 Instituições de Crédito, Seguros e 1,8 3,1 1,2 2,9 1,5 2,2 1,5 2,0 (21,0) (2,8) 83,8 (21,3) 13,2 (7,0) 64,4 (28,9) Com. Adm. Imov., Val. Mov., 10,1 6,0 10,4 6,7 9,3 5,1 10,3 6,1 24,1 16,1 25,0 (20,0) 24,7 24,2 93,5 15,3 Transportes e Comunicações 5,2 3,5 3,8 3,6 5,3 4,6 5,3 4,8 (11,4) 6,7 96,7 34,0 11,8 9,8 94,8 57,0 Serviços Alojam., Alim., Rep. Manut. 17,2 8,6 15,9 8,9 11,3 6,8 12,0 7,5 10,7 6,9 (0,7) (19,8) 20,6 15,0 32,6 (1,4) Serviços Médicos, Odontológicos e 1,1 1,3 1,9 2,0 3,7 2,2 4,1 2,5 104,4 55,7 179,1 21,4 26,2 15,1 619,8 117,5 Ensino 0,5 0,4 0,4 0,4 1,5 2,8 1,7 2,5 (9,5) 18,2 476,3 598,3 25,5 (7,1) 554,5 666,8 Administração Pública Direta e 10,2 18,5 2,2 15,7 0,7 15,6 0,7 15,6 (74,3) (12,2) (58,2) 5,1 15,8 3,0 (87,6) (5,0) Agricultura, Silvicultura, Criação 1,0 1,4 1,5 1,7 5,6 3,2 5,3 3,2 71,0 22,9 439,2 96,6 7,6 1,9 892,5 146,1 Outros 0,1 0,2 7,8 4,1 1,5 0,5 0,2 0,0 7296,8 1646,5 (72,8)(86,2) (83,9) (91,6) 223,8 (79,8) Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTb.

SEADE 40 Tabela 15 Estabelecimentos e Empregados, por Sexo, segundo Setores de Atividade Estado de Santa Catarina 1997 Empregados Homens/ Setores de Atividade Estabelecimentos Homens Mulheres Total Mulheres (%) (%) Total 94.499 939.741 63,28 36,72 0,63 Extração Mineral 305 4.697 96,02 4,02 0,96 Indústria de Transformação 16.654 322.002 68,60 31,40 0,69 Serviços Industriais de Utilidade Pública 319 12.233 82,41 17,59 0,82 Construção Civil 4.561 35.758 93,44 6,48 0,93 Comércio 33.853 149.171 62,49 37,51 0,62 Serviços 32.941 239.503 57,45 42,54 0,57 Administração Pública 630 146.343 48,24 51,76 0,48 Agropecuária 5.032 29.626 81,64 18,47 0,82 Outros / Ignorado 204 408 50,25 49,75 0,50 Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTb.

