PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICÍPIO DE

INTRODUÇÃO O presente trabalho constitui a revisão do Plano Municipal de Saneamento do Município de Caiana, elaborado em 2008, abrangendo a sede municipal e a população rural dispersa, em especial a Comunidade de Dores de Minas. Foi elaborado, a partir de estudos realizados pela Prefeitura Municipal de Caiana, com parceria da equipe técnica da Companhia de Saneamento de (COPASA) com base em estudos fornecidos, procurando-se definir critérios para a implementação de políticas públicas que promovam a universalização do atendimento e a eficácia das intervenções propostas. Prevê-se a implantação de instrumentos norteadores de planejamento relativos a ações que envolvam a racionalização dos sistemas existentes, obtendo-se o maior benefício ao menor custo. Com isso, espera-se aumentar os índices de satisfação da população e contribuir para a redução das desigualdades sociais existentes na região. Na priorização das ações foram consideradas a otimização na aplicação dos recursos e a necessidade de responder ao desafio de oferecer um serviço público de qualidade. Os serviços serão prestados por delegação e as condições serão observadas no contrato de programa, em particular a definição de critérios de qualidade e o estabelecimento de metas de atendimento. A regulação e fiscalização dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário prestados no município será realizada pela Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais – ARSAE/MG. A fixação dos direitos e deveres dos usuários, observadas a legislação nacional, em particular o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990) e o Decreto nº 5.440/2005 serão objetos do Contrato de Programa a ser firmado com a prestadora de serviços.

2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO

2.1 ASPECTOS HISTÓRICOS

Em meados de 1819, surge o povoado que deu origem ao município de São Paulo do Muriaé, hoje denominado Muriaé. Ao ser dividido, Muriaé deu origem a vários outros, entre eles: , Ubá, , e . Em 1856, o coronel português, Manuel Francisco Pinheiro adquire de um “puri” – indígena habitante da região - uma gleba de 60 alqueires onde hoje está instalada a fazenda Bom Jardim. Ao fixar residência nessa localidade, traz consigo sementes de café e milho, que se tornaram culturas típicas da região. Acredita-se que, por volta do ano de 1878, começou a formação do arraial de São João do Rio Preto. A origem do povoado, segundo a tradição oral, se deu com a vinda de imigrantes, sobretudo os portugueses, que adquiriam terras e formavam fazendas e passaram a cultivar a cana caiana e o café. Os engenhos de cana-de-açúcar eram movidos a água. Nestas fazendas havia também a produção açúcar mascavo, melado e rapadura, fabricada em tachos produzidos na fazenda. A moenda de milho para o fabrico de fubá e canjica era feita com a utilização de energia eólica, obtida através de moinhos de vento. Com o ciclo do café, a partir da segunda metade do século XIX, vieram as máquinas para fazer a limpeza deste grão. Com a formação do povoado, essencialmente de origem européia, especialmente ibérica e, portanto, católica, em 1858 idealizou-se a criação de um fundo para a construção de uma Igreja, que seria instalada em uma porção de terra pertencente Esméria Toledo, moradora da região, que seria doada a São João Batista. A partir da década de 1860 é possível notar um relativo desenvolvimento do povoado, a partir da construção da primeira igreja católica. O desbravamento seguia normal até que, em 1908, os trilhos da Leopoldina Railway atingiram a povoação, fazendo crescer o núcleo. A partir de 1920, a extração de mica, feldspato e caulim, deram grande reforço à economia local, aliada à agricultura e pecuária. Estas riquezas serviam para atrair e fixar ao lugar novos e inúmeros moradores, provocando desenvolvimento ao povoado de São João do Rio Preto Em 1925 o povoado foi elevado a condição de distrito de São João do Rio Preto, em 1938 foi desmembrado de Carangola, passando a pertencer a Espera Feliz, recebendo o nome de Caiana. Foi emancipado em 1962.

2.2 FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA

Distrito criado com a denominação de São João do Rio Preto, pela lei estadual n 843, de 07-09-1923, desmembrados dos antigos distritos de São Sebastião da Barra, atual Espera Feliz e São Mateus, atual Faria Lemos, subordinado ao município de Carangola. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de São João do Rio Preto figura no município de Carangola. Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937. Pelo decreto lei estadual n 148, de 17-12-1938, o distrito de São João do Rio Preto passou a denominar-se Caiana. Sob o mesmo decreto o distrito de São João do Rio Preto deixa de pertencer ao município de Carangola para ser anexado ao município de Esperança Feliz. No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o distrito de Caiana ex-São João do Rio Preto figura no município de Espera Feliz. Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o distrito permanece no município de Espera Feliz. Assim permanecendo em divisão territorial datada de I-VII- 1960. Elevado à categoria de município com a denominação de Caiana, pela lei estadual n 2764, de 30-12-1962, desmembrado de Espera Feliz. Sede no antigo distrito de Caiana. Constituído do distrito sede. Instalado em, 01-03-1963. Em divisão territorial datada de 31-VII-1963, o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

2.3 ASPETOS GERAIS 2.3.1 LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO O município de Caiana é situado na Mesorregião da Zona da Mata e na Microrregião de Muriaé.

