RIMA RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL DO CENTRO DE TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS DE GUARABIRA (CTDR DE GUARABIRA) ATERRO SANITÁRIO DE GUARABIRA (ASG)

NOVEMBRO DE 2018 Relatório de Impacto Ambiental 1 Apresentação 5

Identifi cação do Empreendedor 6

Capítulo 1 O que é Licenciamento Ambiental 7

Capítulo 2 Localização do Empreendimento 15 CTDR de Guarabira Unidade de Aterro Sanitário

Capítulo 3 Áreas de Infl uência do Empreendimento 33

Capítulo 4 Diagnóstico Ambiental 37 Capítulo 5 Identifi cação e Avaliação dos Impactos Ambientais 47 Capítulo 6 Planos e Programas Ambientais 59

Conclusão 65

Equipe Multidisciplinar 67

Ecosam - Empresa especializada em 68 consultoria em saneamento ambiental CENTRO DE TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS DE GUARABIRA (CTDR DE GUARABIRA ) ATERRO SANITÁRIO DE GUARABIRA - ASG O Estudo de Impacto Ambiental - EIA e o RIMA - Relatório de Impacto Ambiental são documentos exigidos pelo órgão ambiental durante o processo de licenciamento ambiental de um empreendimento. O presente estudo, elaborado pela ECOSAM – CON- SULTORIA EM SANEAMENTO AMBIENTAL LTDA., apresenta o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), parte integrante do processo de licenciamen- to ambiental da Implantação do empreendimento. O Relatório de Impacto Ambiental – RIMA da Cen- tral de Tratamento e Disposição de Resíduos de Gua- rabira – PB (CTDR de Guarabira) atende ao Termo de Referência (TR) emitido pela Superintendência de Administração de Meio Ambiente – SUDEMA, e se destina a apresentar de forma sintética o Estudo de Impacto Ambiental - EIA em atendimento a Resolu- PRESENTAÇÃO ção CONAMA nº 001, de 1986 e ao Decreto Estadual nº 21.120, de 2000. A O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relató- rio de Impacto Ambiental (RIMA) são documentos exigidos pelo órgão ambiental durante o processo de licenciamento ambiental de um empreendimento. No EIA são apresentados todos os estudos ambien- tais, composto de estudos técnicos e a avaliação das consequências para o ambiente resultantes da insta- lação e operação do empreendimento analisado. Já o RIMA, resume o conteúdo do EIA por meio de uma linguagem fácil, acessível às comunidades envolvidas, contribuindo deste modo com a participação desse grupo no processo de licenciamento ambiental. Este RIMA, publicado em formato de revista, apre- senta a síntese das principais análises e resultados obtidos no EIA do empreendimento, seus objeti- vos e justifi cativas, suas características na fase de implantação e operação, resultados do diagnóstico ambiental dos meios físico, biótico e antrópico (so- cioeconômico), descrição dos principais impactos, bem como as medidas mitigadoras e compensató- rias, com seus respectivos programas de acompa- nhamentos e monitoramento ambiental. A fi m de ilustrar a compreensão do leitor, foram utilizados diversos recursos gráfi cos, mapas e fotografi as, me- lhorando o seu entendimento.

Relatório de Impacto Ambiental 5 Identifi cação do Empreendedor

Empreendedor ECOSOLO Guarabira – Gestão Ambiental de Resíduos LTDA. CNPJ: 30.366.238/0001-04 Endereço: Rodovia PB 073, S/N – 58.200-000 – Guarabira /PB Telefone de contato (83) 3355-8944 Site www.ecosologuarabira.com.br Responsáveis técnicos e contatos: Engº João Azevedo Freire ([email protected]) Adm. Gibran Montenegro Guedes de Holanda

Identifi cação da Empresa Responsável pela Elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e pelo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA).

Elaboração ECOSAM – Consultoria em Saneamento Ambiental LTDA CNPJ: 07.866.868/0001-18 Endereço: Avenida Epitácio Pessoa, 3014, 1° andar – Tambauzinho - João Pessoa – 58.042-006 Telefone de contato (83) 3566-8200 / Cel (83) 99104-8483 Site www.ecosampb.com.br Responsável técnico e contatos: José Dantas de Lima, Dsc ([email protected]) Engenheiro Civil

RIMA - RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL DO CENTRO DE TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS DE GUARABIRA (CTDR DE GUARABIRA) ATERRO SANITÁRIO DE GUARABIRA (ASG)

É uma EDIÇÃO da REVISÃO TÉCNICA ECOSAM – Consultoria José Dantas de Lima em Saneamento REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Ambiental LTDA Maria Tereza Campelo Dantas de Lima

Editado e publicado PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO em Novembro/2018 Ricardo Araújo - Forma Comunicação

6 Relatório de Impacto Ambiental CAPÍTULO 1 O que é Licenciamento Ambiental O Licenciamento Ambiental é um processo de avaliação, baseado em estudos de diversas áreas do conhecimento, utilizado pelo órgão ambiental competente, neste estudo, pela SUDEMA. Este licenciamento ambiental é dividido em três etapas, a saber:

ETAPA 1 ETAPA 2 ETAPA 3

LICENÇA LICENÇA DE LICENÇA DE PRÉVIA (LP) INSTALAÇÃO (LI) OPERAÇÃO (LO)

Aprova a viabilidade ambiental da Quando o empreendimento já Quando o empreendimento já ini- instalação do empreendimento, pode iniciar suas obras físicas cia a sua operação. ou seja, diz que o empreendimen- para a instalação. to pode ser implantado na área solicitada.

PANORAMA NACIONAL, REGIONAL E LOCAL DA GERAÇÃO, COLETA E DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

CONTEXTUALIZAÇÃO GERAL

A seguir, apresentamos um panorama da geração, cole- ta e destinação fi nal de resídu- os sólidos urbanos no Brasil, na (ABRELPE, 2016) e no Guarabira, na Paraíba, município de Guarabira (PB), local da instalação local da instalação do empre- do empreendimento. endimento.

8 Relatório de Impacto Ambiental A ABRELPE e o Sistema Nacional de odo. A geração total de resíduos sofreu queda de Informações sobre Saneamento – SNIS vem 2% e chegou a 214.405 t/dia de RSU gerados no divulgando em seus trabalhos, dados sobre a país, conforme mostra a Figura 1. geração, o gerenciamento e a destinação de re- A quantidade de RSU coletados no país síduos sólidos no Brasil, incluindo os resíduos apresentou índices negativos condizentes com a sólidos urbanos. queda na geração de RSU, tanto no total quanto Entre 2015 e 2016, a geração per capita de no per capita e na comparação com o ano ante- RSU registrou queda quase 3% no mesmo perí- rior, como mostra a Figura 1.

FIGURA 1 COLETA E GERAÇÃO PER CAPITA NO BRASIL

Fonte: ABRELPE, 2016.

No entanto, a cobertura de coleta nas regiões e no Brasil apresentou ligeiro avanço e a região Su- deste continua respondendo por cerca de 52,7% do total e apresenta o maior percentual de cobertura dos serviços de coleta do país.

Relatório de Impacto Ambiental 9 A Figura 2 mostra a participação de cada seguida da região Nordeste. Também se destaca região no total de resíduos coletados no Brasil, como a região de menor participação de resídu- destacando-se a Região Sudeste como a região os a Região Norte, seguida do Centro-Oeste e, com maior participação na coleta de resíduos, por fi m, a Região Sul.

FIGURA 2 PARTICIPAÇÃO DAS REGIÕES NO BRASIL POR TOTAL COLETADO

Fonte: ABRELPE, 2016.

Observa-se através da Figura 3 que a si- mas caiu 0,3 % em relação ao ano de 2015, além tuação da destinação fi nal (disposição fi nal) dos disso a quantidade de RSU destinada inadequa- RSU no Brasil retrocedeu em relação a 2015. O damente aumentou em relação ao ano anterior. índice de 58,4% correspondente à disposição fi - Esta queda percentual signifi ca grandes impac- nal adequada, no ano de 2016, permanece alto, tos ambientais gerados em nosso território.

10 Relatório de Impacto Ambiental FIGURA 3 DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO BRASIL

Fonte: ABRELPE, 2016.

Grandes quantidades de resíduos continuaram tendo como disposição fi nal lixões ou aterros controlados que, do ponto de vista ambiental, pouco se diferenciam dos lixões, pois não possuem o conjunto de sistemas ambientais necessários para a proteção do meio ambiente e da saúde pública. Foto: Marcello Casal Jr/ Agencia Brasil/ Wikimedia Commons Brasil/ Jr/ Agencia Casal Marcello Foto:

Relatório de Impacto Ambiental 11 GUARABIRA E CONSIRES

A Figura 4 mostra a quantidade de resíduos sólidos urbanos geradas em cada município inte- grante do CONSIRES.

GERAÇÃO DE RESIDUOS SÓLIDOS URBANOS NOS MUNÍCIPIOS DO CONSIRES

Geração de RSU Geração de RSU Geração per capita de MUNICÍPIO (t/dia) (Kg/dia) RSU (Kg/hab*dia)

Alagoinha 8,69 8.690,27 0,62

Areia 12,70 12.703,84 0,56

Bananeiras 14,47 14.473,86 0,69

Belém 15,42 15.424,02 0,85

Casserengue 3,06 3.064,72 0,41

Cuitegi 5,57 5,572,73 0,75

Riachão 2,92 2.924,89 0,79

Serraria 4,33 4.326,98 0,82

Araçagi 11,28 11.284,10 0,67

Capim 3,89 3.893,26 0,55

Duas Estradas 1,24 1.240,27 0,43

Guarabira 40,01 40.005,49 0,68

Itapororoca 15,30 15.300,63 0,83

Lagoa de Dentro 4,39 4.389,79 0,62

Logradouro 2,98 2.979,92 0,67

Pedro Régis 2,70 2.698,52 0,41

Pirpirituba 6,33 6.334,22 0,61

Sertãozinho 3,90 3.899,92 0,73

Borborema 2,99 2.991,32 0,55

Mulungu 6,79 6.789,07 0,70

Pilões 4,79 4.786,44 0,75

Pilõezinhos 2,77 2.768,87 0,56 CONSÓRCIO INTERMUNICAIPAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS - CONSIRES INTERMUNICAIPAL CONSÓRCIO Solânea 12,66 12.658,82 0,53

Caiçara 3,21 3.212,79 0,45

Serra da Raiz 2,18 2.180,82 0,72 Total (t) Média per capita 194,57 (*) 0,64 Fonte: ECOSAM, 2018. (*). Nesta quantidade não se considerou os resíduos da construção civil (RCC).

12 Relatório de Impacto Ambiental A Figura 5 mostra a destinação fi nal de todos os municípios integrantes do CONSIRES, sendo todos os municípios encaminham seus resíduos para lixões.

FIGURA 5 LOCALIZAÇÃO DO LIXÕES NA REGIÃO DO CONSIRES

FONTE: ECOSAM, 2018 CONSIRES E PIGIRS O Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos – CONSIRES instituído em 13.05.2013 é com- posto por vinte e cinco (25) municípios, conforme mostra a Figura 6.

FIGURA 6 MUNICÍPIOS QUE INTEGRAM O CONSIRES

FONTE: ECOSAM, 2018

Relatório de Impacto Ambiental 13 O CONSIRES tem como fi nalidade a populações dos municípios que integram o res- gestão associada e gerenciamento de resíduos pectivo Consórcio Público e foi alterado para sólidos, com a implantação do aterro sanitário, integrar também ações de saneamento básico de modo a criar um espaço destinado à dispo- aprovado pela diretoria e conselho diretor do sição fi nal dos resíduos sólidos gerados pelas CONSIRES.

