Hoehnea 33( I): 41-78, 59 fig., 2006

A familia na planicie litoranea de Picinguaba, Ubatuba, Sao Paulo

l 2 Marta Dias de Moraes ,3 e Reinaldo Monteiro

Recebido: 22.02.2005; aceito: 08.12.2005 ABSTRACT - (The Asteraceae family in Picinguaba coastal plain, Ubatuba, Sao Paulo). A floristic survey ofAsteraceae species of Picinguaba coastal plain, Ubatuba, Sao Paulo, is presented with illustrated keys and species descriptions. Field collections took place monthly for a period ofone year, which, together with the material ofPicinguaba collection from the HRCB herbarium, resulted in a total of?4 species in 32 genera. The best represented genera are Mikania (16 spp.), Eupatorium (8 spp.), Vernonia (7 spp.) and Baccharis (6 spp.). New citations ofspecies for the state of Sao Paulo are included. Key words: Compositae, floristic survey, rain forest

RESUMO - (A familia Asteraceae na planicie litodinea de Picinguaba, Ubatuba, Sao Paulo). Eapresentada a relayao das especies de Asteraceae na planicie litoranea de Picinguaba, Ubatuba, Sao Paulo, com chaves de identificayao ilustradas e descriyoes das especies. As coletas foram realizadas mensalmente pelo periodo de urn ano, as quais, somadas ao material da coleyao Picinguaba do herbario HRCB, resultaram em urn total de 74 especies, distribuidas em 32 generos. Dentre os generos mais bern representados encontram-se Mikania (16 spp.), Eupatorium (8 spp.), Vernonia (7 spp.) e Baccharis (6 spp.). Novas citayoes de especies para 0 estado de Sao Paulo sao incluidas. Palavras-chave: Compositae, floristica, Mata Atlantica

Introdu~ao J992), Melastomataceae com 33 (Romero J993), Sapotaceae com seis (Carneiro & Assis 1996), A elaborayao de £l6rulas destaca-se como uma Asclepiadaceae com cinco (Farinaccio & Assis 1988) das estrategias mais eficazes e ponderadas para e Bignoniaceae com J5 (Assis et at. 2000). inventariar a diversidade vegetal (Raven 1988, Prance o presente estudo relaciona e descreve as & Campbell 1988), tornando-se tambem urgente, especies de Asteraceae ocorrentes na planicie quando se constata que a especulayao imobiliaria e litorfmea de Picinguaba com a complementayao de consequente devastayao irracional tern sido de grande chaves de identificayao ilustradas. A familia impacto no litoral norte do estado de Sao Paulo. Assim, Asteraceae e a maior familia de Angiospermas, com a Departamento de Botfmica do Instituto de ca. de 23.000 especies, distribuidas em 1.535 generos Biociencias da UNESP, campus de Rio Claro, (Bremer 1994). No Brasil ocorrem aproximadamente empreendeu, nos anos de 1988 e 1989, urn J80 generos (Barroso et at. 1986). Com a inclusao levantamento das especies ocorrentes na planicie dos generos baseados em especies de Eupatorium litoranea de Picinguaba, Ubatuba, SP. Com urn total (82) par King & Robinson (1987) e daqueles de 22 caletas mensais, este levantamento resultou desmembrados de Vernonia (J 8) par Robinson (1999), preliminarmente em 645 especies de plantas este numero sobe para 280 generos, sem contar as vasculares (Furlan et at. J990). Em seguida, visando que foram criados recentemente. a realizayao da £l6rula de Picinguaba, procedeu-se ao levantamento exclusivo das especies por familia. Material e metodos Desta forma, foram estudadas as seguintes familias: Orchidaceae que se apresentou com 77 A planicie litoranea de Picinguaba, com 2 especies (Ribeiro 1992), Leguminosae com 5J (Garcia aproximadamente 8 km , tern seu inicio na Praia da

I. Universidade Federal doAcre, Campus Floresta, Centro de Ciencias Biol6gicas e da Natureza, Rua Parana 860, 69980-000 Cruzeiro do SuI, AC, Brasil 2. Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociencias, Departamento de Botanica, Caixa Postal 199, 13506-900 Rio Claro, SP, Brasil 3. Autor para correspondencia: [email protected] 42 Hoehnea 33( Il, 2006

Fazenda entre as coordenadas 44°48'-44°52'W e No presente trabalho foi utilizada a terminologia 23°20'-23°22'S. Localiza-se no Nucleo de para as inflorescencias baseada na classificayao de Desenvolvimento Picinguaba, na Vila de Picinguaba Troll, conforme apresentada por Weberling (1992). A do municipio de Ubatuba, SP, fazendo parte do Parque classificayao da tribo proposta por King Estadual da Serra do Mar. A vegetayao predominante & Robinson (1987) e a da tribo Vernonieae por tern fisionomia de mata com arvores altas (15-20 m) Robinson (1999) nao foram aceitas no presente ate bern proximo a praia e, apesar das areas trabalho. Desta maneira, mencionamos nos perturbadas provenientes da rodovia BR 101 e da comentarios das respectivas especies os nomes permanencia dos antigos moradores, ainda e possivel propostos nestas duas obras. encontrar nesta planicie ecossistemas relativamente bern preservados (Assis 1999). Resultados e Discussao a c1ima e quente e superumido com A familia Asteraceae esta representada na planicie temperaturas medias superiores a 18°C, nao litoranea de Picinguaba por 74 especies, distribuidas apresentando estayao seca invernal (Nimer 1977). em 32 generos. A maioria destas especies e heliofila e As medias anuais de precipitayao pluviometrica nos sua distribuiyao na planicie esta mais relacionada ao ultimos 30 anos foram de 2.624 mm e as medias micro-clima do que com a formayao vegetal (Moraes mensais de temperatura foram de 21,2 °C (Fonte: & Monteiro 2000). as generos mais bern Estayao Experimental de Ubatuba do Institute representados foram Mikania (16 spp.), Eupatorium Agronomico de Campinas). (8 spp.), Vernonia (7 spp.) e Baccharis (6 spp.). Foram realizadas coletas mensais de abril de 1995 Quatro especies (Bidens alba, Eupatorium a maryO de 1996, totalizando 12 coletas com durayao punctulatum, Mikania microptera e de 3-4 dias cada. Este material encontra-se inc1uido M. myriocephala) sao citadas pela primeira vez para no herbario da Universidade Estadual de Campinas o estado de Sao Paulo. Trinta e uma especies (42% (UEC) e suas duplicatas nos herbarios da do total) sao consideradas ruderais, acumulando varias Universidade Estadual Paulista de Rio Claro (HRCB) ou apenas algumas das caracteristicas compiladas por e do Institute Florestal de Sao Paulo (SPSF). Para Baker (1965) para as ruderais. A existencia de areas verificar a distribuiyao geografica e a identificayao perturbadas na planicie, aliadas a abundancia de dos taxons, alem das consultas em traba1hos floristicos ruderais na familia Asteraceae, certamente explica este e taxonomicos, tambem foram visitados os herbarios grande numero de especies ruderais. HB, HRCB, lAC, RB, SP, SPF, SPSF e VEC as generos com suas respectivas especies (acronimos de acordo com Holmgren et al. 1990). seguem em ordem alfabetica.

Chave para os generos

1. Bnlcteas involucrais unisseriadas livres ou conadas, com ou sem uma serie externa de bracteolas reduzidas formando caliculo ou ainda, capitulos formados por involucro gamofilo, ovoide ou semigloboso, terminado apicalmente em urn rostro 2. Margem das folhas com glandulas translucidas (figura I) 24. Porophyllum (P ruderale) 2. Margem das folhas desprovidas de glandulas translucidas . 3. Capitulos dimorfos, os femininos em agrupamentos axilares abaixo dos masculinos (figura 2) 5. Ambrosia 3. Urn unico tipo de capitulo por planta 4. Flores marginais com corola filiforme ou todas com tuba estreito, bern mais lange que o limbo (figura 3) 5. Involucro com caliculo (figura 4); flores com corola amarelada 15. Erechtites 5. Involucro desprovido de caliculo (figura 5 e 6); flores com corola averme1hada ou roseo lilas 14. Emilia 4. Flores do raio (perifericas) liguliformes (figura 7) 6. Flores do raio com corola laranja-avermelhada; ramos do estilete com apice triangular, agudo a acuminado (figura 8) 25. Pseudogynoxys (P cabrerae) M.D. Moraes & R. Monteiro: Asteraceae de Picinguaba 43

6. Flores do raio com corola amarela; ramos do estilete com apice truncado a arredondado(figura9) 7. Lianas; inv61ucro desprovido de caliculo com algumas pequenas bnicteas subinvolucrais em sua base e ao longo do pedunculo; 8 bracteas involucrais (figura 10) 21. Pentacalia ( P desiderabilis) 7. Ervas; inv61ucro com caliculo; 16-19 bnicteas involucrais (figura 11) ...... 27. Senecio (S. brasiliense) 1. Bnicteas involucrais em 2 series levemente sobrepostas, iguais ou subiguais, ou com serie externa bern mais curta, livres ou conadas na base, ou em mais de 2 series variadamente dispostas 8. Folhas opostas 9. Capitulos com todas as flores hermafroditas, corola tubulosa, branca, azul ou purpurea, nunca amarela 10. Papus com 5 escamas Janceoladas, aristadas ou com 2-3 protuberancias claviformes II. Papus com 5 escamas lanceoladas, aristadas 3. Ageratum (A. conizoides) 11. Papus com 2(-3) protuberancias claviformes (figura 12) 2. Adenostemma 10. Papus em uma serie de cerdas capilares (figura 13) 12. Capitulo com 4 flores e 4 bnicteas involucrais 19. Mikania 12. Capitulo com numero maior de flores e de bnicteas involucrais 17. Eupatorium 9. Se capitulos com todas as flores hermafroditas, entao com corola tubulosa, amarela, ou capitulos com flores do raio neutras ou femininas, liguliformes, ou capitulos com limbo pouco exserto ou ainda, capitulos com flores marginais femininas, tubulosas 13. Papus aristado (figura 14 e IS) 14. Filamento do estame glabro; cipselas oblongo-lineares, curtamente atenuadas no apice 7. Bidens 14. Filamento do estame piloso; cipselas fusiformes, terminadas em urn longo rostro ...... 12. Cosmos 13. Papus coroniforme ou ausente IS. Flores marginais femininas com corola tubulosa (figura 16) ...... 10. Clibadium (c. armanii) 15. Flores do raio femininas com corola ligulifornle (figura 17) ... 29. Sphagneticola (8. trilobata) 8. Folhas alternas ou rosuladas, as vezes caducas, neste caso com ramos alados 16. Papus ausente 4. Alomia (A. jastigiata) 16. Papus de cerdas alargadas na base ou nao, capilares ou escabridas, ou ainda pJumosas, persistentes ou facilmente caducas, ou ainda coroniforme 17. Capitulos hom6gamos (com flores do mesmo sexo) 18. Capitulos com todas as flores bilabiadas (figura 18) 31. Trixis (T divaricata) 18. Capitulos com todas as flores tubulosas ou todas filiformes 19. Capitulos com todas as flores funcionalmente masculinas, tubulosas, ramos do estilete conados ou muito curtos (figura 19); ou capitulos com todas as flores femininas, filiformes, ramos do estilete exsertos (figura 20) 6. Baccharis 19. Capitulos com todas as flores hermafroditas, tubulosas; ramos do estilete longos (figura 21) 20. Capitulos agregados em capitulos secundarios, envolvidos por bracteas foliaceas (figuras 22 e 23) 13. Elephantopus 20. Capitulos simples 21. Capitulos sesseis ou curtamente pedunculados, congestos em aglomerados axilares (figura 24) 22. Lianas; papus bisseriado, cerdoso, serie externa mais curta que a serie interna (figura 25) 22. Piptocarpha 22. Ervas; papus coroniforme, espesso, esbranquiyado (figura 26) ...... 30. Struchium (8. spharganophorum) 44 Hoehnea 33( 1), 2006

21. Capitulos solitarios ou dispostos em inflorescencias diversas, mas nunca congestos em aglomerados axilares 23. Bracteas involucrais dimorfas, as extemas foliaceas, as intemas membranaceas (figura 27); papus em I serie de cerdas escami- formes, curtas, caducas 8. Centratherum (c. punctatum) 23. Bracteas involucrais todas membranaceas; papus em 2 series de cerdas usualmente persistentes, serie extema mais curta que a intema 32. Vernonia 17. Capitulos heterogamos (com flores de sexos diferentes) 24. Flores do raio Iiguliformes ou bilabiadas com limbo extemo expandido (figura 28) 25. Flores do disco (capitulos radiados) ou flores centrais (capitulos disciformes) bilabiadas (figura 29) 26. Folhas compostas, gavinha terminal (figura 30) 20. Mutisia (M. speciosa) 26. Folhas simples 9. Chaptalia (c. nutans) 25. Flores do disco (capitulos radiados) tubulosas 27. Flores do raio brancas, liguliformes, limbo filiforme, longamente exserto, (figura 31) 16. Erigeron (E. maximus) 27. Flores do raio amarelas, liguliformes, limbo oblanceolado, curto (figura 32) 28. Solidago (S chilensis) 24. Flores marginais filiformes 28. Bracteas involucrais amarelas ou castanhas, papiraceas e hialinas 29. Papus de cerdas conadas na base, caducas em conjunto (figura 33) ...... 18. Gamochaeta (G americana) 29. Papus de cerdas livres na base 1. Achyrocline 28. Bracteas involucrais nunca totalmente hialinas ou coloridas, membranaceas 30. Folhas longamente decurrentes 31. Capitulos pedunculados 23. Pluchea (P. sagitalis) 31. Capitulos sesseis 26. Pterocaulon 30. Folhas nao decorrentes 11. Conyza

1. Achyrocline (Less.) DC. Ervas ate 1,5 m, aromaticas; ramos alados pela decurrencia das folhas, densamente lanosos em Folhas altemas, sesseis. Capitulos heterogamos; direyao ao apice. Lamina 9,5-15 x 0,5-0,8 em, bracteas involucrais em 2-4 series, papiraceas, hialinas, lanceolada, base longamente decurrente, apice coloridas. Flores amarelas, as marginais femininas, agudo, margem inteira, face superior laxamente filiformes; as centrais hermafroditas, as vezes lanosa, face inferior densamente lanosa. funcionalmente masculinas. Papus de cerdas Inflorescencia cimoide ou alongada em tirsoide de capilares, livres na base. capitulos subsesseis densamente agrupados. Involucra 4,5-5 mm alt., fusiforme-cilindrico; bracteas Chave para as especies de Achyrocline involucrais 8-9, amarelas, glandulas estipitadas na 1. Folhas com base longamente de­ regiao proximal. Flores marginais 3-5, corola corrente, tomando os ramos alados 2-3,3 mm, lobos com glandulas estipitadas; flor central ...... 1. A. alata hermafrodita 1, corola 2,2-3,3 mm, lobos com 1. Folhas com base cuneada, ramos nao glandulas estipitadas. Cipsela 0,5-0,7 mm, glabra; alados 2. A. satureoides papus 3,5-3,7 mm. America do Sui (Hind 1995). Coletada com flores emjulho. Rara em Picinguaba. 1. Achyrocline alata (Kunth) DC., Prodr. 6: 221. 1838. Gnaphalium alatum Kunth, Nov. Gen. Sp. (folio ed.) Material examinado: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, 4: 62. 1818. Picinguaba, Morro do Corsario, VII-1995, Moraes Iconografia: Baker (1882), tab. 38. 103 (UEC). M.D. Moraes & R. Monteiro: Asteraceae de Picinguaba 45

......

7 3

15 9 tfi) '; III ~IO /. III .. :. :::. •• I' •• I'I'' :. :: ! ~ :. 1,1 14 ,II ." .:: II, . :.: , . ': " r ~.~ i: I' .:: . ; : "

1 ~ ~·O .,l 1 .. I 21 V18

Figuras 1-22. Caracteres utilizados nas chaves, I, Folha de Porophylum ruderale. 2. Capitulos dimorfos de Ambrosia elatior. 3. Flor marginal de Emilia sp. 4. Involucro de Erechtites sp. 5. Involucra de Emiliafosbergii. 6. Involucro de E, sonchifolia. 7. Flor do raio de Pelltacalia desiderabilis. 8. Ramos do estilete de Pselldogynoxys cabrerae. 9. Ramos do estilete de Pentacalia desiderabilis. 10. Involucra de P desiderabilis. II. Involucra de Senecio brasiliensis. 12. Cipsela de Adenostemma brasilianllm. 13. Flor de Mikania micrantha. 14. Cipsela de Bidens alba. 15. Cipsela de B. pilosa.16. Flor marginal de Clibadillm armallii. 17. Flor do raio de Sphagneticola trilobata. 18. Flor de Trixis divaricata. 19, Flor masculina de Baccharis sp. 20, Flor feminina de Baccharis sp, 21. Flor de Vernonia sp. 22. Capitulo secundario de Elephantopus angustifolius. Escalas: figura I = 1 cm; figuras 2-22 = 2 mm. 46 Hoehnea 33( 1), 2006

2. Achyrocline satureoides (Lam.) DC., Prodr. 6: Robinson 1987). Brasil: regiao Sui (Cabrera & Klein 220. 1838. Gnaphalium satureoides Lam., Encycl. 1989) enos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro 2: 747. 1786. e Sao Paulo. Encontrada com flores de novembro a Iconografia: Cabrera (1974), p. 313, figura 180. abril. Abundante. Cresce nas bordas de mata, sempre em sombra parcial e em locais umidos. Ervas 1-1,5 m, aromaticas; ramos nao alados, tomentosos, densamente lanosos na poryao apical. Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, Lamina 3,5-9 x 0,5-1 cm, lanceolada ou oblanceolada, Picinguaba, Trilha Casa da Farinha, IV-1995, Moraes base cuneada, apice agudo, margem inteira, ambas 16 (UEC); XI-1995, Moraes 198 (UEC); XII-I 995, as faces lanosas. Inflorescencia cim6ide ou alongada Moraes 221 (UEC); XII-1995, Moraes 224 (UEC); em tirsoide de capitulos subsesseis densamente 1-1996, Moraes 249 (UEC); 1-1996, Moraes 250 agrupados. Involucro 4,9-5,4 mm alt., fusiforme­ (VEC); III-1996, Moraes 340 (UEC); Trilha atras cilindrico; bracteas involucrais 9-11, amarelas, do camping, XII-1995, Moraes 231 (UEC); Trilha glandulas estipitadas na regiao proximal. Flores Mangue Doce, XII-1995, Moraes 239 (UEC); Trilha marginais 4-5, corola 3,2-3,8 mm; flor central herma­ do Noelo, XI-1995, Moraes 214 (UEC); 1-1996, frodita I, corola 3-3,7 mm. Cipsela 0,5-0,7 mm, glabra; Moraes 276 (UEC); II-1996, Moraes 317 (UEC); papus 3,3 -3,6 mm. III-I 996, Moraes 364 (UEC); Rodovia BR 101, Km America do Sui (Hind 1995). Coletada com flores 10, III-I 996, Moraes 328 (UEC); Trilha atras do de fevereiro a julho. Planta ruderal, comum em alojamento, 1I-1988, Ribeiro et al. 171 (HRCB). Picinguaba. Materiais adicionais examinados: BRASIL. MINAS Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: GERAIS: Caratinga, IV-1982, Vieira 487 (UEC); Rio de Ubatuba, Picinguaba, Trilha da Guarita, V-1994, Janeiro: Angra dos Reis, II-1995, Kallunki & Pirani Moraes 3 (UEC); Trilha das Tres Lagoas, IV-1995, 679 (SPF). Moraes 24 (UEC); VI-1995, Moraes 98 (UEC); 11-1996, Moraes 321 (UEC); III-1996, Moraes 358 3. Ageratum L. (UEC). I. Ageratum conyzoides L., Sp. PI. 2: 839. 1753. 2. Adenostemma J.R. Forst. & G. Forst. Ervas anuais 0,5-1 m, odoriferas, frequentemente decumbentes, com raizes adventicias; ramos esparsa­ I. Adenostemma brasilianum (Pel's.) Cass., Dict. mente albo puberulo-pilosos, nos com indumentos Sci. Nat. 25: 363. 1822. Verbesina brasiliana Pel's., similares mais adensados. Folhas opostas; peciolo Syn. . 2: 472. 1807. 0,5-2,5 mm; lamina 3-7,5 x 1,4-4,5 cm, ovada, base Iconografia: Cabrera & Klein (1989), p. 423, est. 113. obtusa ou truncada, as vezes cuneada na inseryao do Ervas anuais (0,3-)0,5(-1) m. Folhas opostas; peciolo, simetrica ou obliqua, apice agudo, margem peciolo 2-6 cm; lamina (7-)11-21(-29) x (4,5-)8,5­ crenada, ciliada, esparsamente pilosa em ambas as 17(-19) cm, ovada-deltoide, apice agudo a acuminado, faces. Inflorescencia cim6ide ou as vezes alongada base subcordada, curtamente decorrente no peciolo, em tirsoide. Capitulo hom6gamos; involucro margem irregularmente crenado-denteada ou inteira, 3,5-4,5 mm alt.; bracteas involucrais em 2 series, 3-nervada, face superior com tricomas esparsos, face subiguais, apice avermelhado, acuminado. Flores her­ inferior glabra com nervuras puberulas. Inflorescencia mafroditas, corola 1,9-2,2 mm, branco-Iilas, tubulosa. cimoide ou alongada em tirsoide. Capitulos Cipsela ca. I,7 mm, esparsamente escabrosa nos homogamos; involucro 3-4 mm alt.; bracteas involu­ angulos, carpopodio assimetrico; papus com 5 escamas crais subiguais em 2 series levemente sobrepostas, lanceoladas, aristadas, pouco rnais longas que a corola. conadas na base, glabras, apice arredondado, ciliado. Planta ruderal com distribuiyao pantropical, do Flores hermafroditas, corola 2,5-2,7 mm, branca, nivel do mar a 2.500 m de altitude (Johnson 1971). tubulosa, limbo pouco dilatado, pubescente; ramos do Encontrada com flores praticamente 0 ana todo. estilete brancos, com pilosidade abaixo do ponto de Comum. Planta conhecida como Mentrasto ou Catinga bifurcayao. Cipsela 2,4-2,7 mm, obovoide, 3-costada, de bode, e bastante utilizada na medicina popular. tuberculada; papus com 2 protuberancias claviformes, as vezes 3, sendo uma delas mais curta. Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, Argentina, Bolivia, Uruguai e Brasil (King & Picinguaba, Rodovia BR 10 I, Km II, V-1995, Moraes M.D. Moraes & R. Monteiro: Asteraceae de Picinguaba 47

