Estado do Prefeitura Municipal de

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PREFEITURA MUNICIPAL DE CACIQUE DOBLE

1ª REVISÃO DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PMGIRS)

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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PMGIRS)

RELATÓRIO TÉCNICO FINAL

PREFEITURA MUNICIPAL DE CACIQUE DOBLE

CACIQUE DOBLE – RS

ABRIL, 2019.

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CACIQUE DOBLE

EDIVAN FORTUNA PREFEITO MUNICIPAL

LUIZ ÂNGELO DEON VICE-PREFEITO MUNICIPAL

EQUIPE TÉCNICA DA PRIMEIRA REVISÃO DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PMGIRS).

I – COMITÊ EXECUTIVO A. Elaboração Técnica: Elias Scalco Henrique Luiz Zanin B. Representante da Secretaria Municipal de Agricultura: Edivan Navarini C. Representante do Setor de Engenharia: Carla Ragnini

II – COMITÊ DE COORDENAÇÃO Comissão de Coordenação

A. Representante da EMATER/ASCAR local: Sidnei Bacchi B. Representante do Legislativo Municipal: Eliandra Bertoni C. Representante da Secretaria Municipal de Assistência Social: Deisi Silvestro Da Rosa D. Representante da Secretaria Municipal da Fazenda: Ezequiel Biavati

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E. Representante da Secretaria Municipal de Administração: Janaina Reginato F. Representante da Secretaria Municipal de Obras: Luiz Ângelo Deon G. Representante da Secretaria Municipal de Turismo: Josimar Navarini H. Representante da Secretaria Municipal de Urbanismo: Joacir Antônio Zaparoli

Comissão Ambiental A. Representante da Secretaria Municipal de Educação e Cultura: Ionara Bitencurt Beltrame B. Representante da Secretaria Municipal de Saúde: Juliana Tomazzi Fortuna C. Representante do Lions Clube: Sandro Zacarias D. Representante da Brigada Militar: Guilherme Holdis E. Representante do CDL: Inácio Rosin F. Representante do Sindicato dos Trabalhadores Rurais: Aldemir Roque Carrini G. Representante do Conselho Municipal do Meio Ambiente: Neide Bacchi H. Representante do Conselho Municipal de Saúde: Zeli Aparecida Luchese Vasem

Comissão com os Representantes da Sociedade Civil A. Representantes da sociedade civil: Adriana Madela Silvestro Américo Spanholi Cleo Faller Gelson Dal Pizzol 4

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...... 16 1.1. APRESENTAÇÃO ...... 16 1.2. DA BASE LEGAL...... 18 1.3. HIERARQUIA DOS PLANOS DE GESTÃO ...... 19 1.4. DA EXIGÊNCIA DE PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL ...... 20 1.5. PLANO DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL DO PMGIRS ...... 21 1.5.1. Participação na Revisão do Plano: Cidadãos x Técnicos ...... 22 1.5.2. Participação na elaboração do Plano: Direta x Participativa...... 22 1.6. METODOLOGIA DE CONFERÊNCIAS ...... 23 1.7. MOBILIZAÇÃO E COMUNICAÇÃO ...... 24 1.8. CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES DE REVISÃO DO PMGIRS ...... 27 1.9. ABRANGÊNCIA ...... 28 1.9.1. Ordenamento Territorial ...... 28 1.9.1.1. A Zona Rural do Município ...... 29 1.9.1.2. A Zona Urbana do Município ...... 30 1.9.2. Abrangência Geográfica ...... 30 1.9.3. Abrangência Temporal ...... 31 2. DIAGNÓSTICO GERAL ...... 31 2.1. HISTÓRIOCO DO MUNICÍPIO ...... 32 2.2. CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO ...... 32 Dados Gerais do município: ...... 35 2.3. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ...... 36 2.4. EVOLUÇÃO DO MUNICÍPIO ...... 36 2.4.1. Evolução Populacional do Município ...... 37 2.5. CÁLCULO DA DEMANDA DEMOGRÁFICA FUTURA ...... 37 2.6. PLANOS, CÓDIGOS E ESTUDOS EXISTENTES ...... 38 2.7. DEMOGRAFIA ...... 39 2.7.1 Projeção de Crescimento Populacional ...... 40 2.8. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS ...... 45 2.9. ASPECTOS AMBIENTAIS ...... 48 2.9.1. Geologia ...... 48 2.9.2. Climatologia ...... 50 2.9.3 Região Fisiográfica ...... 52 2.9.4. Geomorfologia ...... 54 5

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2.9.5. Hidrografia ...... 55 2.9.5.1. Bacia Hidrográfica ...... 56 2.9.6. Topografia ...... 58 2.9.7. Solos ...... 60 2.9.8. Bioma ...... 62 2.9.9. Vegetação ...... 63 2.9.10. Relevo ...... 66 2.10. TURISMO E LAZER ...... 66 2.11. SISTEMAS PÚBLICOS EXISTENTES ...... 67 2.11.1. Saúde ...... 67 2.11.2. Educação ...... 68 2.11.3. Assistência Social ...... 69 2.12. SITUAÇÃO DO SANEAMENTO BÁSICO ...... 70 3. DIAGNÓSTICO SETORIAL...... 71 3.1. SITUAÇÃO GERAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS...... 73 3.1.1. Pesquisa e Levantamento de Dados Setorial ...... 75 3.1.2. Das doenças causadas pelos Resíduos Sólidos ...... 76 3.2. IQR – ÍNDICE DE QUALIDADE DO ATERRO SANITÁRIO ...... 76 3.3. ALGUMAS DEFINIÇÕES: LIXO OU RESÍDUOS SÓLIDOS ...... 77 3.4. CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ...... 77 3.4.1. Fatores que influenciam as características dos Resíduos Sólidos ...... 77 3.4.2. Das características físicas dos Resíduos Sólidos ...... 78 3.4.3. Classificação ...... 79 3.4.3.1. De acordo com a ORIGEM: ...... 81 3.4.3.2. De acordo com o TIPO ...... 91 3.4.3.2.1. Resíduo Reciclável ...... 91 3.4.3.2.2. Resíduo não reciclável ou rejeito ...... 91 3.4.3.3. Classificação quanto à FINALIDADE ...... 92 3.4.3.4. De acordo com a COMPOSIÇÃO QUÍMICA ...... 92 3.4.3.5. De acordo com a PERICULOSIDADE ...... 92 3.5. RESÍDUOS SÓLIDOS E SEUS DOIS GRANDES GRUPOS ...... 93 3.6. IDENTIFICAÇÃO DOS GERADORES QUE ESTÃO SUJEITOS A ELABORAÇÃO DE PLANOS ESPECÍFICOS OBRIGATÓRIOS ...... 94 3.7. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS ...... 101

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3.8. CARACTERIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO ...... 107 3.8.1. Resíduos Sólidos Domiciliares (RSD) ...... 107 3.8.2. Resíduos Sólidos de Poda (RSP) ...... 112 3.8.3. Resíduos Sólidos de Construção Civil e Demolição (RSC) ...... 113 3.8.4. Resíduos Sólidos Gerados Pelos Serviços de Saúde (RSS) ...... 113 3.8.5. Resíduos Sólidos Sujeitos a Logística Reversa ...... 114 3.8.5.1. Pilhas, baterias e lâmpadas ...... 115 3.8.5.2. Lixo eletrônico ...... 116 3.8.5.3. Óleos comestíveis e restos de animais ...... 117 3.8.5.4. Resíduos pneumáticos ...... 118 3.8.5.5. Embalagens de agrotóxicos...... 119 3.8.6. Resíduos Sólidos Industriais ...... 120 3.8.7. Resíduos Sólidos Volumosos ...... 121 3.8.8. Resíduos Sólidos das Atividades Agropecuárias ...... 121 3.9. CUSTOS E RECEITAS ...... 121 3.9.1. Custos com Serviços de Resíduos Sólidos Domiciliares ...... 122 3.9.2. Custos com Serviços de Resíduos Sólidos Gerados Pelos Serviços de Saúde 122 3.9.3. Receitas com os Serviços de Limpeza Urbana ...... 122 3.10. CARÊNCIAS E DEFICIÊNCIAS ...... 123 3.11. INICIATIVAS RELEVANTES ...... 123 3.12. ESTIMATIVA DE QUANTIDADE DE RESÍDUOS SÓLIDOS COLETADOS ..... 124 3.13. GERAÇÃO PER CAPITA ...... 125 3.13.1. Composição Gravimétrica ...... 126 4. PLANO DE AÇÃO ...... 127 4.1. PROPOSIÇÃO DE CENÁRIOS ...... 128 4.2. PERSPECTIVAS PARA A GESTÃO ASSOCIADAS COM MUNICÍPIOS DA REGIÃO ...... 129 4.2.1. A Questão do Consorciamento de Municípios ...... 130 4.2.2. Consórcios Públicos ...... 131 4.3. DEFINIÇÃO DAS RESPONSABILIDADES PÚBLICAS E PRIVADAS ...... 131 4.4. DIRETRIZES, ESTRATÉGIAS, METAS, PROGRAMAS E AÇÕES ...... 132 4.5. DEFINIÇÃO DE ÁREAS PARA DISPOSIÇÃO FINAL ...... 147 4.5.1. Seleção Preliminar de Áreas Disponíveis...... 147 4.5.2. Critérios de Seleção aplicáveis para as Áreas Disponíveis ...... 148 7

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4.6. DIFERENÇA ENTRE LIXÃO, ATERRO CONTROLADO E ATERRO SANITÁRIO 150 4.6.1. Aterro Sanitário ...... 150 4.6.2. Aterro Controlado ...... 151 4.6.3. Lixão: ...... 152 4.6.4. Aterro Industrial ...... 153 4.7. REGRAMENTO DOS PLANOS DE GERENCIAMENTO ESPECÍFICOS ...... 153 4.7.1. Formas de entrega do PGRS ...... 154 4.7.2. Monitoramento ...... 154 4.8. INDICADORES DE DESEMPENHO PARA OS SERVIÇOS PÚBLICOS ...... 155 4.9. EDUCAÇÃO AMBIENTAL ...... 156 4.10. SUSTENTABILIDADE SEM AGREDIR AO MEIO AMBIENTE ...... 156 4.10.1. Educação Ambiental para Sustentabilidade ...... 157 4.10.2. Responsabilidade Ambiental ...... 158 5. ESTRUTURA OPERACIONAL, FISCALIZATÓRIA E GERENCIAL DESEJADA ...... 159 6. SISTEMA DE CÁLCULO DOS CUSTOS OPERACIONAIS DE INVESTIMENTOS ...... 160 6.1. FORMA DE COBRANÇA DOS CUSTOS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS ...... 160 7. INICIATIVAS PARA O CONTROLE SOCIAL ...... 161 8. SISTEMÁTICA DE ORGANIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES LOCAIS ...... 162 8.1. AJUSTES NA LEGISLAÇÃO GERAL E ESPECÍFICA ...... 164 9. PROGRAMAS ESPECIAIS PARA AS QUESTÕES E RESÍDUOS SÓLIDOS MAIS RELEVANTES ...... 166 9.1. PROGRAMA PRIORITÁRIO PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE CONTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO...... 166 9.2. PROGRAMA PRIORITÁRIO PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DOMICILIARES SECOS ...... 167 9.3. PROGRAMA PRIORITÁRIO PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DOMICILIARES ÚMIDOS ...... 168 9.4. MODELO TECNOLÓGICO INCENTIVADO PELO MMA ...... 168 9.5. AÇÕES PARA MITIGAÇÃO DAS EMISSÕES DOS GASES DE EFEITO ESTUFA 170 9.6. AGENDAS SETORIAIS DE IMPLEMENTAÇÃO DO PMGIRS...... 172 10. ESTIMATIVA DE INVESTIMENTO PARA PROGRAMAS, METAS E AÇÕES DO PMGIRS, COM BASE NA PROJEÇÃO DO PLANSAB, LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO O ÍNDICE DO FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS (FPM)...... 173 11. MECANISMOS PARA CRIAÇÃO DE FONTES DE NEGÓCIOS, EMPREGO E RENDA, MEDIANTE A VALORIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ...... 175

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11.1. A IMPLANTAÇÃO DA COLETA SELETIVA SUSTENTÁVEL COM A PARTICIPAÇÃO DE CATADORES ...... 175 11.2. ZONEAMENTO ECONÔMICO ECOLÓGICO ...... 176 11.3. ICMS ECOLÓGICO ...... 177 12. FORMAS E LIMITES DA PARTICIPAÇÃO DO PODER PÚBLICO LOCAL...... 178 12.1. COLETA SELETIVA ...... 178 12.2. LOGÍSTICA REVERSA ...... 181 13. AÇÕES PREVENTIVAS E CORRETIVAS, INCLUINDO PROGRAMA DE MONITORAMENTO ...... 183 14. IDENTIFICAÇÃO DOS PASSIVOS AMBIENTAIS RELACIONADOS AO MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS, INCLUINDO ÁREAS CONTAMINADAS E RESPECTIVAS MEDIDAS SANEADORAS ...... 186 14.1. CLASSIFICAÇÃO DE PASSIVO AMBIENTAL ...... 188 14.1.1. Aspectos Administrativos ...... 188 14.1.2. Aspectos Físicos ...... 189 14.2. FILTRO AMBIENTAL ...... 190 15. MONITORAMENTO E VERIFICAÇÃO DE RESULTADOS ...... 191 16. REVISÃO DO PLANO ...... 191 17. RESPONSABILIDADES PARA A IMPLEMENTAÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DO PLANO ...... 192 17.1. DESCRITIVO GERAL DO PLANO DE METAS ...... 193 18. ENCERRAMENTO...... 194 19. REFERÊNCIAS ...... 195 20. GLOSSÁRIO...... 201 21. ANEXOS ...... 209 22. APÊNDICES ...... 232

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

APP – Área de Preservação Permanente ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas ANA – Agência Nacional de Águas ASPP – Aterro Sanitário de Pequeno Porte ATT – Área de Triagem e Transbordo A3P – Agenda Ambiental na Administração Pública BDI – Benefícios e Despesas Indiretas CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente CF – Constituição Federal DAU – Departamento de Ambiente Urbano ETE – Estação de Tratamento de Esgoto GT – Grupo de Trabalho LEV – Locais de Entrega Voluntária MMA – Ministério do Meio Ambiente MP – Ministério Público NBR – Norma Brasileira Registrada ONG – Organização Não Governamental PACS – Programa de Agentes Comunitários da Saúde PEAMSS – Programa de Educação Ambiental e Mobilização Social em Saneamento PERS – Plano Estadual de Resíduos Sólidos PEV – Ponto de Entrega Voluntária PMS – Projeto de Mobilização Social e Divulgação PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNM – Plano Nacional de Mineração PNMC- Plano Nacional sobre Mudança do Clima PNSB – Pesquisa Nacional de Saneamento Básico PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos PPA – Plano Plurianual PSF – Programa Saúde da Família 10

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RCD – Resíduos da Construção e de Demolição RSS – Resíduos de Serviços de Saúde RSU – Resíduos Sólidos Urbanos SNIRH – Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos SIAB – Sistema de Informação da Atenção Básica SICONV – Sistema de Convênios e Contratos de Repasse SINIR – Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento SISAGUA – Sistema Nacional de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente SINISA – Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico SNUC – Sistema Nacional de Unidades de Conservação SNVS – Sistema Nacional de Vigilância Sanitária SRHU – Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano SUASA – Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária TR – Termo de Referência UF – Unidade Federativa ZEE – Zoneamento Ecológico-Econômico

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LISTA DE FIGURAS Figura 1. Estrutura da Política Nacional de Resíduos Sólidos...... 20 Figura 2. Plano de Mobilização Social do PMGIRS...... 21 Figura 3. Delimitação do Município de Cacique Doble...... 30 Figura 4. Horizonte temporal do PMGIRS...... 31 Figura 5. Mapa com a localização do município...... 33 Figura 6. Visão aérea de Cacique Doble (RS)...... 34 Figura 7. Mapa com a localização da microrregião de Sananduva...... 34 Figura 8. Mapa rodoviário...... 35 Figura 9. Gráfico da evolução populacional do município...... 37 Figura 10. Índice de Desenvolvimento Socioeconômico por município – RS/2008...46 Figura 11. Índice de Desenvolvimento Humano por município RS, bloco longevidade...... 46 Figura 12. Valor Adicionado Bruto da indústria por município – RS/2007...... 47 Figura 13. Mapa geológico do RS...... 49 Figura 14. Mapa Pedológico de Cacique Doble...... 49 Figura 15. Mapa da Geologia de Cacique Doble...... 50 Figura 16. Mapa com as Precipitações Médias do Rio Grande do Sul...... 51 Figura 17. Mapa com as temperaturas médias anuais do Rio Grande do Sul...... 51 Figura 18. Mapa com a climatologia de Cacique Doble...... 52 Figura 19. Regiões fisiográficas do RS...... 53 Figura 20. Mapa hipsométrico do RS...... 53 Figura 21. Mapa com as unidades geomorfológicas do RS...... 54 Figura 22. Mapa da Unidade Geomorfológica de Cacique Doble...... 55 Figura 23. Mapa com a hidrografia de Cacique Doble...... 56 Figura 24. Bacias hidrográficas do RS...... 57 Figura 25. Região hidrográfica do Rio Uruguai...... 57 Figura 26. Topografia de Cacique Doble...... 59 Figura 27. Mapa topográfico de Cacique Doble...... 59 Figura 28. Mapa com os tipos de solo do RS...... 61 Figura 29. Mapa com o solo de Cacique Doble...... 61 Figura 30. Mapa com os Biomas do RS...... 62 12

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Figura 31. Mapa do Bioma de Cacique Doble...... 63 Figura 32. Regiões Fitoecológicas do RS...... 64 Figura 33. Vegetação do município...... 65 Figura 34. Mapa da vegetação de Cacique Doble...... 65 Figura 35. Relevo de Cacique Doble...... 66 Figura 36. Cores estabelecidas para a separação dos resíduos sólidos:...... 80 Figura 37. Símbolos de identificação dos grupos de resíduos sólidos...... 80 Figura 38. Resíduos sólidos reciclados, prontos para voltar para a indústria...... 108 Figura 39. Resíduos sólidos reciclados...... 109 Figura 40. Ilustração Logística Reversa...... 115 Figura 41. Ilustração de resíduos como pilhas, baterias e lâmpadas...... 116 Figura 42. Ilustração de lixo eletrônico...... 117 Figura 43. Ilustração de formas de destinação de resíduos como óleos comestíveis...... 118 Figura 44. Ilustração de resíduos pneumáticos...... 119 Figura 45. Ilustração de resíduos como embalagens de agrotóxicos...... 120 Figura 46. Fluxograma de processo e balança de massa...... 125 Figura 47. Municípios que integram consórcios públicos municipais...... 130 Figura 48. Ilustração de aterro sanitário...... 151 Figura 49. Ilustração de aterro controlado...... 151 Figura 50. Ilustração de lixão...... 152 Figura 51. Ferramenta para análise e priorização de ações práticas...... 157 Figura 52. Estrutura de implementação de um sistema de informações municipais de resíduos sólidos...... 164 Figura 53. Ilustração de Modelo Tecnológico incentivado pelo MMA...... 169 Figura 54. Representação esquemática dos processos logísticos: direto e reverso...... 181 Figura 55. Atividades típicas do processo logístico reverso...... 182 Figura 56. Filtro ambiental...... 190

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LISTA DE QUADROS Quadro 1. Estrutura do plano de mobilização social do PMGIRS...... 23 Quadro 2. Plano de comunicação do PMGIRS...... 25 Quadro 3. Cronograma da Primeira Revisão do PMGIRS...... 27 Quadro 4. Fases da revisão do PMGIRS...... 28 Quadro 5. Planos, Códigos e Estudos existentes do Município...... 38 Quadro 6. População urbana e rural por faixa etária...... 39 Quadro 7. População por faixa etária e sexo...... 40 Quadro 8. Projeção da população de Cacique Doble, segundo o método aritmético...... 41 Quadro 9. Projeção da população de Cacique Doble, segundo o método geométrico...... 43 Quadro 10. Bacia Hidrográfica dos Rios Apuaê – Inhandava...... 56 Quadro 11. Causas e número de óbitos no município em 2014...... 68 Quadro 12. Caracterização do atendimento referente ao manejo de resíduos sólidos...... 73 Quadro 13. Limpeza e Manejo de Resíduos Sólidos...... 74 Quadro 14. Pesquisa e levantamento do diagnóstico setorial registro de ocorrência ou não dos problemas e dos resíduos...... 75 Quadro 15. Doenças provenientes do lixo...... 76 Quadro 16. Fatores e influências nas características dos resíduos sólidos...... 78 Quadro 17. Classificação dos resíduos sólidos segundo NBR 10.004 da ABNT...... 79 Quadro 18. Identificação dos resíduos sólidos no município...... 81 Quadro 19. Classificação dos resíduos sólidos quanto a sua periculosidade...... 93 Quadro 20. Pesquisa e identificação dos geradores que estão sujeitos a elaboração de planos específicos...... 95 Quadro 21. Pesquisa e identificação do acondicionamento, coleta e transporte, armazenamento e disposição final ambientalmente adequada de rejeitos...... 101 Quadro 22. Projeção da geração de Resíduos Sólidos Domiciliares Totais para o horizonte do plano...... 111 Quadro 23. Principais carências e deficiências identificadas na gestão...... 123

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Quadro 24. Geração média per capita de resíduos sólidos segundo a faixa de população...... 125 Quadro 25. Exemplos básicos de cada categoria de resíduos sólidos urbanos...... 126 Quadro 26. Possíveis cenários...... 129 Quadro 27. Planejamento das ações...... 134 Quadro 28. Critérios técnicos e legais para seleção de áreas...... 148 Quadro 29. Critérios econômicos e financeiros para seleção de áreas...... 149 Quadro 30. Critérios políticos e sociais para seleção de áreas...... 150 Quadro 31. Indicadores gerais específicos – resíduos sólidos...... 155 Quadro 32. Situação desejada estrutura operacional, fiscalizatória e gerencial...... 160 Quadro 33. Taxa de Limpeza Urbana e/ou Coleta do Lixo...... 161 Quadro 34. Planejamento das ações de ajustes na legislação geral e específica...... 165 Quadro 35. Adequação da Rede de Instalações ao porte do Município...... 170 Quadro 36. Planejamento das Ações para Mitigação das Emissões dos Gases de Efeito Estufa...... 171 Quadro 37. Projeção Simulada de Necessidades de Investimentos com base nas metas estabelecidas no Plansab – Plano Nacional de Saneamento Básico (2011 a 2030) para atender o Município levando em conta o Índice do FPM...... 174 Quadro 38. Programas orçamentários em manejo de resíduos sólidos e limpeza urbana...... 174 Quadro 39. Programa de acompanhamento e monitoramento...... 183 Quadro 40. Procedimentos para ações de emergência e contingência...... 184 Quadro 41. Identificação do Passivo Ambiental de acordo com seus aspectos:.....188 Quadro 42. Identificação do Passivo Ambiental de acordo com seus aspectos:.....189 Quadro 43. Revisão do plano PMGIRS...... 191 Quadro 44. Etapas com identificação das responsabilidades e as atividades previstas para o Plano...... 192 Quadro 45. Descrição geral das metas...... 193

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1. INTRODUÇÃO

As ações de saneamento ambiental pressupõem medidas que garantam a adequada ocupação do solo urbano. Abrangem desde o abastecimento de água, o gerenciamento de resíduos sólidos, o esgotamento sanitário, obras de drenagem urbana, controle de vetores e focos de doenças transmissíveis e num conceito mais amplo a melhoria das condições de habitação e a educação ambiental. Portanto a partir da diretriz de estabelecimento do saneamento ambiental no município, devem ser implementados programas específicos pertinentes aos itens citados. No que concerne a resíduos sólidos o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos - PMGIRS é o instrumento norteador.

O Plano tem como objetivo programar condições para o gerenciamento adequado dos resíduos sólidos no município e terá como princípios: a minimização da geração, a reutilização, a reciclagem, o tratamento e a disposição final adequada.

1.1. APRESENTAÇÃO

O presente documento consiste na Primeira Revisão do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Município de Cacique Doble, desenvolvido em conformidade com a Lei Federal nº 11.445/07, que estabelece a Política Nacional de Saneamento e a Lei Federal 12.305/10 que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

O Plano durante toda a elaboração foi apresentado à comunidade através da Conferência Territorial Concentrada/Setorial/ Temática, com a finalidade de dialogar e acolher sugestões que submetidas ao planejamento das ações, tornam a elaboração do Plano um instrumento de gestão compartilhada entre os agentes e os gestores envolvidos. Para finalizar a elaboração do PMGIRS, o mesmo foi submetido à Audiência Pública de Apresentação, Discussão, Aprovação e Validação do Plano. Em ato contínuo, o Plano foi encaminhado ao Conselho Municipal de Meio Ambiente para o seu Acolhimento e a sua Validação. Já como ato

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Estado do Rio Grande do Sul Prefeitura Municipal de Cacique Doble final, o Plano tem o Decreto do Prefeito Municipal aprovando o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PMGIRS. O horizonte de tempo considerado para este Plano foi de 20 (vinte) anos, com sua segunda revisão prevista para 2024/2025, em razão da necessidade de compatibilização com o Plano Plurianual, e as demais revisões de 04 (quatro) em 04 (quatro) anos.

Em relação às ações de Saneamento Ambiental buscou-se pressupor medidas que garantam a adequada ocupação do solo urbano. Abrangem desde o abastecimento de água, o gerenciamento de resíduos sólidos, o esgotamento sanitário, obras de drenagem urbana, controle de vetores e focos de doenças transmissíveis e num conceito mais amplo a melhoria das condições de habitação e a educação ambiental. Portanto a partir da diretriz de estabelecimento do saneamento ambiental no município, deverão ser implementados programas específicos pertinentes aos itens citados. No que concerne a resíduos sólidos o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos - PMGIRS é o instrumento norteador

O Plano tem como objetivo programar condições para o gerenciamento adequado dos resíduos sólidos no município e terá como princípios: a minimização da geração, a reutilização, a reciclagem, o tratamento e a disposição final adequada.

Em seu desenvolvimento, o documento foi estruturado com base na Lei Federal 12.305/10 e apresenta:

 Diagnóstico da situação dos resíduos sólidos;  Identificação de áreas favoráveis para disposição final ambientalmente adequada de rejeitos;  Identificação das possibilidades de implantação de soluções consorciadas com outros municípios;  Identificação dos resíduos sólidos e dos geradores sujeitos ao Plano de Gerenciamento específico ou a sistema de logística reversa;  Procedimentos operacionais e especificações mínimas para os serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos;

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 Indicadores de desempenho operacional e ambiental dos serviços públicos;  Regras para o transporte e outras etapas do gerenciamento de resíduos sólidos;  Definição das responsabilidades quanto à sua implementação e operacionalização;  Programas e Ações de Capacitação Técnica;  Programas e Ações de Educação Ambiental;  Programas e ações para a participação dos grupos interessados, em especial das cooperativas ou outras formas de associação de catadores;  Mecanismos para a criação de fontes de negócios, emprego e renda;  Sistema de cálculo dos custos da prestação dos serviços públicos, bem como sua forma de cobrança;  Metas de redução, reutilização, coleta seletiva e reciclagem;  Formas e limites da participação do poder público local na coleta seletiva e na logística reversa;  Meios para o controle e a fiscalização, no âmbito local, dos Planos de Gerenciamento de Resíduos e dos Sistemas de Logística Reversa;  Ações preventivas e corretivas;  Identificação dos passivos ambientais e respectivas medidas saneadoras;  Periodicidade de sua revisão.

1.2. DA BASE LEGAL

A Política Nacional de Resíduos Sólidos harmoniza-se com diversas leis, em especial as Leis de Saneamento Básico e de Consórcios Públicos. De igual modo está inter-relacionada com as Políticas Nacionais de Meio Ambiente, de Educação Ambiental, de Recursos Hídricos, de Saúde, Urbana, Industrial, Tecnológica e as que promovem a Inclusão Social. Para tanto, citamos:

 Lei Nacional de Resíduos Sólidos - Lei nº 12.305/2010  Decreto Regulamentador - Lei nº 7.404/2010  Decreto 5.404/2010  Lei Nacional de Saneamento Básico - Lei nº 11.445/07  Decreto Regulamentador - Lei nº 7.217/10  Lei de Consórcios Públicos - Lei nº 11.107/05 18

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 Decreto Regulamentador - Lei nº 6.017/07  Política Nacional de Meio Ambiente - Lei nº 6.938/81  Política Nacional de Educação Ambiental - Lei nº 9.795/99  Política Nacional de Recursos Hídricos - Lei nº 9.433/97  Crimes Ambientais - Lei Federal 9.605/1998  Decreto Regulamentador 6.514/2008  Decreto Federal 5.940/2006 - Institui a separação dos resíduos recicláveis  Norma Brasileira aplicável: NBR 10.004 – Dispõe sobre os Resíduos Sólidos e a Classificação  Norma Brasileira aplicável: NBR 10.007 – Dispõe sobre a Amostragem de Resíduos  Instrução Normativa MPOG 01/2010 - Dispõe sobre os critérios de Sustentabilidade Ambiental  Lei Orgânica Municipal 03/1990

1.3. HIERARQUIA DOS PLANOS DE GESTÃO

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (Brasil, 2001): “o Plano de gerenciamento é um documento que apresenta a situação atual do sistema de limpeza urbana, com a pré-seleção das alternativas mais viáveis, com o estabelecimento de ações integradas e diretrizes sob os aspectos ambientais, econômicos, financeiros, administrativos, técnicos, sociais e legais para todas as fases de gestão dos resíduos sólidos, desde a sua geração até a destinação final”.

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Figura 1. Estrutura da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Fonte: PNGIRS, 2019.

1.4. DA EXIGÊNCIA DE PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL

O processo de elaboração do plano de resíduos deve assegurar a efetiva participação e o controle social nas fases de formulação e acompanhamento da implantação da política estadual ou municipal de resíduos sólidos, bem como na avaliação da consecução das metas do Plano.

A proposta está prevendo mecanismos de participação de órgãos públicos e da sociedade civil, por meio de conselhos de políticas públicas relacionadas à área de atuação do projeto, como por exemplo, de meio ambiente, de resíduos sólidos, de assistência social, etc., de movimentos sociais e organizações locais de catadores e catadoras de materiais recicláveis e de fóruns (Lixo e Cidadania, Economia Solidária etc.) e outras instâncias de participação e controle social.

Oportunamente destacamos informações sobre a dinâmica social onde identificamos e integramos os elementos básicos que permitirão a compreensão da estrutura de organização da sociedade apresentando os atores e segmentos

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Estado do Rio Grande do Sul Prefeitura Municipal de Cacique Doble setoriais estratégicos, a serem envolvidos no processo de mobilização social para a elaboração e a implantação do Plano.

1.5. PLANO DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL DO PMGIRS

O Plano de Mobilização Social (PMS) detalhou o planejamento de cada ação de mobilização e participação social.

Figura 2. Plano de Mobilização Social do PMGIRS.

O que fazer? (Ações) Por que fazer? Com quem fazer? (Objetivos) (Atores/Parceiros) PLANO DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL Como divulgar? Quando fazer? (Instrumentos e (Cronograma) Estratégias) Como fazer? (Metodologia)

Fonte: PNGIRS, 2019.

Seguimos a linha de raciocínio de Pedro Pontual (1994) que afirma: “a participação popular pressupõe uma relação de troca entre gestão (municipal) e população, a partir da qual se torna possível construir um conhecimento conjunto sobre a cidade, resultando na elaboração de projetos coletivos. Trata-se de criar condições para que se realize um intercâmbio de saberes: de um lado, os que detêm um conhecimento técnico sobre a realidade urbana e que estão no Governo e, do outro lado, um saber popular, fruto da vivência que a população tem dos problemas da cidade e da sua capacidade de apontar soluções”.

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1.5.1. Participação na Revisão do Plano: Cidadãos x Técnicos

A participação da sociedade é necessária para um planejamento sustentável do município, mas não suficiente. As técnicas de participação melhoram, sem dúvida, o conhecimento dos problemas urbanos e promovem o envolvimento da sociedade que poderá se dar por participação representativa no “Comitê de Coordenação” na elaboração do diagnóstico e no desenvolvimento do PMGIRS, mas requerem a existência de um “filtro crítico” que deve ser fornecido por profissionais com formação técnico-científica e experiência que integram o “Comitê Executivo”. Sem a contribuição desses profissionais técnicos, a participação da comunidade pode se diluir em contradições sem obter nenhum resultado. Por isso, a valorização da participação da sociedade não diminui a responsabilidade dos técnicos, pelo contrário, torna a sua tarefa ainda mais complexa.

1.5.2. Participação na elaboração do Plano: Direta x Participativa

A “participação cidadã” pressupõe uma relação de troca entre gestão municipal e população, a partir da qual se torna possível construir um conhecimento conjunto sobre a cidade, resultando na elaboração de projetos coletivos. Trata-se de criar condições para que se realize um intercâmbio de saberes: de um lado, os que detêm um “conhecimento técnico” sobre a realidade urbana e que estão no Governo, e do outro lado, um “saber popular”, fruto da vivência que a população tem dos problemas da cidade e da sua capacidade de apontar soluções.