2.3.2 PRINCIPAIS ROTAS DE ACESSO E DISTÂNCIAS

A sede dista por rodovia 355 km da capital , pelas Rodovias BR 381 e 262.

2.3.3 BACIA HIDROGRÁFICA

Caiana está inserida na Bacia Hidrográfica do Rio Itabapoana, sendo os principais rios que abastecem o munícipio os Rios São João e Caparaó.

2.3.2 CLIMA

Possui temperatura média de 19,6ºC. O Clima é considerado tropical.

2.3.3 ÁREA, TERRITÓRIO, POPULAÇÃO E DENSIDADE DEMOGRÁFICA DO MUNICÍPIO

O município apresenta uma área de 106,513 km². De acordo com IBGE (2010) a população do município é de 4.968 habitantes, sendo distribuída em 1.851 habitantes na zona urbana e 2.616 habitantes na zona rural Possui densidade demográfica (hab./km²) de 46,64 habitantes/km2. Possui como municípios limítrofes Espera Feliz, Carangola, Faria Lemos, Dores do Rio Preto e Porciúncula

2.3.4 ESTATÍSTICAS VITAIS E DE SAÚDE

ESTATÍSTICAS VITAIS E DE SAÚDE ANO Caiana ESTADO

Proporção de óbitos com causa básica definida 2016 89,47% 86,7%

Taxa de fecundidade geral 20xx (Por mil mulheres entre 15 e 49 anos) 2010 2,2% 1,67%

Taxa de mortalidade infantil 20xx (Por mil nascidos vivos) 2010 17,9% 14,08%

Internações por diarréia a cada mil habitantes 2010 1,1 1,7

Mortalidade infantil % 2010 14,08 13,08%

Proporção de gravides adolescentes % 2016 17,19% 19,3% 2.3.5 CONDIÇÕES DE VIDA

CONDIÇÕES DE VIDA Ano Caiana Espera Feliz Carangola ESTADO

Índice De Desenvolvimento Humano Municipal - IDHM 2010 0,633 0,663 0,695 0,731

Renda Per Capita (Salários Mínimos) 2010 406,20 496,00 618,20 881,53

Domicílios Com Renda Per Capita Até 1/2 Do Salário Mínimo 2010 0,631 0,663 0,699 0,40

2.3.6 HABITAÇÃO E INFRA-ESTRUTURAS URBANA

A HABITAÇÃO E A INFRA ESTRUTURA URBANA %

Coleta de Lixo - Nível de Atendimento 62,2

Esgoto Sanitário Tratado ** 57,1

Lixo Domiciliar/Comercial (Coletado por serviço de limpeza) 62,2

ÁGUA %

Atendimento do município 65,1

Atendimento da zona urbana 65,1

Cobertura do município 65,1

ESGOTAMENTO SANITÁRIO %

Atendimento do município 57,1

Atendimento da zona urbana 57,1

Cobertura do município 57,1

Cobertura da zona urbana 57,1

2.3.7 EMPREGO E RENDIMENTOS

EMPREGO E RENDIMENTOS ANO MUNICÍPIO ESTADO

Salário médio mensal (salários mínimos) 2014 1,6 1,2

Relação da população ocupadas em relação a população total % 2014 10,0 13,0

2.3.8 INDICADORES ECONÔMICOS

O município possui Produto interno Bruto per capita (PIB per capita) R$ 6 494,71 As principais atividades econômicas são a agricultura, em especial o plantio de café e a criação de gado. 2.3.9 INDICADORES DE SAÚDE

Os indicadores de saúde apontam que Caiana e uma cidade com um índices relativamente na média de todo estado de Minas Gerais, e que ainda sim precisam ser melhorados principalmente na questão da mortalidade infantil.

As estatísticas vitais e de saúde apontam para um trabalho de melhoramento desses índices já que estão abaixo da média do estado, atentando assim para uma melhoria na estruturação da redes de atendimento à população.

População Residente, Nascidos Vivos, Óbitos Infantis e Taxa de Mortalidade INDICADORES DE SAÚDE

Taxa de Mortalidade Direções Regionais de Saúde e População Óbitos Infantis Óbitos Nascidos Vivos Infantil (por mil Residente menores que um ano nascidos vivos) Município

CAIANA 4968 82,1 0 17,9

2.3.10 TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL: POR MIL NASCIDOS VIVOS

Possui taxa de mortalidade infantil de 17,9 por mil nascidos vivos.

2.4. ORDENAMENTO TERRITORIAL

O Município de Caiana possui topografia plana, ondulada e montanhosa. O relevo é acidentado, caracterizado pelo predomínio de colinas e vales estreitos e algumas serras. Possui altitude máxima de 750 metros demarcado na Serra do Caparaó e a altitude do ponto central da cidade é de 750 metros.

O município destaca-se pelo relevo acidentado, algumas vezes íngreme, e a presença de cursos d’água e nascentes, constituindo, segundo o Código (Lei Federal nº. 4.771/1965), número significativo de propriedade com área de preservação permanente (APP). No município existe grande número de áreas de preservação permanente com ocupação antrópica consolidada, sendo predominantemente observado o uso de mata ciliar e topos de morro.