39 (UEC); Trilha Casa da Farinha, XI-1995, Moraes semigloboso, com ou sem protuberancias, terminado 202 (UEC); XII-1995, Moraes 219 (UEC); III-I 996, apicalmente em urn rostro por onde sai 0 estilete da Moraes 341 (UEC). unica flor, desprovida de corola. Cipsela obovoide, incluida no involucro persistente; papus ausente. 4. A/omia Kunth

I. Alomia fastigiata (Gardner) Benth. ex Baker, FI. Chave para as especies de Ambrosia Bras. 6(2): 192. 1876. Isocarpha fastigiata Gardner, 1. Planta com 30-80 em alt.; involucro London, J. Bot. 5: 455. 1846. com 4(-6) protuberancias agudas no Subarbustos 1-1,5 m; ramos geralmente com teryo superior (figura 34) I. A. elatior brotayao axilar. Folhas altemas; peciolo 5-7 mm; lamina I. Planta com 1,5-3 malt.; involucro 3-7,5 x 0,4-3 cm, estreita a largamente lanceolada, desprovido de protuberancias (figura base atenuada, apice agudo, margem esparsa e 35) 2. A. polystachya irregularmente denteada, glabras em ambas as faces. Inflorescencia tirsoide frondosa de capitulos I. Ambrosia elatior L., Sp. PI. 2: 987. 1753. pedunculados. Involucro 2,6-4 mm alt., largamente leonografia: Cabrera (1974), p. 336, figura 193. campanulado; bracteas involucrais em 2 series Ervas 30-80 cm, ramos eretos ou ascendentes, subiguais, pontuadas de glandulas, apice acuminado; albo-pilosos. Folhas curtamente pecioladas; lamina receptaculo plano, desprovido de paleas. Flores 20-31 ; pinatissecta, segmentos lanceolados, irregularmente corola 2,3-2,5 mm, roseo-lilas, tomado-se mais tarde lobados, base longamente atenuada, apice dos esbranquiyada, com glfmdulas estipitadas principal­ segmentos agudo a obtuso, mucronado, ambas as mente no tubo. Cipsela 1,5-1,7 mm, glabra, carpopodio faces estrigosas. Inflorescencia panicula frondosa­ assimetrico, papus ausente. bracteosa, paracladios botrioides. Capitulos masculinos Regiao SuI, Sudeste (Barroso 1957) e tambem eurtamente pedunculados, nutantes; involucro no estado de Goias. Encontrada com flores de abril a 1,8-2,2 mm alt., esparsamente estrigoso; flores dezembro. Comum. Alomiafastigiata pode ser con­ masculinas ca. 20, amarelo-esverdeadas, pontuadas fundida com A. myriadenia Sch.Bip ex Baker quando de glandulas em direyao ao apice. Capitulos femininos suas folhas se apresentam alargadas, 0 que ocorre sesseis, agrupados nas axilas de bracteas de sustenta­ quando cresce em sombra parcial, porem e distinta yao foliaceas; involucro involucro ca. 2,8 mm alt., com pela corola com gHindulas estipitadas. Esta especie e 4(-6) protuberancias agudas no teryo superior, densa­ tratada por King & Robinson (1987) como Ageratum mente pontuado de glandulas, esparsamente estrigoso. fastigiatum (Gardner) R.M. King & H. Rob. Regioes quentes das Americas (Cabrera 1974). Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, Coletada com flores de janeiro a maryo. Abundante. Picinguaba, Trilha da Guarita, V-1995, Moraes 41 Ambrosia e/atior e semelhante a A. tenuifolia Spreng., separando-se pelas folhas com segmentos (UEC); Rodovia BR 101, Km 11, IV-1995, Moraes lanceolados e capitulos masculinos com ca. 20 flores, 19 (UEC); VII-1995, Moraes 93 (UEC); VIII-I 995, que nesta sao respectivamente lineares e com 10-15 Moraes 110 (UEC); XII-1995, Moraes 225 (UEC); flores. 0 polen das especies de Ambrosia (polinizayao X- I995, Moraes 159 (UEC); Km 9, IX-1995, Moraes por anemofilia) provocam alergia nas vias respiratorias 135 (UEC); Km 8, XI-1995, Moraes 218 (UEC). conhecidas como "febre do feno" (Cabrera 1974). Materiais adicionais examinados: BRASIL. GOlAs: Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, Cristalina, III-1996, Irwin et al. 13426 (SP); Picinguaba, Praia da Fazenda, 1-1996, Moraes 269 Pirellopolis, 1-1972, Irwin et at. s.n. (RB 160433). (UEC); 1-1996, Moraes 270 (UEC); 1-1996, Moraes 5. Ambrosia L. 272 (UEC); II-1996, Moraes 290 (UEC); III-1996, Moraes 347 (UEC). Folhas altemas. Capitulos dimorfos, os femininos em agrupamentos axilares abaixo dos masculinos. 2. Ambrosia polystachya DC., Prodr. 5: 521. 1836. Capitulos masculinos com bnicteas involuerais Iconografia: Baker (1884), tab. 48. conadas, receptaculo com paleas filiformes; capitulos Ervas gigantes, 1,5-3 m; ramos estriados, femillinos com involucro gam6filo, ovoide ou tomentosos. Peciolo 1-1,6 cm; lamina 48 Hoehnea 33( 1), 2006 irregularmente pinatifida, segmentos lanceolados, Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, irregularmente lobados ou serreados, base estreita Picinguaba, Trilha da Guarita, X-1995, Moraes 164 e longamente atenuada, apice dos segmentos (UEC); XI-1995, Moraes 185 (UEC); XII-1995, agudo-mucronado, face superior estrigosa, face Moraes 234 (UEC); 1-1996, Moraes 265 (UEC). inferior tomentosa. Tnflorescencia panicula Materiais adicionais examinados: BRASIL. BAHIA, frondosa-bracteosa, ampla, paracladios botri6ides. Barra da Estiva, XI-1988, Harley et al. 26486 (SP); Capitulos masculinos curtamente pedunculados, Parana, Cal6genas, XT-1975, Hatschbach 39297 nutantes; inv61ucro 1,7-2 mm alt.; flores masculinas (UEC). 17-25, amarelo-esverdeadas, pontuada de glandulas, especialmente nos lobos, margem dos lobos 6. Baccharis L. escurecidos. Capitulos femininos sesseis, agrupados nas axilas de bracteas de sustentayao Plantas di6icas; ramos as vezes alados. Folhas foliaceas; inv6lucro 2,5-3 mm, desprovido de geralmente alternas, as vezes muito reduzidas ou protuberancias, pontuado de glandulas com pelos caducas. Bracteas involucrais em 3-8 series. Capitulos esparsos em direyao ao apice. com todas as flores tubulosas e funcionalmente Regiao Sudeste (Baker 1884), estendendo ao masculinas, ramos do estilete conados ou muito curtos; norte ate a Bahia e ao suI ate 0 Parana. Coletada com ou capitulos com todas as flores filiformes e femininas. flores de outubro a janeiro. Pouco freqilente. Planta Papus de cerdas escabridas. ruderal.

Chave para as especies de Baccharis

I. Ramos 3-alados 5. B. trimera I. Ramos nao alados 2. Folhas densamente canescente-tomentosas na face inferior 3. B. semiserrata var. elaegnoides 2. Folhas glabras ou glabrescentes na face inferior 3. Folhas com margem finamente serreada (figura 36) 2. B. punctulata 3. Folhas com mal'gem inteira ou 1-3 denteada 4. Flores masculinas com ramos do estilete claramente distintos (figura 37); capitulos femininos com receptaculo paleaceo 6. B. trillervis 4. Flores masculinas com ramos do estilete conados (figura 38); capitulos femininos com receptaculo desprovido de paleas 5. Folhas oblanceoladas com 0,3-0,8 cm larg. (figura 39) I. B. dracunculifolia 5. Folhas obovadas com 1-3,5 cm largo (figura 40) 4. B. singularis

I. Baccharis dracunculifolia DC., Prodr. 5: 421. base ondulada, apice espessado. Capitulos femininos 1836. com inv61ucro ca. 5 mm alt., como os masculinos; Iconografia: Cabrera (1974), p. 262, figura 144. receptaculo desprovido de paleas; flores femininas 29-40, corola ca. 5 mm, esparsamente pilosa em Arbustos ou arvoretas 1,5-3 m; ramos glabros ou direyao ao apice, base alargada, apice fimbriado; pubescentes, glutinosos. Folhas subsesseis; lamina estilete 4-4,6 mm, ramos ca. 0,5 mm. Cipsela 2-5,5 x 0,3-0,8 cm, oblanceolada, base atenuada, apice ca. 1,3 mm, glabra; papus 5-5,4 mm, cerdas com apice agudo, margem inteira ou 1-3 denteada, uninervia, nao espessado. glabra e densamente pontuada de glandulas em ambas Argentina, Brasil: regiao SuI, Sudeste (Barroso as faces. Inflorescencia panicula frondosa, paraclactios 1976) e tambem no Estado do Mato Grosso do SuI. de 2a ordem botri6ides. Capitulos masculinos com Coletada com flores emjulho e novembro. 0 material inv61ucro 4-5 mm alt.; bracteas involucrais em 3-4 de Picinguaba apresenta folhas muito maiores que 0 series, apice acuminado; flores masculinas 28-35, de outros locais. Planta ruderal. corola ca. 3,5 mm, apice do tuba e fauce esparsamente pilosos, lobos espiralados; estilete 3,8-4,2 mm, ramos Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, conados, apice dilatado; papus ca. 3 mm, cerdas com Picinguaba, Trilha Morro do Corsario, VII-1995,

26

30

31

Figuras 23-40. Caracteres utilizados nas chaves. 23. Capitulo secund:hio de Elephan/opus mollis. 24. Disposiyao dos capitulos de Piplocarpha sp. 25. Cipsela de Pip/ocafpha sp. 26. Cipsela de Struchium sparganophorum. 27. Capitulo de Cen/ra/herum punc/a/um. 28. Flor do raio de Mu/isia speciosa. 29. Flor do disco de Mu/isia speciosa. 30. Folha de Mu/isia speciosa. 31. Flor do raio de Erigeron maximus. 32. Flor do raio de Solidago chilensis. 33. Papus de Gamochae/a americana. 34. Involucra de Ambrosia ela/ior. 35. Involucro deAmbrosia polystachya. 36. Folha de Baccharis punctulata. 37. Flor masculina de Baccharis /rinervis. 38. Flor masculina de Baccharis singularis. 39. Folha de Baccharis dracunculifolia. 40. Folha de Baccharis singularis. Escalas: figuras 23, 25-29, 31-35, 37-38 = 2 mm; tiguras 24, 30, 36, 39-40 = I em. 50 Hoehnea 33( I), 2006

Moraes 102 (DEC); Rodovia BR 101, Km 8, lnflorescencia panicula frondosa, paracladios de 2a VII-1995, d', Moraes 104 (DEC); Trilha da Guarita, ordem botri6ides, menores ou iguais ao comprimento XI-1995, d', Moraes 18 (DEC). da folha. Capitulos masculinos com inv61ucra 3,5-4 mm alt., bracteas involucrais em 3 series, apice acuminado; Material adicional examinado: MATO GROSSO DO SUL: flores masculinas 20-25, corola ca. 3,7 mm, tubo piloso Campo Grande, Xll-1973, Sucre 10387 (RB). em direyao ao apice, lobos espiralados; estilete 2. Baccharis punctulata DC, Prodr. 5: 405. 1836. 4,3-5 mm, ramos conados, exceto no apice curtissi­ Iconografia: Cabrera (1974), p. 269, figura 149. mamente dividido; papus do compr. da corola, cerdas levemente onduladas na base, espessadas no apice. Arbustos 1-1,5 m; ramos glabros, com sulcos Capitulos femininos com inv61ucro 4,3-5 mm alt.; avermelhados. Peciolo 0,5-1 cm; lamina 5,5-9 x bracteas involucrais em 3-4 series, como 0 masculino; 1,2-2,5 cm, oblonga, base cuneada, apice agudo, flores femininas 31-38, corola 2,8-3 mm, curtamente margem finamente serreada, glabra em ambas as pilosa em direyao ao apice, base dilatada, apice faces, face inferior pontuada de glandulas. irregularmente denteado; estilete 4-4,7 mm, ramos lnflorescencia tirs6ide frondosa, paracladios de 1a 0,6-0.8 mm. Cipsela 1-1,4 mm, cilindrica, glabra; papus ordem cim6ides, os proximais as vezes com capitulos 4,4-6,3 mm. imaturos. Capitulos masculinos com inv61ucro Argentina e Brasil: regiao SuI e Sudeste (Barroso 5-5,6 mm alt.; bracteas involucrais em 3 series, apice 1976). Coletada com flores de dezembro a fevereiro. obtuso; flores masculinas ca. 30-35, corola 5-6 mm, Rara em Picinguaba. Separa-se da variedade tipica fauce pilosa, tubo com base dilatada, lobos revolutos, pelo indumento canescente-tomentoso na face inferior apice papiloso; estilete 6-7 mm, ramos 1-1,3 mm; papus da folha. de cerdas onduladas na poryao mediana inferior, apice espessado. Capitulos femininos com inv61ucro Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, 5,3-5,8 mm alt., como 0 masculino; flores femininas Picinguaba, Rodovia BR 101, Km II, XII-1995, d', 83-119, corola 2,6-3 mm, esparsamente pilosa em Moraes 243 (DEC); 1-1996, d', Moraes 261 (VEC); direyao ao apice, base levemente dilatada, apice II-1996, d', Moraes 311 (VEC). fimbriado; estilete 4,8-5,4 mm, ramos 0,7-0,9 mm. Material adicional examinado: SAo PAULO: Cunha, Cipsela 1-1,5 mm, glabra; papus 4,8-6,2 mm. 23°10' - 23°20'S, 44°50'-45°10'W, 1I.1981, ~, Paraguai,Druguai,Argentina, Brasil: regiao Sui e Custodio Filho 543 (DEC). Mogi das Cruzes, Sudeste (Barroso 1976). Coletada com flores de julho IX-1994, ~, Stehmann & Semir 1510 (DEC). a novembro. Comum. Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, 4. Baccharis singularis (VeIl.) G.M. Barroso, Rodriguesia 28(40): 96. 1976. Chrysocoma Picinguaba, Rodovia BR 101, Km II, VIl-1995, d', Moraes 86 (DEC); XI-1995, ~,Moraes 191 (DEC); singularis VeIL, FI. Flum. 325.1829. XI-1995, d', Moraes 197 (DEC); Km 10, VIII-1995, Arbustos ou as vezes arvoretas 1,7-3(-5) m; ramos ~, Moraes 119 (DEC); X-1995, ~, Moraes 177 as vezes glutinosos. Peciolo 3-7 mm; lamina (3-)4­ (DEC). 7(-9) x (1-) 1,5-2,5(-3,5) cm, obovada, raramente eliptica, base cuneada, apice agudo-mucronado a curto 2. Baccharis semiserrata DC. var. elaegnoides acuminado, margem inteira, obscuramente peniner­ (Steud. ex Baker) G.M. Barroso, Rodriguesia 28(40): vada, ambas as faces glabras, face superior as vezes 118. 1976. Baccharis elaegnoides Steud. ex Baker, vernicosas, face inferior densamente pontuada de Fl. Bras. 6(3): 53. 1882. glandulas. Inflorescencia tirs6ide corimbosa frondosa. Arbustos ou arvoretas 1,8-5 m; ramos inicialmente Capitulos masculinos com inv61ucro 6,7-7 mm alt.; pubescentes, tomando-se glabrescentes a glabros mais bracteas involucrais em 3-4 series, apice obtuso; flores abaixo. Folhas curtamente pecioladas a subsesseis; masculinas 18-25, corola 5-6,4 mm, tubo esparsamente lamina 3,5-5,5 x 0,5-0,8 cm, lanceolada, base longa­ piloso em direyao ao apice, lobos espiralados; estilete mente atenuada, apice agudo, margem inteira ou 1-5 6-7 mm, ramos conados, exceto no apice dilatado, denticulada, obscuramente triplinervia, face superior curtissimamente dividido; papus 4,8-5,7 mm, cerdas glabra, face inferior densamente canescente­ nao onduladas na base, espessadas no apice. Capitulos tomentosa, com nervura principal glabra. femininos com inv61ucro 7-8 mm alt., como 0 masculino, M.D. Moraes & R. Monteiro: Asteraceae de Picinguaba 51

receptaculo desprovido de paleas; flores femininas ambas pelo estilete das flores masculinas com ramos 33-48, corola 4,5-5 mm, esparsamente pilosa em direyao conados. Conhecida pelo nome popular de carqueja, ao apice, base levemente dilatada, apice irregularmente esta especie e utilizada e comercializada com indicayoes fimbriado; estilete 5,4-6,4 mm, ramos ca. 0,9 mm. em disturbios digestivos e hepaticos. Cipsela 1,4-2,4 mm, glabra; papus 5,2-14,5 mm. Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, Vruguai, Brasil: do litoral do SuI da Bahia ao Rio Picinguaba, Trilha do Noelo, V-1995, d', Moraes 45 Grande do SuI, tanto nas encostas como nas planicies, (VEC); VI-1995, d', Moraes 60 (VEC); Trilha Morro entre 10-700 m de altitude (Barroso 1976). Coletada do Corsario, VIII-1995, ~, Moraes J26 (VEC). com flores de janeiro a maryo. Abundante. 6. Baccharis trinervis (Lam.) Pers., Syn. Plant. 2: Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, 423. 1807. Conyza trinervis Lam., Encycl. 2: 85. Picinguaba" Trilha da Guarita, 1-1996, d', Moraes 273 1786. (VEC); 1-1996, d', Moraes 274 (VEC); 1-1996, ~, Moraes 285 (VEC); 1-1996, ~, Moraes 286 (VEC); Arbustos 1-3 m ou as vezes lianas ate 5 m; ramos 1II-1996, ~, Moraes 344 (VEC); III-1996, d', Moraes flexuosos, esparsamente pubescentes. Peciolo ca. 348 (VEC); IV-1988, d', Furlan et at. 470 (HRCB); 0,5 cm; lamina 5,5-9,5 x 1,5-3,3 cm, eliptica, base IV-1988, ~, Furlan et at. 473 (HRCB); Trilha das cuneada, apice curto-acuminado a agudo-mucronado, Tres Lagoas, II-1996, d', Moraes 294 (VEC); II-I 996, margem inteira, 3-nervada, face superior glabra, face d', Moraes 295 (UEC); II-1996, d', Moraes 299 inferior glabrescente, obscuramente pontuada de (UEC); II-1996, d', Moraes 303 (UEC); Trilha morro glandulas. Inflorescencia panicula frondosa, da corsario, II-I 996, ~, Moraes 312 (VEC); II-1996, paracladios de I a ordem botri6ides. Capitulos ~, Moraes 314 (VEC); V-I989, d', Garcia et al. 409 masculinos com inv61ucro 4,5-5,3 mm alt.; bracteas (HRCB). involucrais em 3 series, apice agudo; receptaculo conico; flores masculinas 29-42, corola 4,4-4,7 mm, 5. Baccharis trimera (Less.) DC., Prodr. 5: 425. 1836. tubo com base alargada, fauce esparsamente pilosa, Molina trimera Less., Linnaea 6: 141. 1831. lobos revolutos; estilete 5,3-5,6 mm, ramos 1-1,3 mm, Iconografia: Baker (1882), tab. 16. claramente distintos; papus 3,6-3,9 mm, cerdas com Subarbustos ate 1,5 m; ramos 3-alados, alas ate base ondulada, apice espessado. Capitulos femininos 1,5 cm de larg., formando articulos de compr. variaveis. com inv6lucro 5-5,4 mm alt., como 0 masculino; Folhas caducas, quando presentes, diminutas, ovais. receptaculo paleaceo, paleas planas, lineares; flores Inflorescencia dibotri6ide, paracladios botri6ides, femininas ca. 200, corola 2,8-3,2 mm, base levemente alternos, com capitulos sesseis, isolados ou em grupos alargada, pilosa na metade superior, apice fimbriado; 2-6 dispostos no sinus de cada articulo. Capitulos estilete4,5-5 mm, ramosO,7-0,9 mm. Cipsela 1-1,2 mm, masculinos com inv6lucro 4,5-6 mm alt.; bracteas pilosa; papus 4,7- 5,5 mm. involucrais em 4-5 series, apice acuminado; flores Mexico, Argentina, Paraguai e Brasil (Barroso masculinas 33-39, corola 5-5,3 mm, fauce 1976). Coletada com flores de maryo a maio e em esparsamente pilosa, lobos levemente revolutos, apice novembro e dezembro. Comum. papiloso; estilete 6-6,8 mm, ramos conados, exceto no Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, apice curtissimamente dividido; papus ca. 5,5 mm, Picinguaba, Trilha da Guarita, V-1994, ~, Moraes 11 cerdas com base levemente crespa, apice espessado, (VEC); V-1995, ~, Moraes 37 (VEC); Rodovia BR crespo. Capitulos femininos com inv61ucro 5-5,5 mm 101, Km 11, XI-1995, d', Moraes 195 (UEC); alt.; bracteas involucrais em 3-4 series, como 0 mascu­ XI-1995, ~, Moraes 206 (VEC); Km 9, XI-1995, d', lino; flores femininas 86-96, corola 2,5-2,8 mm, base Moraes 196 (VEC); Km 10, XI-1995, d', Moraes levemente dilatada, glabra, apice truncado na diagonal; 208 (VEC); Trilha Morro do Corsario, III-1991, ~, estilete 3,8-4,4 mm, ramos ca. 0,5 mm. Cipsela ca. Romero et at. 242 (HRCB). I mm, costas minutamente papilosas; papus 3,5-4 mm. Uruguai, Paraguai, Nordeste daArgentina e Brasil: 7. Bidens L. do Estado de Minas Gerais ao Rio Grande do SuI (Barroso 1976). Coletada com flores de maio a agosto. Folhas opostas, raramente verticiladas. Bracteas Pouco frequente. Semelhante a Baccharis cylindrica involucrais em 2 series. Capitulos com todas as flores (Less.) DC. e B. myriocephala DC., separando-se de hermafroditas, corola amarela, tubulosa; ou flores do 52 Hoehnea 33( I), 2006 raio neutras ou hermafroditas, corola amarela ou citayao para 0 Estado de Sao Paulo. branca, liguliforme ou com limbo pouco exserto. Materiais examinados: BRASIL. SAO PAULO: Ubatuba, Filamento do estame glabro. Cipselas oblongo-lineares, Picinguaba, Rodovia BR 101, Krn II, XI-1995, Moraes curtamente atenuadas no apice; papus geralmente 201 (VEC); Km 9, XII-1995, Moraes 245. (VEC); aristado com tricomas retrorsos. Km 10, III-I 996, Moraes 327 (VEC).

