BOLETIM do IPP Nº 6 jan · fev · mar Informativo do Instituto Pereira Passos

Agnaldo Santana/Portal UPPRJ

O território do Morro São João, que inclui também os morros da Matriz e Queto, foi escolhido para as primeiras ações do Cemapp, de que o IPP e o Rio+Social serão colaboradores

Pense : nova metodologia orienta empreendedores IPP e Governo do estado Pág. 3

Saiba quem são os premiados da inauguram ação social 1ª Feira Favela Criativa conjunta no São João Pág. 5 IPP e Rio+Social aumentam O Instituto Pereira Passos (ipp), por meio coordenador do programa , Pedro Veiga. malha de logradouros do Programa Rio+Social, passou a inte- Durante o encontro ficou acertado que o identificados em grar a recém-criada Comissão Executiva Morro São João, no , será Pág. 6 de Monitoramento e Avaliação da a primeira comunidade pacificada a rece- Política de Pacificação (Cemapp), insti- ber um programa integrado de ações so- tuída pelo Governo do Estado, O convite ciais e serviços públicos decorrentes da Rio+ Social apoia projeto de foi formalizado na reunião realizada no atuação conjunta da comissão, que é pre- inclusão de portadores de dia 17 de março, à qual compareceram a sidida pelo governador Luiz Fernando deficiência na presidente do ipp, Eduarda la Rocque, e o Pezão. (Pág. 8 e 9) Pág. 11

Prefeitura inicia obras da rota cicloviária do Complexo da Maré. Veja na página 10 Editorial O papel da informação no Esta edição do Boletim do IPP traz muitas no- vidades. Nas páginas 8 e 9 o leitor vai conhe- cer a parceria firmada entre o IPP, por meio do desenvolvimento urbano Programa Rio+Social, e a Comissão Executiva Eduarda La Rocque* de Monitoramento e Avaliação da Política de Pacificação (Cemapp), instituída pelo Governo do estado, visando ao lançamento de um pro- ssegurar a qualidade de vida e a proteção dos ambientes naturais tem jeto piloto no Morro São João, de um programa Asido um desafio cada vez maior para Governos, em todo o mundo, que integrado de ações sociais e serviços públicos se veem empenhados na busca de melhorar os indicadores de sustentabi- decorrentes de uma ação conjunta no território. lidade das regiões que administram, seja em termos nacionais, estados ou Na página 3, o nosso Boletim mostra municípios. a evolução da metodologia Pense Favela, A necessidade de criação de uma plataforma de desenvolvimento ampla criada pela Diretoria de Desenvolvimento aumenta a responsabilidade dos administradores públicos diante dos de- Econômico-Estratégico, na incubação, capa- safios de formular novos modelos de gestão, com base no conhecimento e citação e acompanhamento de projetos, com no bom uso de novas tecnologias, visando a alcançar excelência na gestão resultados positivos no estímulo ao empreen- administrativa. dedorismo em comunidades. Duas reportagens na página 4 mostram os Essa característica é a base do trabalho do ipp, que desde a sua origem resultados alcançados pelo IPP em projetos vem se consolidando como órgão da Prefeitura do Rio de referência nacio- voltados para o desenvolvimento sustentável. nal e internacional em gestão de dados para o planejamento estratégico e Uma delas destaca o projeto “Samba, Moda integração das políticas públicas, mapeamento e produção cartográfica e e Sustentabilidade”, parceria do IPP com o aplicação de geotecnologias. Ministério Público do Trabalho. A outra apre- A missão do ipp é gerir informação e conhecimento sobre a cidade do senta uma iniciativa no âmbito do Pacto do . Neste contexto podemos apontar como ponto de destaque Rio, que contribuiu para a formalização de um na atuação do ipp o lançamento há 13 anos do site Armazém de Dados espaço cultural no Andaraí. (http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br), o mais completo acervo de in- O leitor vai conhecer também como se dá formações sobre a cidade do Rio de Janeiro, que oferece acesso a qualquer a inclusão das áreas de favelas nos mapas cidadão a informações e análises sobre o município. oficiais da cidade, trabalho desenvolvido pela nossa Diretoria de Informações da Cidade com Outra medida importante do ipp na gestão de informação é o siurb apoio dos agentes de campo do Rio+Social. A (Sistema Municipal de Informações Urbanas, http://www.rio.rj.gov.br/web/ matéria está publicada na página 6. ipp/siurb), iniciativa criada pelo instituto, com a finalidade de reunir, ge- Como citamos no início, no primeiro trimes- rir, integrar e atualizar o conjunto de informações sobre o município, em tre do ano muitas novidades ocorreram no IPP: parceria com outros órgãos da Prefeitura, visando ao estabelecimento de uma delas é o lançamento do mapa digital de políticas públicas. ciclovias do Rio de Janeiro. Leia na página 10 E a nossa visão é de que, para mudar a realidade é preciso conhecê-la. como funciona esse novo aplicativo, desenvol- Desta maneira o instituto se destaca, reunindo dados qualificados sobre o vido por meio de uma parceria do IPP com a município, que compartilha com os demais órgãos municipais, para contri- Secretaria Municipal de Meio Ambiente. buir com a integração e a melhoria das condições de vida da população. Na página 13, publicamos uma reportagem Importantes projetos urbanísticos da cidade do Rio de Janeiro foram sobre uma iniciativa do Pacto do Rio, que traz as discussões sobre um plano de habitação planejados no ipp. Iniciativas de fomento de pequenos empreendedores, de- de interesse social para a Região do Porto senvolvimento de economia criativa da cidade, monitoramento de áreas de Maravilha. favelas e de uso do solo constam do rol de atividades do instituto. Boa leitura! O Rio de Janeiro vive um momento especial, de potencial de transforma- ção. Sediou a Copa do Mundo da Fifa 2014 e sediará os Jogos Olímpicos de 2016, uma janela de oportunidades para investimentos públicos e privados À venda na Livraria do IPP em projetos estruturantes e de cunho social. Cidades em transformação relata Com o lançamento do Pacto do Rio, o ipp convocou a sociedade para as experiências de cinco cidades na transformação de suas áreas portuárias, agir integrada e contribuir com a perpetuação e ampliação desse legado. revertendo processos de abandono, Atuando como mediador da integração de ações multissetoriais, na busca decadência e descaracterização. A de soluções para o desenvolvimento sustentável. revitalização da região do porto do Rio, por meio do projeto Porto Maravilha, também é retratada. R$ 225,00 * Eduarda La Rocque, 45, economista, é presidente do Instituto Pereira Passos.

Eduarda La Rocque Presidente Tel.: (21) 2976-6551 | e-mail: [email protected] Daniela Goes Chefe de Gabinete www.rio.rj.gov.br/web/ipp/ José Reinaldo Belisário Coordenador de Comunicação www.riomaissocial.org/ www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/ Jornalista responsável Márcia Miranda www.facebook.com/ipprio Repórteres Beatriz Fonseca, Juliana Sampaio e Márcia Miranda www.facebook.com/programariomaissocial Estagiários Natan Pereira, Thaís Carvalho https://twitter.com/ipprio Projeto gráfico e editoração Emmanuel Bellard https://twitter.com/riomaissocial www.youtube.com/user/InstPereiraPassos

2 Boletim do IPP Nº 6 jan · fev · mar Estímulo para o empreendedorismo em comunidades Desenvolvido pelo IPP, o Pense Favela atua na incubação, capacitação e acompanhamento de projetos em áreas vulneráveis, aumentando as chances dos interessados em começar, melhorar ou ampliar um negócio