PIGIRS PLANO INTERMUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO CONSIRES

Dos 25 (vinte e cinco) municípios que e os tem aprovado mediante Lei legislativa. integram o CONSIRES, apenas 18 (dezoito) O PIGIRS está integrado aos Planos aderiram ofi cialmente a elaboração do Pla- Municipais de Gestão Integrada de Resí- no Intermunicipal de Gestão Integrada de duos Sólidos – PMGIRS, onde foi elabora- Resíduos Sólidos (PIGIRS) e são: do em três etapas a saber: a primeira diz respeito ao diagnóstico da situação atual  Alagoinha dos serviços de limpeza urbana e manejo Araçagi de resíduos sólidos, a segunda o estudo de Areia prospecção da geração de resíduos gerados  no CONSIRES e a terceira a fase de planeja- Belém mento das soluções a nível regional, com a Capim defi nição das diretrizes, das estratégias, dos  programas e projetos, das ações e atores e  dos custos envolvidos no processo.  Segundo o artigo 18º da Lei N°. GUARABIRA 12.305/2010, que institui a Política Nacional Itapororoca de Resíduos Sólidos (PNRS), a elaboração de  plano municipal de gestão integrada de re-  síduos sólidos é condição para o Distrito Fe- Pedro Régis deral e os Municípios terem acesso a recursos , Riachão da União, ou por ela controlados, destinados  a empreendimentos e serviços relacionados à Sertãozinho limpeza urbana e ao manejo de resíduos sóli- dos, ou para serem benefi ciados por incenti- Destes 18 (dezoito) municípios apenas vos ou fi nanciamentos de entidades federais 10 (dez) aprovaram o PIGIRS e seus PMGIRS de crédito ou fomento para tal fi nalidade.

14 Relatório de Impacto Ambiental CAPÍTULO 2 Localização do Empreendimento CTDR de Guarabira O Centro de Tratamento e Disposição de Resíduos - CTDR, de Guarabira, está sendo proposto para implantação no Sítio Re- tiro, zona rural do município de Guarabira, próximo ao Km 43,4, da rodovia Estadual PB 073, sentido Guarabira para Mari, dis- tanciando-se em torno de 10 km do centro da cidade. De forma mais específi ca, o empreendimento será localizado em uma área de 24,32 hectares, da área total de 33,256 hectares.

QUAL É A CONCEPÇÃO TÉCNICA DO CTDR?

A concepção técnica do empreendimento aborda os elementos técnicos fundamentais para que se reduza ao mínimo os impactos ambientais durante a implantação e operação do empreendimento, trazendo garantias de saúde e salubridade ambiental a comunidade.

O empreendimento ocupa uma área total de DESCRIÇÃO DA ÁREA DO 33,256 ha EMPREENDIMENTO e está situado na zona rural do município de Guarabira, localizado na microrregião de Guarabira e mesorregião do Agreste Paraibano, Estado da Paraíba.

O Aterro Sanitário de Guarabira está localizado no município de Guarabira (PB), conforme fi gura 7 a seguir:

16 Relatório de Impacto Ambiental FIGURA 7 LOCAL DE IMPLANTAÇÃO DO ASG (ATERRO SANITÁRIO DE GUARABIRA)

FONTE: ECOSAM, 2018

JUSTIFICATIVA TÉCNICA DE IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

No atual EIA/RIMA foi realizada ainda coleta, transporte e disposição fi nal para os uma abordagem sobre todos os sistemas resíduos gerados em seus territórios. A tran- de disposição fi nal de resíduos sólidos exis- sição do fechamento dos lixões e a operaçõo tentes nos municípios integrantes do CON- do aterro sanitário devem ser bem planeja- SIRES. Assim, verifi cou-se a carência deste das. O atendimento a Legislação e ao cum- tipo de sistema na região, quando todos os primento das ações civis públicas existentes municípios dispõem seus resíduos em li- e as condições adequadas de saneamento xões, concluindo-se que a instalação de no- básico e saúde pública, são a principal razão vos sistemas de disposição fi nal de resíduos e justifi cativa para a implantação do Aterro sólidos na região se faz necessária e deverá sanitário de Guarabira. ser implementada em caráter de urgência. Neste sentido é mais que necessário O Aterro Sanitário de Guarabira possui que seja implantado um sistema de dispo- vida útil de 30 anos e 4 meses, sendo que, sição fi nal ambientalmente adequado de diante do cenário atual de existência de 25 resíduos, no caso da implantação do CTDR lixões no território do CONSIRES, existe a ne- – Centro de Tratamento e Disposição de Re- cessidade de continuidade dos serviços de síduos de Guarabira.

Relatório de Impacto Ambiental 17 ALTERNATIVAS LOCACIONAIS E TECNOLÓGICAS

Conforme regulamentação do Plano Di- do CONSIRES, dentre elas uma em Guarabira. retor de Guarabira, em vigor, instituído pela Após atualização do Estudo de Áreas em 2018, Lei nº 6.055, de 30/12/2006, o terreno preten- pela mudança da Legislação, considerou-se uma dido para a implantação do CTDR - Aterro Sa- área em Guarabira como a que melhor se adequa nitário de de Guarabira encontra-se na Zona pelos critérios Legais e ambientais, a implanta- de Uso Rural. O estudo de áreas, baseou-se nas ção do empreendimento. Os estudos ambientais áreas indicadas no PIGIRS – Plano Intermuni- do EIA e a Licença Prévia C7 de 2018, emitida cipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos pela SUDEMA, consolida este estudo. do CONSIRES, já aprovado por Lei nº 1308 de A Figura 8 abaixo mostra essas áreas in- 2015, que sugeriu sete áreas nos municípios dicadas no PIGIRS:

FIGURA 8 ÁREAS INDICADAS NO PIGIRS

Fonte: ECOSAM, 2018

A certidão de uso e ocupação de solo Nº 010 de 2018, emitida pela Prefeitura de Guarabira autoriza a instalação do CTDR - Aterro Sanitário de Guarabira na área do empreendimento.

18 Relatório de Impacto Ambiental ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS PARA O EMPREENDIMENTO

No Brasil as principais alternativas tecnológicas disponíveis para o tratamento de resíduos são:

COLETA TRATAMENTO ATERROS COMPOSTAGEM SELETIVA TÉRMICO SANITÁRIOS

Dentre as alternativas tecnológicas dispo- emprego e renda. níveis, o aterro sanitário é a que apresenta a me- Apresenta ainda uma fl exibilidade de lhor relação custo x benefício. adaptação as quantidades a serem dispostas e Os aterros sanitários apresentam vanta- não requer pessoal altamente treinado, ofertando gens, dentre elas: Menores custos de implan- empregos para moradores das comunidades vizi- tação, operação e manutenção em relação a nhas. Assim sua adoção é plenamente justifi cável, outras tecnologias de tratamento de resíduos, pois se torna ambientalmente adequada, econo- tecnologia de fácil operação, geração maior de micamente suportável e socialmente justa.

CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

O Aterro Sanitário de Guarabira foi de Normas Técnicas, ABNT, publicada na projetado para receber uma demanda mé- Norma Técnica NBR10004. Também serão dia diária de resíduos de 250 tf/dia prove- dispostos no CTDR resíduos classe I, pro- nientes de coleta domiciliar, dos resíduos veniente destes municípios e da região do públicos dos municípios integrantes do entorno que atendam a Legislação. CONSIRES e ainda os resíduos compa- Além das áreas destinadas à dispo- tíveis com essa tecnologia, provenientes sição de resíduos, o CTDR de Guarabi- destes municípios, desde que enquadrados ra - Aterro Sanitário de Guarabira conta nas classes IIA e IIB segundo a classifi ca- com as seguintes unidades de apoio ope- ção defi nida pela Associação Brasileira racional:

Bloco Administrativo Tratamento de chorume e lixiviado  Bloco de Máquinas e Equipamentos Sistema de lagoas de águas pluviais Guarita de controle e pesagem Sistema de isolamento da área Unidade de tratamento de por cinturão verde resíduos da construção civil Reserva Legal Unidade de compostagem Acessos internos Unidade de resíduos industriais  Projeto urbanístico

Relatório de Impacto Ambiental 19 A Figura 9 mostra estas disposições no CTDR:

FIGURA 9 - LAYOUT DE INSTALAÇÃO DO CTDR - ATERRO SANITÁRIO DE GUARABIRA

Fonte: ECOSAM, 2018

As Figuras 10 a 13 ilustram melhor estas instalações operacionais:

FIGURA 10 - BLOCO ADMINISTRATIVO DO CTDR DE GUARABIRA

Fonte: ECOSAM, 2018

20 Relatório de Impacto Ambiental FIGURA 11 - BLOCO DE MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS DO CTDR

Fonte: ECOSAM, 2018

FIGURA 12 - CENTRO DE CONTROLE E PESAGEM DO CTDR DE GUARABIRA

Fonte: ECOSAM, 2018

FIGURA 13 - UNIDADE DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL DO CTDR GUARABIRA

Fonte: ECOSAM, 2018

Relatório de Impacto Ambiental 21 VIDA ÚTIL DO CTDR – ATERRO SANITÁRIO DE GUARABIRA INSTALAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Conforme a NBR 13.896 de 1997 da ABNT- Associa- UNIDADES BÁSICAS DE GESTÃO DO EMPREENDIMENTO ção Brasileira de Normas Técnicas, recomenda-se O Centro de Tratamento e Disposição de Resíduos de Guarabi- ra – CTDR Guarabira será constituído pelas seguintes unidades: a construção de aterros

sanitários com vida útil  Unidade de Disposição Final de Resíduos Sólidos Não-Perigosos– mínima de 10 anos. O seu Aterro Sanitário. Capacidade para disposição de 250 toneladas por dia monitoramento ambien- – IIA e IIB. tal deve prolongar-se por Unidade de Captação e Queima de Biogás. Destinada à queima centralizada dos gases a serem gerados no Aterro Sanitário. mais dez anos, após o seu Estação de Tratamento de Efl uentes Líquidos Percolados. Destina- encerramento. O aterro da ao tratamento dos líquidos lixiviados e percolados (“chorume”) a sanitário de Guarabira serem gerados no Aterro Sanitário. tem uma vida útil de 30 Unidade de tratamento de resíduos vegetais. anos e 4 meses, bem su- Unidade de Triagem de Resíduos Sólidos destinados à Reciclagem. perior ao estabelecido na Capacidade para processar 100 toneladas por dia. normativa. Unidade de Triagem, Benefi ciamento e Armazenamento de Resí- duos Sólidos provenientes da Construção Civil (RCC). Capacidade para receber 300 toneladas por dia. Unidade de Tratamento de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde. Capacidade para tratar 10 toneladas por dia. Unidade de Compostagem de Resíduos Orgânicos . Unidade de aterro de resíduos industriais classes I e II B.

22 Relatório de Impacto Ambiental 23 Relatório de Impacto Ambiental 23 Aterro Sanitário é um método de disposição fi nal Este aterro sanitário de resíduos sólidos fundamentado em princípios é um aterro seco, O básicos de engenharia, normas técnicas e opera- ou seja, não tem cionais específi cas, a fi m de acomodar os resíduos sóli- lançamento de dos compactados, sem causar danos ao meio ambiente efl uentes e é um ou à saúde pública. De acordo com uma defi nição clás- sica, é um local destinado ao aterramento e tratamen- aterro verde, pois to de resíduos, previamente preparado com sistemas de se integra a todo impermeabilização de base e das laterais, de drenagens um projeto urbanístico, de líquidos percolados (“chorume”), de águas pluviais e tornando-o um de gases, de sistema de tratamento de lixiviados. aterro diferenciado. O aterro sanitário de Guarabira integrante do CTDR Guarabira, terá inicialmente capacidade para tra- tar inicialmente 250 toneladas de resíduos (lixo) por dia, até absorver a produção gerada por 30 anos e 4 meses. O Aterro sanitário contará com todos os sistemas e instala- ções necessários à sua adequada operação e controle téc- nico e ambiental em atendimento a legislação e normas técnicas vigentes, envolvendo:

24 Relatório de Impacto Ambiental  Áreas específi cas para disposição e tratamento de resíduos domiciliares (RDO);

Sistema de drenagem e tratamento de efl uentes oriundos do ATERRO processo de decomposição dos resíduos;

Sistema de drenagem de chorume e lixiviado;

Sistema de controle ambiental;

  Urbanização da área, envolvendo a instalação de rede de energia elétrica, via de acessos principais e secundários e cer- camento de toda extensão do empreendimento com toda in- fraestrutura e logística necessária para uma boa operação do aterro sanitário;

  Planejamento de utilização e Plano de encerramento do aterro sanitário;

Monitoramento Ambiental. SISTEMAS E INSTALAÇÕES DO DO INSTALAÇÕES E SISTEMAS A Figura 14 (abaixo) mostra um Aterro Sanitário com esta concepção técnica.

Fonte: ECOSAM, 2014

Relatório de Impacto Ambiental 25 UNIDADE DE CAPTAÇÃO E QUEIMA DE BIOGÁS

Fonte: Estre Ambiental

O Aterro Sanitário deverá dispor de um O sistema de captação deverá ser com- sistema ativo de captação dos gases, que os posto por uma rede de tubulações aparentes, encaminhará para uma central encarregada adequadamente distribuídas sobre o maciço da queima, cuja locação proposta deverá ser de resíduos e interligadas aos drenos verticais indicada em planta de projeto do CTDR Gua- de forma a captar o biogás e encaminhar as rabira. unidades de tratamento e queima do biogás.