No nível de participação representativa, pode-se propor a discussão no conselho existente e atuante, estabelecer fóruns de debates e entidades, ou criar comissões especiais. A discussão no conselho pode permitir um maior aprofundamento do debate, por se tratar, normalmente, de interlocutores que já vêm discutindo as questões em pauta, porém, mobiliza mais aqueles que já têm experiência de participação e militância.

No nível de participação direta pode-se propor a realização de conferências, audiências públicas, encontros e debates temáticos abertos. A conferência tem a 22

Estado do Rio Grande do Sul Prefeitura Municipal de Cacique Doble vantagem de ampliar a participação e de ser um modelo conhecido, mas, em contrapartida, apresenta a desvantagem de dificultar a apropriação dos temas, por isso, a importância de mediadores que permitem contribuir na sistematização das formalizações dos temas em discussão.

1.6. METODOLOGIA DE CONFERÊNCIAS

Dentre os processos democráticos de participação, a metodologia de conferências é a mais utilizada para discussões em torno de políticas públicas para diversos temas. A conferência valoriza a discussão da pauta e a contribuição das representações e dos demais participantes das comunidades. Além disso, permite a utilização de dinâmicas para o debate e cria oportunidades para soluções e construção de pactos como resultado da somatória de interesses e necessidades de todos os participantes e comunidade. Assim, optou-se pelas Conferências. As conferências preparatórias deverão eleger os conferencistas que irão representar seu segmento quando do debate no evento final.

Quadro 1. Estrutura do plano de mobilização social do PMGIRS. ESTRUTURA DO PLANO DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL Disponibilidade Estratégias Identificação de infraestrutura Metodologia Identificação de divulgação das Áreas e para a Pedagógica das dos Eventos da revisão do Público realização dos Reuniões PMGIRS Eventos Concentrada e/ou por Setor Câmara Expressar de uma Municipal de Conferência Plano de opiniões determinada Vereadores e Comunicação individuais e/ou de Abertura Área ou equipamento da coletivas Território da Prefeitura Cidade Câmara Diversos Expressar Municipal de Conferência Setores Plano de opiniões Vereadores e Produtivos da Comunicação individuais e/ou Setorial equipamento da Economia Local coletivas Prefeitura Discutir Salão Expressar assuntos Conferência Comunitário e Plano de opiniões específicos equipamento da Comunicação individuais e/ou Temática abordados por Prefeitura coletivas sua importância

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Câmara Apresentação, Municipal de Discussão, Audiência Plano de Evento Final Vereadores e Aprovação e Comunicação Pública equipamento da Validação do Prefeitura Plano Reunião da Conselho Sala de Reuniões Acolhimento da Plano de Instância Municipal de e Equipamento discussão do Comunicação Colegiada Meio Ambiente da Prefeitura Plano Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2019. 1.7. MOBILIZAÇÃO E COMUNICAÇÃO

A participação, essencial em um processo de mobilização, tem a função de aproximar o cidadão das decisões. Dessa maneira, ele conquista espaço, garante a elaboração de um planejamento que reflita as necessidades locais e acompanha sua implantação.

A mobilização social é parte importante do processo de fomento à participação. Ela acontece quando um grupo de indivíduos se reúne e decide agir para um bem comum. Fazer parte de um processo de mobilização é uma escolha que depende das pessoas se verem ou não como responsáveis e capazes de transformar sua realidade.

Sabemos que o desenvolvimento local depende do acesso a informações organizadas e disponibilizadas com transparência a todos os interessados. Para que possam participar efetivamente dos processos decisórios e influenciar as políticas locais, os cidadãos devem estar bem informados sobre os problemas, oportunidades e potenciais da região.

Embora haja uma quantidade considerável de dados produzidos, é preciso sistematizá-los e atualizá-los para que se transformem em informação útil para as populações e que sua divulgação seja ampla e democrática entre os diferentes segmentos sociais.

O desafio é promover formas de organizar, disponibilizar e divulgar as informações de modo integrado, coerente e acessível a todos, para que elas se tornem ferramentas eficazes de participação social. Neste sentido, apresenta-se um Plano de Comunicação que foi seguido à elaboração do PMGIRS:

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Quadro 2. Plano de comunicação do PMGIRS.

PLANO DE COMUNICAÇÃO

DESTINO CONTEÚDO FONTE CANAL FREQUENCIA ARMAZENAMENTO Informar o andamento do Prefeitura e Rádio PMGIRS e Comitê cronograma Memorando Sempre que Arquivo/ convite para Diretor de revisão do Telefone necessário Banco de Dados Conferências PMGIRS E-mail até o evento final Informar o andamento do Prefeitura e Rádio Grupo de PMGIRS e cronograma Memorando Sempre que Arquivo/ Sustentaç convite para de revisão do Telefone necessário Banco de Dados Conferências ão PMGIRS até o evento E-mail final

Informar o Prefeitura, andamento do Comitê Diretor Rádio PMGIRS e e Grupo de Conselho Memorando Sempre que Arquivo/ convite para Sustentação e Municipal Telefone necessário Banco de Dados Conferências cronograma E-mail até o evento de revisão do final PMGIRS

Comitê Diretor e Grupo de Informar o Sustentação, andamento Reuniões e Sempre que Arquivo/ Prefeito Conselho e da revisão do Telefone necessário Banco de Dados Cronograma Plano de revisão do PMGIRS Informar o Prefeitura, andamento e Comitê Diretor fazer convite e Grupo de Rádio para Sustentação, Sempre que Arquivo/ População Jornal Discussão, Conselho e necessário Banco de Dados Cartaz Pactuação e Cronograma Aprovação do de revisão do PMGIRS PMGIRS Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2019.

Para a concretização desta fase de elaboração do Plano foi desenvolvido um plano de comunicação com os seguintes objetivos: . Divulgar amplamente o processo, as formas e canais de participação e informar os objetivos e desafios do Plano à população da área de planejamento;

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. Disponibilizar as informações necessárias à participação qualificada da sociedade nos processos decisórios do Plano; e . Estimular todos os segmentos sociais a participarem do processo de planejamento e da fiscalização e regulação dos serviços de saneamento básico.

O plano de comunicação consiste na divulgação das informações elaboradas em torno dos estudos de resíduos sólidos do município de Cacique Doble (RS). A comunicação deve disponibilizar de forma abrangente e compreensiva as propostas dos planos e dos estudos que as fundamentam. As formas de comunicação se darão por meio de conferências e audiência públicas, programas de rádio, distribuição de material gráfico à população pelos agentes de saúde, palestras de conscientização nas redes de ensino municipal e estadual do município, divulgação nas redes sociais, jornais O Informativo Regional de Sananduva (RS) e O Diário as Manhã de (RS) e no site da prefeitura municipal.

As práticas adotadas de comunicação e mobilização social resultam em apoio para a complementação dos conteúdos a serem inseridos no plano. A metodologia do trabalho foi definida na conferencia de abertura da 1ª Revisão do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.

As formas de participação e as ferramentas utilizadas foram ajustadas à realidade local e em função dos recursos disponíveis, sendo feitas das seguintes formas:

 Programa de rádio: informações sobre o andamento do plano, canal de sugestões e datas dos eventos;  Jornal: todas as informações sobre o procedimento de revisão do plano, bem como informações sobre as conferências foram divulgadas nos jornais O Informativo Regional de Sananduva (RS) e O Diário as Manhã de Passo Fundo (RS);  Site da prefeitura: informações sobre o andamento do plano, canal de sugestões e datas dos eventos;  Facebook da prefeitura: informações sobre o andamento do plano, canal de sugestões e datas dos eventos;

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 Caixa de sugestões: esse meio ficou disponível na prefeitura municipal para recebimento de sugestões sobre os planos;  Conferência pública: foram realizadas duas conferências públicas onde foram mobilizadas empresas, entidades, conselho municipal do meio ambiente e representantes da sociedade civil, nesses eventos foi debatido os assuntos pertinentes ao plano;  Conferência setorial: foi realizada uma conferência com os integrantes dos comitês para debate das informações levantadas e foram discutidas algumas propostas;  Audiência pública: foi realizada uma audiência pública para apresentação dos respectivos planos, recebimento de sugestões e aprovação do plano.

1.8. CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES DE REVISÃO DO PMGIRS

Quadro 3. Cronograma da Primeira Revisão do PMGIRS.

TAREFAS DE REVISÃO DO PMGIRS Capacitação e Realização de Decreto de sensibilização Conferências Conferência Audiência Aprovação para revisão do para revisão do Municipal Pública pelo Prefeito PMGIRS PMGIRS Municipal

Prazo: 15 Início Prazo: 30 dias Prazo: 30 dias Prazo: 15 dias dias Reunião inicial Conferência Evento final de Reunião Elaboração do com Comitê Territorial, Apresentação, Conselho Decreto de Diretor e Grupo de Setorial, Discussão, Municipal de Aprovação do Sustentação, Temática, Aprovação e Meio Plano, Conselho permitindo que Validação do Ambiente reconhecendo o Municipal de Meio todos os conteúdo que para cumprimento Ambiente e a interessados vai integrar o realização do dos dispositivos participação possam Plano. Acolhimento e legais. cidadã para expressar da Validação nivelamento de opiniões do Plano. informações sobre individuais e/ou o PMGIRS. coletivas.

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2019.

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Quadro 4. Fases da revisão do PMGIRS. 2. 3.

FASES DA REVISÃO DO PMGIRS

FASE I Coordenação, Participação Social e comunicação. Planejamento do Processo

Diagnóstico da Situação dos Resíduos Sólidos

Prognósticos e alternativas para a universalização, Condicionantes, Diretrizes, Objetivos e Metas.

FASE II Programas, projetos e ações. Revisão do PMGIRS Ações para emergência e contingências.

Mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência, eficácia e efetividade das ações do PMGIRS.

Sistema Municipal de Informações em Resíduos Sólidos.

FASE III Aprovação do PMGIRS. Aprovação do PMGIRS

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2019.

1.9. ABRANGÊNCIA

O Plano terá sua abrangência em todo o território municipal, tanto na Zona Urbana como também na Zona Rural e irá identificar todos os resíduos sólidos produzidos no Município, tendo sido atribuída à responsabilidade à Secretaria Municipal Agricultura e à Secretaria Municipal de Obras e Urbanismo.

1.9.1. Ordenamento Territorial

O município de Cacique Doble tem seu território dividido em Zona Rural e Zona Urbana. O município possui uma área total de 203,8Km², e densidade demográfica, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010) de 23,87 hab/Km². Sendo que a zona urbana representa cerca 1,00% da área total e a zona rural 99,00%.

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1.9.1.1. A Zona Rural do Município

A Zona Rural do município que possui cerca de 201,76Km² de área total e apresenta as seguintes localidades:

- Linha Lajeadinho; - Linha Santo Antônio; - Linha Nossa Senhora das Graças; - Linha Santa Catarina; - Linha Misericórdia; - Linha Rio Ouro; - Linha São Sebastião do Butiá; - Linha São Pedro; - Linha Farroupilha; - Linha Santa Terezinha; - Linha São Joãozinho; - Linha Sebastião dos Lopes; - Linha São Judas Tadeu; - Linha São Jorge; - Linha Consoladora; - Linha São Luiz Rei; - Linha Aparecida; - Área Indígena; - Linha Nossa Senhora do Caravágio; - Linha Ricardi; - Linha Mioranza; - Linha Guabijú; - Linha Caciquinho; - Linha Brasília; - Linha Ilha das Flores;

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1.9.1.2. A Zona Urbana do Município

A Zona Urbana do município que possui cerca de 2,04Km² de área total é delimitada pelo perímetro urbano legal, conforme disposto na Lei Municipal nº 710/02 e Lei Municipal nº 1118/11 e divide-se em: Zona Urbana de Ocupação Prioritária e Zona de Expansão Urbana.

1.9.2. Abrangência Geográfica

A abrangência geográfica deste PMGIRS limita-se as divisas do Município, que tem:

- Ao Norte: Município de . - Ao Sul: Município de .

- Ao Leste: Município de São José do Ouro. - Ao Oeste: Município de Sananduva, São João da Urtiga e .

Figura 3. Delimitação do Município de Cacique Doble.

Fonte: IBGE, 2012.

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1.9.3. Abrangência Temporal

O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos foi estruturado para o horizonte temporal de 20 anos, ou seja, de 2012 a 2032, sendo que atualmente em 2019 passa por sua primeira revisão.

Figura 4. Horizonte temporal do PMGIRS.

Fonte: IBGE, 2012.

2. DIAGNÓSTICO GERAL

O diagnóstico é a base orientadora do nosso Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. Abrange o componente de Resíduos Sólidos consolidando informações sobre as condições dos serviços, quadro epidemiológico e de saúde, indicadores socioeconômico e ambiental, além de toda informação correlata de setores que se integram ao saneamento.

Destacamos que nessa etapa está contemplada a percepção dos técnicos no levantamento e consolidação de dados secundários e primários somada à percepção da sociedade por meio do diálogo nas reuniões avaliadas sob os mesmos aspectos. Os dados secundários foram obtidos por meio de fontes formais dos sistemas de informação disponíveis, e na sua falta, buscamos contemplar com o levantamento de campo estas informações essenciais – dados primários.

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2.1. HISTÓRIOCO DO MUNICÍPIO

Na metade do século passado, residia no Campo dos Bugres, onde se situa hoje, a cidade de , uma grande tribo de Indígenas Kaingangues e Tupis-guaranis. Com a entrada dos imigrantes alemães, os mesmos retiraram-se à procura de outras paragens pelas plagas do Rio Grande do Sul.

Inicialmente essa grande tribo acampou-se provisoriamente na Colônia , município de . Não encontrando lá solo adaptável ao seu sistema de vida, a tribo é desmembrada fazendo com que parte dela aportasse a esse local ainda desabitado e que hoje é chamado de Faxinal dos Índios. Dentre as famílias que aqui vieram faziam parte delas os Ferreira Doble, Darfais, Malaquias, Grande, Maia, Peia, Da Veiga, Manoel Antonio e Evaristo.

Já no início do século XX, iniciou-se o desbravamento das férteis terras da margem direita do Arroio , de propriedade da família Bueno, residentes em Sananduva, onde passavam os tropeiros que iam à busca de alimentos e víveres, no Estado de Santa Catarina. Quando em viagem, acampou-se aqui em Cacique Doble um desses tropeiros, João Mariano Pimentel, perto do local onde hoje está situado o perímetro urbano de Cacique Doble.

Em sua companhia vinham duas filhas que foram raptadas por Índios. Faustino Ferreira Doble, respeitado na tribo como Cacique Indígena, sabendo do rapto, de imediato organizou uma patrulha indígena para captura das jovens que, depois de vários dias de intensa busca, foram encontradas nas costas do Rio das Antas, município de Antônio Prado. Dado o ocorrido, já que a busca fora exigente, dando assim este Cacique uma demonstração de coragem, nada mais justo que fazer dele um homem famoso e assim denominar o local de Cacique Doble.

2.2. CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO

A caracterização do município foi realizada com os dados gerais obtidos através da FEE - RS (Fundação de Economia e Estatística), FAMURS (Federação

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Estado do Rio Grande do Sul Prefeitura Municipal de Cacique Doble das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul), Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O Município de Cacique Doble está localizado na região Nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, integra a Microrregião de Sananduva, AMUNOR - Associação dos Municípios do Nordeste Riograndense, distante da Capital do Estado 338 km, conforme apresentado:

Figura 5. Mapa com a localização do município.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cacique_Doble. Acesso em: 13 fev. 2019.

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Figura 6. Visão aérea de Cacique Doble (RS).

Fonte: Google Maps, 2019.

Figura 7. Mapa com a localização da microrregião de Sananduva.

Fonte:https://upload.wikimédia.org/wikipedia/commons/1/1d/RioGrandedoSul_Micro_Sananduva.svg. Acesso em: 13 fev. 2019.

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Figura 8. Mapa rodoviário.

Fonte: http://www.daer.rs.gov.br/mapas. Acesso em: 12 fev. 2019.

Dados Gerais do município:  Lei de criação: Lei Estadual nº 4.735/1964  População estimada: 5.055 (IBGE, 2018)  População no último censo: 4.868 (IBGE, 2010)  Porte do Município: Pequeno  Acesso: Possui como vias de acesso a estrada RS – 477 e a RS - 343  Altitude: 742m  Posição geográfica: Latitude 27°46'14.80"S e Longitude 51°39'51.08"O;  Bioma: Mata Atlântica  Endereço da prefeitura: Avenida Kaingang - 292  CEP: 99860-000  CNPJ: 87613600/0001-03  Telefone: (54) 3552-1244  Site: www.caciquedoblers.com.br  Prefeito: Edivan Fortuna  Vice Prefeito: Luiz Ângelo Deon

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2.3. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

As informações institucionais e administrativas possibilitam a identificação de ações necessárias para que os governos municipais tenham capacidade de planejamento, gestão e investimento no setor de saneamento, no componente de resíduos sólidos. Desta forma apresentamos a estrutura administrativa municipal:

 Gabinete do Prefeito;  Gabinete do Vice-Prefeito;  Secretaria Municipal de Administração;  Secretaria Municipal da Fazenda;  Secretaria Municipal de Obras;  Secretaria Municipal de Turismo;  Secretaria Municipal de Assistência Social;  Secretaria Municipal de Agricultura;  Secretaria Municipal de Saúde;  Secretaria Municipal de Educação e Cultura;  Secretaria Municipal de Urbanismo;

2.4. EVOLUÇÃO DO MUNICÍPIO

Distrito criado com a denominação de Cacique Doble, pelo Ato Municipal nº 310 de 10 de janeiro de 1916, subordinado ao município de Lagoa Vermelha. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o Distrito de Cacique Doble, figura no município de Lagoa Vermelha. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1 de julho de 1955.

Pela Lei Estadual nº 3.716 de 16 de fevereiro de 1959, o Distrito de Cacique Doble foi transferido do município de Lagoa Vermelha para constituir o novo município de Machadinho. Em divisão territorial datada de 1 de julho de 1960, o Distrito de Cacique Doble, figura no município de Machadinho. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1963.

Elevado à categoria de município com a denominação de Cacique Doble, pela Lei Estadual nº 4.735 de 1 de junho de 1964, desmembrado dos municípios de 36

Estado do Rio Grande do Sul Prefeitura Municipal de Cacique Doble

Machadinho e São José do Ouro. Sede no antigo Distrito de Cacique Doble. Constituído de 2 distritos: Cacique Doble e São Luiz Rei, ambos desmembrados do município de Machadinho, instalado em 24 de janeiro de 1965. Em divisão territorial datada de 21 de dezembro de 1968, o município é constituído do Distrito Sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

2.4.1. Evolução Populacional do Município

Como podemos observar na figura abaixo a população sofreu um decréscimo desde 1991 até 2010 tendendo a uma estabilização, segundo IBGE, 2010.

Figura 9. Gráfico da evolução populacional do município.

Fonte: IBGE, 2010.

2.5. CÁLCULO DA DEMANDA DEMOGRÁFICA FUTURA

Qualquer projeção futura é elaborada com base em análise dos ritmos de crescimento populacional. Consideramos neste sentido, com base nos dados, que houve um decréscimo ocorrido em períodos anteriores. Diante disto e visando identificar tendências futuras, faz-se importante considerar possíveis imprecisões e

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Estado do Rio Grande do Sul Prefeitura Municipal de Cacique Doble erros decorrentes de transformações não previstas, sobretudo porque atualmente defrontamo-nos com a defasagem dos dados do último Censo Demográfico, que subsidiam boa parte do planejamento. Além disso, dificilmente se consegue captar os impactos de grandes investimentos, por exemplo, na atração ou expulsão populacional de determinadas áreas, razões pelas quais se ressalta a importância das revisões do PMGIRS.

2.6. PLANOS, CÓDIGOS E ESTUDOS EXISTENTES

Os Planos, Códigos e Estudos existentes que serviram de subsídio para o diagnóstico da realidade existente e para a elaboração do PMGIRS estão relacionados a seguir:

Quadro 5. Planos, Códigos e Estudos existentes do Município.

PLANOS, CÓDIGOS E ESTUDOS EXISTENTES Número da Lei e É Legislação Sim Não Data de Aprovação aplicado ou última Revisão (sim/não) pela Câmara Lei Orgânica Municipal X S Sim / N Plano Diretor Participativo X - Não Lei de Zoneamento X - Não (Uso e Ocupação do Solo) 710/2002 - Lei do Perímetro Urbano X Sim 03.09.2002 1118/2011 - 23.09.2011 Lei de Parcelamento do X - Não Solo Lei Municipal de X - Não Assistência Técnica Código de Obras x 130/90 - Não 19.12.90 Normas Municipais de X - Não Proteção Ambiental Imposto Territorial Urbano X 046/1989 - Sim 38

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20.12.89 Imposto Territorial X - Não Urbano Progressivo Plano Plurianual (PPA) X 1035/2009 - Sim 20.10.09 Lei de Diretrizes X 1154/2012 Sim Orçamentárias (LDO) Lei Orçamentária Anual X 1158/2012 Sim (LOA) Plano Municipal de X 083/2016 Sim Saneamento Básico Plano Municipal de Gestão X - Não de Resíduos da Construção Civil Plano Local de Habitação X S Sim de Interesse Social / N Plano Ambiental X - Não Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2019.

2.7. DEMOGRAFIA

O ordenamento territorial foi definido de maneira coletiva a melhor forma de ocupar o município, prevendo a localização das atividades e os usos presentes e futuros. Para fazer esta previsão, consideramos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais.

Quadro 6. População urbana e rural por faixa etária. Faixa etária Urbana (33,44%) Rural (66,56%) Total 0 a 4 anos 109 pessoas 217 pessoas 326 pessoas 5 a 9 anos 123 pessoas 244 pessoas 367 pessoas 10 a 14 anos 136 pessoas 272 pessoas 408 pessoas 15 a 19 anos 158 pessoas 315 pessoas 473 pessoas 20 a 24 anos 110 pessoas 218 pessoas 328 pessoas 25 a 29 anos 102 pessoas 202 pessoas 304 pessoas 30 a 39 anos 201 pessoas 399 pessoas 600 pessoas

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40 a 49 anos 240 pessoas 477 pessoas 717 pessoas 50 a 59 anos 197 pessoas 391 pessoas 588 pessoas 60 a 69 anos 146 pessoas 290 pessoas 436 pessoas 70 anos ou mais 108 pessoas 213 pessoas 321 pessoas Total 1.628 pessoas 3.240 pessoas 4.868 pessoas Fonte: IBGE, 2019.

Quadro 7. População por faixa etária e sexo.

Faixa etária Masculino Feminino Total 0 a 4 anos 155 pessoas 171 pessoas 325 pessoas 5 a 9 anos 176 pessoas 191 pessoas 394 pessoas 10 a 14 anos 199 pessoas 209 pessoas 465 pessoas 15 a 19 anos 253 pessoas 220 pessoas 406 pessoas 20 a 24 anos 171 pessoas 157 pessoas 399 pessoas 25 a 29 anos 161 pessoas 143 pessoas 392 pessoas 30 a 39 anos 283 pessoas 317 pessoas 729 pessoas 40 a 49 anos 372 pessoas 345 pessoas 715 pessoas 50 a 59 anos 288 pessoas 300 pessoas 730 pessoas 60 a 69 anos 216 pessoas 220 pessoas 531 pessoas 70 anos ou mais 143 pessoas 178 pessoas 425 pessoas Total 2.417 pessoas 2.451 pessoas 4.868 pessoas Fonte: IBGE, 2019.

2.7.1 Projeção de Crescimento Populacional

Para este estudo serão adotados para as projeções de crescimento populacional os métodos aritméticos e geométricos, os mesmos são utilizados para projeções em projetos de saneamento básico e de resíduos sólidos. Vale lembrar que as projeções de crescimento populacional apresentam variáveis que demonstram incerteza em sua aplicação, não existindo um padrão de crescimento definido.

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A projeção aritmética se baseia no crescimento populacional segundo uma taxa constante, esse método é utilizado para estimativas de curto prazo. Trata-se de um método simplificado e menos utilizado na prática, pois, dificilmente uma população cresce de maneira aritmética durante o horizonte temporal. O presente método pode ser utilizado para pequenas projeções para municípios de menor porte como é o caso de Cacique Doble (RS) e utiliza a formulação descrita abaixo:

( )

Onde:

P1: População no ano n+1;

P0: População no ano inicial;

P: População final;

A1: Ano n+1;

A0: Ano 0;

KA: Coeficiente de crescimento populacional anual;

Quadro 8. Projeção da população de Cacique Doble, segundo o método aritmético. Ano Urbana Rural Total 2010 1.628 3.240 4.868 2011 1.666 3.137 4.803 2012 1.705 3.038 4.743 2013 1.745 2.942 4.687 2014 1.786 2.848 4.634 2015 1.828 2.758 4.586 2016 1.870 2.671 4.541 2017 1.914 2.586 4.500 2018 1.959 2.504 4.463 2019 2.005 2.425 4.430

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2020 2.052 2.348 4.400 2021 2.100 2.273 4.373 2022 2.149 2.201 4.350 2023 2.199 2.131 4.330 2024 2.251 2.064 4.315 2025 2.303 1.998 4.301 2026 2.357 1.935 4.292 2027 2.412 1.874 4.286 2028 2.469 1.814 4.283 2029 2.526 1.757 4.283 2030 2.586 1.701 4.287 2031 2.646 1.647 4.293 2032 2.708 1.595 4.303 2033 2.771 1.544 4.315 2034 2.836 1.495 4.331 2035 2.903 1.448 4.351 2036 2.971 1.402 4.373 2037 3.040 1.358 4.398 2038 3.111 1.315 4.426 Fonte: Elaborado pelos autores, (2019).

Na projeção realizada através do método aritmético observou-se um vasto crescimento na zona urbana, onde a mesma apresentou crescimento médio de 2,34% habitantes ao ano apontando para uma urbanização a partir do êxodo rural. As projeções pelo método aritmético referente ao meio rural de Cacique Doble (RS) apresentaram um decréscimo médio de habitantes de 3,17% ao ano.

Desta forma desconsideramos a projeção deste método na zona rural do município onde se observou altas de crescimento na zona urbana, desconsiderando um ponto de estabilização desta migração rural - urbano.

A projeção a partir do método geométrico adota o crescimento da população e o crescimento da taxa proporcional em todos os intervalos de tempo em função da

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Estado do Rio Grande do Sul Prefeitura Municipal de Cacique Doble população existente em um determinado período de tempo, esse método é utilizado para estimativas de menor prazo. A seguir apresentaremos as equações utilizadas para realização das projeções com o presente método.

Kg .(tt0 ) P  P .e t 0

Onde:

Kg: Coeficiente de crescimento anual;

P0: População do censo no ano 0;

P2: População do censo no ano 2 e no ano t;

t0: Ano censo inicial;

t1: Ano censo 1;

t2: Ano ultimo censo;

t: Ano da projeção;

Quadro 9. Projeção da população de Cacique Doble, segundo o método geométrico. Ano Urbana Rural Total 2010 1.628 3.240 4.868 2011 1.642 3.207 4.849 2012 1.657 3.174 4.831 2013 1.672 3.142 4.814 2014 1.687 3.110 4.797 2015 1.702 3.078 4.780 2016 1.717 3.047 4.764 2017 1.732 3.016 4.748 2018 1.748 2.985 4.733 2019 1.763 2.954 4.717 2020 1.779 2.924 4.703

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2021 1.795 2.894 4.689 2022 1.811 2.865 4.676 2023 1.827 2.836 4.663 2024 1.843 2.807 4.650 2025 1.859 2.778 4.637 2026 1.876 2.750 4.626 2027 1.893 2.722 4.615 2028 1.910 2.694 4.604 2029 1.926 2.667 4.593 2030 1.944 2.639 4.583 2031 1.961 2.612 4.573 2032 1.978 2.586 4.564 2033 1.996 2.559 4.555 2034 2.014 2.533 4.547 2035 2.032 2.507 4.539 2036 2.050 2.482 4.532 2037 2.068 2.457 4.525 2038 2.086 2.431 4.517 Fonte: Elaborado pelos autores, (2019).

Os resultados obtidos na projeção feita pelo método geométrico nos mostram um crescimento médio da população urbana do presente município de 0,89% habitantes ao ano. No meio rural essa média é de -1,02% ao ano, tendendo a uma estabilização futura.

Portanto o método mais adequado e escolhido pela Equipe Executora do plano será o método geométrico, o mesmo apresenta crescimento de no meio urbano e decréscimo populacional na zona rural tendendo a uma estabilização. Desta forma será adotado para as projeções de crescimento da população nos prognósticos de investimentos futuros o método geométrico.

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2.8. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS

Para sumarização dos aspectos socioeconômicos do município, foi utilizado o IDESE (Índice Sintético), elaborado pela FEE-RS (Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul), que abrange um conjunto amplo de indicadores socioeconômicos com o objetivo de mensurar o grau de desenvolvimento dos municípios do Estado.

O IDESE é inspirado no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), que abrange um conjunto amplo de indicadores sociais e econômicos classificados em quatro blocos temáticos: educação; renda; saneamento e saúde. Nesse contexto, observa-se que o IDESE médio para 2015 apontou um índice de 0,685 para Cacique Doble - RS, o que inseriu o município em 412º na ordem de colocação em relação ao total dos municípios gaúchos. Para os outros fatores, os valores encontrados foram:

- Educação: Índice de 0,654 - 407º entre os municípios gaúchos;

- Renda: Índice de 0,518 - 465º posição;

- Saneamento e Domicílios: Índice de 0, 384 - 220º lugar;

- Saúde: Índice de 0,882 - 70º na classificação.

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Figura 10. Índice de Desenvolvimento Socioeconômico por município – RS/2008.

Fonte: IDESE, 2008.

Figura 11. Índice de Desenvolvimento Humano por município RS, bloco longevidade.

Fonte: IDESE, 2000.

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Figura 12. Valor Adicionado Bruto da indústria por município – RS/2007.

Fonte: IDESE, 2007.

A base de dados utilizada para a sumarização dos aspectos socioeconômicos do município foi através do site do IBGE, onde podemos observar de maneira geral os seguintes dados:

 Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB): 3,9  IDEB para anos iniciais do ensino fundamental (2015): 5,8  IDEB para anos finais do ensino fundamental (2015): 4,6  Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM): 0,662  Taxa de Escolarização de 6 a 14 anos de idade (2010): 99%  Taxa de mortalidade infantil: 14,93 óbitos/1000 nascidos vivos  Salário médio dos trabalhadores formais (2016): 1,9 salários mínimos  Esgotamento sanitário adequado (2010): 30,1%  Esgotamento sanitário inadequado: 12,3%  Esgotamento sanitário semi-adequado: 57,6%  Densidade demográfica (2010): 23,87 hab/Km²  PIB per capita (2015): R$ 17.085,60 47

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 Internações por diarreia: 1,8 internações/1000 habitantes

2.9. ASPECTOS AMBIENTAIS

Fizemos a caracterização simplificada do município com a apresentação de MAPAS da Base Cartográfica do FEPAM/2009 e do IBGE/2003, usando Geotecnologia, contemplando: Geologia, Climatologia, Região Fisiográfica, Geomorfologia, Hidrografia, Solos, Bioma, Vegetação e Relevo, predominantes no município.

2.9.1. Geologia

Geologia é a ciência que estuda a Terra, sua composição, estrutura, propriedades físicas, história e os processos que lhe dão forma. Neste caso, apresentamos o MAPA com uso de Geotecnologia, com informações compactadas permitindo que se possa avaliar o arranjo e a diversidade das variáveis que compõem o meio físico, para poder definir potencialidades e limitações frente às múltiplas formas de apropriação humana e econômica do território.

Segundo KAUL (1990), o Rio Grande do Sul é constituído por terrenos rochosos cuja origem ou transformação recuam aos mais diferentes períodos da história da crosta terrestre, trazendo o registro de distintos eventos geodinâmicos. Do Arqueano Precoce aos tempos cenozóicos, os processos magmáticos, metamórficos e sedimentares, aliados aos movimentos tectônicos, foram engendrando uma crosta cada vez mais diferenciada e mais estável, com predomínio, de modo geral crescente, da atividade sedimentológica sobre as atividades ígneo-metamórficas. Para o autor, o panorama geológico atual do Estado (mapa) é o de uma região que abrange três grandes domínios geológicos: Terrenos Pré-cambrianos, Bacia do Paraná e Cobertura de Sedimentos Cenozoicos.

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Figura 13. Mapa geológico do RS.

Fonte: UFSM. Geologia, 2011.

Figura 14. Mapa Pedológico de Cacique Doble.

Fonte: IBGE, 2003.

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Figura 15. Mapa da Geologia de Cacique Doble.

Fonte: IBGE, 2019.

