ANO XXX

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07 e 08/09/2017

Superintendência de Comunicação Integrada CLIPPING Nesta edição: Clipping Geral: Ministério Público Minas Justiça Nacional e Internacional

Clipping Específico: Defesa da Mulher Procon-MG 2

ESTADO DE MINAS - mg - 07/09/2017 - P.12 3 hoje em dia - mg - 07/09/2017 - P.18 e 19 4 cont... hoje em dia - mg - 07/09/2017 - P.18 e 19 5 cont... hoje em dia - mg - 07/09/2017 - P.18 e 19 6 hoje em dia - mg - 07/09/2017 - P.04 7 cont... hoje em dia - mg - 07/09/2017 - P.04 8

ESTADO DE MINAS - mg - 07/09/2017 - P.18 9 cont... ESTADO DE MINAS - mg - 07/09/2017 - P.18 10 estado de minas - mg - 08/09/2017 - P.18 11

o ESTADO DE são paulo - sp - 07/09/2017 - P. A1 acusados o ex-assessor Branislav Kontic, o advogado Roberto Tei- Lula e Odebrecht fizeram xeira, o empreiteiro Marcelo Odebrecht e outras três pessoas.

‘pacto de sangue’ de R$ 300 Palestras. Ontem, o ex-ministro disse que o que chamou de “pacto de sangue” foi firmado entre Lula e Emílio Odebrecht logo milhões após a eleição de Dilma, em 2010. “Ele (Emílio) procurou Lula Valor, segundo ex-ministro, seria para ex-presidente nos últimos dias de seu mandato e levou um pacote de propinas, ‘fazer atividade política’ Eleição de , com esse terreno do instituto, que já estava comprado, o sítio para em 2010, deixou empreiteira ‘em pânico’ Pacote de uso da família, que estava fazendo a reforma em fase final, e disse propinas incluiu terreno para Instituto Lula, sítio em ao presidente que estava pronto, e que tinha à disposição para o presidente fazer a atividade política dele R$ 300 milhões”, afir- Atibaia e apartamento mou.

Do “pacote”, segundo o exministro, fariam parte ainda o pa- gamento de palestras de Lula e o “prédio de um museu pago pela empresa”. “Envolvia palestras pagas a 200 mil, fora impostos, combinados com a Odebrecht para o próximo ano.”