UNIDADE DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS VEGETAIS

Os resíduos de podas vegetais (podas fei- la específi ca no aterro sanitário. Neste projeto, tas em ruas, praças e parques) serão processados procedeu-se apenas à escolha de uma área de e transformados em bastonetes uniformes, em 0,18 ha para abrigar a unidade de tratamen- uma unidade específi ca a ser implantada na área to de podas, a qual fi cará situada próximo da do CTDR de Guarabira. O tamanho dos basto- célula de disposição de resíduos de poda e da netes dependerá da solicitação da unidade que unidade de compostagem, facilitando, assim, vai utilizá-la (indústrias cerâmicas e padarias). a logística do processo. Um projeto específi co O excedente que não puder ser utilizado para essa unidade será elaborado pelo empre- ou comercializado será disposto em uma célu- endedor.

26 Relatório de Impacto Ambiental Fonte: ECOSAM, 2014

UNIDADE DE TRATAMENTO DE RCC

A Unidade de Triagem e Reciclagem de pequeno a grande porte, com capacidade para RCC deverá receber resíduos sólidos conhe- receber 300 toneladas diárias. Sua localização, cidos popularmente como entulhos e metra- na gleba do empreendimento, é indicada nas lhas, gerados em atividades gerais de obras de plantas de projeto do CTDR Guarabira.

Fonte: ECOSAM, 2014

Relatório de Impacto Ambiental 27 UNIDADE DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

A Unidade deverá receber RSS enquadra- sam estar impregnados com citotóxicos), além dos como Grupo A e Grupo E, de acordo com o de produtos com baixo ponto de fusão (como anexo I da Resolução CONAMA nº 358/2005, mercúrio de termômetros descartados) e resí- não devendo receber resíduos sólidos conten- duos radioativos. do citotóxicos, produtos químicos tóxicos ou Os resíduos de serviços de saúde, a se- farmacêuticos perigosos, que possam emanar rem recebidos na Unidade, já deverão estar vapores ou se volatilizar. Também não pode- separados e acondicionados por tipologia, por rão ser processados produtos utilizados em pa- meio de segregação que deverá ser realizada cientes submetidos à quimioterapia (que pos- nas próprias fontes geradoras.

Fonte: Sim Engenharia, 2017

UNIDADE DE COMPOSTAGEM DE RESÍDUOS ORGÂNICOS

A Unidade de Compostagem de resíduos orgânicos (incluindo podas) deverá ocupar uma edi- fi cação no interior da área do CTDR Guarabira, para o processamento de resíduos por meio de um sistema aeróbico ou anaeróbico, a ser defi nido mediante estudo de viabilidade econômica.

28 Relatório de Impacto Ambiental Fonte: Biocomp, 2012

UNIDADE DE ATERRO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS

O objetivo da implantação da unidade de A unidade de aterro de resíduos indus- disposição de resíduos industriais é dispor de triais deverá receber resíduos classe I e Classe forma adequada esse tipo de resíduo e será im- II B onde a região tem uma grande demanda a plantada em uma etapa futura em uma área de ser suprida e a mesma área atendera a demanda 1,2 ha. Esta unidade vai dispor esses resíduos sem impactar nova área para tratar e dispor os de forma ambientalmente segura. resíduos industriais.

ASMJP - ATERRO SANITÁRIO METROPOLITANO DE JOÃO PESSOA - PB Fonte: CTR João Pessoa - PB

Relatório de Impacto Ambiental 29 OBRAS INICIAIS - MÃO DE OBRA - CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO

CANTEIRO DE OBRAS

instalação do cantei- ro de obras atenderá ao MÃO DE OBRA DAS FASES DE A disposto nas Normas do Ministério do Trabalho. Será es- INSTALAÇÃO E OPERAÇÃO tabelecida e atendida as condi- ções mínimas e diretrizes para O processo de mobilização de mão de obra acontecerá nas fases de implantação a implantação do canteiro de e operação do empreendimento. No pro- obras, pelo empreendedor. Nes- cesso de implantação e operação, ao longo te sentido, visando garantir as das atividades, estão previstos 56 profi s- sionais, onde serão priorizados para fi ns de condições de conforto e higiene contratação: para ambas as fases, trabalha- aos trabalhadores, o canteiro de dores das comunidades locais e para a fase de operação do empreendimento, pessoal obras deverá incluir: almoxari- capacitado em parceria com instituições de fado, banheiros e vestiário, refei- ensino e pesquisa. tório e escritório administrativo.

30 Relatório de Impacto Ambiental ESTIMATIVA DE CONTRATAÇÃO DE PROFISSIONAIS PARA A INSTALAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

FASE ADMINISTRATIVA E OPERACIONAL ACESSOS EXTERNOS

FASE ADMINISTRATIVA E INTERNOS

O acesso externo faz parte Gerente Operacional do sistema viário externo do em- Engenheiro Civil residente preendimento e se dá a partir da Administrador e Auxiliar Administrativo. rodovia Estadual PB 073, no Km 43,4, sentido Guarabira- Mari, em SERVIÇOS estrada que será pavimentada até a entrada do empreendimento. O acesso interno faz parte do Encarregado sistema viário interno do empre- Motoristas endimento e se dá a partir da en-

Operadores de máquinas trada principal do CTDR, contor- nando as células de disposição de Topógrafo resíduos classe I, IIA e IIB e das ins- Pedreiro e servente talações de forma a oferecer uma logística confortável de transpor- SUPORTE MECÂNICO te as demandas existentes.

Mecânico

Soldador Borracheiro REGIME DE TRABALHO

GERÊNCIA GERAL Na fase de instalação do empreendimen- E ADMINISTRATIVA to o regime de trabalho será no período diur- no, de segunda a sábado de 8:00 as 16:20 h. Gerente da unidade Na fase de operação do empreendimen-

Fiscais de balança to, as operações de disposição de resíduos de- verão ser realizadas entre 7 h e 18 h. Os setores Fiscais de descarga administrativos funcionarão de segunda a sá- Vigias e Segurancas bado de 8:00 as 18:00 h.

Relatório de Impacto Ambiental 31 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

O início da construção do CTDR de Gua- Já o início da operação do empreendi- rabira ocorrerá quando do recebimento da Li- mento está condicionado a emissão da Licen- cença de Instalação (L.I) do empreendimento, ça de Operação (L.O), que por sua vez ocorre observadas todas as condicionantes determina- após a verifi cação da conformidade da constru- das pela SUDEMA. A previsão é que as obras ção do empreendimento com o estabelecido no do CTDR para o início da operação do aterro Projeto Executivo e da efi cácia das medidas de sanitário, estejam prontas em 06 (seis) meses controle ambiental estabelecidas nas condicio- após recebimento da LI. nantes das licenças anteriores emitidas.

PLANO DE EMERGÊNCIA DO EMPREENDIMENTO

Em empreendimentos deste porte, em situações de emergência, que é qual- quer anormalidade de fenômenos natu- rais ou de ação humana que, provoquem riscos a integridade física das pessoas, prejuízos ao patrimônio privado, a co- munidade e continuidade das operações do empreendimento. Para controlar estas FENÔMENOS NATURAIS situações foi concebido o Plano de Emer- gência, que está inserido no EIA. AÇÃO HUMANA O CTDR de Guarabira, atende ao que preceitua a NBR 13.896 de 1997, SINISTRO quanto ao seu plano de emergência, que serve para assegurar uma ação organiza- da e eficaz a qualquer sinistro ou emer- EMERGÊNCIA NATURAL gência natural e/ou feita pelo homem. Este Plano fornecerá procedimen- AÇÃO E OPERAÇÃO tos para qualquer situação de emergên- cia, bem como estabelecerá o conceito geral de organização a ação e operação necessária para atender uma variedade de situações de emergência, assim como identificar e designar as responsabilida- des nestas situações de risco.

32 Relatório de Impacto Ambiental CAPÍTULO 3 Áreas de infl uência do empreendimento m um EIA a delimitação das áreas de infl uência de um determinado empre- endimento é um dos requisitos legais estabelecidos pela Resolução CONA- EMA 001 de 1986 e se constitui como um fator de grande importância para o direcionamento da coleta de dados, voltados para o diagnóstico ambiental, bem como para a análise dos possíveis impactos e sua correta compreensão e proposi- ção de medidas mitigadoras adequadas e efi cientes, mitigando e ou compensan- do os potenciais impactos identifi cados no estudo ambiental. As áreas de infl uência neste estudo são aquelas afetadas direta ou indire- tamente pelos impactos, que decorrem deste empreendimento. Elas assumem tamanhos diferentes, pois são defi nidas para cada meio estudado. A exemplo do meio físico, onde se considera a bacia hidrográfi ca, a do meio biótico, onde se considera a fauna e fl ora e a do meio antrópico ou socioeconômico, onde se con- sidera as comunidades do entorno impactadas. Neste sentido foi defi nida três áreas de infl uência para este estudo ambiental.

1) Área de Infl uência Direta (AID): são os espaços terrestres (territórios) onde as relações sociais, econômicas, culturais e os aspectos físico-biológicos so- frem impactos de maneira direta, tendo suas características alteradas, ou seja, havendo uma relação direta entre causa e efeito.

1.1) Dentro da AID foi defi nida a Área Diretamente Afetada (ADA) que é a área de intervenção física do empreendimento.

2) Área de Infl uência Indireta (AII): são áreas onde os impactos se fazem sentir de maneira secundária ou indireta e, de modo geral, com menor intensida- de, em relação a AID.

3) Área de Infl uência Regional (AIR): são áreas onde os impactos se fa- zem sentir de forma indireta e são muito pequenos, acontecendo com pequena intensidade, em relação a AII.

No CTDR de Guarabira, a defi nição destas áreas de infl uência, foi concebi- da com base em análises das principais intervenções consequentes de seu plane- jamento, de sua instalação e operação, relacionada a percepção da sua infl uência nos diversos elementos socioambientais. Para melhor identifi car estes impactos, sobre cada uma das áreas de infl u- ência consideradas neste estudo, o empreendimento foi analisado sob quatro fases sequenciais: Planejamento-Projeto, Instalação, Operação e Controle Ambiental. As Figuras 15, 16 e 17, a seguir, mostram a delimitação destas áreas de infl uências direta e indireta para os meios físico, biótico e antrópico (socioe- conômico).

34 Relatório de Impacto Ambiental FIGURA 15 - ÁREA DE INFLUÊNCIA DO MEIO FÍSICO

Fonte: ECOSAM, 2018 FIGURA 16 - ÁREA DE INFLUÊNCIA DO MEIO BIÓTICO

Fonte: ECOSAM, 2018

Relatório de Impacto Ambiental 35 FIGURA 17 - ÁREA DE INFLUÊNCIA DO MEIO ANTRÓPICO (SOCIOECONÔMICO)

Fonte: ECOSAM, 2018

36 Relatório de Impacto Ambiental CAPÍTULO 4 Diagnóstico Ambiental O Diagnóstico ambiental é composto por três estudos: Meio físico, meio biótico e meio antrópico (socioeconômico).

Em um EIA-RIMA os estudos do diagnós- dentro da AID está a Área Diretamente Afetada tico ambiental iniciam pela defi nição das Áre- (ADA), que é o espaço físico onde ocorrerá as as de Infl uências (AI), que são recortes da área intervenções para implantação do empreendi- (terreno) que serão afetados pelo empreendi- mento. Em especial para este estudo defi niu-se mento, de forma positiva ou de forma negativa. uma nova Área de Infl uência, denominada Área Metodologicamente defi niu-se em Área de In- de Infl uencia Regional (AIR), onde se insere o fl uência Direta (AID) e Área de Infl uência Indi- território do CONSIRES. reta (AII), sendo a Direta a que recebe de ime- A Figura 20 mostra estas Áreas de In- diato os impactos positivos ou negativos gerados fl uencias do EIA do meio antrópico (socioeco- pelo empreendimento. Ainda se defi niu que nômico).