2.9.2. Climatologia

Climatologia é um ramo da ciência que é estudado tanto pela geografia, quanto pela meteorologia, razão para incluir o MAPA com uso de Geotecnologia permitindo caracterizar o clima presente e sua variabilidade.

Clima Subtropical: presente no Rio Grande do Sul. Caracteriza-se por verões quentes e úmidos e invernos frios e secos. Chove muito nos meses de novembro a março. O índice pluviométrico anual é de, aproximadamente, 2000mm. As temperaturas médias ficam em torno de 20º C. Recebe influência, principalmente no inverno, das massas de ar frias vindas da Antártida.

Os fatores dinâmicos que determinam o clima do Rio Grande do Sul consistem na movimentação das massas de ar atmosféricas. São quatro as massas de ar de maior influência: Massa Tropical Atlântica, Massa Polar Atlântica, Massa

Equatorial Continental e Massa Tropical Continental.

O clima predominante na região, de acordo com a classificação de Koeppen, é do tipo Cfb’, considerado “frio”, com temperaturas médias anuais inferiores a 18º C e a média do mês mais quente compreendida entre 18ºC e 22ºC.

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Figura 16. Mapa com as Precipitações Médias do Rio Grande do Sul.

Fonte: SEMC, 2019.

Figura 17. Mapa com as temperaturas médias anuais do Rio Grande do Sul.

Fonte: SEMC, 2019.

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Figura 18. Mapa com a climatologia de Cacique Doble.

Fonte: IBGE, 2019.

2.9.3 Região Fisiográfica

A cidade está inserida na região fisiografia denominada de Alto Uruguai localizada no extremo Nordeste do Estado, fazendo divisa ao Nordeste com o Estado de Santa Catarina. Os principais municípios são: Vacaria, Bom Jesus, São Francisco de Paula, Cambará do Sul, Lagoa Vermelha, Esmeralda e outros. Sua área, segundo FORTES (1956), é de 21.033 km².

O relevo é suave com recortes profundos de alguns rios. Esta região é formada de uma planície elevada de inclinação para Oeste. O material de origem é basáltico. As altitudes variam entre 1.200 metros nos Aparados da Serra até 900 metros mais a Oeste.

A vegetação predominante é o campo, interrompida por capões de Araucária. Ao longo dos Aparados há uma faixa de pinhais extensos. Nas partes ocidentais da região existem grandes pinhais encravados nos campos. Somente no vale do Rio há uma ligação direta da floresta latifoliada (subindo o vale do Uruguai e indo até as Missões) com a mesma formação na borda Leste do Planalto, contatando com as florestas atlânticas de Santa Catarina.

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Figura 19. Regiões fisiográficas do RS.

Fonte: UFSM. Fisiografia, 2011.

Figura 20. Mapa hipsométrico do RS.

Fonte: SEMC, 2019.

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2.9.4. Geomorfologia

Geomorfologia é um ramo da Geografia que estuda as formas da superfície terrestre. O MAPA com uso de Geotecnologia demonstrado permite fazer uma interpretação adequada.

O município está inserido na unidade geomorfológica do Planalto Meridional do Estado, que recobre a maior parte do território da região sul, alternando extensões de arenito com extensões de basalto. A formação geológica do município é o basalto, formado por rochas basálticas decorrentes de um grande derrame de lavas, ocorrido na era Mesóica.

Figura 21. Mapa com as unidades geomorfológicas do RS.

Fonte: CEPSRM/UFRGS, 2019.

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Figura 22. Mapa da Unidade Geomorfológica de Cacique Doble.

Fonte: IBGE, 2019

2.9.5. Hidrografia

É uma parte da geografia física que classifica e estuda as águas do planeta, seguindo esta linha de raciocínio apresentamos o MAPA com uso de Geotecnologia apresentado envolve o conjunto de recursos hídricos do território municipal.

O Brasil possui a rede hidrográfica mais extensa do Globo, com 55.457 km². Muitos de seus rios destacam-se pela profundidade, largura e extensão, o que constitui um importante recurso natural. Em decorrência da natureza do relevo, predominam os rios de planalto.

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Figura 23. Mapa com a hidrografia de Cacique Doble.

Fonte: IBGE, 2019.

2.9.5.1. Bacia Hidrográfica

O município está inserido na Bacia Hidrográfica Apuaê-Inhandava, que situa-se a norte-nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as coordenadas geográficas 27°14' a 28°45' de latitude Sul e 50°42' a 52°26' de longitude Oeste. Abrange a Província Geomorfológica Planalto Meridional. Possui área de 14.599,12 Km² e população estimada em 355.521 habitantes, abrangendo municípios como Bom Jesus, , Lagoa Vermelha, São José dos Ausentes, Tapejara e Vacaria. Os principais corpos de água são os rios Apuaê, Inhandava, Cerquinha, Pelotas, Arroio Poatã e o Rio Uruguai. O principal uso de água na bacia se destina ao abastecimento público.

Quadro 10. Bacia Hidrográfica dos Rios Apuaê – Inhandava.

BACIA HIDROGRÁFICA DOS RIOS APUAÊ-INHANDAVA

Instrumento Data Área Código Comitê População Município de Criação Criação Aproximação CBH do Rio RS14 Apuaê - Dec. 41.490 18/03/2002 13.800 356.000 41 Inhandava

Fonte: Comitê de Bacias Hidrográficas, 2012.

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Figura 24. Bacias hidrográficas do RS.

Fonte: SEMA, 2002.

Figura 25. Região hidrográfica do Rio Uruguai.

Região Hidrográfica do Uruguai

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U10 - Bacia dos Rios Apuaê / Inhandava

U20 - Bacia do Rio Passo Fundo

U30 - Bacia dos Rios Turvo / Santa Rosa /

U40 - Bacia dos Rios Butuí / Piratinim / Icamaquã

U50 - Bacia do Rio Ibicuí

U60 - Bacia do Rio Quaraí

U70 - Bacia do Rio Santa Maria

U80 - Bacia do Rio Negro

U90 - Bacia do Rio Ijuí

U100 - Bacia do Rio Várzea

Fonte: FEPAM, 2011.

2.9.6. Topografia

A topografia do município é composta na sua maioria por Solos Litólicos eutróficos com horizonte A. São moderadamente ácidos e neutros, com altos valores da soma e saturação em bases e praticamente desprovidos de alumínio trocável. O horizonte. A comumente é do tipo chernozêmico, com estrutura fraca pequena e média granular ou em blocos sub angulares e textura média, com presença comum de cascalhos. Ocorrem sempre em associação com outros solos, tais como Cambissolo, Brunizém Avermelhado e Terra Roxa Estruturada.

Nestas áreas de vegetação originalmente florestal desenvolveu-se intensa colonização em pequenas propriedades rurais, sendo o manejo do solo executado de maneira bastante rudimentar devido à forte limitação do relevo, normalmente forte ondulado ou montanhoso, e à alta pedregosidade. Apesar destes fatores limitantes, são intensamente utilizados com culturas bastante diversificadas, como milho, feijão, árvores frutíferas e outras. Este fato decorre principalmente das boas propriedades químicas destes solos e da estrutura de posse efetiva da terra da região.

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Figura 26. Topografia de Cacique Doble.

Fonte: IBGE, 2019.

Figura 27. Mapa topográfico de Cacique Doble.

Fonte: Quoos, 2019.

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2.9.7. Solos

Solo é um corpo de material não consolidado, que recobre a superfície terrestre emersa, entre a litosfera e a atmosfera. Os solos são constituídos de três fases: sólida (minerais e matéria orgânica), líquida (solução do solo) e gasosa (ar). O MAPA com uso de Geotecnologia abaixo apresentado permite fazer uma interpretação adequada.

Devido à formação basáltica, os solos da região onde o município está inserido são bastante férteis e ricos em minerais. O município é constituído por solos de Terra Roxa Estruturada com horizonte B estrutural, não hidromórficos, desenvolvidos de rochas eruptivas básicas, com teores de Fe2O3 sempre iguais ou superiores a 15,0%.

Sua fertilidade natural é variável e são utilizados principalmente com soja, trigo, milho, feijão e pastagens. Ocorrem principalmente em relevo ondulado e forte ondulado, nas Unidades de Relevo Planalto da Campanha Gaúcha e Planalto das Araucárias, sob vegetação de Floresta Estacional Decidual, Floresta Ombrófila Mista e Savana. Os mapas abaixo permite fazer uma interpretação adequada.

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Figura 28. Mapa com os tipos de solo do RS.

Fonte: EMATER/DIT – UFRGS/DEP – SOLOS, 2019.

Figura 29. Mapa com o solo de Cacique Doble.

Fonte: IBGE, 2019.

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2.9.8. Bioma

É um conjunto de diferentes ecossistemas, que possuem certo nível de homogeneidade, definindo-o como uma unidade biológica ou espaço geográfico cujas características específicas são definidas pelo macroclima, a fitofisionomia, o solo e a altitude. Para fazer uma interpretação correta, apresentamos o MAPA com uso de Geotecnologia com dados compactados de extraídos de fontes oficiais.

Figura 30. Mapa com os Biomas do RS.

Fonte: IBGE/MMA, 2004.

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Figura 31. Mapa do Bioma de Cacique Doble.

Fonte: IBGE, 2019.

2.9.9. Vegetação

É um termo geral para a vida vegetal de uma região; isso se refere às formas de vida que cobrem os solos, as estruturas espaciais ou qualquer outra medida específica ou geográfica que possua características botânicas, já no MAPA com uso de Geotecnologia, permite a interpretação do tipo de vegetação.

O IBGE com base na bibliografia fitogeográfica, em levantamento dos remanescentes de vegetação e em trabalhos de campo estimou a extensão dos tipos de vegetação do Brasil, classificados em Regiões Fitoecológicas e Áreas de Vegetação.

O mapeamento representa uma reconstituição dos tipos de vegetação do território brasileiro na época do descobrimento. Mostra as Regiões Fitoecológicas e as demais áreas de Vegetação com seus grupos e subgrupos.

A Região Fitoecológica compreende um espaço definido por uma florística de gêneros, típicos e de formas biológicas características que se repetem dentro de um mesmo clima, podendo ocorrer em terrenos de litologia variada, mas com relevo bem marcado (IBGE, 2004). O RS apresenta as seguintes Regiões Fitoecológicas:

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1. Floresta Ombrófila Densa 2. Floresta Ombrófila Mista 3. Floresta Estacional Semidecidual 4. Floresta Estacional Decidual 5. Estepe (Campos gerais planálticos e da campanha gaúcha) 6. Savana Estépica 7. Áreas de Formações Pioneiras 8. Sistema de transição (Áreas de Tensão Ecológica)

Figura 32. Regiões Fitoecológicas do RS.

Fonte: FEPAM, 2019.

O município está inserido na Região da Floresta Ombrófila Mista, com uma pequena área de Estepe, que ostenta o caráter do campo sul-brasileiro, pois a vegetação silvática só na borda setentrional chega a constituir em mata virgem, deixando todo o resto à flora graminácea, com tênues cordões de galerias.

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Figura 33. Vegetação do município.

Fonte: IBGE, 2019.

Figura 34. Mapa da vegetação de Cacique Doble.

Fonte: IBGE, 2003.

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2.9.10. Relevo

O território do município é ondulado por , com aclives e penhascos em margens de rios. O município está inserido no Planalto das Araucárias. Em particular o relevo do município é bastante acidentado. É formado por partes planas, colinas e morros. A figura abaixo, mesmo com informações compactuadas permite identificar o tipo de relevo.

Figura 35. Relevo de Cacique Doble.

Fonte: IBGE, 2019.

2.10. TURISMO E LAZER

Neste aspecto, o município apresenta potencial turístico mediamente desenvolvido. Seus principais eventos são o Natal Luz e Paz e a Feira da Indústria, Comércio, Gastronomia, Artesanato, Produtos e Implementos Agrícolas de Cacique Doble.

O turismo e o lazer tem importante participação no desenvolvimento dos municípios e ganham destaque visando também à preservação ambiental.

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2.11. SISTEMAS PÚBLICOS EXISTENTES

Buscou-se realizar a descrição dos sistemas públicos existentes (saúde, educação e assistência social) e das fontes de informação, para bem apresentarmos o município.

2.11.1. Saúde

O sistema público referente à saúde no município de Cacique Doble conta com estrutura de duas Unidades Básica de Saúde (UBS), duas Unidades Sanitárias, uma Associação comunitária e um hospital. A seguir serão caracterizados os profissionais que atuam nessas diferentes unidades de saúde.

Entre os profissionais disponíveis aos munícipes nas duas Unidades Básicas de Saúde, sendo uma localizada no centro do perímetro urbano do município e outra na área indígena, temos: um farmacêutico, um psicólogo, dois cirurgiões dentistas, um agente de combate a endemias, um fisioterapeuta, três técnicos em enfermagem, seis agentes de saúde, dois médicos clínicos, um médico ginecologista e obstetra, um fonoaudiólogo e dois enfermeiros.

Os profissionais que trabalham nas duas Unidades Sanitárias, sendo uma localizada na área indígena e outra na localidade de São Luiz Rei, que o município dispõe, são atualmente: um agente de saneamento, quatro técnicos em enfermagem, doze agentes comunitários de saúde, dois cirurgiões dentistas, dois enfermeiros, dois médicos, um auxiliar de enfermagem, um farmacêutico e um auxiliar da saúde bucal.

Já na Associação Comunitária, a população conta com o atendimento de um cirurgião dentista, um técnico em enfermagem, um enfermeiro e um médico.

No Hospital São Roque de Cacique Doble, os profissionais habilitados para atender a população são: dois farmacêuticos, um enfermeiro, seis técnicos em enfermagem, dois médicos clínicos e um biomédico.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2014 houve o registro de um total de cinco óbitos no município, sendo quatro do sexo

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Estado do Rio Grande do Sul Prefeitura Municipal de Cacique Doble masculino e um do sexo feminino. Ainda segundo o IBGE (2016) foram realizadas 1,8 internações por diarreia a cada 1000 habitantes. A seguir segue um quadro com todos os números de óbitos e suas causas.

Quadro 11. Causas e número de óbitos no município em 2014. CAUSAS NÚMERO DE ÓBITOS Sistema Nervoso - Aparelho Geniturinário - Aparelho Circulatório 1 Aparelho Respiratório - Tumores - Lesões, envenenamento e causas - externas Infecciosas e Parasitárias 4 Sintomas, sinais e achados anormais - em exames clínicos e laboratoriais Fonte: IBGE, 2014.

2.11.2. Educação

O sistema público educacional do município é composto por uma instituição estadual de ensino básico, duas instituições municipais de ensino infantil e duas instituições municipais de ensino fundamental.

A Escola Estadual de Primeiro e Segundo Graus Silvio Dal Moro conta com um corpo docente de trinta e dois professores nas mais diversas áreas, funcionando em período integral oferecendo ensino nos turnos da manhã, tarde e noite. Comtemplando aos estudantes disponibilidade de ensino fundamental e ensino médio, onde a escola teve em 2018, trezentos e vinte alunos matriculados.

Também compõe o sistema público educacional do município a Escola Municipal de Educação Infantil Chapeuzinho Vermelho, a Escola Municipal de Educação Infantil Indígena Gir Si My Sér, a Escola Municipal de Ensino

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Fundamental Professora Ivone Salete Peruzzolo e a Escola Municipal de Ensino Fundamental Belmero José Granzotto, onde as escolas de educação infantil atendem crianças de 0 a 6 anos de idade nos turnos de manhã e tarde. Já as escolas de ensino fundamental oferecem aos estudantes aulas pela manhã e pela parte da tarde.

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Ivone Salete Peruzzolo, conta com um corpo docente de vinte e cinco professores e teve em 2018 duzentos e oitenta e dois alunos matriculados. Já a Escola Municipal de Ensino Fundamental Belmero José Granzotto conta atualmente com três professores e teve em 2018 quarenta e cinco alunos matriculados.

A Escola Municipal de Educação Infantil Chapeuzinho Vermelho conta com onze professores que atenderam em 2018 à oitenta alunos matriculados. Já a Escola Municipal de Ensino Infantil Indígena Gir Si My Sér, conta com um corpo docente de seis professores e teve em 2018 cinquenta e quatro alunos matriculados.

2.11.3. Assistência Social

A política de assistência social no Brasil faz parte de um sistema de proteção social amplo, denominado Seguridade Social. A assistência social quanto política pública de seguridade, direito do cidadão e dever do Estado prevê intervenções que podem ser caracterizadas como serviços, programas, projetos e benefícios. A rede de promoção e proteção social consiste na responsabilidade de fornecer aos usuários da política de assistência social os meios para a superação das desproteções sociais que assolam os mesmos.

Para tanto a Secretaria de Assistência Social conta com capacidade técnica – gerencial, física, humana e financeira por níveis de proteção, contando com profissionais de psicologia, serviço social, orientador jurídico, profissionais para o atendimento no Programa Bolsa Família e Cadastro Único, gestores de oficinas, motorista e profissionais de serviços gerais.

Para que o trabalho se torne eficaz busca-se articulação continuada com entidades parceiras presentes no município, além das demais políticas públicas. Por 69

Estado do Rio Grande do Sul Prefeitura Municipal de Cacique Doble parcerias apresentam-se as seguintes entidades e rede sócio assistencial. Associação Sulina de Crédito e Assistência Rural (ASCAR), Conselho Tutelar, Primeira Infância Melhor, Polícia Militar, Polícia Civil, Ministério Público, Poder Judiciário, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Secretarias de Educação, Saúde, Habitação, Agricultura e a Previdência Social.

A proteção social básica caracteriza-se no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), o qual oferta o Serviço de Proteção Social Básica Integral a Famílias (PAIF), bem como serviço de convivência e fortalecimento de vínculos para público de todas as faixas etárias.

Sobre a situação habitacional o município conta com o desenvolvimento da área habitacional de forma a garantir o acesso das famílias à moradia digna. Nos últimos anos foram realizados projetos habitacionais por meio da construção de moradias na área rural e urbana.

A Secretaria Municipal de Assistência Social conta atualmente com os seguintes profissionais: um profissional da área da psicologia e um profissional da área da assistência social, além de profissionais a nível médio como motoristas, orientadoras sociais, serviços gerais e outras áreas não especificadas.

2.12. SITUAÇÃO DO SANEAMENTO BÁSICO

O município conta com um Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), que foi elaborado em 2016 e aprovado através de Decreto Municipal nº 083/2016.

Esse plano foi o início de um marco a fim de criar possíveis alternativas e políticas públicas sobre o saneamento básico do município. As informações contidas no respectivo plano municipal são de suma importância para a formação do diagnóstico do PMSB e do PMGIRS e posteriormente o prognóstico para as próximas ações voltadas ao tema no horizonte de tempo dos respectivos planos.

Essas informações ajudam a compreender os índices de desenvolvimento socioeconômico e posteriormente tomar decisões a fim de minimizar os impactos à saúde da população e ao meio ambiente.

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Os serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário na zona urbana são realizados sob a responsabilidade da Companhia Estadual Riograndense de Saneamento (CORSAN). Já na zona rural a responsabilidade por esses serviços é a Prefeitura Municipal, comunidades, associações e seus usuários.

Sobre a estrutura de drenagem urbana e manejo de águas pluviais do município, este se dá através de redes de tubulações de micro e macro drenagem e possui intensidade de vazão média.

Os resíduos sólidos domiciliares de Cacique Doble são coletados pela prefeitura municipal e encaminhados para central de triagem localizada no município de São José do Ouro, onde os poderes municipais mantém parceria no que tange a triagem dos resíduos sólidos.

As considerações sobre as informações de caracterização do município, as diretrizes das leis que norteiam os assuntos (Lei Federal nº 11.445/2007 e Lei Federal nº 12.305/2010) e as reais necessidades da população serão consideradas para a validação dos planos e apresentadas nos diagnósticos a seguir.

3. DIAGNÓSTICO SETORIAL

Com base nas atividades e pesquisas realizadas na aquisição das informações básicas sobre os serviços básicos de saneamento, através do PLANSAB (2011) foi possível realizar um diagnóstico para o tema da limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.

A Lei de Saneamento Básico é um marco para a criação de possíveis iniciativas públicas com relação aos resíduos sólidos. A Política Nacional de Resíduos, disciplina a coleta, o destino final e o tratamento de resíduos urbanos, perigosos e industriais, entre outros.

O problema da disposição final assume uma magnitude alarmante. Considerando apenas os resíduos urbanos e públicos, o que se percebe é uma ação generalizada das administrações públicas locais ao longo dos anos em apenas

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Estado do Rio Grande do Sul Prefeitura Municipal de Cacique Doble afastar das zonas urbanas o lixo coletado, depositando-o por vezes em locais absolutamente inadequados, como encostas florestadas, manguezais, rios, baías e vales. Mais de 80% dos municípios vazam seus resíduos em locais a céu aberto, em cursos d'água ou em áreas ambientalmente protegidas, a maioria com a presença de catadores • entre eles crianças •, denunciando os problemas sociais que a má gestão do lixo acarreta.

Gerenciar o lixo de forma integrada demanda trabalhar integralmente os aspectos sociais com o planejamento das ações técnicas e operacionais do sistema de limpeza urbana.

A Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos é um conjunto de atividades, infraestrutura e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário de varrição e limpeza de logradouros e vias públicas.

O problema dos resíduos sólidos na grande maioria dos países e particularmente em determinadas regiões vem se agravando como consequência do acelerado crescimento populacional, concentração das áreas urbanas, desenvolvimento industrial e mudanças de hábitos.

Geralmente o desenvolvimento econômico de qualquer região vem acompanhado de uma maior produção de resíduos sólidos. Esta maior produção tem um papel importante entre os fatores que afetam a saúde da comunidade, constituindo assim um motivo para que se implantem políticas e soluções técnicas adequadas para resolver os problemas da sua gestão e disposição final.

Coleta regular, acondicionamento e destino final bem equacionado dos resíduos sólidos diminuem a incidência de casos de: peste, febre amarela, dengue, toxoplasmose, leishmaniose, cisticercose, salmonelose, teníase, leptospirose, cólera e febre tifóide.

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Quadro 12. Caracterização do atendimento referente ao manejo de resíduos sólidos.

PLANSAB – CARACTERIZAÇÃO DEFICIT ATENDIMENTO COMPONENTE Atendimento ADEQUADO Sem atendimento precário - Coleta direta, Dentro do conjunto Todas as situações com frequência, com coleta, a não adequadas na para a área parcela: definição de urbana, diária ou - na área urbana atendimento e que dias alternados e com coleta indireta se constituem em com ausência de ou direta, cuja praticas vazadouro, a céu frequência não seja consideradas MANEJO DE aberto, com pelo menos em dias inadequadas. RESÍDUOS destino final. alternados. SÓLIDOS - Coleta direta ou - E, ou cujo destino indireta na área final dos resíduos rural, com constitui-se em ausência de vazadouro a céu vazadouro a céu aberto. aberto como destino final. Fonte: Plano Nacional de Saneamento Básico, 2019.

Os resíduos sólidos domiciliares de Cacique Doble são coletados pela prefeitura municipal e encaminhados para central de triagem localizada no município de São José do Ouro, onde os poderes municipais mantém parceria no que tange a triagem dos resíduos sólidos.

3.1. SITUAÇÃO GERAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Conforme aponta o PNGRS (2010) é importante se ter o registro da situação dos resíduos sólidos, focado nos problemas mais frequentemente ocasionados pelos resíduos em todo território municipal. Assim, o quadro geral abaixo, meramente qualitativo, traz o registro da realidade do município, apontando os problemas mais relevantes. Como forma mensurar a situação em que se encontra o município, pode-se afirmar que os manejos aplicados no respectivo território se constituem de coleta

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Estado do Rio Grande do Sul Prefeitura Municipal de Cacique Doble direta na área urbana, com frequência de três dias semanais em dias alternados e destinação final ambientalmente adequada para os resíduos sólidos.

Na área rural é realizada coleta mensal dos resíduos recicláveis, dando encaminhamento para local ambientalmente adequado. A empresa CRI Coleta e Industrialização de Resíduos Ltda é a responsável pela coleta dos resíduos sólidos domiciliares no município, juntamente com a prefeitura municipal que mantém parceria de coleta para determinados tipos de resíduos como entulhos e restos vegetais.

Quadro 13. Limpeza e Manejo de Resíduos Sólidos.

Componente Situação Habitantes Atendimento Atendimento Sem Adequado Precário (%) Atendimento (%) (%)

Limpeza e Urbana 1628 100 0 0 Manejo de Resíduos Sólidos

Rural 3240 100 0 0

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2019.

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Estado do Rio Grande do Sul Prefeitura Municipal de Cacique Doble 3.1.1. Pesquisa e Levantamento de Dados Setorial

GRAU DOS PROBLEMAS QUADRO 14. PESQUISA E LEVANTAMENTO DO DIAGNÓSTICO SETORIAL EXISTENTES

REGISTRO DE OCORRÊNCIA OU NÃO DOS PROBLEMAS E DOS RESÍDUOS. FRACO MÉDIO ALTO

Coleta. Sistema de coleta para o local. Presença de Lixo nas Vias Coleta deficiente, frequência irregular. Campanha educativa. Coleta. Sistema de coleta para o local. Presença de Lixo nos Corpos de Água Coleta deficiente, frequência irregular. Superficiais Campanha educativa. Fiscalização e aplicação da legislação municipal. Tratamento do chorume gerado no local de disposição final.

Poluição dos Corpos de Água Chorume. Superficiais e Subterrâneos Incômodos em torno da Área de Existência de Lixão. Disposição Final Localização com outras atividades. Organograma e de Plano Funcional. Deficiência na Gestão do Sistema Estruturas e equipamentos. Sistema operando de modo deficitário. Catadores. Aspectos Sociais Educação Ambiental. Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2019.

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3.1.2. Das doenças causadas pelos Resíduos Sólidos

O município dá importância para a coleta regular, o acondicionamento e a destinação final bem equacionada dos resíduos sólidos, pois diminuem a incidência de casos de: peste, febre amarela, dengue, toxoplasmose, leishmaniose, cisticercose, salmonelose, teníase, leptospirose, cólera e febre tifóide.

Quadro 15. Doenças provenientes do lixo.

O lixo e as doenças provenientes: Vetores Formas de transmissão Enfermidades

Mordida, urina, fezes e  Leptospirose Rato e Pulga  Peste bubônica picada  Tifo murino  Febre tifoide Asas, patas, corpo, fezes e  Cólera Mosca  Amebíase saliva  Giardíase  Ascaridíase  Malária Mosquito Picada  Febre amarela  Dengue  Leishmaniose  Febre tifoide Barata Asas, patas corpo e fezes  Cólera  Giardíase Ingestão de carne Gado e Porco  Teníase contaminada  Cisticercose

Cão e Gato Urina e fezes  Toxoplasmose

Fonte: Manual de Saneamento – Funasa/MS – 1999.

3.2. IQR – ÍNDICE DE QUALIDADE DO ATERRO SANITÁRIO

O Aterro teve o seu índice de qualidade avaliado com base no questionário preenchido por seu Responsável Técnico devidamente identificado, levando em conta o Modelo CETESB/1998. Conforme anexo AJ, AK e AL.

IQR = 34 + 27 + 36 = 97 = 7,46 13 13 76

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Onde: - 0 ≤ IQR ≤ 6,0 – expressa condições inadequadas - 6,1 ≤ IQR ≤ 8,0 – expressa condições controladas - 8,1 ≤ IQR ≤ 10,0 – expressa condições adequadas

3.3. ALGUMAS DEFINIÇÕES: LIXO OU RESÍDUOS SÓLIDOS

De acordo com o dicionário Aurélio Buarque de Holanda, "lixo é tudo aquilo que não se quer mais e se joga fora; coisas inúteis, velhas e sem valor”.

Já a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT – define o lixo como os "restos das atividades humanas, considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou descartáveis, podendo-se apresentar no estado sólido, semissólido ou líquido, desde que não seja passível de tratamento convencional”.

3.4. CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

As características qualitativas e quantitativas dos resíduos sólidos podem variar em função de vários aspectos, como os sociais, econômicos, culturais, geográficos e climáticos, ou seja, os mesmos fatores que também diferenciam as comunidades entre si.

A caracterização dos Resíduos Sólidos neste plano foi feita por servidor público designado e oportunamente identificado, dependendo da complexidade, em laboratórios de análises, para que sejam feitos testes específicos.

Para que os resíduos sólidos sejam devidamente caracterizados deve-se conhecer sua origem, seus constituintes e características.

3.4.1. Fatores que influenciam as características dos Resíduos Sólidos

É fácil imaginar que em época de chuvas fortes o teor de umidade no lixo cresce e que há um aumento do percentual de alumínio (latas de cerveja e de refrigerantes) no carnaval e no verão. Assim, é preciso tomar cuidado com os valores que traduzem as características dos resíduos, principalmente no que concerne às características físicas, pois os mesmos são muito influenciados por fatores sazonais, que podem conduzir o projetista a conclusões equivocadas. 77

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Quadro 16. Fatores e influências nas características dos resíduos sólidos.

FATORES INFLUÊNCIA

1. Climáticos  Aumento do teor de umidade. Chuvas  Aumento do teor de folhas. Outono  Aumento do teor de embalagens de bebidas (latas, vidros e plásticos rígidos). Verão  Aumento do teor de embalagens de bebidas (latas, vidros e 2. Épocas plásticos rígidos). especiais  Aumento de embalagens (papel/papelão, plásticos maleáveis e Carnaval metais). Natal/ Ano novo/  Aumento de matéria orgânica. Páscoa  Aumento de embalagens (papel/papelão, plásticos maleáveis e Dia dos Pais/ Mães metais). Férias escolares  Esvaziamento de áreas da cidade em locais não turísticos.  Aumento populacional em locais turísticos.

3. Demográficos  Quanto maior a população urbana, maior a geração per capita. População Urbana

4.  Quanto maior o nível cultural, maior a incidência de materiais Socioeconômicos recicláveis e menor a incidência de matéria orgânica. Nível Cultural  Quanto maior o nível educacional, menor a incidência de matéria Nível Educacional orgânica. Poder Aquisitivo  Quanto maior o poder aquisitivo, maior a incidência de materiais recicláveis e menor a incidência de matéria orgânica. Poder Aquisitivo  Maior consumo de supérfluos perto do recebimento do salário (do mês) (fim e inicio do mês). Poder Aquisitivo  Maior consumo de supérfluos no fim de semana. (da semana)  Introdução de materiais cada vez mais leves, reduzindo o valor Desenvolvimento do peso especifico aparente dos resíduos. Tecnológico  Aumento de embalagens. Lançamento de  Aumento de embalagens. Novos Produtos  Redução de materiais não biodegradáveis (plásticos) e aumento Promoções de Lojas de materiais recicláveis e/ou biodegradáveis (papéis metais e vidros). Comerciais Campanhas Ambientais Fonte: MMA. PNRS, 2011.

3.4.2. Das características físicas dos Resíduos Sólidos

De acordo com a NBR 10.004 da ABNT, os resíduos sólidos podem ser classificados em:

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Quadro 17. Classificação dos resíduos sólidos segundo NBR 10.004 da ABNT.

 Geração per capita  Composição gravimétrica  Peso específico aparente  Teor de umidade  Compressividade

Fonte: ABNT, 2012.

3.4.3. Classificação

A ABNT NBR – 10004:2004, classifica os resíduos como:

“Resíduos no estado sólido e semissólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível”.

Para os efeitos da Lei os Resíduos Sólidos têm a seguinte classificação: quanto à origem e /ou quanto à periculosidade. De outra parte podemos classificá-los ainda de acordo com o tipo de resíduo, composição química conforme abaixo:

O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), pela Resolução nº 275 de 25 de abril de 2001, estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva. Os programas de coleta seletiva, criados e mantidos no âmbito de órgãos da administração pública federal, estadual e municipal, direta e indireta, e entidades paraestatais, devem seguir o padrão de cores estabelecido, conforme demonstra tabela abaixo:

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Figura 36. Cores estabelecidas para a separação dos resíduos sólidos: AMARELO Metal MARROM Resíduos PADRÃO Orgânicos DE AZUL Papel / Papelão PRETO Madeira

CORES Resíduos Resíduos CONAMA BRANCO Ambulatoriais e de ROXO Radioativos 275/01 Serviços de Saúde CINZA Resíduo Geral* VERDE Vidro LARANJA Resíduos Perigosos VERMELHO Plástico (*) não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de separação. Fonte: CONAMA, 2012.

Figura 37. Símbolos de identificação dos grupos de resíduos sólidos.

SÍMBOLOS DE IDENTIFICAÇÃO DOS GRUPOS DE RESÍDUOS

Os resíduos do grupo A são identificados pelo símbolo de substancia infectante, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos.

Os resíduos do grupo B são identificados através do símbolo de risco associado e com discriminação de substancia química e frases de risco.

Os rejeitos do grupo C são representados pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante (trifólio de cor magenta) em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescido da expressão MATERIAL RADIOATIVO.