Chave para as especies de Bidens 2. Bidens pilosa L., Sp. PI. 832. 1753. Iconografia: Cabrera (1974), p. 392, figura 228. I. Flores do raio neutras, corola ligulifOlme, limbo igual ou maior que Ervas anuais 0,4-1,5 m; ramos eretos, glabres­ 8 x 6,8 mm; cipsela piloso-hispida centes, nos levemente pilosos. Peciolo 1-3(-4,5) cm, (pelos com base dilatada de cor lamina 7-12,5 x 4-10,5 cm, pinatissecta com 3 amarelada); papus 2-aristado, raro 3­ segmentos lanceolados a estreitamente ovados, apice aristado, neste caso com uma das agudo ou acuminado, margem serreada, esparsamente aristas reduzidas (figura 14) 1. B. alba pilosa em ambas as faces. Inflorescencia tirsoide ou 1. Flores do raio geralmente ausentes, as vezes reduzida a urn cimoide. Involucro 4,8-6 mm; quando presentes hermafroditas ou bracteas involucrais externas 8, linear-espatuladas, neutras, corola com limbo pouco glabras, apice agudo a curto-acuminado. Flores do raio exserto igual ou menor que 7 x 4 mm; geralmente ausentes, quando presentes 5-6, herrnafro­ cipsela hispida; papus 3-aristado, raro ditas ou neutras, corola amarela ou branca, limbo 3,8-7 2-aristado, todas as aristas subiguais x 1,7-4 mm, pouco exserto; flores do disco hernla­ (figura IS) 2. B. pilosa froditas, corola 3,8-4,5 mm, com glandulas estipitadas esparsas. Cipsela 4-10 mm, 4-angulada, hispida, 1. Bidens alba (L.) DC., Prodr. 5: 605. 1836. principalmente na poryao apical; papus 3-aristado, Coreopsis alba L., Sp. PI.: 908. 1753. muito raramente 2-aristado, todas as aristas subiguais. Nativa do Caribe, e amplamente distribuida como Ervas anuais 0,5-1 m, ramos eretos ou decum­ ruderal nas regi5es tropicais e subtropicais (0'Arcy bentes, glabros. Peciolo 1,5-3,5 cm; lamina 6-8,5 x 1975b). Coletada com flores praticamente 0 ana todo. 3-6 cm, simples ou geralmente pinatissecta com 3 ou Abundante. as especimes de Picinguaba que possuem 5 segmentos ovados, apice acuminado, margem flores neutras com corola branca de 5-7 mm de compr. serreada, face superior praticamente glabra, podem ser referidos a var. minor (Blume) Sherff. esparsamente pilosa nas nervuras, face inferior glabra. Entretanto, concordamos com D'Arcy (1975b), que Inflorescencia tirs6ide laxa ou as vezes reduzida a aceita a diferenciayao das flores do raio como variayao urn cim6ide. Inv6lucro 5-6 mm alt.; bracteas involucrais dentro da especie. extemas 9-11, largamente espatuladas, apice obtuso­ apiculado ou ap~nas obtuso. Flores do raio 5-6, Materiais examinados: BRASIL. SAO PAULO: Ubatuba, neutras, corola j;ranca, liguliforme, limbo 8-13 x Picinguaba, Trilha Casa da Farinha, VI-1995, Moraes 6,8-9,6 mm, largamente obovado; flores do disco 53 (VEC); VIII-1995, Moraes 111 (VEC); III-1996, hermafroditas, corola 5-6,5 mm, com glandulas Moraes 342 (VEC); Rodovia BR 101, Km II, estipitadas esparsas. Cipsela 8,6-12,3 mm, 4-angulada, XI-1995, Moraes 205 (VEC); Trilha da Guarita, estriada, papiloso-hispida (pelos com base dilatada de 1-1996, Moraes 263 (VEC). cor amarelada), principalmente na poryao apical; papus 2-aristado, muito raramente 3-aristado, neste caso com 8. Centratherum Casso uma das aristas reduzidas. I. Centratherum punctatum Cass., Dict. Sci. Nat. 7: Planicies costeiras do SuI dos Estados Vnidos e 384.1817. da America Central (Ballard 1986). Coletada com Iconografia: Cabrera & Klein (1980), p. 237, est. flores em novembro, dezembro e maryo. Pouco 67. frequente. as especimes de Picinguaba enquadram-se na descriyao de Bidens alba elaborada por Ballarp Ervas 30-60 cm, subprostradas a eretas; ramos (1986), em seu estudo do complexo Bidens pilosa estrigosos. Folhas alternas, subsesseis; lamina 2-7 x para a America Central, representando a primeira 0,5-3,5 cm, ovada a eliptica-espatulada, base atenuada, M.D. Moraes & R. Monteiro: Asteraceae de Picinguaba 53

apice obtuso, margem serreada, dentes minutamente todo. Abundante. Cresce em pequenas populayoes em mucronados, ambas as faces esparsamente sombra parcial. Planta ruderal pubescentes. Inflorescencia capitulos terminais Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, solitarios ou com gemas acessorias produzindo novos Picinguaba, Trilha da Guarita, V-1994, Moraes 7 capitulos. Capitulos homogamos; involucra 8,2-8,6 mrn (VEC); Trilha Casa da Farinha, IV-1995, Moraes 17 alt., campanulado; bracteas involucrais dimorfas, em (VEC); IX- I994, Moraes 129 (VEC); III- I996, 5-6 series, as externas foliaceas 7-9, as internas Moraes 335 (VEC). membranaceas, apice vinaceo, aristado. Flores hermafroditas, corola 10- I 1,6 mm, purpurea, 10. Clibadium L. profundamente 5-lobada, com glandulas sesseis e estipitadas; ramos do estilete longos. Cipsela I. C/ibadium armanii (Balb.) Seh.Bip. ex Baker, in 2,4-2,7 mm; papus 2-2,6 mm, em I serie de cerdas Mart. FI. Bras. 6 (3): 152. 1884. Eupatorium armanii escamiformes, facilmente caducas. Balb., PI. Rar. Hort. Taur. 6: 27.1810. Ocorre em locais perturbados das Antilhas, Iconografia: Baker (1884), tab. 50. Americas Central e do Sui, sendo as vezes cultivada Arbustos ca. 1,5 m; ramos hispidos. Folhas como ornamental (Kirkman 1981). Coletada com opostas; peciolo 0,5- I cm; lamina 5- 13,5 x 2,5-8 cm, f10res de agosto a fevereiro. Pouco freqiiente. Esta ovada a largamente ovada, base arredondada, as vezes especie esta representada em Picinguaba pela curtamente atenuada, apice agudo a curto-aeuminado, subespecie tipica, caracterizada pelas folhas serreadas margem irregularmente serreada, venayao reticulada, e cipselas com menos de 3 mm. face superior hispida, escabrescente, face inferior Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Vbatuba, hispida. Inflorescencia panicula frandosa, paracladios Picinguaba, Rodovia BR 101, Km 11, VIII-1995, botrioides de capitulos subsesseis, adensados no apiee; Moraes 112 (VEC); Trilha da Guarita, X-1995, involucra ca. 6 mm alt., ovoide, bracteas involucrais Moraes 165 (VEC); XI-1995, Moraes 186 (VEC); em duas series, as externas largamente obovadas, as XI1-1995, Moraes 233 (VEC); 1-1996, Moraes 264 internas obovadas, envolvendo as cipselas marginais; (VEC); 11- I996, Moraes 288 (VEC). receptaculo desprovido de paleas. Flores marginais 3, femininas, corola 3-3,3 mrn, tubulosa, 3-4 Iobada; flores 9. Chaptalia Vent. centrais 8- I2, funcionalmente masculinas, corola 4-4,4 mm, tubulosa, 5-lobada. Cipsela 3,5-4 mm, I. Chaptalia nutans (L.) Polak., Linnaea 41: 582. 1878. Tussi/ago nutans L., Syst. Nat. 10 (2): 1214. 1759. obovoide, levemente comprimida, hispidulosa na poryao Iconografia: Cabrera & Klein (1973), p. 55, est. 17. apical; papus ausente. Amplamente distribuida nas regioes do Centro­ Ervas ate 20 cm. Folhas rosuladas, sesseis; lamina Oeste, Sudeste e SuI do Brasil (Baker 1884). Coletada 9- I9 x 2,5-5,5 cm, lirada, base atenuada, apice obtuso, com flores em dezembro, janeiro e maio. Pouco apiculado, margem lobada, minutamente denticulada, freqiiente. Esta especie e muitas vezes conhecida nos face superior glabra, face inferior albo-tomentosa. herbarios e floras pelo seu sin6nimo de Clibadium Escapo na antese 12-55 cm, ebracteado; capitulo rotundifolium DC. heterogamo, disciforme, nutante quando jovem, ereto na antese; involucro 13-22 mm alt.; bracteas Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, involucrais em 4-5 series, apice avermelhado, longo­ Picinguaba, Rodovia BR 101, Km 8, V-1995, Moraes acuminado. Flores do raio femininas, ca. 27, corola 51 (VEC); Km 9, XII-1995, Moraes 236 (VEC); branca ou rosea, bilabiada com limbo expandido, tubo 1-1996, Moraes 275 (VEC). 5-6,5 mm, limbo 5,3-6 mm, lobo interno ausente; flores I I. Conyza Less. internas femininas, filiformes, ca. 120, corola 3,7-8,3 mm; flores centrais hermafroditas, bilabiadas, Folhas alternas, nao decurrentes. Capitulo coroIa ca. 10,5 mm. Cipsela incluindo rostro heterogamo; bracteas involucrais em 2-3 series, 7-13,5 mm; papus 11-13 mm, de cerdas finamente membranaceas. Flores marginais femininas em escabridas. varias series, corola filiforme; f10res centrais Ocorre do Mexico ate a Argentina (Cabrera & hermafroditas, corola tubulosa. Papus de cerdas Klein 1973). Coletada com flores praticamente 0 ana capilares. 54 Hoehnea 33( I), 2006

Chave para as especies de Conyza 2. Conyza chilensis Spreng., Novi Provent. 1: 14. 1818. 1. Inflorescencia panicula policefala; inv61ucro menor (4-5,5 x 5-6 mm); Ervas anuais 0,9-1,4 m. Folhas sesseis, as basais flores marginais 60-135; flores cen- 4-17 x 0,8-3 cm, oblanceoladas, base atenuada, apice trais 9-13 1. C. bonariensis obtuso-mucronado, margem irregular e esparsamente 1. Inflorescencia cim6ide paucicMala; denteado-mucronada, escabrosa em ambas as faces. inv61ucro maior (5,5-6,5 x 10-12 mm); Inflorescencia cim6ide, paucicefala. Inv61ucro 5,5-6,5 x flores marginais 275-412; flores cen- 10-12 mm; bracteas involucrais com apice frequen­ trais 26-36 2. C. chilensis temente avermelhado, atenuado. Flores marginais 275-412, corola 3,5-5 mm, apice r6seo-arroxeado, 1. Conyza bonariensis (L.) Cronquist, Bull. Torrey irregularmente denticulado; flores centrais ca. 26-36, Bot. Club 70: 632. 1943. Erigeron bonariensis L., corola 4-5 mm, esparsamente pilosa em direc;:ao ao Sp. PI.: 863. 1753. apice. Cipsela 1,4-1,6 mm; papus 4-5 mm, amarelado. America do Sui (Cabrera 1974). Coletada com Ervas anuais 0,8-2 m. Folhas sesseis; laminas flores de novembro a marc;:o. Pouco frequente. 7-15 x 0,5-3 cm, oblanceoladas, base longamente atenuada, apice agudo a atenuado, margem inteira ou Materiais examinados: BRASIL. SAO PAULO: Ubatuba, esparsa e irregularmente serreada a pinatifida, ambas Picinguaba, Trilha do Noelo, XI-1995, Moraes 215 as faces esparsamente estrigosas, ou glabrescentes (VEC); Rodovia BR 101, Km 9, 1-1996, Moraes 260a com margem e nervuras esparsamente hirsutas. (UEC). Inflorescencia panicula frondosa-bracteosa, policefala, 12. Cosmos Cay. paracladios botri6ides. Inv61ucro 4-5,5 x 5-6 mm; bracteas involucrais com apice agudo a obtuso. Flores Cosmos caudatus Kunth, Nov. Gen. Sp. (folio ed.) marginais 60-135, corola 3-4,5 mm, branca, apice as 4:188.1818. vezes r6seo-arroxeado, irregularmente denticulado; Ervas anuais 1-1,7 m. Folhas opostas, peciolos flores centrais 9-13, corola 3,5-5 mm, limbo 0,5- 5 cm; lamina 4,5-14 x 3-12 cm, 2-3 pinatissecta, esparsamente piloso. Cipsela 1,2-1,5 mm; papus segmentos lanceolados, apice agudo-apiculado, 3-4 mm, ferrugineo-claro. margem hirsuta, ambas as faces com tricomas Originaria da America do Sui, e uma planta esparsos nas nervuras. Inflorescencia cim6ide laxa, ruderal amplamente distribuida (Cabrera 1974). paracladios com 2-4 capitulos longamente peciolados; Coletada com flores em marc;:o ejunho e de outubro a bracteas involucrais em 2 series, as externas janeiro. Comum. Euma especie muito polim6rfica, lanceoladas, subuladas; as internas amarelo-vinaceas, Cabrera (1974) distinguiu duas variedades de mais longas e largas, apice curto-acuminado, acumen delimitac;:5es pouco evidentes, as quais nao sao obtuso; paleas similares, porem mais estreitas e reconhecidas aqui. Muito semelhante a Coniza hialinas. Flores do raio neutras, 7-8, corola r6sea, canadensis (L.) Cronquist., distingue-se principal­ liguliforme, limbo 9,8-16 x 5,5-7 mm, obovado; flores mente pelas flores marginais com apice denticulado, do disco com corola 6-7,7 mm, tubulosa, filamento do enquanto C. canadensis apresenta limbo liguliforme, estame piloso. Cipselas 15-26 mm, fusiformes, diminuto mas distinto (0,5 mm compr.). Como terminadas em urn lange rostro estrigoso; papus salientado par D'Arcy (1975a), muito provavelmente 2-aristado, aristas 3,7-4,5 mm, divergentes, com Conyza canadensis e mais abundante em regi5es tricomas retrorsos e estrigosos. temperadas. Nativa da America Central e Antilhas, e Materiais examinados: BRASIL. SAO PAULO: Ubatuba, amplamente distribuida como ruderal, embora seja Picinguaba, Trilha da Guarita, V-1995, Moraes 38 eventualmente cultivada como ornamental (0'Arcy (VEC); VI-1995, Moraes 59 (VEC); X-1995, Moraes 1975b). Coletada com flores de marc;:o ajulho. Pouco 163 (VEC); XI-1995, Moraes 187 (VEC); Rodovia frequente. Cosmos caudatus apresenta folhas BR 10 I, Km 11, XI-1995, Moraes 192 (VEC); Praia similares a C. sulphureus Cav., mas e facilmente da Fazenda, 1-1996, Moraes 266 (VEC); Trilha Casa distinta pelas flores do raio r6seas, que nesta sao da Farinha, III-1996, Moraes 337 (UEC). amarelas ou laranjas. M.D. Moraes & R. Monteiro: Asteraceae de Picinguaba 55

Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, Efephantopus. Picinguaba, Trilha da Guarita, VII-1995, Moraes 58 Materiais examinados: BRASIL. SAO PAULO: Ubatuba, (UEC); VII-1995, Moraes 91 (UEC); III-1996, Picinguaba, Rodovia BR 101, Km 9, X-1995, Moraes Moraes 346 (UEC). 172 (UEC); XI-1995, Moraes 210 (UEC); 1-1996, 13. Efephantopus L. Moraes 256 (UEC); Km 11, III-1996, Moraes 331 (UEC); Trilha do Noelo, III-I 996, Moraes 362 CUEC). Folhas altemas a rosuladas. Capitulos hom6gamos, agregados em capitulos secundarios envolvidos por 2. Efephantopus mol/is Kunth, Nov. Gen. Sp. (folio bracteas foliaceas; bracteas involucrais em pares, ed.) 4:.26.1818. decussadas. Flores hemlafroditas 2-4, corola tubulosa, Iconografia: Cabrera & Klein (1980), p. 399, est. 110. levemente zigomorfa, 5-lobada; ramos do estilete Ervas 0,4-2 m. Folhas geralmente concentradas longos. Papus 5-muitas cerdas alargadas na base. na base, as caulinares gradualmente menores; pedolos curtos, expandidos na base; lamina 7-15 x 5-2,2 cm, Chave para as especies de Efephantopus oblanceolada, base atenuada, apice agudo a obtuso, I. Capitulos secundarios envolvidos por margem crenada-serreada, face superior muricada, 1-2 bnicteas foliaceas, lanceoladas esparsamente estrigosa a sericea, face inferior (figura 22); papus com ca. de 40 densamente albo-sericea. Inflorescencia panicula cerdas gradualmente alargadas em frondosa-bracteosa, paracladios botri6ides. Capitulos direyao a base I. E. angustifolius secundarios envolvidos por 3 bracteas foliaceas, I. Capitulos secundarios envolvidos por cordadas, curto-acuminadas, sericeas; inv6lucro 3 bracteas foliaceas, cordadas (figura 7,2-9,3 mm alt., bracteas involucrais 8, em 4 series 23); papus com 5-8 cerdas abrupta- decussadas, apice acuminado. Flores 4, corola ca. mente alargadas na base 2. E. mollis 6 mm. Cipsela 1,8-2,2 mm, esparsamente sericea, pontuada de glanduJas entre as costas; papus 4-5,6 mm, I. Efephantopus angustifolius Sw., Prodr.: 115. 1788. com 5-8 cerdas abruptamente alargadas na base. Iconografia: Cabrera & Klein (1980), p. 396, est. 109. De ocorrencia pantropical (Bussey 1975). Coletada com flores de janeiro a maio. Abundante. Ervas 0,8-1,5 m. Folhas sesseis ou subsesseis; lamina 12-39 x 2,2-4,7 cm, oblanceolada, base Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, longamente atenuada, apice obtuso, margem inteira a Picinguaba, Trilha da Guarita, V-1994, Moraes 4 levemente crenada, ambas as faces sericeas. (UEC); Moraes 6 (UEC); Trilha das Tres Lagoas, Inflorescencia panicula bracteosa, paracladios IV-1995, Moraes 28 (UEC); Morro do corsario, botri6ides. Capitulos secundarios envolvidos por 1-2 1-1996, Moraes 268 (UEC); Trilha da Casa da bracteas foliaceas, lanceoladas, agudas, sericeas; Farinha, III-1996, Moraes 338 (UEC); Trilha atras inv61ucro 9-10,5 mm alt.; bracteas involucrais 8, em 4 do alojamento, 11-1988, Ribeiro et af. 189 (HRCB). series decussadas, apice curto-acuminado. Flores 4, 14. Emilia Casso corola ca. 9 mm. Cipsela 1,6-2 mm, sericea, pontuada de glandulas entre as costas; papus 6,6-7,8 mm, com Bracteas involucrais unisseriadas, involucro ca. de 40 cerdas gradualmente alargadas em direyao desprovido de caliculo. Flores hermafroditas, corolas a base. geralmente avemlelhadas ou roseo-lilas, tubo estreito, Americas Central e do SuI, ate 0 Norte da bem mais lange que 0 limbo. Argentina e Uruguai (Busey 1975). Coletada com flores de janeiro a maryO e de outubro a novembro. Chave para as especies de Emilia Comum. Efephantopus angustifolius foi transferido para Ortopappus angustifolius (Swartz) Gleason 1. Flores avermelhadas, excedendo 0 pelo seu papus com um grande numero de cerdas. involucro em ca. de 2 mm (figura 5) Entretanto, concordamos com Busey (1975), que a ...... 1. E. fosbergii segregayao de Efephantopus angustifolius em um 1. Flores roseo-lilas, praticamente nao genero separado nao e justificavel, pois varios graus excedendo 0 inv61ucro (figura 6) desta tendencia ocorrem em outras especies de ...... 2. E. sonchifolia 56 Hoehnea 33( 1), 2006