Segundo Deliberação Normativa COPAM nº. 76, de 25 de outubro de 2004, que dispõe sobre a interferência em áreas consideradas de Preservação Permanente (APP) e dá outras providências, conceitua-se este tipo de uso e qualquer intervenção em APP, efetivamente consolidada, em data anterior à publicação da Lei Estadual n.º 14.309, de 19 de junho de 2002, devendo-se entender ainda, por efetivamente consolidado, o empreendimento totalmente concluído, ou seja, aquele que não venha necessitar de nova intervenção ou expansão na APP.

3. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO

3.1 SANEAMENTO

3.1.2 ABASTECIMENTO DE ÁGUA

3.1.2.1 SEDE

O município possui índice de atendimento de 95 % em relação ao abastecimento de água.

No que diz respeito ao abastecimento de água, a sede do município conta com sistema público operado pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA), em regime contínuo. Todos os bairros urbanos são atendidos pelo sistema público de abastecimento. A captação é superficial através tomada direta no ribeirão Camilão, possuindo 01 elevatória de água bruta com vazão de 12 l/s, recalque direto para ETA, com unidades ao tempo, sem abrigo; adutora de água bruta: 450 m; tratamento com ETA convencional em concreto armado, capacidade para tratamento de 14,0 l/s e casa de química padrão; reservação com de 02 reservatórios, com capacidade total de 310 m³; adutora de água tratada com 300 m; elevatória de água tratada com booster e rede de distribuição: com extensão total de 7.577m

3.1.2.2 COMUNIDADE DE DORES DE MINAS A comunidade de Dores de Minas possui uma população 720 habitantes, distante 16 km da sede, sendo o índice de atendimento de aproximadamente 95 % em relação ao abastecimento de água. A principal atividade econômica é a cafeicultura. No que diz respeito ao abastecimento de água, o Distrito conta com sistema de abastecimento de água operado pela Prefeitura de Caiana, em regime contínuo, com captação profunda, através de poço artesiano, situado na área da Escola Municipal, com 840 m de rede de abastecimento, tratamento executado através de clorador de pastilha tipo kit cloro (tratamento básico). Possui reservação em 01 reservatórios, com capacidade total de 15 m³, Possui cerca de 144 ligações prediais.

3.1.2.3 ESGOTAMENTO SANITÁRIO 3.1.2.4 SEDE

Quanto à coleta de esgotos, a sede municipal conta com sistema público operado pela Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Obras com índice de atendimento de 80%. As redes coletoras são, em sua maioria, constituídas de tubos de pvc e manilhas cerâmicas e não existem poços luminares. O esgoto é lançado, sem qualquer tipo de tratamento nos pequenos cursos d’água que correm nos fundos de vale de todo perímetro urbano e nos Córregos Camilão e Funil, até o Rio São João. Todos os bairros são atendidos. A Secretaria de Obras da Prefeitura Municipal de Caiana não possui mapas com a localização de todo o sistema, o que existe são projetos específicos de diversos bairros. As redes foram implantadas sem obediência às normas e especificações técnicas adequadas. A disposição exata das redes, que não possuem projeto é conhecida apenas por alguns funcionários da Prefeitura, que participaram das implantações das mesmas. A rede coletora utiliza o sistema separador absoluto, porém, há alguns pontos onde a tubulação de coleta de esgoto é ligada diretamente na rede de drenagem de águas pluviais e muitas residências coletam águas pluviais e lançam diretamente dentro da rede de esgoto, provocando diversos rompimentos por sobrecarga do sistema. Em alguns pontos a rede passa sob a ferrovia que corta a cidade. Baseando-se nos mapas da cidade nos projetos parciais existentes na Prefeitura Municipal, e na extensão da rede de abastecimento de água, estima-se uma rede coletora com cerca de 7.577 m. O sistema não dispõe de interceptores de esgoto e não há tratamento. Tanto na sede municipal e quanto nos distritos, as principais deficiências são:

 Falta de cadastro de rede:  Inexistência de normatização na implantação de redes;  Deficiência de Poços de visita:  Ligações de esgoto à rede pluvial;  Lançamento de água pluvial residencial à rede de esgoto;  Inexistência de Interceptores;  Inexistência de sistema de tratamento.

3.1.2.5 COMUNIDADE DE DORES DE MINAS

Quanto à coleta de esgotos, a Comunidade Dores de Minas conta com sistema público operado pela Prefeitura Municipal de Caiana, sendo o índice de atendimento de 80% em relação à coleta de esgotos. As redes coletoras são constituídas de tubo de cerâmica, com 100 e 150 mm de diâmetro. O sistema de esgotamento sanitário é constituído basicamente de redes coletoras de esgotos que lançam diretamente nos cursos d’água do Distrito, sendo o principal o Rio Preto. O Departamento de Engenharia da Prefeitura Municipal de Caiana não possui mapas com a localização, os materiais e os diâmetros das redes de esgotamento sanitário existentes. As redes foram implantadas sem obediência às normas e especificações técnicas adequadas. A disposição exata das redes é conhecida apenas pelos funcionários locais. A rede coletora utiliza o sistema separador absoluto, porém, há alguns pontos onde a tubulação de coleta de esgoto é ligada diretamente na rede de drenagem de águas pluviais e muitas residências coletam águas pluviais e lançam diretamente dentro da rede de esgoto. Na localidade o esgoto também é lançado no Rio Preto.