Os resíduos do grupo D podem ser destinados à reciclagem ou a reutilização. Quando adotada a reciclagem, sua identificação deve ser feita nos recipientes, usando código de corres e suas correspondentes nomeações, baseadas na resolução CONAMA nº 275/01, e símbolos de tipo de material reciclável. Para os demais resíduos do grupo D deve ser utilizada a cor cinza ou preta nos recipientes. Pode ser seguida de cor determinada pela Prefeitura. Caso não exista processo de segregação para a reciclagem, não há exigência para a padronização de cor destes recipientes. Os produtos do grupo E são identificados pelo símbolo de substância infectante, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescido da inscrição de RESIDUO PERFUROCORTANTE, indicando o risco que apresenta o resíduo.

Fonte: CONAMA, 2012.

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Estado do Rio Grande do Sul Prefeitura Municipal de Cacique Doble 3.4.3.1. De acordo com a ORIGEM:

Assinalamos com um (X) os resíduos sólidos gerados no QUADRO 18. IDENTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO. município com base no

exposto: Identificação

Responsável pela pela Responsável Sim Não Tipologia de Normas Brasileiras Origem/Caracterização Legislação Aplicável Resíduo Aplicáveis Lei Federal 11.445, NBR 10.004 a NBR 10.007, RESÍDUOS Decreto Federal 7.217, Lei NBR 15.849, NBR 13.221, Federal 12.305, Decreto SÓLIDOS Originados da ausência da prática de NBR 13.334, NBR 13.999, Federal 7.404. Resolução X DOMICILIARES – coleta seletiva, têm em sua composição NBR 14.599, NBR 8.849, CONAMA: 420/2009, RSD COLETA predominância de orgânicos. NBR 14.283, NBR 13.591, SAAMA 404/2008, 386/2006, NBR 13.463, NBR 1.298, CONVENCIONAL 378/2006, 378/2006, NBR 13.898. 316/2002 e 275/2001.

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Estado do Rio Grande do Sul Prefeitura Municipal de Cacique Doble Lei Federal 11.445, Parte dos resíduos domiciliares são os Decreto Federal 7.217, Lei NBR 10.004 a NBR 10.007, resíduos constituídos principalmente por Federal 12.305, Decreto NBR 15.849, NBR 13.221, RESÍDUOS Federal 7.404. Decreto embalagens de produtos em geral NBR 13.334, NBR 13.999, SÓLIDOS Federal 7.405, Decreto X fabricados a partir de plásticos, papéis, NBR 14.599, NBR 8.849, DOMICILIARES – Federal 5.940; Resolução vidro e metais diversos, ocorrendo NBR 14.283, NBR 13.591, SAAMA CO-NAMA: 420/2009, RSD SECOS NBR 13.463, NBR 1.298, também produtos miscigenados com os 404/2008, 386/2006, NBR 13.896. das embalagens “longa vida” e outros. 378/2006, 378/2006, 316/2002 e 275/2001. Também é parte dos resíduos Lei Federal 11.445, NBR 10.004 a NBR 10.007, domiciliares, sendo constituídos Decreto Federal 7.217, Lei NBR 15.849, NBR 13.221, RESÍDUOS Federal 12.305, Decreto principalmente por restos oriundos do NBR 13.334, NBR 13.999, SÓLIDOS Federal 7.404. Resolução X preparo dos alimentos. Contém partes de NBR 14.599, NBR 8.849, DOMICILIARES – CONAMA: 420/2009, alimentos in natura, como folhas, cascas e NBR 14.283, NBR 13.591, SAAMA 404/2008, 386/2006, RSD ÚMIDOS NBR 13.463, NBR 1.298, sementes, restos de alimentos 378/2006, 378/2006, NBR 13.897. industrializados e outros. 316/2002 e 275/2001.

Entre os resíduos domiciliares são as Lei Federal 11.445, NBR 10.004 a NBR 10.007, parcelas contaminadas: as embalagens Decreto Federal 7.217, Lei NBR 15.849, NBR 13.221, RESÍDUOS Federal 12.305, Decreto que não se preservaram secas, os NBR 13.334, NBR 13.999, SÓLIDOS Federal 7.404. Resolução X resíduos úmidos que não podem ser NBR 14.599, NBR 8.849, DOMICILIARES – CONAMA: 420/2009, processados em conjunto com os demais, NBR 14.283, NBR 13.591, SAAMA 404/2008, 386/2006, REJEITOS NBR 13.463, NBR 1.298, resíduos das atividades de higiene e 378/2006, 378/2006, NBR 13.898. outros tipos de resíduos. . 316/2002 e 275/2001.

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As atividades de limpeza pública são definidas na Lei Federal de Saneamento Básico como as relativas à varrição,

capina, podas e atividades correlatas; o Lei Federal 11.445, RESÍDUOS DA asseio de escadarias, monumentos, Decreto Federal 7.217, Lei NBR 10.004 a NBR 10.007, X LIMPEZA sanitários, abrigos e outros; raspagem e Federal 12.305, Decreto NBR 13.463, NBR 1.298. PÚBLICA remoção de terra e areia em logradouros SAAMA Federal 7.404. públicos; desobstrução e limpeza de bueiros, bocas de lobo e correlatos; e limpeza dos resíduos de feiras públicas e eventos de acesso aberto ao público.

Têm predomínio dos materiais trituráveis como restos de alvenarias, argamassas, concreto e asfalto, além do solo, todos RESÍDUOS DA designados como RCC classe A, que Lei Federal 11.445, responde por 80% da composição típica Decreto Federal 7.217, Lei CONSTRUÇÃO NBR 10.004 a NBR 10.007, do material. Comparecem ainda materiais Federal 12.305, Decreto X CIVIL E NBR 13.221, NBR 15.112 a facilmente recicláveis, como embalagens Federal 7.404. Resolução DEMOLIÇÃO – NBR 15.116. SAAMA em geral, tubos, fiação, metais, madeira e CONAMA: 431/2011, RCC o gesso – este conjunto é designado de 348/2004 e 307/2002. classe B, com quase 20% do total, dos quais metade é debitado às madeiras, bastante usadas na construção.

Os resíduos volumosos são definidos nas normas brasileiras sobre resíduos da construção, com os quais normalmente Lei Federal 11.445, NBR 10.004 a NBR 10.007, RESÍDUOS são transportados no processo de Decreto Federal 7.217, Lei X NBR 13.221, NBR 15.113, VOLUMOSOS remoção das áreas geradoras. São Federal 12.305, Decreto NBR 15.112, NBR 13.896.

SAAMA constituídos por peças de grandes Federal 7.404. dimensões como móveis e utensílios domésticos inservíveis, grandes

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Estado do Rio Grande do Sul Prefeitura Municipal de Cacique Doble embalagens, podas e outros resíduos de origem não industrial e não coletados pelo sistema de recolhimento domiciliar convencional. Os componentes mais constantes são as madeiras e os metais. Estes resíduos são tipificados de classe A e classe E. A observação de estabelecimentos de serviços de saúde tem demonstrado que, tipicamente, os de classe A (infecto- contagiante e membros ou peças anatômicas), classe B (químicos). São os resíduos provenientes da manutenção de parques, áreas verdes e jardins, além da manutenção das redes de Lei Federal 11.445, distribuição de energia elétrica, telefonia e Decreto Federal 7.217, Lei RESÍDUOS X outras. São comumente classificados em Federal 12.305, Decreto NBR 10.004 a NBR 10.007, VERDES NBR 13.999.

troncos, galharia fina, folhas e material de Federal 7.404. SAAMA capina e desbaste. Boa parte deles coincide com os resíduos geridos nas atividades de limpeza pública. Estes resíduos são tipificados de classe A e classe E. A observação de Lei Federal 11.445, estabelecimentos de serviços de saúde Decreto Federal 7.217, Lei

NBR 10.004 a NBR 10.007, Federal 12.305, Decreto RESÍDUOS DOS tem demonstrado que, tipicamente: NBR 13221, NBR 14652, Federal 7.404. Resolução X SERVIÇOS DE - Classe A: Infecto-contagiantes e NBR 8418, NBR 12808, NBR CONAMA: 358/2005, SAÚDE membros ou peças anatômicas 12810, NBR 12807, NBR

SAAMA 330/2003, 316/2002, - Classe B: Químicos 15051. - Classe C: Radioativos 006/1991, Resolução - Classe D: Resíduos recicláveis, como ANVISA N.º 306/2004. as embalagens são 75% do volume.

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Estado do Rio Grande do Sul Prefeitura Municipal de Cacique Doble - Classe E: Perfuro cortantes são, no conjunto, 25% do volume total.

Lei Federal 11.445, Decreto Federal 7.217, Lei Federal 12.305, Decreto Os resíduos com logística reversa prevista Federal 7.404 pela Política Nacional de Resíduos Eletrônicos: Resolução NBR 10.004 a NBR 10.007 Sólidos são os de produtos CONAMA 420/2009, Eletrônicos: NBR 8418, NBR

RESÍDUOS COM eletroeletrônicos, as pilhas e baterias, os 401/2008, 023/ 1996, 10157, NBR 11175. LOGÍSTICA pneus, as lâmpadas fluorescentes (vapor 228/1997 Pilhas e Baterias: NBR 8418, X Pilhas e Baterias: NBR 10157, NBR 11175. REVERSA de sódio, mercúrio e de luz mista), os Resolução CONAMA Lâmpadas: NBR 8418, NBR SAAMA OBRIGATÓRIA óleos lubrificantes, seus resíduos e 420/2009, 401/2008, 023/ 10157. embalagens e, por fim, os agrotóxicos, 1996, 228/1997 Pneus: NBR 8418, NBR também com seus resíduos e Lâmpadas: Resolução 10157, NBR 11175. embalagens. CONAMA 420/2009 Pneus: Resolução CONAMA 420/2009, 416/2009, 008/1991.

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Estado do Rio Grande do Sul Prefeitura Municipal de Cacique Doble Refere-se ao conjunto de resíduos gerados em atividades relacionadas às Lei Federal 11.445, outras modalidades do saneamento Decreto Federal 7.217, Lei básico: tratamento da água e do esgoto, Federal 12.305, Decreto manutenção dos sistemas de drenagem e Federal 7.404. RESÍDUOS DOS manejo das águas pluviais. Os resíduos Resolução CONAMA NBR 10.004 a NBR 10.007, SERVIÇOS envolvidos são os resultantes dos 430/2011, 420/2009, 410/2009, 380/2006, NBR 7166, NBR 13221. PÚBLICOS DE processos aplicados em Estações de X 375/2006, 357/2005, SANEAMENTO Tratamento de Água – ETAs e Estações Drenagem: NBR: 7166 e

SAAMA 005/1993 BÁSICO de Tratamento de Esgoto – ETEs, ambos Drenagem: Resolução NBR 13222. envolvendo cargas de matéria orgânica, e CONAMA 430/2011, resíduos dos sistemas de drenagem, com 420/2009, 410/2009, predominância de material inerte 380/2006, 375/2006, 357/2005, 005/1994. proveniente principalmente do desassoreamento de cursos d’água. Os resíduos gerados nos cemitérios existentes em todos os municípios brasileiros devem ser também diagnosticados. Parte deles se sobrepõe a outras tipologias de resíduos. É o caso

dos resíduos da construção e manutenção Lei Federal 11.445, RESÍDUOS de jazigos, dos resíduos secos e dos Decreto Federal 7.217, Lei X SÓLIDOS Federal 12.305, Decreto NBR 10.004 a NBR 10.007. resíduos verdes dos arranjos florais e CEMITERIAIS Federal 7.404. Resolução SAAMA similares e dos resíduos de madeira CONAMA 368/2006. provenientes dos esquifes. Já os resíduos da decomposição de corpos (ossos e outros) provenientes do processo de exumação são específicos deste tipo de

instalação.

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Estado do Rio Grande do Sul Prefeitura Municipal de Cacique Doble São os resíduos de óleos gerados no

processo de preparo de alimentos. RESÍDUOS DE Lei Federal 11.445, Provêm de instalações fabricantes de Decreto Federal 7.217, Lei X ÓLEOS NBR 10.004 a NBR 10.007. produtos alimentícios, do comércio Federal 12.305, Decreto COMESTÍVEIS SAAMA especializado (restaurantes, bares e Federal 7.404. congêneres) e também de domicílios.

Os resíduos industriais são bastante diversificados e foram disciplinados, anteriormente à Política Nacional de Resíduos Sólidos, pela Resolução CONAMA no 313/2002. A partir da sua edição os seguintes setores industriais deveriam enviar registros para Lei Federal 11.445, composição do Inventário Nacional dos Decreto Federal 7.217, Lei

NBR 10.004 a NBR 10.007, Resíduos Industriais: indústrias de Federal 12.305, Decreto ABNT NBR ISO 14952-3, RESÍDUOS preparação de couros e fabricação de Federal 7.404. Resolução X NBR 14283, NBR 12235, INDUSTRIAIS artefatos de couro; fabricação de coque, CONAMA Nº 420/2009, refino de petróleo, elaboração de NBR 8418, NBR 11175, NBR SAAMA 401/2008, 362/2005, 8911. combustíveis nucleares e produção de 228/1997, 023/1996, álcool; fabricação de produtos químicos; 008/1991. metalurgia básica; fabricação de produtos de metal; fabricação de máquinas e equipamentos, máquinas para escritório e equipamentos de informática; fabricação e montagem de veículos automotores, reboques e carrocerias; e fabricação de outros equipamentos de transporte.

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Estado do Rio Grande do Sul Prefeitura Municipal de Cacique Doble São os resíduos gerados em atividades de transporte rodoviário, ferroviário, aéreo e aquaviário, incluídas as instalações de trânsito de usuários como as rodoviárias, os portos, aeroportos e passagens de fronteira. São tidos como resíduos capazes de veicular doenças entre Lei Federal 11.445, cidades, estados e países. São citados RESÍDUOS DOS Decreto Federal 7.217, Lei entre estes resíduos: resíduos orgânicos Federal 12.305, Decreto X SERVIÇOS DE NBR 10.004 a NBR 10.007. provenientes de cozinhas, refeitórios e Federal 7.404. Resolução TRANSPORTES SAAMA serviços de bordo, sucatas e embalagens CONAMA 005/1993. em geral, material de escritório, resíduos infectantes, resíduos químicos, cargas em perdimento, apreendidas ou mal acondicionadas, lâmpadas, pilhas e baterias, resíduos contaminados de óleo, resíduos de atividades de manutenção dos meios de transporte.

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Os resíduos desta tipologia precisam ser analisados segundo suas características orgânicas ou inorgânicas. Entre os resíduos de natureza orgânica há que se considerar os resíduos de culturas perenes (café, banana, laranja, coco etc.) ou temporárias (cana, soja, milho, Lei Federal 11.445, mandioca, feijão e outras). Das criações Decreto Federal 7.217, Lei RESÍDUOS Federal 12.305, Decreto de animais precisam ser consideradas as NBR 10.004 a NBR 10.007. X AGROSSILVO- Federal 7.404. Resolução

PASTORIS de bovinos, equinos, caprinos e ovinos, CONAMA 334/2003. SAAMA suínos, aves e outros, bem como os resíduos gerados nos abatedouros e outras atividades agroindustriais. Também estarão entre estes os resíduos das atividades florestais. Os resíduos de natureza inorgânica abrangem os agrotóxicos, os fertilizantes e os produtos farmacêuticos e as suas diversas formas de embalagens.

Os resíduos de mineração são bastante específicos de algumas regiões brasileiras

que, pelas condições geográficas têm Lei Federal 11.445, estas atividades mais desenvolvidas. Os RESÍDUOS DA Decreto Federal 7.217, Lei NBR 10.004 a NBR 10.007. X MINERAÇÃO dois tipos gerados em maior quantidade Federal 12.305, Decreto

SAAMA são os estéreis e os rejeitos. Os estéreis Federal 7.404. são tipicamente os materiais escavados, decapando maciços para que se atinjam os minerais de interesse. Os rejeitos são

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Estado do Rio Grande do Sul Prefeitura Municipal de Cacique Doble os resíduos provenientes do beneficiamento dos minerais, para redução de dimensões, incremento da pureza ou outra finalidade. Estarão presentes ainda os resíduos das atividades de suporte como os dos materiais utilizados em desmonte de rochas, manutenção de equipamentos pesados e veículos, atividades administrativas e outras relacionadas. Os minerais com geração mais significativa de resíduos são as rochas ornamentais, o ferro, o ouro, titânio, fosfato e outros. Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble apud Guia de elaboração do PGIRS/MMA, 2019.

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3.4.3.2. De acordo com o TIPO

3.4.3.2.1. Resíduo Reciclável

. Vidro: potes de alimentos (azeitonas, milho, requeijão, etc.), garrafas, frascos de medicamentos, cacos de vidro. . Papel: jornais, revistas, folhetos, caixas de papelão, embalagens de papel. . Metal: latas de alumínio, latas de aço, pregos, tampas, tubos de pasta, cobre, alumínio. . Plástico: potes de plástico, garrafas PET, sacos plásticos, embalagens e sacolas de supermercado.

3.4.3.2.2. Resíduo não reciclável ou rejeito

. Vidros: Vidro de automóveis, Vidro de janela, Espelhos, Cristais, Lâmpadas (de todos os tipos), Vidro de boxe de banheiro, Vidro temperado, Ampolas de remédios, Cerâmicas, porcelanas e louças, Acrílicos, Boxes temperados, Lentes de óculos e Tubo de TV. . Papéis: Papel celofane, Papel carbono, Papel Higiênico, Guardanapos e papel toalha com restos de alimentos, Papel laminado, Papel plastificado, Fraldas descartáveis, Espuma, Etiquetas e adesivos, Fotografias e Fita Crepe. . Metais: Latas enferrujadas, Clipes e grampos, Esponjas de aço, Latas de tinta, verniz, inseticida e solvente e Aerossóis. . Isopor: este material (espécie de plástico) pode ser reciclado. Porém, muitas empresas que trabalham com reciclagem rejeitam o isopor em função do baixo retorno financeiro que representa. . Pilhas, lâmpadas fluorescentes e baterias, embora não recicláveis, devem ser coletados separadamente e não descartados com o lixo comum, pois em contato com o meio ambiente podem gerar contaminação do solo e água.

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3.4.3.3. Classificação quanto à FINALIDADE

Os resíduos quanto a sua finalidade classificam-se . Resíduos Sólidos Reversos como: resíduos sólidos restituíveis, por meio da logística reversa, visando ao seu tratamento e reaproveitamento em novos produtos, na forma de insumos, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos; . Rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos acessíveis e disponíveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada.

3.4.3.4. De acordo com a COMPOSIÇÃO QUÍMICA a) Orgânicos: restos de alimentos, folhas, grama, animais mortos, esterco, papel, madeira, etc.. Muita gente não sabe, mas alguns compostos orgânicos podem ser tóxicos. São os chamados “Poluentes Orgânicos Persistentes” (POP) e “Poluentes Orgânicos Não Persistentes”.

a.a) Poluentes Orgânicos Persistentes (POP): hidrocarbonetos de elevado peso molecular, clorados e aromáticos, alguns pesticidas (Ex.: DDT, DDE, Lindane, Hexaclorobenzeno e PCB`s). Estes compostos orgânicos são tão perigosos que foi criada uma norma internacional para seu controle, denominada “Convenção de Estocolmo”.

a.b) Poluentes Orgânicos Não Persistentes: óleos e óleos usados, solventes de baixo peso molecular, alguns pesticidas biodegradáveis e a maioria dos detergentes (Ex.: organosfosforados e carbamatos).

b) Inorgânicos: vidros, plásticos, borrachas, etc.

3.4.3.5. De acordo com a PERICULOSIDADE

Essa classificação foi definida pela ABNT na norma NBR10004: 2004 da seguinte forma:

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Quadro 19. Classificação dos resíduos sólidos quanto a sua periculosidade.

CLASSE I CLASSE II NÃO PERIGOSOS

CLASSIFICAÇÃO Que são subdivididos em: DOS RESIDUOS PERIGOSOS A Não inertes B Inerte Fonte: ABNT, 2012. a) Resíduos Perigosos (Classe I): são aqueles que por suas características podem apresentar riscos para a sociedade ou para o meio ambiente. São considerados perigosos também os que apresentem uma das seguintes características: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e/ou patogenicidade. Na norma estão definidos os critérios que devem ser observados em ensaios de laboratório para a determinação destes itens. Os resíduos que recebem esta classificação requerem cuidados especiais de destinação.

b) Resíduos Não Perigosos (Classe II): não apresentam nenhuma das características acima, podem ainda ser classificados em dois subtipos: . Classe II A – não inertes: são aqueles que não se enquadram no item anterior, Classe I, nem no próximo item, Classe II B. Geralmente apresenta alguma dessas características: biodegradabilidade, combustibilidade e solubilidade em água. . Classe II B – inertes: quando submetidos ao contato com água destilada ou desionizada, à temperatura ambiente, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água, com exceção da cor, turbidez, dureza e sabor, conforme anexo G da norma NBR10004: 2004.

3.5. RESÍDUOS SÓLIDOS E SEUS DOIS GRANDES GRUPOS

Com relação à responsabilidade pelo gerenciamento dos resíduos sólidos pode-se agrupá-los em dois grandes grupos segundo o Manual de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde/ Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

O primeiro grupo refere-se aos resíduos sólidos urbanos, compreendido pelos: 93

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. Resíduos Domésticos ou Residenciais; . Resíduos Comerciais; . Resíduos Públicos.

O segundo grupo, dos resíduos de fontes especiais, abrange:

. Resíduos Industriais; . Rejeitos Radioativos; . Resíduos da Construção Civil; . Resíduos de Portos, Aeroportos e Terminais Rodoferroviários; . Resíduos Agrícolas; . Resíduos de Serviços de Saúde.

3.6. IDENTIFICAÇÃO DOS GERADORES QUE ESTÃO SUJEITOS A ELABORAÇÃO DE PLANOS ESPECÍFICOS OBRIGATÓRIOS

O PMGIRS na etapa de Planejamento das Ações deve definir, no âmbito local, o órgão público que será a referência para entrega do plano de gerenciamento, de forma a garantir a sistemática anual de atualização, visando o controle e a fiscalização.

Nesta etapa irão ser orientados quanto a estes procedimentos e ações e quanto às penalidades aplicáveis pelo seu não cumprimento os Geradores que estão sujeitos a Elaboração de Plano Específico Obrigatório ora identificados por atividades industriais, agrossilvopastoris, estabelecimentos de serviços de saúde, responsáveis por serviços públicos de saneamento básico, empresas e terminais de transporte, mineradoras, construtoras e os grandes estabelecimentos comerciais e de prestação de serviço, nos termos da Lei 12.305/2010.

Considerando o disposto na Lei 12.305/2010, em seu Art. 21, § 2º, que estabelece que a inexistência do PMGIRS não obste a elaboração, implementação e operacionalização do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, e entendido aqui como também identificados.

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QUADRO 20 - PESQUISA E IDENTIFICAÇÃO DOS GERADORES QUE ESTÃO SUJEITOS A ELABORAÇÃO DE PLANOS ESPECÍFICOS - PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - Geradores que estão sujeitos a Elaboração de Planos Responsável Tipos de Orige Específicos Resíduos m pela Identificação RAZÃO SOCIAL CNPJ Gerados nas atividades de saneamento, excetuados os Serviços resíduos domiciliares originários de atividades domesticas em Públicos de ------residências urbanas e os de - Saneamento limpeza urbana originários de - Básico varrição, limpeza de logradouros e vias publicas e outros serviços de limpeza urbana. Alenkar Calgaroto. 032862870001 Secretaria Gerados nos processos produtivos e Industriais 56 Municipal instalações industriais. Coohorti. 078033860001 da 19 Agricultur Otílio Bergoli da Costa. 048686050001 a 50 Almir Richardi - ME 022507540001 25 Elizandra macioroski - ME 090072330001 90 Andrei Tadioto - ME 180533780001 19 Hospital São Roque. 912717670001 00 Tavane Michelin Sari. - Gerado nos serviços de saúde, Josimar Navarini. 20746091087 95

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conforme definido em regulamento Fantin e Fantin Clínica Odont. 074288740001 Secretaria Serviços de ou em normas estabelecidas pelos 93 Municipal órgãos do SISNAMA e do SNVS. Saúde Laborat. Análises Clínicas Grassi. 904839000001 da 20 Agricultur Marieli Navarini. 01740110080 a Exmed Serviços de Saúde S/S LTDA 139139090001 82

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Completa - Clín. Médica e Odont. 103786710001 44 Louise Mognon. 01767567014 Bolognesi Engenharia Ltda. 882981380001 Gerados nas construções, reformas, 60 reparos e demolições de obras de construção civil, incluindo os Joceli Paim Zorzan. 109747380001 Secretaria Construção resultantes da preparação e 03 Municipal Civil escavação de terrenos para obras Carlos Camicia - ME 9352.95300018 da civis, nas normas estabelecidas 6 Agricultur pelos órgãos do SISNAMA. Claudiomiro Menegat. 157441510001 a 21 Cooperativa Agrícola do Sul. 091886360001 83 Agropecuária Amigos do Campo. 126557230001 08 Agropecuária Cacique LTDA-ME 2325653200019 0 Olfar. 918308360025 Gerados nas 46 atividades Secretaria agropecuárias e silviculturais, Marli Maria Gris Zaparoli. 058669100001 Agrossilvopastor Municipal incluindo os relacionados a insumos 76 is utilizados nessas atividades se Ceres das Graças Beltrame. 945143530001 da exigido pelo órgão competente do 53 Agricultur SISNAMA, do SNVS ou do SUASA. Sidinei Zaparoli. 066971610001 a 62 Cerealista Tonieto 902373060001 59 Cerealista Fortuna 199609780001 23 Alcir Tonieto. 1781016094 Adilo Guzzo. 1781012323 Vildomar Belini. 1781017775 97

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Adenilson Menon. 1781017139 Nédio Dalabilia. 1781011418 José Albino Bortoloto. 1781001542 Valdir Marini. 1781020504

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Delso Silvestro. 1781013044 Pedro Reginato. 1781009764 Rafael Mezalira. 1781022132 Hugo Calgaroto. 1781011769 Luiz Antônio Olivoto. 1781011688 Odailson Pasinato. 1781012650 Adolino Miola 1781010851 Ademir Marini 1781020270 Edézio André Mezzalira. 1781013362 Darci Guzzo. 1781014482 Selmar Antônio Beneti 1781020504 Vandelino Fortuna 1781017805 Idacir Mezzalira. 1781012293 Edemilson Silvestro. 1781012293 Jairo Justino Dedéa. 1781014822 Luiz Silvestro. 1781000252 Secretaria Serviços Originários de portos, aeroportos, Cooperativa Agrícola do Sul 0918863600018 terminais alfandegários, rodoviários 3 Municipal de e ferroviários e passagens de da Transpor fronteira. Agricultur te a

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Gerados na atividade de pesquisa, Mineração extração ou beneficiamento ------de minérios. Secretaria Resídu Gerados p estabeleciment comerci o d os prestação Valéria Garbin. 063695430001 Municipal os ais r e 67 da Perigos serviços de Agricultur os . e a Natureza, Composição ou Volume Geradas por ------não os estabelecimentos equipare aos comerciais de prestação de Resíduos serviços. Domiciliar es Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2019.

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3.7. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS

Neste contexto, buscou-se identificar e apresentar os procedimentos operacionais e as especificações mínimas a serem adotados nos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, incluída a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos em nosso município.

PROCEDIMENT QUADRO 21 - PESQUISA E IDENTIFICAÇÃO DO ACONDICIONAMENTO, COLETA E OS TRANSPORTE, ARMAZENAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE OPERACIONAI ADEQUADA DE REJEITOS

S

Identificaç

ão Coletae

Resíduos Contrato

Transporte

Validade do

Informações

Custo: Tipo e Tipo Custo:

Competênciase

Armazenamento

ÁreaGeraçãode DisposiçãoFinal

Responsável pelas Responsável pelas

Acondicionamento

Responsabilidades

Aterro Usina de RESÍDUOS Órgão Sanitário e Responsabilidad Prefeitura Triagem e SÓLIDOS Público: Central de e do Municipal de Compostag DOMICILIARES – Secretaria de - Triagem - Consumidor/ Cacique em de Lixo

SMA RSD COLETA Serviços setores

Todos os Todos Gerador Doble. Domiciliar. CONVENCIONAL Urbanos. -

- Domiciliar.

101

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Usina de Órgão

RESÍDUOS Responsabilidad Prefeitura Triagem e Recicla

Público: SÓLIDOS e do Municipal de Compostage gem. Secretaria de ---- DOMICILIARES – Consumidor/ Cacique m de Lixo

Serviços SMA

RSD SECOS setores Gerador Doble. Domiciliar. Todos os Todos Urbanos.

Domiciliar.

Aterro

Órgão Sanitár

RESÍDUOS Responsabilidad Prefeitura Público: Central io. SÓLIDOS e do Municipal de Secretaria de ---- de

DOMICILIARES – Consumidor/ Cacique SMA

setores Serviços Resíduos RSD ÚMIDOS os Todos Gerador Doble. Urbanos. .

Domiciliar.

. Órgão RESÍDUOS Responsabilidad Prefeitura Aterro

Público: Central SÓLIDOS e do Municipal de Sanitár Secretaria de ---- de DOMICILIARES – Consumidor/ Cacique io.

Serviços Resíduos SMA

rejeitos setores Gerador Doble. Todos os Todos Urbanos. .

Domiciliar.

Aterro Órgão

Responsabilidad Prefeitura Sanitár

RESÍDUOS DA Público: Central e do Municipal de io. LIMPEZA Secretaria de ---- de Consumidor/ Cacique

PÚBLICA Serviços Resíduos SMA

setores Gerador Doble. Todos os Todos Urbanos. .

Domiciliar.

RESÍDUOS DA Responsabilidad Por conta Por conta Gerado Por conta do CONSTRUÇÃO --- e do do do r Gerador CIVIL E Consumidor/ Gerador Gerador Específi Privado.

SMA DEMOLIÇÃO – RCC Gerador Privado. Privado. setores

Todos os Todos co.

Domiciliar.

Aterro Responsabilidad

Por conta Sanitár

RESÍDUO Gerado Unidade --- e do do io. S r de Consumidor/ Gerador Aterro

VOLUMOS Específi Tratamento SMA

setores Gerador Privado. Industrial OS os Todos co. . 102 Domiciliar. ou

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Vala Sépti ca.

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Áreas de Responsabilidad Prefeitura Aterro Próprio RESÍDU Gerado Destinação --- e do Municipal de para

OS r de Consumidor/ Cacique Construção Específi Beneficiame Gerador Doble. Civil. VERDE co. nto de

SMA Domiciliar. setores Resíduos.

S os Todos

Posto ou

Central de Logística Responsabilidad Recebimento Reversa.

RESÍDUOS DOS Gerado Contrato SERVIOEST e do de Fertilizantes: SERVIÇOS DE r até E - Consumidor/ embalagens Reciclagem SAÚDE Específi 17/01/201 Chapecó/S SMA Gerador vazias de ou co. 4. C Domiciliar. Agrotóxicos, Incineração.

devidamente

Todos os setores os Todos

licenciados. Fabricantes, RESÍDUOS COM Responsabilidad Por conta Por conta Por conta Importadores LOGÍSTICA --- e do do Gerador do do Gerador , REVERSA Consumidor/ Privado Gerador Privado Distribuidore OBRIGATÓRIA Gerador Privado s e Domiciliar

SMA Comerciante setores

Todos os Todos s

RESÍDUOS DOS Responsabilidad Por conta Por conta Sem fins Gerad SERVIÇOS --- e do or do Gerador do específicos PÚBLICOS DE Consumidor/ Privado Gerador SMA Específi SANEAMENTO setores

Todos os Todos Gerador co Privado

BÁSICO Domiciliar

Responsabilidad

RESÍDUOS Gerad Por conta Por conta Depósito

--- e do SÓLIDOS or do do em area Consumidor/ CEMITERIAIS Específi Gerador Gerador particula

Gerador SMA

setores co r

Todos os Todos Domiciliar

104

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Responsabilidad RESÍDUOS DE Gerad --- Por conta Por conta Sem fins e do ÓLEOS or do do específi Consumidor/ COMESTÍVEIS Priva Gerador Gerador co

SMA Gerador setores

Todos os Todos do

Domiciliar

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Gerador Responsabilidad Por conta Por conta Por conta RESÍDUO --- Privado e do do Gerador do do Gerador S (atividades Consumidor/ Privado Gerador Privado INDUSTRIA

SMA em geral) Gerador Privado setores

IS os Todos

Domiciliar

RESÍDUOS DOS Gerador Responsabilidad Por conta Por conta Por conta

---

SERVIÇOS DE Privado e do do Gerador do do Gerador TRANSPORTES (atividades Consumidor/ Privado Gerador Privado

SMA em geral) Gerador Privado setores

Todos os Todos Domiciliar

RESÍDUOS Gerador Responsabilidad Por conta Por conta Por conta

---

AGROSSILV Privado e do do Gerador do do Gerador O- (atividades Consumidor/ Privado Gerador Privado

SMA PASTORIS em geral) Gerador Privado setores

Todos os Todos Domiciliar

Gerador Responsabilidad Por conta Por conta Por conta RESÍDUOS --- Privado e do do Gerador do do Gerador DA (atividades Consumidor/ Privado Gerador Privado MINERAÇÃ

SMA em geral) Gerador Privado setores

O os Todos

Domiciliar

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2019.