Natan PEreira Uma nova metodologia de trabalho elaborada pela Di- retoria de Desenvolvimen- to Econômico e Estratégico (ddee) do Instituto Pereira Passos está ajudando empreendedores de comunidades pacifi- cadas do Rio de Janeiro. O Pense Favela tem como objetivo atuar na incubação de projetos, organizações sociais e negócios voltados para o desenvolvimento socioe- conômico das áreas atendidas. O Pense Favela foi formalmente lança- do no primeiro semestre de 2014, tendo como piloto iniciativas localizadas nas comunidades que compõem o Complexo do Andaraí. Neste processo 20 empreen- dedores foram beneficiados, o que resul- tou na criação e incubação de diferentes projetos. De acordo com o coordenador O Pense Favela é uma nova metodologia de trabalho que está ajudando empreendedores de áreas com UPPs de projetos da ddee, Aruan Braga, este conceito vem sendo desenvolvido pela zidas é utilizada para reinvestir no pro- as oportunidades ou demandas surgi- Diretoria desde os primeiros contatos jeto,” destaca. das”, relata ele. com as comunidades pacificadas. Além da capacitação, a equipe do ipp se As aulas, que aconteceram dentro da “Tudo começou quando foram diag- reuniu com os moradores para estruturar comunidade do Andaraí, foram realiza- nosticados problemas e dificuldades dos as iniciativas, o que possibilitou a siste- das em parceria com o Instituto Enactus- moradores em desenvolverem, de forma fgv, formado por um grupo de jovens da consistente e sustentável, suas próprias Fundação Getúlio Vargas sob supervisão ideias de projetos ou negócios,” explica “O fundamental da equipe da ddee, com 100% de presença o coordenador. “A metodologia do Pense para incentivar a dos empreendedores. Já as consultorias Favela tem como foco principal implantar individualizadas para os proponentes negócios sociais em diferentes temáticas sustentabilidade aconteceram na própria universidade e ramificações, de forma sustentável, para é a gestão com o núcleo de prática jurídica, de acor- que se mantenham atuantes ao longo do do com a demanda de cada caso. tempo e potencializem seu impacto.” profissionalizada” Um dos resultados mais interessan- Um dos primeiros trabalhos do Pense tes do Pense Favela foi a premiação de Favela foi a Associação Cultural do matização do plano de negócios de cada alguns projetos incubados pelo edital de Andaraí (aca). A iniciativa começou com empreendimento incubado. As etapas fomento do Favela Criativa (veja mais um grupo de moradores que foram trei- bem definidas da metodologia auxiliam na pág. 11). “Esta perspectiva de capta- nados e capacitados para formarem um os moradores interessados desde a escuta ção de recursos não existia e foi possível polo de cultura. O grupo já desenvolvia individual de cada negócio, passando por devido à qualificação promovida pelo atividades culturais na região, ofere- sua qualificação e capacitação até o mo- Pense Favela,” destacou Aruan. cendo oficinas de artesanato, adereços mento da implementação e prestação de Waldinéia Bastos, do Ateliê Criart, foi e dança para moradores. Eles se uniram contas do investimento recebido. uma das ganhadoras do edital. O ateliê, e formalizaram sua associação com o A etapa central é a capacitação em que também recebeu orientação e apoio Pense Favela. administração e gestão, focando em da equipe do Pense Favela, oferece ofi- “Outro exemplo entre os 20 empre- conteúdos como finanças pessoais, con- cinas de artesanato utilizando a técnica endimentos beneficiados é o Recita trole orçamentário e personalidades ju- “Favela 3D”, criada por Waldinéia a partir Divinéia, que foi criado para trabalhar rídicas. O fundamental para incentivar de material reciclável. O ateliê funciona a conscientização ambiental e desenvol- a sustentabilidade é a gestão profissio- de forma sustentável, gerando comple- ver atividades voltadas para as crianças nalizada de negócios e instituições. O mentação de renda e desenvolvimento na comunidade Nova Divinéia”, explica acompanhamento é feito pela equipe da cultural e humano para os envolvidos. Aruan. “Também tem o projeto de uma ddee periodicamente. “A partir das aulas são produzidas vi- horta comunitária com um perfil de ne- “O feedback para os proponentes en- trines dos produtos, visando a sua expo- gócios no Jamelão, onde o objetivo é ca- volvidos acontece em uma reunião geral, sição e comercialização. O Pense Favela pacitar moradores para trabalharem ou onde são esclarecidos os avanços obtidos foi fundamental para tirar o meu projeto criarem suas próprias hortas orgânicas. e os próximos passos, ou por meio do do papel e estruturá-lo para concorrer a A comercialização das hortaliças produ- acionamento individual de acordo com editais”, conta a artesã.

Boletim do IPP Nº 6 jan · fev · mar 3 IPP e MPT incentivam projeto social no Salgueiro

Natan Pereira O dia 22 de janeiro foi de glamour na Escola de Samba Salgueiro. As 20 costureiras do projeto “Samba, Moda e Sustentabilidade” desfilaram cria- ções feitas nos quatro meses de aulas no barracão da escola. A parceria en- tre o Instituto Pereira Passos (ipp), o Ministério Público do Trabalho, a ong Moda Fusion e a Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro foi destinada à profissionalização de moradoras do Salgueiro e arredores. “O projeto é um exemplo do traba- lho realizado pelo ipp, de promoção a integração para o desenvolvimento socioeconômico das comunidades do Rio”, conta Daniela Tavares, diretora de O “Samba, Moda e Sustentabilidade” permitiu às alunas experimentarem a criação e execução de roupas e adereços Desenvolvimento Econômico Estratégico (ddee) da instituição, que coordena o acordo com as expectativas do mpt, de “Ensinamos a execução de peças de Pense Favela. qualificação, aumento de autoestima dos artesanato, para que elas pudessem se Os recursos que o mpt/rj destinou são trabalhadores, educação pelo trabalho e tornar empreendedoras. Em 2014, reali- de execuções judiciais e extrajudiciais. criação de alternativas para renda. zamos três eventos para que vendessem O resultado emocionou o promotor do A escola de samba ofereceu material e apresentassem as peças”. Ministério Público João Carlos Teixeira. de costura, arcou com despesas, contabi- A aluna Márcia Pires comemorou a con- “Vendo estas criações nos estimula- lidade e comunicação. A gestora de pro- quista: “O projeto é importante, porque mos a manter iniciativas semelhantes”, jetos do Salgueiro, Patrícia Nascimento mostra que somos capazes de coisas que a disse, destacando que o projeto está de acompanhou o trabalho: gente nem sabia que poderia fazer”.

No Andaraí, programa ajuda a formalizar associação

Divulgação Na década de 90 e 2000, a - grupo de dança afro que atua no local. comunidade do Andaraí era “Com a formalização, poderemos firmar conhecida pelo bom desem- mais parcerias e concorrer a novos edi- penho de jovens formados por projetos tais de cultura. A comunidade também locais que se destacavam em carreiras ganha, apreciando espetáculos de qua- artísticas. Incomodados com a carência lidade, feitos pelos próprios moradores de novos talentos, um grupo de artistas daqui do Andaraí”, conta Fábio. residentes do Andaraí resolveu formar O workshop da fgv deu aos morado- mais artistas, dando aulas informais de res a capacidade técnica para estruturar artes, mas com o tempo perceberam que a atividade, captar recursos, implantar a formalização faria falta. e melhorar as ações. De acordo com o Unidos, eles foram à luta e conquis- presidente, o Pense Favela foi funda- taram a Associação Cultural do Andaraí mental para todo processo estratégico e (aca), inaugurada no prédio do Centro de formalização. Municipal de Atendimento Integrado “Tivemos toda a assessoria legal (Cemasi), com uma exposição de ale- através das aulas da Fundação Getúlio gorias e adereços, música em dezem- Vargas (fgv). A equipe do Pense Favela bro passado. O espaço formalizado nos acompanhou no processo de legali- para espetáculos, cursos e oficinas de zação e na formatação das marcas para a arte contou com o apoio da Diretoria Entre as oficinas oferecidas pela Associação Cultural do Associação”, afirmou Fábio. de Desenvolvimento Econômico- Andaraí (ACA) está a de alegorias e adereços Atualmente as oficinas da aca fun- Estratégico (ddee) do Instituto Pereira cionam em três salas disponíveis para Passos (ipp) para conquistar documen- ceiros como Sesi, Oficina de Bijuteria e atividades, onde artesanato, dança, te- tos oficiais. o Favela Criativa, da Secretaria Estadual atro e figurino se revezam, compondo A instituição é um exemplo de pro- de Cultura. o Projeto ‘‘Pólo de Desenvolvimento jeto dentro do espírito do Pacto do Rio. O presidente da aca, Fábio Batista, é Cultural, pode-c Andaraí”. Os módulos Atualmente a aca tem o apoio de par- também o diretor coreógrafo do Clamn têm duração de seis meses.