Tabela 16 Distribuição dos Estabelecimentos e do Pessoal Ocupado, por Regiões Selecionadas, segundo Ramos de Atividade Estado de Santa Catarina 1997 Em porcentagem Núcleo Restante do Itajaí/Joinville Total Ramos de Atividade Metropolitano Estado Estab. PO Estab. PO Estab. PO Estab. PO Total 38,2 38,7 14,6 20,8 47,2 40,5 100,0 100,0 Extrativa Mineral 42,0 19,1 7,2 5,2 50,8 75,7 100,0 100,0 Indústria de Produtos Minerais Não-Metálicos 34,6 19,3 6,3 5,7 59,1 75,0 100,0 100,0 Indústria Metalúrgica 48,9 63,8 8,2 3,4 42,9 32,8 100,0 100,0 Indústria Mecânica 48,7 80,0 6,9 2,0 44,5 18,1 100,0 100,0 Indústria de Material Elétrico de Comunicação 51,0 87,2 14,9 7,7 34,0 5,1 100,0100,0 Indústria do Material de Transporte 48,3 77,7 7,9 1,8 43,8 20,5 100,0 100,0 Indústria da Madeira e do Mobiliário 29,3 20,9 6,8 3,7 63,9 75,4 100,0 100,0 Indústria do Papel, Papelão, Editoração e Gráfica 37,6 28,7 13,6 7,6 48,8 63,6 100,0 100,0 Indústria de Borracha, Fumo, Couros, Peles, Sim., Ind. 39,1 41,6 11,8 21,2 49,1 37,2 100,0 100,0 IndústriaDi Química de Prod. Farm., Veter., Perf., Sabão 49,2 51,7 9,4 6,3 41,4 42,0 100,0 100,0 Indústria Têxtil do Vestuário e Artefatos de Tecidos 62,8 81,4 6,8 2,1 30,4 16,5 100,0 100,0 Indústria de Calçados 10,8 4,3 2,2 0,6 87,1 95,1 100,0 100,0 Indústria de Prod. Alim., Beb. e Álcool Etílico 38,6 25,0 13,3 5,6 48,1 69,4 100,0 100,0 Serviços Industriais de Utilidade Pública 32,9 20,6 9,4 34,2 57,7 45,2 100,0100,0 Construção Civil 36,7 38,5 16,7 25,2 46,7 36,3 100,0 100,0 Comércio Varejista 38,7 39,0 14,6 17,2 46,7 43,8 100,0 100,0 Comércio Atacadista 42,0 45,7 17,4 18,5 40,6 35,9 100,0 100,0 Instituições de Crédito, Seguros e Capitalização 38,6 30,9 16,7 35,9 44,7 33,2 100,0100,0 Com. Adm. Imov., Val. Mov., Serviços Tec. Prof. etc. 44,4 40,0 22,8 30,0 32,8 30,0 100,0 100,0 Transportes e Comunicações 28,3 40,2 8,0 21,2 63,7 38,6 100,0 100,0 Serviços de Alojam., Alim., Rep. Manut. Red., Radio, TV 37,0 38,9 21,7 29,4 41,3 31,6 100,0 100,0 Serviços Médicos, Odontológicos e Veterinários 39,1 41,9 17,5 14,6 43,4 43,5 100,0 100,0 Ensino 33,7 40,2 19,7 19,8 46,6 40,0 100,0100,0 Administração Pública Direta e Autarquia 27,1 17,6 15,1 52,6 57,8 29,8 100,0 100,0 Agricultura, Silvic., Criação Animais, Extr. Veg., Pesca 16,8 18,5 1,8 8,2 81,4 73,2 100,0 100,0 Outros 39,7 40,4 18,6 17,4 41,7 42,2 100,0100,0 Fonte: Rais. Ministério do Trabalho e Emprego – MTb.

SEADE 40 Analisando as mesorregiões e suas participações relativas no total de ocupados do Estado, observa-se que a participação mais expressiva não é da região metropolitana à qual pertence a capital. A mesorregião do Vale do Itajaí responde por 25,5% do total de ocupados, enquanto a Grande Florianópolis contribui com 22,2%, o Norte catarinense, onde se situa Joinville, com 21,6%, o Sul, com 11,7%, o Oeste, com 13,5% e a Mesorregião Serrana, com 5,4% (Tabela 17 e Mapa 2).

Observa-se que algumas mesorregiões são mais expressivas em determinado setor de atividade. Assim, o Vale do Itajaí e o Norte Catarinense participam, respectivamente, com 32,2% e 29,3% do total da indústria da transformação, enquanto o Oeste e a região Serrana respondem, respectivamente, com 36,3% e 20,7% do total de ocupados na agropecuária do Estado. Isto demonstra uma distribuição relativamente equilibrada das atividades econômicas por todo o Estado (Tabela 17).

Observando-se a participação de cada município no total de pessoas ocupadas no Estado, podem ser destacados: Florianópolis, São José e Palhoça, na Grande Florianópolis; e Joinville, Blumenau, Jaraguá do Sul, Criciúma e Itajaí, nas demais regiões do estado (Tabelas 18 e 19, Mapa 3).