3.1.3 DRENAGEM PLUVIAL

3.1.3.2 SEDE

As águas decorrentes da chuva (coletadas nas vias públicas por meio de bocas-de-lobo e descarregadas em condutos subterrâneos) assim como esgoto coletado (in natura) no município de Caiana são lançados em cursos d’água naturais que compõem a Bacia Hidrográfica do Rio São João, bacia componente da Bacia Hidrográfica do Rio Itabapoana. O município conta com a malha viária feita, em maior parte de calçamento (paralelepípedos) possibilitando certa permeabilidade, que somada as águas esparramadas sobre os terrenos infiltram no subsolo. A água no município é escoada por gravidade não necessitando de artifícios maiores. O caminho percorrido pela água da chuva na sede na maioria dos casos é topograficamente definido, determinado pelo traçado das ruas.

O escoamento superficial sofre alterações em decorrência do processo de urbanização, derivada principalmente da impermeabilização da superfície (aumento da densidade das construções), produzindo o extravasamento de cursos de água, trazendo consigo a veiculação de doenças.

O desmatamento e, conseqüentemente, erosão do solo que, no nosso município apresenta-se na zona urbana na forma de ocupação desordenada de topos de morro e margens de rio e na zona rural ampliação de pastagens, resulta em agravos como assoreamento canais e galerias, diminuindo suas capacidades de condução do excesso de água.

A elevação dos picos das cheias em Caiana pode ser atrelada tanto a intensificação do volume do escoamento superficial direto (impermeabilização), como a diminuição dos tempos de concentração e de recessão, atrelada pelo aumento da velocidade de escoamento devido à alteração do sistema de drenagem existente, exigida pelo aumento da densidade de construções. As alterações climáticas também podem ser apontadas como contribuinte do colapso dos sistemas de drenagem urbana. A microdrenagem (drenagem secundária) sobrecarregada pelo aumento da vazão, fazendo com que ocorram impactos maiores na macrodrenagem.

O comportamento indisciplinado dos cidadãos, como a disposição inadequada de lixo, acaba por entupir galerias e deteriorar ainda mais a qualidade da água. O crescimento de uma cidade exige que a capacidade dos condutos seja ampliada com rigor de critérios técnicos. Cabe aqui também ressaltar que o saneamento ambiental, que incorpora a drenagem pluvial, é um tema importante no município. O desenvolvimento de sistema separador absoluto, que pretende eliminar as ligações clandestinas de águas pluviais nas redes coletoras de esgotos visará a minimização dos impactos causados. Neste sistema a drenagem pluvial e a redes de esgoto serão projetadas como equipamentos distintos, sendo a rede de esgoto atrelada a coleta e transporte dos dejetos até a estação de tratamento que posteriormente serão encaminhadas aos cursos d’água, enquanto o equipamento de drenagem pluvial encaminhará as águas (chuva) para o afluente mais próximo. Este método busca atender uma antiga reivindicação da população para eliminação do mau cheiro oriundo das bocas de lobo e alagamentos nas principais vias de acesso no período chuvoso.

3.1.4 LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

3.1.4.2 SEDE

O serviço de limpeza urbana em Caiana apresenta índice de atendimento de 98% da área urbana e é administrado pela prefeitura. A coleta dos resíduos fica a cargo da Secretaria Municipal de Obras enquanto a administração do depósito municipal de resíduos sólidos é feita pela Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente. Atualmente são produzidas 1,2 toneladas diárias de resíduos sólidos domésticos totalizando, para uma população de 1851 habitantes (IBGE, 2010), aproximadamente 600 gramas de resíduo por habitante. A varrição da sede do município é feita pela Secretaria Municipal de Obras.

Ciente da importância da adequação ambiental e normatizações vigentes a Prefeitura Municipal de Caiana, tem buscando soluções para adequação final de resíduos no município. Como soluções a administração propõe implantação de um aterro sanitário de resíduos domésticos com vida útil de 15 anos e encerramento do atual depósito de lixo.

A Prefeitura Municipal de Caiana está buscando formas para instalação de um aterro sanitário adequadamente correto para a sede. Hoje o município possui um aterro controlado o que já dá destino aos resíduos produzido na cidade, o recobrimento do lixo e feito periodicamente pela secretaria de obras.

A Resolução CONAMA nº. 307, de 5 de julho de 2002, que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil (RCC), estes conceitua os RCC como resíduos os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha. O município utiliza parte do resíduo como base para manutenção de estradas.

Os resíduos especiais representados por pilhas e baterias, pneus, lâmpadas fluorescentes, resíduos de equipamentos eletroeletrônicos não possui destinação especifica no município.

A Prefeitura apoia Catadores de lixo Recicláveis Caiana incentivando estes a coleta de lixo reciclável na sede do município que muitas da vezes complementam a renda de cada trabalhador. Hoje a coleta e feita em parceria com empresas e poder público planeja ampliar ainda mais suas atividades. A prefeitura prende instalar um centro onde os coletadores possam fazer a separação do lixo para a venda (hoje cada catador separa o seu individualmente).