4 Boletim do IPP Nº 6 jan · fev · mar 1ª Feira Favela Criativa premia 40 iniciativas comunitárias

Divulgação / Rosilene Miliotti último dia da 1° Feira Favela O Criativa foi marcado por muita emoção e expectativa entre os idealiza- dores de 53 Projetos culturais de comu- nidades do Rio de Janeiro. Correalizado pelo Rio+Social, o evento, na sede do Rio Criativo, ofereceu recursos e capa- citação para jovens empreendedores culturais. No final da feira, 40 iniciati- vas foram selecionadas e cada uma re- ceberá R$50 mil e o selo Favela Criativa, chancela institucional a partir do qual o empreendimento passa contar com o apoio técnico e operacional para o seu desenvolvimento. Durante a feira, os participantes pu- deram participar de consultorias e de Cada iniciativa recebeu a chancela institucional da Feira e terá apoio técnico e operacional para desenvolvimento cursos, entre eles o de captação de recur- sos. Palestras também fizeram parte da Rio+Social, Tita Tepedino, destacou a o meu Andaraí. Ver o meu projeto sair programação. Mediador da mesa sobre importância da feira: do papel é a realização de um sonho”, Fomentos, o coordenador do Rio+Social, “O evento permite um protagonismo comemorou. Pedro Veiga, falou sobre a importância dos fomentadores culturais das mais Outro vencedor foi a Agência do evento para o fomento de projetos diversas áreas da cidade e da periferia. Comunitária de Manguinhos, que capa- culturais: A Feira os coloca em lugar de destaque, cita jovens em jornalismo comunitário, “Os mais importantes do conseguindo entregar a esses grupos por meio de oficinas. A partir do prêmio, programa são a participação popular, a recursos para capacitação, profissionali- a Agência vai oferecer aulas sobre co- possibilidade de ter uma iniciativa públi- zação e desenvolvimento da sua arte de municação comunitária mensalmente, co-privada chegando na ponta, e princi- forma digna, coerente e com qualidade.” durante um período de 10 meses, e pro- palmente, a mudança da forma de diálo- Os idealizadores dos projetos tiveram duzir 10 edições do jornal mensal Fala go com a cultura da cidade”, destaca. oito minutos para apresentar seus traba- Manguinhos!, com início previsto para A mesa foi composta pela superin- lhos para a banca de avaliação. A defesa março de 2015 a ser construído por jo- tendente da Lei de Incentivo à Cultura nos pitchings agregou emoção e mostrou vens moradores da região. do Estado do Rio de Janeiro, Tatiana que os agentes tinham conhecimento “O prêmio vai contribuir muito para Richard, e pelo gerente do Instituto além do papel, sobre as suas ações. autoestima do povo de Manguinhos. Light, Paulo Bicalho. Entre os 40 selecionados está Somos capazes de enfrentar os desafios “O Favela Criativa se transformou Waldinéia Bastos de Souza Marins com o da cidade moderna e vencê-los. É um em um projeto perene. A Feira Favela Criart. A gestora fala com orgulho sobre projeto novo, mas da maior importân- Criativa é um modelo de fomento. o seu projeto “Favela 3D” que desenvolve cia para aquela população de aproxima- Estimula um comportamento mais ético peças com paisagens das favelas cariocas, damente 40 mil pessoas, que não tinha e cidadão. É abrangente e atende bastan- feitas a partir de materiais descartados. nada que desse conta das questões de te aos jovens”, falou Paulo Bicalho. “Estou muito emocionada e esperan- produção e difusão de informações na- A responsável pela área de do bons resultados do Criart. Agora, po- quele território”, ressaltou o coordenador Mobilização e Parcerias do Programa demos semear e gerar bons frutos para do projeto, Alex Luiz Barros Vargas.

avela • Projeto Liberdade • Favela Hits Feira F • Estúdio Nosso • Manutenção do Grupo Manguinhos em Cena a • Documentário “Tá no Ar?!” • Atelier Escola iMUNDO de Comunicação Comunitária Criativ • FUNK – Que negócio é esse? de Manguinhos • Lona na Lua – Cidadania e Arte • Arte na João – Projeto XXIII Veja os 40 vencedores do • Voz Periférica • Formação de Jovens Escritores • II Festival Favela em Dança • Nêga Rosa 1ª Feira Favela Criativa • Bboy Confronto – 2015 • Estúdio Espaço Borelidade • FACE – Fabrica Artística de Criação de Espetáculos • Harmonicanto Criativo • Jardim Suspenso • Mundo Novo da Cultura Viva • Mostra de Filmes “ Imagens e Complexos” • Pedacinho de Mim • PoDe-c! – Polo de Desnvolvimento Cultural do • Criart • Guiadas Urbanas Andaraí • Dança do Passinho Tabajara • RADAR – Rede de articulação e dinamização de das • Baile Black Bom • Encontro do Charme artes • Buteko Batuke • Escola de Chorinho Meninos de Luz • Cultura na cesta – Ponto da palavra • Enciclopédia do Funk • Funk Brasil – 40 anos de baile • Esquina Editorial • Embaixada Hip-Hop • Barraco#55 • Sarau V – Na rua se respira poesia • Caminho das Pedras • Providência Portal Cultural

Boletim do IPP Nº 6 jan · fev · mar 5 Favelas cariocas têm mais de 360 km de vias no mapa