SEADE 40

Tabela 17 Distribuição dos Estabelecimentos e do Pessoal Ocupado, por Setor de Atividade, segundo as Mesorregiões Estado de Santa Catarina 1997 Serviços Extração Indústria de Industriais de Construção Administração Outros/ Comércio Serviços Agropecuária Total Mesorregiões Mineral Transformação Utilidade Civil Pública Ignorado Pública Estab. PO Estab. PO Estab. PO Estab. PO Estab. PO Estab. PO Estab. PO Estab. PO Estab. PO Estab. PO Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Oeste Catarinense 5,9 3,0 14,4 15,6 22,6 10,6 15,3 11,4 15,9 13,0 15,9 10,7 23,7 10,6 34,3 36,3 16,2 16,2 16,7 13,5 Norte Catarinense 15,4 7,0 21,0 29,3 13,5 9,1 19,7 20,1 20,0 20,1 21,1 20,4 14,4 10,8 15,4 15,5 20,6 23,8 20,2 21,6 Mesorregião Serrana 4,6 2,6 4,9 4,5 5,0 3,8 7,3 6,0 5,7 6,2 5,8 5,0 7,5 4,3 28,6 20,7 7,8 4,2 6,9 5,4 Vale do Itajaí 34,4 14,6 31,6 32,2 27,0 16,9 25,7 25,3 27,3 28,3 25,1 25,2 20,0 12,2 13,0 13,4 25,0 23,5 26,4 25,5 Grande Florianópolis 11,8 5,9 10,6 6,1 12,5 34,7 18,2 27,0 16,2 18,3 20,2 27,7 17,9 53,9 2,5 8,7 19,1 17,6 16,0 22,2 Sul Catarinense 27,9 67,0 17,3 12,4 19,4 24,9 13,8 10,1 14,8 14,1 11,8 10,9 12,2 7,7 6,0 5,4 9,8 13,7 13,7 11,7 Ignorado 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,3 0,6 0,1 0,0 1,5 1,0 0,1 0,1 Fonte: Rais. Ministério do Trabalho e Emprego – MTb.

Tabela 18 Distribuição dos Estabelecimentos e do Pessoal Ocupado, por Setor de Atividade, segundo Municípios Selecionados da Grande Florianópolis Estado de Santa Catarina 1997 Serviços Extração Indústria de Industriais de Construção Administração Outros/ Comércio Serviços Agropecuária Total Municípios Mineral Transformação Utilidade Civil Pública Ignorado Pública Estab. PO Estab. PO Estab. PO Estab. PO Estab. PO Estab. PO Estab. PO Estab. PO Estab. PO Estab. PO Grande Florianópolis 11,8 5,9 10,6 6,1 12,5 34,7 18,2 27,0 16,2 18,3 20,2 27,7 17,9 53,9 2,5 8,7 19,1 17,6 16,0 22,2 Florianópolis 13,9 28,3 32,128,2 35,0 93,8 44,5 42,3 56,9 59,0 74,876,4 65,5 93,5 26,8 80,7 69,2 73,6 60,9 74,8 São José 11,1 8,6 29,8 28,1 15,0 2,3 28,9 33,1 23,3 27,7 13,9 12,7 7,1 1,9 11,0 8,1 20,5 19,4 19,9 12,7 Palhoça 22,2 29,7 9,46,5 5,0 1,0 10,3 7,9 6,1 4,5 3,02,6 5,3 1,2 8,7 2,0 5,1 2,8 5,4 2,9 Tijucas 13,9 3,6 3,510,0 0,0 0,0 1,3 0,6 2,7 1,9 2,01,4 2,7 0,6 5,5 3,6 0,0 0,0 2,4 1,9 Biguaçu 2,8 18,6 4,66,8 2,5 0,3 5,3 8,8 3,0 2,4 1,60,9 0,9 0,5 11,0 2,2 0,0 0,0 2,7 1,9 Paulo Lopes 0,0 0,0 0,5 0,2 2,5 0,5 0,1 0,0 0,3 0,2 0,3 2,8 1,8 0,2 1,6 0,2 0,0 0,0 0,3 1,0 Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - MTb.