1. EmiliafosbergiiNicolson, Phytologia 32: 34.1975. 18 (VEe); XII-1995, Moraes 222 (VEe); 1II-1996, Moraes 336 (VEe). Ervas anuais 50-80 cm. Folhas sesseis, Himina 7-13 x 2-5 cm, as inferiores ovadas com base IS. Erechtites Raf. decurrente asemelhanya de urn peciolo, as medianas panduriformes, as superiores oval-Ianceoladas, com Bracteas involucrais unisseriadas, involucro com base auriculada, amplexicaule, apice agudo, atenuado caliculo. Flores marginais com corola fiJiforme, flores nas mais superiores, margem de todas esparsamente centrais hermafroditas ou masculinas por atrofia do denteada, glabras em ambas as faces ou face inferior ovario com corola amarelada de tubo estreito, bern esparsamente pilosa ao longo da nervura principal. mais tonga que 0 limbo. Inflorescencia cimoide laxa. Involucro 8,5-14,4 mm alt.; bracteas involucrais 8-12. Flores 52-70, Chave para as especies de Erechtites excedendo 0 involucro em ca. 2 mm, corola 9-11,7 mm, 1. Folhas com margem irregular e avermelhada, lobos 1,5-2 mm, apice papiloso. Cipsela esparsamente denteadas a lobado­ 4-4,4 mm; papus 6,4-8,2 mm. denteadas (figura 41); papus de cer- Nativa do Velho Mundo, e uma especie ruderal das brancas I. E. hieracifolia amplamente distribuida (Barkley 1975). Floresce I. Folhas com margem irregularmente praticamente 0 ana todo, sendo abundante em pinatissectas (figura 42); papus de Picinguaba. Esta especie tern sido erroneamente cerdas roseas 2. E. valerianifolia tratada nos herbarios e na literatura como Emilia sonchifolia (L.) DC. ex Wigth. I. Erechtites hieracifolia (L.) Raf. ex DC., Prodr. 6: Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, 294. 1837. Senecio hieracifolius L., Sp. PI. ed. 2. Picinguaba, Trilha Casa da Farinha, XI-1995, Moraes 1763. 200 (VEe); 1-1996, Moraes 251 (VEe); Trilha atras do alojamento, X-1990, Romero et af. 139 (HRCB). Ervas anuais 0,6-1 m; ramos esparsamente pilosos, as vezes inteiramente arroxeados. Folhas 2. Emilia sonchifolia (L.) DC., Prodr. 6: 302. 1837. sesseis, lamina 6-12 x 0,5-2,5 cm, as basais Cacalia sonchifolia L., Sp. PI.: 835. 1753. oblanceoladas, base atenuada, as superiores oblongo­ Ervas anuais 30-80 cm, glabra ou muito lanceoladas ou linear-Ianceoladas, base auriculada, esparsamente pilosa ao longo do caule. Folhas sesseis, todas com apice agudo, margem irregular e lamina 4-11,5 x 1-3 cm, as inferiores ovadas com base esparsamente denteada a lobado-denteada, esparsa­ decorrente a semelhanya de urn peciolo, as mente pilosa em ambas as faces. Inflorescencia intermediarias liradas, as superiores subliradas, oval­ cimoide. Involucro 9-12 x 4,5-7 mm, dilatado na base, lineares a oval-Ianceoladas, base auriculada, caliculo de bracteolas lineares, esparsa e longamente amplexicaule, apice agudo ou atenuado, margem ciliadas; bracteas involucrais estriadas, com glandulas irregularmente denteada, glabras em ambas as faces estipitadas esparsas. Flores marginais multisseriadas, ou face inferior muito esparsamente pilosa ao tonga corola 7,8-9,4 mm, amarelo-esverdeada; flores centrais da nervura principal. Inflorescencia cimoide laxa. hermafroditas, corola 8,2-10,5 mm, amarela. Cipsela Involucro 6-9,4 mm alt.; bracteas involucrais 6-7. 2-2,3 mm; papus de cerdas 8-11 mm, brancas, caducas. Flores 33-40, praticamente nao excedendo 0 involucro, Planta ruderal, distribuida nas Americas Central, corola 6,3-7,6 mm, roseo-lilas, lobos 0,7-0,8 mm, apice do SuI e Sudeste da Asia (Barkley 1975). Coletada papiloso. Cipsela 2-2,6 mm; papus 5-6,3 mm. com flores de maryo a maio e em outubro e novembro. Nativa do Velho Mundo, ocorre nos tropicos e Comum. Concordamos com Barkley (1975), que nao subtropicos, sendo comum em baixas altitudes considera variedades para esta especie, julgando nao (Barkley 1975). Coletada com flores de dezembro a representarem entidades morfologicas distintas. abril. Pouco frequente. Esta especie vern sendo Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Vbatuba, erroneamente tratada nos herbarios e literatura como Picinguaba, Trilha da Guarita, V-1995, Moraes 48 Emilia sagittata (Vahl) DC. (VEe); Rodovia BR 101, K.m 9, X-1995, Moraes 173 Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, (VEe); XI-1995, Moraes 216(VEe); Trilha das Tres Picinguaba, Trilha Casa da Farinha, IV-1995, Moraes Lagoas, 1II-1996, Moraes 352 (VEe). M.D. Moraes & R. Monteiro: Asteraceae de Picinguaba 57

2. Erechtites valerianifolia (Link ex Spreng.) DC., lanceoladas, base longamente atenuada, as superiores Prodr. 6: 295. 1838. Senecio valerianifolius Link ex com base auriculada, todas com apice agudo a Spreng., Syst. Veg. 3: 565.1826. acuminado, margem irregularmente denteada­ Iconografia: Baker (1882), tab. 82. apiculada, nervura principal proeminente na face inferior, esparsamente escabrosa em ambas as faces. Ervas anuais 1-1,5 m; ramos glabros ou levemente Inflorescencia cimoide ou as vezes alongada em pubescentes em direyao ao apice. Folhas inferiores pecioladas, superiores sesseis a subsesseis; peciolo tirsoide. Capitulos heterogamos, radiados; involucro 6-9 x 9,5-13,8 mm, largamentecampanulado; bracteas 0,5-1,5 cm; lamina 7-18 x 2-6 cm, irregularmente pinatissecta, lobos lanceolados, apice curto-acuminado, involucrais em 2-3 series, apice acuminado. Flores do margem irregular e esparsamente serreado-apiculada, raio femininas, em 2 series, corola branca, liguliforme, glabrescente a glabra em ambas as faces, tubo 2-2,4 mm, limbo 8,4-10,8 x 0,7-1 mm, filiforme, esparsamente pubescente nas nervuras principais. longamente exserto; flores do disco tubulosas, corola Inflorescencia tirsoide frondosa-bracteosa. Involucro 3,5-4,7 mm, amarelas. Cipsela ca. 1 mm, comprimida, 9,7-12,6 mm alt., dilatado na base; caliculo de 2-costada; papus 3-4,2 mm, cerdas capilares bracteolas lineares; bracteas involucrais as vezes unisseriadas. arroxeadas, estriadas, com glandulas estipitadas Paraguai, Brasil: estendendo-se de Minas Gerais esparsas e diminutas. Flores marginais em 1-2 series, na Zona da Mata e ao lange da Serra do Mar ate 0 corola 9,6-10,8 mm, amarelo-rosada; flores centrais, Rio Grande do SuI (Solbrig 1962); ocorre tambem em hermafroditas, corola 10,5-12,2 mm, amarelo-rosada. Goias. Coletada com flores praticamente 0 ana todo. Cipsela 2-2,7 mm; papus de cerdas 8,5-10,7 mm, Comum. Geralmente associada a locais umidos ou roseas, caducas. brejosos. Ruderal amplamente distribuida do Mexico a Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, Argentina, Asia tropical, I1has do Pacifico e Norte da Picinguaba, Trilha da Guarita, V-I 994, Moraes 1 Australia (Barkley 1975). Coletada com flores em (VEC); Trilha Morro do Corsario, VII-1995, Moraes julho,outubro e novembro. Comum. 101 (VEC); XII-1995, Moraes 246 (VEC); Trilha Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, do Noelo, IX-1995, Moraes 147 (VEC); Rodovia BR Picinguaba, Trilha da Guarita, VII-1995, Moraes 115 101, Km 9, XI-1995, Moraes 211 (VEC); Trilha Casa (VEC); XI-1995, Moraes 182 (VEC); Rodovia BR da Farinha, V-1989, Garcia et at. 345 (HRCB). 101, Km 8, X-1995, Moraes 169 (VEC). Materiais adicionais examinados: BRASIL. GOlAs: 16. Erigeron L. Chapada dos Veadeiros, III-I 973, Anderson 6489 (RB).

1. Erigeron maximus (D. Don) Otto ex DC., Prodr. 17. Eupatorium L. 5:284. 1836. Leptostelma maximum D. Don, Brit. Folhas geralmente opostas. Bracteas involucrais Flow. Gard. 1: 38. 1831. geralmente numerosas (mais de 4), em 2 ou mais Iconografia: Baker (1882), tab. 11. series, capitulos geralmente com mais de 4 flores Ervas gigantes, perenes, 1,5-2,5 m; caule fistuloso, tubulosas, todas hermafroditas, brancas, azuis ou sulcado. Folhas alternas, as basais pecioladas, as purpureas, nunca amarelas. Papus em uma serie de superiores sesseis; laminas basais 50-97 x 7-12 cm, cerdas capilares.

Chave para as especies de Eupatorium

I. Involucro com bracteas involucrais mais extemas linear-subuladas (figura 43) 1. E. intermedium I. Involucro desprovido de bracteas involucrais mais extemas linear-subuladas 2. Capitulos com ate 12 flores 3. Folhas regularmente serreadas; involucro 5-6 mm alt., campanulado; bracteas involucrais em ca. 3 series, laxamente imbricadas, as internas facilmente caducas (figura 44) ...... 2. E. inulaefolium 3. Folhas esparsa a minutamente denticuladas; involucro 7-7,5 mm alt., cilindrico; bracteas involucrais em 4-5 series, firmemente imbricadas, persistentes (figura 45) 6. E. punctulatum 58 Hoehnea 33( I), 2006

2. Capitulos com numera maior de flores 4. Inv61ucra campanulado; bnicteas involucrais em 2-3 series 5. Inv61ucro 6-7 mm alt.; bracteas involucrais caducas; capitulo com 47-61 flores ...... 5. E. pauciflorum 5. Inv61ucra 9,5-11 mm alt.; bracteas involucrais persistentes; capitulo com 20-23 flores ...... 8. E. vauthierianum 4. Involucra cilindrico; bracteas involucrais em 5-7 series 6. Folhas glabras 3. E. laevigatum 6. Folhas com indumento 7. Inv61ucro 8-8,5 mm alt., com 2-4 bracteas involucrais mais externas foliaceas, esparsa e minutamente pilosas, pontuada de glandulas (figura 46); corola glabra ...... 4. E. maximiliani 7. Inv61ucra 6-7 mm alt., todas as bracteas involucrais membranaceas, sem glandulas; corola pilosa 7. E. squalidum

I. Eupatorium intermedium DC., Prodr. 5: 146. 1836. Arbustos ou as vezes arvoretas 2-4 m; ramos Iconografia: Cabrera & Klein (1989), p. 530., est. 131. com manchas lineares escuras, puberulos a tomentulosos, principalmente em dire~ao ao apice. Arbustos 2-3 m; ramos ferrugineo-tomentosos. Pecfolo 1-3 cm; lamina 10-22 x 3,5-9,5 em, Pecfolo 0,4-1 em; lamina 6-18 x 1-1,7 em, lanceolada, estreitamente ovada, base atenuada, apice agudo, base cuneada, apice longamente atenuado, margem margem regularrnente serreada, 3-nervada, nervuras serreada, peninervada, nervuras ferrugineas, face amareladas, face superior esparsamente estrigosa, superior finamente estrigosa, face inferior tomentosa. face inferior puberula com nervuras mais densamente Inflorescencia cim6ide ou alongada em tirs6ide. revestidas, pontuada de glandulas. Inflorescencia Inv6lucra 5-5,4 mm alt., estreitamente campanulado; tirs6ide frondosa. Inv61ucra 5-6 mm alt., campanulado; bracteas involucrais em 3 series, as mais externas braeteas involucrais em ca. 3 series, laxamente linear-subuladas, as internas oblongas, distalmente imbricadas, estriadas, escariosas, apice obtuso, as tomentosas, estriadas, apice obtuso, margem ciliada. externas menores, pubescentes, pontuadas de Flores 5, corola 3,8-4 mm, branca, glabra, lobos glandulas, as internas glabrescentes, facilmente ca. 0,5 mm, pontuados de glandulas. Cipsela 2,8 mm, caducas. Flores 9-11, corala 4,4 mm, branca, lobos glabra, pontuada de glandulas; papus 3,2 mm. ca. 0,5 mm, inconspicuamente pontuado de glandulas. RegHio Sui e Sudeste (Cabrera & Klein 1989). Cipsela ca. 2 mm, glabra, esparsamente pontuada de Coletada com flores em janeiro e fevereiro. glandulas; papus 3,6-4 mm. Abundante. Eupatorium intermedium e semelhante Ocorre das Antilhas a Argentina (Cabrera & a E. serratum Spreng., distinguindo-se principalmente Klein 1989). Coletada com flores de abril a maio. pelas folhas largamente lanceoladas (10-25 mm larg.), Abundante. Foi observado que lagartas alimentam-se que em E. serratum sao estreitamente lanceoladas intensivamente de suas folhas 0 que, consequen­ (4-10 mm larg.). Eupatorium intermedium e tratada temente, explica 0 seu nome popular em Picinguaba por King & Robinson (1987) como Grazielia de Cambara-de-bicho. Esta especie e tratada por King intermedia (DC.) R.M. King & H. Rob. & Robinson (1987) como Autroeupatorium Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, inulaefolium (Kunth) R.M. King & H. Rob. Picinguaba, Rodovia BR 101, Km 8, 1-1996, Moraes Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, 247 (VEC); Km 9, 1-1995, Moraes 254 (VEC); Km Picinguaba, Trilha da Guarita, V-1995, Moraes 2 (VEC); 10,1-1996, Moraes 277 (VEC); Km 11, II-1995, IV-1995, Moraes 20 (VEC); Rodovia BR 101, Km 11, Moraes 284 (VEC); Trilha Morro do Corsario, IIl-1996, Moraes 334 (VEC); Trilha Casa da Farinha, II-1996, Moraes 315 (VEC). V-1989, Garcia et al. 339 (HRCB); Trilha atras do alojamento, IV-1988, Furlan et al. s.n.(HRCB). 2. Eupatorium inulaefolium Kunth, Nov. Gen. Sp. (folioed.)4: 85.1818. 3. Eupatorium laevigatum Lam., Encycl. 2: 408. Iconografia: Cabrera & Klein (1989), p. 588, est. 142. 1786. M.D. Moraes & R. Monteiro: Asteraceae de Picinguaba 59

Iconografia: Cabrera & Klein (1989), p. 459, est. 118. Materiais examinados: BRASIL. SAO PAULO: Ubatuba, Arbustos 2-3 m; ramos glabras, avermelhados. Picinguaba, Trilha atras do alojamento, V-1994, Moraes 13 (VEC); Trilha do Noelo, IV-1995, Moraes Peciolo 0,5-1 cm; lamina 8-12 x 2-6,2 cm, eliptica ou oblanceolada, base aguda a cuneada, apice agudo ou 34 (UEC). curtamente atenuado, margem serreada na metade 5. Eupatorium pauciflorum Kunth, Nov. Gen. Sp. superior, 3-nervada, glabra em ambas as faces, face (folio ed.) 4: 94. 1818. inferior pontuada de glandulas. Inflorescencia tirs6ide Iconografia: Baker (1876), tab. 91. frondosa. Inv61ucro 8,5-9,5 nun alt., cilindrico; bracteas involucrais em 5-6 series, estriadas, pontuadas de Ervas anuais 0,4-1 m; ramos albo-pilosos, n6s com glandulas, ciliadas na poryao superior, apice pilosidade adensada. Peciolo 1-2 em; lamina 6-8 x arredondado, as extemas gradualmente mais curtas. 3-4 em, ovada, base cuneada, apice agudo, margem Flores 20-23, corala ca. 5,8 nun, branca ou liIas, glabra, serreada, face superior esparsamente estrigosa, face lobos ca. 0,8 mm. Cipsela 2,8 mm, glabra com angulos inferior esparsamente pilosa, pontuada de glandulas. escabros; papus 4,6 mm. Inflorescencia tirs6ide frondosa. Inv61ucra 6-7 nun alt., Ruderal dispersa do Mexico ate a Argentina campanulado; bracteas involucrais em 2-3 series, (Cabrera & Klein 1989). Encontrada com flores de caducas, pontuadas de glandulas, estriadas, margem maryO a maio. Pouco frequente. Esta especie e tratada hialina, apice frequentemente avermelhado, por King & Robinson (1987) como Chromolaena longamente atenuado; receptaculo conico. Flores laevigata (Lam.) R.M. King & H. Rob. 47-61, corola 3,5-4,7 mm, lilas, glabra, lobos 0,5-0,7 nun, papilosos. Cipsela 2-2,6 nun, pilosa; papus Materiais examinados: BRASIL. SAO PAULO: Ubatuba, 3,5-4mm. Picinguaba, Rodovia BR 101, Km 8, V-1995,Moraes Da Venezuela ao estado de Sao Paulo (Barroso 46 (UEC); Trilha da Guarita, III-1996, Moraes 345 1950). Coletada com f10res de novembro a janeiro e (UEC). em maio. Abundante. Nao foi possivel constatar 4. Eupatorium maximiliani Schrader ex DC., Pradr. diferenyas entre Eupatorium pauciflorum e 5: 143.1836. E. clematideum Griseb. (descrita em 1879) mas, como nao se teve acesso ao material tipo para a devida Arbustos ou as vezes lianas 1-2 m; ramos elucidayao destas especies, que pravavelmente sao glabrescentes, tomentulosos em direyao ao apice. sinonimos, resolveu-se considerar 0 nome mais antigo Peciolo 0,5-1 cm; lamina 6-8,5 x 3-4,5 cm, ovada, base de E. pauciflorum. Esta especie e tratada por King cuneada, apice atenuado, margem esparsamente & Robinson (1987) como Praxelis pauciflora serreada, 3-nervada, face superior minutamente (Kunth) R.M. King & H. Rob. estrigosa, face inferior esparsa e minutamente pilosa, pontuada de glandulas. Inflorescencia cim6ide Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, frondosa, laxa, paracladios de 1a ordem urn tanto Picinguaba, Rodovia BR 101, Km 11, V-1995, Moraes divaricados. Inv61ucra 8-8,5 mm, cilindrico; bracteas 40 (UEC); XII-1995, Moraes 226 (VEC); XII-1995, involucrais em 5-6 series, estriadas, glabras, apice Moraes 227 (UEC); Trilha da Guarita, XI-1995, arredondado, ciliado, as externas gradualmente Moraes 184 (UEC); Trilha do Noelo, XlI-1995, menores, 2-4 bracteas mais extemas foliaceas, esparsa Moraes 240 (UEC); Praia da Fazenda, 1-1996, e minutamente pilosas, pontuadas de glandulas. Flores Moraes 271 (UEC); Estrada para Vila de Picinguaba, 22-26, corala 5-5,5 nun, liIas, glabra, lobos ca. 0,8 nun, XII-1996, Pedroni et al. 650 (UEC). esparsamente pontuados de glandulas. Cipsela 6. Eupatorium punctulatum DC., Prodr. 5: 147. 1836. 4-5 mm, esparsamente pilosa, com pilosidade mais adensada no apice enos angulos; papus compr. Arbustos ca. 2 m; ramos quebradiyos, levemente subigual a corola. estriados, glabrescentes, tomentulosos em direyao ao Do Mexico aArgentina (Barroso 1950). Coletada apice. Peciolo 1-2,5 em; lamina 6-11 x 2,5-5,5 em, com f10res de abril a maio. Pouco frequente em estreitamente ovada, base cuneada, apice atenuado, Picinguaba. Esta especie e tratada por King & margem esparsa a minutamente denticulada, Robinson (1987) como Chromolaena maximilianii 3-nervada, glabrescente em ambas as faces, face (Schrader ex DC.) R.M. King & H. Rob. inferior pontuada de glandulas. Inflorescencia tirs6ide 60 Hoehnea 33( 1), 2006 frondosa, paracladios de Ia ordem divaricados de Picinguaba, Rodovia BR 10 I, Km 11, XI-I 995, Moraes capitulos pedunculados, alguns geminados ou em 207 (UEC). grupos de 3. Involucro 7-7,5 mm alt., cilindrico; bracteas involucrais em 4-5 series, firmemente 8. Eupatorium vauthierianum DC., Prodr. 5: 159. 1836. imbricadas, persistentes, com estrias castanhas, apice Iconografia: Cabrera & Klein (1989), p. 568, est. 138. castanho, obtuso-mucronulado, as externas Arbustos 2-2,5 m, ramos jovens pubescentes, com gradativamente menores, com apice ciliado. Flores glandulas estipitadas. Peciolo 1-2,5 cm, lamina 8-12, corola 4,7-5 mm, branca, esparsamente pontuada 9- I7(-26) x 3-7(9,5) cm, ovado-Ianceolada, base de gHindulas, lobos I mm, pontuado de glandulas. arredondada, curtamente decorrente, apice atenuado, Cipsela 3-3,5 mm, angulos curtamente escabros; papus margem serreada, 3-4 nervuras laterais, face superior ca. 4 mm. estrigosa, face inferior pubescente, com indumento Bahia, Espirito Santo, Rio de Janeiro e Parana similar mais adensado nas nervuras. Inflorescencia (Barroso 1959), sendo aqui a primeira citac;:ao para tirsoide frondosa, paracladios de 1a ordem cimoides, Sao Paulo. Coletada com flores em junho. Rara. divaricados. Involucro 9,5-11 mm alt., campanulado; Semelhante aEupatorium odoratum L. diferencia-se bracteas involucrais em 3 series, laxamente imbricadas, pelo involucro de ate 7,5 mm e pelo capitulo com 8-12 persistentes, estriadas, levemente pubescentes, com flores que neste sao respectivamente de 8 mm e 12-16 glandulas estipitadas, apice atenuado, as externas flores. Eupatorium punctulatum pode tambern ser gradualmente menores, ovadas, as internas identificada pela presenc;:a de alguns capitulos sesseis, geralmente castanho-vinaceas, lanceoladas. Flores geminados ou em grupos de tres. Esta especie e trata­ 20-23, corola 7-8 mm, lilas, glabra, lobos ca. 0,8 mm. da por King & Robinson (1987) como Chromolaena Cipsela 4-5,5 mm, pubescente, pontuada de glandulas, punclulala (DC.) R.M. King & H. Rob. carpopodio evidente; papus 6,5-7 mm. De Minas Gerais Santa Catarina (Cabrera & Material examinado: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, a Klein 1989). Coletada com flores em julho e agosto. Picinguaba, Praia da Fazenda, VI-1995, Moraes 63 Pouco freqiiente. Segundo King & Robinson (1987), (UEC). o nome correto desta especie seria Heterocondylus 7. Eupatorium squalidum DC., Prodr. 5:142.1836. alatus (Veil.) R. King & H. Rob., baseado em Iconografia: Baker (1876), tab. 77. Chrysocoma alala Veil. Cabrera in Cabrera & Klein (1989) considerou duvidosa esta sinonimia, pois a Arbustos 1,6 m; ramos pubescentes, castanhos. ilustrac;:ao de Velloso mostra uma planta de aspecto Peciolo 4-7 mm; lamina 4,5-6,5 x 1,8-3 cm, semelhante, mas com peciolos providos de alas estreitamente ovada, base cuneada, apice agudo, recortadas. Eupatorium vauthierianum pode ser margem esparsamente serreada, 3-nervada, face confundida com E. blumenavii Hieron., da qual e superior estrigosa, face inferior densamente separada pelas bracteas involucrais em 3 series, que pubescente, pontuada de glandulas. Inflorescencia nesta se apresentam em 2 series. tirsoide frondosa. Involucro 6-7 mm, cilindrico, bracteas involucrais membranaceas em 6-7 series, estriadas, Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, glabras, apice obtuso, ciliado, pontuado de glandulas, Picinguaba, Trilha das Tres Lagoas, VII-I 995, Moraes as externas gradualmente menores. Flores 21-25, 95 (UEC); VIII-1995, Moraes 120 (UEC). corola 3,7-4,5 mm, lilas, esparsamente pilosa, lobos 18. Gamochaeta Wedd. 0,6-0,8 mm, esparsamente pontuado de glandulas, margem papilosa. Cipsela 2,5-2,7 mm, angulos Gamochaeta americana (Mill.) Wedd., Chlor. And. curtamente escabros; papus de compr. subigual a 1: 151. 1856. Gnaphalium americanum Mill., Gard. corola. Dict. 8: 17. 1768. Amplamente distribuida na America do Sui lconografia: Cabrera (1974), p. 320, figura 184. (Aristeguieta 1964). Coletada com flores em Ervas bianuais ou perenes 0,5-1 m; ramos novembro. Rara em Picinguaba. Esta especie e ascendentes ou eretos, densamente incano­ tratada por King & Robinson (1987) como tomentosos. Folhas alternas, sesseis; lamina 4-7 x Chromolaena squalida (DC.) R.M. King & H. Rob. 0,3- I cm, oblanceolada, base atenuada, apice agudo­ Material examinado: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, mucronado, margem inteira, uninervia, face M.D. Moraes & R. Monteiro: Asteraceae de Picinguaba 61 superior glabra, face inferior densamente incano­ com apice agudo a curto acuminado, que nesta se tomentosa, nervura proeminente. Inflorescencia apresenta obtuso. panicula frondosa, paracladios botri6ides. Capitulos Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, heter6gamos; inv61ucro 3,4-4,2 mm alt.; bracteas involucrais em ca. 5 series, castanhas, papiraceas, Picinguaba, Trilha da Guarita, IX- I995, Moraes 162 hialinas; as externas com apice acuminado, as (UEC); XI-1995, Moraes 189 (UEC); Rodovia BR intemas com apice agudo a curto acuminado. Flores 101, Km I I, XI-1995, Moraes 194 (UEC). marginais femininas em varias series; corola 19. Mikania Willd. 2,4-3 mm, filiforme; flores centrais hermafroditas, 3, corola 2-2,8 mm, tubulosa. Cipsela 0,5-0,7 mm; Lianas, as vezes arbustos ou ervas. Folhas papus 2,5-3 mm, de cerdas capilares, conadas na opostas ou as vezes verticiladas. Inv61ucro base, caducas em conjunto. geralmente subtendido imediatamente por bractea Americas Central e do Sui (Cabrera 1974). subinvolucral; bracteas involucrais em 2 series, Coletada com flores em outubro e novembro. Pouco sempre em numero de 4. Flores 4, todas freqtiente. Semelhante a Gamochaeta spicata (Lam.) hermafroditas, corola branca, tubulosa. Papus em Cabrera, separa-se pelas bracteas involucrais intemas uma serie de cerdas capilares.