O ex-ministro disse ter ficado “bastante chocado” com a pro- posta. O ex-presidente, segundo ele, afirmou que a Odebrecht só Oex-ministro Antonio Palocci disse ao juiz Sérgio Moro que estava fazendo aquilo por “receio” de Dilma, já que a empresa te- o ex-presidente Lula fez um “pacto de sangue” com a Odebrecht mia que o “comportamento” da então presidente eleita “colocasse no qual a empreiteira se comprometeu a pagar R$ 300 milhões em em risco” os projetos da companhia. propinas ao PT. O acerto, segundo ele, foi feito no fim do governo do petista e incluiu também um terreno para o instituto do ex- Segundo Palocci, Dilma, quando era ministra da Casa Civil -presidente, o sítio de Atibaia (SP) e o aluguel de um apartamento de Lula, “criou um embate” com a empreiteira na construção de de cobertura em São Bernardo do Campo. O ex-ministro afirmou duas hidrelétricas no Rio Madeira. Com a atuação de Dilma, re- que, com a eleição de Dilma Rousseff, em 2010, Emílio Odebrecht latou, a Odebrecht perdeu uma das licitações e venceu a outra por “entrou em pânico” porque as relações da presidente eleita com a um preço “ruim”. “Dilma achava que era uma concentração de companhia não eram boas, e procurou Lula para oferecer um “pa- obras inadequada”, disse o ex-ministro. cote de propinas”. Faziam parte do acerto, ainda, palestras pagas a R$ 200 mil cada e o prédio de um museu. O ex-ministro disse ‘Italiano’. Emílio, de acordo com Palocci, pediu ao ex-presi- ter ficado “bastante chocado” com a proposta. Palocci foi um dos dente que tratasse dos recursos com o herdeiro do grupo, Marcelo principais auxiliares e homem de confiança de Lula no primeiro Odebrecht. “Para mim, é aí que surge a tal planilha”, afirmou. No mandato do ex-presidente. Titular da Fazenda, foi o principal in- Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, o “departamento terlocutor do PT com os empresários e o setor financeiro. de propina” da empreiteira, Palocci era identificado como “Italia- no” e Lula como “Amigo” em planilhas, conforme as investiga- O ex-ministro Antonio Palocci disse ontem ao juiz Sérgio ções. Moro que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalizou, em 2010, um “pacto de sangue” no qual a Odebrecht se comprometeu Ontem, o ex-ministro confirmou a alcunha. “O Marcelo nun- a pagar R$ 300 milhões em propinas ao PT. O acerto, segundo ele, ca me chamou de ‘Italiano’, mas acho que essa planilha, quando foi feito no fim do governo do petista e incluiu, além dos R$ 300 ele coloca ‘Italiano’, ele diz respeito a mim. Não sei por que esco- milhões, um terreno para o instituto do ex-presidente e o sítio de lheu essa alcunha.” Atibaia (SP). O exministro afirmou que, com a eleição de Dilma Rousseff, em 2010, a empresa “entrou em pânico”, o que levou o ‘Capítulo’. Questionado pelo juiz sobre seu relacionamen- patriarca do grupo, Emílio Odebrecht, a procurar Lula e oferecer to, quando era ministro, com a empresa, Palocci disse que ele era esse “pacote de propinas”. “fluido”. Ele disse também acreditar que, “em princípio”, a “de- núncia procede”. “Os fatos narrados nela são verdadeiros. Eu diria Palocci foi um dos principais auxiliares e homem de con- apenas que os fatos narrados nessa denúncia dizem respeito a um fiança do ex-presidente no primeiro mandato do petista. Titular da capítulo de um livro um pouco maior do relacionamento da em- Fazenda, se tornou o principal interlocutor do PT com empresários presa em questão, da Odebrecht, com o governo do ex-presidente e o setor financeiro. Lula e da expresidente Dilma, que foi uma relação bastante inten- sa.” O ex-ministro foi ouvido em Curitiba como réu em uma ação penal da Lava Jato – segundo denúncia do Ministério Público Fe- Em junho, Moro condenou Palocci a 12 anos, 2 meses e 20 deral, propinas pagas pela empreiteira chegaram a R$ 75 milhões dias de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de em oito contratos com a estatal. Este montante, segundo a força- dinheiro referente a propinas de contratos firmados pelo Estaleiro -tarefa, inclui um terreno de R$ 12,5 milhões para Instituto Lula Enseada do Paraguaçu – de propriedade da Odebrecht – com a Pe- e o aluguel de uma cobertura vizinha à residência de Lula em São trobrás, por intermédio da Sete Brasil. Foi a primeira condenação Bernardo do Campo de R$ 504 mil. Além de Lula e Palocci, são do petista na Operação Lava Jato. 12 o ESTADO DE são paulo - sp - 07/09/2017 - P. A1

sobre as investigações entre Dilma e a empresária Mônica Moura, Janot faz nova denúncia mulher do marqueteiro João Santana, por meio de “contas de cor- contra ex-presidentes, por reio eletrônico clandestinas”, entre 2015 e 2016. Por último, o procurador-geral da República citou a nomea- obstrução ção de Lula, em março de 2016, para o cargo de ministro-chefe da Procurador-geral afirma que nomeação de ex- Casa Civil. A intenção, na interpretação de Janot, era a de garantir presidente tinha a ‘finalidade de atrapalhar’ a foro privilegiado ao expresidente. Operação Lava Jato O inquérito tramita no STF sob sigilo, mas Janot pediu que o Rafael Moraes Moura Breno Pires / BRASÍLIA conteúdo do processo seja tornado público.