SEADE 68 Tabela 19 Distribuição dos Estabelecimentos e do Pessoal Ocupado por Setores de Atividade fora da Grande Florianópolis, segundo Municípios Selecionados Estado de Santa Catarina 1997

Serviços Extração Indústria de Industriais de Construção Administração Outros/ Comércio Serviços Agropecuária Total Municípios Mineral Transformação Utilidade Civil Pública Ignorado Pública Estab. PO Estab. PO Estab. PO Estab. PO Estab. PO Estab. PO Estab. PO Estab. PO Estab. PO Estab. PO Demais Municípios 88,2 94,1 89,4 93,9 87,5 65,3 81,8 73,0 83,8 81,7 79,8 72,3 82,1 46,1 97,5 91,3 80,9 82,4 84,0 77,8 Joinville 2,2 3,4 8,3 13,1 4,3 7,0 9,6 13,8 9,7 11,1 10,2 14,3 3,5 7,7 1,5 1,0 15,2 18,8 9,0 12,0 Blumenau 3,3 1,2 7,7 9,4 7,9 9,7 8,7 9,7 7,8 9,7 9,4 11,8 3,9 6,8 0,6 0,6 4,8 6,5 7,8 9,4 Jaraguá do Sul 0,4 0,0 3,8 6,8 1,4 1,6 2,6 4,0 2,7 3,0 2,8 3,2 1,2 2,2 0,9 4,0 1,8 1,2 2,8 4,6 Criciúma 8,6 14,2 4,8 3,6 1,8 4,5 4,7 6,1 4,8 5,3 4,4 5,3 1,2 3,9 0,3 0,2 3,6 2,4 4,4 4,3 Itajaí 4,5 4,6 2,5 1,5 1,4 4,2 3,5 3,6 4,2 6,4 4,2 8,1 1,4 1,5 2,5 5,4 7,3 3,6 3,7 4,2 Chapadão do Lajeado 0,4 0,0 2,2 3,0 3,6 4,1 5,3 5,7 3,9 4,7 4,2 3,8 0,6 3,0 2,3 2,3 1,8 1,2 3,6 3,5 Lages 3,3 1,7 2,7 2,1 1,1 4,8 4,8 4,8 3,3 5,0 4,0 4,1 1,9 2,8 8,1 4,9 3,6 2,4 3,8 3,3 Brusque 2,2 0,3 4,4 3,7 1,1 1,0 2,0 2,2 3,0 2,9 2,2 2,0 1,2 1,6 0,1 0,2 7,9 5,4 2,8 2,8 São Bento do Sul 0,7 0,3 1,9 3,7 0,4 0,9 0,7 1,2 1,5 1,3 1,7 1,6 0,4 1,9 0,3 0,1 0,0 0,0 1,5 2,4 Tubarão 1,9 0,8 2,7 1,3 1,1 5,3 2,6 2,8 3,1 3,7 2,4 3,3 1,2 2,5 0,8 0,6 0,6 0,0 2,6 2,3 Balneário Barra do Sul 0,4 0,1 1,3 0,3 1,1 0,6 5,3 5,3 3,3 3,1 5,0 3,4 1,2 2,0 0,2 0,1 0,6 0,3 3,3 1,8 Rio do Sul 1,5 0,3 1,9 1,5 0,7 3,0 1,1 1,4 2,3 2,2 1,7 2,4 1,5 1,3 0,7 0,7 1,8 0,6 1,9 1,8 Caçador 0,4 0,6 1,3 2,4 0,7 0,5 0,9 0,6 1,3 1,3 1,3 1,3 0,4 1,5 1,7 1,9 1,2 1,2 1,3 1,8 Concórdia 0,0 0,0 1,0 1,9 1,1 1,8 1,9 1,9 1,6 1,7 2,4 1,8 1,4 1,4 1,7 0,9 0,0 0,0 1,8 1,7 0,7 0,4 0,8 1,2 0,7 2,2 1,0 2,2 1,1 1,1 1,4 1,2 1,4 0,9 2,1 3,2 0,0 0,0 1,2 1,3 Rio Negrinho 0,4 0,2 1,2 1,8 0,7 0,5 0,3 0,3 0,7 0,5 0,7 0,8 0,8 0,8 0,6 0,8 0,0 0,0 0,8 1,1 Timbó 0,4 0,0 1,6 2,0 0,7 0,2 0,5 0,6 0,9 1,0 0,7 0,4 1,0 0,0 0,4 0,3 1,8 4,5 0,9 1,1 0,4 0,3 0,4 0,5 0,4 0,1 0,4 0,3 0,6 0,5 0,8 0,6 0,4 0,7 1,6 16,5 0,0 0,0 0,7 1,1 Joaçaba 0,0 0,0 0,9 0,6 1,1 2,9 1,8 1,2 1,3 1,6 1,7 2,0 1,0 0,6 0,4 0,1 1,2 0,9 1,3 1,1 0,4 0,0 1,7 1,7 0,4 0,2 1,4 2,9 1,3 1,0 0,7 0,5 1,0 0,0 0,3 0,3 0,6 0,3 1,1 1,1 Gaspar 5,6 1,3 1,9 1,5 0,4 1,0 0,7 0,8 0,9 0,8 0,8 0,9 0,6 0,6 0,4 0,1 0,0 0,0 1,0 1,1 Mafra 1,1 0,2 1,41,0 0,7 2,3 2,0 0,9 1,1 1,3 0,90,7 0,8 1,1 1,9 2,3 0,0 0,0 1,2 1,0 Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - MTb.