3.1.1. Resíduos Sólidos da Construção Civil Hoje o Município não dispõe de um local adequado para dispor os resíduos da construção civil, sendo dispostos em áreas públicas, que estão, deixando a cidade com aspecto de descuido, como consequência, podendo provocar o aumento de insetos e roedores que poderão vir a ser um problema para a saúde pública. A administração pública preocupada com esta situação, já escolheu uma área nos arredores da cidade, onde será licenciada nos termos da Lei Estadual, onde os materiais serão recebidos, separados e destinados de forma correta, como por exemplo, recicláveis, , tijolos, concretos, cimentos, etc.

3.1.2. Resíduos sólidos volumosos São aqueles que, geralmente, não são coletados pelos serviços de limpeza pública regular, como móveis, equipamentos/utensílios domésticos inutilizados (aparelhos eletro-eletrônicos, etc) grandes embalagens, peças de madeira e outros materiais, e não caracterizados de resíduos sólidos.

3.1.3. Resíduos de Serviços de Saúde Constituem os resíduos sépticos, ou seja, aqueles que contêm ou potencialmente podem conter germes patogênicos, oriundos de locais como: hospitais, clínicas, laboratórios, farmácias, clínicas veterinárias, postos de saúde, etc. Tratam - se de agulhas, seringas, gazes, bandagens, algodões, órgãos e tecidos removidos, meios de culturas e animais usados em testes, sangue coagulado, luvas descartáveis, remédios com prazo de validade vencido, instrumentos de resina sintética, filmes fotográficos de raios X, etc. Os resíduos assépticos destes locais, constituídos por papéis, restos de preparação de alimentos, resíduos de limpezas gerais (pós, cinzas, etc.) e outros materiais, desde que coletados segregadamente e não entrem em contato direto com pacientes ou com os resíduos sépticos anteriormente descritos, são semelhantes aos resíduos domiciliares. Existem 7 geradores de lixo de serviços de saúde cadastrados no Departamento/Secretaria de Vigilância Sanitária, sendo que destes, 6 estabelecimentos públicos possuem contrato com uma empresa terceirizada que recolhem e tratam o lixo. É produzido mensalmente cerca de 100 quilos de lixo de serviços de saúde. Base legal Lei 069/99 - “Código de Vigilância Sanitária do Município de Caiana e da outras providências’’

Na sede municipal: Atualmente o lixo coletado através do Sistema Municipal de Coleta é destinado ao Aterro Controlado, com exceção de uma pequena porcentagem, ainda não mensurável, que é coletada por catadores de materiais recicláveis antes da coleta municipal. Estes comercializam o produto reciclável através de depósitos particulares de material reciclável.

Coleta, armazenagem e destinação do material reciclável: A coleta será realizada pelos Coletores de lixo reciclável, conforme dias e horários acordados entre Prefeitura e os mesmos, levando-se em conta a quantidade gerada e a capacidade do gerador de armazenamento. O lixo não reciclável O lixo orgânico e o rejeito deverá ser disposto normalmente conforme a coleta já realizada pelo setor púbico e destinado ao Aterro Controlado, como já ocorre. Nas Comunidades e Bairros Rurais A coleta seletiva é realizada no Comunidade de, através de uma moradora que coleta o material reciclável e vende a depósitos sendo sua forma de sustentabilidade econômica. Nos demais bairros rurais a Coleta seletiva vem sendo implantada através das Associações Rurais, que realizarão a separação do material. 3.1.5. Fossas sépticas As fossas sépticas são unidades de tratamento primário de esgoto doméstico nas quais são feitas a separação e transformação da matéria sólida contida no esgoto. As fossas sépticas são uma benfeitoria complementar e necessária às moradias na zona rural, fundamentais no combate à contaminação de águas, assim como doenças de veiculação hídrica, pois evitam o lançamento de dejetos humanos diretamente em rios, lagos e nascentes. A Prefeitura Municipal tem como objetivo garantir a qualidade da água, viabilizando a busca de recursos para a construção de fossas sépticas dentro da Bacia do Rio São João, Córrego Camilão.

3.1.6 VARRIÇÃO

A varrição dos distritos do município Caiana é feita pela prefeitura diariamente. Os resíduos sólidos produzidos nestes distritos são coletado duas vezes por semana e encaminhados para o depósito de resíduos supracitado.

3.2 GESTÃO DOS RISCOS GEOLÓGICOS

Caiana possui Plano de Contingências do Municipal (Defesa Civil) cujo objetivo é estabelecer as ações a serem executadas na ocorrência de inundações ocasionais e desmoronamentos que permitam a garantia da integridade física e moral, dignidade, bem como preservar o patrimônio público e privado.

Segundo o mesmo, historicamente o município apresenta no período compreendido entre os meses de novembro a janeiro, e, conforme alguns anos anteriores também em outubro, inundações de variadas proporções. As ruas atingidas são as próximas ao rio são João Comunidades e na área rural. Nestas localidades, os danos e prejuízos caracterizam-se nas pequenas propriedades rurais invadidas pelas águas dos rios, estragos nas estradas vicinais, perdas de lavouras, gado e danos materiais.