FIGURA 18 A AIR - ÁREA DE INFLUÊNCIA REGIONAL

Fonte: ECOSAM, 2018

38 Relatório de Impacto Ambiental MEIO FÍSICO

O Regime de chuvas na Região do empre- típico de caatinga, caracterizado pela escassez de endimento é caracterizada por chuvas de abril a precipitações e principalmente por distribuição julho, com precipitações que variam e têm o mês irregular. A média de precipitações em Guara- mais chuvoso julho e o mais seco o mês de no- bira e de 1.089 mm por ano. As maiores preci- vembro. O clima é do tipo Tropical Semiárido, pitações ocorrem no mês de junho, com valor com chuvas de verão (CPRM, 2005). médio de 96 mm e as menores no mês de no- A sua evaporação média é de 1.414 mm vembro, com média de 16 mm. por ano, e os ventos predominantes na direção Os ventos predominantes na área do em- sudeste. preendimento são no sentido sudoeste e leste, Os principais recursos hídricos superfi - o que não traz problemas para as comunidades ciais próximos a área do empreendimento são: próximas. o riacho Tabocas, que é afl uente do rio Maman- Nenhum evento impeditivo foi identifi - guape, que está distante 2,5 Km da área, não cado no meio físico. Não foram identifi cados existindo assim infl uência hídrica sobre a hidro- passivos ambientais, os níveis de ruído na área logia local. do entorno (ADA e AII) estão acima do permi- Os solos predominantes na AID são do tida pela legislação, não existe lençol freático na tipo Argessolo, Podzólico Vermelho Amarelo ADA e não foi identifi cada nenhuma comuni- Eutrófi co (PE), que se constitui como solo de dade tradicional próxima a área do empreendi- boa qualidade para este tipo de empreendimen- mento, como comunidades quilombolas e in- to, o que foi confi rmado nos estudos ambientais. dígenas. A comunidade de assentamento rural A AII apresenta um regime climatológico mais próxima está a 2,5 km.

Relatório de Impacto Ambiental 39 MEIO BIÓTICO

Os estudos do meio biótico atenderam o Termo de Referência da SUDEMA e compreendeu estudos da fl ora, da fauna com estudos na Mastofauna, na Herpetofauna, na Avifauna e na Entomofauna. FLORA

O CTDR – Aterro Sanitário de Guarabi- ocorrência na área, representando 56% do total ra se insere na região Semiárida Brasileira de de árvores levantadas). As espécies encontra- acordo com o Ministério de Integração Nacio- das são nativas da região semiárida brasileira, nal, no qual está inserido, na sua essência, ao pertencente ao bioma Caatinga e atingiram bioma Caatinga. Especifi camente em uma área baixo rendimento lenhoso (19,07 m3 para a de Caatinga Arbustiva Aberta. No inventário área total levantada). Merece destaque o fato fl orestal realizado na área do empreendimento de que a área é caracterizada como consolida- foram encontradas espécies como Catingueira, da de acordo com a Lei Federal nº 12.651/2012, Bom Nome, Burra Leiteita, Espinheiro, Mar- art. 3, inciso IV, e, em decorrência disto, a área meleiro, Amorosa e Juazeiro (espécie de maior apresentou baixa diversidade fl orística.

FIGURA 11 VEGETAÇÃO NA ÁREA DO EMPREENDIMENTO

Fonte: ECOSAM, 2018

Em termos de áreas protegidas, não foi identifi cada nenhuma Área de Proteção Ambi- ental (APA), Unidade de Conservação (UC) ou Área de Preservação Permanente (APP) na área do empreendimento ou próxima a esta área.

SUPRESSÃO VEGETAL

O projeto de reposição fl orestal foi apre- mas a medida em que for avançando a implan- sentado a SUDEMA para obtenção da licença tação do empreendimento, minimizando estes de uso alternativo de solo, e em seu inventário impactos na área. O material suprimido será se determinou cerca de 20 m3 de material le- doado a comunidade do entorno que o utiliza nhoso a ser suprimido, não de forma integral, para cozinhar alimentos.

40 Relatório de Impacto Ambiental FAUNA

Nos estudos da MASTOFAUNA, foram dade coletada é reflexo da antropização acen- identificadas apenas duas espécies na área, o tuada da área, gerando assim uma falta de rato do mato e o catita. Esta pequena quanti- abrigo para a mastofauna local.

Fonte: ECOSAM, 2018

Na HERPETOFAUNA foram identifi- possuem ampla distribuição no domínio da cados 57 lagartos e 2 serpentes. Todas as es- Caatinga, onde a área do empreendimento pécies de Lagartos e Serpentes encontradas está inserida.

Fonte: ECOSAM, 2018

Fonte: ECOSAM, 2018

Relatório de Impacto Ambiental 41 Na AVIFAUNA com a aplicação do esforço quero, o gavião-carijó e o urubu-de-cabeça-preta. amostral para este estudo, tornou-se possível o re- As mais abundantes na área de estudo foram a gistro de 48 espécies de aves, dentre elas o quero- rolinha-picuí e a Sebinho-de-olho-de-ouro.

Fonte: ECOSAM, 2018

No estudo da ENTOMOFAUNA foram área são comuns para Área de Caatinga Ar- encontrados de forma geral 77 espécies e 365 bustiva e Florestada, nenhuma destas encon- indivíduos e todas as espécies encontras na tra-se em lista de Ameaça de Extinção.

Fonte: ECOSAM, 2018

Fonte: ECOSAM, 2018

42 Relatório de Impacto Ambiental MEIO ANTRÓPICO (SOCIOECONÔMICO)

USO DE SOLO INFRAESTRUTURA URBANA O uso de solo local é de área já consolidada por ativi-  Saneamento Básico dades agrossilvopastoris e que na hoje se encontra com vege- A população residente no tação arbustiva como capim município de Guarabira é aten- dida pelos Sistemas de Abasteci- gengibre e poucas espécies da mento de Água e de Esgotamento região de caatinga. Sanitário, operados pela Conces- sionaria Estadual, a CAGEPA. O percentual da população urbana com abastecimento de agua trata- da e de 96,7 % e o de coleta de es- PERFIL DA POPULAÇÃO gotos e de 67% (CAGEPA, 2017).

De acordo com da- Saúde dos obtidos no Instituto Brasileiro de Geografi a e De acordo com parâme- Estatística (IBGE), o municí- tros defi nidos pela Portaria nº pio de Guarabira contava, 1.101/2002 do Ministério da Saúde, estabelece-se a disponi- em 2018, com uma popu- bilidade de 2,5 a 3 leitos hospi- lação total de 58.881 ha- talares para cada 1.000 pessoas. bitantes (estimativa), enquanto a população do CONSIRES Em Guarabira esse número fi ca contava com aproximadamente 302.500 habitantes, que abaixo do parâmetro estabe- lecido com aproximadamente representam 7,5% da população do Estado da Paraíba. 2 leitos para cada 1.000, mas, apresenta condição melhor que a apresentada pelos demais mu- nicípios do CONSIRES. Em nú- CONDIÇÕES DE VIDA mero de estabelecimentos (pú- blicos e privados) a Guarabira conta com 04 unidades, com O Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) é compos- cerca de 120 leitos. O município to de indicadores de três dimensões do desenvolvimento huma- conta com 115 agentes comuni- no, a saber: Educação, Longevidade e Renda. É usado para classi- tários de saúde e 20 equipes de saúde na família com cobertura fi car o grau de desenvolvimento de um país, estado ou município. de 98% do território. Também Esse índice varia de 0 a 1, sendo que, quanto mais próximo de 1, conta com 03 núcleos de apoio maior é o desenvolvimento humano daquele município. O IDHM a família (NASF) e as Unidades de Guarabira é de 0,673, tendo seu ranking estadual a sétima po- básicas de Saúde (UBS) aten- dem a quase 100% da popula- sição, o que tem apresentado pequena melhoria neste aspecto. ção Guarabirense.

Relatório de Impacto Ambiental 43 SISTEMA VIÁRIO – ACESSOS AO EMPREENDIMENTO

O tráfego gerado no empreendi- entrada do empreendimento, próximo mento não afeta vias públicas que estão ao Km 43,40, sentido Guarabira – Mari. situadas na AID e AII (não há vias públi- Os outros municípios que transportarão cas internas à ADA). Será construído um seus resíduos ao empreendimento se acesso ao empreendimento de cerca de deslocarão por rodovias Estaduais já im- 900 m, que fará a ligação da PB 073 a plantadas, a exemplo da PB 057 e PB 063.

PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL ÁREAS NATURAIS

Os trabalhos técnicos e científi cos nas áreas de PROTEGIDAS arqueologia têm o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) como órgão controlador As áreas naturais protegidas foram e fi scalizador, e todas as intervenções em qualquer tipo criadas com objetivo de garantir a preserva- de empreendimento necessitam de sua prévia autori- ção da biodiversidade e a proteção a locais zação. Os sítios arqueológicos e seu acervo estão pro- de grande beleza cênica, e estas contribuem tegidos por uma série de diplomas legais, a exemplo para melhorar a qualidade de vida das popu- da Constituição Federal, no seu Capítulo III, da Lei lações humanas, pois atuam sobre o clima, a nº 3964 de 1961, que estabelece a proteção dos sítios disponibilidade e a qualidade dos recursos arqueológicos e da Portaria nº 07 de 1988 do IPHAN e hídricos. Elas podem ser públicas ou pri- Instrução Normativa nº 001/2015 do IPHAN. vadas, e são defi nidas por meio de Decretos voltadas a preservação da natureza. A Legis- POTENCIAL ARQUEOLÓGICO lação, aponta três tipos básicos: Área de Pre- servação Permanente (APP), Reserva Legal De acordo com os levantamentos realizados, (RL) e Unidades de Conservação (UCs). a região onde se pretende implantar o empreendi- O Código Florestal Brasileiro – Lei mento pode ser enquadrada como de BAIXO po- nº 12.651 de 2012, introduziu o conceito de tencial arqueológico, visto que a maioria dos sítios dois tipos de áreas naturais protegidas: as arqueológicos localizados são em outros municí- Áreas de Preservação Permanente (APP) pios, distantes da AID. e as Reservas Legais (RL). Foram delimi- O empreendimento está sob processo de li- tadas com a fi nalidade de proteger os re- cenciamento no IPHAN nº 01408.000373/2018-06. cursos hídricos, a paisagem, estabilidade geológica, biodiversidade, fl uxo gênico, OBS: Caso encontre algum vestígio ou material ar- abrigo de fauna e fl ora e a reabilitação dos queológico, o empreendedor se compromete a aten- processos ecológicos para o bem estar das der a Instrução Normativa nº 001/2015, do IPHAN. populações humanas.

44 Relatório de Impacto Ambiental UNIDADES DE CONSERVAÇÃO (UC) E OUTRAS ÁREAS PROTEGIDAS

O licenciamento ambiental do empreendimento e as UCs

A relação entre as Unidades de Conserva- seja, concedido mediante autorização do órgão ção (UCs) e o licenciamento de empreendimen- responsável pela administração da UC. tos efetivo ou potencialmente causadores de de- Assim, para este estudo ambiental foi de- gradação ambiental, possui alguns instrumentos senvolvido mapa temático e se observou que o legais de grande importância, como o Sistema empreendimento não se encontra situado em Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), nenhuma zona de amortecimento ambiental regulamentado pelo Decreto Nº 4.340 de 2002 de UCs da região, sendo a UC mais próxima e a Resolução CONAMA 428 de 2010, que dis- a Unidade de Proteção do Roncador, distante põe sobre o licenciamento de empreendimentos 7,68 km do empreendimento e a 18,29 km da localizados em áreas próximas a UCs, num raio Área de Proteção Ambiental de Barra do Rio de 3.0 km (em caso de haver zona de amorte- Mamanguape. cimento especifi cada no Plano de Manejo) ou A Figura 20 mostra esta situação.

FIGURA 20 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E ZONAS DE AMORTECIMENTO

Fonte: ECOSAM, 2018

O empreendimento não consta da lista de Áreas Prioritárias para conservação, utilização sus- tentável e repartição de benefícios da Biodiversidade Brasileira, conforme Decreto Nº 5.092 de 2004 (Portaria 126 do MMA).

