Fungos Gasteroides (Basidiomycota) Na Área De Preservação Ambiental Piquiri-Una E No Parque Estadual Mata Da Pipa, Rio Grande Do Norte, Brasil
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE BIOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SISTEMÁTICA E EVOLUÇÃO FUNGOS GASTEROIDES (BASIDIOMYCOTA) NA ÁREA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL PIQUIRI-UNA E NO PARQUE ESTADUAL MATA DA PIPA, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL ALEXANDRO DE ANDRADE DE LIMA ________________________________________________ Dissertação de Mestrado Natal/RN, março de 2018 ALEXANDRO DE ANDRADE DE LIMA FUNGOS GASTEROIDES (BASIDIOMYCOTA) NA ÁREA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL PIQUIRI-UNA E NO PARQUE ESTADUAL MATA DA PIPA, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Sistemática e Evolução da Universidade Federal do Rio grande do Norte – UFRN, em cumprimento às exigências para obtenção do título de Mestre em Sistemática e Evolução. Orientador: Prof. Dr. Iuri Goulart Baseia NATAL/RN 2018 Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Leopoldo Nelson - •Centro de Biociências - CB Lima, Alexandro de Andrade de. Fungos Gasteroides (Basidiomycota) na Área de Proteção Ambiental Piquiri-Una e no Parque Estadual Mata da Pipa, Rio Grande do Norte, Brasil / Alexandro de Andrade de Lima. - Natal/RN, 2018. 132 f.: il. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Biociências. Programa de Pós Graduação em Sistemática e Evolução. Orientador: Prof. Dr. Iuri Goulart Baseia. 1. Gasteromycetes - Dissertação. 2. Diversidade - Dissertação. 3. Neotrópicos - Dissertação. 4. Nordeste - Dissertação. 5. Taxonomia - Dissertação. I. Baseia, Iuri Goulart. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título. RN/UF/BSE-CB CDU 582.28 Elaborado por KATIA REJANE DA SILVA - CRB-15/351 ALEXANDRO DE ANDRADE DE LIMA FUNGOS GASTEROIDES (BASIDIOMYCOTA) NA ÁREA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL PIQUIRI-UNA E NO PARQUE ESTADUAL MATA DA PIPA, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL Dissertação apresentada ao Programa de Pós- graduação em Sistemática e Evolução da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Sistemática e Evolução. Área de concentração: Sistemática e Evolução. Aprovada em 08/03/2018. BANCA EXAMINADORA: __________________________________________________________________ Dr. Iuri Goulart Baseia Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Orientador) __________________________________________________________________ Dr. Paulo Sérgio Marinho Lúcio Universidade Federal do Rio Grande do Norte __________________________________________________________________ Dr. Rhudson Henrique Santos Ferreira da Cruz Universidade Federal do Rio Grande do Norte Aos meus pais, Heleno e Edleusa, aos meus irmãos, Erinaldo, Andreia, Andreza e Adriano, aos meus sobrinhos, Mel, César Miguel, Eloah e Dan, aos meus avós, José, Maria e Nazaré (in memorian), e a minha tia (segunda mãe), Edicleide, meus inestimáveis alicerces. Agradeço e dedico. AGRADECIMENTOS Inicialmente, agradeço ao Professor Dr. Iuri Goulart Baseia, por ter me concedido a oportunidade de trabalhar com o que gosto. Grato pela orientação, paciência em todos os momentos, principalmente nos mais difíceis, pelos conselhos, palavras de incentivo, ensinamentos, além da credibilidade e suporte para que conseguisse meus objetivos. À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoa de Nível Superior (CAPES) pela concessão da bolsa de mestrado e ao Programa de Pós-Graduação pelos auxílios financeiros, imprescindíveis ao desenvolvimento desse estudo. Ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA), pela autorização para a realização de coletas nas Unidades de Conservação. Aos Doutores Bruno Tomio Goto, Bruno Cavalcante Bellini, Paulo Sérgio Marinho Lúcio, Rhudson Henrique Santos Ferreira da Cruz e Tiara Sousa Cabral por aceitarem o convite para participar das minhas bancas examinadoras, assim também pelas críticas e sugestões valiosas que vieram a enriquecer ainda mais esse estudo. Aos meus colegas do Laboratório de Biologia de Fungos: Thiago Accioly, pelos ensinamentos nas análises moleculares, Ana Clarissa Rodrigues, Bianca Silva, Donis Alfredo, Freitas Neto, Gleyce Medeiros, Jefferson Góis, Julieth Sousa, Miguel Dorcino, Nathália Mendonça, Rafaela Gurgel e Rhudson Cruz, que sempre se mostraram disponíveis quanto à resolução de dúvidas ou identificação do material, além de proporcionar vários momentos de descontração. Um agradecimento especial a Gislaine Melanda, amiga de turma, com quem dividi minhas dúvidas e aflições enquanto pós-graduando, e a Renato Ferreira que sempre me apoiou e me motivou a seguir em frente (não é à toa que ele é “O homem que Deus guarda”). Agradeço também a Renan Lima pela