Reprodução/IPP ma parceria entre a Diretoria de UInformações da Cidade (dic) com o Programa Rio+Social aumentou em quase cinco vezes a malha de ruas, es- cadarias, becos e vielas identificadas em comunidades pacificadas no Rio de Janeiro. O trabalho, que se chama Mapeamento de Logradouros, é um dos carros-chefe do Instituto Pereira Passos (ipp). A ação é uma iniciativa da dic, que ganhou o apoio dos agentes de campo do Rio+Social para realização da checagem in loco, tornando o processo de inclusão destas áreas nos mapas oficiais da cidade mais fiel à realidade. A dic tem especial interesse no ma- peamento de favelas e apoia iniciativas nessa área. Um exemplo disso é o Guia de Ruas da Maré, uma ação da ong Redes de Desenvolvimento da Maré que contou com colaboração da diretoria. Sobre a base de mapas fornecida pelo IPP, as equipes do Rio+Social identificaram escadarias e novas vias nas favelas Neste território foi feito um trabalho de mapeamento pela ong com uso da base Passo-a-passo até o O próximo passo é o Reconhecimento de logradouros e ortofotos (conjunto reconhecimento de Logradouros, uma atribuição da Secre- de fotografias aéreas ortorretificadas, O trabalho começa na área de Geopro- taria Municipal de Urbanismo (smu). O isto é, corrigidas de forma a eliminar cessamento, que prepara os mapas base nome das ruas é definido pela Comissão as distorções, realizadas em sobrevoos) já com as informações primárias obtidas Carioca de Nominação de Logradouros e da cidade, produzidas pelo ipp em 2011, nos levantamentos topográficos e carto- Equipamentos Públicos, mas a oficializa- muito antes da ocupação do Exercito gráficos realizados pela Prefeitura, bases ção de sua existência, a confecção de pla- para fins do processo de pacificação. A do ibge e demais informações compiladas cas de identificação e a conquista de um revisão dessa base chegou ao instituto pela dic. Percorrendo as ruas das comuni- cep só ocorrem após publicação de Decre- no final de 2014 e já está incorporada ao dades com estes mapas nas mãos, os agen- to no Diário Oficial do Município. Cadastro Único de Logradouros. tes do Rio+Social, que são moradores das A inserção de nomes e da localização A ong fez a capacitação dos agentes áreas, conseguem marcar os logradouros e dos logradouros na base facilita a vida de campo dos territórios pacificados até outras informações não registradas. dos moradores, mas também ajuda a 2012, quando as comunidades pacifica- Os desenhos são feitos a mão sobre própria Prefeitura. das tinham pouco mais de 77 km (77.147 um papel vegetal preso ao mapa-base. Os “As ruas identificadas são acrescen- m) de vias mapeadas. Posteriormente, a agentes de campo conferem as informa- tadas ao Mapa Digital da cidade do Rio ação ficou a cargo da Gerência de Estudos ções assinaladas e agregam novos dados, de Janeiro ficando disponíveis para to- Habitacionais da dic. Hoje, segundo da- como o tipo de logradouro encontrado. das as secretarias municipais e outros dos de março de 2015, o total já ultrapas- “Sem cep, os moradores têm muita órgãos públicos, além de qualquer cida- sa os 376 km (376.802 m) de malha: um dificuldade em receber correspondências dão”, explica Leandro, destacando que avanço de quase 300 km identificados. bancárias, como cartões, talões de che- o mapeamento possibilita a melhoria O desafio do projeto é incluir no mapa ques e encomendas feitas pela internet. da prestação de serviços públicos, como não só a visualização dos logradouros Por isso, o trabalho de mapeamento foi o 1746. “Colocar esta áreas nos mapas existentes nas 1.023 comunidades da ci- muito bem recebido. A experiência foi também contribui para uma melhor dade, mas também a sua identificação e muito bacana, eles receberam o trabalho análise para implantação e manutenção demais informações cartográficas. de braços abertos”, comenta Beatriz Far- de infraestrutura de serviços, definição “Para fazer o mapeamento utilizamos tes, gestora da equipe de agentes do Pro- de sinalização de rotas para situações de diversas fontes de informação, como ba- grama Rio+Social que atua nos territórios risco e emergências e regularização fun- ses de logradouros do ibge, levantamen- Cerro-Corá e Escondidinhos/Prazeres. diária e urbanística”. tos topográficos realizados em favelas, Finalizado o trabalho de rua, as infor- As informações das ruas e vias que restituições cartográficas e ortofotos mações são trazidas de volta ao ipp para foram mapeadas com ajuda da equipe realizadas em sobrevoos da cidade”, ex- serem inseridas nas bases geográficas da do Rio+Social estão em fase de cadastra- plica o geógrafo da dic, Leandro Souza. dic (veja ao lado o “antes” e o “depois” no mento na base de dados do ipp e pode- “Nos locais onde há Unidades de Polícia Pavã-Pavãozinho/Cantagalo). Os dados rão, em breve, ser consultadas pelo Mapa Pacificadora contamos com o apoio das vão para o Cadastro Único de Logradou- Digital da Cidade do Rio de Janeiro e em equipes de campo do Rio+Social para a ros, ganhando sua representação gráfica e todos os aplicativos do Portal Geo. revisão dos traçados e identificação dos dados, como extensão e referências sobre nomes”, conta. a relação com os logradouros do entorno. Acesse http://portalgeo.rio.rj.gov.br/

6 Boletim do IPP Nº 6 jan · fev · mar Antes

Depois

Boletim do IPP Nº 6 jan · fev · mar 7 IPP e Rio+Social participam de ações do Governo do Estado no São João

onvidados para a reunião da Comis- áreas, beneficiando diretamente uma Csão Executiva de Monitoramento população de aproximadamente 711 mil e Avaliação da Política de Pacificação moradores e possibilitando sua amplia- (Cemapp), instituída pelo Governo do ção para outros territórios vulneráveis Estado, a presidente do Instituto Perei- da cidade. ra Passos (ipp), Eduarda La Rocque, e o A presidente do ipp, Eduarda La coordenador do programa Rio+Social, Rocque, destacou a disposição dos po- Pedro Veiga, participaram do encontro deres públicos municipal e estadual em Shana Reis no dia 17 de março. Criada por meio de implementar políticas públicas que têm um decreto do governador publicado em contribuído efetivamente para o aumen- Diário Oficial, a Cemapp tem o objetivo to da qualidade de vida da população. de monitorar e aprimorar as ações so- “Desde que foi implementado nos ciais em comunidades com Unidades de territórios pacificados, o programa Polícia Pacificadoras upp( ). Rio+Social tem avançado significativa- Na reunião, ficou acertado que o mente. E a atuação conjunta do ipp, por Morro São João, no Engenho Novo, será meio do programa, com a Cemapp, só a primeira comunidade pacificada a rece- vai fortalecer a parceria da Prefeitura ber um programa integrado de ações so- com o Governo do estado, visando prin- ciais e serviços públicos decorrentes da cipalmente ao bem-estar dos cidadãos atuação conjunta da comissão. com a série de iniciativas que serão de- “Vamos trabalhar em conjunto com a senvolvidas nas comunidades”, disse Prefeitura do Rio para somar recursos e Eduarda La Rocque. planejamentos. O projeto das upps não O território da Unidade de Polícia vai retroceder. Ao contrário, estamos Pacificadora upp( ) do Morro São João que nomeou o secretário de Estado unidos para ampliar os serviços ofereci- foi escolhido para receber as primeiras de Segurança Pública, José Mariano dos nessas áreas e melhorar a qualidade ações da comissão, pelo fato de os poli- Beltrame, como secretário executivo da de vida dos moradores. A intenção é ga- ciais da upp local terem passado, recen- Comissão de Pacificação. rantir a inclusão social e a igualdade de temente, por um curso de reciclagem “O objetivo deste grupo de trabalho é oportunidades”, afirmou o governador com o Comando de Operações Especiais garantir o acesso da população de áreas Luiz Fernando Pezão. (coe) da Polícia Militar. O efetivo ga- pacificadas aos serviços públicos, forta- Além do governador e do secretário nhou instruções sobre técnicas de lecendo a política de pacificação. Desta de Segurança, José Mariano Beltrame, abordagem, policiamento de proximi- forma, vamos ampliar a comunicação integram a comissão os titulares de vá- dade, direitos humanos e mediação de com os moradores e assegurar muscu- rias secretarias estaduais. Coordenado conflitos. A iniciativa faz parte de uma latura para expandir as upps”, detalhou pelo Instituto Pereira Passos (ipp) em série de ações para realinhar o sistema Beltrame, reforçando a necessidade de parceria com o onu-Habitat (programa operacional das upps. A upp São João estratégias que resgatem crianças e jo- das Nações Unidas para Assentamentos foi instalada em dezembro de 2011 e en- vens atraídos pelo tráfico. Humanos), o Rio+Social é uma iniciativa globa os morros da Matriz e do Quieto. Integram também a comissão execu- da Prefeitura para promover o desenvol- Pelo menos 7 mil pessoas vivem nestes tiva: Pehkx Jones, subsecretário de Es- vimento social, econômico e urbano das territórios. tado de Educação, Valorização e Preven- favelas pacificadas. O programa conso- A reunião de trabalho foi presidida ção da Secretaria de Segurança Pública; lida todas as ações municipais nestas pelo governador Luiz Fernando Pezão, e Luciano Jobim, assessor especial da

8 Boletim do IPP Nº 6 jan · fev · mar Agnaldo Santana/Portal UPPRJ O território do Morro São João, que inclui também os morros da Matriz e do Queto, será o primeiro a receber o programa integrado de ações promovidas pela Cemapp. A decisão foi tomada na reunião de que participaram os secretários Pedro Paulo Carvalho e José Mariano Beltrame, o governador Luiz Fernando Pezão (foto embai- xo à esq.) e a presidente do IPP, Eduarda La Rocque (foto embaixo, à dir.)

Shana Reis Parcerias também com ONGs e empresas

A parceria com o Governo do Estado é apenas uma entre as várias desenvol- vidas pelo Rio+Social. Desde a implementação do programa foram realizadas 338 ações por meio de 77 parceiros, entre instituições não governamentais e a iniciativa privada.

As ações são articuladas pelo setor de Mobilização e Parcerias do Rio+Social. As equipes do programa mapeiam e identificam as potencialidades de cada comu- nidade, articulando as iniciativas entre os moradores e os parceiros. O desafio do setor é promover o desenvolvimento local através de projetos implementados por meio de uma gestão participativa.