Relatório de Impacto Ambiental 45 RESERVA LEGAL (RL)

Uma porção da área do empreendimento (terreno) onde se pretende instalar o empreendi- RESERVA LEGAL mento, 22% (vinte e dois) por cento, correspon- dente a 7,31 ha, e destinada a área de Reserva Legal Área localizada no interior de (RL), superior ao estipulado na Legislação vigente. uma propriedade ou posse rural, de- Esta porção de área atualmente encontra-se antro- limitada nos termos do artigo 12 do pizada, com vegetação arbustiva em consequência Código Florestal Brasileiro, com a fun- das atividades humanas na área, com predominân- ção de assegurar o uso econômico de cia de cultivo de agricultura de subsistência. Com modo sustentável dos recursos natu- isto, o empreendedor devera proceder a recompo- rais do imóvel rural, para fi ns de auxi- sição da área com cobertura vegetal nativa, confor- liar a conservação e reabilitação dos me estabelece o código fl orestal. processos ecológicos e promover a A Reserva Legal estabelecida no terreno de conservação da biodiversidade, bem implantação do CTDR de Guarabira funcionará como abrigo e proteção de fauna sil- como uma barreira física contra o vento e ainda vestre e da fl ora nativa. contribuirá para a melhoria da qualidade do ar por meio de fi ltragem de partículas em suspensão.

FIGURA 21 ÁREA DE RESERVA LEGAL

A Reserva Legal (RL) tem 7,31 ha e representa 22% da área do empreendi- mento.

Fonte: ECOSAM, 2018

46 Relatório de Impacto Ambiental CAPÍTULO 5 Identifi cação e avaliação dos impactos ambientais IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

A implantação e operação do Aterro Sa- tipo de impacto. nitário de Guarabira podem causar alterações Para os impactos positivos são imple- nos meios físico, biótico, antrópico e socioe- mentadas medidas potencializadoras, ou seja, conômico, tanto no local do Empreendimento ações para otimizar e/ou ampliar seus efeitos quanto na área do seu entorno. Essas alterações benéfi cos. são conhecidas como Impactos Ambientais e Já para os impactos negativos, são ado- podem ser positivos ou negativos. tadas medidas de prevenção (para que eles não A avaliação de impactos visa identifi car os ocorram), mitigação (para minimizar seus efei- aspectos ambientais que poderão sofrer modifi - tos, caso eles não possam ser evitados), controle cações devido às ações desenvolvidas no Empre- e/ou monitoramento (para acompanhar o seu endimento, de forma a permitir a defi nição das desenvolvimento) ou ainda de compensação medidas de gestão a serem adotadas para cada (em caso de danos permanentes).

PRINCÍPIOS NORTEADORES

Para realização da análise do impacto do a elaboração de uma matriz de interação, ambiental a ser causado pela implantação do instrumento utilizado para a identificação do empreendimento utilizou-se a metodologia impacto resultante. com a identifi cação das atividades necessárias Na Matriz de Impacto, identifi cou-se às instalações e a posterior operação do Aterro cada característica e o meio afetados por uma Sanitário de Guarabira. determinada ação do empreendimento, tendo- Utilizando-se da matriz de Mota & se, ao mesmo tempo, uma avaliação do impac- Aquino, amplamante utilizadas em empreen- to em termos de tipo, importância, magnitude dimentos deste porte, e considerando a me- e duração, bem como uma abordagem descriti- todologia proposta, tais atividades foram re- va do mesmo. As Figuras 22 e 23 mostram os lacionadas aos aspectos ambientais da área de impactos positivos e negativos no empreendi- influência do empreendimento, possibilitan- mento, utilizando-se desta abordagem.

No quadro acima, a matriz de identifi cação e avaliação dos impactos foram avaliados conforme a seguinte classifi cação:

 (P) - Impacto de importância pequena, (M) - Impacto de importância média, (G) - Impacto de importância grande.

(1) - Impacto de magnitude não signifi cativa, (2) - Impacto de magnitude moderada, (3) - Impacto de magnitude signifi cativa, (4) - Impacto de curta duração, (5) - Impacto de média duração e (6) - Impacto de longa duração.

48 Relatório de Impacto Ambiental FIGURA 22 - ANÁLISE E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS POSITIVOS DO EMPREENDIMENTO

AÇÃO QUE GERA DESCRIÇÃO DO DIRETRIZ A SER O IMPACTO IMPACTO FASE ADOTADA IMPACTO DURAÇÃO

1. IMPACTOS POSITIVOS DO EMPREENDIMENTO MAGNITUDE IMPORTÂNCA

Priorizar a contratação de moradores Geração de empregos di- das comunidades do entorno, para retos e indiretos, tanto du- preenchimentos das vagas, tanto du- LEVANTAMENTO rante a fase de implantação 1 PLANJ rante a implantação, como durante DE CAMPO quanto durante a fase de P 2 4 operação. operação, gerando renda e melhoria na qualidade de vida.

Ampliação do conhecimen- Divulgação do estudo realizado, dis- to científi co do bioma caa- ponibilizando-o nos sites prefeituras DESENVOLVIMENTO tinga, em decorrência dos 2 PLANJ G 3 6 interessadas. DO PROJETO levantamentos aprofunda- dos realizados para o EIA/ RIMA. Priorizar a contratação de moradores Aproveitamento de mão- 3 PLANJ P 2 4 das comunidades do entorno, para DESENVOLVIMENTO de-obra na realização dos preenchimentos das vagas, tanto DO PROJETO levantamentos de campo. durante os levantamentos de campo.

Dinamização da economia Priorizar a contratação de moradores INSTALAÇÃO DO local pela execução do can- 4 IMPLANT P 1 4 das comunidades do entorno, para pre- CANTEIRO DE OBRAS teiro de obras e contratação enchimentos das vagas, tanto durante a de pessoas. implantação, como durante operação.

A melhoria das vias de aces- Realizar terraplanagem e pavimen- MELHORIA DO so ao local do aterro resulta- 5 IMPLANT tação das vias de acesso ao aterro SISTEMA VIÁRIO rá em melhores condições M 2 6 sanitário. NTERNO E EXTERNO para circulação de veículos e transporte na área.

O material resultante do a) Contratação de comunidades do supressão vegetal poderá entorno para realizar a supressão de RETIRADA DA ser aproveitado como ma- 6 IMPLANT G 3 5 vegetação; VEGETAÇÃO DAS deira para uso na unidade b) Tentar vencer os entraves burocráti- ÁREAS DAS CÉLULAS de compostagem e diversos cos para permitir a doação da madeira usos. para alguma associação do entorno.

Dinamização da economia Priorizar a contratação de moradores PREPARAÇÃO DAS local pela execução das cé- das comunidades do entorno, para 7 IMPLANT M 2 6 CÉLULAS lulas e contratação de pes- preenchimentos das vagas na execu- soas. ção das células.

EXTRAÇÃO DE Dinamização da economia Priorizar a contratação de moradores MATERIAL PARA local pelos serviços de ex- das comunidades do entorno, para COBERTURA DOS tração de material de co- realizar a extração do material para 8 IMPLANT M 2 6 RESÍDUOS bertura e contratação de cobertura pessoas.

Dinamização da econo- Priorizar a contratação de moradores EXECUÇÃO DE mia local pela execução de das comunidades do entorno, para 9 IMPLANT M 2 6 OBRAS DE APOIO obras de apoio e contrata- preenchimentos das vagas, tanto du- ção de pessoas. rante as obras de apoio.

Relatório de Impacto Ambiental 49 AÇÃO QUE GERA DESCRIÇÃO DO O IMPACTO IMPACTO DIRETRIZ A SER FASE

IMPACTO ADOTADA DURAÇÃO MAGNITUDE

1. IMPACTOS POSITIVOS DO EMPREENDIMENTO IMPORTÂNCA

Priorizar a contratação de moradores Geração de empregos dire- das comunidades do entorno, para EXECUÇÃO DO tos e indiretos, tanto durante 10 IMPLANT preenchimentos das vagas, tanto ATERRO SANITÁRIO a fase de implantação quan- M 2 6 durante a implantação, como duran- to durante a fase de opera- te operação. ção, gerando renda e melho- ria na qualidade de vida.

Será promovida a recuperação das As ações de recuperação áreas atualmente degradadas por re- RECUPERAÇÃO DAS das áreas degradadas, in- 11 CONT. síduos em Guarabira, recompondo- ÁREAS DEGRADADAS cluindo a revegetação das AMBIEN. M 2 6 se a superfície do terreno, incluindo EXISTENTES mesmas, resultará na prote- recomposição vegetal das mesmas. ção do solo contra a erosão.

A preservação da área de re- a) Atendimento rigoroso do Progra- serva legal (22%) resultará em ma de Monitoramento Ambiental; PRESERVAÇÃO DA extensa área com vegetação 12 CONT. b) Fiscalização rigorosa; ÁREA DE RESERVA nativa, bem como a fauna AMBIEN. c) Manutenção e monitoramento LEGAL presente na área de reserva le- da área. gal a ser preservada será pro- G 2 6 d) A drenagem das águas superfi - tegida. Os recursos hídricos ciais serão preservadas. do entorno da área preserva- da também serão protegidas.

O sistema de coleta e trata- COLETA E mento do lixiviado garantirá a) Atendimento rigoroso do Progra- TRATAMENTO a proteção da qualidade das 13 CONT. ma de Monitoramento Ambiental; DO LIXIVIADO águas superfi ciais e subterrâ- AMBIEN. G 3 6 b) Fiscalização rigorosa; neas onde será utilizado um sistema sem lançamentos de efl uente. (Aterro seco).

O sistema de drenagem de gases a ser implantado per- a) Atendimento rigoroso do Progra- mitirá a coleta e lançamento ma de Monitoramento Ambiental; DRENAGEM do mesmo para a atmosfe- 14 CONT. b) Monitoramento e Fiscalização ri- DOS GASES ra, com processo de queima AMBIEN. G 3 6 gorosa; e ou geração de energia, reduzindo os risco de incên- dios e de explosões.

a) Será feita a conformação do solo após a desativação do atual Lixão de Guarabira, mediante um projeto de recuperação ambiental, devidamen- O Fechamento do atual Li- te licenciado. DESATIVAÇÃO E xão incluirá a coleta e trata- 15 CONT. b) Serão instalados drenos para cap- FECHAMENTO DO mento do lixiviado, reduzin- AMBIEN. G 3 6 tação e drenagem dos gases, lançan- LIXÃO DE GUARABIRA do-se a poluição das águas do-os na atmosfera. superfi ciais e subterrâneas. c) A recuperação dos gases evitará o lançamento para a atmosfera de ga- ses que contribuem para o efeito es- tufa – metano e gás carbônico, com

50 Relatório de Impacto Ambiental AÇÃO QUE GERA DESCRIÇÃO DO O IMPACTO IMPACTO DIRETRIZ A SER FASE

IMPACTO ADOTADA DURAÇÃO MAGNITUDE

1. IMPACTOS POSITIVOS DO EMPREENDIMENTO IMPORTÂNCA

redução de 21 vezes. d) Deverá ser procedido a recomposi- ção fl orestal da área do antigo Lixão, usando-se vegetação nativa.

O setor público passará a Serão implantados, paralelamente à contar com novos sistemas execução do aterro sanitario serviços, de aproveitamento de re- tais como, coleta seletiva, reciclagem síduos, incrementando o de resíduos, compostagem, aprovei- CONT. ATIVIDADES desenvolvimento de tecno- tamento de resíduos da construção 16 AMBIEN. COMPLEMENTARES logias atuais. civil. Com isso, serão criadas condi- DE LIMPEZA ções para a geração de trabalho e G 3 6 renda e melhoria da saúde e qualida- de de vida da população. Serão im- plementados sistemas organizacio- nais, tipo cooperativas, associações e similares.

Com a instalação de sistema de captação de gases e com 17 OPER. GERAÇÃO DE ENERGIA geração de energia, a comu- Seguir as diretrizes do Programa de ELÉTRICA nidade pode utilizar-se de Controle Ambiental G 3 6 energia limpa, no caso do excesso gerado no CTDR.

Com a instalação de sistema de captação de gás e com a queima do biogás, a co- a) Implantação de drenos de gás e munidade pode utilizar-se monitoramento dos mesmos 18 G 3 6 OPER. QUEIMA DE BIOGÁS de melhor qualidade do ar, pela redução de CH4 emiti- da à atmosfera em 21 vezes, através do conhecimento de novas tecnologias de tra- tamento de gases.

AUMENTO DA Com a instalação do CTDR 19 DEMANDA POR será utilizado novos equipa- a) Realizar a difusão das tecnologias OPER. EQUIPAMENTOS NA mentos para operação no empregadas no CTDR ZONA RURAL E empreendimento, supridos M 2 6 COMUNITÁRIA pela comunidade local.