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3.8. CARACTERIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO

A caracterização dos resíduos sólidos pode variar devido alguns pontos, como aspectos sociais, econômicos, culturais, geográficos e climáticos. Para que os resíduos sólidos sejam caracterizados corretamente, deve-se conhecer a origem desses resíduos, sua composição e características.

Em harmonia com a Política Nacional de Resíduos Sólidos que é o instrumento norteador do PMGIRS e possui em seu objetivo proporcionar a gestão adequada dos resíduos sólidos gerados no município e tem como princípios a não geração, a minimização da geração, a reutilização, a reciclagem, o tratamento e a disposição final adequada. Esses princípios serão trabalhados nas Práticas Educativas e de Conscientização Ambiental.

Nesse diagnóstico iremos caracterizar os tipos de resíduos sólidos gerados em Cacique Doble, apontar quantidades médias, fazer projeções de quantidades futuras, mostrar a frequência de coleta, como são destinados e avaliar essa destinação.

3.8.1. Resíduos Sólidos Domiciliares (RSD)

Os serviços em torno dos resíduos sólidos domiciliares gerados no município são caracterizados como coleta de lixo em sistema seletivo, incluindo transporte, separação, reciclagem, compostagem de matéria orgânica e destinação final de resíduos sólidos domiciliares. A coleta é realizada com caminhão equipado com caçamba.

Sobre a frequência de coleta: Todas as segundas, quartas e sextas feiras são recolhidos os resíduos sólidos orgânicos. Todas as quintas feiras são recolhidos os resíduos sólidos recicláveis, essa coleta seria referente ao perímetro urbano. No meio rural o recolhimento acontece a cada quinze dias nas terças feiras.

No que se refere aos equipamentos utilizados para acondicionamento dos resíduos, são utilizadas lixeiras comuns. As estruturas utilizadas para a disposição final dos resíduos é o aterro sanitário para os rejeitos, o material reciclado volta para 107

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a indústria como matéria prima e a matéria orgânica é utilizada na compostagem, posteriormente servindo de adubos para agricultura.

Na área da central de triagem, o acondicionamento dos resíduos ocorre em bags e tonéis na segregação realizada junto à esteira. Sendo que também ocorre o enfardamento de recicláveis, como plásticos, papelão e outros resíduos sólidos recicláveis, conforme figuras abaixo, para posterior venda desses materiais.

Figura 38. Resíduos sólidos reciclados, prontos para voltar para a indústria.

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2019.

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Figura 39. Resíduos sólidos reciclados.

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2019.

O município de Cacique Doble gera em torno de 30 toneladas por mês de resíduos sólidos domiciliares. Os resíduos domiciliares gerados em relação a outros municípios do mesmo porte apresenta uma quantidade de resíduos recicláveis um pouco inferior a média. O atendimento de coleta de resíduos sólidos é em todo perímetro urbano, atendendo cerca de 4.868 (IBGE, 2010).

Dessas 30 toneladas médias mensais geradas no município, temos cerca de 55% que representa a quantidade de 16,5 toneladas são referentes a resíduos orgânicos e 45% que representa 13,5 toneladas são referentes à resíduos sólidos recicláveis.

Os resíduos sólidos domiciliares de Cacique Doble são coletados pela prefeitura municipal e encaminhados para central de triagem localizada no município de São José do Ouro, onde os poderes municipais mantém parceria no que tange a triagem dos resíduos sólidos. A operação da central de triagem de São José do Ouro foi terceirizada pelo município para a empresa GV Comércio do Vest. E Transp. Ltda, localizada na Rua Frei Teófilo, nº 45, Centro, Machadinho (RS).

A central de triagem/compostagem de resíduos sólidos e aterro sanitário atua com licença de operação vigente nº03260/2017-DL com vencimento em

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06/06/2022, essa licença autoriza a operação da central de triagem, compostagem, estação de transbordo e monitoramento da célula encerrada de aterro controlado.

Atualmente não há disposição final de rejeitos na central de triagem de São José do Ouro, sendo que os rejeitos são encaminhados para aterro de terceiro, que pertence à empresa Cetric Central de Tratamento de Resíduos Sólidos, localizada no Acesso Ângelo Baldissera, s/nº CH 20 Km 05, município de Chapecó (SC).

Ocorre a presença de uma Licença de Instalação de Ampliação (LI nº 00568/2018) vigente com vencimento em 08/11/2023, sendo que a instalação das células e demais estruturas ainda não foram finalizadas. Desta forma, o rejeito gerado na triagem após a separação dos recicláveis e do resíduo orgânico o qual é aproveitado, é encaminhado a aterro licenciado terceiro, não havendo atualmente a disposição final de rejeitos na área da central de triagem.

Após a passagem pela triagem e realizada a segregação, os resíduos orgânicos são tratados através de sistema de compostagem, em área específica, coberta, sob piso impermeabilizado, com drenagem efetiva de águas pluviais e do lixiviado gerado, sendo que o encaminhamento do lixiviado ocorre para duas lagoas de tratamento construídas na área, as quais possuem geomembranas em sua base de forma a evitar contaminações ambientais.

Os resíduos sólidos recicláveis segregados voltam para indústria como matéria prima, os resíduos sólidos orgânicos vão para compostagem e são utilizados posteriormente na agricultura como adubo e os rejeitos são destinados a aterro sanitário terceiro.

O aterro sanitário instalado utiliza métodos tecnológicos e sanitários para a disposição final dos resíduos. São considerados os locais de disposição de resíduos que oferecem as melhores condições tecnológicas e de infraestrutura em consonância com as exigências ambientais atuais. No local de instalação, até o presente momento tivemos poucas transformações socioambientais.

Destacamos o aspecto da geração de emprego e renda para os trabalhadores que realizam as atividades de triagem de resíduos na unidade de separação. Sabemos que o aterro sanitário representa um avanço na disposição 110

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final dos resíduos sólidos, no entanto temos conhecimento que é necessário mais algumas ações de gestão voltadas para aumentar a sua vida útil e minimizar ainda mais os impactos causados pela sua existência.

As áreas de risco que mais necessitam atenção são as anexas e as do entorno do aterro. Logo, medidas são tomadas para minimizar esses riscos e garantir que a operação do aterro cause o menor impacto ambiental possível no local e nas suas proximidades.

Segundo o poder público de São José do Ouro que administra e opera a central de triagem, os sistemas de acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos do município de Cacique Doble encontram-se em boas condições.

Quadro 22. Projeção da geração de Resíduos Sólidos Domiciliares Totais para o horizonte do plano.

Ano População Geração RSD Geração Geração Total “per capita” RSD diária RSD anual (habitantes) (Kg/hab/dia) (ton/dia) (ton/ano) 2010 4.868 0,21 1,02 373,13

2011 4.849 0,21 1,02 371,67

2012 4.831 0,21 1,01 370,30

2013 4.814 0,21 1,01 368,99

2014 4.797 0,21 1,01 367,69

2015 4.780 0,21 1,00 366,39

2016 4.764 0,21 1,00 365,16

2017 4.748 0,21 0,99 363,93

2018 4.733 0,21 0,99 362,78

2019 4.717 0,21 0,99 361,56

2020 4.703 0,21 0,99 360,48

2021 4.689 0,21 0,98 359,41

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2022 4.676 0,21 0,98 358,41

2023 4.663 0,21 0,98 357,42

2024 4.650 0,21 0,98 356,42

2025 4.637 0,21 0,97 355,43

2026 4.626 0,21 0,97 354,58

2027 4.615 0,21 0,97 353,74

2028 4.604 0,21 0,97 352,90

2029 4.593 0,21 0,96 352,05

2030 4.583 0,21 0,96 351,29

2031 4.573 0,21 0,96 350,52

2032 4.564 0,21 0,96 349,83

2033 4.555 0,21 0,96 349,14

2034 4.547 0,21 0,95 348,53

2035 4.539 0,21 0,95 347,91

2036 4.532 0,21 0,95 347,38

2037 4.525 0,21 0,95 346,84

2038 4.517 0,21 0,95 346,23 Fonte: Elaborado pelos autores, 2018.

3.8.2. Resíduos Sólidos de Poda (RSP)

Caracteriza-se por resíduos sólidos de poda ou lixo verde todo material oriundo de procedimento de corte, remoção ou senescência de árvores, esse resíduo é composto por galhos, cascas, troncos, gramas, folhas, flores e outros materiais orgânicos de origem vegetal.

A remoção destes resíduos no município está sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Obras onde é realizada a coleta a cada quinze dias sendo a coleta nas terças-feiras em todo o perímetro urbano. Onde é posteriormente triturado e realizado compostagem para reutilização como adubo.

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3.8.3. Resíduos Sólidos de Construção Civil e Demolição (RSC)

Segundo a Resolução CONAMA nº 307/2002 (alterada pela Resolução CONAMA nº 448/2012), caracteriza-se resíduos sólidos de construção civil e demolição os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras em geral, forros, argamassas, gessos, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiações elétricas e outros.

Ainda segundo a mesma Resolução, os responsáveis pela correta destinação resíduos sólidos de construção civil e demolição são os próprios geradores. As soluções para a gestão dos resíduos de construção civil e demolição no município devem ser capazes de integrar o órgão público e os geradores de forma que esses resíduos sejam destinados da maneira ambientalmente correta.

A Secretaria Municipal de Obras realiza coletas quando surge a demanda de resíduos de construção civil e demolição, sendo que o volume gerado por este tipo de resíduo varia muito durante o ano devido a vários fatores. Após a coleta desses resíduos os mesmos são encaminhados para depósito municipal licenciado.

No meio rural a coleta de Resíduos Sólidos de Construção Civil e Demolição é realizada quando surge a demanda, onde o responsável entra em contato com a Secretaria Municipal de Obras e a mesma realiza a coleta e posterior destinação adequada.

3.8.4. Resíduos Sólidos Gerados Pelos Serviços de Saúde (RSS)

A responsabilidade pelo gerenciamento dos resíduos sólidos gerados pelos serviços de saúde é dos próprios geradores, aqui se incluem medicamentos vencidos, objetos cortantes, seringas utilizadas, material infectado, descartes de consultórios odontológicos, farmácias e outros. Cabe a cada estabelecimento descartar seus resíduos de forma correta, a fiscalização está sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde juntamente com a Vigilância Sanitária e do Meio Ambiente. 113

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No município de Cacique Doble a Empresa Servioeste Soluções Ambientais Ltda é a responsável pela coleta, transporte, tratamento e disposição final de resíduos sólidos gerados pelas unidades básicas de saúde e demais pontos relacionados com a saúde pública municipal.

Essa empresa possui residência na Linha São Roque, município de Chapecó (SC). A coleta desses resíduos é realizada a cada quinze dias. Em anexo seguem os contratos entre a empresa e o poder público municipal e também um laudo técnico da empresa ressaltando as suas licenças vigentes para prestar esse serviço.

As embalagens geradas por médicos veterinários são armazenadas nas propriedades dos consumidores e posteriormente encaminhadas ao estabelecimento que comercializou tal medicamento. A vigilância sanitária orienta esses geradores sobre a disposição final adequada e realiza controle das condições sanitárias, visando à prevenção de futuras contaminações.

3.8.5. Resíduos Sólidos Sujeitos a Logística Reversa

Segundo o Sistema Nacional de Informações Sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR), a logística reversa é um meio de desenvolvimento econômico e social, caracterizado por uma serie de ações, procedimentos e formas destinadas a tornar viável a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento desses resíduos em seu ou em outros ciclos produtivos, ou ate mesmo, destinação final ambientalmente correta.

São obrigados a estruturar e implantar sistemas de logística reversa os estabelecimentos que comercializam produtos que geram resíduos de significativo impacto ambiental, estes são produtos que após o seu uso resultam em resíduos que podem trazer grandes impactos ao meio ambiente. Após o uso pelo consumidor de forma independente estes resíduos devem retornar ao estabelecimento onde ocorreu o venda para os devidos e corretos encaminhamentos para destinação final.

São resíduos sujeitos a logística reversa as pilhas, baterias, lâmpadas, eletrônicos, óleos comestíveis, pneus e embalagens de agrotóxicos. 114

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Figura 40. Ilustração Logística Reversa.

Fonte: Google, 2019.

3.8.5.1. Pilhas, baterias e lâmpadas

Com referência nas resoluções CONAMA nº 257/1999 e nº 263/1999, que regulamentam a destinação final de pilhas e baterias a prefeitura municipal vem orientando os munícipes que encaminhem esses resíduos aos estabelecimentos que comercializam tais produtos. O acondicionamento e armazenamento em tais estabelecimentos devem obedecer às normas ambientais e de saúde pública pertinente, bem como a recomendação de seus fabricantes.

O mesmo se aplica para lâmpadas, onde é responsabilidade dos vendedores destinar esses resíduos aos fabricantes para que os mesmos encaminhem para o tratamento e destinação adequada.

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Figura 41. Ilustração de resíduos como pilhas, baterias e lâmpadas.

Fonte: Google, 2019.

3.8.5.2. Lixo eletrônico

O lixo tecnológico ou lixo eletrônico também são de responsabilidades dos revendedores em dar a destinação correta a esses resíduos. O poder público auxilia os comerciantes no descarte desses resíduos através de campanhas de recolhimento com diversos pontos de coletas espalhados pelo município, também são realizadas campanhas sobre a conscientização do adequado descarte deste tipo de resíduos.

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Figura 42. Ilustração de lixo eletrônico.

Fonte: Google, 2019.

3.8.5.3. Óleos comestíveis e restos de animais

Os óleos comestíveis de origem animal ou vegetal, bem como restos de animais também devem ter sua destinação adequada, pois quando não realizada podem trazer contaminações ao meio ambiente. Resíduos como os restos de óleos vegetais podem ser reutilizados para fabricação de sabão e produção de biodiesel. Dados apontam que um litro de óleo comestível é capaz de contaminar 20.000 litros de água, sendo de extrema importância o conhecimento deste aspecto pela população.

O município através do poder municipal realiza campanhas sobre o adequado descarte deste tipo de resíduos com as empresas que geram tal resíduo.

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Figura 43. Ilustração de formas de destinação de resíduos como óleos comestíveis.

Fonte: Google, 2019.

3.8.5.4. Resíduos pneumáticos

Os resíduos pneumáticos abandonados ou dispostos inadequadamente constituem um sério risco ao meio ambiente e a saúde pública, aos pneus também se aplica a logística reversa. A coleta, transporte, armazenamento, reciclagem e destinação final desses materiais no presente município é do próprio gerador/consumidor.

Dessa forma, proprietários de borracharias, revendas de pneus e população em geral são orientados a destinar os pneus utilizados à sua fonte geradora. A vigilância sanitária orienta constantemente toda a população urbana e rural ao descarte correto desse material, a fim de evitar a proliferação do mosquito da dengue.

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Figura 44. Ilustração de resíduos pneumáticos.

Fonte: Google, 2019.

3.8.5.5. Embalagens de agrotóxicos

O descarte incorreto de embalagens de agrotóxicos pode causar a contaminação do solo e da água e consequentemente dos seres vivos que utilizam esses recursos, colocando em risco ecossistemas e populações. Essas embalagens são classificadas segundo a ABNT como classe I (resíduo sólido perigoso).

As embalagens de agrotóxicos no município devem ser devolvidas pelos consumidores aos estabelecimentos revendedores desses produtos. Vale lembrar que os consumidores devem realizar a tríplice lavagem antes encaminhar a devolução desses resíduos. As revendas são responsáveis de propor a destinação correta dessas embalagens.

No presente município as empresas que comercializam esses produtos, são associadas à empresa ARACS de São José do Ouro (RS), essa empresa possui recebimento de embalagens de agrotóxicos e os próprios agricultores fazem a entrega na mesma.

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Figura 45. Ilustração de resíduos como embalagens de agrotóxicos.

Fonte: Google, 2019.

3.8.6. Resíduos Sólidos Industriais

Resíduo sólido industrial é definido como todo resíduo que resulta de diferentes atividades industriais, esses resíduos podem estar em estado sólido, semissólido, gasoso e líquido. Esses resíduos devem ser tratados e/ou armazenados em local adequado até a sua coleta, pois suas particularidades não permitem o seu lançamento na rede pública de esgoto ou em corpos d’água. Os resíduos industriais apresentam grande variação na sua composição, dependendo do processo industrial.

No presente município existem diferentes tipos de pequenas empresas que possuem potencial de geração deste tipo de resíduo onde podemos citar mecânicas, chapeações, agroindústrias, fabrica de produtos de limpeza, marcenarias, marmorarias, pedreiras, lavagens, postos de combustíveis e outros.

O manejo e destinação de tais resíduos são de responsabilidade de seus geradores, através de contrato com empresa particular de recolhimento e destinação final. O papel da prefeitura municipal, nesse contexto é de agente fiscalizador através da Vigilância Sanitária e do Meio Ambiente e ao emitir o alvará. 120

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3.8.7. Resíduos Sólidos Volumosos

Consideramos resíduos volumosos no presente plano os móveis e utensílios domésticos inservíveis. No município a coleta desses resíduos se da quando existe a demanda, sendo a prefeitura municipal através da Secretaria Municipal de Obras a responsável pelo recolhimento. Esses produtos são encaminhados ao comércio de sucatas e demolições que operam na região.

3.8.8. Resíduos Sólidos das Atividades Agropecuárias

Caracteriza-se resíduos sólidos de atividades agropecuárias os resíduos gerados nas propriedades que tragam em suas atividades empreendimentos que geram resíduos com potencial de poluição, dentre eles citamos aviários, pocilgas, produção leiteira e outros. O município ao emitir o licenciamento ambiental, requer apresentação de projeto técnico apontando os principais tipos de resíduos e seu volume, também como será o manejo e destinação final de cada atividade apresentada, tornando o próprio gerador responsável pelo resíduo ali gerado.

3.9. CUSTOS E RECEITAS

Os custos ocorrentes foram exaustivamente, investigados, considerando as diversas e múltiplas despesas que ocorrem com o conjunto de resíduos abordado. Foi necessário organizar as informações sobre custos diretos de operações de coleta e transporte, de destinação e disposição, inclusive os custos de limpeza corretiva em pontos viciados de deposição irregular constante e outros; as informações sobre custos indiretos como de fiscalização, combate a vetores, administrativos, relativos à amortização e depreciação de investimentos e outros. Com as despesas todas compiladas, oportunamente identificamos na planilha dos Procedimentos Operacionais já apresentados anteriormente.

Com relação aos procedimentos de controle de custos relacionados aos serviços de limpeza urbana, a Secretária Municipal de Administração informou que

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são realizados saldos orçamentários, balancete de despesas, balanços orçamentários, etc.

Na relação dos custos com disposição de resíduos sólidos não foram considerados os custos de disposição de resíduos como os de poda, construção civil e volumosos em que a prefeitura municipal através da Secretaria Municipal de Obras, Viação e Saneamento é a responsável pela coleta e disposição final de tais resíduos.

Desta forma serão apresentados os custos em que esses serviços são terceirizados, que nesse caso se refere aos resíduos sólidos domiciliares e gerados pelos serviços de saúde.

3.9.1. Custos com Serviços de Resíduos Sólidos Domiciliares

Conforme o último termo aditivo ao convênio com o município de São José do Ouro, o custo à operação da central de triagem e disposição final de resíduos sólidos domiciliares é de R$5.04 por habitante/mês.

3.9.2. Custos com Serviços de Resíduos Sólidos Gerados Pelos Serviços de Saúde

Os custos do poder público para coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos gerados pelo serviço de saúde no município é de R$ 10,54 por quilograma coletada, conforme contrato em anexo.

3.9.3. Receitas com os Serviços de Limpeza Urbana

No que se refere às receitas arrecadadas pelo poder público municipal referente aos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos é cobrado uma taxa de R$ 22,50 junto ao IPTU, valor que no ano de 2018 resultou em um montante de R$ 16.000,00.

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3.10. CARÊNCIAS E DEFICIÊNCIAS

Detectamos as principais carências e deficiências de gestão que ocorrem no município, que passam a ser registrados como:

Quadro 23. Principais carências e deficiências identificadas na gestão.

Identifique Principais Carências e Deficiências de Gestão Sim Não A ausência da coleta continuada de resíduos em aglomerados

subnormais, no meio rural e em Distritos. A ocorrência de pontos viciados com deposição irregular de

resíduos diversos. A inexistência de controle da ação de privados – costumeiramente geradores de RSS, transportadores e receptores de RCC, sucateiros e ferro velho. Dificuldades Gerenciais. Fragilidades de Sustentação Econômica. Outros. Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2019.

3.11. INICIATIVAS RELEVANTES

Registramos também os fatos relevantes, que poderão servir de apoio à ampliação das iniciativas ambiental, econômica e socialmente sustentáveis, seguindo as orientações do próprio PNGRS, em conformidade com a realidade local:

 As ações de cooperativas de catadores  Projetos desenvolvidos com a parceria de ONGs  Campanhas e projetos empresas com políticas ambientais e sociais  Ações nas escolas e associações de bairro, considerando experiências marcantes;  Construção de gavetas no cemitério municipal;

O conhecimento de experiências exitosas de alguns municípios brasileiros vão nos auxiliar no preparo das discussões para o planejamento de ações locais.

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3.12. ESTIMATIVA DE QUANTIDADE DE RESÍDUOS SÓLIDOS COLETADOS

Sendo a Política Nacional de Resíduos Sólidos bastante incisiva na definição das responsabilidades dos diversos agentes, uma melhoria significativa precisa ser buscada para a solução dos desafios colocados. Um salto tecnológico precisa ser dado. Neste contexto, apresentamos a realidade do município:

O Ministério do Meio Ambiente incentiva a implantação de um Modelo Tecnológico que privilegia o manejo diferenciado e a gestão integrada dos resíduos sólidos, com inclusão social e formalização do papel dos catadores de materiais recicláveis, com compartilhamento de responsabilidade com os diversos agentes. Este modelo pressupõe um planejamento preciso do território, com a definição do uso compartilhado das redes de instalações para o manejo de diversos resíduos, e com a definição de uma logística de transporte adequada, para que baixos custos sejam obtidos.

O balanço gravimétrico (em peso) das diversas frações do lixo domiciliar após o processamento em uma usina de reciclagem, com uma unidade de compostagem acoplada, em geral mostra o aproveitamento expresso no fluxograma da Figura, de uma unidade hipotética de 1.500kg/dia, onde se pode observar que, de 100% do lixo processado, apenas 12,6% serão transportados aos locais de destino final, desde que haja produção de composto orgânico. Assim mesmo, esse material é inerte, não poluente, pois a matéria orgânica residual, nele contida, já se encontra estabilizada, porque a maior parte foi transformada em composto orgânico.

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Figura 46. Fluxograma de processo e balança de massa.

Fonte: MMA, 2012.

3.13. GERAÇÃO PER CAPITA

A "geração per capita" relaciona a quantidade de resíduos urbanos gerada diariamente e o número de habitantes de determinada região. Muitos técnicos consideram de 0,5 a 0,8kg/hab./dia como a faixa de variação média para o Brasil. Um erro muito comum cometido por alguns técnicos é correlacionar a geração per capita somente ao lixo domiciliar (doméstico + comercial), em lugar de correlacioná- la aos resíduos urbanos (domiciliar + público + entulho, podendo até incluir os resíduos de serviços de saúde). Na ausência de dados mais precisos, vamos utilizar o cálculo para a geração per capita conforme aponta a estimativa do Ministério das Cidades (2009) na tabela a seguir.

Quadro 24. Geração média per capita de resíduos sólidos segundo a faixa de população.

Faixa de população Geração média per capita (habitantes) (kg/hab./dia) Até 15.000 0,6 De 15.001 a 50.000 0,65 De 50.001 a 100.000 0,7

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De 100.001 a 200.000 0,8 De 200.001 a 500.000 0,9 De 500.001 a 1.000.000 1,15

Fonte: Ministério das Cidades, 2009.

3.13.1. Composição Gravimétrica

A composição gravimétrica dos resíduos é outro dado essencial. Segue aqui as informações sobre triagem de resíduos sólidos (provenientes ou não da coleta seletiva). No caso dos resíduos de origem domiciliar e comercial, normalmente dispostos em aterros, os componentes comumente discriminados na composição gravimétrica são: matéria orgânica putrescível, metais ferrosos, metais não ferrosos, papel, papelão, plásticos, trapos, vidro, borracha, couro, madeira, entre outros. Na literatura são apresentados diferentes métodos para realizar a composição gravimétrica dos resíduos sólidos, a maior parte com base no quarteamento da amostra, conforme a NBR 10007/ABNT (1987).

Quadro 25. Exemplos básicos de cada categoria de resíduos sólidos urbanos.

CATEGORIA EXEMPLOS

Matéria orgânica Restos alimentares, flores, podas de árvores. putrescível

Sacos, sacolas, embalagens de refrigerantes, água e leite, Plástico recipientes de produtos de limpeza, esponjas, isopor, utensílios de cozinha, látex, sacos de ráfia. Caixas, revistas, jornais, cartões, papel, pratos, cadernos, livros, Papel e Papelão pastas. Copos, garrafas de bebidas, pratos, espelho, embalagens de Vidro produtos de limpeza, embalagens e produtos de beleza, embalagens de produtos alimentícios. Palha de aço, alfinetes, agulhas, embalagens de produtos Metal ferroso alimentícios.

Metal não ferroso Latas de bebidas, restos de cobre, restos de chumbo, fiação elétrica.

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Caixas, tabuas, palitos de fósforos, palitos de picolé, tampas, moveis, Madeira lenha.

Panos, trapos, Roupas, panos de limpeza, pedaços de tecido, bolsas, mochilas, couro e borracha sapatos, tapetes, luvas, cintos, balões. Pilhas, medicamentos, lâmpadas, inseticidas, raticidas, colas em Contaminante geral, cosméticos, vidro de esmaltes, embalagens de produtos Químico químicos, latas de óleo de motor, latas com tintas, embalagens pressurizadas, canetas com carga, papel-carbono, filme fotográfico. Papel higiênico, cotonetes, curativos, gazes e panos co sangue, Contaminante fraldas descartáveis, absorventes higiênicos, seringas, laminas de Biológico barbear, cabelos, pelos, embalagens de anestésicos, luvas. Pedras, terra e Vasos de flores, pratos, restos de construção, terra, tijolos, cascalho, cerâmica pedras decorativas. Velas de cera, restos de sabão e sabonete, carvão, giz, pontas de cigarro, rolhas, cartões de credito, lápis de cera, embalagens longa- Diversos vida, embalagens metalizadas, sacos de aspirador de pó, lixas e outros materiais de difícil identificação. Fonte: MMA. PNRS, 2012.

4. PLANO DE AÇÃO

O Plano busca corresponder às vocações econômicas, ao perfil socioambiental do município e da região. Logicamente, as diretrizes e estratégias respeitarão as exigências da Lei 12.305/2010 e Lei 11.445/2007, e enfatizarão a questão da sustentabilidade econômica e ambiental e a questão da inclusão social dos catadores de materiais recicláveis, e estarão harmônicas com as ações para a redução de emissões de gases oriundos dos resíduos.

Como no Plano Nacional de Resíduos Sólidos, as diretrizes precisam ser entendidas como as linhas norteadoras, e as estratégias como a forma ou meios para implementação; diretrizes e suas estratégias definirão as ações e os programas para atingimento das metas. O plano de ação é o planejamento de todas as ações que devem ser implementadas para se atingir os resultados.

Neste sentido, o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos torna-se o guia e o pilar de sustentação para as ações futuras consideradas mais importantes na geração e gestão dos resíduos sólidos, conforme apresentamos na TABELA DE PLANEJAMENTO DAS AÇÕES. 127

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Em todo o mundo tem havido crescente emprego e importantes avanços nas técnicas de elaboração de cenários para o planejamento estratégico, sendo que, no Brasil, a partir da década de 80, a demanda por visões de longo prazo também passou a integrar a agenda do planejamento público. Os cenários produzidos em um processo de planejamento visam a descrição de um futuro – possível, imaginável ou desejável –, a partir de hipóteses ou possíveis perspectivas de eventos, capazes de uma translação da situação de origem até a situação futura. Preferencialmente, os cenários de planejamento devem ser divergentes entre si, desenhando futuros distintos.

O processo de construção de cenários promove assim uma reflexão sobre as alternativas de futuro e, ao reduzir as diferenças de percepção entre os diversos atores interessados, melhoram a tomada de decisões estratégicas por parte dos gestores. Desta forma, gerenciar as incertezas – e não predizer o futuro – torna-se problema fundamental no processo de tomada de decisão dos administradores, constituindo-se os cenários apenas em um referencial para o planejamento de longo prazo.

4.1. PROPOSIÇÃO DE CENÁRIOS

Respeitada a autonomia municipal e assegurando um processo de planejamento participativo, considerando o desenvolvimento, a organização e a execução de serviços e obras de interesse comum para o saneamento básico, a partir dos resultados das propostas de intervenção nos diferentes cenários, buscar- se-á trabalhar através de planos de ações específicos, o conjunto de alternativas indicadas pelo Ministério das Cidades e Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental que orienta a compatibilização qualiquantitativa entre demandas e disponibilidade de serviços. Tal conjunto se caracterizará como cenários alternativos do PMGIRS:

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Quadro 26. Possíveis cenários. Será repassada parte dos recursos previstos Cenário I e estimados no Quadro Geral das necessidades estabelecidas no Plano com Possível base no Índice do Fundo de Participação

Os Cenários dos Municípios. produzidos em Serão repassados integralmente os recursos um processo de Cenário II previstos e estimados no quadro geral das necessidades estabelecidas no Plano com planejamento Imaginável base no Índice do Fundo de Participação visam a descrição dos Municípios. de um futuro: Será duplicado o repasse dos recursos Cenário III previstos e estimados no Quadro Geral das necessidades estabelecidas no Plano com Desejável base no Índice do Fundo de Participação dos Municípios. Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2019.

As ações de gerenciamento podem ser promovidas por meio de instrumentos presentes em políticas de gestão. Segundo Milanez (2002), os instrumentos econômicos compreendem os tributos, subsídios ou incentivos fiscais; os instrumentos voluntários, as iniciativas individuais; e os instrumentos de comando e controle, as leis, normas e punições.

4.2. PERSPECTIVAS PARA A GESTÃO ASSOCIADAS COM MUNICÍPIOS DA REGIÃO

O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos considerou, a partir das situações diagnosticadas, a possibilidade de compartilhar instalações e equipamentos entre os municípios, multiplicar as iniciativas relevantes, agregar as capacidades gerenciais em uma equipe única, estável e capacitada para o processo de gestão regional.

O acesso aos recursos da União, ou por ela controlados, será priorizado para os municípios que fizerem a opção por soluções consorciadas intermunicipais, ou se inserirem de forma voluntária nos planos microrregionais relativos à microrregiões instituídas pelos Estados. É o que assegura a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Todo o novo conjunto de leis para saneamento e gestão de resíduos traz a gestão associada instituída pela Lei de Consórcios Públicos como aspecto central. 129

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Por outro lado, não relegando os fatores econômico-financeiros a um plano secundário, uma vez que os recursos municipais devem ser sempre usados com muito equilíbrio, o município de Cacique Doble - RS é motivado a optar por soluções consorciadas ou compartilhadas com outros Municípios.

4.2.1. A Questão do Consorciamento de Municípios

Para o Tribunal de Contas do Estado do RS, existem sete consórcios intermunicipais para gerenciamento de resíduos sólidos. Tais consórcios, no entanto, caracterizam-se mais como convênios, tendo em vista que não seguem os preceitos da Lei 11.107, que regulamentou os consórcios intermunicipais. Neste sentido o Município de Cacique Doble (RS) participa de um convênio juntamente com São José do Ouro e de uma central de triagem de resíduos sólidos localizada no município de São José do Ouro.

Figura 47. Municípios que integram consórcios públicos municipais.

Fonte: Associação Gaúcha de Consórcios Públicos Intermunicipais, 2013.

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4.2.2. Consórcios Públicos

A Lei que regulamenta os consórcios públicos é a Lei Federal 11.107 de abril de 2005. Os consórcios são entidades que reúnem diversos municípios para a realização de ações armada a partir da visível necessidade que surgiu nos municípios, principalmente nos pequenos municípios do Estado do Rio Grande do Sul, de reunirem-se através de consórcios públicos e privados, a fim de terem maior representatividade em suas ações, desenvolverem atividades de interesse público utilizando-se de uma única estrutura: o consórcio.

Neste exercício, os municípios pleiteiam projetos que lhes jamais seria possível, frente aos seus perfis tanto de arrecadação como populacional. A partir deste amadurecimento surgiu à necessidade dos consórcios então associarem-se. Assim, o consórcio auxilia consórcio, município auxilia município tanto na troca de experiências como reunindo esforços em prol se duas populações.