4. IMPACTOS

4.1 IMPACTOS NO ORDENAMENTO TERRITORIAL DO MUNICÍPIO, NO PROCESSO DE CAPTAÇÃO, TRATAMENTO E ABASTECIMENTO DE ÁGUA, NA COLETA E TRATAMENTO DO ESGOTO, NA DRENAGEM PLUVIAL, NA LIMPEZA URBANA E NO MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS E NA GESTÃO DE RISCOS GEOLÓGICOS

O ordenamento territorial do município atua de forma sustentável fornecendo condições urbanas mínimas à população. O parcelamento e ocupação adequada do solo em área urbana e rural possibilitam melhor organização, através da orientação da expansão da cidade, determinando as áreas onde é permitido lotear para fins urbanos e, ao mesmo tempo, orientando quanto à preservação das áreas para produção agrícola, das áreas necessárias à proteção do meio ambiente e de áreas de proteção ao patrimônio cultural e histórico.

Um sistema de abastecimento de agua caracteriza-se pela retirada da água de um recurso hídrico, adequação de sua qualidade, transporte até os aglomerados humanos e fornecimento à população em quantidade compatível com suas necessidades.

Como consequência da utilização de água para abastecimento, há a geração de esgotos. Caso não seja dada uma adequada destinação aos mesmos, estes acabam poluindo o solo, contaminando as águas superficiais e subterrâneas e frequentemente passam a escoar a céu aberto, constituindo-se em perigosos focos de disseminação de doenças. Os sistemas de esgotamento sanitários objetivam a coleta dos esgotos individual ou coletiva, o afastamento rápido e seguro dos esgotos, sejam através de fossas ou sistemas de redes coletoras, o tratamento e a disposição sanitariamente adequada dos esgotos tratados.

No âmbito ambiental estes sistemas ainda propiciam a conservação dos recursos naturais, eliminação de focos de poluição e contaminação e a eliminação de problemas estéticos desagradáveis.

O processo de captação, tratamento e abastecimento de água e a coleta e tratamento do esgoto atuam de forma significativa nos aspectos sanitários sociais e acarretam melhoria da saúde e das condições de vida e consequente aumento da esperança de vida da população, diminuindo a mortalidade em geral, principalmente da infantil, e a incidência de doenças relacionadas à água. O abastecimento de água e esgotamento sanitário também propicia a melhoria das condições sanitárias, seja ela individual, implantando hábitos de higiene na população, ou de ambientes, facilidade na implantação e melhoria da limpeza pública e processamento de dejetos.

Destacamos também que este procedimento atua no aspecto econômico aumentando a vida produtiva dos indivíduos economicamente ativos e concomitantemente diminuindo os gastos particulares e públicos com consultas e internações hospitalares, facilitando as instalações de indústrias, onde a água é utilizada como matéria-prima ou meio e operação e incentivando o turismo em localidades com potencialidades para seu ordenamento. Ao mesmo tempo a atividade de tratamento de efluentes acarreta a diminuição dos custos no tratamento de água para abastecimento (que seriam ocasionados pela poluição dos mananciais).

A drenagem pluvial constitui de instalações destinadas a escoar o excesso de água proveniente da chuva, além de medidas tomadas que visem à atenuação dos riscos e dos prejuízos decorrentes de inundações. A gestão da drenagem pluvial complementada pelo gerenciamento de resíduos sólidos, parcelamento e ocupação do solo e gestão dos riscos geológicos compreendem instrumentos importante de segurança da sociedade. A chuva que precipita de forma direta nas vias públicas e escoa pelos bueiros somada à água da rede pública proveniente dos coletores são encaminhadas por tubulações e atinge as baixadas (vales) (microdrenagem), onde seguem escoamento desenhado pela bacia hidrográfica correspondente (macrodrenagem). No caso de solos bastante permeáveis, esparramadas sobre o terreno por onde infiltram no subsolo

A limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos realizados de forma inadequada acarretam graves danos a ao meio ambiente e a saúde, que compreendem a contaminação do solo, ar e águas superficiais e subterrâneas, criação de focos de organismos patogênicos e vetores transmissores de doenças. Aspetos econômicos positivos podem ser obtidos através do gerenciamento deste processo, alcançando geração de emprego e renda através da coleta e implantação de indústrias recicladoras, e consequente melhoria na qualidade de vida. A valorização do lixo como forma de promover a conservação de recursos, minimização da poluição, economia de energia promove expressivos ganhos a meio e a sociedade

A ocorrência de processos geológico-geotécnicos (escorregamentos, erosão, solapamento de margens, assoreamento, inundação, colapsos e subsidências) afeta praticamente todas as regiões brasileiras, inclusive o município de Caiana, tanto em áreas urbanas como rurais. Esses processos, além dos evidentes danos econômicos e ambientais, podem levar a perdas de vidas e patrimônios.

A gestão de riscos geológicos configura grande importância para a preservação da segurança da população. A atuação histórica na identificação e mapeamento de processos e análise dos riscos associados, deriva à elaboração de diagnósticos e prognósticos para a prevenção de acidentes, estabilização e recuperação de áreas atingidas, propondo medidas de prevenção e mitigação estruturais e não-estruturais, e desenvolvendo planos de gerenciamento de áreas de risco. Além disso, realização atividades de monitoramento hidrossedimentológico constitui uma ferramenta que pode ser aliada a gestão do uso do solo e da água para prevenção de acidentes.