Com a implantação do Conformação de uma assessoria téc- 20 OPER. MELHORIA DA CTDR e das unidades de nica por parte do empreendor, que LOGÍSTICA DA GESTÃO tratamento de RCC e da lo- mostre essas alternativas para as pre- DE RSU E RCC gística para transporte de feituras. RSU, a comunidade será be- G 3 6 nefi ciada pela redução de impactos à saúde.

Com a instalação das unida- 21 IMPLANT/ GERAÇÃO DE Priorizar a contratação de moradores des componentes do CTDR, OPER. EMPREGO E RENDA M 3 6 das comunidades do entorno, para

Relatório de Impacto Ambiental 51 AÇÃO QUE GERA DESCRIÇÃO DO O IMPACTO IMPACTO DIRETRIZ A SER FASE

IMPACTO ADOTADA DURAÇÃO MAGNITUDE

1. IMPACTOS POSITIVOS DO EMPREENDIMENTO IMPORTÂNCA

preenchimentos das vagas, tanto du- será gerado novos empre- rante a implantação, como durante gos e uma geração de renda operação. aos moradores das comuni- dades próximas ao CTDR.

Com a instalação do CTDR GERAÇÃO DE será gerado recursos fi nancei- 22 IMPLANT/ Conformação de uma assessoria téc- TRIBUTOS DIRETOS E ros para o município median- OPER. M 2 6 nica por parte do empreendor, que INDIRETOS te os tributos diretos e indire- mostre essas alternativas para as pre- tos envolvidos no processo de feituras. instalação e operação.

Com a instalação e opera- AUMENTO DE ção do CTDR serão utiliza- Conformação de uma assessoria téc- CAPACIDADE DE das novas tecnologias para 23 OPER. M 2 6 nica por parte do empreendor, que DESTINAR destinar adequadamente os mostre essas alternativas para as pre- ADEQUADAMENTE resíduos a serem tratados feituras. O RSU E RCC e destinados de forma am- bientalmente adequadas.

Priorizar a contratação de moradores DINAMIZAÇÃO DA Com a instalação do CTDR a das comunidades do entorno, para ECONOMIA PELA economia local será dinami- 24 IMPLANT/ M 2 6 preenchimentos das vagas, tanto du- EXECUÇÃO DE OBRAS zada pela contratação de pes- OPER. rante a execução das obras. E CONTRATAÇÃO soas das comunidades locais. DE PESSOAS

a) Explorar a visitação frequente que APROXIMAÇÃO DE Com a instalação do CTDR recebe o CTDR, para efeito de divul- INSTITUIÇÕES DE serão geradas possibilida- 25 IMPLANT/ M 2 6 gar as carências e necessidades da ENSINO E OUTROS des de parcerias com insti- OPER. área rural onde está inserida; GRUPOS CIENTÍFICOS tuições de pesquisas e com b) Utilizar o novo CTDR como ponto GERANDO instituições de ensino para de contato entre a população e o Po- MULTIPLICADORES educação ambiental. der Público

Com a implantação do a) Oferta de serviços com uma políti- CTDR será ofertado aos 25 ca tarifária que leve em consideração ALTERNATIVA DE municípios integrantes do a realidade dos municípios integran- DISPOSIÇÃO FINAL CONSIRES a destinação fi - 26 OPER. tes do CONSIRES; AMBIENTALMENTE nal, ambientalmente ade- M 3 6 b) Conformação de uma assessoria EFETIVA E ADEQUADA quada, de seus resíduos em técnica por parte do empreendedor, PARA OS MUNICÍPIOS atendimento a Lei 12.305 para ajudar os interessados a enten- DO CONSIRES de 2010 e Lei 11.445 de der a oferta de serviços e a determi- E REGIÃO 2007, atendendo ainda a Lei nar a viabilidade do mesmo. 11.1107 de 2005. IMPLANT/ EFEITO MOTIVADOR A instalação do CTDR em 27 OPER. M 2 6 a) Conformação de uma assessoria PARA IMPLANTAÇÃO

52 Relatório de Impacto Ambiental AÇÃO QUE GERA DESCRIÇÃO DO O IMPACTO IMPACTO DIRETRIZ A SER FASE

IMPACTO ADOTADA DURAÇÃO MAGNITUDE

1. IMPACTOS POSITIVOS DO EMPREENDIMENTO IMPORTÂNCA

DE NOVOS cumprimento das exigên- técnica por parte do empreendedor, CONSÓRCIOS cias legais, traz grande efeito que mostre essas alternativas para as motivador a outros municí- prefeituras. pios do Estado à participa- rem de consórcio público in- termunicipal.

a) Oferta de serviços com uma políti- A instalação do CTDR traz ca tarifária que leve em consideração CONT. DESATIVAÇÃO E o fechamento dos 24 muni- G 3 6 a realidade dos municípios integran- 28 AMBIEN. FECHAMENTO DOS cípios integrantes do CON- tes do CONSIRES; LIXÕES DO CONSIRES SIRES, melhorando as con- b) Conformação de uma assessoria dições do meio biótico e técnica por parte do empreendedor, ambientais dos municípios. para ajudar os interessados a enten- der a oferta de serviços e a determi- nar a viabilidade do mesmo.

CONT. IMPLANTAÇÃO DE Com a instalação do CTDR e 29 AMBIEN. PROJETO PAISAGÍS- seu projeto paisagístico, os G 2 6 Seguir rigorosamente as etapas do TICO AO LONGO DO componentes da fl ora e fl ora Programa de Controle Ambiental EMPREENDIMENTO serão dinamizados.

CONT. AUMENTO DA Com a instalação e ope- Agilização do processo de impan- 30 AMBIEN. SEGURANÇA ração do CTDR dentro do tação do novo CTDR e continuação AEROPORTUÁRIA Normativo Legal, a melho- G 2 6 do processo de remediação em con- NA ASA, EM ATENDI- ria das condições de prote- formidade com os compromissos MENTO A LEGISLAÇÃO ção aviaria será potenciali- contratuais assumidos pela conces- (PCA-33, 2018) zada. sinária.

Identifi car o Patrimônio cul- CRIAÇÃO DO tural das áreas de infl uência CONT. PROGRAMA DE que poderia ser impactado O programa tem por objetivo identifi - 31 AMBIEN. EDUCAÇÃO pela implantação do Aterro car o patrimônio cultural das áreas de PATRIMONIAL Sanitário, contribuindo para G 3 6 infl uênciaque poderia ser impactado um signifi cativo aumento no pela implantação do Aterro Sanitário. número de dados científi cos acerca das manifestações da Cultura Material e Imaterial.

32 CONT. Possibilidade de induzir usos a) Vigilância permanente da área; AMBIEN. USO FUTURO DA ÁREA na área, não compatíveis b) Inserção explícita da área do CTDR com a condição de aterro G 3 6 no Plano Diretor, como Zona Rural de sanitário. Interesse Ambiental, onde a urbani- zação fi ca proibida.

Relatório de Impacto Ambiental 53 FIGURA 23 - ANÁLISE E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS NEGATIVOS DO EMPREENDIMENTO

AÇÃO QUE GERA DESCRIÇÃO DO DIRETRIZ A SER O IMPACTO IMPACTO FASE ADOTADA IMPACTO DURAÇÃO

1. IMPACTOS POSITIVOS DO EMPREENDIMENTO MAGNITUDE IMPORTÂNCA

a) Realizar um processo de comuni- cação social na comunidade, escla- recendo os principais aspectos do empreendimento. LEVANTAMENTO Desvalorização dos terrenos 1 PLANJ M 2 6 b) Implantar e opera o CTDR dentro DE CAMPO de um padrão de excelência de tal forma a inverter rapidamente esse efeito.

a) Realizar salvamento ou afugenta- mento antes de possíveis supressões; LEVANTAMENTO Possibilidade de perda 2 PLANJ M 2 5 b) Realizar vistorias prévias à terra- DE CAMPO de indivíduos de fauna planagens para identifi car estas pos- síveis ocorrências.

Para instalação do canteiro a) Suprimir estritamente o mínimo de obras, será necessária a requerido para implantação do em- supressão da vegetação. Al- preendimento; guns danos poderão ocorrer b) Realizar um salvamento de espé- à fauna presente no local cies prévio à supressão, identifi cando INSTALAÇÃO DO do canteiro de obras, como 3 IMPLANT P 1 6 aquelas indicada do EIA/RIMA; CANTEIRO DE OBRAS resultado da supressão ve- c) Seguir rigorosamente o projeto de getal, bem como pequenas drenagem e terraplanagem do em- alterações na superfície do preendimento; terreno serão necessárias d) Compatibilizar a drenagem natural para a instalação do canteiro do terreno com a drenagem interna de obras. do empreendimento. Para a execução das vias in- a) Suprimir estritamente o mínimo ternas será feita a remoção da cobertura vegetal do terreno, requerido para implantação do bem como a fauna terrestre empreendimento; será afetada pelas obras, de- b) Realizar um salvamento de vendo parte deslocar-se para espécies prévio à supressão, identifi - IMPLANTAÇÃO DO 4 IMPLANT áreas vizinhas. Além de que M 2 6 cando aquelas indicada do EIA/RIMA; SISTEMA VIÁRIO serão realizados cortes e ater- c) Seguir rigorosamente o projeto INTERNO ros, alterando a topografi a de drenagem e terraplanagem atual do terreno, alterando a do empreendimento; superfície do terreno que d) Compatibilizar a drenagem natural implicam em mudanças no do terreno com a drenagem interna escoamento da água. do empreendimento.

A retirada da vegetação para implantação das célu- las resultará na supressão a) Planejar a supressão durante o período mais seco; RETIRADA DA vegetal de áreas, dessa 5 IMPLANT forma a fauna do local será G 3 6 VEGETAÇÃO DAS afetada pelas atividades b) Realizar o salvamento e ÁREAS DAS CÉLULAS de supressão vegetal e de afugentamento antes da supressão. movimentos de terra (traba- lhos de máquinas).

54 Relatório de Impacto Ambiental AÇÃO QUE GERA DESCRIÇÃO DO O IMPACTO IMPACTO DIRETRIZ A SER FASE

IMPACTO ADOTADA DURAÇÃO MAGNITUDE

1. IMPACTOS NEGATIVOS DO EMPREENDIMENTO IMPORTÂNCA

Durante as atividades de su- a) Monitoramento contínuo; RETIRADA pressão vegetal ocorrrerá a DA VEGETAÇÃO emissão de poeiras e ruídos. P 1 4 b) Seguir procedimentos previamen- DAS ÁREAS Impacto não siginifi cativo te defi nidos no Programa de Contro- DAS CÉLULAS devido a não existência de re- 6 IMPLANT le Ambiental (PCA) na Implantação sidências nas proximidades.

As escavações das células para recebimento dos resí- duos provocarão mudanças na topografi a do terreno. Os movimentos de terra contri- a) Seguir rigorosamente o projeto de buirão para incrementar o drenagem implantando os dispositi- PREPARAÇÃO processo de erosão do solo, vos previstos, antes do inverno; DAS CÉLULAS e esta, por sua vez, solo po- G 3 6 derá resultar no carreamen- 7 IMPLANT b) Implantar o muro de arrimo com to de materiais para o re- canal de sedimentação acoplado. servatório artifi cial interno, podendo causar a elevação da turbidez da água e o as- soreamento do mesmo.

Na exploração das áreas de empréstimo para retirada de material de cobertura, será feita a remoção da ve- getação, com possíveis da- a) Seguir rigorosamente o projeto de nos à fl ora local, bem como drenagem e terraplanagem do em- serão efetuadas escavações, preendimento; EXTRAÇÃO provocando mudanças na DE MATERIAL topografi a do terreno, com b) Compatibilizar a drenagem natu- PARA COBERTURA a possível formação de áreas G 3 6 ral do terreno com a drenagem inter- DOS RESÍDUOS de acumulação de água. 8 IMPLANT na do empreendimento. O descobrimento do solo e os movimentos de terra con- tribuirão para incrementar o processo de erosão do solo.

a) Preservar uma faixa caatinga no EXTRAÇÃO DE Durante as retiradas de ma- entorno do terreno, minimizando a teriais ocorrerá a emissão MATERIAL PARA dispersão de particulado para fora COBERTURA DOS de poeiras e ruídos. G 3 6 dos limites do terreno; RESÍDUOS b) Umectar permanentemente as 9 IMPLANT superfícies.

Para a construção de obras a) Seguir rigorosamente o projeto de de apoio às atividades do drenagem e terraplanagem do em- aterro sanitário – CTDR – preendimento; EXECUÇÃO DE guarita, balanças, adminis- OBRAS DE APOIO tração, etc., deverão ocorrer b) Compatibilizar a drenagem natu- P 1 6 alterações na superfície ral do terreno com a drenagem inter- 10 IMPLANT do terreno (terraplanagem na do empreendimento. para platô sustentável).