Chave para as especies de Mikania

1. Folhas temadas, foliolos irregularmente partidos (figura 47) 3. M. dentata I. Folhas inteiras ou lobadas 2. Capitulos sesseis, densamente aglomerados 3. Folhas ovadas a deltoides, pronunciadamente lobadas, base cordada ou as vezes truncada (figura 48) 6. M. glomerata 3. Folhas lanceoladas a estreitamente ovadas, as vezes levemente lobadas, base obtusa (figura 49) 8. M. laevigata 2. Capitulos pedunculados ou quando sesseis nunca aglomerados 4. Capitulos sesseis ou curtamente pedunculados; paracladios (ramos da inflorescencia) racemos duplos (figura 50) 10. M. lundiana 4. Capitulos pedunculados; paracladios (ramos da inflorescencia) cim6ides ou botri6ides 5. Ramos hexagonais 6. Ramos pronunciadamente hexagonais, com angulos curtamente alados 12. M. microptera 6. Ramos desprovidos de angulos curtamente alados .4. M. cordifolia 5. Ramos cilindricos, estriados, mas nunca de se~1io hexagonal 7. Tubo da corola mais lange que 0 limbo (figura 51) 14. M. ruJescens 7. Tubo da corola mais curto, igual ou praticamente iguaI ao limbo 8. Corola com tubo piloso ou esparsamente pilose 9. Folhas com face superior ferrugineo-estrigosa e face inferior densamente ferrugineo-sericea 1. M. argyreae 9. Folhas glabras em ambas as faces ou as vezes muito esparsamente estrigosa na face inferior 2. M. biformes 8. Corola glabra, com ou sem pontua~5es de glandulas 10. Folhas com base cordada ou levemente cordada I I. Corola com tuba do mesmo compr. do limbo (figura 13) 11. M micrantha I I. Corola com tubo mais curto que 0 limbo (figura 52) 12. Folhas glabras em ambas as faces 7. M hastato-cordata 12. Folhas com face superior estrigosa, face inferior sericea e nervuras lanosas 5. M. eriostrepta 10. Folhas com base aguda, obtusa ou arredondada 62 Hoehnea 33{ 1), 2006

13. Inv61ucra diminuto, com ate 3,5 mm alt., bnictea subinvolucral na base do pedunculo 13. M. myriocephala 13. Inv61ucro mais de 4 mm alt., bnictea subinvolucral imediatamente abaixo ou as vezes ate 1/3 da base do inv61ucra 14. Folhas com face superior esparsamente escabrasa, face inferior finamente albo-araquinosa e esparsamente estrigosa 15. M. sericea 14. Folhas glabras em ambas as faces ou face inferior glabrescente 15. Folhas 3-nervadas distintamente acima da base - triplinervias (figura 53); bractea subinvolucral 2-2,8 mm; tubo da corola 1,6-2 mm 9 M. lindbergii 15. Folhas 3-nervadas desde praticamente da base - trinervias (figura 54); bractea subinvolucral 1,5-2 mm; tubo da corola 1,3-1,6 mm ...... 16. M. trinervis

1. Mikania argyreae DC., Prodr. 5: 193. 1836. 2. Mikania biformis DC., Prodr. 5: 202. 1836. Lianas; ramos cilindricos densamente sericeo­ Lianas ca. 4 m; ramos cilindricos, estriados, ferrugineos. Peciolo 2,7-5,8 cm, lamina 8,5-16,5 x glabrescentes. Peciolo 0,7-2,5 cm, esparsamente 6-14 cm, ovada a Iargamente ovada, base arredondada piloso; lamina 7-12 x 2-6,5 cm, lanceolada a ovada, a levemente cordada, apice acuminado, margem inteira ou com urn par de lobos triangulares pr6ximo a inteira, 5-nervada, face superior ferrugineo-estrigosa, base, simetricos ou assimetricos, as vezes nervuras principais com indumento mais adensado, face inconspicuos, base obtusa a arredondada, apice inferior densamente ferrugineo-sericea. Inflorescencia acuminado, 3-nervada, glabra em ambas as faces ou tirs6ide frandosa-bracteosa, paracladios de 2a ordem as vezes face inferior muito esparsamente estrigosa. cim6ides de capitulos pedunculados. Inv61ucro Inflorescencia tirs6ide, paracladios de 1a ordem 4,5-5,2 mm alt., bractea subinvolucral 2,5-3,3 mm, cimoides de capitulos pedunculados. Inv61ucro levemente concava, ovada, estriada, glabra, apice 5,2-7 mm alt., bractea subinvolucral 3,2-6 mm, obtuso, piloso; bracteas involucrais glabras, estriadas, lanceolada, glabra, apice agudo; bracteas involucrais apice obtuso, piloso. Corola com tuba de 2 mm, glabras, levemente estriadas, base pouco dilatada, apice esparsamente piloso, limbo 3 mm, lobos 1,3 mm, agudo a obtuso, ciliado. Corola com tubo 2,3-2,7 mm, penicelados. Cipsela 4-4,4 mm, esparsamente pilosa; piloso, limbo 2,2-2,5 mm, lobos 1,6-1,8 mm. Cipsela papus 4,8-5,3 mm. ca. 4 mm, pilosa; papus 4,7-5,5 mm. Regiao Sudeste, Parana (Barroso 1958) e Regiao Sudeste, Parana, Santa Catarina (Barroso tambem Bahia. Coletada com flores em junho e julho. 1958, Cabrera & Klein 1989) e tambem Bahia. Abundante. Econfundida com Mikania hirsutissima Coletada com flores em setembro. Barroso (1958) e DC., diferenciando-se pela face inferior da folha King & Robinson (1987) consideraram Mikania densamente ferrugineo-sericea e bractea subinvolucral biformis eM. diversifolia DC. (publicada em Prodr. de 2,5-3,3 mm compr., que nesta sao respectivamente 5: 201.1836) especies distintas, entretanto, hirsuta e de 4-5 mm. concordamos com a sinonimizavao de Baker (1876) para estas especies. Pode ser reconhecida pela Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, variayao na forma das folhas, de inteiras a lobadas. Picinguaba, RodoviaBR 101, K.m II,VI-1995,Moraes 55 (UEC); Trilha das Tres Lagoas, VI-1995, Moraes Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, 61 (UEC); VII-1995, Moraes 96 (UEC); Trilha Morro Picinguaba, Trilha do Noelo IX-1995, Moraes 148 do Corsario, VII-1989, Furlan et al. 843 (HRCB). (UEC); Trilha das Tres Lagoas, IX-1995, Moraes 146 (UEC). Materiais adicionais examinados: BRASIL. BAHIA: Eunapolis, IX-1966, Belem & Pinheiro 2336 (RB); Materiais adicionais examinados: BRASIL. BAHIA: Itubera, VII-1981, Carvalho & Gatti 796 (RB); Alcobaya, IX-1978, Mori et al. s.n. (RB265800); Olivenva, IX-I97I, Pinheiro 1566 (RB). Porto Seguro, VIII-1961, Duarte 6003 (RB, HB). M.D. Moraes & R. Monteiro: Asteraceae de Picinguaba 63

3. Mikania cordifolia (L.f.) Willd., Sp. PI. 3: 1746. centes, internas glabras, apices apiculados, pubes­ 1803. Cacalia cordifolia L.f., Suppl. 351. 1781. centes. Corola glabra, tubo 1,8-2,2 mm, limbo Iconografia: Cabrera & Klein (1989), p. 740, est. 169. 3,6-4 mm, lobos ca. 0,8 mm. Cipsela ca. 5 mm, glabra; papus 5,7-6 mm. Lianas; ramos hexagonais, pubescentes. Peciolo Argentina, Paraguai e Brasil: Minas Gerais ao 3-9 mm, estriado; lamina 3,5-10 x 2,3-9 cm, ovada, Rio Grande do Sui (Barroso 1958). Coletada com flores base cordada, aguda na inseryaO do peciolo, apice em maio e junho. Planta associada a locais acuminado, margem inteira a irregularmente denteada, sombreados. Pouco freqiiente em estado reprodutivo, 5-nervada, par pr6ximo a base inconspicuo, face mas abundante em estado vegetativo. Facilmente superior esparsamente estrigosa, face inferior com reconhecida pelas folhas ternadas, e encontrada nos indumento mais adensado, pontuada de glandulas. herbarios e floras pelo seu sinonimo de Mikania Inflorescencia tirs6ide frondosa, paracladios de 1a ternata (VeIl.) B.L. Rob. ordem cim6ides de capitulos pedunculados. Inv61ucra 7-8,4 mm alt., bractea subinvolucraI4,8-7 mm, ovada Material examinado: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, a lanceolada, foliosa, pubescente, apice acuminado; Picinguaba, Trilha Casa da Farinha, V-1995, Moraes bracteas involucrais com apice acuminado, as externas 42 (UEC). pubescentes, as internas glabras, estriadas, com apice 5. Mikania eriostrepta B.L. Rob., Contrib. Gray. pubescente. Corola com tuba 2-2,2 mm, pontuado de Herb. 104: 35. 1934. glandulas, limbo 3-3,3 mm, lobos 1,4-1,8 mm, apice pontuado de glandulas. Cipsela 3,5-4,5 mm, Lianas; ramos cilindricos, albo-Ianosos. Peciolo esbranquiyada ou escura e flocosa; papus 4,6-5 mm, 3,5-5 cm; lamina 12,5-16,5 x 5,7-9,2 cm, ovada, base branco ou rosado. cordada, apice atenuado, margem irregularmente Americas do Sui e Central, estendendo-se denteada a inteira, 5-nervada, face superior estrigosa, face inferior sericea, nervuras principais lanosas. tambem no Sudeste dos Estados Unidos, apresentando Inflorescencia panicula frandosa-bracteosa, paracla­ a distribuiyao natural mais ampla entre as especies de dios de 2a ordem botri6ides de capitulos pedunculados. Mikania (Holmes 1995). Coletada com flores em maio. Inv61ucro 5,6-7 mm alt., bractea subinvolucral ± do Pouco freqiiente. Semelhante a Mikania micrantha mesmo compr. do inv6lucra, estreitamente ovada, Kunth, diferencia-se pelo ramo hexagonal e inv61ucro glabra, estriada, apice agudo, tomentuloso; bracteas bern maior. involucrais semelhantes a subinvolucral, porem mais Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, estreitas. Corola glabra, tubo 1,4-1,8 mm, limbo Picinguaba, Praia da Fazenda, V-1995, Moraes 10 2,2-2,6 mm, lobos 1,3-1,6 mm. Cipsela 2,4-3,2 mm, (UEC); Estrada para Vila de Picinguaba, V-1990, glabra; papus 3,5-4 mm. Romero et al. 19 (HRCB). Endemica do Estado de Sao Paulo (Barroso 1958). Coletada com flores emjulho e agosto. Pouco 4. Mikania dentata Spreng., Syst. Veg. 3: 422. 1826 freqiiente. Pode ser confundida com Mikania Iconografia: Cabrera & Klein (1989), p. 665, est. 159: lanuginosa DC., separando-se pelo inv61ucro maior C-D. (5,6-7 mm alt.) e pela bractea subinvolucral ± do Lianas ca. 3 m, ramos cilindricos, delgados, mesmo compr. do inv6lucro, enquanto que levemente estriados, laxamente pubescentes, concres­ M. lanuginosa apresenta inv61ucro de 4 mm alt. e cimento interpeciolar (pseudo estipula) as vezes bractea subinvolucral de 2-3 mm compr. conspicuo. Folhas ternadas, peciolo 3-6,5(-7,5) cm, Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, lamina 5,5-1 0(-12) x 4-8(-15) cm, foliolos irregular­ Picinguaba, Trilha Casa da Farinha, VII-1995, Moraes mente partidos, apice dos segmentos obtusos a agudos, 69 (UEC); VIII-I 995, Moraes 108 (UEC). mucranados, ambas as faces esparsamente estrigosas a glabrescentes, nervuras com indumento similar mais 6. Mikania glomerata Spreng., Syst. Veget. 3: 421. adensado. Inflorescencia cim6ide ou as vezes 1826. alongadas em urn tirs6ide com paracladios cim6ides Iconografia: Baker (1876), tab. 67. de capitulos pedunculados. Inv61ucra 8-10 mm alt.; Lianas; ramos cilindricos, fistulosos, estriados, bractea subinvolucral 4,7-5,8 mm, oblanceolada, apice glabros. Peciolo 3-5(-11) cm, lamina 6,5- I4,5(-17) x acuminado; bracteas involucrais externas glabres- 4,5-14,5(-17) cm, ovada a delt6ide, pranunciadamente 64 Hoehnea 33( I). 2006

lobada com 1-2(3) lobos agudos em cada lado, base 85 (UEC); Praia da Fazenda, VII-1995, Moraes 87 cordada ou as vezes truncada, aguda na inser9aO do (UEC). peciolo, apice acuminado, 5-nervada, glabra em ambas as faces. Inflorescencia panicula frondosa, paracladios 8. Mikania laevigata Sch. Bip. ex Baker, FI. Bras. de 2 a ordem botri6ides de capitulos sesseis, 6(2):241.1876. densamente aglomerados. inv61ucro 3,5-4 mm all.; Lianas; ramos estriados, glabros. Peciolo bractea subinvolucral 1-2 mm, estreitamente 1,5-4,2 cm, lamina 6,5-12,5(-15) x 2-5(-7) cm, lanceo­ lanceolada, ciliada, apice agudo; bracteas involucrais lada a estreitamente ovada, as vezes levemente lobada, com base dilatada, apice obtuso, ciliado. Corola glabra, base obtusa, apice agudo a atenuado, 3-nervada, glabra tubo 1,2-1,5 mm, limbo 3-3,2 mm, lobos ca. 1 mm, em ambas as faces. Inflorescencia panicula frondosa­ curtamente ciliados, apice acuminado. Cipsela bracteosa, paracladios de Ia ordem botri6ides de 2,6-4 mm, glabra a levemente pilosa; papus 4-4,8 mm. capitulos sesseis, densamente aglomerados. Inv61ucro Paraguai, Noroeste da Argentina e Brasil: regiao 4,7-5 mm alt., bractea subinvolucral2 mm, lanceolada, SuI e Sudeste (Barroso 1958), tambem no estado da ciliada, apice agudo; bracteas involucrais com base Bahia. Coletada com flores em julho. Comum. dilatada, apice obtuso, ciliado. Corola glabra, tubo Mikania glomerata e confundida nos herbarios com 1,2-1,3 mm, limbo 3-3,4 mm, lobos I mm, ciliados, apice especimes de M. laevigata Sch. Bip. que apresentam pontuado de glandulas. Cipsela 3-3,3 mm, apice folhas levemente lobadas, mas estas nunca sao esparsamente piloso; papus 4-4,7 mm. pronunciadamente lobadas como em M. glomerata. Do Estado de Sao Paulo ao Rio Grande do SuI (Barroso 1958). Coletada com flores de agosto a Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, outubro. Comum. Econhecida pelo nome de guaco, Picinguaba, Trilha Casa da Farinha, VII-1995, Moraes sendo suas folhas utilizadas sob a forma de xarope 71 (UEC); X-1988, Cunha 139 (HRCB); VII-198, com indica90es em resfriados, bronquites e tosses Furlan et al. 830 (HRCB). (cultura popular). Veja comentarios de Mikania Materiais adicionais examinados: BRASIL. BAHIA: Santa glomerata Spreng. Cruz daCabralia, VII-1978,Mori etal. s.n. (RB238114); Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, Porto Seguro, VIII-1961, Duarte 5946 (RB). Picinguaba, Trilha Casa da Farinha, IX-1995, Moraes 7. Mikania hastato-cordata Malme, Ark. Bot. 24a 134 (UEC); Trilha Mangue Doce, IX-1995, Moraes (6): 39. 1932. 142 (UEC); Trilha do Noelo, IX-1995, Moraes 153 (UEC); Trilha Morro do Corsario, VIII-1990, Furlan Lianas ca. 1,5 m; ramos cilindricos, estriados, et al. 1226 (HRCB); Trilha da Guarita, X-1989, castanho-avermelhados, glabros. Peciolo 2-4,5 cm; Ribeiro et al. 721 (HRCB); Trilha atras do lamina 3,7-6,5 x 2,8-5,4 cm, ovado-delt6ide, base alojament~ X-1990, Romero et al. 133 (HRCB). cordada, apice atenuado, margem inteira, 3-nervada, glabra em ambas as faces, face inferior densamente 9. Mikania lindbergii Baker, FI. Bras. 6(2): 232. pontuada de glandulas. Inflorescencia cim6ide ou as 1876. vezes alongada em tirs6ide com paracladios cim6ides Lianas; ramos cilindricos, estriados, pubescentes. de capitulos pedunculados. Inv61ucro 6-6,8 mm alt., Peciolo 0,7-1,5 cm; lamina 5,5-8,3 x 2-4,2 cm, ovada bractea subinvolucral 2-3 mm, linear, pontuada de ou lanceolada, base aguda, apice acuminado, margem glandulas, bracteas involucrais esparsamente pontuada inteira, 3-nervada distintamente acima da base de glandulas, margem hialina, apice obtuso, ciliado. (triplinervia), glabra em ambas as faces ou face inferior Corola com tuba de 1,9-2,3 mm, pontuado de glandulas, glabrescente, pontuada de glandulas. Inflorescencia limbo 2,6 mm, lobos 1,6 mm, apice pontuado de panicula frondosa, paracladios de 2a ordem botri6ides glandulas. Cipsela 3,6-4,4 mm, puberula, pontuada de de capitulos pedunculados. Inv61ucro 4,5-5,2 mm alt.; glandulas, angulos escabros; papus 4,5-5 mm. bractea subinvolucral 2-2,8 mm, oblanceolada ou Do Estado de Sao Paulo ao Rio Grande do SuI lanceolada, pubescente, pontuada de glandulas, apice (Barroso 1958). Coletada com flores emjulho. Pouco obtuso; bracteas involucrais imediatamente abaixo do freqiiente. inv6lucro, pubescentes, pontuadas de glandulas, Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, estriadas, base dilatada, apice agudo a curto­ Picinguaba, Trilha Casa da Farinha, VII-1995, Moraes acuminado ou obtuso, ciliado. Corola com tubo M.D. Moraes & R. Monteiro: Asteraceae de Picinguaba 65