4.2 IMPACTOS SOBRE O ESTADO DE SAÚDE DA POPULAÇÃO Os dados obtidos junto à Secretaria Municipal de Saúde foram essenciais para a análise objetiva da situação sanitária local, assim como para a tomada de decisões e para a programação das ações de saneamento básico. A busca de medidas do estado de saúde da população reflete a preocupação da Prefeitura com a situação local, principalmente no que se refere ao acesso a serviços, às condições de vida e aos fatores ambientais.

Neste sentido, um dos indicadores oficiais utilizados pela Prefeitura foi a componente longevidade do Índice de Desenvolvimento Humano – IDH, publicado pelo IBGE, que mede a expectativa de vida da população. No caso específico do município de Caiana o IDH-Longevidade é 0,710, inferior ao de Municípios do mesmo porte e região, tais como do Município de Faria lemos, com 0,783. Outro indicador utilizado foi o componente renda do IDH, que no caso do município de Caiana é de 0,396, inferior ao do Município de Faria Lemos, com 0,399.

Quanto à saúde da população, as informações obtidas junto à Secretaria Municipal de Saúde indicam um razoável número de internações e atendimentos hospitalares devido a doenças infecto-contagiosas de veiculação hídrica e reflete a vulnerável situação sanitária local, consequência da precariedade dos serviços públicos de saneamento básico.

5.OBJETIVOS E METAS

Visando a oferta de serviços públicos de qualidade, foram estabelecidas as seguintes metas:

1) Garantir o abastecimento de água potável 100% da população da sede municipal e dos Distritos até o ano de 2020; 2) Garantir a oferta de serviços de coleta e tratamento de esgotos sanitários à no mínimo 99,00 % da população da sede municipal e dos Distritos até o ano de 2020. 3) Garantir a oferta de serviços de coleta, tratamento e destinação final de resíduos sólidos à no mínimo 99 % da população da sede municipal e dos Distritos até o ano de 2020; 4) Garantir a manutenção e ampliação do sistema de drenagem pluvial da sede municipal e dos Distritos até o ano de 2020; 5) Implantação do aterro sanitário até o ano de 2020; 6) Início da implantação da coleta seletiva de lixo, buscando aumentar a vida útil do aterro sanitário até o ano de 2020 com meta de abrangência de 98% da população até o ano de 2024; 7) Mapeamento das áreas de risco geológico no município de Caiana até o ano de 2020.

6.PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES.

De forma a atingir as metas estabelecidas, propõe-se a elaboração de projetos visando a adequação e/ou implantação dos sistemas existentes, compreendendo:

1-Sistemas de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário:

 Avaliação da situação atual quanto ao dimensionamento e funcionamento das unidades, identificando e quantificando os problemas encontrados;  Proposição de soluções adequadas às metas estabelecidas.

2-Ordenamento Territorial:

 Impedir a construção de imóveis nas margens dos córregos e topos de morro, contribuindo para preservação ambiental;  Exigir dos incorporadores de loteamentos a definição, pela operadora dos serviços de abastecimento de água, de disponibilidade de água;  Exigir dos incorporadores de loteamentos a definição, pela operadora dos serviços de esgotamento sanitário, de disponibilidade para interligação ao sistema público para encaminhamento dos dejetos até à Estação de Tratamento de Esgoto;  Minimizar a poluição dos mananciais por parte dos usuários de terrenos, especialmente à montante da captação.

3-Drenagem pluvial

 Evitar a saturação do sistema de drenagem natural, decorrente de um padrão de urbanização com altas taxas de impermeabilização.  Promover a conservação da rede hidrológica, inclusive com a revegetação de mata ciliar;

4-Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos

 Buscar novas alternativas, que não mais os aterros sanitários, que sejam sustentáveis, do ponto de vista ambiental, técnico e econômico, para o tratamento e a destinação final dos resíduos sólidos, tais como o tratamento térmico, com geração de energia;  Adequação da legislação municipal, no que se refere a resíduos sólidos, às novas realidades técnicas, econômicas e ambientais, e ainda às legislações federais e estaduais afins.  Implantação de um Sistema de Gestão Sustentável de Resíduos da Construção Civil e Resíduos domésticos especiais (pilhas, baterias, lâmpadas florescentes, pneus e eletroeletrônicos).

5-Gestão dos riscos geológicos

 Promover o desassoreamento dos córregos do município e a recuperação de suas matas ciliares;  Recuperação das matas de topo de morros a fim de evitar deslizamentos de terra;  Promover uma ocupação antrópica mais consciente e planejada a fim de evitar futuros problemas.