Em nova denúncia apresentada ontem no STF, o procurador- Arquivamento. O procuradorgeral também pediu o arquiva- -geral, Rodrigo Janot, cita a nomeação de Lula por Dilma para mento da investigação envolvendo o ministro do Superior Tribu- ministro-chefe da Casa Civil, no ano passado, com a suposta fi- nal de Justiça (STJ) Marcelo Navarro, cuja escolha para o STJ nalidade de garantir foro privilegiado ao petista. O ex-ministro estaria condicionada ao compromisso de tomar decisões que re- também foi denunciado, por, de acordo com sultassem no enfraquecimento da Lava Jato. as investigações, agir para impedir acordo de delação premiada de Delcídio do Amaral. “Todos negaram, em maior ou menor grau, que tenha havido um compromisso ou acordo entre representantes do governo fe- O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ofereceu deral e Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, no sentido da soltura de ontem uma nova denúncia contra os ex-presidentes Luiz Inácio presos da ‘Operação Lava Jato’, no âmbito do Superior Tribunal Lula da Silva e Dilma Rousseff, desta vez por obstrução da Jus- de Justiça (STJ). Os próprios beneficiários dessa hipotética situa- tiça. O ex-ministro Aloizio Mercadante também foi denunciado ção, Marcelo Bahia Odebrecht, e Otávio Marques de Azevedo, na pelo mesmo crime. condição de colaboradores, afirmaram ignorar qualquer tratativa a esse respeito”, afirmou Janot. Foi a segunda acusação formal apresentada por Janot conta Lula e Dilma em menos de 24 horas. Anteontem, além dos ex- Defesas. A assessoria de Lula afirmou, em nota, que Janot presidentes, outras seis pessoas foram denunciadas pela PGR por decidiu “considerar que a nomeação do ex-presidente Lula pela organização criminosa no período em que o PT ocupou a Presi- então presidente Dilma Rousseff para a chefia de sua Casa Civil dência da República. Para Janot, há conexão entre os dois casos. não se tratava do exercício de suas atribuições de presidente da República na tentativa de impedir um processo injustificado de “De fato, a obstrução e o embaraço narrados na denúncia impeachment, mas obstrução da Justiça”. ora apresentados foram praticados justamente com a finalidade de atrapalhar as investigações que apuravam os crimes cometidos “A nomeação de Lula foi barrada em decisão liminar, mas ja- pela organização criminosa investigada no inquérito 4.325/DF”, mais discutida pelo plenário do Supremo. Posteriormente o Tribu- escreveu Janot, em despacho sigiloso ao qual o Estadão/Broadcast nal decidiu, quando da nomeação de como minis- teve acesso. tro, que não havia impedimento no ato efetuado pelo presidente da República. Essa é a denúncia apresentada pelo procurador-geral Para o procurador, os crimes e as condutas dos respectivos da República para o próprio Supremo Tribunal Federal, talvez na agentes estão “umbilicalmente ligados”. “Uma separação dos ca- busca de gerar algum ruído midiático que encubra questionamen- sos, portanto, traria prejuízo processual relevante, seja pelo risco tos sobre sua atuação no crepúsculo de seu mandato”, afirmou a de desfechos contraditórios, apesar da existência de base e contex- nota da assessoria do petista. to fáticos comum, seja pela possibilidade de testemunhos, presta- dos pelas mesmas pessoas, em sentido diverso”, disse Janot. A assessoria de Mercadante informou, também em nota, ter plena convicção de que terá “a oportunidade de novamente com- A nova denúncia se fundamenta em três fatos. O primeiro é provar que não houve qualquer tentativa de obstrução da Justiça o suposto apoio político, jurídico e financeiro, por parte de Mer- com a consequente absolvição definitiva”. A reportagem não obte- cadante ao ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido), no fim ve resposta da assessoria de Dilma Rousseff. de 2015, a fim de evitar que ele celebrasse acordo de colaboração premiada no âmbito da Operação Lava Jato. ‘Finalidade’ “De fato, a obstrução e o embaraço narrados na denúncia ora apresentados foram praticados justamente com a fi- Janot também mencionou a troca de informações sigilosas nalidade de atrapalhar as investigações.” 13 o ESTADO DE são paulo - sp - 07/09/2017 - P. A1 privatização, cujo desfecho é, até agora, imprevisível. As en- STF condena União a pagar tidades subnacionais, por sua vez, somente se movem nessa bilhões a Estados direção quando impelidas por dolorosas crises.

O STF decidiu que a União deve ressarcir aos Estados A privatização não deve ser vista apenas como forma de valores relativos ao fundo de desenvolvimento do ensino gerar recursos para enfrentamento da crise fiscal, mas como fundamental (Fundef) que deixou de pagar entre 1998 e meio para conferir maior eficiência econômica e, por mais 2006. O desembolso total pode chegar a R$ 50 bilhões. absurdo que pareça, diminuir a corrupção.

Com muitos tripulantes recrutados no desastrado gover- Acrescente-se, à guisa de exemplo, a inaceitável viola- no deposto, não há surpresas nos problemas enfrentados na ção sistemática do teto constitucional de remuneração dos travessia Temer. O que surpreendeu foi a disposição de de- servidores públicos, por meio de inúmeros expedientes, dis- flagrar improváveis reformas. simulados ou não.