1,6-2 mm, pontuado de glandulas, limbo 2,2-2,5 mm, Ribeiro et at. 379 (HRCB); VII-1989, Furlan et al. lobos 0,7-1 mm. Cipsela 3,5-4,2 mm, pubescente, 816 (HRCB); VI-1989, Ribeiro et al. 599 (HRCB). densamente pontuada de glandulas; papus 4-4,4 mm. Material adicional examinado: BRASIL. BAHIA: Santa Da Bahia a Santa Catarina (Barroso 1958). Cruz da Cabralia, VII-1979, Mori et al. s.n. Coletada com flores em julho e agosto. Comum. (RB 198420). Mikania lindbergii e muito proxima de M trinervis Hook. &Am., diferenciando-se por apresentar limites 11. Mikania micrantha Kunth, Nov. Gen. Sp. (folio superiores quanta ao tamanho do involucro, da bnictea ed.) 4: 105.1818. subinvolucral e da corcIa. Porem, estes limites sao Lianas ate 1,5 m; ramos cilindricos, estriados, tenues e Mikania lindbergii e melhor reconhecida laxamente pilosos a glabrescentes, concrescimento por se apresentar 3-nervada distintamente acima da interpeciolar (pseudo estipula) as vezes conspicuo. base (triplinervia), enquanto que em M trinervis a Pedolo 2,5-4,5 cm; lamina 3-5,5 x 3-6,5 cm, ovada a nerVayaO e desde a base (trinervia). largamente ovada, base cordada, apice acuminado a Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, agudo, margem irregularrnente denteada ou crenada Picinguaba, Trilha das Tres Lagoas, VII-1995, Moraes a inteira, 5-nervada, par proximo a base inconspicuo, 94 (VEC); Trilha Mangue Doce, IX.1988, VIII-1988, face superior esparsamente escabrosa, face inferior Ribeiro et at. 539 (HRCB); Trilha Morro do Corsario, praticamente glabra, pontuada de glandulas diminutas. VlII-1990, Furlan et al. 1227 (HRCB); VI-1988, Inflorescencia cimoide ou as vezes alongada em Ribeiro et al. 324 (HRCB); Trilha da Guarita, tirsoide com paracladios de 1a ordem cimoides de VI-1989, Ribeiro et al. 617 (HRCB). capitulos pedunculados. Involucro 4-5,8 mm alt.; bractea subinvolucral ca. 3,5 mm, lanceolada a linear, 10. Mikania lundiana DC., Prodr. 7: 270. 1838. pubescente, pontuada de glandulas, apice subulado a Iconografia: Cabrera & Klein (1989), p. 668, est. 160. agudo; bracteas involucrais glabras a glabrescentes, Lianas; ramos cilindricos, estriados, glabros. apice subulado a agudo, ciliado. Corola glabra, tubo Pedolo 1-1,7 cm; lamina 5,5-9 x 2-4 cm, estreitamente 1,8-2,2 mm, pontuado de glandulas; limbo 1,8-2 mm, ovada, base obtusa a aguda, apice acuminado, margem lobos 0,7 mm. Cipsela 1,8 mm, pontuada de glandulas; inteira, 5-nervada com par proximo a base inconspicuo, papus ca. 3,5 mm, branco ou rosado. glabra. Inflorescencia dibotrioide, frondoso-bracteoso, Mexico a Argentina (Barroso 1958). Ocorre como paracladios de 1a ordem racemos duplos de capitulos ruderal nos tropicos do velho mundo (Holmes 1995). subopostos, sesseis ou curtamente pedunculados. Coletada com flores de maryO a maio e Involucra 4-4,5 mm; bractea subinvolllcraI2,6-3,5 mm, esporadicamente em agosto e novembro. Comum. lanceolada, glabra, apice agudo, inconspicuamente Veja comentarios de Mikania cordifalia (L.f) Willd. ciliado; bracteas involucrais glabras, base dilatada, Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, apice arredondado, ciliado. Corola glabra com tubo Picinguaba, Trilha da Guarita, IV-1995, Moraes 23 2-2,3 mm, limbo 1,7-2 mm, lobos 0,8 mm. Cipsela (VEC); XI-1995, Moraes 190 (VEC); Rodovia BR 3,3-5 mm, levemente pilosa; papus 3,8-4 mm, cerdas 101, Km 9, VIII-I 995, Moraes 117 (VEC); Km II, levemente espessadas apicalmente. III-1996, Moraes 332 (VEC); Km 12, III-1996, Do Estado de Minas Gerais ao estado de Santa Moraes 343 (VEC). Trilha Casa da Farinha, V-1989, Catarina (Barroso 1958), tamb6m em Goias (Cabrera Garcia et al. 341 (HRCB); IV-1988, Furlan et at. & Klein 1989) e na Bahia. Coletada com flores em 398 (HRCB). julho e agosto. Pouco freqilente. Barroso (1959) constatou que foi urn engano incluir Mikania 12. Mikania microptera DC., Prodr. 5: 196. 1836. nigricans Gardner sob sinonimia de M. lundiana em Lianas ate 5 m, ramos pronunciadamente hexa­ sua revisao do genera (Barroso 1958), apontando os gonais, angulos curtamente alados. Pedolo 2,5-6,5 cm; seguintes caracteres distintos em M nigricans: folha lamina 5,5-14 x 4,5-15 cm, largamente ovada a membranacea com pedolo longo, inflorescencia mais deltoide, lobada com par de lobos triangulares na laxa, flores mais delicadas e bracteola bern menor. POryaO basal, conspicuo ou inconspicuo, base cordada, Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, aguda na inseryaO do peciolo, apice acuminado, Picinguaba, Trilha atras do alojamento, VIII-1988, margem irregularmente denteada, face superior 66 Hoehnea 33{ 1), 2006 esparsamente escabrosa, face inferior glabrescente, material de Picinguaba e a primeira citayao de densamente pontuada de glandulas. Inflorescencia Mikania myriocephala para 0 Estado de Sao tirsoide frondosa, paracladios cimoides de capitulos Paulo. Coletada com flores em julho e agosto. pedunculados. Involucro 5-6 mm alt., bractea Poueo freqiiente. Distinta pelo involucro pequeno subinvolucraI2,2-3,2 mm, linear, na base do involucro (ate 3,5 mm eompr.) e bractea subinvolueral na base ou mais abaixo; bracteas involucrais estriadas, apice do pedunculo do capitulo. obtuso, apiculado, ciliado, as externas menores, Materiais examinados: BRASIL. SAO PAULO: Ubatuba, pubescentes, pontuadas de glandulas, as internas Picinguaba, Trilha Casa da Farinha, VII-1995, Moraes glabrescentes. Corola com tuba ca. 1,5 mm, pontuado 70 (UEC); Trilha do Noelo, VII-1995, Moraes 100 de glandulas, limbo ca. 2 mm, apiee dos lobos (UEC); Trilha Morro do Corsario, Vlll-1988, Ribeiro pontuados de glandulas. Cipsela 2,5-3 mm, et al. 422 (HRCB). densamente pontuada de glandulas, angulos levemente escabros; papus 3-3,5 mm. 14. Mikania rufescens Sch.Bip. ex Baker, FI. Bras. Segundo Barroso (1958), esta especie seria 6(2): 238. 1876. endemica da Bahia, mas ocorre tambern no Parana; Lianas; ramos cilindricos, fistulosos, estriados, e 0 material de Picinguaba e a primeira citayao de eastanhos-avermelhados, glabros. Peciolo 2-5 em; Mikania microptera para 0 Estado de Sao Paulo. lamina4,5-12(-17) x 2-6(-11) cm, ovada, base simetrica Segundo Holmes (1995), M. microptera apresenta ou obliqua, obtusa a arredondada, as vezes aguda na uma distribuiyao amp1a aparentemente natural, inseryao do peciolo, apice acuminado a agudo, margem oeorrendo na regiao de Madagascar e na regiao Norte inteira, 5-nervada com par de nervuras basais da America do SuI. Coletada com flores de agosto a inconspicuo, ambas as faces glabras, minutamente outubro. Pouco freqiiente. Planta associada a local pontuadas de glandulas. Inflorescencia tirsoide brejoso. Distinta pelos ramos pronunciadamente frondosa, paracladios cimoides de eapitulos peduncula­ hexagonais, curtamente alados nos angulos. dos; involucro 7,4-8 mm alt.; bractea subinvolueral Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, 5-6,2 mm, concava, foliacea, apice agudo, ciliado; Pieinguaba, Trilha do Noelo, Vlll-1995, Moraes 122 bracteas involucrais levemente estriadas, glabras, (UEC); Trilha Casa da Farinha, IX-1995, Moraes 132 margem hialina, apice agudo, ciliado. Corola com tubo (UEC); X-1990, Romero 165 (HRCB). 4-4,3 mm, piloso, limbo 2,5-2,7 mm, lobos 2-2,2 mm. Materiais adicionais examinados: BRASIL. PARANA: Cipsela ca. 4,5 mm, pubescente; papus ca. 6 mm. Campina Grande do SuI, IX-1961, Hatschbach 8295 Do Rio de Janeiro a Santa Catarina (Barroso (RB). SAO PAULO: Cananeia, X-1980, Forero et al. 1958). Coletada com flores em julho. Rara. Planta 8578 (SP). associada a locais brejosos. Muito semelhante a Mikania pachylepis Seh. Bip. ex Baker, 13. Mikania myriocephala DC., Prod. 5: 191. 1836. distinguindo-se pela corola com tubo de 4-4,3 mm e lobos de 2-2,2 mm, que nesta se apresentam Lianas; ramos eilindrieos, estriados, glabres­ respectivamente com 5 mm e 3 mm. centes. Peciolo 1,5-3,5 cm; lamina 8,5-17,5 x 3-9 cm, estreitamente ovada, base obtusa, apice acuminado, Material examinado: BRASIL. SAO PAULO: Ubatuba, margem inteira, 7-nervada, glabra em ambas as faces, Picinguaba, Trilha Casa da Farinha, VI-1995, Moraes face inferior com alguns tricomas esparsos proximo 54 (UEC). as nervuras, pontuada de glandulas. Inflorescencia 15. Mikania sericea Hook. & Am., Compo Bot. Mag. panicula frondosa, paracladios de 2a ordem botrioides I: 243.1835. de capitulos pedunculados. Involucro 3-3,5 mm alt., bractea subinvolucral 1,6-2 mm, na base do pedunculo, Lianas; ramos cilindricos, estriados, estrigosos. concava, glabrescente, pontuada de glandulas, ciliada, Peciolo ca. 2 cm; lamina 10-15 x 3-6,5 cm, lanceolada, apiee agudo; bracteas involuerais glabreseentes, base arredondada a obtusa, apice eurtamente pontuada de glandulas, apice obtuso, ciliado. Corola atenuado, margem inteira, 4-6 nervuras laterais, face glabra, tubo 1-1,5 mm, limbo 1,8-2 mm, lobos ca. superior esparsamente escabrosa, face inferior albo­ 0,5 mm. Cipsela 1,8-2 mm, glabra; papus 3-3,3 mm. araquinosa e esparsamente estrigosa, densamente Bahia e Rio de Janeiro (Barroso 1958). 0 estrigosa nas nervuras principais. Infloreseencia M.D. Moraes & R. Monteiro: Asteraceae de Picinguaba 67 panicula frondosa-bracteosa, parac1

21. Pentacalia Casso 1. Piptocarpha notata (Less.) Baker, FI. Bras. 6(2): 129. 1873. Vernonia notata Less., Linnaea 4: 256. 1. Pentacalia desiderabilis (VeIl.) Cuatrec., 1829 Phytologia 52: 164. 1982. Senecio desiderabilis VeIl., Iconografia: Cabrera & Klein (1980), p. 248, est. 70. FI. Flum. 8: 108. 1831. Iconografia: Baker (1884), tab. 86. Lianas; ramos 4-angulados, densamente curto­ tomentosos. Peciolo 7-15 mm; lamina 5,5-9 x 2,3-4 em, Lianas ate 3 m; ramos esbranqui9ados, eliptica a oblonga, base obtusa a cuneada, as vezes corticentos, estriados, levemente pubescentes em obliqua, apice curto-acuminado a agudo, margem dire9ao ao apice. Folhas altemas; peciolo 1-1,5 cm; inteira, 6-8 nervuras laterais, face superior glabra, face lamina 5-8 x 1,8-3,5 cm, eliptica, base cuneada a inferior cinereo-tomentosa, tricomas estrelados. obtusa, apice obtuso ou agudo, margem inteira, glabra Inflorescencia tirs6ide frondosa, paracladios cim6ides em ambas as faces. Inflorescencia panicula frondosa­ reduzidos a urn agrupamento denso de 20-60 capitulos bracteosa, paracladios de 1a ordem botri6ides. curtamente pedunculados nas axilas das folhas. Inv61ucro 6,9-7,3 x 3,6-3,8 mm, desprovido de caliculo, Inv61ucro 6-7 mm alt., cilindrico; bracteas involucrais com algumas pequenas bnkteas subinvolucrais em em 5-6 series, apice subagudo, cinereo-tomentoso. sua base e ao lange do pedunculo; bracteas involucrais Flores 3, corola com tubo ca. 3,5 mm, lobos 3,3-3,5 mm. 8, unisseriadas, apice agudo, curtamente penicelado. Cipsela ca. 4 mm, glabra, pontuada de glandulas; papus Flores do raio 6-8, liguliformes, corola amarela, tuba com serie externa 0,8-1,4 mm, serie intema ca. 6 mm. 3-4,7 mm, limbo 3-4,7 x 1,3-1,5 mm, eliptico; flares do Centro e Sui de Minas Gerais e florestas costeiras disco 13-14, corola 6,3-7,6 mm, limbo campanulado, de Sao Paulo, do nivel do mar a 1.500 m de altitude lobos 1,2-1,8 mm; ramos do estilete com apice truncado (Smith 1981), tambem em Santa Catarina e Rio Grande a arredondado. Cipsela imatura 1,5-2,6 mm, madura do SuI (Cabrera & Klein 1980). Especie rara em 3,7 mm; papus 4,2-6 mm, cerdas escabridas, brancas. Picinguaba, com somente urn individuo coletado com Regiao Sui e Sudeste (Hind 1993). Coletada com flares imaturas. Muito semelhante a Piptocarpha flares em abril e maio. Pouco frequente. Somente duas leprosa (Less.) Baker, diferenciando-se pelos especies de Pentacalia ocorrem no Brasil, a outra tricornas estrelados na face inferior da folha e lobos P tropicalis (Cabrera) C. Jeffrey, ocorre no Rio de da corola mais longos (3,3-3,5 mm), que nesta sao Janeiro respectivamente lepidotos e com 2,5-3 mm. Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, Material examinado: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, Picinguaba, Trilha das Tres Lagoas, IV-1995, Moraes Picinguaba, Trilha das Tres Lagoas, VII-1989, Furlan 26 (UEC); Trilha Mangue Dace, IV-1995, Moraes 859 (HRCB). 35 (UEC); V-1989, Garcia et al. 399 (HRCB). Materiais adicionais examinados: BRASIL. SAo 22. Pipfocarpha R. Br. PAULO: Caraguatatuba, VII-I 969, Leitao Filho 855 (lAC). Sales6polis, VIII. 1948, Kuhlmann 1686 (SP). Lianas au arvores. Folhas altemas, face inferior Ubatuba, IX-1968, Leitao Filho 528 (lAC); tomentosa, tricomas estrelados au lepidotos. Capitulos VIII-1968, Souza s.n. (IAC20040). hom6gamos, sesseis ou curtamente pedunculados, congestos em aglomerados axilares; bracteas 2. Piptocarpha oblonga (Gardner) Baker, FI. Bras. involucrais em varias series, as internas caducas. 6(2): 121. 1873. Vernonia oblonga Gardner, London Flores hermafroditas com corola tubulosa, ramos do J. Bot. 5: 211. 1846. estilete longos. Papus geralmente bisseriado, cerdoso, Lianas ate 15 m; ramos cilindricos, cinereo­ serie externa mais curta que a intema. tomentulosos. Peciolo 1-2 cm; lamina 6-12,5 x 2-5 cm, eliptica a ovada, base obtusa, as vezes obliqua, apice Chave para as especies de Piptocarpha acuminado, margem inteira ou obscuramente 1. Ramos 4-angulados; capitulos curta- denteada, face superior glabra, face inferior mente pedunculados 1. P notata densamente cinereo-tomentosa com tricomas 1. Ramos cilindricos; capitulos sesseis estrelados, pontuada de glandulas. Inflorescencia ...... 2. P oblonga tirs6ide frondosa, paracladios cim6ides reduzidos a urn M.D. Moraes & R. Monteiro: Asteraceae de Picinguaba 69 agrupamento denso de capitulos sesseis dispostos nas 0,7-1 mm, 5-costada, esparsamente pontuada de axilas das folhas. Involucro 7-8 mm, cilindrico; bnicteas glandulas; papus cerdoso 2,8-3 mm. involucrais em 5-6 series, apice subagudo a obtuso, America do Sui (Aristeguieta 1964). Coletada esparsamente tomentoso. Flores 3, aroma de com flores em setembro e outubro. Pouco freqiiente chocolate, corola com tubo 3,5-3,7 mm, lobos em Picinguaba. 4-4,2 mm. Cipsela imatura ca.3 mm, madura Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, 4,7-5 mm, glabro, glfmdulas ausentes; papus com serie Picinguaba, RodoviaBR 101, Km 9, IX-1995,Moraes extema ca. 1,7 mm, serie intema ca. 7 mm. 136 (VEC); IX-1995, Moraes 155 (UEC); Km 11, De Minas Gerais a Santa Catarina (Cabrera & X-1995, Moraes 161 (UEC). Klein 1980). Coletada com flores em julho e agosto. Abundante. Smith (1981) reconhece duas subespecies: 24. Porophyllum Guett. Piptocarpha oblonga ssp. lepidota (Sch. Bip) G.L. Smith, caracterizada pela distribuis:ao nas matas I. Porophyllum ruderale (Jacq.) Cass., Dict. Sci. costeiras e do interior da regiao SuI (Parana e Santa Nat. 43: 56. 1826. Kleinia ruderalis Jacq., Enum. Catarina) e Sudeste e pelo tubo, lobos da corola e PI. Carib.: 8. 1760. cipselas mais longos que a subespecie tipica, ocorrente Iconografia: Cabrera (1974), p. 412, figura 242. nas matas do planalto Central. Ervas anuais 0,7-1 m, odoriferas, glabras. Folhas Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Vbatuba, altemas; peciolo 1-1,5 cm, lamina 2,5-5,5 x 1-1,8 cm, Picinguaba, Trilha da Guarita, VII-1995, Moraes 90 eliptica ou obovada, glauca, base cuneada, apice (UEC). Idem, IX-1995, Moraes 139 (UEC); Trilha obtuso-mucronado, margem sinuada com glandulas das Tres Lagoas VIII-1995, Moraes 121 (UEC); translucidas em cada sinus, apice e lamina. IX-1989, Garcia et at. 485 (HRCB); Trilha Morro Inflorescencia cimoide de capitulos com pedunculos do Corsario, X-1988, Cunha ef al. 204 (HRCB); clavados; involucro 17-20,5 mm alt., cilindrico, VI-1988, Ribeiro et al. 322 (HRCB); Trilha Mangue bracteas involucrais 5, unisseriadas, sem caliculo, Doce VIII-1990, Furlan 1202 (HRCB); Trilha Casa glabras, com glandulas lineares em 2-fiJeiras, apice da Farinha, VI-1989, Ribeiro et al. 645 (HRCB); agudo. Flores 43-57, corola 11,5-14,5 mm, verde­ arroxeada, fauce infundibuliforme muito mais curta VIII-I 988, Ribeiro et at. 502 (HRCB); Restinga, que tubo. Cipsela 7,5-8 mm, linear, hispidulosa, apice X-I975, Araujo et al. 860 (RB). ° atenuado; papus 9,8-11 mm. 23. Pluchea Casso Planta ruderal distribuida por toda a America tropical (Cabrera 1974). Coletada com flor nos meses 1. Pluchea sagitallis (Lam.) Cabrera, Bol. Soc. de abril, maio e novembro. POlleo freqiiente. Argent. Bot. 3(1): 36. 1949. Conyza sagitallis Lam., Encycl. 2: 94. 1786. Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, Picinguaba, Trilha da Guarita, V-1994, Moraes 5 Ervas perenes 60-120 cm, aromaticas; ramos (UEC); IV-1995, Moraes 21 (UEC); Rodovia BR alados pela decurrencia das folhas. Folhas altemas, 101, Km 9, XI-1995, Moraes 217 (UEC). lamina 7-11,5 x 1,7-3,5 cm, lanceolada ou eliptico­ lanceolada, base atenuada, decurrente, apice agudo, 25. Pseudogynoxys (Greenm.) Cabrera margem finamente serreada, peninervada, puberula e Senecio subg. Pseudogynoxys Greenm. densamente pontuada de glandulas em ambas as I. Pseudogynoxys cabrerae H. Rob. & Cuatrec., faces. Inflorescencia antela frondosa com paracladios Phytologia 36: 182. 1977. cimoides ou as vezes reduzida a urn cimoide denso de capitulos pedunculados. Capitulos heterogamos; Lianas; ramos glabros, puberulos em dires:ao ao involucro ca. 2,5 mm, hemisferico; bracteas involucrais apiee. Peciolo 1-2 cm; lamina 5,5-6,5 x 3-4,5 cm, ovada bisseriadas, membranaceas, apice agudo, margem a largamente ovada, base cordada a subcordada, apice escariosa. Flores marginais femininas, com menos da acuminado, margem denteada-apiculada, 3-nervada 1/2 do seu comprimento incluso no involucro, corola ou subpinada, face superior esparsamente puberula, 2,8-3 mm, branca; flores centrais funcionalmente face inferior densamente puberula. Inflorescencia em masculinas, corola 3,8-4 mm, lobos vinaceos, pontuados diades terminais. Involucro 13,5-14,2 cm, bracteas de glandulas; ramos do estilete curtos. Cipsela involucrais unisseriadas, ealieulo ca. 20 bracteas 70 Hoehnea 33( I), 2006 lineares, densamente puberulas, apice atenuado. involucrais em 4 series, apice acuminado, as externas Flores do raio liguliformes, ca. 12, corola laranja­ ovadas, lanosas, as internas linear-lanceoladas, glabras, avermelhada, tubo 6,6-7,7 mm, limbo 13,6-16,6 x apice ciliado. Flores marginais com corola 6,5-8,7 mrn; 2,3-4,3 mm, oblongo, apice obtuso; flores do disco ca. flores centrais funcionalmente masculinas 1-3, corola 140, corola 12-13,6 mrn, laranja, lobos 2-2,7 mm; ramos 5-5,7 mm, tubo glabro, lobos pontuados de glandulas. do estilete com apice triangular, agudo a acuminado. Cipsela ca. 1,3 mm, densamente pontuada de Cipsela ca. 2 mm, remotamente costada, base glandulas; papus 7-8 mm. truncada; papus ca. 9 mm, cerdas escabridas, planas Da America Central a Argentina, preferencial­ na base. mente em savanas (Cabrera & Ragonese 1978). Paraguai e Brasil: Bahia e de Minas Gerais, sendo Coletada com flores de novembro a maryo. Comum. a unica representante do genero no Brasil (Hind 1993). D' Arcy (1975a) considerou Pterocaulon Rara em Picinguaba. Provavelmente escape de cultivo. alopecuroides sob sinonimia de P virgatum (L.) DC. Concordamos com Cabrera & Ragonese (1978), que Material examinado: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, consideraram estas especies distintas, caracterizando Picinguaba, Trilha das Tres Lagoas, X-1990, Romero Pterocaulon alopecuroides pelas folhas obovadas, et al. 399 (HRCB). flores masculinas em numero menor (1-3) e cipsela 26. Pterocaulon Elliott. pontuada de glandulas. Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, Folhas alternas, laminas longamente decurrentes. Picinguaba, Rodovia BR 101, Km 11, XI-1995, Capitulos heter6gamos, sesseis; bracteas involucrais Moraes 193 (UEC); Km 9,1-1996, Moraes 258 membranaceas, em varias series, todas ou as internas (UEC); Km 10, II-1996, Moraes 310 (UEC); facilmente caducas. Flores marginais femininas, III-1996, Moraes 330 (UEC); Trilha das Tres Lagoas, filiformes, as centrais hem1afroditas ou funcionalmente II-I 996, Moraes 292 (UEC); III-1996, Moraes 356 masculinas, solitarias ou em numero reduzido. Papus (UEC); III-I 996, Moraes 359 (UEC); Trilha do Noelo de cerdas capilares. III-I 996, Moraes 363 (UEC).