“O trabalho envolve escuta permanente dos moradores e demais envolvidos, in- Secretaria de Estado da Casa Civil. Esta formação qualificada, conseguida através de pesquisas em outras áreas do IPP e segunda reunião de trabalho contou com parceria com instituições e projetos locais”, explica Cristiana Tepedino, responsá- a participação do secretário executivo vel pelo Mobilização e Parcerias. “Somente em 2014 foram realizadas 131 ações municipal de Coordenação de Governo, em parceria com 39 instituições”, conta. Pedro Paulo Carvalho. “A integração dos órgãos municipais As parcerias envolvem trabalhos na área de cultura, esportes, sustentabilidade e e estaduais é decisiva para levar ações meio ambiente. Entre os destaques, estão o programa Favela Criativa (Governo sociais e desenvolvimento para as co- do Estado), o Festival Internacional de Circo (ONG Circo Crescer e Viver, Estúdio munidades pacificadas. A Prefeitura do M’Baraká e Secretaria Municipal de Cultura) e os cursos de empreendedoris- Rio vai apoiar o trabalho do Governo do mo e liderança para equipes de campo e líderes comunitários, promovidos em Estado nas áreas com upps e unir nos- parceria com o Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento sos esforços para oferecer serviços de Sustentável (Cieds), a ONG Argilando, os Supermercados Mundial e o Sesc qualidade nessas áreas”, afirmou Pedro Ramos. Paulo Carvalho. Também participaram da reunião “Nosso trabalho é trazer novos parceiros e promover o desenvolvimento social representantes da Firjan, Sebrae e nas áreas que mais precisam, garantindo que os programas sejam levados para Fecomércio e da obra social Riosolidário, as favelas de forma democrática, respeitando as prioridades e interesses dos presidida pela primeira-dama Maria moradores”, finaliza Cristiana. Lúcia Cautiero Horta Jardim.

Boletim do IPP Nº 6 jan · fev · mar 9 IPP lança mapa digital das ciclovias do Rio de Janeiro

Reprodução DIC mais nova adição à galeria de Mapas ADigitais do PortalGeo, parte do por- tal de informações do Instituto Pereira Passos (ipp) – Armazém de Dados –, é o “Mapa Digital do Rio de Janeiro – Ciclovias”. O aplicativo foi elaborado com base na nova interface do Mapa Digital do Rio de Janeiro, uma parce- ria entre o ipp e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Smac), gestora do Programa Rio, Capital da Bicicleta, que faz parte do Planejamento Estratégico do Município. A cidade abriga a maior malha cicloviária da América Latina. O mapa interativo permite a visualiza- ção das rotas cicloviárias já existentes, as que estão em construção, além das proje- tadas para o município. Assim, é possível observar importantes projetos que per- mitirão a expansão e integração da rede O mapa permite a visualização das rotas de ciclovias e mostra também as opções de transporte público da cidade, como as ciclovias da Maré, a ligação – Centro, as ciclovias da perior esquerda do site). O mapa digital para os atuais 380 km e com meta de Estrada do Monteiro, em Campo Grande, também mostra as opções de transporte atingir 450 km até 2016, distribuídos em e da Estrada da Pedra, em ; e a público do município, tanto as já exis- todas as regiões do Rio. Essa expansão ligação . tentes e como as ainda em construção, vai permitir que o ciclista saia de casa “Esse trabalho, desde a criação da base para estimular a integração com outros pedalando, ou alugue uma bicicleta, es- de dados geográficos à disponibilização modais de transporte, permitindo via- tacione em um dos inúmeros bicicletá- deste mapa no Armazém de Dados, para gens mais longas e evitando o uso do rios disponíveis e siga o seu trajeto em consulta do público, durou cerca de quatro carro. Basta dar “zoom” no mapa para um transporte coletivo, evitando assim meses. Vale destacar que esse nível de co- ver todas as informações disponíveis o uso do carro. laboração e intercâmbio de informações sobre pontos de ônibus e rotas de trem, Outro estímulo ao uso desse meio de para a produção desse mapa digital entre metrô, BRT, VLT, barcas e outros. transporte foi a implantação do Bike Rio, o ipp e a Secretaria de Meio Ambiente só No Rio são registradas mais de 1,5 sistema de aluguel de bicicletas que, nesse aconteceu por meio do Sistema Municipal milhão de viagens de bicicletas por dia, primeiro momento, oferece 60 estações de Informações Urbanas (SIURB)”, expli- tanto para pequenos deslocamentos e com mais de 600 bicicletas disponíveis. ca Felipe Mandarino, geógrafo da gerên- lazer como para o uso por parte do co- O projeto está em fase de ampliação e se cia de geoprocessamento da Diretoria de mércio na realização de entregas e pres- estenderá por todos os bairros da cidade. Informações da Cidade (DIC) do ipp. tações de serviço. A bicicleta é 100% não Todo o trabalho garantiu ao Rio o título Para acessar o mapa, o usuário deve poluente e representa uma ótima forma brasileiro de Capital da Bicicleta. entrar na galeria de mapas do PortalGeo de exercício físico. (botões laterais), ou utilizando a ferra- A malha cicloviária evoluiu bastante Acesse o Armazém de Dados em http://www. menta de busca do Armazém (parte su- na cidade, passou de 150 km, em 2009, armazemdedados.rio.rj.gov.br/

Prefeito dá início às obras da rota cicloviária da Maré

O prefeito Eduardo Paes esteve no Complexo da Maré no dia 11 de março para dar início às obras de implantação da nova rota cicloviária do local. Com previsão de conclusão para o primeiro semestre de 2016 e investimento de R$ 7 milhões, a rota contará com 22 km de ciclofaixa e faixa compartilhada (pista e calçada), ligando o Complexo da Maré às estações do BRT TransBrasil e Transcarioca, além da Ilha do Fundão e . Na segunda fase do projeto está prevista ainda a integração com o Centro e Ramos.

– A Maré está passando por um processo de transformação, e estamos qualifican- do os serviços da prefeitura já oferecidos aqui. Uma parte enorme da população que mora na comunidade já se desloca de bicicleta, mas sem o apoio do poder pú- blico. Vamos construir a ciclovia para que os moradores possam se deslocar com conforto e segurança, melhorando também sua qualidade de vida – disse o prefeito.