Relatório de Impacto Ambiental 55 AÇÃO QUE GERA DESCRIÇÃO DO O IMPACTO IMPACTO DIRETRIZ A SER FASE

IMPACTO ADOTADA DURAÇÃO MAGNITUDE

1. IMPACTOS NEGATIVOS DO EMPREENDIMENTO IMPORTÂNCA

Para instalação das obras de apoio (guarita, balança, EXECUÇÃO DE OBRAS administração, laboratório, a) Suprimir estritamente o mínimo DE APOIO etc.), será necessária a remo- requerido para implantação do em- 11 IMPLANT ção da vegetação. Com isso, preendimento; P 1 6 alguns danos poderão ocor- rer à fauna presente no local b) Realizar um salvamento de espé- dessas obras, como resulta- cies prévio à supressão, identifi cando do da supressão vegetal. aquelas indicada do EIA/RIMA.

O transporte dos resídu- os da cidade para o local TRANSPORTE do aterro sanitário – CTDR DOS RESÍDUOS resultará no aumento do a) Sinalização adequada da entrada tráfego de veículos nas vias e saída, além da instrução aos moto- M 2 6 de acesso (PB 073 Km 43), ristas sobre os limites de velocidade e 12 OPER. o que poderá causar con- cuidados na estrada. gestionamento de tráfego e acidentes com veículos e pedestres.

As células alcançarão a) Seguir rigorosamente o projeto de grandes alturas acima do drenagem e terraplanagem do em- terreno natural (30 m), re- preendimento; EXECUÇÃO DO sultando em alterações na ATERRO SANITÁRIO G 3 6 topografi a, com consequ- b) Compatibilizar a drenagem natural ências sobre o escoamento do terreno com a drenagem interna 13 OPER. das águas superfi ciais. do empreendimento.

Mesmo com a execução de medidas de controle (im- a) Não lançar efl uente tratado de permeabilização do fundo forma concentrada no corpo hídrico, EXECUÇÃO DO e sitema de coleta e trata- mas difusa através de dispersão; ATERRO SANITÁRIO mento do lixiviado), poderá 14 OPER. ocorrer, eventualmente, a P 2 6 b) Atendimento rigoroso do Progra- poluição de águas super- ma de Monitoramento Ambiental a fi ciais e subterrâneas, por ser elaborado. chorume e percolado.

Gases gerados na decom- posição dos resíduos serão a) Cobertura adequada das células e EXECUÇÃO DO emitidos para a atmosfera, queima do biogás na saída dos drenos; ATERRO SANITÁRIO através dos dutos coletores ou por outros meios (su- P 2 6 b) Implantação de uma cortina arbó- 15 OPER. perfície). rea no entorno da unidade.

INTERFERÊNCIA SOBRE Possibilidade de perda de a) Realizar prospecção intensiva do O PATRIMÔNIO patrimônio cultural não co- terreno em conformidade com as

56 Relatório de Impacto Ambiental AÇÃO QUE GERA DESCRIÇÃO DO O IMPACTO IMPACTO DIRETRIZ A SER FASE

IMPACTO ADOTADA DURAÇÃO MAGNITUDE

1. IMPACTOS NEGATIVOS DO EMPREENDIMENTO IMPORTÂNCA

PLANJ/ portarias do IPHAN; nhecido, que porventura se 16 IMPLANT CULTURAL E localize na área do empre- M 2 5 b) Instruir os operários de terrapla- ARQUEOLÓGICO endimento. nagem sobre o procedimento a ser seguido caso seja detectado algum vestígio durante os trabalhos.

Com a instalação e opera- Atender rigorosamente o ALTERAÇÃO DA ção do CTDR, a paisagem G 3 6 Projeto Paisagístico da área PAISAGEM será naturalmente alterada. CONT. 17 AMBIEN.

Com a instalação do CTDR será gerado impactos pela a) Seguir à risca o Programa de Con- possibilidade de contami- trole Ambiental; ALTERAÇÃO DOS nação do solo e alteração PADRÕES DE das águas superfi ciais e G 3 6 b) Realizar constante monitoramen- QUALIDADE subterrâneas, bem como 18 CONT. tos afi m de regular os níveis de emis- impactos pela possibilidade AMBIEN. sões. de emissão de gases e alte- ração do meio físico.

a) Defi nir horários de trabalho em ho- AUMENTO DOS Com a instalação do CTDR rários estratégicos; NÍVEIS DE RUÍDOS ser gerado ruídos com alte- G 3 6 E VIBRAÇÕES rações do meio atmosférico. 19 CONT. b) Realizar monitoramento contínuo. AMBIEN.

Com a instalação do CTDR e no processo de operação EMISSÃO DE ODORES será emitido gases no pro- G 3 6 a) Implantação de drenos de gás e cesso de decomposição dos CONT. monitoramentos dos mesmos. resíduos nas células de RSU. 20 AMBIEN.

COLETA E Com a instalação do CTDR TRANSPORTE DE e do sistema viário externo a) Sinalização adequada da entrada RESÍDUOS DOS (municípios transportan- e saída, além da instrução aos moto- MUNICÍPIOS DO do resíduos ao CTDR) será 21 CONT. ristas sobre os limites de velocidade e CONSIRES gerado impactos com o AMBIEN. G 3 6 cuidados na estrada. transporte de resíduos até o CTDR.

Relatório de Impacto Ambiental 57 Fonte: ECOSAM, 2018

58 Relatório de Impacto Ambiental CAPÍTULO 6 Planos e Programas Ambientais Planos e Programas Ambientais

Os Planos e Programas ambientais e redução dos possíveis impactos bem visam estabelecer os principais procedi- como a viabilização das medidas miti- mentos a serem adotados a fi m de anular gadoras, potencializadoras corretivas e as interferências sobre o meio ambiente compensatórias sugeridas neste estudo. nas fases de implantação, operação e ma- A seguir são apresentadas as propostas nutenção do empreendimento. Os planos dos principais planos e programas, ten- e programas ambientais são os principais do como base a análise de impactos am- instrumentos indutores de ações proa- bientais e a proposição das medidas miti- tivas e reativas para acompanhamento gadoras e potencializadoras.

Meio Físico

Programa de Monitoramento de Programa de Gerenciamento Àguas Subterrâneas de Resíduos Sólidos

As atividades e ações previstas na fase de A implantação e operação do CTDR Gua- operação do CTDR Guarabira representam um rabira, certamente vai gerar resíduos sólidos e risco potencial de prováveis contaminações das suas destinações fi nais deverão acorrer em locais aguas subterrâneas. O Monitoramento de quali- adequados ambientalmente e devidamente licen- dade das aguas subterrâneas para este empreen- ciados. Aqui serão defi nidos procedimentos téc- dimento surge como importante ferramenta de nicos e operacionais e de controle para a gestão prevenção ambiental, garantindo-se a identifi ca- de resíduos ambientalmente adequada. Este pla- ção de possíveis variações na qualidade das aguas no que tem como objetivo a defi nição e a imple- subterrâneas, através de implantação de poços de mentação de procedimentos de controle e de ras- monitoramento e analises físico químicas e bacte- treamento dos resíduos, desde a sua geração até riológicas em atendimento a Legislação. a sua destinação fi nal ambientalmente adequada será fundamental ao empreendimento, em cum- primento a Legislação.

60 Relatório de Impacto Ambiental Plano de Gestão Ambiental de Obras enças aos seres humanos, reduzindo-se os riscos à saúde pública, especialmente da A estrutura de implantação de um comunidade do entorno do empreendi- empreendimento combina-se numa rede mento. de serviços e equipamentos que atuam Na etapa de implantação da CTDR, provocando modifi cações permanentes decorrente do acúmulo de material de e temporárias na paisagem e no meio obras, restos de construções e resíduos ambiente. Por conseguinte, sabe-se que gerados em refeitório, quando não corre- é de responsabilidade dos construtores tamente gerenciado, também pode atrair a tarefa de evitar, minimizar, mitigar ou parte da fauna sinantrópica de forma compensar os danos ambientais que pos- temporária. sam ocorrer durante todas as atividades do projeto, bem como preservar, tanto Plano de Controle de Odores quanto possível, as vulnerabilidades na- turais existentes. O empreendedor ciente de que a propagação de odor pode representar fa- Plano de Controle de Ruídos e Vibrações tor atrativo a fauna sinantrópica e agentes patogênicos e risco aviário a navegação As obras e as atividades diversas, a aeronáutica, defi ne o presente plano a fi m serem desenvolvidas durante a fase de de mitigar e monitorar respectivo impacto instalação da Estação de Transferência, as- em consonância a legislação vigente. sim como as atividades inerentes ao em- A principal meta a ser atingida pelo preendimento, (intensifi cação no tráfego Plano de Controle de Odores é evitar a de automóveis, funcionamento do siste- emissão de substâncias na atmosfera, em ma de mitigação de emissões atmosféri- quantidade que possam ser perceptíveis fora dos limites da área de propriedade da cas) poderão emitir ruídos, em diferentes fonte emissora. graus de intensidade, passíveis de causa- São objetivos gerais do Plano de rem interferências em agentes receptores Controle de Odores: localizados no entorno das obras e do pe- rímetro em estudo.  Acompanhar, no entorno imedia- Diante dos possíveis impactos men- to ao empreendimento, a ocorrência de cionados torna-se importante efetuar o odores ocasionados pelo funcionamento monitoramento do nível de ruídos decor- do Aterro Sanitário; rentes das ações projetadas para assegu- rar que as emissões estejam em concor-  Coletar dados, de maneira siste- dância com a legislação federal, estadual mática, a respeito da ocorrência de odores e municipal, ou seja, que o conforto, a na região de interesse; saúde e o bem-estar da população e da fauna local estejam garantidos. Avaliar o comportamento tempo- ral da emissão de odores pelo empreendi- Plano de Controle de Vetores mento e sua interface com fatores meteo- rológicos; O programa será desenvolvido com objetivo de inibir a ocorrência da fauna si-  Orientar a tomada de medidas nantrópica potencialmente vetora de do- adicionais de controle, se necessário.

Relatório de Impacto Ambiental 61 Meio Biótico

PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

O Programa de acompanhamento da desativação e fechamento do atual lixão deverá compreender as seguintes atividades:

Geometrização da massa de lixo aterrada

Sistema de contenção de chorume/lixiviado

Sistema de drenagem de águas pluviais

Sistema de tratamento e drenagem de chorume e de gases

Sistema de cobertura fi nal e monitoramento ambiental de águas superfi ciais e sub- terrâneas, de controle geotécnico e de controle de emissão de gases.

PROGRAMA DE REPOSIÇÃO FLORESTAL

O objetivo deste programa é o de im- e material particulado, além de poluição visual. plantar o cinturão verde ou cortina vegetal, A implantação de uma cortina vegetal ou cin- diminuindo a poluição visual e melhorando turão verde e da reposição de árvores na área as condições de oxigênio e qualidade do ar na pretendida, justifi ca-se pala formação de espa- área do aterro sanitário. ços verdes por meio de plantio de espécies na- Na fase de operação do aterro sanitário tivas aumentando assim a biodiversidade local, há impactos relacionados a emissão de ruídos a exemplo do retorno da fauna local nativa.

62 Relatório de Impacto Ambiental Meio Antrópico (socioeconômico)

Programa de comunicação e participação social

O Programa tem como principal objetivo sua percepção sobre o empreendimento e a forma informar a população e comunidades locais e re- que este pode afetar as suas vidas. Visa ainda es- gional, as questões referentes a operação e contro- tabelecer procedimentos de mídias, informando le ambiental do empreendimento, coletando tam- a população sobre o empreendimento, de forma a bém dados importantes da comunidade quando a atender a Lei de Transparência Pública.