A travessia Temer resistiu às violentas borrascas de ori- Mais grave é que essa violação se opera pelo abusivo gem política, infiltradas em ações contra a corrupção, que recurso a verbas insusceptíveis de tributação pelo Imposto produziram uma enorme confusão entre iniciativas eficazes de Renda, como “auxílio-moradia” e outras falsas indeniza- e mera pirotecnia, culpados e inocentes, verdades e menti- ções, concessão continuada de diárias, etc. ras, justiça e politiquices, tudo em desfavor do real sanea- mento das instituições. As chamadas verbas de representação dos parlamentares e participação remunerada de autoridades do Poder Executivo em conselhos de administração de empresas estatais são outros cami- Junta-se a isso a má comunicação do governo com a so- nhos para burlar o teto constitucional. ciedade, que não conseguiu esclarecer a verdadeira natureza das reformas. Presumiu-se, equivocadamente, que campa- Tudo isso depõe contra o princípio da moralidade na adminis- nhas publicitárias convencionais seriam suficientes. tração pública, preconizado no art. 37 da Constituição.

Essa incúria robusteceu as previsíveis reações de seto- Ainda que modestas, ante a dimensão do problema fiscal, res privilegiados, que dispõem de motivação e força para medidas como essas são, como se diz popularmente, o varejo a manipular uma sociedade cronicamente mal informada. serviço do atacado.

Algumas reformas miram o futuro, como a inconclusa e Há os que proclamam a inevitabilidade do aumento de tribu- tos como meio para enfrentar a crise fiscal. Essa hipótese merece indispensável reforma da Previdência e a desprezada e tam- ponderação. bém indispensável reforma Orçamentária. É verdade que é inescapável a elevação das alíquotas do PIS/ É preciso, entretanto, também cuidar do presente. Ainda Cofins, como forma de compensar as perdas, já visíveis, na arre- há muito o que fazer no âmbito do gasto público. cadação, decorrentes da lamentável decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que excluiu o ICMS da base de cálculo daquelas A crise fiscal é de fato alarmante. Se a União pode dis- contribuições. simular o problema, mediante emissão de moeda, boa parte das entidades subnacionais caminha para o precipício. Afora isso, é preciso, como se fez no governo FHC, explorar as possibilidades de geração de receitas extraordinárias, mediante utilização do instituto da transação, nos casos de litígios judiciais A União precisa cuidar de si e olhar para os Estados e e administrativos que não serão resolvidos nem sequer a médio municípios, sob a égide de um programa de recuperação fis- prazo. cal, com especial ênfase no financiamento dos déficits previ- denciários correntes, nos diferentes entes federativos. Por essa via, logrou-se arrecadação, em valores correntes, da ordem de R$ 5,5 bilhões e R$ 18 bilhões, respectivamente, em É uma tarefa complexa, que demandará, provavelmen- 1999 e 2002. te, financiamentos de instituições financeiras, privatização ou vinculação de ativos, redefinição dos conteúdos das des- Por que não tentar outra vez? Tributação do ágio e plane- pesas vinculadas, revisão da gratuidade de serviços públicos jamento tributário abusivo são exemplos contemporâneos desses para os que podem pagar, etc. litígios. A privatização deve ser vista como um meio para conferir O governo Temer demorou a deflagrar um programa de maior eficiência econômica 14

o GLOBO - rj - 07/09/2017 - P. 08

redistribuição do processo, por sorteio eletrônico, foi feita ontem. EX-PROCURADOR DEVE SER OUVIDO HOJE “Impõe-se a Núcleo de corrupção vai redistribuição com urgência do feito a um dos ofícios de combate à corrupção”, escreveu o procurador Fritz no despacho que provo- investigar ex-procurador cou a movimentação do processo dentro da Procuradoria no DF. O processo foi sorteado para o 4º ofício da Procuradoria, um dos sete que cuidam de combate à corrupção. Procuradoria da República no Distrito Federal também apura possível descumprimento de O titular do 4º ofício é o procurador Anselmo Lopes. Ele é um dos que assinam o acordo de leniência firmado entre MPF e quarentena J&F, proprietária da JBS. Miller atuou nesse acordo, por meio de um escritório de advocacia para o qual trabalhou após deixar o -BRASÍLIA- O ex-procurador da República Marcello Miller MPF. Anselmo não está respondendo pelo 4º ofício no momento, passará a ser investigado pelo núcleo de combate à corrupção da uma vez que atua na força-tarefa criada para cuidar das Operações Procuradoria da República no Distrito Federal. Pivô de uma possí- Sépsis, Cui Bono? e Greenfield. O procurador responsável pelo vel derrubada do acordo de colaboração premiada dos executivos caso de Miller será Frederico Silveira. do grupo J&F, Miller já é investigado na Procuradoria por duas suspeitas: exercer advocacia no juízo em que atuava antes de um Pela leniência, o grupo se comprometeu a pagar R$ 10,3 bi- prazo de afastamento de três anos e acesso privilegiado a informa- lhões num prazo de 25 anos, em troca da possibilidade de contra- ções internas do Ministério Público Federal (MPF). tos com o poder público. Este acordo foi feito na primeira instân- cia, com a Procuradoria da República no DF. A delação premiada, por sua vez, garantiu imunidade penal aos executivos.