10 Boletim do IPP Nº 6 jan · fev · mar Rio+Social apoia ação de inclusão na Vila Kennedy

Amaury Alves espertar nos jovens a conscienti- Dzação sobre o verdadeiro significa- do da inclusão ou a falta que ela faz em uma sociedade é o principal objetivo do projeto Agentes de Promoção da Acessi- bilidade, uma realização da ong Escola de Gente, com patrocínio da Petrobras e que tem o programa Rio+Social como um dos parceiros. O projeto tem neste momento cer- ca de 50 alunos na Vila Kennedy, na Zona Oeste, divididos em duas tur- mas: uma na Vila Olímpica e outra no Centro Municipal de Saúde Dr. Henrique Monat. Ainda no primeiro semestre des- se ano outras turmas serão formadas no Centro do Rio e na . “O Rio+Social e a Escola de Gente já vinham desenvolvendo essa parceria. Esse ano os laços serão ainda mais es- Projeto vai levar à Vila Kennedy ações inclusivas e conscientização sobre os direitos dos portadores de deficiência treitados. A Escola de Gente é a institui- ção que mais vem se destacando em levar meio de oficinas de comunicação aces- “O objetivo do projeto é juntar pes- ações inclusivas para os territórios. Não sível, nas modalidades de Libras, audio- soas com e sem deficiência, para que é apenas para ensinar libras, mas para descrição, livro falado e outros recursos elas se sintam pertencentes a esse es- sensibilizar quanto aos direitos, e mos- de acessibilidade, aliadas a conteúdos paço. Queremos que haja convivência trar como você pode se posicionar posi- boa para todos. Outra coisa importante tivamente quando um direito está sen- é poder propiciar que ações locais pos- do violado. Por isso, o projeto se chama “Sempre tive interesse sam se somar. A coordenadora aqui do ‘Agentes de Promoção’, diz Ana Cristina em participar de Centro Municipal de Saúde aproveitou Gonçalves, Analista de Mobilização e a aula hoje e disse que vai marcar, com Parcerias do Rio+Social. atividades inclusivas” os jovens, palestras sobre dst e Aids. O Agentes de Promoção da Acessi- Isso é muito bom”, comentou Hércules bilidade oferece acesso a conteúdos e como legislação e direitos humanos. O Soares, superintendente geral do Escola práticas das diversas formas de comu- projeto existe desde 2011 e já formou de Gente e coordenador do projeto nicação acessível, para adolescentes e 68 alunos em cursos de 260 horas em Agentes de Promoção da Acessibilidade. jovens de diferentes territórios do Rio quatro favelas: Canitar (Complexo do Segundo ele, “o grande desafio é levar de Janeiro, com e sem deficiência. O Alemão), Cidade de Deus, Jacarezinho essa ação para lugares aonde não che- curso tem duração de dois meses, por e Rocinha. gam muitas atividades”. Thaís Carvalho Mas o que leva os jovens a se ins- crever no projeto? Quebrar barreiras para que todos, com ou sem deficiência, possam atuar como cidadãos em seus territórios e comunidades, com pleno conhecimento de seus direitos e de suas potencialidades. “Sempre tive interesse em atividades inclusivas e quando surgiu essa opor- tunidade não pensei duas vezes. Nunca um projeto me motivou tanto. Aprender sobre as dificuldades e desafios que eles enfrentam. Eu quero estar incluída (no projeto)”, afirma Bianca Caroline de Oliveira Tavares, 17 anos. As duas primeiras edições do projeto Agentes de Promoção da Acessibilidade foram vencedoras do Edital Novos Brasis, do Instituto Oi Futuro, em 2011 e 2012. Agora, esta edição do projeto terá duração de dois anos, com o patro- Em 2015, o projeto formará seis turmas em diversas localidades, incluindo Centro e a favela da Rocinha cínio da Petrobras.

Boletim do IPP Nº 6 jan · fev · mar 11 Rio+Social apoia evento de moda no Lins

5e60 Conteúdo quadra da Escola de Samba Unidos Ado Cabuçu, localizada no Complexo do Lins, se transformou em passarela para o evento de moda Garota Revelação, uma iniciativa do projeto Roza Fashion com a parceria do programa Rio+Social e da Secretaria Municipal de Trabalho e Emprego. O desfile de moda, realizado no sábado, 14 de março, contou com a participação de meninas da comunida- de, e apresentações de dança da Escola de Dança InFoco e do grupo Guerreiros da Guia, projetos sociais locais. O objetivo da programação, que acon- tece anualmente, foi promover a intera- ção com os moradores. Pela primeira vez o evento contou também com uma mo- bilização social na comunidade, visando à prestação de serviços como emissão de documentos, testes de hiv e outras ações de saúde mental, pelo Centro de Convivência e Cultura Trilhos do O projeto Garota Revelação transformou a quadra da Unidos do Cabuçu, no Lins, em passarela de moda Engenho. A ong Pela Vidda distribuiu preservativos. A idealizadora do projeto Roza Roza se disse agradecida e reconhe- Rosângela Miranda é a idealizado- Fashion falou da sensação de estar rea- ceu que toda ajuda fornecida pela parce- ra e propulsora do Curso de Modelo e lizando mais um evento. ria com o Rio+Social impulsionou ainda Manequim Roza Fashion. O projeto “Estou muito feliz de estar conse- mais a programação. surgiu a partir da esperança da menina guindo realizar mais esse grande evento “Eu tenho muito que agradecer ao que sonhava em ser modelo. Ela chegou do Projeto Roza Fashion, formando ta- Rio+Social. Sem a orientação da equipe, o a desfilar, mas não conseguiu dar con- lentos para a moda. De todos que eu já projeto não estaria chegando aonde está. tinuidade na carreira. Hoje, Rosângela fiz, esse está sendo o mais importante, Graças a eles, o projeto está sendo regula- dedica-se a promover os desfiles, dando porque a gente tem o apoio do Detran, rizado para virar uma ONG. É uma gran- oportunidades para as meninas, resga- do pessoal da área da saúde e a comuni- de oportunidade, um grande incentivo e tando-as do caminho errado e evitando dade também está aqui. As meninas já uma enorme colaboração para mostrar outros problemas sociais, como a gravi- estão prontas para entrar na passarela. os caminhos por onde tenho que ir para o dez precoce. Estou muito feliz e muito emocionada.” projeto crescer”, concluiu.

Catálogo reúne programas municipais de inclusão

ipp preparou um catálogo que apre- As informações foram repassadas Osenta os programas, projetos e ações pelos próprios órgãos realizadores das implementados pela Prefeitura, que vi- ações. Pelas fichas é possível saber o sam à inclusão da população da cidade. O nome do projeto, a secretaria respon- objetivo é mostrar o que o município vem sável, o ano de início, público-alvo, fazendo, para integrar ações e ampliar parcerias envolvidas e um breve resu- cada vez mais o alcance das iniciativas. mo sobre resultados alcançados. O catálogo tem foco nas ações volta- “Projetos são concluídos, outros são das para a parcela mais vulnerável da criados e outros são reajustados, por isso o sociedade, como explica Luis Valverde documento está em constate processo de da Diretoria de Projetos Especiais. elaboração”, explica Valverde, alertando “É um documento sucinto, formu- que novas contribuições são bem-vindas. lado com dois principais objetivos: di- “De todo modo, o documento traduz o es- vulgar entre gestores e técnicos dos ór- forço que o ipp vem fazendo, junto com os gãos municipais o que a Prefeitura está órgãos municipais, para dar visibilidade e fazendo na área de inclusão e servir de valorizar as ações da Prefeitura.” subsídio para que a Prefeitura imple- mente políticas públicas cada vez mais Acesse http://www.rio.rj.gov.br/web/ipp/ coordenadas e integradas entre si”. programas-de-inclusao-da-prefeitura

