Capítulo II – Caracterização da Unidade

CAMPUS CARAGUATATUBA

O c ampus Caraguatatuba é uma unidade educacional ligada ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de , autorizada pela Portaria nº. 1714 de 20 de outubro de 2006. É uma instituição capaz de sistematizar e produzir conhecimentos que respondam às exigências de seu entorno, desafiadas pela função antecipada de preparar recursos humanos qualificados e competentes para intervirem no desenvolvimento social e econômico e no mercado de trabalho de nossa região. Constitui-se num centro regional de estudos, agregando as cidades do litoral norte: Caraguatatuba, , São Sebastião e . Está localizado na Avenida Rio Grande do Norte, nº 450, no bairro Indaiá, na cidade de Caraguatatuba, litoral Norte do Estado de São Paulo

A unidade descentralizada do CEFET-SP ocupou as instalações do CEPROLIN - Centro Profissionalizante do Litoral Norte, financiada pelo PROEP - Programa de Expansão da Educação Profissional, cuja administração era realizada pela FUNDACC - Fundação Educacional e Cultural de Caraguatatuba. Com atividades desde o ano de 2007, a unidade (UNED) fez parte do primeiro plano de expansão da Rede Federal. Inicialmente foram oferecidos os seguintes cursos: Técnico em Programação e Desenvolvimento de Sistemas e Técnico em Gestão Empresarial. Em fevereiro de 2008, iniciou-se o Curso Técnico de Construção Civil com habilitação em Planejamento e Projetos.

Por intermédio da Lei 11.892 de 29 de dezembro de 2008, instituiu-se a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica da qual fazem parte os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia.

No ano de 2009, já como IFSP – câmpus Caraguatatuba, além dos cursos já citados, o Curso Técnico em Administração passou a ser oferecido na modalidade EaD por intermédio da Rede e-Tec Brasil em cinco Polos nos municípios de , , , e Itapeví. Em 2010, o câmpus ofereceu os cursos Técnico em Edificações (área de Construção Civil), Técnico em Administração e Técnico em Comércio (área de Gestão Empresarial), além dos cursos Técnico em Informática e Técnico em Informática para Internet (área de Informática). No ano de 2011 foram ofertados os primeiros cursos superiores do campus, a saber, Licenciatura em Matemática, Tecnologia em Processos Gerenciais e Tecnologia em Análise de Desenvolvimento de Sistemas e foram mantidos os mesmos cursos técnicos do ano anterior. No ano de 2012, por força de um termo de cooperação entre o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - IFSP e a Secretaria de Estado de Educação – SEE-SP para o desenvolvimento de cursos técnicos integrados, o câmpus recebeu duas turmas de alunos matriculados no primeiro ano do ensino médio na EE Thomaz Ribeiro de Lima para ingresso nos cursos Técnicos em Comércio e Informática para Internet. No ano de 2013, apenas os cursos Técnico integrado em Informática para internet e Técnico em Administração não ofereceram novas vagas. Houve continuidade na oferta dos demais cursos. Atualmente estão em andamento os seguintes cursos técnicos em Administração, Comércio, Edificações, Informática para Internet, Aquicultura, na modalidade ensino à distância - EaD, além dos cursos superiores de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Licenciatura em Matemática e Tecnologia em Processos Gerenciais. No curso Técnico de Administração na modalidade EaD estão em funcionamento 18 pólos nos municípios de Araraquara, , Barretos, Boituva, Capivari, Diadema, Franca, Guaíra, Guaratinguetá, , , Itapeví, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Serrana, e Tarumã, todos pela Rede ETEC-Brasil.

O Curso Técnico em Meio Ambiente está aprovado pelo Conselho Superior do IFSP, com previsão de início no primeiro semestre de 2015. Além deste, encontra-se em fase de ajustes para apresentação no Conselho superior, após recomendações do Conselho Técnico Profissional - CTP o Curso de Bacharelado em Engenharia Civil.

* Extensão e Pesquisa

O câmpus Caraguatatuba encontra-se em fase de expansão e atualmente está instalado numa área de 5.197,11m², sendo 3.515m² de área construída. Possui 12 laboratórios, sendo 6 de Informática, 1 de Edificações, 1 de Projetos, 1 de Gestão, 1 de Sistemas Digitais Programáveis, 1 de Processamento Vegetal e Cozinha Industrial e 1 de Matemática. Possui, também, 6 salas de aulas teóricas e 1 sala de desenho, além dos espaços da administração, secretaria escolar, biblioteca, atendimento a estudantes, auditório e pátio. O corpo de servidores é composto por 60 professores concursados e 43 técnicos administrativos, sendo 16 especialistas, 27 mestres e 13 doutores no corpo docente e 19 especialistas e 02 mestres no corpo administrativo.

Quanto ao número de alunos matriculados, o Campus Caraguatatuba possui atualmente 1.592 estudantes, sendo 461 nos vários cursos técnicos presenciais, 290 nos cursos superiores e 841 no curso técnico em Administração, na modalidade EaD – Rede e-Tec Brasil. Histórico da Cidade

A história de Caraguatatuba se mistura com a do Brasil. Ocupada pelos índios Gueromimis, do grupo Tapuia. A região de Caraguatatuba, em carta geográfica do século XVII, era conhecida como “Enseada dos Guaromomins”. Os primeiros sinais de povoamento, no período colonial surgiram após 1534, quando o rei Dom João III de Portugal, com o objetivo de facilitar a administração e acelerar a colonização das terras brasileiras, dividiu o Brasil em Capitanias Hereditárias e as entregou a nobres, militares e navegadores ligados à Corte. Foi criada então a Capitania de Santo Amaro, que se estendia da foz do Rio Juqueriquerê, em Caraguatatuba, até o município de Bertioga. No entanto, a origem do povoado remonta aos anos de 1653 e 1654, época em que o Império de Portugal criou um instituto jurídico chamado Sesmarias para a distribuição de terras a particulares para a produção de alimentos. Então, em meados de 1664 surgiram sinais de povoamento, com a construção dos primeiros prédios. Durante a sua história Caraguatatuba foi afligida por diversos surtos, entre eles o mais mortífero ocorreu em 1693, quando a varíola dizimou boa parte da população, na época os sobreviventes fugiram para as vilas próximas, Ubatuba e São Sebastião. A doença fez o crescimento retornar à estaca zero, o que atrasou o desenvolvimento do povoado em alguns anos. Em 1770, o Governador da Capitania de São Paulo determinou ao comandante do destacamento da Vila de São Sebastião que, na paragem chamada Caraguatatuba, fossem juntados os moradores e se procedesse o arruamento, a construção de edifícios públicos necessários para seu desenvolvimento. Dessa forma, o povoado foi elevado à condição de Vila de Santo Antônio de Caraguatatuba em 27 de setembro de 1770. Nestes idos o povoado desenvolveu-se por meio do comércio dos produtos do litoral com a região das minas e o Porto do . Por isso, o Édito de Lorena, que proibia o comércio dos produtos das vilas do Litoral Norte com o Porto do Rio de Janeiro, causou-lhe grande estagnação. Com a abertura dos portos brasileiros em 1808 e o fim desse Édito, a Vila de Caraguatatuba voltou a crescer. Também contribuiu para seu desenvolvimento o fato de ser passagem obrigatória no escoamento do café do Vale do Par