confiabilidade e a Ana Paula Brito por auxiliar no tombo do material. À Anileide Leite por ter me apresentado os fungos gasteroides, sendo a primeira propulsora desta caminhada. Agradeço imensamente aos meus pais Heleno e Edleusa, por sempre me motivarem na busca dos meus objetivos, e sempre me apoiarem, seja como companhia nas coletas, ou no empréstimo do carro, mesmo que tenha custado uma lataria amassada (desculpas pai! Não foi de propósito), além de suportarem o odor fétido dos Phallales dentro de casa. Às minhas irmãs Andreia e Andreza pelo apoio e carinho. Aos irmãos Erinaldo e Adriano por me darem suporte sempre quando necessário. À minha vó Maria Alves por sempre está assistindo os noticiários e me deixar informado quanto aos perigos que os biólogos correm nas florestas. Aos meus sobrinhos Mel, César Miguel, Eloah e Dan por me proporciar momentos de alegria em meio a tantas adversidades. Agradeço também a Edicleide e Geraldo por embarcarem juntos comigo nesta jornada. Quero agradecer ao meu primo Diogo Oliveira e a Juliano Almeida pela companhia nas coletas. À Ana Paula Costa, Nielson Félix e Ricardo Pontes pelas caronas. Aos amigos, Abraão Rodrigues, Bruno Santos, Josenildo Lisboa, Lucian Barros, Natan Barbosa, Rafael Pontes e Thiago Rodrigues pelas palavras motivadoras. Às amigas de graduação, Kele Patrícia, Ketânia Fernandes, Janny Kelly Campelo, Natália Rodrigues, Márcia Tavares e Emanuella Tavares, assim também aos amigos de pós- graduação, embora que em caminhos distintos, compartilhamos vários momentos, sejam eles maus ou bons, mas que foram fundamentais na construção do que somos hoje. Um agradecimento especial à Gabriela Dionizio, por me auxiliar na “contabilidade” das espécies e tentar buscar achar um ponto de equilíbrio nessa loucura denominada de “vida de pós-graduando”, além de me ajudar na leitura e correção do texto. Por fim agradeço a todos familiares pela compreensão da minha ausência, mas que sempre apoiaram, e aos que não citei, mas que contribuíram direta ou indiretamente para essa conquista. Gratidão! “Todo grande progresso da ciência resultou de uma nova audácia da imaginação”. (John Dewey) RESUMO Os fungos gasteroides compreendem um grupo de organismos com grande diversidade morfológica, representados por várias linhagens distintas de basidiomicetos que, apesar de não compartilharem a mesma ancestralidade, possuem características em comum como o desenvolvimento angiocárpico dos basidiomas e dispersão passiva dos basidiosporos. Além de terem influência na ecologia dos mais variados ecossistemas, sua importância também tem sido demonstrada em diversas áreas como biotecnologia, medicina, silvicultura e gastronomia. Os fragmentos de Mata Atlântica, foco desta pesquisa, abrigam importante riqueza e diversidade de fungos gasteroides. No entanto, esses locais sofrem ação antrópica cada vez mais presente e se encontram em risco de destruição. Durante os últimos anos, os esforços dos micologistas brasileiros têm contribuído para a ampliação do conhecimento sobre fungos gasteroides no país sobretudo, através da descoberta de espécies novas. O Rio Grande do Norte possui áreas de extrema importância biológica com grande riqueza de espécies, porém os estudos já realizados concentram-se em poucas áreas. Desta forma, este estudo teve como objetivo determinar a diversidade de fungos gasteroides em dois remanescentes ainda inexplorados de Mata Atlântica do estado do Rio Grande do Norte e, com isso, suprir lacunas do conhecimento taxonômico sobre a riqueza de espécies desses organismos dessa região. Para isso, foram realizadas catorze excursões de campo no período de maio a setembro de 2016 e março a julho de 2017. A herborização e análise dos espécimes seguiu a metodologia tradicionalmente adotada em estudos de fungos gasteroides. A identificação dos espécimes foi realizada com base na literatura especializada. Adicionalmente foi realizada microscopia eletrônica de varredura (MEV) de espécies potencialmente novas ou crípticas. Foram identificadas 20 espécies distribuídas em 7 gêneros [Abrachium (1 sp.), Clathrus (1 sp.), Cyathus (3 spp.), Geastrum (12 spp.), Phallus (1 sp.), Scleroderma (1 sp.) e Tulostoma (1 sp.)]. Destas, quatro são espécies novas para a ciência, 5 constituem novos registros para o Brasil e 7 para o Rio Grande do Norte. Com estes resultados, houve um aumento de cerca de 14,6% na lista de fungos gasteroides para o estado do Rio Grande do Norte, 4,1% para o Nordeste, 1,5% para o Brasil e 2,2% para a Mata Atlântica. A Área de Proteção Ambiental Piquiri-Una e o Parque Estadual Mata da Pipa, mostraram-se propícios ao desenvolvimento de fungos gasteroides, inclusive a descoberta de espécies novas. Portanto, inventários em áreas de Mata Atlântica ainda são extremamente essenciais e urgentes principalmente