12 Boletim do IPP Nº 6 jan · fev · mar Pacto do Rio discute habitação de interesse social

Reprodução DIC Representantes do Instituto Pereira Passos (ipp), da Com- panhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Ja- neiro (Cdurp), da Caixa Econômica Fe- deral (cef); do Instituto Urbem, de São Paulo; e a diretora do Departamento de Desenvolvimento Institucional e Coope- ração Técnica da Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Ju- nia Santa Rosa, reuniram-se no dia 6 de fevereiro no auditório da Cdurp para dis- cutir um plano de habitação de interesse social para a Região do Porto Maravilha. O encontro, que faz parte da agen- da de iniciativas do Pacto do Rio, foi importante para que os participantes trocassem informações sobre os planos que estão sendo desenhados para a re- gião, dentro do objetivo da Prefeitura do Rio de fomentar o dinamismo eco- nômico e social da região portuária, delimitada pela Lei Complementar nº O Instituto Pereira Passos forneceu mapas e estudos técnicos sobre a região para embasar a discussão sobre o plano 101 (que criou a Operação Urbana Porto Maravilha). como limites as Avenidas Presidente no para a habitação, perde-se uma gran- A região do Porto é uma das mais Vargas, Rodrigues Alves, Rio Branco e de oportunidade de realização de bons antigas da cidade, e exerceu papel fun- Francisco Bicalho. As primeiras inter- negócios”. damental no processo de desenvolvi- venções já devolveram à cidade verda- A iniciativa se insere no modelo do mento econômico e social da metrópo- deiros tesouros arqueológicos, como o Pacto do Rio, que reúne órgãos públi- le. Transformado em capital da colônia Cais do Valongo. cos, instituições privadas e da sociedade em 1763, o Rio viveu um considerável Além de criar novas condições de tra- como um todo para encontrar soluções aumento na circulação de riquezas. As balho, moradia, transporte, cultura e la- que colaborem para a melhoria da cidade atividades comerciais e portuárias ga- zer para a população que ali vive, o pro- do Rio de Janeiro. Reunidas, as equipes nharam importância a partir da trans- jeto Porto Maravilha, gerido pela Cdurp, estudaram mapas, dados e indicadores ferência do comércio de escravos do fomenta expressivamente o desenvolvi- da região, incluindo inventários de ris- Paço Imperial (atual Praça xv) para o mento econômico da região. Desde sua cos, mapas de susceptibilidades, regis- Valongo, que se tornou o maior mercado implantação, já realizou várias mudan- tros de ocorrências de deslizamentos e Leandro Ravaglia ças, como a construção da via Binário do características socioeconômicas da po- Porto e do Museu do Amanhã e a remo- pulação residente. ção do Elevado da Perimetral. “O Pacto é a melhor forma de alcan- O novo padrão de ocupação da Região çar as metas do planejamento estratégi- Portuária trará para o Rio a experiên- co do Rio de Janeiro porque pressupõe cia de um centro vivo, em que edifícios o envolvimento de todos os segmen- modernos e sustentáveis irão se unir ao tos, e não só do setor público”, afirmou acervo arquitetônico da região, intensi- Luís Valverde, da Diretoria de Projetos ficando os usos residenciais, culturais Especiais do ipp. e comerciais. Durante a reunião, Junia O gerente da Cdurp Daniel Lima coor- O encontro na Cdurp contou com a participação de Junia Santa Rosa falou sobre as instruções denou a reunião e apresentou os estudos Santa Rosa do Ministério das Cidades normativas que regulam os novos apor- preliminares da região do Porto desen- tes para o Porto Maravilha, vinculan- volvidos com o apoio do ipp. Entre os de escravos do mundo. A vinda da famí- do-os a um plano local de habitação de destaques, projetos para áreas e terrenos lia real e a abertura dos portos às nações interesse social: abandonados, onde a Prefeitura planeja amigas, em 1808, intensificaram ainda “Para que haja o aporte é necessário construir residências para diversas fai- mais a ocupação da Saúde, Santo Cristo que se estruture um plano de habitação xas salariais. e Gamboa. para a área”, explicou, destacando a im- “Ainda há muito a fazer, mas com O Porto Maravilha é uma iniciativa portância das moradias para vitalizar o apoio das equipes do ipp e a orienta- da Prefeitura com o apoio dos gover- a região no período noturno e a grande ção recebida da Secretaria Nacional de nos estadual e federal. A requalificação chance de despertar interesse em em- Habitação, vamos organizar o planeja- resgata a importância dessa área de 5 presários para a construção no espaço. mento para novas construções na re- milhões de metros quadrados, que tem “Se o empresário não tiver acesso ao pla- gião”, disse Daniel.

Boletim do IPP Nº 6 jan · fev · mar 13 Agência ambiental americana debate o ReciclAção

Juliana Sampaio desenvolvimento do projeto Re- OciclAção no Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, que tem parceria com o programa Rio+Social, foi a pauta do encontro que reuniu representantes da Agência Americana de Proteção Ambien- tal (Enviromental Protection Agency – epa) na sede do Instituto Pereira Passos (ipp), no dia 25 de fevereiro. A programa- ção contou com visitas técnicas ao mor- ro e uma conferência com um grupo da Filadélfia eua( ). O ReciclAção começou em 2012 e foi lançado, oficialmente, em março de 2013. O projeto, que ganhou o apoio de toda a comunidade, cria um ciclo autossusten- tável de reciclagem e desenvolvimento local. O material entregue pela comuni- dade na Estação de Coleta é comprado O debate no IPP reuniu participantes do projeto e representantes da Agência Americana de Proteção Ambiental pelas recicladoras parceiras do projeto. A receita gerada mantém a operação, O encontro de fevereiro deste ano “Eu já vi programas de reciclagem dos reduzindo o lixo na comunidade e per- também contou com a participação de mais variados. Na primeira vez que fui mitindo a organização de mutirões para representantes da Comlurb, Secretaria ao Prazeres, achei que era uma bela e melhorar a qualidade de vida local. Municipal de Meio Ambiente, Coorde- orgulhosa comunidade. Nesta segunda Esta foi a segunda vez que a epa esteve vez, não pude acreditar no aumento do no Prazeres visitando o ReciclAção. Em senso de companheirismo e responsabi- julho de 2013, quando a agência america- “Não é apenas lidade dos moradores”. na esteve no Rio realizando o Seminário reciclagem. É Mark destacou o fato de a equipe da “Gestão Participativa de Resíduos nas Comlurb ajudar a comunidade a manter- Comunidades Pacificadas do Rio”, em um programa de se limpa e o fato de todos os moradores conjunto com o ipp, os pesquisadores es- desenvolvimento se sentirem orgulhosos do ambiente que tiveram lá, para conhecer o trabalho. constroem. “Eu acho esse projeto único. “Um dos desdobramentos do Semi- comunitário” O ReciclAção não é apenas um programa nário de Resíduos Sólidos foi a indicação de reciclagem; é um programa de desen- do ReciclAção para uma parceria com a nadoria de Relações Internacionais da volvimento comunitário”, disse. epa. Hoje, eles já têm uma comunicação Prefeitura do Rio, além da ong Centro Citando os problemas que os aciden- direta e o ipp só acompanha”, comentou de Promoção da Saúde (Cedaps). tes climáticos podem causar, a coorde- a Analista de Gestão Institucional do Mark Lichtenstein, presidente e ceo nadora do ReciclAção, Zoraide Francisca programa Rio+Social, Cíntia Borba. “É da Coligação Nacional de Reciclagem Gomes, conhecida como Cris dos Praze- muito gratificante ver que tanto aepa , dos eua e diretor executivo do Centro da res, afirmou que o território de favela quanto o ReciclAção não medem esfor- Universidade de Syracuse para Soluções necessitava de atenção especial. ços para que a parceria dê certo. Essa Comunitárias Sustentáveis, elogiou o “No Morro dos Prazeres já tivemos 34 união tem muito potencial”, acredita. projeto: mortos por conta de desabamentos cau- IPP sados por temporais. Transformamos esse recorte traumático e doloroso em uma ação de conscientização. Temos construído um trabalho incrível, com paixão. O ipp e o Rio+Social têm sido grandes parceiros”, afirmou Cris. Além do Instituto Pereira Passos, do Rio+Social e da epa, apoiam o ReciclA- ção, a Secretaria Municipal de Meio Am- biente (smac) e a Secretaria de Estado de Ambiente/Instituto do Meio Ambiente – sea/Inea. Também fazem parte deste projeto a Brasil Foods (brf), o Centro de Promoção da Saúde (Cedaps), a Comlurb, o Equilíbrio Sustentável, o Galera.com, o Grupo Proa, a Latasa Reciclagem e o Re- Esta foi a segunda vez que membros da EPA visitaram o Projeto ReciclAção no Morro dos Prazeres, em Santa Teresa cicoleta/Tetra Pak.

14 Boletim do IPP Nº 6 jan · fev · mar Programa Rio Resiliente é tema de encontro no IPP

Divulgação/Centro de Operações Rio Projeto Rio Resiliente foi o tema Ode reunião do Comitê Integrado de Gestão Governamental (cigg) do Eixo Resiliência, na sede do ipp, no início de março. Acompanhada pelo economista Sérgio Besserman, membro do Comitê Gestor do programa, a gerente de Resi- liência do município, Luciana Nery, fez uma apresentação e falou sobre a impor- tância do Projeto Rio Resiliente. “Resiliência significa ser o último a entrar em uma crise e ser o primeiro a sair dela. Nós temos um estoque de pro- blemas característicos da cidade que são desafios históricos do desenvolvimento urbano”, afirmou a gerente. “Atualmen- te, a administração pública e vários ór- gãos junto com o Centro de Operações fazem a gestão do cotidiano em fenôme- O Centro de Operações da Prefeitura é um exemplo de como o Rio de Janeiro vem se preparando para enfrentar crises nos que interferem na dinâmica da cida- de. Hoje, estamos mais preparados para so diagnóstico sobre o atual cenário de A presidente do ipp, Eduarda La lidar com isso”, completou. resiliência do município (disponível Rocque, reforçou a importância das Desde 2009, a Prefeitura do Rio já em Diagnóstico e Áreas de Foco do Rio ações de integração. aplicou R$ 4,3 bilhões em ações em prol Resiliente). A fase 2 é de engajamento “A ideia dos cigg é compartilhar co- da resiliência da cidade. O projeto Rio da sociedade civil e aprofundamento nhecimento e identificar possíveis gru- Resiliente foi dividido em três fases: a nas áreas-foco, em workshops que irão pos de trabalho capazes de dar suporte primeira consistiu na produção de um acontecer até setembro de 2015. A fase 3 às ações desenvolvidas. O cigg mantém documento com a participação de cer- é a implementação e monitoramento de a agenda alinhada e evita superposição ca de 40 órgãos municipais com exten- projetos do Rio Resiliente. de ações”, declarou.