7.AÇÕES PARA EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA

Segundo o Plano de Contingência elaborado pela defesa civil, durante o período chuvoso e com iminente risco de inundações será mantido plantão de 24 horas composto pelo coordenador da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (COMDEC) em rodízio com outros membros da coordenadoria, monitorando o Rio São João e os córregos Camilão e Funil, e ao se tomar conhecimento da ocorrência de inundação, o Coordenador providenciará:

 Convocação do Prefeito, Vice-prefeito, Presidente da Câmara e membros da COMDEC para as ações conforme determina o Plano de Contingência no item 4;  Formação do Posto de Comando na Prefeitura com o Prefeito, Vice-prefeito, Presidente da Câmara, membros da COMDEC, Secretários de Administração, Meio Ambiente e pecuária e Comércio e a Redação do Jornal gazeta;  Alerta urgente aos proprietários/moradores dos primeiros imóveis a sofrerem com as inundações, conforme levantamento previamente realizado;  Alerta urgente aos membros dos Núcleos de Defesa Civil (NUDEC’s), previamente constituídos;  Alerta urgente através das rádios de criativa, (conforme levantamento previamente realizado) e Radio Patrulha da Polícia Militar, que através de seus equipamentos (mega- fone\ alto-falantes\sirene);  Contatos urgentes com SIMGE/IGAM (previsão do tempo para o caso de inundações);  Contatos urgentes com o CEDEC – Coordenadoria Estadual de Defesa Civil;  Verificação da conveniência e dificuldades das ações pelos responsáveis de cada área previstas no Plano de Contingência, item 4, e com os NUDEC’s, mantendo contato permanente por telefone e prestando todo o apoio necessário ao sucesso das ações;  Requisitar das Empresas/proprietários, conforme relação anexa ao Plano de Contingência, veículos, equipamentos, barcos, etc, de acordo com as necessidades verificadas;  Confeccionar a NOPRED – Notificação de Desastre, dentro do prazo de 12 horas, o AVADAN – Avaliação de Danos, dentro do prazo de 120 horas e a DMATE – Declaração municipal de Atuação Emergencial e encaminhá-los à CEDEC – Coordenadoria Estadual de Defesa Civil;  A comunicação (radio) com a população referente à situação será efetuada pelo Prefeito Municipal, podendo o mesmo determinar outros membros do Posto de Comando, para esta função.

8.MECANISMOS E PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO

Prevê-se a avaliação sistemática dos programas, projetos e ações propostos, consubstanciada na elaboração de relatórios periódicos que meçam a sua eficiência e eficácia ao longo do tempo, estruturando-se e implantando-se os seguintes indicadores:

 Freqüência de análise da quantidade da água.

Objetivo: Atender aos padrões de potabilidade do Ministério da Saúde no aspecto de freqüência de análise da água distribuída.  Qualidade Físico-química da água distribuída.

Objetivo: Mostrar a qualidade físico-química da água distribuída ao usuário do sistema de abastecimento em cada ponto de coleta do município.

 Qualidade microbiológica da água distribuída.

Objetivo: Mostrar a qualidade microbiológica da água distribuída ao usuário do sistema de abastecimento de água do município.

 Índice de perdas do sistema.

Objetivo: Mostrar o índice de perdas do sistema de abastecimento de água do município.

 Atendimento a solicitações de serviços.

Objetivo: Mostrar o percentual de serviços de água e esgoto atendidos fora do prazo previamente estabelecido.

 Análise da qualidade da água dos mananciais.

Objetivo: Mostrar o nível de sólidos em suspensão, quantidade de produtos remanescentes da utilização de agrotóxicos e remanescentes da atividade industrial e mineradora presentes na água e quantidade de matéria orgânica.

 Eficiência do Tratamento de Esgotos

Objetivo: mostrar o a eficiência das unidades de tratamento de esgotos, através do atendimento as legislações pertinentes.

 Análise de quantidade e qualidade de resíduos sólidos coletados.

Objetivos: Demonstrar a efetividade do gerenciamento de resíduos sólidos urbanos, destacando as atividades de reaproveitamento e reciclagem de materiais, além redução de consumo.

 Área de impermeabilização x densidade habitacional.

Objetivo: Este indicador poderá orientar a elaboração de novos projetos urbanísticos, considerado que indica diretamente a relação entre a capacidade de acomodação populacional com o tipo de ocupação do solo.

 Análise de quantidade reclamações referentes a saneamento básico.

Objetivos: Demonstrar a efetividade do plano municipal do saneamento básico, objetivando a redução progressiva do número de reclamações.

 Quantidade de resíduos sólidos gerados por pessoa (toneladas/mês).

Objetivos: Demonstrar a efetividade da gestão de resíduos sólidos e limpeza urbana.

 Quantidade de ocorrências de deslizamentos e alagamentos com vítimas e/ou danos materiais.

Objetivos: Demonstrar a eficiência da Gestão de Riscos Geológicos do Município de Caiana.

9.REVISÕES

Este Plano Municipal de Saneamento deverá ser revisado no prazo máximo de 04 anos ou sempre que se fizer necessário.

Os planos de saneamento básico deverão ser compatíveis com os planos das bacias hidrográficas em que estiverem inseridos, com o Plano Diretor Municipal (quando existente) e com os demais planos e políticas públicas para o desenvolvimento social e econômico, de melhoria da qualidade de vida, para as quais o saneamento básico seja fator determinante.

Quando da elaboração/revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento do Município, este deverá considerar o conteúdo do presente Plano de Saneamento. Caso sejam necessárias mudanças neste Plano, deverá ser consultada a operadora dos serviços de água e esgotamento sanitário.

Gabinete do Prefeito em 18 de maio de 2017.

Mauricio Pinheiro Ferreira Prefeito Municipal de Caiana