Em conversa gravada e entregue à Procuradoria Geral da Re- pública (PGR), os delatores Joesley Batista e Ricardo Saud deta- lham uma suposta atuação de Miller para os dois buscando a ob- tenção da delação na PGR. Joesley é um dos donos da J&F. Saud é diretor de relações institucionais do grupo.

O áudio tem data provável de 17 de março deste ano. Naquele momento, Miller ainda era procurador da República. A saída defi- nitiva ocorreu em abril. Miller integrou o gabinete de Janot, atuan- do no grupo de trabalho da Lava-Jato. O procedimento instaurado por Janot para revisar a delação determinou que Joesley; Saud; Francisco de Assis e Silva, diretor jurídico do grupo; e Miller se- Sob suspeita. O ex-procurador da República Marcello Miller, jam ouvidos até amanhã. Os três primeiros serão ouvidos na PGR. que será investigado por núcleo da Procuradoria do DF Miller deve prestar depoimento no Rio. MILLER DIZ QUE NÃO ATUOU COMO INTERMEDIÁRIO Quando denunciado por cor- Esse acesso privilegiado levou à “obtenção de resultado que rupção passiva por Janot em junho, o presidente discrepa das outras colaborações firmadas com o MPF”, confor- levantou suspeitas sobre a ligação entre Miller Janot. me suspeita expressa em despacho em que houve um declínio de competência sobre o processo. O inquérito deixou a área de atos Em nota à imprensa divulgada ontem, Miller afirmou que não administrativos e seguiu para o núcleo de combate à corrupção da cometeu crime ou improbidade administrativa, que não recebeu Procuradoria da República no DF. Miller era investigado somente dinheiro ou vantagem pessoal da J&F “ou de qualquer outra em- em razão de um possível descumprimento de quarentena para atu- presa” e que nunca atuou como intermediário entre o grupo e Ja- ar como advogado. Na segunda-feira, ao abrir procedimento inter- not “ou qualquer outro membro do MPF”. “O advogado esclarece no para revisar a delação dos executivos da J&F, proprietária da que não mantém relações pessoais e jamais foi ‘braço-direito’ do JBS, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, determinou procurador-geral”, diz a nota. o encaminhamento de cópia dos autos ao ofício de atos adminis- trativos “para adoção das providências que entender pertinentes” Ainda segundo o ex-procurador, não houve comunicação com relacionadas a Miller. Janot considerou grave a conduta do ex- Janot desde outubro de 2016, “com exceção do dia 23 de fevereiro -procurador, com possibilidade de prática de crime. de 2017, quando esteve na PGR para pedir a exoneração do car- go”. Miller disse que não atuou na operação que acabou por levar O procurador Felipe Fritz, que responde pelo ofício, decidiu a um acordo de leniência com a J&F e que se afastou do grupo de declinar da competência, para que Miller possa ser investigado trabalho da Lava-Jato em julho de 2016. “Nesse período, também por suspeita de prática de crime e de improbidade administrativa. não acessou nenhum arquivo ou documento da operação.“ O declínio ocorreu no dia seguinte ao procedimento de Janot. A 15 o ESTADO DE são paulo - sp - 08/09/2017 - P. A4 16 o tempo - mg - 07/09/2017 - P. 13 17 estado de minas - mg - 08/09/2017 - P. 09 e 10 18 cont... estado de minas - mg - 08/09/2017 - P. 09 e 10 19 cont... estado de minas - mg - 08/09/2017 - P. 09 e 10 20 cont... estado de minas - mg - 08/09/2017 - P. 09 e 10