4.3. DEFINIÇÃO DAS RESPONSABILIDADES PÚBLICAS E PRIVADAS

Um aspecto fundamental é que o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos deverá estabelecer o limite entre pequenos geradores atendidos pelos serviços públicos de manejo de resíduos e os grandes geradores, responsáveis diretos pelo gerenciamento e possivelmente por elaboração e implementação de plano específico. Com estas responsabilidades definidas, o PMGIRS deve estabelecer os diversos fluxos de resíduos que serão objetivados, com especial atenção para os componentes com volumes mais significativos: resíduos secos, orgânicos, rejeitos e resíduos da construção, ou outros predominantes na peculiaridade local, para os quais deverão ser elaborados programas prioritários.

A definição das Diretrizes, Estratégias e Programação das Ações levou em conta diferenciadamente os agentes envolvidos e suas respectivas responsabilidades para atender as diretrizes da nova política de resíduos.

Basicamente, e sem prejuízo da responsabilidade compartilhada, estas responsabilidades são as seguintes:

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 Pelos serviços públicos de limpeza urbana e manejo dos resíduos domiciliares – responsabilidade a ser exercida pelo órgão público competente (autarquia intermunicipal na forma de Consórcio Público ou Órgão Municipal, isoladamente);

 Pelos resíduos gerados em próprios públicos – responsabilidade do gestor específico (RSS gerado em hospitais públicos, RCC gerado em obras públicas, resíduos de prédios administrativos etc.);

 Pelos resíduos gerados em ambientes privados – responsabilidade do gerador privado (atividades em geral);

 Pelos resíduos definidos como de logística reversa – responsabilidade definida em lei (fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes);

 Pelos resíduos com Plano de Gerenciamento Obrigatório – responsabilidade do gerador privado (instalações de saneamento, indústrias, serviços de saúde, mineradoras, construtores, terminais de transporte e outros).

4.4. DIRETRIZES, ESTRATÉGIAS, METAS, PROGRAMAS E AÇÕES

A legislação instrui que sejam feitos esforços em uma ordem progressiva que produz, reconhecidamente, o melhor resultado: esforços para a não geração e a redução dos resíduos, para que seja maximizada a reutilização e a reciclagem, para que sejam adotados tratamentos quando necessários e, por final, a disposição adequada dos rejeitos. Esta ordem de precedência passou a ser obrigatória não mais voluntária.

Os atalhos tecnológicos que avançam diretamente para tratamento de resíduos sem diferenciação, são ilegais; eliminam a logística reversa e a responsabilidade compartilhada pela gestão, peças centrais da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Precisam ser aplicadas em função das responsabilidades diferenciadas dos agentes públicos e privados.

Desse modo busca-se priorizar, em ordem decrescente de aplicação: a redução na fonte, o reaproveitamento, o tratamento e a disposição final. No entanto cabe mencionar que a hierarquização dessas estratégias é função das condições 132

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legais, sociais, econômicas, culturais e tecnológicas existentes no município, bem como das especificidades de cada tipo de resíduo.

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QUADRO 27. PLANEJAMENTO DAS HORIZONTE TEMPORAL DO PLANO AÇÕES.

DIRETRIZES ESTRATÉGIAS META META META PROGRAMAS E AÇÕES Quando Quanto Quando Quanto Quando Quanto

(O que?) - Quais as

Diretrizes especificas (Como?) - Quais são (Com quem?) - Quais são os

as Estratégias de agentes públicos e privados e

que deverão ser

implementação? ações necessárias? entre

atendidas pelo Plano? 4anos

4anos e 8

acima8 de

atéanos 20

anual ou atéanualou

zero100% a zero100% a zero100% a

Curto prazo: Curto

Médioprazo:

Longo prazo: Longo

Percentualde Percentualde Percentualde RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES – RSD COLETA CONVENCIONAL

A gestão e gerenciamento Buscar redução de resíduos sólidos, Promover Iniciativas significativa da presença

observando a seguinte Relevantes. Fazer de resíduos orgânicos ordem de prioridade: não Ajustes Legais e da coleta convencional geração, redução, nos aterros, para Implementar Estrutura reutilização, reciclagem, redução da emissão de

Operacional, Públicos: tratamento dos resíduos gases, por meio da Comércio. sólidos e disposição final Fiscalizatória e biodigestão e ambientalmente Gerencial. compostagem quando Privados;Industrial,

adequada dos rejeitos. possível. Federal/Estadual/Municipal

A gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, Promover Iniciativas

observando a seguinte Relevantes. Fazer Implantar coleta ordem de prioridade: não Ajustes Legais e conteinerizada, geração, redução, Implementar Estrutura X 100% inicialmente em reutilização, reciclagem, Operacional,

condomínios e similares. Públicos: tratamento dos resíduos Comércio. sólidos e disposição final Fiscalizatória e ambientalmente Gerencial. Privados;Industrial,

adequada dos rejeitos. Federal/Estadual/Municipal 134

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RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES – RSD SECOS

A gestão e Promover Iniciativas X 50% X 50% Desenvolver Programa gerenciamento de Relevantes. Prioritário com metas resíduos sólidos, para avanço por bacia

observando a seguinte de captação, apoiada ordem de prioridade: não nos PEVs e com geração, redução, equacionamento da

reutilização, reciclagem, logística de transporte Públicos: tratamento dos resíduos com peque-nos Comércio.

sólidos e disposição final veículos para Privados;Industrial, ambientalmente concentração de adequada dos rejeitos. cargas. Federal/Estadual/Municipal

A gestão e Promover Iniciativas X 50% X 50% Priorizar a inclusão

gerenciamento de Relevantes. Fazer social dos catadores resíduos sólidos, Ajustes Legais e organizados para a observando a seguinte prestação do serviço Implementar Estrutura ordem de prioridade: não público e quando

geração, Operacional, necessário,

redução, reutilização, Fiscalizatória e complementar a ação

reciclagem, tratamento Gerencial. com funcionários Públicos: dos resíduos sólidos e atuando sob a mesma disposição final logística.

ambientalmente Federal/Estadual/Municipal adequada dos rejeitos. Privados;Industrial, Comércio.

135

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A gestão e Promover Iniciativas X 100% Implementar o manejo gerenciamento de Relevantes. Fazer de resíduos secos em resíduos sólidos, Ajustes Legais e programas como:

observando a seguinte Implementar Estrutura “Escola Lixo Zero”. ordem de prioridade: não

geração, redução, Operacional,

reutilização, reciclagem, Fiscalizatória e Públicos: tratamento dos resíduos Gerencial. Comércio.

sólidos e disposição final Privados;Industrial, ambientalmente adequada dos rejeitos. Federal/Estadual/Municipal

A gestão e Promover Iniciativas X 100% Implementar o manejo gerenciamento de Relevantes. Fazer de resíduos secos em

resíduos sólidos, Ajustes Legais e programas,

observando a seguinte Estadual/ Implementar Estrutura como:“Feira Limpa”. / ordem de prioridade: não geração, redução, Operacional,

reutilização, reciclagem, Fiscalizatória e Municipal. tratamento dos resíduos Gerencial. Comércio.

sólidos e disposição final Privados;Industrial, ambientalmente adequada dos rejeitos. Públicos:Federal RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES – RSD ÚMIDOS

A gestão e X 50% X 50% Desenvolver Programa gerenciamento de Promover Iniciativas Prioritário,

resíduos sólidos, Relevantes. Fazer estabelecendo coleta

observando a seguinte seletiva de RSD Estadual/

Ajustes Legais e / ordem de prioridade: não úmidos em ambientes Implementar Estrutura geração, redução, com geração

reutilização, reciclagem, Operacional, homogênea (feiras, Municipal. tratamento dos resíduos Fiscalizatória e sacolões, indústrias, Comércio. Gerencial.

sólidos e disposição final restaurantes e outros) e Privados;Industrial, ambientalmente promovendo sua adequada dos rejeitos. compostagem. Públicos:Federal

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A gestão e X 50% X 50% Implementar o manejo gerenciamento de Promover Iniciativas de resíduos úmidos em

resíduos sólidos, Relevantes. Fazer programas “Escola Lixo

observando a seguinte Estadual/

Ajustes Legais e Zero”. / ordem de prioridade: não Implementar Estrutura geração, redução,

reutilização, reciclagem, Operacional, Municipal. tratamento dos resíduos Fiscalizatória e Comércio. Gerencial.

sólidos e disposição final Privados;Industrial, ambientalmente adequada dos rejeitos. Públicos:Federal

A gestão e Promover Iniciativas X 50% X 50% Implementar o manejo gerenciamento de Relevantes. Fazer de resíduos úmidos em

resíduos sólidos, Ajustes Legais e programas “Feira

observando a seguinte Limpa”. Estadual/

Implementar Estrutura / ordem de prioridade: não geração, redução, Operacional,

reutilização, reciclagem, Fiscalizatória e Municipal. tratamento dos resíduos Gerencial. Comércio.

sólidos e disposição final Privados;Industrial, ambientalmente adequada dos rejeitos. Públicos:Federal RESÍDUOS DA LIMPEZA PÚBLICA

Promover Iniciativas X 100% Implementar a triagem A gestão e gerenciamento de Relevantes. Fazer obrigatória de resíduos

resíduos sólidos, Ajustes Legais e no próprio processo de

Implementar Estrutura limpeza corretiva e o Estadual/

observando a seguinte / ordem de prioridade: não Operacional, fluxo ordenado dos geração, redução, Fiscalizatória e materiais até as Áreas

reutilização, reciclagem, Municipal. Gerencial. de Triagem e Comércio. tratamento dos resíduos Transbordo e outras sólidos e disposição final Privados;Industrial,

ambientalmente áreas de destinação. Públicos:Federal adequada dos rejeitos.

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Promover Iniciativas Definir cronograma X 100% A gestão e Relevantes. Fazer especial de varrição gerenciamento de Ajustes Legais e para áreas críticas

resíduos sólidos, (locais com

Implementar Estrutura Estadual/ observando a seguinte probabilidade de / ordem de prioridade: não Operacional, acúmulo de águas

geração, redução, Fiscalizatória e pluviais) vinculado aos Municipal. reutilização, reciclagem, Gerencial. períodos que precedam Comércio. tratamento dos resíduos as chuvas. sólidos e disposição final Privados;Industrial,

ambientalmente Públicos:Federal adequada dos rejeitos.

Promover Iniciativas Definir custo de

X 100% A gestão e Relevantes. Fazer varrição e preço público gerenciamento de

resíduos sólidos, Ajustes Legais e para eventos com

Implementar Estrutura grande público. Estadual/

observando a seguinte / ordem de prioridade: não Operacional, geração, redução, Fiscalizatória e

reutilização, reciclagem, Gerencial. Municipal. tratamento dos resíduos sólidos e disposição final

ambientalmente Públicos:Federal

adequada dos rejeitos. Privados;Industrial, Comércio. RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL – RCC

138

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Promover Iniciativas Desenvolver Programa

X 100% A gestão e Relevantes. Fazer Prioritário com metas gerenciamento de Ajustes Legais e para implementação

resíduos sólidos, das bacias de captação

Implementar Estrutura Estadual/ observando a seguinte e seus PEVs / ordem de prioridade: não Operacional, (Ecopontos) e metas geração, redução, Fiscalizatória e para os processos de reutilização, reciclagem, Gerencial. triagem e reutilização Municipal. tratamento dos resíduos dos resíduos classe A. sólidos e disposição final

ambientalmente Públicos:Federal

adequada dos rejeitos. Privados;Industrial, Comércio.

Promover Iniciativas Incentivar a presença

X 100% A gestão e Relevantes. Fazer de operadores privados gerenciamento de Ajustes Legais e com RCC, para

resíduos sólidos, atendimento da

Implementar Estrutura Estadual/ observando a seguinte geração privada. / ordem de prioridade: não Operacional, geração, redução, Fiscalizatória e

reutilização, reciclagem, Municipal. Gerencial. Industrial,Comércio. tratamento dos resíduos sólidos e disposição final

ambientalmente Públicos:Federal

adequada dos rejeitos. Privados;

Promover Iniciativas X 100% Desenvolver esforços A gestão e para a adesão das gerenciamento de Relevantes. Fazer instituições de outras

resíduos sólidos, Ajustes Legais e

esferas de governo às

Implementar Estrutura Estadual/ observando a seguinte / responsabilidades ordem de prioridade: não Operacional, definidas no PGIRS. geração, redução, Fiscalizatória e

reutilização, reciclagem, Municipal. Gerencial. Comércio. tratamento dos resíduos sólidos e disposição final Privados;Industrial,

ambientalmente Públicos:Federal adequada dos rejeitos.

139

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RESÍDUOS VOLUMOSOS

Promover Iniciativas X 50% Promover a discussão X 50% A gestão e Relevantes. Fazer da responsabilidade gerenciamento de Ajustes Legais e compartilhada com

resíduos sólidos, fabricantes e

Implementar Estrutura Estadual/ observando a seguinte comerciantes de / ordem de prioridade: não Operacional, móveis, e com a

geração, redução, Fiscalizatória e população Municipal. reutilização, reciclagem, Gerencial. consumidora. Comércio. tratamento dos resíduos sólidos e disposição final Privados;Industrial,

ambientalmente Públicos:Federal adequada dos rejeitos.

Promover Iniciativas Promover o incentivo

X 50% X 50% A gestão e Relevantes. Fazer ao reaproveitamento gerenciamento de Ajustes Legais e dos resíduos, como

resíduos sólidos, iniciativa de geração de

Implementar Estrutura Estadual/ observando a seguinte renda. / ordem de prioridade: não Operacional, geração, redução, Fiscalizatória e

reutilização, reciclagem, Gerencial. Municipal. tratamento dos resíduos sólidos e disposição final

ambientalmente Públicos:Federal

adequada dos rejeitos. Privados;Industrial, Comércio.

140

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Promover Iniciativas X 100% Incentivar a A gestão e identificação de gerenciamento de Relevantes. Fazer talentos entre resíduos sólidos, Ajustes Legais e catadores e sensibilizar

Implementar Estrutura

observando a seguinte Estadual/ para atuação na / ordem de prioridade: não Operacional, atividade de reciclagem geração, redução, Fiscalizatória e e reaproveitamento, reutilização, reciclagem,

Gerencial. com capacitação em Municipal. tratamento dos resíduos marcenaria, tapeçaria sólidos e disposição final etc., visando à ambientalmente

emancipação funcional Públicos:Federal

adequada dos rejeitos. Privados;Industrial, Comércio. e econômica. Promover Iniciativas X 50% Promover parceria com X 50% A gestão e Relevantes. Fazer o Sistema “S” (SENAC, gerenciamento de Ajustes Legais e SENAI) para oferta de

resíduos sólidos, cursos de

Implementar Estrutura Estadual/ observando a seguinte transformação, / ordem de prioridade: não Operacional, reaproveitamento e

geração, redução, Fiscalizatória e design. Municipal. reutilização, reciclagem, Gerencial. Comércio. tratamento dos resíduos sólidos e disposição final Privados;Industrial,

ambientalmente Públicos:Federal adequada dos rejeitos. RESÍDUOS VERDES

141

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Promover Iniciativas X 50% Elaborar “Plano de X 50% A gestão e Relevantes. Fazer Manutenção e Poda” gerenciamento de Ajustes Legais e regular para parques,

resíduos sólidos, jardins e arborização

Implementar Estrutura Estadual/ observando a seguinte urbana, atendendo os / ordem de prioridade: não Operacional, períodos adequados

geração, redução, Fiscalizatória e para cada espécie. Municipal. reutilização, reciclagem, Gerencial. Comercio. tratamento dos resíduos sólidos e disposição final Privados;Industrial,

ambientalmente Públicos:Federal adequada dos rejeitos.

Promover Iniciativas X 100% Estabelecer contratos A gestão e de manutenção e gerenciamento de Relevantes. Fazer conservação de

resíduos sólidos, Ajustes Legais e

parques, jardins e

Implementar Estrutura Estadual/ observando a seguinte / arborização urbana ordem de prioridade: não Operacional, com a iniciativa geração, redução, Fiscalizatória e privada.

reutilização, reciclagem, Municipal. Gerencial. Comércio. tratamento dos resíduos sólidos e disposição final Privados;Industrial,

ambientalmente Públicos:Federal adequada dos rejeitos.

142

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Promover Iniciativas X 50% X 50% Envolver os Núcleos de A gestão e Relevantes. Fazer Atenção Psicossocial - gerenciamento de NAPS, a fim de Ajustes Legais e

resíduos sólidos, constituir equipes com Implementar Estrutura observando a seguinte pacientes desses ordem de prioridade: não Operacional, núcleos para atender

geração, redução, Fiscalizatória e demandas de Estadual/ reutilização, reciclagem, Gerencial. manutenção de áreas / tratamento dos resíduos verdes, agregados às sólidos e disposição final parcerias de agentes ambientalmente privados (atividade Municipal. adequada dos rejeitos. terapêutica e

remunerada das Públicos:Federal

equipes com Privados;Industrial, Comércio. coordenação psicológica e agronômica). RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE

Promover Iniciativas Registrar os Planos de X 50% X 50% A gestão e Relevantes. Fazer Gerenciamento de gerenciamento de

resíduos sólidos, Ajustes Legais e Resíduos das

Implementar Estrutura Instituições Públicas e Estadual/ observando a seguinte / ordem de prioridade: não Operacional, Privadas no sistema geração, redução, Fiscalizatória e local de informações

reutilização, reciclagem, Municipal. Gerencial. sobre resíduos. Industrial,Comércio. tratamento dos resíduos sólidos e disposição final

ambientalmente Públicos:Federal

adequada dos rejeitos. Privados;

143

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Promover Iniciativas X 100% Criar Cadastro de A gestão e Transportadores e gerenciamento de Relevantes. Fazer Processadores, resíduos sólidos, Ajustes Legais e

referenciado no

Implementar Estrutura Estadual/

observando a seguinte / sistema local de ordem de prioridade: não Operacional, informações sobre geração, redução, Fiscalizatória e resíduos. reutilização, reciclagem, Gerencial. Municipal. tratamento dos resíduos sólidos e disposição final

ambientalmente Públicos:Federal

adequada dos rejeitos. Privados;Industrial, Comércio. RESÍDUOS ELETROELETRÔNICOS

A gestão e Promover Iniciativas X 50% X 50% Criar “Programa de gerenciamento de relevantes. Fazer Inclusão Digital” local

resíduos sólidos, Ajustes Legais e que aceite doações de

observando a seguinte computadores para Estadual/

Implementar Estrutura / ordem de prioridade: não serem recuperados e geração, redução, Operacional, distribuídos a

reutilização, reciclagem, Fiscalizatória e instituições que os Municipal. tratamento dos resíduos Gerencial. destinem ao uso de Comércio.

sólidos e disposição final comunidades carentes. Privados;Industrial, ambientalmente adequada dos rejeitos. Públicos:Federal RESÍDUOS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO BÁSICO

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A gestão e X 100% Estabelecer

Promover Iniciativas gerenciamento de cronograma de limpeza relevantes. Fazer resíduos sólidos, da micro e macro observando a seguinte Ajustes Legais e

drenagem, de acordo

ordem de prioridade: não Implementar Estrutura Estadual/ com a ocorrência de / geração, redução, Operacional, chuvas, visando reduzir reutilização, reciclagem, Fiscalizatória e tratamento dos resíduos os impactos Gerencial. Municipal. sólidos e disposição final econômicos e ambientalmente ambientais por adequada dos rejeitos. ocorrência de Públicos:Federal enchentes. Privados;Industrial, Comércio.

A gestão e Promover Iniciativas X 50% X 50% Reduzir volume de gerenciamento de relevantes. Fazer resíduos de limpeza de

resíduos sólidos, Ajustes Legais e drenagens levados a

observando a seguinte aterro de resíduos Estadual/

Implementar Estrutura / ordem de prioridade: não perigosos, por meio de geração, redução, Operacional, ensaios de

reutilização, reciclagem, Fiscalizatória e caracterização. Municipal. tratamento dos resíduos Gerencial. Comércio. sólidos e disposição final ambientalmente Privados;Industrial,

adequada dos rejeitos. Públicos:Federal A gestão e Promover Iniciativas Identificar e X 25% X 75% gerenciamento de relevantes. Fazer responsabilizar os resíduos sólidos, Ajustes Legais e potenciais agentes

observando a seguinte poluidores

Implementar Estrutura Estadual/ ordem de prioridade: não reconhecidos nos lodos / geração, redução, Operacional, dos processos de

reutilização, reciclagem, Fiscalizatória e dragagem ou Municipal. tratamento dos resíduos Gerencial. desassoreamento de Comércio. sólidos e disposição final corpos d’água. ambientalmente Privados;Industrial,

adequada dos rejeitos. Públicos:Federal

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RESÍDUOS SÓLIDOS CEMITERIAIS

A gestão e Promover Iniciativas X 50% X 50% Garantir que os gerenciamento de relevantes. Fazer equipamentos públicos

resíduos sólidos, Ajustes Legais e tenham um cenário de

observando a seguinte Estadual/

Implementar Estrutura excelência em limpeza / ordem de prioridade: não geração, redução, Operacional, e manutenção, com

reutilização, reciclagem, Fiscalizatória e padrão receptivo Municipal. tratamento dos resíduos Gerencial. apropriado para a Comércio.

sólidos e disposição final finalidade a que se Privados;Industrial, ambientalmente destinam. adequada dos rejeitos. Públicos:Federal RESÍDUOS AGROSSILVOPASTORIS

A gestão e Promover Iniciativas X 50% X 50% Promover o incentivo gerenciamento de relevantes. Fazer ao processamento dos

resíduos sólidos, Ajustes Legais e resíduos orgânicos por

observando a seguinte Estadual/

Implementar Estrutura biodigestão, com / ordem de prioridade: não geração, redução, Operacional, geração de energia.

reutilização, reciclagem, Fiscalizatória e Municipal. tratamento dos resíduos Gerencial. Comércio.

sólidos e disposição final Privados;Industrial, ambientalmente adequada dos rejeitos. Públicos:Federal Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2019.

146

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4.5. DEFINIÇÃO DE ÁREAS PARA DISPOSIÇÃO FINAL

A escolha de um local para a implantação de um aterro sanitário não é tarefa simples. O presente Plano aponta para local com vocação para instalação de um aterro sanitário. O Município de Cacique Doble, no momento optou pela terceirização do tratamento e destino final, distanciando-se pela demanda, da possibilidade de instalação de aterro, entanto indica área com possibilidade, se necessário for.

Além desse aspecto, há que se levar em consideração outros fatores, como os Parâmetros Técnicos das Normas e Diretrizes Federais, Estaduais e Municipais, os aspectos legais das três instâncias governamentais, plano diretor do município envolvido, pólo de desenvolvimento local e regional, distância de transporte, vias de acesso e os aspectos político- social relacionado com a aceitação do empreendimento pelos políticos, pela mídia e pela comunidade.

Por isso, os critérios para se implantar adequadamente um aterro sanitário são muito severos, havendo a necessidade de se estabelecer uma cuidadosa priorização dos mesmos. A estratégia a ser adotada para a seleção da área do novo aterro consiste nos seguintes passos:

. Seleção preliminar das áreas disponíveis no Município; . Estabelecimento do conjunto de critérios de seleção; . Definição de prioridades para o atendimento aos critérios estabelecidos; . Análise crítica de cada uma das áreas levantadas frente aos critérios estabelecidos e priorizados, selecionando-se aquela que atenda à maior parte das restrições através de seus atributos naturais.

Com a adoção dessa estratégia, minimiza-se a quantidade de medidas corretivas a serem implementadas para adequar a área às exigências da legislação ambiental vigente, reduzindo-se ao máximo os gastos com o investimento inicial.

4.5.1. Seleção Preliminar de Áreas Disponíveis

Para a seleção preliminar das áreas disponíveis no Município deve-se ter, prioritariamente, as seguintes informações: 147

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. Cálculo preliminar da área total necessária para o aterro sanitário; . Delimitação das zonas rurais, industriais e unidades de conservação no perímetro do projetado para o aterro sanitário; . Levantamento das zonas que não apresentam restrições de zoneamento e uso do solo e que tenham dimensões compatíveis com o cálculo preliminar, priorizando as áreas pertencentes aos Municípios; . Priorização dos terrenos levantados; . Levantamento da documentação das áreas, com a exclusão daqueles que não apresentam documentação regular.

4.5.2. Critérios de Seleção aplicáveis para as Áreas Disponíveis

A partir da indicação de áreas disponíveis apresentadas pelo Município, passa-se a adotar critérios que indicarão a melhor área para instalação de um aterro sanitário. Esses critérios de seleção são divididos em três grupos: . Técnicos e Legais; . Econômicos e Financeiros; . Políticos e Sociais.

As condições e restrições para a seleção de áreas para a implantação de um aterro sanitário devem atender, no mínimo, aos critérios apresentados nas seguintes tabelas:

Quadro 28. Critérios técnicos e legais para seleção de áreas.

Administração Descrição As áreas devem estar fora dos limites das áreas de preservação Uso do Solo ambiental e em uma zona em que o uso do solo seja compatível com as atividades de um aterro sanitário. As áreas não devem estar a menos de 200 metros dos corpos Distância dos Corpos d’águas importantes e não deve estar situada a menos de 50 Hídricos metros de qualquer outro corpo d’água. Distância de Núcleos As áreas não devem estar a menos de 300 metros de núcleos Residenciais Urbanos residenciais urbanos com mais de 200 habitantes. Distância de As áreas não devem ser próximas a aeroportos ou aeródromos. Aeroportos

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A distância mínima recomendada para aterros sanitários com Profundidade do fundo impermeabilizado com geomembrana não poderá ser menor Freático que 1,5 metros entre o freático e a membrana. É recomendável que as áreas permitam que o novo aterro Vida Útil Mínima sanitário tenha no mínimo oito anos de vida útil. Ventos A direção dos ventos não deve propiciar o transporte de poeiras Predominantes ou odores aos núcleos habitacionais.

Recomenda-se que o solo da área selecionada tenha uma boa Impermeabilidade impermeabilidade natural a fim de reduzir a possibilidade de Natural do Solo contaminação do aquífero. Preferencialmente o solo da área selecionada deve ser argiloso. A vala de drenagem de águas pluviais deve ser pequena a fim de Topografia favorável à evitar a entrada de uma grande quantidade de água de chuva no Drenagem aterro.

O acesso à área não deve ter curvas pronunciadas e deve contar Facilidade de Acesso com pavimentação de boa qualidade a fim de minimizar o para Veículos desgaste dos veículos, bem como facilitar o seu livre acesso ainda Pesados que em períodos chuvosos. Disponibilidade de A área deve, de preferência, contar com a disponibilidade de Material para material para a cobertura, a fim de assegurar o baixo custo de Cobertura cobertura dos resíduos. Fonte: MMA. PNRS, 2011.

Quadro 29. Critérios econômicos e financeiros para seleção de áreas.

Critérios Observações

Proximidade É recomendável que a distância percorrida pelos veículos Geométrica do Centro coletores (ida e volta) seja a menor possível a fim de reduzir o de Coleta desgaste do equipamento e o custo do transporte de resíduos. Se a área não for de propriedade municipal, a mesma deverá Custo de Aquisição da estar locada de preferência em área rural, de forma que o custo Área de aquisição seja o menor possível. É importante que a área selecionada disponha de infraestrutura Custo de Construção completa a fim de reduzir os gastos com abastecimento de água, e Infraestrutura coleta e tratamento de efluentes, drenagem de águas pluviais, energia elétrica e comunicação. Custo de Manutenção A área selecionada deve ter um declive suave a fim de evitar a do Sistema de erosão do solo e reduzir os gastos de limpeza e manutenção dos Drenagem componentes do sistema de drenagem. Fonte: MMA. PNRS, 2011.

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Quadro 30. Critérios políticos e sociais para seleção de áreas.

Critérios Observações Acesso à Área por O trânsito dos veículos constitui um transtorno para os habitantes Trajetos com Baixa das vias em que os veículos circulam. Desta forma, é Densidade recomendável que o acesso à área do aterro sanitário se dê por Populacional meio de locais de baixa densidade populacional. É recomendável que não tenha ocorrido problemas entre a Prefeitura e a comunidade do local selecionado, organizações não Aceitação da governamentais ou meios de comunicação, pois qualquer Comunidade Local indisposição com o Poder Público poderá gerar reações negativas à instalação do aterro. Fonte: MMA. PNRS, 2011.

4.6. DIFERENÇA ENTRE LIXÃO, ATERRO CONTROLADO E ATERRO SANITÁRIO

Há basicamente três tipos de estruturas que são encontradas no Brasil para depósito de resíduos urbanos (lixo):

4.6.1. Aterro Sanitário

É a única estrutura que atende completamente a legislação. Um aterro sanitário é uma obra de engenharia que possui sistema de impermeabilização inferior, captação e tratamento do chorume (líquido poluente gerado pela degradação do lixo) e gestão adequada dos resíduos.

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Figura 48. Ilustração de aterro sanitário.

Fonte: SEDU, 2012.

4.6.2. Aterro Controlado

Não é tão correto quanto o aterro sanitário, mas é uma evolução de um lixão. Apresenta algumas das estruturas do aterro sanitário, mas não todas.

Figura 49. Ilustração de aterro controlado.

Fonte: SEDU, 2012.

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4.6.3. Lixão:

É apenas um vazadouro de lixo, sem qualquer controle, por ser altamente poluente, deve ser evitado.

Figura 50. Ilustração de lixão.

Fonte: SEDU, 2012.

Alguns dos impactos de um lixão a céu aberto são:

. Problemas à saúde pública, como proliferação de vetores de doenças, tais como moscas, mosquitos, baratas, ratos e outros; . Geração de maus odores, inclusive gases combustíveis; . Poluição do solo e das águas superficiais e subterrâneas através do chorume, comprometendo os recursos hídricos; . Total descontrole quanto aos tipos de resíduos recebidos nesses locais, verificando- se até mesmo a disposição de dejetos originados dos serviços de saúde e das indústrias; . Poluição visual da paisagem, normalmente rural, inclusive poluindo áreas circunvizinhas (objetos levados pelo vento), colocando em risco animais silvestres e criados (gado, ovelhas, cavalos etc.).

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4.6.4. Aterro Industrial

Nos Aterros Industriais, os resíduos são confinados em grandes áreas especialmente projetadas para receber os tipos de resíduos que estão sendo dispostos. Existem aterros para resíduos classe I e classe II (classificação segundo a norma NBR 10004), que diferem entre si no sistema de impermeabilização e controle necessário.

4.7. REGRAMENTO DOS PLANOS DE GERENCIAMENTO ESPECÍFICOS

O planejamento das ações precisa apontar os caminhos para o cumprimento das obrigações legais dos geradores responsáveis por Planos de Gerenciamento de Resíduos, conforme reconhecidos nesta etapa. O PMGIRS definiu, no âmbito local, o órgão público que será a referência para entrega do Plano de Gerenciamento, de forma a garantir a sistemática anual de atualização, visando o controle e a fiscalização. Deverão ser orientados quanto a estes procedimentos e quanto às penalidades aplicáveis pelo seu não cumprimento, os responsáveis por atividades: industriais, agrossilvopastoris, estabelecimentos de serviços de saúde, responsáveis por serviços públicos de saneamento básico, empresas e terminais de transporte, mineradoras, construtoras e os grandes estabelecimentos comerciais e de prestação de serviço, nos termos da Lei 12.305/2010.

O PMGIRS será regulamentado por meio de Decreto do Prefeito Municipal, após ouvido o Conselho Municipal de Meio Ambiente, fixando os prazos para a primeira apresentação dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos aos órgãos receptores locais, iniciando assim a rotina anual de renovação da informação, prevista na Legislação (Sistema Declaratório). Em consequência, precisam ser previstas também, as condições de infraestrutura (recursos humanos e de informática, entre outros) para estabelecimento dos fluxos de informação entre geradores – órgão público – SINIR no Governo Federal.

O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos - PGRS atenderá ao disposto no Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. O PGRS fará parte do licenciamento ambiental, assegurada a oitiva pelo Município, nos 153

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casos não sujeitos a licenciamento ambiental, a aprovação do PGRS cabe à autoridade municipal. O Município irá disponibilizar o Termo de Referência para a elaboração do PGRS com a devida Capacitação dos Geradores identificados sujeitos a elaboração do Plano de Gerenciamento Específico, sendo a mesma comprovada através de Registro (Ata, Fotografia e Lista de Presença), onde ficam convocados os responsáveis ora identificados neste Plano pela Equipe Técnica da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente, a participar sob pena de serem autuados pelo descumprimento da legislação vigente.

4.7.1. Formas de entrega do PGRS

As empresas deverão protocolar 1 (uma) via impressa e 1 (uma) via digital (CD ou enviada por e-mail) do PGRS à Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente no prazo estipulado pela Notificação, considerando o Decreto Regulamentador, expedido pela Prefeitura Municipal, podendo haver uma única prorrogação de prazo por meio administrativo para a entrega, mediante apresentação de justificativa e do Certificado de Capacitação oferecida pelo Município aos responsáveis ora identificados neste Plano, protocolada em via ofício, as demais prorrogações serão submetidas e avaliadas pelo Colegiado do Conselho Municipal do Meio Ambiente.