SEADE 68 SEADE 68

População

O Estado de Santa Catarina possuía, em 1996, segundo dados do IBGE – Contagem Populacional –, 260 municípios8, que abrigavam 4,87 milhões de habitantes, correspondendo a 3,1% da população brasileira. Seu grau de urbanização passou de de 59%, em 1980, para 73%, em 1996, ainda inferior ao brasileiro (78%). Apenas as mesorregiões Norte e Grande Florianópolis apresentam mais de 80% de sua população habitando áreas urbanas. No Oeste Catarinense, esse percentual era de pouco mais da metade da população (56%),em 1996.

Existem no Estado três regiões metropolitanas, recentemente criadas pela Lei Complementar Estadual nº 162, de 06 de janeiro de 1998: Região Metropolitana da Grande Florianópolis, formada por 22 municípios; Região Metropolitana de Joinville, composta por 20 municípios; e Região Metropolitana do Vale do Itajaí, que engloba 16 municípios polarizados por Blumenau. O conjunto desses 58 municípios respondia, em 1996, por 41% da população estadual, estando a maioria concentrada nos municípios que conformam os núcleos metropolitanos (Tabela 20).9

Os municípios de Joinville, Florianópolis e Blumenau respondem, respectivamente, por 8,2%, 5,6% e 4,7% da população estadual.

A população catarinense encontra-se distribuída de maneira equilibrada nos municípios segundo classes de tamanho: cerca de um terço nos municípios pequenos (população inferior a 20.000 mil habitantes), outra terça parte naqueles com 20 mil a 100 mil habitantes e o restante nos municípios com população superior a 100 mil habitantes (Mapa 4 e Tabela 21).

8 Em 1997, foram implantados 33 novos municípios em Santa Catarina, a saber: Alto Bela Vista, Balneário Arroio do Silva, Balneário Gaivota, Bandeirante, Barra Bonita, , Bocaina do Sul, Bom Jesus, Bom Jesus do Oeste, Brunópolis, Capão Alto, Chapadão do Lageado, Cunhataí, Entre Rios, Ermo, Flor do Sertão, Frei Rogério, Ibiam, Iomere, Jupiá, Luzerna, Paial, Painel, Palmeira, Princesa, Saltinho, Santa Terezinha do Progresso, Santiago do Sul, São Bernardino, São Pedro de Alcântara, Tigrinhos, Treviso e Zortea. 9 Os núcleos metropolitanos das três RMs, definidos na Lei, são: RM da Grande Florianópolis – Florianópolis, Palhoça, São José, Biguaçu, Águas Mornas, Antônio Carlos, Governador Celso Ramos, Santo Amaro da Imperatriz, São Pedro de Alcântara; RM de Joinville – Joinville e e RM do Vale do Itajaí – Blumenau, Gaspar, Indaial, Pomerode e Timbó.

SEADE 68 Tabela 20 População Total e Taxa de Crescimento Regiões Metropolitanas do Estado de Santa Catarina 1981-1996 Município População % População % Taxa de total 1991 total 1996 crescimento 1991/96 Estado 4.541.994 100 4.875.244 100 1,45 RM da Grande Florianópolis 629183 13,85 680279 13,95 1,60 núcleo metropolitano 530621 11,68 579808 11,89 1,82 área de expansão 98.562 2,17 100.471 2,06 0,39 RM de Joinville 728499 16,04 817299 16,76 2,37 núcleo metropolitano 363149 8,00 415524 8,52 2,78 área de expansão 365350 8,04 401775 8,24 1,95 RM do Vale do Itajaí 451713 9,95 499720 10,25 2,08 núcleo metropolitano 320374 7,05 355011 7,28 2,11 área de expansão 131339 2,89 144709 2,97 1,99 Fonte: IBGE. Censos Demográficos 1980 e 1991 e Contagem Populacional 1996.