Chave para as especies de Pterocaulon 2. Pterocaulon balansae Chodat, Bull. Herb. Boisser. 2: 388. 1902. 1. Plantas ate 1,5 m, com xilop6dio; folhas obovadas (figura 55); capitulos Ervas 1-2,6 m, xilop6dio ausente, raizes apenas densamente aglomerados, nunca iso- engrossadas; ramos 5(-8) alados, alas 2-5 mm larg. lados 1. P alopecuroides Laminas 6-16 x 1-5,5 cm, oblongo-Ianceoladas, apice I. Planta ate 2,6 m, xilop6dio ausente; agudo-mucronado, as inferiores as vezes com apice folhas oblongo-lanceoladas (figura obtuso-mucronado, margem miudamente denteada, 56); capitulos proximais isolados, face superior glabrescente, tomentosa na nervura distais agrupados 2. P balansae principal, face inferior densamente tomentosa a lanosa. Inflorescencia panicula ampla, paracladios botri6ides alongados de capitulos proximamente I. Pterocaulon alopecuroides (Lam.) DC., Prodr. isolados, distalmente agrupados. Inv61ucro 5-5,7 mm 5: 454. 1836. Conyza alopecuroides Lam., Encycl. alt., campanulado; bracteas involucrais em 4 series, 2: 93. 1786. apice acuminado, as externas lanceoladas, Iconografia: Cabrera (1974), p. 297, figura 169. tomentosas, as internas linear-lanceoladas, Ervas 0,6-1,5 m, com xilop6dio; ramos 5-alados, glabrescentes, apice ciliado. Flores marginais com alas 2-3,5 mm larg. Lamina 5-9 x 1,2-4 cm, obovada, corola ca. 4 mm; flores centrais funcionalmente apice agudo-mucronado ou raramente arredondado masculinas 3-4, corola 3,5-4 mm, tubo esparsamente nas folhas inferiores, margem miudamente denteada, piloso, lobos pontuados de glandulas. Cipsela face superior rugosa, glabrescente, tomentosa na ca. I mm, pontuada de glandulas; papus 4,2-4,5 mm. nervura principal, face inferior densamente tomentosa Paraguai, Uruguai, Norte da Argentina e Brasil: a lanosa. Inflorescencia dibotri6ide, paracladios de Minas Gerais ao Rio Grande do Sui (Cabrera & botri6ides de capitulos densamente aglomerados, nunca Ragonese 1978). Coletada com flores de agosto a isolados. Inv61ucro 5-6 mrn alt., campanulado; bracteas maryo. Abundante. M.D. Moraes & R. Monteiro: Asteraceae de Picinguaba 71

Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, frondosa-bracteosa, basot6nica, paracladios de Ia Picinguaba, Rodovia BR 101, Km 9, VII-1995, ordem cimas escorpi6ides recurvadas, pedunculos dos Moraes 116 (UEC); XII-1995, Moraes 237 (UEC); capitulos com varias bnicteas filiforrnes. Capitulos 1-1996, Moraes 257 (UEC); I-1996, Moraes 260b heter6gamos, radiados; inv61ucro 5,2-4,4 cm alt.; (UEC); II-1996, Moraes 309 (UEC); Km 8, X-1956, braeteas involucrais em 3-4 series, glabras, apice agudo Moraes 170 (UEC); IJI-1996, Moraes 325 (UEC); a obtuso. Flores do raio femininas, corola amarela, III-I 996, Moraes 326 (UEC); Km 10, XI-1995, liguliforme, tuba 1,7-2 mm, limbo 2,5-3 mm, Moraes 213 (UEC); III-1996, Moraes 350 (UEC); oblanceolado; flores do disco herrnafroditas, tubulosas, Km 11, III-I 996, Moraes 351(UEC). eorola 4-4,3 mm. Cipsela ca. 1 mm, 8-costada; papus 3-3,7 mm, cerdas capilares. 27. Senecio L. America do Sui (Cabrera 1974). Coletada com I. Senecio brasiliensis (Spreng.) Less., Linnaea 6: flores de janeiro a mar<;:o e de outubro a novembro. 249. 1831. Cineraria brasiliensis Spreng., Neue Planta ruderal pouco freqilente em Pieinguaba. Pode Entdeck. pflanzenk. 2: 142. 1821. ser encontrada nos herbarios pelo seu sinonimo de Iconografia: Baker (1882), tab. 88. Solidago microglossa DC. Ervas perenes 1,5 m. Folhas altemas, sesseis; Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, lamina 8,5-15 x 3,5-5,5 cm, profundamente pinatissecta Picinguaba, Rodovia BR 101, Km 9, X-1995, Moraes com 6-12 segmentos linear-Ianceolados, segmentos 171 (UEC); XI-1995, Moraes 209 (UEC); 1-1996, com apice agudo, margem inteira, face superior glabra, Moraes 259 (UEC); III-I 996, Moraes 359 (UEC). face inferior incano-tomentosa com nervura glabra, 29. Sphagneticola O. Hoffmann proeminente. Inflorescencia tirs6ide corimbosa, frondosa-bracteosa. Inv61ucro 8,3-9,2 mm, campanu­ 1. Sphagneticola trilobata (L.) Pruski, Mem. New lade; caliculo com 10-12 braeteas, lanceoladas, apiee York Bot. Gard. 87: 114. 1996. Silphium trilobatum agudo, curtamente penicelado; bracteas involuerais L., Syst. Nat. (ed. 10) 2: 1233. 1759. 16-19, unisseriadas, glabras, apice agudo, eurtamente Iconografia: Baker (1884) tab. 59. penicelado. Flores do raio 8-9, liguliforrnes; corola Ervas perenes 30-70 cm; ramos glabros ou amarela, tuba 6,4-7,3 mm, limbo 6-9 x 1,8-2,5 mm, glabrescentes, as vezes averrnelhados. Folhas opostas; oblanceolado; flores do disco 42, corola 7,4-9,2 mm; peeiolo 3-5 mm, base levemente invaginante; lamina ramos do estilete com apice truncado a arredondado. 3,5-10 x 1,5-4,5 mm, ovada, rombica ou eliptica, todas Cipsela ca. 2,5 mm, densamente pubescente; papus ou a maioria 3-lobada, base cuneada, apice dos lobos 6,8-8 mm, caduco na matura<;:ao das cipselas. agudo ou obtuso, margem obseura e irregularrnente Paraguai, Uruguai, Argentina e Brasil: regi1io SuI serreada, ambas as faces estrigosas. Inflorescencia e Sudeste (Hind 1993). Coletada com flores em capitulos solitarios, terminais, tornando-se outubro. Planta ruderal pouco freqilente em posteriorrnente laterais, longamente pedunculados. Picinguaba. Inv61ucro 9-10,7 mm alt.; braeteas involucrais em 2 Material examinado: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, series, oblanceoladas; paleas estreitamente Picinguaba, Rodovia BR 101, Km II, X-1995, Moraes oblanceoladas, carenadas, apice agudo a acuminado. 160 (UEC). Flores do raio femininas, corola amarelo-escura, alaranjada na por<;:ao proximal, Iiguliforrne, 13-19, limbo 28. Solidago L. 9,5-12 x 4-5,8 mm, oblongo; flores do disco herrnafroditas, eorola 4,3-5,3 mm, amare!o-eseura, I. Solidago chilensis Meyen, Reise Erde I: 311. 1834. tubulosa, lobos esparsamente pontuado de glandulas, Iconografia: Cabrera (1974), p. 232, figura 123. pilosos intemamente. Cipsela 3,4-4 mm, 2-3 angulada, Ervas 1,5-2 m; ramos pubescentes. Folhas tubereulada na maturidade; papus coroniforrne ca. altemas, sesseis; lamina 6-10,5 x 1,5-0,8 cm, elip'tiea I mm, obseurecido por colar cortieento, esparsamente a oblonga, base cuneada, apice agudo-mueronado, pontuado de glandulas. margem inteira ou por<;:ao superior obscuramente Nativa dos neotr6picos, encontra-se naturalizada serreada, face superior glabrescente, face inferior em varios paises, principalmente ao lange da costa esparsamente pubescente. Infloreseencia tirs6ide (0'Arcy 1975b). Coletada com flores pratieamente 0 72 Hoehnea 33( 1), 2006 ana todo, com florayao mais intensa em novembro. Iconografia: Baker (1884), tab. 104. Abundante. Eamplamente cultivada como ornamental Arbustos geralmente escandentes ate 2,5 m; e mais conhecida pelos seus sinonimos de Wedelia ramos divaricados, densamente pubescentes, com trilobata (L.) Hitchc. e W paludosa DC. glandulas estipitadas em direyao ao apice. Folhas Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, alternas, sesseis ou subsesseis; lamina 10-16(-18) x Picinguaba, Trilha da Guarita, V-1994, Moraes 9 1,5-3(-4) cm, lanceolada, base cuneada, frequente­ (UEC); 1-1996, Moraes 262 (UEC); Trilha Casa da mente auriculada, apice agudo a atenuado, margem Farinha, IV-1995, Moraes 15 (UEC); IX-1995, denticulada ou inteira, peninervada, face superior Moraes 130 (UEC); XI-1995, Moraes 199 (UEC). esparsamente pubescente, com glandulas estipitadas, face inferior esparsamente vilosa. Inflorescencia 30. Struchium P. Browne tirsoide frondosa. Capitulos homogamos; involucro I. Struchium sparganophorum (L.) Kuntze, Rev. 9,7-13 mm alt., cilindrico; bracteas involucrais em duas Gen. PI. 366. 1891. Ethulia sparganophora L., Sp. series, serie externa bern mais curta, lanceoladas, PI. (ed. 2): 1171. 1763. apice agudo a atenuado; receptaculo piloso. Flores Iconografia: Cabrera & Klein (1980), p. 234, est. 66. bilabiadas,12-15, corola 10,3-11,7 mm, amarelo claro, limbo externo reflexo a espiralado, lobo interno pouco Ervas anuais ate 1 m; ramos glabrescentes. ou profundamente bipartido, espiralado, apice dos Folhas alternas; peciolo 0,5-1 cm; lamina 9-14 x lobos penicelados, fauce e lobos com glandulas 2-3,8 cm, eliptica, base atenuada, apice agudo a ate­ estipitadas, fauce pilosa internamente. Cipsela nuado, margem irregularmente serreada, face superior 5,3-6,3 mm, cilindrica, levemente contraida no apice, muito esparsamente estrigulosa, face inferior glabres­ com glandulas estipitadas; papus 6,8-8,7 mm, cerdas cente. Inflorescencia botrioide frondosa com 1-4 amareladas, escabridas. capitulos sesseis congestos em aglomerados axilares. America tropical (Cabrera & Klein 1973). Capitulos homogamos; involucro 4-4,7 mm alt., Coletada com flores de junho a outubro. Comurn. E hemisferico; bracteas involucrais em 3-4 series, espar­ encontrada nos herbarios e floras pelo seu sinonimo samente pontuadas de glandulas, distalmente ciliada, Trixis antimenorrhoea (Schrank) Kuntze. apice cuspidado. Flores hermafroditas, ca. 50, corola Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, 2,3-2,7 mm, tubulosa, pontuada de glandulas, 3-lobada, Picinguaba, Trilha da Guarita, VI-1995, Moraes 56 lobos 0,6-0,8 mm; estames 3; ramos do estilete longos. (UEC); Praia da Fazenda, VI-1995, Moraes 64 (UEC); Cipsela ca. 2 mm; papus coroniforme, ca. 1 mm, RodoviaBR 101,Km 11, VII-1995,Moraes92 (UEC); espesso, esbranquiyado, apice levemente ondulado. Km 9, IX-1995, Moraes 154 (UEC); Trilha atras do America tropical (Cabrera & Klein 1980). camping, X-1995, Moraes 178 (UEC); Trilha Morro Coletada em local brejoso. Pouco frequente em do Corsario, VIII-1988, Ribeiro et at. 423 (HRCB). Picinguaba. Unica especie do genero. Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, 32. Vernonia Schreb. Picinguaba, Trilha Casa da Farinha, X-1990, Romero Folhas altemas. Capitulos homogamos, solitarios et al. 152 (HRCB); Trilha da Guarita, VIII-1988, ou dispostos em inflorescencias diversas, mas nunca Ribeiro et al. 468 (HRCB). congestos em aglomerados axilares. Bracteas 31. Trixis Sw. involucrais em mais de duas series, membranaceas. Flores hermafroditas, corola tubulosa, ramos do estilete 1. Trixis divaricata (Kunth) Spreng., Syst. Nat. 3: longos. Papus em 2 series, cerdas escabridas ou 50I. 1826. Perdicium divaricatum Kunth, Nov. Gen. escamiformes, usualmente persistentes, serie externa Sp. 4: 122. 1818. mais curta que a intema.

Chave para as especies de Vernonia

1. Capitulos com ate 14 flores 2. Folhas albo-tomentosas na face inferior 2. V. discolor 2. Folhas esparsamente pubescentes ou glabrescentes na face inferior M.D. Moraes & R. Monteiro: Asteraceae de Picinguaba 73

3. Arbusto ou arvoreta, bnicteas involucrais em 4-5 series (figura 57), glabrescentes; corola lil

I. Vernonia beyrichii Less., Linnaea 4: 275. 1829. 2. Vernonia discolor (Spreng.) Less., Linnaea 4: 274. 1829. Eupatorium discolor Spreng., Syst. Veg. 3: 412. Arbustos ou arvoretas ate 4 m; ramos ferrugineo­ 1826. tomentosos em dire<;ao ao apice. Peciolo 0,5-1 cm; Iconografia: Baker (1873), tab. 6. lamina 7-12,5 x 1,5-2,5 cm, eliptico-Ianceolada, base cuneada, apice atenuado, margem inteira ou Arvores 7-15m; tranco levemente fissurado, obscuramente denticulada, face superior esparsa­ cinza-clara; ramos albo-tomentosos em dire<;ao ao mente escabrescente, face inferior esparsamente apice. Peciolo 1,5-3 cm; lamina 12-24 x 3,3-6,5 cm, pubescente, levemente ferrugineo-tomentulosa sobre eliptico-Ianceolada, base curtamente atenuada, apice as nervuras. Inflorescencia tirs6ide frondosa, acuminado a subagudo, margem inteira, discolor, face paracladios cimas escorpi6ides de capitulos subsesseis. superior glabra, face inferior albo-tomentosa com Inv61ucro 4,5-5 mm alt., campanulado; bracteas indumentos adpressos. Inflorescencia tirs6ide frondosa, involucrais em 4-5 series, glabrescentes, as externas paracladios de cimas escorpi6ides, encurvadas para com apice agudo a obtuso, apiculado, as internas com baixo; capitulos com pedunculos gradativamente apice arredondado-apiculado. Flores 10-12, menores em dire<;ao as extremidades. Inv6lucro aromaticas, corola 7-7,7 mm, lilas, posteriormente 4,5-5 mm alt., campanulado; bracteas involucrais em branca, glabra, lobos 2,5-3 mm. Cipsela 1,5-2,2 mm, 5-6 series, tomentosas, poryao apical com mancha escura, apice subagudo, as internas caducas. Flores esparsamente pubescente, pontuada de glandulas; 10-12, corola 6,2-6,7 mm, esbranqui<;ada, lobos carpop6dio bern desenvolvido; papus ferrugineo-claro, 2-2,3 mm, apice pontuado de glandulas. Cipsela ambas as series de cerdas escabridas, serie externa 2,2-2,7 mm, pubescente, pontuada de glandulas ca. I mm, serie interna ca. 5 mm. especialmente na base; papus com serie externa ca. Regiao Sudeste e estado do Parana (Leitao Filho I mm, cerdas escamiformes, serie interna 5-5 mm, 1972). Coletado com flores de abril a maio. Abundante. cerdas escabridas com apice levemente dilatado. Na regiao de Ubatuba, esta planta e conhecida pelo Regiao Sui e Sudeste (Cabrera & Klein 1980) e nome de cambara-preto e suas folhas maceradas sao tambem no estado da Bahia. Coletada com flores em empregadas em contus6es e hematomas. Esta especie setembro e outubro. Comurn. Semelhante a Vernonia e tratada por Robinson (1999) como Vernonanthura difusa (Spreng.) Less., separa-se pelo indumento beyrichii (Less.) H. Rob. albo-tomentoso e adpresso na face inferior da folha, Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, que nesta se apresenta ferrugineo-tomentoso e nao Picinguaba, Trilha da Guarita, V-1994, Moraes 8 adpresso. Esta especie e tratada por Robinson (1999) (UEC); IV-1995, Moraes 22 (UEC); Trilha Casa da como Vernonanthura discolor (Spreng.) H. Rob. Farinha, IV-1988, Furlan et at. 400 (HRCB); V-1989, Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, Garcia et at. 348 (HRCB); Trilha atras do alojamento, Picinguaba, Trilha Mangue Doce, IX-I995, Moraes IV-I988, Furlan et al. 375 (HRCB). 141 (UEC); Trilha das Tres Lagoas X-I988, Cunha 74 Hoehnea 33( I), 2006