4.7.2. Monitoramento

Deverá ser elaborado relatório anual de avaliação e atualização do PMGIRS, que será cobrado no ato da renovação do Alvará de Localização e Funcionamento, devendo ser entregue à Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente. Vale ressaltar que os Alvarás e demais licenças municipais podem ser utilizados como instrumentos de gestão ambiental.

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4.8. INDICADORES DE DESEMPENHO PARA OS SERVIÇOS PÚBLICOS

Uma vez desenvolvida a leitura criteriosa do município e da região, apresentamos o mapeamento das carências no território com os respectivos indicadores, contendo informações como:

QUADRO 31. INDICADORES GERAIS ESPECÍFICOS – RESÍDUOS SÓLIDOS.

por

idência de de idência

total de

com com RSU

Prefeitura financeira

empregado

Contratadas

Despesa por por Despesa

Incidência de de Incidência de Incidência Inc

percapita com percapita

Autossuficiência Autossuficiência

habitante urbano habitante

admin. no total de de total admin. no

Cacique Doble Cacique

Despesa per capita capita per Despesa manejo no empreg. manejo no empreg. manejo de serviços

Receita arrecadada arrecadada Receita

de empr. contrat. no contrat. de empr.

Taxa de empregados de empregados Taxa empr. com Despesas próprios empregados

Incidência de empreg. de empreg. Incidência de empreg. Incidência Despesas com RSU na na RSU com Despesas

Empreg R$/ R$/imóv ./1000h Empreg % % % R$/hab. % % % el.

ab . Município de de Município 1750,0 1,48 100% 100% 100% 5,04 40% 60% 40% 22,50 0 Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2019.

Servindo-se das leituras circunstanciadas no território, das diversas tipologias de ocupação e de cobertura dos serviços de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos, o PMGIRS deverá considerar como critérios estratégicos para avaliação dos serviços:

 A universalidade: os serviços devem atender toda a população e não somente as da área legal;

 A Integralidade do atendimento: devem ser previstos programas e ações para todos os resíduos gerados;

 A eficiência e sustentabilidade econômica;

 A articulação com as políticas de inclusão social, de desenvolvimento urbano e regional e outras de relevante interesse;

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 A adoção de tecnologias apropriadas, considerando a capacidade de pagamento dos usuários, a adoção de soluções graduais e progressivas e formas adequadas à saúde pública e à proteção do meio ambiente;

 O nível de satisfação do usuário.

4.9. EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A educação ambiental hoje tem um papel fundamental na conscientização de que o ser humano é parte do meio ambiente, tentando superar a visão antropocêntrica, que fez com que o homem se sentisse sempre o centro de tudo esquecendo a importância da natureza. Essa área de formação surgiu a partir do crescente interesse do homem sobre questões ambientais devido às grandes catástrofes naturais que têm assolado o mundo nas últimas décadas.

No Brasil, em 27 de abril de 1999, a educação ambiental foi inserida na legislação por meio da Lei nº 9.795 – Lei da Educação Ambiental, que em seu Art. 2° afirma: “A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal”. A educação ambiental pode ocorrer dentro das escolas, empresas, universidades, repartições públicas, etc. Esta educação pode ser desenvolvida por órgãos do governo ou por entidades ligadas ao meio ambiente.

A educação ambiental deve estar presente dentro de todos os níveis educacionais, como o objetivo de atingir todos os alunos em fase escolar. Os professores podem desenvolver projetos ambientais e trabalhar com conceitos e conhecimentos voltados para a preservação ambiental e uso sustentável dos recursos naturais.

4.10. SUSTENTABILIDADE SEM AGREDIR AO MEIO AMBIENTE

Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. Ou seja, a sustentabilidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente, 156

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usando os recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode garantir o desenvolvimento sustentável.

4.10.1. Educação Ambiental para Sustentabilidade

Buscando o comprometimento com a elaboração políticas públicas que visem a qualidade de vida dos seus moradores e o desenvolvimento em harmonia com os recursos naturais, de forma mais responsável, o entendimento do que significa desenvolvimento sustentável é um instrumento para fazer com que a gestão municipal seja eficiente na direção do desenvolvimento sustentável da nossa cidade. Conforme a definição contida em seu preâmbulo, a Agenda 21 reflete um consenso mundial e um compromisso político no nível mais alto no que diz respeito a desenvolvimento e cooperação ambiental. O êxito de sua execução é responsabilidade, antes de mais nada, dos governos. Para concretizá-la, são cruciais as estratégias, os planos, as políticas e os processos nacionais, estaduais e municipais, neste caso do nosso próprio município, que garantam o alinhamento entre ação e entorno, com ações de custo baixo e retorno socioambiental alto, conforme demonstração na tabela abaixo:

Figura 51. Ferramenta para análise e priorização de ações práticas.

Fonte: Adaptado de Ceotto, 2000.

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4.10.2. Responsabilidade Ambiental

Responsabilidade Ambiental é um conjunto de atitudes, individuais ou empresarias voltado para o desenvolvimento sustentável do planeta. Ou seja, estas atitudes devem levar em conta o crescimento econômico ajustado à proteção do meio ambiente na atualidade e para as gerações futuras, garantindo a sustentabilidade.

Exemplos de atitudes que envolvem a Responsabilidade Ambiental Individual:

. Realizar a reciclagem de lixo (resíduos sólidos). . Não jogar óleo de cozinha no sistema de esgoto. . Usar de forma racional, economizando sempre que possível, a água. . Buscar consumir produtos com certificação ambiental e de empresas que respeitem o meio ambiente em seus processos produtivos. . Usar transporte individual (carros e motos) só quando necessário, dando prioridades para o transporte coletivo ou bicicleta. . Comprar e usar eletrodomésticos com baixo consumo de energia. . Economizar energia elétrica nas tarefas domésticas cotidianas. . Evitar o uso de sacolas plásticas nos supermercados.

Exemplos de atitudes que envolvem a Responsabilidade Ambiental Empresarial:

. Criação e implantação de um sistema de gestão ambiental na empresa. . Tratar e reutilizar a água dentro do processo produtivo. . Criação de produtos que provoquem o mínimo possível de impacto ambiental. . Dar prioridade para o uso de sistemas de transporte não poluentes ou com baixo índice de poluição. Exemplos: transporte ferroviário e marítimo. . Criar sistema de reciclagem de resíduos sólidos dentro da empresa. . Treinar e informar os funcionários sobre a importância da sustentabilidade. . Dar preferência para a compra de matéria-prima de empresas que também sigam os princípios da responsabilidade ambiental. . Dar preferência, sempre que possível, para o uso de fontes de energia limpas e renováveis no processo produtivo.

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. Nunca adotar ações que possam provocar danos ao meio ambiente como, por exemplo, poluição de rios e desmatamento.

Exemplos de atitudes que envolvem a Responsabilidade Ambiental na Administração Pública:

. Implantar A3P é uma estratégia de construção de uma nova cultura institucional para inserção de critérios socioambientais na administração pública; . Licitações Sustentáveis; . Adequar os Contratos Públicos às concepções do Consumo Sustentável; . Difusão do conhecimento sobre as questões de produção e consumo sustentáveis; . Cumprimento das legislações ambiental, trabalhista, de direitos humanos etc; . Especificação do objeto na licitação com requisitos voltados à conservação e preservação do meio ambiente; . Aplicação de sanção administrativa ambiental de impedimento para contratar com a Administração Púbica por até3 anos. . Uso racional dos recursos naturais e bens públicos; . Gestão adequada dos resíduos gerados; . Sensibilização e capacitação dos servidores; . Construções sustentáveis.

5. ESTRUTURA OPERACIONAL, FISCALIZATÓRIA E GERENCIAL DESEJADA

Descrevemos a capacidade operacional e gerencial desejada (projetada) do município. Desenvolvemos uma análise qualitativa e um registro quantitativo dos recursos humanos e equipamentos disponibilizados para o gerenciamento dos resíduos.

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6. 7. QUADRO 32. SITUAÇÃO DESEJADA ESTRUTURA OPERACIONAL, FISCALIZATÓRIA E GERENCIAL.

Capacidade Gerencial Capacidade Operacional Recursos Humanos Equipamentos Qualitativa Quantitativa

Qualitativa Quantitativa Qualitativa Quantitativa

Leves

Outros Outros

Fiscais

Poucos Poucos Poucos

Pesados

Veículos

Suficiente Suficiente Suficiente

exclusivos

Nível médio Nível médio

Operacionais

Nível superiorNível

Veículos de Aptos carga

- X 01 02 00 - X 00 06 01 - X 02 01 01 01

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2019.

6. SISTEMA DE CÁLCULO DOS CUSTOS OPERACIONAIS DE INVESTIMENTOS

O nosso Sistema de Cálculo dos Custos Operacionais e Investimentos está em conformidade com as Diretrizes da Lei Federal de Saneamento Básico, que determina a recuperação dos custos incorridos na prestação do serviço, em regime de eficiência, bem como a geração dos recursos necessários à realização dos investimentos previstos em metas. Novamente, estará nítida a vantagem da adoção da gestão associada – o ganho de escala com a concentração de operações permite diluição dos custos.

6.1. FORMA DE COBRANÇA DOS CUSTOS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS

A ampla maioria dos municípios brasileiros, pela ausência de legislação específica, incluiu os custos com os serviços oriundos dos resíduos nas alíquotas do Imposto Predial e Territorial Urbano.

Os diagnósticos revelam que, mesmo para os serviços limitados ofertados, estas receitas não cobrem os custos reconhecidos. Pelo novo marco legal a cobrança tem que ser feita pelo lançamento de taxa, tarifa ou preço público. É nesta

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direção (Lei 11.445/2010, Art. 29) que o PMGIRS deve apontar solução. Sendo a legislação ainda recente, as primeiras iniciativas começam a ser desenvolvidas, com municípios lançando cobrança por boleto específico e outros de forma associada com a cobrança de outros serviços públicos.

Será necessário, de qualquer forma, estabelecer a diretriz de transparência na demonstração da lógica de cálculo empregada na composição de custos, as proporções entre níveis de geração e outras considerações.

O município de Cacique Doble – RS, realiza cobranças de serviços provenientes da Coleta de Resíduos Sólidos junto ao IPTU.

Quadro 33. Taxa de Limpeza Urbana e/ou Coleta do Lixo

Taxa de Coleta do Lixo Domiciliar - além dos serviços de Valor da taxa (R$) "remoção de lixo domiciliar" - outros que não aproveitam especificamente ao contribuinte ("varrição, lavagem e capinação"; "desentupimento de bueiros e bocas-de- 22,50 lobo"). Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2019.

7. INICIATIVAS PARA O CONTROLE SOCIAL

A Validação do PMGIRS nas Conferências, junto ao Conselho Local de Meio Ambiente, precisa também introduzir a discussão da institucionalização do controle, como prevista no Decreto 7.217/2010. O Decreto 7217, em seu artigo 34 descreve mecanismos que poderão ser adotados para instituir o controle social dos serviços de saneamento e, logicamente, dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos:

• Debates e audiências públicas; • Consultas públicas; • Conferências das cidades; e • Participação de órgãos colegiados de caráter consultivo.

Nestes órgãos colegiados é assegurada a participação de representantes:

• Dos titulares dos serviços;

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• Dos órgãos governamentais relacionados ao setor; • Dos prestadores de serviços públicos; • Dos usuários dos serviços; e • Das entidades técnicas, organizações da sociedade civil e de defesa do consumidor.

Prevendo que as funções e competências destes órgãos colegiados poderão ser exercidas por outro órgão colegiado já existente, com as devidas adaptações da legislação, o Decreto determina que a partir do exercício financeiro de 2014, será vedado o acesso aos Recursos Federais destinados a saneamento básico, aos titulares desses serviços públicos que não instituírem o controle social realizado por órgão colegiado, por meio de legislação específica.

O Controle e a Fiscalização no âmbito local do PMGIRS do Município serão de responsabilidade da Equipe Técnica da Área Ambiental, através dos servidores que deverão zelar pelo cumprimento do que está estabelecido no respectivo Plano. E a verificação da implementação e operacionalização do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PMGIRS ficará sob o encargo da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente, que elaborará um “RELATÓRIO ANUAL, com o apoio técnico de profissional especialista em Gestão e Auditorias Ambientais, que ira elaborar um documento apresentando informações relativas ao Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PMGIRS, para posterior Apresentação e Avaliação do Conselho Municipal de Meio Ambiente responsável pelo Controle Social.

8. SISTEMÁTICA DE ORGANIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES LOCAIS

A recepção e encaminhamento de informações é responsabilidade do titular dos serviços públicos. O Município disponibilizará o PMGIRS no SINIR - Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos, além de, anualmente, disponibilizar informações sobre os resíduos sob sua esfera de competência. O relacionamento do município ou consórcio público se dará tanto com o SINIR como com o SINISA - Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico, que constituirão banco de dados e procedimentos integrados. O PMGIRS 162

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definirá a compatibilização da disposição legal com as peculiaridades, necessidades e capacidades locais, adotando as estratégias e metas necessárias.

A abordagem dada à questão no Plano de Gestão pode ser de avanço gradual e progressivo, prevendo-se os investimentos no tempo para a construção desta capacidade gerencial específica. Em um primeiro momento, para cumprimento estrito da previsão legal, prever-se:

 Encaminhamento do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ao SINIR, que deverá ser implantado até dezembro de 2012, sob coordenação do MMA;

 Recepção e análise dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e de suas atualizações, rotina anual de renovação da informação (Sistema Declaratório) a cargo dos grandes geradores.

Em um segundo momento, um banco de dados informatizado pode ser implantado, agregando, além das informações já citadas:

 Sistematização e registro das informações coletadas no período da construção do diagnóstico para o Plano de Gestão;

 Inclusão dos dados referentes aos programas e ações implementados a partir da aprovação do plano (sobre recursos humanos, equipamentos, infraestrutura, custos, resultados etc.).

Ao final, prever-se-á, além dos itens anteriormente citados e de sua análise conjunta, a integração do banco de dados relativo aos resíduos sólidos, com bancos de dados de outras áreas da administração municipal ou do conjunto de municípios compromissados com um consórcio público:

 Informações sobre Finanças (contribuintes, atividades econômicas, receitas e despesas, entre outras);

 Informações sobre Habitação e Obras (tipologia, eventos construtivos, geração de resíduos);

 Informações sobre o Setor Saúde (instalações, nível de ocupação, geração de resíduos);

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 Informações sobre Planejamento Urbano (demandas para ampliação de serviços e outros aspectos).

Dentre os produtos previstos neste PMGIRS, está a estruturação e implantação de um sistema de informações municipais sobre resíduos sólidos. Além de uma exigência legal, definida no inciso VI art. 9º da Lei 11.445/2007, representa uma ferramenta essencial para a gestão dos resíduos sólidos no município. De maneira simplificada trata-se de um sistema, automatizado ou manual, capaz de coletar e armazenar dados, e processá-los com o objetivo de produzir informações. A Figura, apresentada a seguir, esquematiza essa definição.

Figura 52. Estrutura de implementação de um sistema de informações municipais de resíduos sólidos.

Fonte: Lei 11.445/2007. MMA, 2012.

8.1. AJUSTES NA LEGISLAÇÃO GERAL E ESPECÍFICA

O planejamento das ações detectou as legislações referentes aos resíduos sólidos existente no município. Entre outros, podemos citar como aspectos a serem disciplinados por Legislação Local:

9. 164

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QUADRO 34. PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE AJUSTES NA LEGISLAÇÃO GERAL E ESPECÍFICA Nível de Priorização Discriminação dos aspectos a serem disciplinados por Alto Médio Baixo legislação local. Posturas relativas às matérias de higiene, limpeza, segurança e outros procedimentos públicos relacionados aos resíduos sólidos, bem como os relativos à sua segregação, acondicionamento, disposição para coleta, transporte e destinação, disciplinando aspectos da responsabilidade compartilhada e dos sistemas de logística reversa. Definir os Limites de Volume que caracterizam Pequenos Geradores e Serviços Públicos de Manejo de Resíduos. Disciplinar a Operação de Transportadores e Receptores de Resíduos Privados (transportadores de entulhos, resíduos de saúde, resíduos industriais, sucateiros e ferros velhos, outros). Estabelecer os procedimentos Relativos aos Planos de Gerenciamento que precisam ser recepcionados e analisados no âmbito local. Estabelecer Procedimentos para a Mobilização e Trânsito de Cargas Perigosas no município ou na região. Definir os Instrumentos e Normas de incentivo para o surgimento de novos negócios com resíduos. Estabelecer os Mecanismos de Recuperação dos Custos pelos Serviços Prestados por Órgãos Públicos (taxas, tarifas e preços públicos).

Instituir os Programas Específicos previstos no PGIRS.

Definir o Órgão Colegiado, as Representações e a Competência para participação no controle social dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos. Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2019.

A decisão de editar ou não o PMGIRS como uma legislação específica não é definida explicitamente na Política Nacional de Resíduos Sólidos e dependerá das decisões locais. Uma possibilidade que pode ser aventada pelo nosso município é a Aprovação do Plano de Gestão como anexo da Legislação Local, aqui comentada.

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9. PROGRAMAS ESPECIAIS PARA AS QUESTÕES E RESÍDUOS SÓLIDOS MAIS RELEVANTES

O planejamento reconheceu os resíduos que, na peculiaridade local, são aqueles de presença (em volume) mais significativa, causadores dos problemas mais impactantes.

O Plano de Gestão trata destes resíduos com estratégia diferenciada. Programas prioritários focados nestes temas permitirão a estruturação dos processos, a conquista dos primeiros resultados e a consolidação da participação ampla dos diversos agentes. Mas a existência de programas prioritários, por outro lado, não deve inibir o preparo de programas para outros resíduos especialmente impactantes como os resíduos dos serviços de saúde. Consideradas as condições impostas pelas peculiaridades locais, o PMGIRS deverá indicar seus Programas Prioritários. Seus aspectos mais significativos podem ser como os que seguem:

9.1. PROGRAMA PRIORITÁRIO PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE CONTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO

 Implantação de Pontos de Entrega Voluntária – PEV (ECOPONTOS), Áreas de Triagem e Transbordo – ATT, ou PEV Central em municípios menores, após setorização da malha urbana;

 Difusão de informações para a organização dos fluxos de captação, com possível apoio de agentes de saúde, visando redução da multiplicação de vetores (dengue e outros);

 Apoio à ação organizada de carroceiros e outros pequenos transportadores de resíduos (fidelização);

 Formalização do papel dos agentes locais: caçambeiros, carroceiros e outros;

 Organização do fluxo de remoção dos resíduos segregados e concentrados na rede (é essencial a eficiência deste fluxo para a credibilidade do processo);

 Recolhimento segregado dos resíduos no processo de limpeza corretiva, quando necessária;

 Destinação adequada de cada resíduo segregado;

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 Recuperação, por simples peneiração, da fração fina do RCC classe A, para uso como “bica corrida” ou “cascalho” em serviços de manutenção.

 Incentivo à presença de operadores privados com RCC, para atendimento dos maiores geradores privados.

9.2. PROGRAMA PRIORITÁRIO PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DOMICILIARES SECOS

 Organização das ações em torno dos Pontos de Entrega Voluntária – PEV (ECOPONTOS), PEV Central e Galpões de Triagem;

 Definição dos roteiros de coleta em torno das instalações, com possível uso de LEVs (Locais de Entrega Voluntária), estabelecidos em instituições parceiras; a logística de transporte deve ser apoiada primeiramente nos pequenos veículos, para concentração das cargas dos roteiros, associada posteriormente ao transporte com veículos de maior capacidade;

 Difusão de informações para a organização dos fluxos de captação, com possível apoio de agentes de saúde;

 Cadastramento dos catadores atuantes, visando sua organização e inclusão em processos formais;

 Formalização do papel dos catadores, organizados em associações e cooperativas, como agentes prestadores do serviço público da coleta seletiva;

 Organização do fluxo de remoção dos resíduos concentrados na rede (é essencial a eficiência deste fluxo para a credibilidade do processo);

 Destinação adequada de cada resíduo segregado;

 Incentivo à presença de ações de economia solidária e negócios voltados à reutilização e reciclagem de resíduos secos;

 Estruturação de iniciativas como A3P e “Escola Lixo Zero”; incentivo à organização de ações por Instituições Privadas.

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9.3. PROGRAMA PRIORITÁRIO PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DOMICILIARES ÚMIDOS

 Implantação de unidades de valorização de orgânicos – compostagem simplificada ou acelerada, em pátios ou galpões; instalações para biodigestão;

 Cadastramento dos grandes geradores, com geração homogênea de orgânicos (feiras, sacolões, indústrias, restaurantes e outros);

 Estruturação de iniciativas como A3P, “Escola Lixo Zero”, “Feira Limpa”; incentivo à organização de ações por Instituições privadas.

 Difusão de informações para a organização dos fluxos de captação;

 Organização dos roteiros e do fluxo de coleta seletiva de RSD úmidos (é essencial a eficiência deste fluxo para a credibilidade do processo);

 Estabelecimento do uso de composto orgânico em serviços de manutenção de parques, jardins e áreas verdes;

 Indução de processo de logística reversa para os resíduos úmidos com feirantes e seus fornecedores;

 Incentivo à presença de negócios voltados à reutilização e reciclagem de resíduos úmidos;

 Promover a interação dos sistemas de tratamento dos resíduos orgânicos com o de tratamento do esgoto sanitário;

 Buscar redução significativa da presença de resíduos orgânicos da coleta convencional nos aterros, para redução da emissão de gases.

9.4. MODELO TECNOLÓGICO INCENTIVADO PELO MMA

O Modelo Tecnológico que vem sendo incentivado pelo MMA integra as ações para os três resíduos citados, traduzindo ações em um conjunto de áreas para a captação e destinação de resíduos que estabeleçam fluxos diretos para resíduos da construção e resíduos domiciliares secos, criando as condições para o manejo segregado dos resíduos domiciliares úmidos.

Por esta estratégia, as áreas, funcionando em rede, em maior ou menor grau, conforme a dimensão do município irá constituir os “endereços” para os quais

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os resíduos serão conduzidos, evitando-se as atuais deposições irregulares em pontos viciados.

O Modelo Tecnológico incentivado pelo MMA propõe a adequação da rede de instalações ao porte dos municípios, definindo o número de PEVs e ATTs – Áreas de Triagem e Transbordo (também atuando com resíduos diversificados) em função da população e, em municípios menores, agregando as duas funções em uma única instalação (PEV Central).

O planejamento para a definição da rede de instalações é essencial. O PMGIRS deve propor uma setorização dos espaços urbanos, formando bacias de captação de resíduos para cada PEV, a partir dos grandes indutores ou dificultadores de tráfego. Estas bacias devem coincidir, tanto quanto possível, com os setores censitários do IBGE, de forma que todo o conjunto de informações do Censo esteja disponibilizado para o planejamento.

Figura 53. Ilustração de Modelo Tecnológico incentivado pelo MMA.

Fonte: MMA, 2011.

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Quadro 35. Adequação da Rede de Instalações ao porte do Município.

População da PEV’s ATT PEV Central Aterro RCD Sede Municipal coligado

Até 25 mil - - 01 01

De 25 a 50 mil - - 02 01

De 50 a 75 mil 03 01 - 01

De 75 a 100 mil 04 01 - 01

Fonte: PNGIRS, 2011.

9.5. AÇÕES PARA MITIGAÇÃO DAS EMISSÕES DOS GASES DE EFEITO ESTUFA

Adotadas soluções de disposição final ambientalmente adequadas para os rejeitos, a atenção dos gestores deverá estar centrada, entre outras questões, na emissão de gases de efeito estufa (GEE) originada da decomposição de resíduos orgânicos, presentes principalmente nos resíduos urbanos e resíduos agrossilvopastoris.

O PMGIRS sugere o atendimento das Diretrizes da Política Nacional sobre Mudança do Clima, devendo ser considerado ainda a Política Nacional de Resíduos Sólidos que definiu entre seus objetivos: i) a adoção de tecnologias limpas como forma de minimizar impactos ambientais (Art. 7º, IV), e; o incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e empresarial voltados para a melhoria dos processos produtivos e ao reaproveitamento dos resíduos sólidos, incluídos a recuperação e o aproveitamento energético (Art. 7º, XIV).

Enquanto ações para a mitigação de GEE, no planejamento o Comitê Diretor e Grupo de Sustentação apontou o nível de priorização para as soluções:

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Quadro 36. Planejamento das Ações para Mitigação das Emissões dos Gases de Efeito Estufa. Nível de Priorização Compromissos Assumidos Localmente Alto Médio Baixo Redução do transporte mecanizado de todos os tipos de

resíduos, visando redução de emissões. Captação dos gases resultantes da decomposição dos resíduos úmidos, nos aterros sanitários existentes (prazo de geração de gases estimado entre 16 e 50 anos). Captação dos gases provenientes da decomposição acelerada dos resíduos úmidos urbanos e rurais, por meio de

biodigestores (prazo de geração de gases estimado em algumas semanas). Disposição de resíduos da coleta convencional em aterro sanitário exclusivamente quando já estabilizados por meio da biodigestão. Maximização dos processos de compostagem, antecedendo-

os de biodigestão sempre que possível. Aproveitamento energético (geração de energia elétrica, vapor etc.) dos gases produzidos na biodigestão de resíduos úmidos urbanos e rurais. Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble apud PNGIRS, 2019.

As ações para mitigação das emissões de gases são extremamente necessárias para a minimização dos impactos no clima, que já são bastante detectáveis. Os municípios, desta forma, compartilharão com a União os esforços para a efetivação dos compromissos internacionais já assumidos. Algumas novas tecnologias podem ser consideradas para a destinação dos resíduos, respeitando-se as prioridades definidas na Política Nacional de Resíduos Sólidos, em seu Art. 9º, em uma ordem de precedência que deixou de ser voluntária e passou a ser obrigatória.

A biodigestão é uma tecnologia limpa, já com uso significativo no tratamento do esgoto urbano no Brasil e uso crescente no tratamento de resíduos sólidos de criadouros intensivos, principalmente de suínos e bovinos. Pode ser utilizada como alternativa de destinação de resíduos sólidos e redução de suas emissões prejudiciais. O Decreto 7.404, regulamentador da Política Nacional de Resíduos

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Sólidos, estabeleceu que, para esta nova tecnologia, não será necessário aguardar regulamentação específica dos ministérios envolvidos.

9.6. AGENDAS SETORIAIS DE IMPLEMENTAÇÃO DO PMGIRS

A finalização do processo de planejamento e a validação do PGIRS, na forma localmente definida, define o início do processo de sua implementação. É responsabilidade do poder público, e também do Comitê Diretor e do próprio Grupo de Sustentação, não permitir que exista espaço vazio entre a formalização do plano e sua efetiva implantação. Para isso serão formuladas agendas de continuidade, envolvendo todos os agentes nas ações que, já decididas, precisam ser implantadas.

Nas agendas são importantes que sejam consideradas as ações de educação ambiental e capacitação dos agentes para melhoria progressiva do seu desempenho e dos resultados. Algumas sugestões de agendas de implementação que precisam ser estabelecidas após ações decididas conforme nossa realidade é:

 Agenda da Construção Civil – construtores e suas instituições representativas, caçambeiros e outros transportadores, manejadores de resíduos, distribuidores de materiais e órgãos públicos envolvidos, entre outros;

 Agenda dos Catadores – com as organizações de catadores de materiais recicláveis e reaproveitáveis e os grandes geradores de resíduos secos.

 Agenda A3P – com os gestores responsáveis pela Agenda Ambiental da Administração Pública nos vários setores da administração;

 Agenda dos Resíduos Úmidos – feirantes e suas instituições representativas, setor de hotéis, bares e restaurantes, sitiantes, criadores de animais e órgãos públicos envolvidos, entre outros;

 Agenda da Logística Reversa – comerciantes, distribuidores, fabricantes, órgãos públicos envolvidos e outros;

 Agenda dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – setor industrial, de serviços de saúde, mineradores, grandes geradores, entre outros.

Estas Agendas são uma das formas de possibilitar a continuidade da participação social no processo de gestão dos resíduos, dando efetividade à

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responsabilidade compartilhada que é essencial na Política Nacional de Resíduos Sólidos.

10. ESTIMATIVA DE INVESTIMENTO PARA PROGRAMAS, METAS E AÇÕES DO PMGIRS, COM BASE NA PROJEÇÃO DO PLANSAB, LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO O ÍNDICE DO FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS (FPM)

Com base na proposta do Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB), elaborada pelo Governo Federal e coordenada pelo Ministério das Cidades, prevista na Lei de Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico - Lei nº 11.445/2007, regulamentada pelo Decreto nº 7.217/2010 o desafio é a universalização dos serviços de saneamento básico.

As medidas estruturantes deverão contemplar as áreas de: gestão (compreendendo a implantação de sistemas de informação, elaboração de planos de saneamento, entre outras medidas); apoio à prestação de serviços (compreendendo elaboração de projetos, gestão orçamentária e financeira, entre outras); capacitação e assistência técnica (articulando e integrando um conjunto de instituições e entidades na busca de promover o desenvolvimento institucional do setor mediante soluções de capacitação, intercâmbio técnico e extensão tecnológica); e desenvolvimento científico e tecnológico (fomentando a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias adaptadas às realidades locais).

Neste contexto, considerando as metas no PLANSAB levando em conta os investimentos tanto estrutural como estruturante, apresentamos no quadro abaixo, uma simulação de necessidades de investimentos locais para um período de vinte anos, com base no índice do FPM para o componente: Resíduos Sólidos Urbanos.

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Quadro 37. Projeção Simulada de Necessidades de Investimentos com base nas metas estabelecidas no Plansab – Plano Nacional de Saneamento Básico (2011 a 2030) para atender o Município levando em conta o Índice do FPM:.

ESTRUTURAL ESTRUTURANTE

Plansab % devido ao Plansab % devido ao ANO/ORIGEM (em milhões de Município com (em milhões de Município com reais) conforme base no índice do reais) conforme base no índice do metas FPM 0.60% metas FPM 0.60% estabelecidas estabelecidas 2011 a RSU 12.050,00 R$ 7.230,00 4.422,00 R$ 26.532,00 2030 Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2019.

Assim, para fins do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, buscamos o aporte das fontes de financiamento para Resíduos Sólidos, conforme tabela abaixo:

Quadro 38. Programas orçamentários em manejo de resíduos sólidos e limpeza urbana.

MINISTÉRIO CAMPO DE AÇÃO PROGRAMAS OBJETIVOS RESPONSAVEL PROGRAMAS ORÇAMENTÁRIOS

Ampliar a área de cobertura e eficiência dos serviços públicos de manejo de resíduos sólidos, LIMPEZA URBANA com ênfase no enceramento E MANEJO DOS Resíduos Sólidos de lixões, na redução, no MMA RESÍDUOS Urbanos reaproveitamento e na SÓLIDOS reciclagem de materiais, por meio da inclusão socioeconômica de catadores.

Ampliar a cobertura e melhorar SANEAMENTO Saneamento a qualidade dos serviços de MS/ Funasa RURAL Rural saneamento ambiental em

áreas rurais. PROGRAMAS NÃO ORÇAMENTÁRIOS DIVERSAS Financiamento oneroso para MODALIDADES Saneamento Para empreendimentos nas MCidades EM Todos* modalidades: abastecimento SANEAMENTO de água; esgotamento 174

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BÁSICO sanitário; saneamento integrado; desenvolvimento institucional; manejo de águas pluviais; manejo de resíduos sólidos; manejo de resíduos da construção e demolição; preservação e recuperação de mananciais; e estudos e projetos. Fontes: SIGPlan, 2010; Senado Federal, Banco de Dados do SIGA BRASIL, 2010.

Observações: Para efeito do PPA, o Saneamento para Todos não é um programa, visto que suas ações (não orçamentárias) estão incluídas em diversos programas de saneamento existentes no PPA. No entanto, para efeito da gestão dos recursos do FGTS e do controle do Ministério das Cidades, este possui o status de Programa, possuindo regras diferenciadas em relação à aplicação do Orçamento Geral da União.

11. MECANISMOS PARA CRIAÇÃO DE FONTES DE NEGÓCIOS, EMPREGO E RENDA, MEDIANTE A VALORIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

11.1. A IMPLANTAÇÃO DA COLETA SELETIVA SUSTENTÁVEL COM A PARTICIPAÇÃO DE CATADORES

O percentual de municípios brasileiros que faziam coleta seletiva passou de 8,2%, em 2000, para 17,9%, em 2008. Apesar do avanço, o percentual ainda é baixo, sendo que, entre os municípios que ofereciam o serviço, apenas 38% o faziam em todo o município. Além disso, eram grandes as disparidades regionais, estando este serviço concentrado nas regiões Sudeste e Sul do Brasil, que alcançavam um percentual acima dos 40%, enquanto nas demais regiões, este percentual não chegava a 10%.

O poder público local realiza coleta seletiva atendendo formas e limites, considerando os principais benefícios, além de compreender que a coleta seletiva prevê a prioridade para acesso aos recursos, incentivos e financiamentos pela união para ações relativas a resíduos sólidos.