Joinville, município mais populoso do Estado, é o único que supera 300 mil habitantes. São oito municípios com mais de 100 mil habitantes, respondendo por 33,3% da população estadual: Joinville, Blumenau, Florianópolis e São José, localizados nas regiões metropolitanas; Criciúma, no sul catarinense; Lages, na mesorregião Serrana; Itajaí, no Vale do Itajaí; e Chapecó, no oeste catarinense. Dos dez municípios com população entre 50 e 100 mil habitantes, cinco localizam-se nas mesorregiões onde estão as áreas metropolitanas. Os municípios catarinenses com população inferior a 20 mil habitantes são mais de 80% do total e respondem por 32,5% da população estadual.

A colonização do Estado de Santa Catarina foi marcada por diferentes fluxos de imigração européia, que se iniciaram no século XVII, compreendendo portugueses de São Vicente e das ilhas dos Açores e da Madeira, alemães, italianos e, em menor escala, eslavos. No final da década de 60, a colonização se completa através de fluxos internos de imigrantes de segunda geração, em direção ao oeste catarinense.10

10Ver site da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Integração ao MERCOSUL: www.sc.gov.br

SEADE 68

SEADE 68 Tabela 21 Número de Municípios e Distribuição da População, segundo Classes de Tamanho de Município Estado de Santa Catarina 1980-1996 1980 1991 1996 Classes de Tamanho de Municípios População Total Municípios População Total Municípios População Total Município Número % Número % Número % Número % Número % Número % Total 217 100,00 3.627.933 100,00 217 100,00 4.541.994 100,00 260 100,00 4.875.244 100,00 Até 5 Mil Habitantes 46 21,20 168.051 4,63 45 20,74 168.325 3,71 75 28,85 253.996 5,21 De 5 Mil a 10 Mil Habitantes 75 34,56 555.904 15,32 66 30,41 500.479 11,02 77 29,62 550.140 11,28 De 10 Mil a 20 Mil Habitantes 53 24,42 719.602 19,84 56 25,81 787.639 17,34 58 22,31 780.374 16,01 De 20 Mil a 50 Mil Habitantes 33 15,21 984.229 27,13 34 15,67 1.070.099 23,56 32 12,31 997.801 20,47 De 50 Mil a 100 Mil Habitantes 5 2,30 388.142 10,70 8 3,69 521.157 11,47 10 3,85 667.359 13,69 De 100 Mil a 500 Mil Habitantes 5 2,30 812.005 22,38 8 3,69 1.494.295 32,90 8 3,08 1.625.574 33,34 Mais que 500 Mil Habitantes ------Fonte: IBGE. Censos Demográficos 1980 e 1991 e Contagem Populacional 1996.

SEADE 68 Nos últimos vinte anos, a população de Santa Catarina vem crescendo a taxas ligeiramente superiores às do país: 2,06, entre 1980 e 1991, e 1,45, entre 1991 e 1996 ( contra 1,93 e 1,36 das taxas brasileiras , respectivamente, nos dois períodos). Embora a região Sul do Brasil tenha se caracterizado nos anos 80 como área de evasão populacional, mantendo esta tendência no período 1991- 96, Santa Catarina tem reduzido suas perdas populacionais desde a década de 80, quando o Estado registrou saldo migratório positivo de cerca de 58 mil pessoas, com parcela importante com origem nos demais estados sulinos. Santa Catarina caracterizou-se, juntamente com estados como Espírito Santo, como “pólo regional ganhador” de população. Entre 1991 e 1996 o Estado teve um ganho intra-regional de cerca de 34 mil pessoas.11 As taxas de crescimento da população rural catarinense, no entanto, foram negativas nos dois períodos.

11 Ver Baeninger, Rosana. Região, Metrópole e Interior: Espaços Ganhadores e Espaços Perdedores nas Migrações Recentes – Brasil, 1980-1996. Tese de Doutorado. IFCH/Unicamp. 1999.