41

50

, , ,,' ',' 51 55

Figuras 41-59. Caracteres utilizados nas chaves. 41. Folha de Erechtites hieracifolia. 42. Folha de E. valerianifolia. 43. Involucro de Eupatorium intermedium. 44. Involucro de E. inulaefolium. 45. Involucro de E. punctulatum. 46. Involucro de E. maximiliani. 47. Folha de Mikania dentata. 48. Folha de M. glomerata .49. Folha de M. laevigata. 50. Disposi9ao dos capitulos de M. lundiana. 5 I. Flor de M. rufescens. 52. Flor de M. hastato-cordata. 53. Folha de M. lindbergii . 54. Folha de M. trinervis. 55. Folha de Pterocauloll alopecuriodes. 56. Folha de P. balansae. 57. Involucro de V. beyrichii. 58. Involucro de V. puberula. 59. Flor aberta de V. serrata. Escalas: figuras 41-42, 47-50,53-56 = I cm; figuras 43-46,51-52,57-59 = 2 mm. M.D. Moraes & R. Monteiro: Asteraceae de Picinguaba 75

et ai. 190 (HRCB); Trilha atnls do alojamento tomentosa, pontuada de glandulas. Intlorescencia XII-1988, Garcia et ai. 196 (HRCB); Trilha Morro tirs6ide corimbosa, frondosa, paracladios cimas do Corsario IX-1988, Garcia et ai. 92 (HRCB); escorpi6ides de capitulos subsesseis nao subtendidos IX-1989, Garcia et ai. 457 (HRCB). por bracteas foliaceas. Inv61ucra 4,7-5,3 mm alt., bracteas involucrais em 4-5 series, esparsamente Materiais adicionais examinados: BRASIL. BAHIA: pubescentes, apice acuminado-apiculado, as internas Eunapolis, IX-1966, Beiem & Pinheiro 2659 (RB); as vezes com apice agudo-apiculado. Flores 27, I1heus, X-I975, Mori & Benton s.n. (RB 122953) aromaticas, corola 6,2-6,5, branca, glabra, lobos 3. Vernonia muricata DC., Prodr. 5: 55. 1836. 1,9-2,2 mm. Cipsela ca. 2,5 mm, densamente pontuada de glandulas com alguns pelos esparsos; papus Arbustos ate 1,5 m; ramos esparsamente cerdoso, facilmente caduco, ferrugineo claro, serie pubescentes em direyao ao apice. Peciolo ate 5 mm; extema 1,4- 1,7 mm, serie intema 4,8-6 mm. lamina 5-8 x 1,5-2,3 em, lanceolada, base obtusa, apice Bahia, Minas Gerais, Sao Paulo, Parana, Goias e atenuado ou agudo, margem remotamente denticulada, Mato Grosso do SuI (Leitlio Filho 1972). Coletada com face superior rugosa, esparsamente estrigosa, face flores emjulho. Rara em Picinguaba. Conhecida como inferior densamente albo-sericea, pontuada de assa-peixe, esta planta e uma ruderal invasora de glandulas, nervuras proeminentes, delicadamente pastagens, mas tambem apicola por excelencia. Esta delineadas. Intlorescencia tirs6ide frondosa, laxa, especie e tratada por Robinson (1999) como paracladios cimas escorpi6ides, bifurcadas, de Vernonanthura phosphorica (Veil.) H. Rob. capitulos sesseis, os proximais subtendidos por bracteas foliaceas. Inv6lucra 6-6,5 mm alt., ov6ide, Material examinado: BRASIL. SAO PAULO: Ubatuba, bracteas involucrais em 4-5 series, as externas vilosas, Picinguaba, Trilha atras do camping, VII-1995, apice aristado, recurvado, as internas esparsamente Moraes 89 (UEC). vilosas, apice curtamente aristado. Flores 22-23, corola 5. Vernonia puberuia Less., Linnaea 6: 649. 1831. 6,3-7 mm, branca, glabra, fauce e apice dos lobos Iconografia: Cabrera & Klein (1980), p. 286, est. 81. pontuados de glandulas, lobos 2,7-3 mm. Cipsela ca. 1,5 mm, sericeo, pontuada de glandulas; papus com Arvores 6 m; ramos tomentulosos em direyao ao serie externa ca. 0,5 mm, escamiforme, serie interna apice. Peciolo 1-2 em; lamina 7,5-14 x 2-3,7 em, oblan­ 3-3,5 mm, cerdoso, facilmente caduco. ceolada, base atenuada, apice acuminado, margem Regi1io Sudeste e Estados do Parana e Santa inteira ou remotamente serreada na metade superior, Catarina (Leitao Filho 1972). Coletada com tlores em ambas as faces glabrescentes, pontuadas de glandulas, maio. Comum. Esta especie e confundida nos nervuras pubescentes a tomentulosas. Inflorescencia herbarios com Vernonia geminata Less., tirs6ide frondosa, parachldios cimas escorpi6ides de diferenciando-se principalmente pelos capitulos capitulos pedunculados. Inv61ucro 5-7 mm alt., segregados, que em V geminata sao na maioria campanulado; bracteas involucrais em 7-8 series, geminados. Concluiu-se que os especimes de sericeas, apice obtuso, as intemas facilmente caducas. Picinguaba pertencem a Vernonia muricata pela Flores 11-12, corala 7,6-10 mm, branca, fauce pontuada comparayao destes com as fotos do material tipo de gIandulas, lobos 2,3-2,8 mm, apice pontuado de (Lhotsky s.n.). Esta especie e tratada por Robinson glandulas, penicelado. Cipsela 2,3-3 mm, costada, (1999) como Lepidapioa muricata (DC.) H. Rob. pubescente, pontuada de glandulas especialmente na Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, base; papus com serie extema 0,7-1 mm, escamiforme, Picinguaba, Trilha das Tres Lagoas, V-1995, Moraes serie interna 4,5-6,5 mm, cerdosa. 50 (UEC); V-1989, Garcia et ai. 384 (HRCB). Regiao Sui e Sudeste (Cabrera & Klein 1980). Planta rara em Picinguaba, com apenas uma coleta 4. Vernonia poiyanthes Less., Linnaea 6: 631. 1831. com tlores imaturas. E caracterizada pelo porte Arbustos 3 m; ramos 5-angulados, lenticelados arb6reo, capitulos com ate 12 tlores e bracteas em direyao a base, tomentosos em direyao ao apice. involucrais intemas caducas. Esta especie e tratada Peciolo 0,5-1 em; lamina 9,5-14 x 2-2,8 cm, lanceolada por Robinson (1999) como Vernonanthura puberuia a eliptica, base atenuada, apice agudo, margem inteira, (Less.) H. Rob. face superior escabrosa, face inferior esparsamente Material examinado: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, 76 Hoehnea 33(1), 2006

Picinguaba, Trilha Casa da Farinha, X-1988, N.M.L. 7. Vernonia serrata Less., Linnaea 4: 275. 1829. Cunha et al. 101 (RBCL). Arvoretas 2,5-4 m; ramos lenticelados em dire9ao Materiais adicionais examinados: BRASIL. SAo a base, tomentulosos em dire9ao ao apice. Peciolo PAULO: Cananeia, XII-1980, Forero et al. 8549 (SP); 6-11 cm; lamina 21-38 xII-22,S cm, ovada ou ovada­ Cunha, XI-1989, Aguiar 398 (SPSF); Ubatuba, XI­ elfptica, base aguda, apice curto-acuminado a agudo, 1993, Queiroz et al. 30134 (SPF). margem regularmente serreada-apiculada, face superior levemente escabrescente, face inferior 6. Vernonia scorpioides (Lam.) Pel's., Syn. Plant. 2: esparsamente pubescente. Inflorescencia tirs6ide 404. 1807. Conyza scorpioides Lam., Encyl. 2: 88. frondosa, ampla, paracladios cimas escorpi6ides de 1786. capitulos pedunculados, nao subtendidos pOI' bracteas Iconografia: Cabrera & Klein (1980), p. 356, est. 98. foliaceas. Inv61ucra 8,3-9,5 mm alt., campanulado; Arbustos 1,2-2 m ou as vezes lianas ate 3,5 m; bracteas involucrais em 5-6 series, puberulas, apice ramos cilfndricos, ferrugineo-tomentosos. Peciolo agudo-apiculado. Flores 23-24, corala 7-9 mm, branca, 0,5-2,5 cm; lamina 5,5-16 x 2-6,5 cm, ovada a fauce intema densamente pilosa, lobos 2,4-2,6 mm, lanceolada, base atenuada, apice agudo, margem espiralados, apice piloso. Cipsela ca. 1,5 mm, inteira ou irregular a remotamente serreada­ densamente albo-sericea, pontuada de gHindulas, mucronulada, face superior esparsamente estrigosa, especialmente na base; papus cerdoso, facilmente face inferior esparsamente ferrugineo-tomentosa, caduco, sene extema 0,5 mm, serie intema ca. 5,5 mm. com indumento mais adensado nas nervuras, Regiao litorfmea do Rio de Janeiro e Sao Paulo pontuada de glandulas. Inflorescencia cima (Leitao Filho 1972). Coletada com flores em maio e escorpi6ide, ou as vezes prolongada em urn tirs6ide, junho. Pouco freqiiente. Forma uma pequena de capitulos sesseis distalmente adensados, nao popu]a9ao, em local brejoso e sombra parcial. Esta subtendidos pOI' bracteas foliaceas. Inv6lucro especie e tratada pOl' Robinson (1999) como 3,8-5,4 mm alt., campanulado; bracteas involucrais Dasyanthina serrata (Less.) H.Rob. em 4-5 series, sericeas, apice subulado, as externas Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, as vezes com apice agudo. Flores 18-24, corola Picinguaba, Trilha Casa da Farinha, V-1995, Moraes 4,2-5,4 mm, glabra, arroxeada ou lilas claro, lobos 43 (UEC); VI-1995 Moraes 52 (UEC). 1,6-2 mm, esparsamente pilosos. Cipsela ca. 1,5 mm, sericea, pontuada de glandulas; papus com serie Agradecimentos externa ca. 0,7 mm, escamiforme, serie interna 3,4-3,6 mm, cerdosa, facilmente caduca. Os autores agradecem a CAPES pela bolsa de America tropical (Cabrera & Klein 1980). mestrado, Antonio Furlan e Maria do Carmo do Coletada com flores praticamente 0 ana todo, com Amaral pelas sugestoes ao texto original da urn pequeno intervalo emjunho e julho. Planta ruderal, disserta9ao, Graziela Barroso (in memoriam) e Joao abundante em Picinguaba. Esta especie e tratada pOI' SemiI' pelas consultas sobre taxonomia de Asteraceae, Robinson (1999) como Cyrtocymura scorpioides e Volker Bittrich pelas consultas sobre morfologia e (Lam.) H. Rob. conceitos taxonomicos. Esse trabalho e parte da Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: disserta9ao de mestrado de M.D. Moraes junto ao Ubatuba, Picinguaba, Trilha das Tres Lagoas, curso de P6s-gradua9ao em Biologia Vegetal, V-1994, Moraes 12 (UEC); IV-1995, Moraes 25 IB-UNICAMP. (UEC); XI-1995, Moraes 212 (UEC); XII-1995, Moraes 242 (UEC); 1-1996, Moraes 255 (UEC); Literatura citada 11-1996, Moraes 291 (UEC); Trilha Casa da Aristeguieta, L. 1964. Compositae. In: T. Lasser (ed.). Flora Farinha, VIII-1995, Moraes 107 (UEC); X-1995, de Venezuela. Instituto Botanico, Caracas, pp. 1-483. Moraes 167 (UEC); IX-1989, Garcia et al. 435 Assis, M.A. 1999. Floristica e caracterizayao das (HRCB); X-I988, Cunha et al. 148 (HRCB); comunidades vegetais da Planicie Costeira de Trilha atras do alojamento, IV-1988, Furlan et al. Picinguaba, Ubatuba - SP. Tese de doutorado, 378 (HRCB); 11-1988, Ribeiro 170 (HRCB); Universidade Estadual de Campinas, Campinas, VIII-1988, Ribeiro et al. 380 (HRCB). 254 p. M.D. Moraes & R. Monteiro: Asteraceae de Picinguaba 77

Assis, M.A., Scudeler, V.V. & Semir, J. 2000. Florula Cabrera, A.L. & Klein, R.M. 1980. Compostas - Tribo Fanerogamica da Planicie Litoranea de Picinguaba, Vernonieae. In: P.R. Reitz (ed.). Flora Ilustrada Ubatuba, SP. Bignoniaceae Juss. Naturalia 25: 77-103. Catarinense. Herbario Barbosa Rodrigues, Itajai, Baker, H.G 1965. Characteristics and modes oforigin of pp.227-480. weeds. In: H.G Baker & GL. Stebbins (eds.). The Cabrera, A.L. & Klein, RM. 1989. Compostas - Tribo genetics of colonizing species. Academic Press, Eupatorieae. In: P.R. Reitz (ed.). Flora Ilustrada London, pp. 147-169. Catarinense. Herbario Barbosa Rodrigues, Itajai, Baker, J.G 1873. Compositae I: Vernoniaceae. In: c.F.P. pp.415-760 Martius & A.G Eichler (eds.). Flora Brasiliensis. Cabrera, A.L. & Ragonese, A.M. 1978. Revision del Monachii, Lipsiae v. 6, pars 2, pp. 1-180. genero Pterocaulon (Compositae). Darwiniana 21 : Baker, J.G 1876. Compositae 11: Eupatoriaceae. In: C.F.P. 185-257. Martius & A.G Eichler (eds.). Flora Brasiliensis. Carneiro, CE. & Assis, M.A. 1996. A familia Sapotaceae Monachii, Lipsiae v. 6, pars 2, pp. 18 I -376. na Planicie Litoranea de Picinguaba - Ubatuba, SP. Baker, J.G 1882. Compositae III: et Inuloideae. Brazilian Archives of Biology and Technology 39: In: C.F.P. Martius &A.G Eichler (eds.). Flora Brasiliensis. 723-733. Monachii, Lipsiae v. 6, pars 3, pp. 1-134. D'Arcy, W.G 1975a. Astereae: Inuleae. In: W.G D'Arcy Baker, J.G. 1884. Compositae IV: Helianthoideae­ (ed.). Flora of Panama: Compositae Annals of the Mutisiaceae. In: C.F.P. Martius & A.G Eichler (eds.). Missouri Botanical Garden 62: 1033-1053. Flora Brasiliensis. Monachii, Lipsiae v. 6, pars 2, pp. D'Arcy, W.G. 1975b. Heliantheae: Helianthinae; 135-398. Coreopsidinae. In: w.G. D'Arcy, (ed.). Flora ofPanama: Ballard, RE. 1986. Bidenspi/osa complex. American Journal Compositae. Annals ofthe Missouri Botanical Garden ofBotany 73: 1461-1464. 62: 1101-1199. Barkley, T.M. 1975. Senecioneae. Flora of Panama: Farinaccio, M.A. & Assis, M.A. 1998. Florula Fanerogamica Compositae (W.G D'Arcy, ed.). Annals ofthe Missouri da Planicie Litoranea de Picinguaba, Ubatuba, SP: Botanical Garden 62: 1244-1272. Asclepiadaceae. Pesquisas. Botanica 48: 145-156. Barroso, G.M. 1950. Considerayoes sobre 0 genero Furlan, A., Monteiro, R, Cesar, O. & Timoni, J.L. 1990. Eupatorium. Arquivos do Jardim Botanico do Rio de Estudos floristicos das matas de restinga de Picinguaba, Janeiro 10: 1-116. SP. In: A.N. Ab'Saber, M. Cordeiro-Marinho, J.G. Barroso, G.M. 1957. Flora do Itatiaia - Compositae. Tundisi, T. Tundisi, L. Fornelis & Y. Schaeffer-Novelli Rodriguesia 32: 157-241. (eds.). Anais do 11 Simposio de Ecossistemas da Costa Barroso, GM. 1958. Mikaniae do Brasil. Arquivos do Jardim Sui e Sudeste Brasileira. ACIESP, Aguas de Lindoia 3: Botanico do Rio de Janeiro 16: 240-333. 220-227. Barroso, GM. 1959. Flora da cidade do Rio de Janeiro­ Garcia, F.CP. 1992. A familia Leguminosae na restinga Compositae. Rodriguesia 33, 34: 69-174. do Nucleo de Desenvolvimento Picinguaba, Parque Barroso, GM. 1976. Compositae - subtribo Baccharidiane Estadual da Serra do Mar, SP. Dissertayiio de Hoffmann. Estudo das especies ocorrentes no Brasil. Mestrado, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, Rodriguesia 40: 1-273. 164p. Barroso, GM., Peixoto, A.L., Costa, CG, Ichaso CL.F. & Hind, D.J.N. 1993. A checklist of Brazilian Senecioneae Guimaraes, E.F. 1986. Sistematica de Angiospermas (Compositae). Kew Bulletin 48: 279-295. do Brasil, v. 3. Imprensa Universitaria - UFV, Viyosa, Hind, D.J.N. 1995. Compositae. In: B.L. Stannard (ed.). Flora 326p. of the Pico da Almas, Chapada Diamantina, Bahia, Brazil. Bremer, K. 1994. Asteraceae: cladistics and classification. Royal Botanic Gardens, Kew, pp. 175-278. Timber Press, Oregon, 752 p. Holmes, W.C 1995. A review preparatory to an infrageneric Busey, P. 1975. Vernonieae - Elephantopodinae. In: w.G classification of Mikania (Eupatorieae). In: DJ.N. D'Arcy (ed.). Flora ofPanama: Compositae. Annals of Hind, C. Jeffrey & Gv. Pope, (eds.). Advances in the Missouri Botanical Garden 62: 873-888. Compositae systematics. Royal Botanic Gardens, Kew, Cabrera, A.L. 1974. Flora I1ustrada Entre Rios (Argentina). pp.239-254. Coleccion Cientifica del INTA, Buenos Aires. 6: Holmgren, P.K, Holmgren, N.H. & Barnet, L.c. 1990. Index 106-554. Herbariorum. Part. 1. The Herbaria ofthe World. 8 ed., Cabrera, A.L. & Klein, R.M. 1973. Compostas - Tribo New York Botanical Garden, New York, 693 p. Mutisieae. In: P.R. Reitz (ed.). Flora Ilustrada Johnson, M.F. 1971. A monograph ofthe genus Ageratum Catarinense. Herbario Barbosa Rodrigues, Itajai, L. (Compositae-Eupatorieae). Annals of the Missouri pp.l-124. Botanical Garden 58: 6-88. 78 Hoehnea 33{ I), 2006

King, R.M. & Robinson, H. 1987. The genera of the Ribeiro, J.E.L.S. 1992. Floristica e padroes de distribuiyao Eupatorieae (Asteraceae). Monographs in Systematic da familia Orchidaceae na planicie litoranea do Nucleo Botany 22: 1-581. de Desenvolvimento Picinguaba, municipio de Ubatuba, Kirkman, L.K. 1981. Taxonomyc revision ofCentratherum Parque Estadual da Serra do Mar, SP. DissertayaO de and Phyllocephalum (Compositae: Vernonieae). Mestrado, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, Rhodora 83: 1-24. 200p. Leitao Filho, H.F. 1972. Contribuiyao ao conhecimento Robinson, H. 1999. Generic and subtribal classification of taxonomico da tribo Vemonieae no Estado de Sao Paulo. American Vemonieae. Smithsonian Contributions to Dissertayao de Doutorado, Universidade de Sao Paulo, Botany 89: 1-116. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Romero, R. 1993. Floristica da familia Melastomataceae na Piracicaba, 217 p. planicie litoranea de Picinguaba, municipio de Ubatuba, Moraes, M.D. & Monteiro, R. 2000. Listagem e aspectos Parque Estadual da Serra do Mar, SP. Dissertayao de ecol6gicos das especies de Asteraceae na Planicie Mestrado, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, Litoranea de Picinguaba, Ubatuba, Sao Paulo. Naturalia 178p. 25: 159-170. Smith, GL. 1984. Revision of Piptocarpha R.Br. PhD. Nimer, E. 1977. Clima. In lBGE, Geografia do Brasil, v. III. Thesis, University ofGeorgia, Athens, 154 p. Regiao Sudeste.lBGE, Rio de Janeiro, pp.51-89. Solbrig, O.T. 1962. The South American species of Prance, G T. & Campbell, D.G 1988. The present state of Erigeron. Contributions of the Gray Herbarium of tropical floristics. Taxon 37: 519-548. Harvard University 191: 3-79. Raven, P.H. 1988. Tropical floristics tomorrow. Taxon 37: Weberling, F. 1992. Morphology of flowers and 549-560. inflorescences. University Press, Cambridge, 391 p.