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Os principais benefícios da coleta seletiva são:

. Ambiental/geográfico: minimiza a quantidade de resíduos a serem destinados ao aterramento, principalmente os que ocupam maiores volumes, otimizando a utilização de áreas para a destinação final dos resíduos; . Sanitário: contribui para a otimização dos serviços de coleta de RSU e a melhoria do ambiente urbano, a partir da melhoria da conscientização daqueles que aderem à coleta seletiva; . Social: proporciona a geração de empregos à população, principalmente àquelas de menor nível socioeconômico e, a marginalizada ou fora do mercado de trabalho; . Econômico: reduz o custo da coleta regular e de destinação final de RSU, além de gerar emprego e renda; . Educativo: os programas de coleta seletiva contribuem para a mudança de valores e atitudes da população participante.

A garantia da eficiência de um sistema de coleta seletiva deve estar associada a três componentes:

 Conscientização e motivação da comunidade participante;  Implantação de uma estrutura operacional compatível para o desenvolvimento das atividades de coleta, triagem e comercialização, em função do quantitativo de resíduos a serem coletados e a eficiência de recuperação de material reciclável pretendida;  Mudança de hábitos e costumes da população.

11.2. ZONEAMENTO ECONÔMICO ECOLÓGICO

O Zoneamento Econômico-Ecológico conceitualmente indica, ambientalmente e de maneira prévia, todas as alternativas de localização de um empreendimento, ao contemplar os fatores ambientais diante da capacidade de suporte do meio em relação a uma determinada atividade, além de ser adequado para delimitar a área de influência e/ou os conflitos. Dentre os principais objetivos do ZEE, destacam-se de forma geral:

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. O estabelecimento em curto prazo de uma ferramenta operacional de Gestão Ambiental Estratégica; . A ampliação da eficiência das ações e dos programas da administração; . A criação de um mecanismo permanente para apoiar as políticas públicas do Governo na área ambiental, por meio de um acesso compartilhado e cooperativo às informações ecológicas e econômicas relevantes. . A criação de mecanismos novos de gestão e participação que contribuirão e potencializarão a melhoria da qualidade das relações entre os usuários potenciais do zoneamento, os produtos propostos e os usos a que se destinam.

11.3. ICMS ECOLÓGICO

A instituição do ICMS Ecológico é um dos exemplos que merece destaque. Com base em dispositivo de Lei Estadual, parcela das receitas a serem transferidas aos Municípios é alocada observando rateio diferenciado baseado em critérios ambientais, entre os quais, o da destinação adequada dos resíduos sólidos em instalações licenciadas ambientalmente.

O ICMS Ecológico ou sua variante conhecida como ICMS Socioambiental está implantado no Paraná – 1991 e ainda nos Estados de São Paulo em 1993, em Minas Gerais em 1995, em Rondônia e Amapá em 1996, no Rio Grande do Sul no ano de 1998, no Mato Grosso do Sul e no Mato Grosso em 2001, no Estado do Tocantins em 2002, em Pernambuco em 2003 e em Goiás no ano de 2007. O ICMS Ecológico está em debate e tramitação nos Legislativos dos Estados da Bahia, Pará, Santa Catarina, Ceará e Rio de Janeiro.

Pesquisa divulgada em 2005, pelo IBGE, traçando um perfil de 5.560 municípios brasileiros, informa que o ICMS Ecológico é a principal fonte de recursos ambientais. Segundo a pesquisa, 389 municípios brasileiros receberam ICMS Ecológico em 2003(cerca de 40% dos que informaram ter recebido verba para meio ambiente).

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12. FORMAS E LIMITES DA PARTICIPAÇÃO DO PODER PÚBLICO LOCAL

12.1. COLETA SELETIVA

Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos, “O poder público, o setor empresarial e a coletividade são responsáveis pela efetividade das ações voltadas para assegurar a observância da Política Nacional de Resíduos Sólidos (...)” (Cap. III, Seção I, art. 25). de acordo com a Constituição Federal, cabe ao poder público municipal o trabalho de zelar pela limpeza urbana e pela coleta e destinação final do lixo. Com a lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos, a tarefa das prefeituras ganha uma base mais sólida com princípios e diretrizes, dentro de um conjunto de responsabilidades que tem o potencial de mudar o panorama do lixo no Brasil.

Os municípios têm hoje obrigação legal de erradicar essas áreas insalubres no prazo de quatro anos (até agosto de 2014). A lei passa a exigir a colocação dos rejeitos em aterros que seguem normas ambientais, sendo proibida a catação, a criação de animais e a instalação de moradias nessas áreas.

As prefeituras devem implantar a coleta seletiva de lixo reciclável nas residências, além de sistemas de compostagem para resíduos orgânicos, como restos de alimentos – o que reduz a quantidade levada para os aterros, com benefícios ambientais e econômicos. A utilização do composto como adubo, por exemplo, será definida mediante articulação com setores sociais e empresariais.

A coleta seletiva é um alicerce para a sustentabilidade do gerenciamento integrado, na medida em que a segregação maximiza as possibilidades de que ocorram a reciclagem e o reaproveitamento dos resíduos, minimizando a quantidade de material descartado. Para além dos benefícios ambientais, a coleta seletiva significa maior participação da comunidade nas questões de sua cidade e melhoria dos quadros econômicos e sociais que permeiam o sistema de limpeza urbana.

A implantação da Coleta Seletiva no Brasil ainda é incipiente. São poucos os municípios que já a implantaram, como reconhecível nos dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, do IBGE, mas dados mais recentes mostram que

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este número vem se ampliando. Segundo o Estudo do Ministério das Cidades e o Ministério do Meio Ambiente o custo médio da coleta seletiva é cinco vezes maior que o da coleta convencional.

Entendemos que a Coleta Seletiva traz reflexo direto na economia da cidade, diferentemente do que ocorre com a destinação tradicional de resíduos, a implantação da Coleta Seletiva cria um fluxo de recursos na economia local, pelo menos de duas formas:

 rendimento dos catadores envolvidos na operação, que se transformam em consumo local;  geração adicional de tributos, derivados desse aumento de consumo;

O modelo de Coleta Seletiva de baixo custo tem como um dos elementos centrais a incorporação de forma eficiente e perene de catadores, que já atuam na maioria das cidades, numa política pública planejada. Quando não há catadores, é possível envolver a população menos favorecida, gerando trabalho e renda.

A base legal que possibilita esta inserção é a seguinte alteração na lei de licitação feita pela Lei do Saneamento:

Lei 11.445 de 2007 (Lei do Saneamento) Art. 57. O inciso XXVII do Art. 24 da Lei 8.666 passa a vigorar com a seguinte redação: Art. 24. É dispensável a licitação: ...... XXVII – na contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública.

Para que esta inserção seja realizada a legislação define que os catadores deverão estar associados. Nesta condição poderão ser contratados e receber

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remuneração, com base no trabalho realizado, de maneira análoga ao que ocorre com as empresas que realizam a coleta dos resíduos domiciliares. Como já se mencionou, a implantação deste programa implica numa transformação profunda da forma de entender e gerenciar esta atividade: a cidade é dividida em setores e a realização da coleta passa a ser uma obrigação contratual por parte da cooperativa ou associação contratada para a realização do serviço.

Os aspectos mais importantes deste modelo são:

a) Estruturação da cidade em Setores de Coleta Seletiva b) Envolvimento planejado rua por rua, moradia por moradia

Conforme o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, “no âmbito da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, cabe ao titular dos serviços públicos de limpeza urbana (...) adotar procedimentos para reaproveitar os resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis (...), estabelecer sistema de coleta seletiva, (...) dar disposição final ambientalmente adequada aos rejeitos (...)”. (Cap. III, Seção II, art. 33). Para atender esta legislação, diversos municípios estão ampliando Programas de Coleta Seletiva ancorados nesta determinação legal.

Considerando a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cabe ao município prover sobre a limpeza do lixo domiciliar e de outros resíduos de qualquer natureza; cabe ao município proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; cabe ao município combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos; que todos os munícipes têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade, o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

O município de Cacique Doble, buscando atender a legislação vigente, irá formalizar a base legal do município, instituindo Lei Municipal para a implantação de um Programa de Coleta Seletiva que será adaptado às condições específicas do município. É importante registrar que, o Plano Nacional de Resíduos Sólidos explica que “sempre que estabelecido sistema de coleta seletiva

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pelo Plano Municipal (...), os consumidores são obrigados a (...) acondicionar adequadamente e de forma diferenciada os resíduos (...) O poder público municipal pode instituir incentivos econômicos aos consumidores que participam (...)” (Cap. III, Seção II, art. 35).

12.2. LOGÍSTICA REVERSA

Por traz do conceito de logística reversa está um conceito mais amplo que é o do “ciclo de vida”. A vida de um produto, do ponto de vista logístico, não termina com sua entrega ao cliente. Produtos se tornam obsoletos, danificados, ou não funcionam e deve retornar ao seu ponto de origem para serem adequadamente descartados, reparados ou reaproveitados. Este processo é geralmente composto por um conjunto de atividades que uma empresa realiza para coletar, separar, embalar e expedir itens usados, danificados ou obsoletos dos pontos de consumo até os locais de reprocessamento, revenda ou de descarte.

Neste contexto, a participação do poder público neste processo vai se dá colaborando através de planejamento com o objetivo de recapturar valor ou realizar um descarte adequado. O processo de logística reversa gera materiais reaproveitados que retornam ao processo tradicional de suprimento, produção e distribuição, conforme indicado na figura abaixo.

Figura 54. Representação esquemática dos processos logísticos: direto e reverso.

Fonte: LACERDA, 2002. 181

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Existem variantes com relação ao tipo de reprocessamento que os materiais podem ter, dependendo das condições em que estes entram no sistema de logística reversa. Os materiais podem retornar ao fornecedor quando houver acordos neste sentido. Podem ser revendidos se ainda estiverem em condições adequadas de comercialização. Podem ser recondicionados, desde que haja justificativa econômica. Podem ser reciclados se não houver possibilidade de recuperação. Todas estas alternativas geram materiais reaproveitados, que entram de novo no sistema logístico direto. Em último caso, o destino pode ser o seu descarte final.

Figura 55. Atividades típicas do processo logístico reverso.

Fonte: LACERDA, 2002.

A Logística Reversa é ainda, de maneira geral, uma área com baixa prioridade. Isto se reflete no pequeno número de empresas que tem gerências dedicadas ao assunto. Pode-se dizer que estamos em um estado inicial no que diz respeito ao desenvolvimento das práticas de logística reversa, mas apontamos caminhos conforme mostrou anteriormente o Plano de Ação Municipal. Cabe salientar que o município, irá promover com maior intensidade ações públicas de divulgação sobre a obrigatoriedade de o consumidor realizar a segregação dos resíduos e a destinação adequada, informando ainda sobre as penalidades previstas na Política Nacional.

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13. AÇÕES PREVENTIVAS E CORRETIVAS, INCLUINDO PROGRAMA DE MONITORAMENTO

Do ponto de vista formal, o objetivo essencial do Plano de Resíduos Sólidos é o correto atendimento à população com serviços públicos adequados e universais, nos termos das Leis Federais: Lei Federal 12.305/10, de 02 de agosto de 2010 e Decreto Federal 7.404/10, de 23 de dezembro de 2010.

Situações de emergência e contingência caracterizam uma ocorrência temporária. As Diretrizes para planos de Racionamento e Atendimento a aumento de demanda temporária, Diretrizes para Integração com Planos Locais de Contingência e Emergência e Regras de Atendimento e Funcionamento Operacional para situações críticas na prestação de serviços, incluindo mecanismos tarifários de contingência, deverão ser elaborados pelo Gestor Municipal, com auxílio do Conselho Municipal de Saúde, Meio Ambiente e Conselho Municipal da Cidade e ainda, Concessionárias.

Assim, se prevê para o componente, as ações que seguem:

Quadro 39. Programa de acompanhamento e monitoramento. Contribuição na Programa de Objetivo Principal Tomada de Monitoramento Decisão

Verificar cobertura e Sobre ações para Programa de qualidade da coleta, melhoria dos Acompanhamento e serviços e controle a efetividade da Monitoramento de vetores de Resíduos limpeza urbana e as doenças e Sólidos condições de tratamento e enchentes. depósito final do material coletado.

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2019.

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Quadro 40. Procedimentos para ações de emergência e contingência.

Situação Recursos Responsável Acionar Providência

Falta/falha grave de qualquer Contrato Fiscalização Municipal Prefeitura Municipal e/ou Regularizar o Serviço. Acionar serviço. e/ou de Consórcio Gestor do Contrato penalidades do Contrato. Intermunicipal

Consórcio Intermunicipal Ver Plano de Falha com interrupção longa no Fiscalização. Suspender coleta até providenciar e outras Unidades de Emergências e Tratamento e Disposição. destinação alternativa. Tratamento ou Contingências da Destinação Unidade de Tratamento

Interrupção no Serviço de Coleta e Contrato. Fiscalização Gestor do Contrato Aplicação das penalidades previstas em Limpeza. contrato à contratada.

Invasão e Ocupação Irregular de Guarda Municipal Guarda Municipal e Prefeitura Municipal e Áreas Municipais com risco por Relocação imediata. e/ou Fiscalização Passivo de Resíduos. Policiamento. Policiamento.

Notificar e multar o autor do despejo, se Secretarias Municipais do Secretarias Municipais Disposição Irregular de Resíduos conhecido, ou o proprietário da área. Legislação Meio Ambiente, Meio Ambiente, não perigosos em área particular. Determinar a limpeza e vedação da área. Urbanismo e Saúde e Urbanismo e Saúde e Ambiental. Determinar que se de destinação Órgãos de Segurança Órgãos de Segurança adequada aos resíduos. Pública Pública

Disposição Irregular de Resíduos Fiscalização da Secretaria Notificar e multar o autor do despejo, se Não Perigosos em Área Pública – Legislação Secretaria Municipal do Meio conhecido, determinando a limpeza e a autor conhecido. Ambiental. Municipal do Meio Ambiente destinação adequada aos resíduos. Ambiente

Disposição Irregular de Resíduos Secretaria Legislação Órgão de Limpeza Limpar a área. Não Perigosos em Área Pública – Municipal do Meio Ambiental. Pública autor desconhecido. Ambiente

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Identificar o produto. Isolar e sinalizar a Fiscalização da Secretaria Municipal do área. Determinar a limpeza e a Disposição Irregular de Resíduos Fiscalização Secretaria Meio Ambiente destinação adequada aos resíduos. Perigosos. Ambiental e Municipal do Meio Corpo de Bombeiros Determinar e acompanhar a recuperação Policiamento. Ambiente e órgãos de Defesa Civil Municipal ambiental. Notificar e multar o autor do Segurança Pública despejo, se conhecido, o proprietário da área ou o fabricante do produto.

Identificar o produto. Isolar e sinalizar a Procedimentos Fiscalização da Secretaria Municipal do área. Determinar a limpeza do local e a específicos para Secretaria Municipal do Meio Ambiente Acidentes envolvendo Produtos destinação adequada dos resíduos. acidentes com Meio Ambiente e órgãos Corpo de Bombeiros Perigosos. Determinar e acompanhar a recuperação cargas perigosas. de Segurança Pública, Defesa Civil Municipal Defesa Civil Municipal ambiental. Multar o responsável pelo dano ambiental.

Interrupção no acesso as Unidades Plano de Acesso Prestador do Serviço de Secretaria Municipal do Solicitar autorização para usar caminhos de Transferência, Tratamento ou Alternativo. Coleta, Agentes de Meio Ambiente alternativos previstos ou novos. Destinações Finais. Trânsito Fiscalização Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2019.

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14. IDENTIFICAÇÃO DOS PASSIVOS AMBIENTAIS RELACIONADOS AO MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS, INCLUINDO ÁREAS CONTAMINADAS E RESPECTIVAS MEDIDAS SANEADORAS

Podemos definir passivos como reservas ou restrições de ativos provenientes de obrigações legais ou espontâneas adquiridas quando da execução da atividade produtiva e administrativa pela organização, através da aquisição de ativos ou do processo de obtenção de receita, obrigações estas, expressas em moeda corrente na data de publicação dos demonstrativos contábeis.

De acordo com o Instituto de Auditores Independentes do Brasil - IBRACON o passivo ambiental pode ser conceituado como'' toda agressão que se praticou/pratica contra o meio ambiente e consiste no valor de investimentos necessários para reabilitá-lo, bem como multas e indenizações em potencial''. (IBRACON, 1996).

Para SINGER e SEKIGUCHI (1999) passivos ambientais podem ser entendidos como obrigações decorrentes da contaminação ou degradação ambiental provocada por determinada atividade sobre o meio ambiente (nem sempre mensurados e provisionados pelas empresas), ou podem também se referir a obrigações sujeitas a cobrança e, neste caso, se inserem na contabilidade ambiental em oposição aos ativos ambientais.

O enfoque da contabilidade ambiental deve ser colocado nos resultados da gestão ambiental e não apenas sobre os custos de degradação do meio ambiente. Nessa diretriz, o passivo ambiental vem se incorporando como um instrumento de gestão.

Uma mensuração feita corretamente é muito importante para que se possa verificar a relação custo/benefício, dos investimentos ambientais e da própria rentabilidade do município.

De um modo geral o processo para levantamento de passivos deve ser realizado em duas etapas. Uma primeira fase, na qual é realizada a avaliação qualitativa dos impactos, e um segundo momento, que resulta na sua quantificação.

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Na primeira fase, são levantadas todas as práticas e procedimentos referentes aos aspectos ambientais relevantes tais como: licenças ambientais existentes, resíduos gerados pela empresa e a sua disposição final, taxas de emissões atmosféricas e de geração de efluentes líquidos e os respectivos sistemas de minimização e tratamento de poluição adotado.

Com base nos resultados da primeira fase é realizado um planejamento cujo objetivo é mensurar os impactos ambientais de forma a permitir uma avaliação do custo para o seu adequado gerenciamento. Esse procedimento deve ser no mínimo capaz de atender às exigências legais e administrativas dos órgãos ambientais e à política interna da empresa. Utilizando-se de coletas, medições e análise, são avaliadas de forma quantitativa e qualitativa as emissões atmosféricas, os efluentes e os resíduos gerados e, suas respectivas influências ambientais, como alterações na qualidade de água do corpo receptor e do lençol freático, da atmosfera, do solo, dentre outras.

O passivo ambiental representa os danos causados ao meio ambiente, representando, assim, a obrigação, a responsabilidade social da empresa e/ou instituição com aspectos ambientais.

A identificação do passivo ambiental está sendo muito utilizada em avaliações para negociações de empresas e/ ou instituições e em privatizações, pois a responsabilidade e a obrigação da restauração ambiental podem recair sobre os novos proprietários. Ele funciona como um elemento de decisão no sentido de identificar, avaliar e quantificar posições, custos e gastos ambientais potenciais que precisam ser atendidos a curto, médio e longo prazo.

Por outro lado, passivos ambientais também podem ser originários de atitudes ambientalmente responsáveis, como as decorrentes da manutenção de um sistema de gerenciamento ambiental que requer pessoas, máquinas, equipamentos e instalações para funcionamento.

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14.1. CLASSIFICAÇÃO DE PASSIVO AMBIENTAL

O Passivo Ambiental é classificado de acordo com dois aspectos:

 Aspectos Administrativos  Aspectos Físicos

O Passivo Ambiental, por ser pouco conhecido ou pesquisado, possui características muito abrangentes. Nota-se que, tanto do ponto de vista administrativo como no contexto físico, ele envolve questões que realmente podem influenciar para melhor ou para pior as negociações de determinados patrimônios.

14.1.1. Aspectos Administrativos

Nos aspectos administrativos, estão enquadradas as observâncias às normas ambientais e os procedimentos e estudos técnicos efetivados pela empresa, relacionando-se:

Quadro 41. Identificação do Passivo Ambiental de acordo com seus aspectos: Identifique Aspectos Administrativos Medidas Saneadoras Sim Não Adequação a Legislação Cumprimento de Legislações. Vigente. Fiscalização e criação de novas Leis. Registros, Cadastros junto às - Instituições Governamentais. Efetivação de Estudo e Relatório de Impacto Ambiental das - atividades. Conformidade das Licenças - Ambientais. Pendências de Infrações, Multas e - Penalidades. Acordos Tácitos ou Escritos com - vizinhanças ou comunidades. Capacitações realizadas junto Acordos Comerciais (ex.: ao Comércio Local e certificação ambiental). Comerciantes. Pendência do PBA - Programa - Básico Ambiental. 188

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Resultados de Auditorias - Ambientais. Medidas de Compensação, Indenização ou Minimização - Pendentes. Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2019.

14.1.2. Aspectos Físicos

Os aspectos físicos abrangem:

Quadro 42. Identificação do Passivo Ambiental de acordo com seus aspectos: Identifi que Aspectos Físicos Medidas Saneadoras Sim Não Áreas de Indústrias - Contaminadas. Instalações Desativadas (ex.: - depósitos remanescentes). Equipamentos Obsoletos - (ex.: césio). Recuperação de Áreas - Degradadas (ex.: mineração). Reposição Florestal não - atendida. Recomposição de Canteiros - de Obras. Restauração de bota-fora - (ex.: rodovias). Reassentamentos humanos não realizados (ex.: usinas - hidrelétricas). Transformadores com PCB - (ex.: óleo askarel). Existência de Resíduos Campanhas informativas, Industriais (ex.: produtos capacitações e fiscalização. químicos). Embalagens de Agrotóxicos Campanhas informativas, e Produtos Perigosos. capacitações e fiscalização. Lodo Galvânico. - Efluentes Industriais (ex: - curtumes).

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Campanhas, instalações de Baterias, pilhas, ecopontos, fiscalização e acumuladores. legislação atualizada.

Pneus usados. Fiscalização e capacitações. Despejos animais (ex.: - suínos e aves). Produtos ou Insumos - Industriais vencidos. Medicamentos Humanos ou - Veterinários vencidos.

Bacias de Tratamento de - Efluentes abandonadas. Móveis e Utensílios obsoletos - (ex.: formol). Contaminação do Solo e da Fiscalização e recolhimento do Água. óleo doméstico. Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2019.

14.2. FILTRO AMBIENTAL

Para evitar ou reduzir o Passivo Ambiental, usa-se o conceito de Tecnologia Limpa, que pode ser alcançado com o filtro ambiental, conforme mostrado no diagrama. Filtro ambiental é a postura empresarial para evitar a entrada de qualquer coisa que possa causar problemas ambientais no processo produtivo, no manuseio e na armazenagem de bens, ou que possa influenciar negativamente, do ponto de vista ambiental, os produtos e serviços oferecidos por qualquer organização.

Figura 56. Filtro ambiental.

Input Filtro Ambiental Output Matérias-primas Pesquisa e desenvolvimento Produtos Energia Legislação Serviços Água Planejamento Minimizar ou evitar: Ar Análises Rejeitos Insumos Compras Despejos Peças Alternativas Barulho Produtos perigosos Processos Ar poluído Embalagens Tecnologias Lixo Mercado Embalagens

Fonte: www.ambientalbrasil.com.br. Acesso em 26 fev. 2019.

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15. MONITORAMENTO E VERIFICAÇÃO DE RESULTADOS

A Lei Federal estabelece que o PMGIRS seja revisto, no mínimo a cada quatro anos. O monitoramento e verificação de resultados devem ser realizados, para que, nas revisões, sejam aplicadas as correções necessárias, e deve ser realizado com apoio, sobretudo nos indicadores de desempenho definidos no Plano. Além deles, são elementos importantes de monitoramento:

 Implantação de Ouvidoria – órgão para recebimento de reclamações, avaliações e denúncias – ou utilização de órgão ou serviço já existente;  Estabelecimento de rotinas para avaliação dos indicadores, tal como a produção de relatórios periódicos que incluam a análise dos registros feitos pela Ouvidoria;  Reuniões do Órgão Colegiado com competência estabelecida sobre a gestão dos resíduos.

O Órgão Colegiado que foi estabelecido, em atendimento ao artigo 34 do Decreto 7217/2010, será o grande instrumento de monitoramento e verificação de resultados no município, pela possibilidade que oferece de convivência entre os diversos agentes envolvidos.

16. REVISÃO DO PLANO

O Plano deverá ser revisado pelo menos a cada 4 anos. No entanto independente deste prazo haverá um constante monitoramento e avaliação do mesmo, para que as correções de rumo e adaptações sejam feitas o mais próximo possível do momento de identificação dos problemas surgidos.

QUADRO 43. REVISÃO DO PLANO PMGIRS.

ANO AÇÃO FREQUÊNCIA

2013 Elaboração do PMGIRS Início da contagem

2019 1ª REVISÃO 04 ANOS

2020-2021-2022-2023 2ª REVISÃO 04 ANOS

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2024-2025-2026-2027 3ª REVISÃO 04 ANOS

2028-2029-2030-2031 4ª REVISÃO 04 ANOS

2032-2033-2034-2035 5ª REVISÃO 04 ANOS Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2019.

17. RESPONSABILIDADES PARA A IMPLEMENTAÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DO PLANO

É a definição das responsabilidades para a implementação e operacionalização do plano, incluídas as etapas do plano de gerenciamento de resíduos sólidos a que se refere o art. 20 a cargo do poder público.

Quadro 44. Etapas com identificação das responsabilidades e as atividades previstas para o Plano.

ETAPAS RESPONSABILIDADE ATIVIDADES

. Na Política Nacional de Resíduos Sólidos, 1ª Etapa: Prefeitura Municipal instituída pela Lei nº 12.305/2010 e Fundamentos regulamentada pelo Decreto nº 7.404/2010. . A Administração apresenta à Comunidade

Prefeitura Municipal, uma pré-proposta de Plano, junto com um Comitê Diretor, Grupo contexto de soluções possíveis, 2ª Etapa: convidando-a a tomar decisões que possam de Sustentação e Propostas ser incorporadas ao PMGIRS, expressando População apoiado as opiniões individuais e/ou coletivas sobre pelo Controle Social. os conteúdos que vão integrar o Relatório Técnico Final.

Prefeitura Municipal, . Recomenda-se que seja Apresentado, Comitê Diretor, Grupo Discutido, Aprovado e Validado em de Sustentação e Conferência Municipal. O documento será 3ª Etapa: Acolhido e Validado no Conselho Municipal População. Se for o Aprovação de Meio Ambiente e também por final caso, Câmara Aprovado por Decreto do Prefeito. E se for Municipal de o caso aprovar na Câmara Municipal de Vereadores. Vereadores.

. Realizar as alterações administrativas 4ª Etapa: Prefeitura Municipal necessárias para implementar o Plano. Institucionalização . Realizar previsões orçamentárias.

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. Implementar as ações propostas no Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. 5ª Etapa . Preparar, treinar para realizar a função, os Prefeitura Municipal e Técnicos Responsáveis; tornando aptos Implementação e Iniciativa Privada. para cumprir com esta tarefa. Operacionalização . Cobrar a apresentação do Plano de Gerenciamento Específico dos Geradores de Resíduos identificados e/ou em conformidade com a legislação. Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2019.

17.1. DESCRITIVO GERAL DO PLANO DE METAS

A Lei 12.305/2010 estabeleceu prazos ou limites temporais para algumas ações tais como a eliminação de lixões e a consequente disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos até 2014. Nestes casos não se trata do estabelecimento de Plano de Metas para o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, mas sim do cumprimento de prazos legais. As demais ações em que a Lei 12.305/2010 não estabeleceu prazos máximos para o seu cumprimento foram objeto de Planos de Metas Alternativas - Plano de Metas “Intermediário” e Plano de Metas “Desfavorável”.

Quadro 45. Descrição geral das metas. PLANO DE METAS DESCRITIVO GERAL DE METAS: Metas Alternativas Favorável Para Cumprimento de Prazos Legais Intermediário Desfavorável Ano % Ano % Ano %

Estabelecer Sistema de Coleta Seletiva. 2014 100%

Eliminação dos Lixões e/ou Passivo 2014 100% Ambiental.

Implantar Sistema de Compostagem 2014 100% para Resíduos Sólidos Orgânicos. Realizar as atividades definidas por Acordo Setorial ou Termo de Compromisso, mediante a devida 2019 50% 202O 50% remuneração pelo Setor Empresarial.

Fonte: Prefeitura Municipal de Cacique Doble, 2019.

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18. ENCERRAMENTO

O presente Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos foi elaborado pela Equipe Técnica designada pela Prefeitura Municipal, apoiados pelo Contrato de Prestação de Serviços de Consultoria para elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, atendendo aos ditames da Lei Federal n.º 12.305/2010, cumpridas as formalidades legais, e dado ampla divulgação e subsequente edição oficial pelo Poder Executivo.

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19. REFERÊNCIAS

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______Lei 12.305/ 2010 – Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências.

______Lei nº 11.445 de 05 de Janeiro de 2007 que “estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico”.

______Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005. Lei de Consórcios Públicos.

______Lei 11.124/05 – Lei do Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social.

______Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001 (Estatuto da Cidade). Regulamenta os artigos 182 e183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências.

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20. GLOSSÁRIO

Acordo Setorial: ato de natureza contratual firmado entre o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto.

Área Contaminada: local onde há contaminação causada pela disposição, regular ou irregular, de quaisquer substâncias ou resíduos.

Área Órfã Contaminada: área contaminada cujos responsáveis pela disposição não sejam identificáveis ou individualizáveis.

Ciclo de Vida do Produto: série de etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a obtenção de matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição final.

Coleta Seletiva: coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme sua constituição ou composição.

Controle Social: conjunto de mecanismos e procedimentos que garantam à sociedade informações e participação nos processos de formulação, implementação e avaliação das políticas públicas relacionadas aos resíduos sólidos.

Destinação Final Ambientalmente Adequada: destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do SISNAMA, do SNVS e do SUASA, entre elas a disposição final, observando normas operacionais específicas.

Disposição Final Ambientalmente Adequada: distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas, de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública.

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Geradores de Resíduos Sólidos: pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que geram resíduos sólidos por meio de suas atividades, nelas incluído o consumo.

Gerenciamento de Resíduos Sólidos: conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, as etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento, destinação final e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma desta Lei.

Gestão Integrada de Resíduos Sólidos: conjunto de ações voltadas para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentável.

Logística Reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

Padrões Sustentáveis de Produção e Consumo: produção e consumo de bens e serviços de forma a atender as necessidades das atuais gerações e permitir melhores condições de vida, sem comprometer a qualidade ambiental e o atendimento das necessidades das gerações futuras.

Reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do SISNAMA e, se couber, do SNVS e do SUASA.

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Rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada.

Resíduos Sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, no estado sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível.

Responsabilidade Compartilhada pelo Ciclo de Vida dos Produtos: conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei.

Reutilização: processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua transformação biológica, física ou físico-química, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do SISNAMA e, se couber do SNVS e do SUASA.

Serviço Público de Limpeza Urbana e de Manejo de Resíduos Sólidos: conjunto de atividades previstas no art. 7º da Lei no 11.445, de 2007.

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21. ANEXOS

ANEXO A – Mapa de zoneamento do município.

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ANEXO B – Indicação de área de terra disponível para construção de aterro.

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ANEXO C – Lei Municipal sobre a taxa de serviços urbanos municipais.

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ANEXO D – Lei Municipal sobre a taxa de serviços urbanos municipais.

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ANEXO E – Material da capacitação e sensibilização dos atores.

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ANEXO F – Índice de Qualidade do Aterro Sanitário.

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ANEXO G – Divulgação nas redes sociais e site da prefeitura municipal sobre a abertura da Primeira Revisão do PMGIRS.

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ANEXO H – Contrato com a empresa responsável pela coleta de Resíduos Sólidos Gerados Pelos Serviços de Saúde.

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ANEXO I – Laudo Técnico sobre os resíduos sóidos gerados pelos serviços de saúde coletados em Cacique Doble em 2016.

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ANEXO J – Último termo aditivo ao contrato com a empresa Servioeste.

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ANEXO K – Termo do convênio para usina de triagem juntamente com o município de São José do Ouro.

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ANEXO L – Último termo aditivo ao convênio com São José do Ouro.

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ANEXO M – Contrato do poder público municipal de São José do Ouro com a empresa Cetric

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ANEXO N – Divulgação realizada pelo poder público sobre a Audiência Pública de Apresentação e Aprovação da Primeira Revisão do PMGIRS.

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ANEXO O – Fotos da Audiência Pública de Apresentação e Aprovação da Primeira Revisão do PMGIRS.

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22. APÊNDICES APÊNDICE A – Portaria de nomeação dos comitês da Primeira Revisão do PMGIRS.

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APÊNDICE B – Ata da Conferência de Abertura da Primeira Revisão do PMGIRS.

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APÊNDICE C – Ata de Reunião Setorial Realizada.

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APÊNDICE D – Ata da Audiência Pública de Apresentação e Aprovação da Primeira Revisão do PMGIRS.

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APÊNDICE E – Decreto de Aprovação da Primeira Revisão do PMGIRS.

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