SEADE 68

SEADE 68 A mesorregião 5 – Grande Florianópolis, que praticamente coincide com a Região Metropolitana da capital, é a que possui o menor número de municípios (20) e o segundo menor volume populacional (13,6% do total do Estado), tendo apresentado a maior taxa de crescimento no período 1980-91 e, embora esse crescimento tenha arrefecido no período seguinte, continuou crescendo mais que o Estado. Os municípios do entorno da capital foram os que mais cresceram: Palhoça, Biguaçu e São José (Mapa 5 e Tabela 22). Vale ressaltar que, a despeito do aparato legal, a Região Metropolitana da Grande Florianópolis, diferentemente de áreas de outros estados que reúnem características metropolitanas, sofre a influência de uma rede urbana estadual forte. “Ela faz parte de um conjunto de quatro aglomerações, praticamente contínuas – Joinville, Blumenau, Itajaí e Criciúma – com elevado porte populacional e importância econômica que dividem com a capital o rol de funções que peculiarizam a primazia de outras metrópoles brasileiras, consolidadas ou em consolidação. Há ainda que considerar a influência que recebe das Regiões Metropolitanas de Curitiba e de Porto Alegre, que são fortes centros de referência para toda a rede urbana catarinense”.12

As mesorregiões Norte Catarinense e Vale do Itajaí apresentaram taxas sempre superiores às médias estaduais nos dois períodos. No Norte, foram os municípios da região metropolitana de Joinville que registraram as maiores taxas: Joinville, Jaraguá do Sul e São Bento do Sul. No Vale do Itajaí, além das altas taxas dos municípios vizinhos a Blumenau, os municípios litorâneos foram os que apresentaram maior crescimento populacional: Balneário Camboriú, Navegantes e Camboriú.

A mesorregião 1 – Oeste Catarinense é a que possui o maior número de municípios (99) e o maior volume populacional (38,08% do total do Estado), registrando taxas de crescimento populacional muito inferiores às estaduais, nos períodos 1980-91 e 1991-96. Apenas alguns municípios cresceram a taxas superiores ao Estado, nos dois períodos, Caçador, Fraiburgo, Videira e Capinzal.

12 Nesur-IE/Unicamp. Análise das regiões metropolitanas institucionalizadas. Região Metropolitana da Grande Florianópolis – Estado de Santa Catarina. Campinas, 1999, (Relatório de Pesquisa).

SEADE 68 Já o Sul Catarinense cresceu acima da média estadual nos anos 80, com destaque para Criciúma, Araranguá e Içara, e apresentou taxa inferior no período seguinte, muito embora esses três municípios tenham continuado a crescer acima da média estadual.

A região Serrana registrou crescimento muito inferior ao estadual nos anos 80 e negativo entre 1991 e 1996. Apenas o município de Correia Pinto apresentou taxa superior à estadual, nos anos 80 e o de Bom Retiro, no período seguinte.