Aplicativo mostra intensidade de chuva na cidade

Reprodução/DIC Diretoria de Informações da Cidade A( dic) do Instituto Pereira Passos desenvolveu, em parceria com outros órgãos da cidade, como a Defesa Civil e a Fundação Instituto de Geotécnica (GeoRio), um novo aplicativo para visua- lização da intensidade de chuvas na cida- de do Rio de Janeiro. O Mapa Digital do Sistema de Alerta e Alarme Comunitário mostra diversos equipamentos que atuam na prevenção de desastres relacionados. O aplicativo entrou no ar em comemora- ção ao Dia Mundial da Água, celebrado pela onu, desde 1993, no dia 22 de março. O mapa pode ser acessado através do O aplicativo é atualizado a cada 15 minutos com informações das estações pluviométricas em vários bairros da cidade endereço http://portalgeo.rio.rj.gov.br/ mapa_digital_rio/mapadechuva. Ele per- O novo aplicativo mostra o Sistema diretor de Informações da Cidade do mite visualizar pluviômetros (apare- de Alerta e Alarme Comunitário, pro- Instituto Pereira Passos, Luiz Roberto lhos que fazem a medição da quantidade jeto coordenado pela Subsecretaria de Arueira, fala sobre o objetivo do mapa. de chuvas) do Sistema Alerta Rio, proje- Defesa Civil. Os pontos de apoio (locais “Desenvolvemos o aplicativo para to coordenado pela GeoRio. O usuário para onde os moradores de áreas de ris- disseminar informações e permitir ao pode acessar também o histórico de chu- cos devem se dirigir em caso de emer- usuário uma série de referências sobre vas registrado pela estação selecionada, gência) também estão sinalizados e po- os registros de chuva na cidade, obser- o acumulado anual até o mês anterior, dem ser visualizados. vados nas estações pluviométricas. Para os registros históricos e a quantidade de Todas as informações estão acessí- o futuro está programada a inclusão de precipitações anuais. veis em um mapa digital interativo. O outras estações”.

Boletim do IPP Nº 6 jan · fev · mar 15 Perfil Vem por aí...

Pacto do Rio ganha Desvendando a cidade página na internet

Andréa Farias Ajudar as secretarias e os cariocas a entender esta ‘outra A partir da segunda quinzena de “cidade’ e ajudar o Rio a ser mais integrado, justo e amigá- junho, o Pacto do Rio terá mais uma vel”, esse é um dos principais esforços de Pedro Veiga, coor- novidade: lançará uma página própria denador do programa Rio+Social. Na administração pública na internet. O projeto que está sendo desde 2001, ele se orgulha de ter participado da implanta- desenvolvido pela agência Casa ção e execução do Projovem, programa do Governo Federal, Digital, que é signatária do Pacto, vai na cidade, de 2005 a 2008. Carioca de 39 anos, Pedro é casa- contribuir para qualificar e ampliar a do e pai de dois filhos. comunicação do projeto com seus “A maior gratificação que temos é a possibilidade de ajudar públicos, além de contribuir com a a cidade a tirar véus. Acho que esse é o desafio de todo o gestor divulgação das ações, projetos, notí- público e a gente, que trabalha diretamente com favela, tem cias, agendas, eventos e atuação das isso pulsante no nosso sangue”, diz. suas Frentes. Obter o diagnóstico das reais necessidades e desejos das comunidades tem sido o car- ro-chefe do Rio+Social. Para isso, os projetos de Identificação de Logradouros e o Mapa Circuito de Contação de Rápido Participativo são fundamentais. Histórias nas Bibliotecas “Com a Identificação de Logradouros, partimos de 77 km de ruas mapeados para mais Comunitárias de 300 km e nós ainda não acabamos o trabalho. Isso é um instrumento de conhecimen- to e de integração muito poderoso”, afirma. O Rio+Social e a Unicarioca realiza- Pedro analisa a recente aproximação com o Governo do Estado como uma oportu- rão nos dias 30/05, 06/06 e 13/06 o nidade de consolidar e expandir o trabalho do programa. São exemplos disso o Curso Circuito de Contação de Histórias nas para Agentes Públicos em áreas pacificadas e a participação dele e da presidente do ipp, Bibliotecas Comunitárias. O projeto Eduarda la Rocque, na Comissão Executiva de Monitoramento e Avaliação da Política de tem como objetivo incentivar a leitura Pacificação (Cemapp) que implantará um programa integrado de ações sociais e serviços nas favelas através de relatos de públicos, nos próximos meses, no Morro São João, no Engenho Novo. histórias que serão realizadas pelos “É importante ter apoio do Governador e trazer os órgãos estaduais para discus- alunos voluntários da universidade. são da integração da cidade. Além disso, com os cursos para agentes públicos, pode- Participarão 17 bibliotecas em 16 remos ajudar o policial que trabalha em favelas a ter um olhar mais humano sobre comunidades, entre elas Manguinhos, aquele território”, explica. São João e Borel. Economia nas comunidades

Andréa Farias ós-graduada em Responsabilidade Social pela ufrj, a eco- Pnomista Daniela Tavares é a atual chefe da Diretoria de Desenvolvimento Econômico Estratégico (ddee) do Instituto Pereira Passos (ipp). Com 42 anos, Daniela ingressou na pre- feitura do Rio em 2009, depois de trabalhar no setor privado. A ddee tem sua atuação direcionada às comunidades pa- Conheça as ações da Prefeitura em cificadas do Rio de Janeiro, promovendo o desenvolvimen- comunidades pacificadas, que estão to comunitário a partir do incentivo, da qualificação e do transformando a cidade e abrindo novas acompanhamento de ações estratégicas locais. oportunidades para milhares de cariocas. “Já desenvolvemos projetos há mais de cinco anos nos Acesse http://www.riomaissocial.org territórios favelizados que passaram pelo processo de paci- ficação. Em 2010, começamos com o Programa Empresa Bacana, que levava capaci- tação e formalização para microempreendedores nesses locais. Mais de 2 mil foram formalizados”, explica Daniela. A experiência fez a ddee perceber a inaptidão dos moradores em planejar, implan- tar e aperfeiçoar as suas atividades. A partir deste diagnóstico, a equipe desenvolveu uma nova metodologia de trabalho: o Pense Favela (veja mais na página 3). A chefe da ddee acredita que a responsabilidade social já está presente na economia: “Como diria Mahatma Gandhi, ‘somos a mudança que esperamos no mundo’. Acredito que não estou sozinha. É notório o crescimento do discurso acerca da falên- Saiba mais sobre o cia social e ambiental do modelo neoliberal (livre comércio) ”, explica. Pacto do Rio em nosso Praticante de ballet desde a infância, a economista afirma que consegue conciliar bem família e trabalho e não dispensa o contato com familiares. Canal no YouTube “No futuro, quero trabalhar com o mesmo gás de sempre, traçando e realizando projetos, articulando com pessoas que tenham o mesmo ideal: contribuir para uma www.youtube.com/user/instpereirapassos sociedade mais justa”, conta.

16 Boletim do IPP Nº 6 jan · fev · mar