Programa de educação ambiental PROGRAMA DE EDUCAÇÃO O programa tem como objetivo elabo- PATRIMONIAL rar e implantar, de forma participativa, a par- tir das demandas das comunidades, ações que O Programa de Educação Patri- minimizem os impactos observados. monial e determinado pela Portaria Nº O programa de educação ambiental do 230, de 2002, do IPHAN – Instituto do Pa- CTDR Guarabira apresenta-se como uma fer- trimônio Histórico e Artístico Nacional, ramenta de qualifi cação para o tema ambien- visando a divulgação à população das tal, envolvendo os trabalhadores do empreen- comunidades da importância da reali- dimento e as comunidades locais. Suas ações zação dos programas de arqueologia são desenvolvidas e destinadas as comunida- junto ao empreendimento e dar conhe- des da área de infl uência direta: Duas Estradas, cimento dos resultados e apresentar Tabocas, Contendas e Serrinha de Guarabira. medidas para que a comunidade seja estimulada a propor ações para preser- Programa de priorização de vação do patrimônio histórico. O Programa de Educação Patri- contratação de mão-de-obra local monial tem como objetivo sensibilizar a comunidade diretamente afetada pelo Na implantação do CTDR Guarabira, empreendimento a respeito da preser- muitas expectativas são geradas na população vação do patrimônio cultural e arqueo- da área de infl uência do empreendimento – lógico local. Ele amplia ainda os conhe- AID, como a de abertura de novos postos de cimentos das comunidades do entorno trabalho para os moradores locais. Este pro- sobre a sua história local e até regional, grama de priorização de contratação de mão assim como dar visibilidade do patri- de obra local, deverá suprir a expectativa com mônio cultural levantados nos estudos relação a contratações a serem realizadas nas arqueológicos feitos no entorno da área etapas de implantação e operação do empre- do empreendimento. endimento.

Relatório de Impacto Ambiental 63 64 Relatório de Impacto Ambiental Conclusão

partir da descrição e da caracterização do empreendi- mento, da realização do diagnóstico ambiental e da ava- A liação dos impactos ambientais inerentes ao meio físico, biótico e antrópico (socioeconômico), decorrentes da instalação e da operação do CTDR de Guarabira, foram identifi cados 151 impactos ambientais, provenientes de 43 ações, sendo 12 sobre o meio físico, 8 sobre o meio biótico e 23 sobre o meio antrópico (socioeconômico). Para os impactos identifi cados, foram apresen- tadas medidas para minimizar e/ou evitar os impactos negativos e medidas para potencializar os impactos positivos. Os impactos negativos se concentram sobre os meios físico e biótico em sua maioria, enquanto os positivos sobre o meio socioeconômico. O CTDR – Aterro Sanitário de Guarabira é uma solução de engenharia que está de acordo com os preceitos das políti- cas nacionais de resíduos sólidos, da política de saneamento e da política de mudanças climáticas. O objetivo principal deste em- preendimento é o de dar destinação fi nal ambientalmente ade- quada aos resíduos sólidos urbanos dos municípios integrantes do CONSIRES. A concepção técnica do empreendimento é baseada na experiência de elaboração de outros projetos elaborados, licen- ciados e em operação, da empresa consultora deste EIA, refl e- tindo aqui a utilização de alternativas tecnológicas atuais, que sejam ambientalmente corretas, economicamente suportáveis e socialmente justa. Após a elaboração do EIA apresentado aqui de forma resu- mida por meio deste RIMA, no qual proporcionou a uma equipe de elaboração multidisciplinar de especialistas uma visão ampla dos efeitos positivos e negativos da implantação do empreendi- mento, concluindo-se que a implantação do CTDR de Guarabi- ra vem ao encontro das necessidades de infraestrutura do mu- nicípio de Guarabira e dos integrantes dos CONSIRES e que o empreendedor detém um projeto executivo com características técnicas, econômicas e ambientais que conferem viabilidade am- biental ao licenciamento e implementação da atividade diagnos- ticada e avaliada neste EIA.

Relatório de Impacto Ambiental 65 Com base nos estudos ambientais apresentados ao longo do presente Estudo de Impacto Ambiental - EIA, é possível afi rmar que a área selecionada para a implantação do Aterro Sanitário de Guarabira, apresenta condições satis- fatórias para a recepção do Empreendimento, as quais alia- das às medidas mitigadoras e compensatórias recomendadas ao longo deste estudo, não deverá remeter em alterações sig- nifi cativas para meio o ambiente e para a comunidade do en- torno, especialmente por considerar que o empreendimento será implantado em uma área rural e consolidada. Desta forma, pode-se considerar que a implantação do Aterro Sanitário não apenas resultará em impactos ne- gativos pouco signifi cativos, como representará até mesmo ganhos ambientais consideráveis, por evitar o uso de novas áreas no munícipio que possam estar inseridas em regiões que não apresentarem a vocação para este tipo de atividade, assim como pelo fato das obras de escavação propiciarem a correta destinação do material disposto irregularmente no terreno. No que diz respeito ao Projeto Executivo Básico do empreendimento, este contemplou todas as medidas de con- trole para assegurar a preservação ambiental, assim como visando a conservação das condições ecológicas atuais das áreas no entorno. Dentre estas medidas destaca-se a imper- meabilização de base, sistema de captação de líquidos per- colados, sistema de drenagem de gases, sistema de captação de águas pluviais, acessos em todo perímetro do empreendi- mento, cercamento do entorno, além da adoção de medidas de monitoramento da qualidade do solo, águas subterrâneas e superfi ciais, além de estabilidade geotécnica. Com base nesta avaliação, que englobou diagnósti- co, avaliação de impactos ambientais, defi nição de medidas e proposição de programas, a equipe técnica que elaborou este estudo de impacto ambiental e o relatório de impacto ambiental, conclui que, cumprindo-se a regulamentação ambiental vigente e implantando-se as medidas ambientais e programas propostos neste EIA, com o intuito de mini- mizar os impactos ambientais negativos e potencializar os impactos ambientais positivos, a implantação e operação do CTDR de Guarabira - aterro sanitário de Guarabira é viável ambientalmente. Diante do exposto, é possível concluir que a instalação do empreendimento na área é viável pois atende aos critérios legais e normas ambientais vigentes.

66 Relatório de Impacto Ambiental EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

Este RIMA foi elaborado por equipe multidisciplinar, composta por profi ssionais especialistas, mestres e doutores, conforme determina a Resolução CONAMA nº 237/97 e o TR da SUDEMA.

FORMAÇÃO PROFISSIONAL REGISTRO MEIO ESTUDADO ÁREA DE ATUAÇÃO NOME E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL GERAL

José Dantas de Lima Engenheiro Civil, Dsc CREA 1603286063 Estudo Completo Coordenador do CTF 2078948 do EIA RIMA EIA RIMA

José Vicente Damante Engenheiro Ambiental, CREA 1613141637 Apoio ao estudo ambiental Caracterização Ângelo e Silva Esp. CTF 6098029 do empreendimento

Maria Tereza Campelo Psico Pedagoga, Meio Antrópico e Design Estudo sócio econômico e CTF 7217613 Dantas de Lima Design Audiovisual, Esp. gráfi co do EIA RIMA Editoração do EIA RIMA

Leonardo do Elaboração de plantas Projetista CTF 5071662 Projeto Geométrico Bomfi m Rolim georreferenciadas

Lauriston Gomes CREA 060105713-9-CE Climatologia, Hidrologia, Geólogo, Msc Estudos do Meio Físico Ferreira Neto CTF 1196551 Geologia e Pedologia Luís Claudio CRBio 99395/05-D Coordenador do Meio Diagnóstico Ambiental Biólogo, Msc Moreira Benevides CTF 5989371 Biótico do meio biótico Estudo da Avifauna Wilde da Luz Vieira Biólogo, Msc CRBio107770/05-D Meio Biótico e ornitólogo CTF 5824129 CRBio 80367/05-D Leandro Carneiro Ramos Biólogo, Esp. Meio Biótico Estudo da Herpetofauna CTF 3768561 CRBio98136/05-D Aline Lopes dos Santos Bióloga, Msc Meio Biótico Estudo da Entomologia CTF 5935980

Mayara Guimarães CRBio107109/05-D Bióloga, Msc Meio Biótico Estudo da Mastofauna Beltrão CTF 3428630

Gabriella Carla Leite CRBio100519/05-D Bióloga, Msc Meio Biótico Bióloga de apoio de de Vasconcelos CTF 5583649 campo

Rosa Maria Carlos e Silva Assistente Social, Msc CRESS 002100 – 13 Meio Antrópico Estudo sócioeconômico pesquisas na AID e AII

Lívia Natássia Tecnóloga em CREA1611550904-PB Meios Físico, Antrópico Elaboração de Plantas e Rodrigues Fernandes Geoprocessamento CTF 7282321 e Biótico Mapas do Estudo

CREA 1618044552-0 Olinto Evaristo da Silva Engenheiro Ambiental Meio Físico e Antrópico Apoio ao estudo ambiental Júnior CTF 7287131

Thays Marques Souza Estagiária ------Apoio ao estudo ambiental

Relatório de Impacto Ambiental 67 A Ecosam é uma empresa especializada em consultoria em saneamento ambiental

ESTABELECIDA A MAIS DE 12 ANOS, A EMPRESA JÁ CONCEBEU, DESENVOLVEU E APROVOU, COM LICENCIAMENTOS AMBIENTAIS, DIVERSOS ESTUDOS AMBIENTAIS RELATIVOS A ESTE TIPO DE EMPREENDIMENTO. DENTRE ELES, PODE-SE DESTACAR:

REGIÃO NORTE

CTDR DE MANAUS – Centro de Tratamento e Disposição de Resíduos de Manaus, Capital da Amazônia, sendo o maior aterro sanitário da região Nor- te do Brasil, com capacidade para tratar e dispor 2.400 T/dia de resíduos só- lidos. Estudo Ambiental aprovado e licenciado pelo Órgão Estadual de Meio Ambiente - OEMA.

Aterro Sanitário de Manaus – AM, projetado pela ECOSAM. Aterro Sanitário de Manaus – AM

Fonte: ECOSAM, 2011 Fonte: ECOSAM, 2011

Aterro Sanitário Metropolitano de Caucaia-CE, projetado pela ECOSAM e licenciado pela SEMACE – Secretaria de Meio Ambien- REGIÃO NORDESTE te do Estado do Ceará.

A Ecosam Já desenvolveu vários projetos Executivos de aterros sa- nitários e instalações operacionais na Região Nordeste, dentre eles:

CTR DE CAUCAIA (CE): Centro de Tratamento de Resíduos de Caucaia, atendendo integralmente a Lei 12.305/2010 e com capacidade para tratar e dispor 4.500 t/dia de resíduos sólidos, sendo o maior aterro sanitário do Norte e Nordeste do Brasil. Fonte: ECOSAM, 2010

68 Relatório de Impacto Ambiental CTR de (PB): Aterro Sanitário de Campina Grande – PB, projetado pela ECOSAM. Centro de Tratamento de Resíduos de Campina Grande, este Aterro Sanitário apresenta uma série de inovações tecnológicas e se tor- nou o aterro sanitário com maior segurança ambiental do Estado da Paraíba. (Figuras) Estudo Am- biental aprovado e licenciado pelo Órgão Estadual de Meio Ambiente

- SUDEMA. Fonte: ECOSAM, 2011

Vias de acesso para as células do Aterro Sanitário Caminhões fazendo a pesagem na saída do Ater- Lagoa de acumulação de chorume no Aterro Sa- de Campina Grande. ro Sanitário de Campina Grande. nitário de Campina Grande.

Fonte: ECOSAM, 2011 Fonte: ECOSAM, 2011 Fonte: ECOSAM, 2011

A ECOSAM também já projetou outras instalações de apoio REUNIÕES DE PLANOS DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS a gestão e ao gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos, SÓLIDOS URBANOS MUNICIPAIS EM MAIS DE 20 MUNICÍPIOS tais como:

 Estação de Transferência de Resíduos do Município de Apodi - RN  Estação de Transbordo de Resíduos do Município de Caraúbas - RN  Estação de Transbordo de Resíduos do Município de Alexandria - RN  Unidade de Triagem de Resíduos Sólidos de Olinda – PE Unidade de Triagem de Resíduos Sólidos da Muribeca – PE Unidade de Reciclagem de Plásticos de Rio Formoso - PE

A ECOSAM também já elaborou e projetou Projetos de Re- cuperações de Lixões, tais como:

Projeto Executivo de Remediação do Lixão do Município de Apodi - RN Projeto Executivo de Remediação do Lixão do Município de Caraúbas - RN Projeto Executivo de Remediação do Lixão do Município de Pau dos Ferros - RN

Estes e outros projetos executivos e estudos ambientais foram de- senvolvidos pela ECOSAM, bem como Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos Municipais de mais de 20 municípios paraibanos e o Plano Intermunicipal de Gestão Integrada de Resí- duos Sólidos do CONSIRES, que atende a 18 municípios.

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