SEADE 68 Tabela 22 População Total, Taxas de Crescimento e Grau de Urbanização Estado de Santa Catarina, Mesorregiões Geográficas e Principais Municípios 1980-1996 Taxas de Grau de Estado, Mesorregiões e População Crescimento ( %) Urbanização Principais Municípios (%) 1980 1991 1996 1980/1991 1991/1996 1991 1996 Estado de Santa Catarina 3.627.933 4.541.994 4.875.244 2,06 1,45 70,6473,13 Mesorregião 01 Oeste Catarinense 930.299 1.051.083 1.077.901 1,12 0,51 50,7156,27 Chapecó 83.768 123.050 131.014 3,56 1,28 78,6387,00 Caçador 39.268 52.684 58.620 2,71 2,20 82,5581,92 Concórdia 54.860 64.338 58.502 1,46 -1,92 56,3862,77 Videira 28.151 35.922 39.339 2,24 1,87 75,8177,18 Xanxerê 30.014 37.638 37.392 2,08 -0,13 73,7782,96 São Miguel d'Oeste 35.769 42.242 36.337 1,52 -3,02 60,6973,63 Fraiburgo 15.034 26.649 30.265 5,34 2,62 73,8780,96 Mesorregião 02 Norte Catarinense 615.051 838.211 935.716 2,85 2,26 81,1680,36 Joinville 235.812 347.151 397.951 3,58 2,82 96,4193,65 Jaraguá do Sul 48.534 76.968 93.076 4,28 3,94 81,2977,47 São Bento do Sul 35.205 50.328 57.098 3,30 2,60 89,6286,82 47.272 55.376 54.964 1,45 -0,15 66,5165,82 Mafra 40.638 47.042 49.479 1,34 1,03 70,0571,22 Rio Negrinho 21.009 28.460 31.611 2,80 2,16 87,0690,79 Porto União 27.711 29.883 30.676 0,69 0,53 75,7678,57 Mesorregião 03 Serrana 346.183 375.121 372.262 0,73 -0,16 71,2675,37 Lages 129.685 151.235 148.860 1,41 -0,32 91,6393,15 37.709 42.234 37.083 1,04 -2,61 77,4084,95 39.389 42.811 34.201 0,76 -4,46 55,66 64,77 Mesorregião 04 Vale do Itajaí 723.119 943.620 1.057.132 2,45 2,34 76,1178,10 Blumenau 157.258 212.025 231.401 2,75 1,79 87,8885,94 Itajaí 86.460 119.631 134.942 3,00 2,48 95,7695,78 Brusque 41.224 57.971 66.558 3,15 2,85 92,2791,20 Balneário Camboriú 21.858 40.308 58.188 5,72 7,75 98,9698,11 Rio do Sul 36.240 45.679 47.822 2,13 0,94 93,62 93,27 Gaspar 25.606 35.614 40.584 3,04 2,69 65,6064,21 Indaial 20.064 30.158 35.340 3,77 3,28 93,6294,18 Camboriú 14.034 25.806 34.054 5,69 5,80 91,2195,14 Navegantes 13.530 23.662 32.363 5,21 6,58 86,6387,54 (Continua)

SEADE 68

Taxas de Grau de Estado, Mesorregiões e População Crescimento ( %) Urbanização Principais Municípios (%) 1980 1991 1996 1980/1991 1991/1996 1991 1996 Mesorregião 05 Grande Florianópolis 446.235 619.265 668.561 3,02 1,57 84,14 84,69 Florianópolis 187.871 255.390 271.281 2,83 1,24 93,9792,40 São José 87.817 139.493 151.024 4,30 1,63 92,0391,15 Palhoça 38.031 68.430 81.176 5,49 3,54 96,1496,84 Biguaçu 21.434 34.063 40.047 4,30 3,35 82,8187,67 Mesorregião 06 Sul Catarinense 567.046 714.694 763.672 2,13 1,36 68,3969,96 Criciúma 101.379 146.320 159.101 3,39 1,72 90,4390,02 Tubarão 75.237 95.062 83.728 2,15 -2,55 87,5985,98 Araranguá 33.685 48.415 55.449 3,35 2,80 81,5783,50 Laguna 39.519 44.862 43.870 1,16 -0,45 76,1878,29 Içara 24.498 38.095 42.096 4,10 2,05 71,8472,62 25.148 30.942 32.876 1,90 1,24 83,3583,16 Fonte: Fundação IBGE. Censos Demográficos 1980 e 1991 e Contagem Populacional 1996.

Em Santa Catarina, a distribuição da população por sexo é equilibrada. Apenas nas mesorregiões Oeste e Norte Catarinense predominam os homens, com diferenças percentuais inferiores a 1%. Nas demais regiões, as mulheres são maioria, com destaque para a mesorregião da capital (Tabela 23).

Tabela 23 Distribuição da População, por Sexo, segundo Mesorregiões Estado de Santa Catarina 1996 Em porcentagem Estado e Mesorregiões Homens Mulheres Estado de Santa Catarina 50,02 49,98 Mesorregião 01 Oeste Catarinense 50,44 49,56 Mesorregião 02 Norte Catarinense 50,31 49,69 Mesorregião 03 Serrana 49,83 50,17 Mesorregião 04 Vale do Itajaí 49,87 50,13 Mesorregião 05 Grande Florianópolis 49,40 50,60 Mesorregião 06 Sul Catarinense 49,93 50,07 Fonte: Fundação IBGE. Contagem Populacional 1996; Fundação Seade.

SEADE 68