Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7 Cadernos PDE II

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2014

Título: A influência do texto oral nas produções escritas dos alunos

Autor: IRINEU FERREIRA

Escola de Implementação do Colégio Estadual Pe. José de Anchieta Projeto e sua localização: Rua Byington 870

Município da escola: Apucarana

Núcleo Regional de Educação: Apucarana

Professor Orientador: Dr. Vladimir Moreira

Instituição de Ensino Superior:

Resumo: Propõe-se um trabalho por meio da utilização de diferentes gêneros textuais como: música, mensagem de texto por celular, bilhete, causos com o intuito de levar os alunos a perceberem as marcas da oralidade presente nos textos e que as mesmas afetam diretamente sua produção escrita.

Pretende-se que diferentes atividades com práticas concretas de oralidade e escrita possam sanar as dificuldades apresentadas em seus textos escritos em decorrência da influência da oralidade.

Dessa forma, o educando poderá partir do saber adquirido socioculturalmente e, desenvolvendo a competência da oralidade, o aluno passará a praticar efetivamente uma escrita com maior qualidade, possibilitando assim, maior aceitação social em determinados contextos.

Formato do Material Didático: Unidade didática

Público: Alunos do 6º ano do Ensino Fundamental

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO.

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

A INFLUÊNCIA DO TEXTO ORAL NAS PRODUÇÕES ESCRITAS DOS ALUNOS

IRINEU FERREIRA

APUCARANA – PR 2014

APRESENTAÇÃO

A elaboração dessa unidade didática fundamenta-se na perspectiva sociointeracionista, (MARCUSCHI, 2001) perpassando pela retextualização da oralidade, do saber adquirido, das variantes linguísticas DCE (2008) e aborda em especial o letramento em que priorizaremos essa retextualização da oralidade, do saber adquirido socioculturalmente para um trabalho mais elaborado com a escrita, no momento da transposição da presença da oralidade nos textos para a (re)escrita, numa linguagem mais formal. Propõe-se um trabalho por meio da utilização de diferentes gêneros textuais, com o intuito de levar os alunos a perceberem as marcas da oralidade presente nos textos. Pretende-se contribuir para que o estudante amplie a compreensão em relação aos recursos usados nas músicas, bilhetes, mensagem de texto por celular e causos, possibilitando desenvolver a sua capacidade de compreensão dos diversos gêneros e suas finalidades. Nesse sentido, a prática pedagógica, por meio da disciplina de Português, deve possibilitar aos alunos o desenvolvimento de atividades com e na linguagem, privilegiar o processo de aquisição e aprimoramento da linguagem, com práticas concretas de atividades de oralidade e escrita, em diferentes possibilidades de produção, proporcionando a reflexão consciente sobre fenômenos gramaticais e textual-discursivos. Nesse trabalho, tal reflexão perpassa, por atividades de percepção das diferenças entre a oralidade e escrita e a transposição para a linguagem mais formal de nossa língua. Dessa forma, o estudo vem ao encontro dessas necessidades, pois se tem a pretensão de demonstrar ao aluno que a presença das marcas da oralidade no texto escrito, em determinadas situações, que o mesmo poderá ser socialmente prejudicado e desvalorizado. Sendo assim, a presente unidade didática tem por objetivo trabalhar sistematicamente com tais marcas de forma a tornar o aluno um leitor capaz de perceber tais diferenças, e que o mesmo venha a ser um produtor consciente das possibilidades da língua a que pode recorrer para garantir uma melhor produção textual. Para isso, serão utilizados diferentes gêneros textuais, com o fim de alargar o entendimento de que em alguns gêneros existem a possibilidade de não utilizar uma linguagem mais formal, dependendo da destinação do mesmo, isso porque, no processo

de aprender, deve-se propor reflexão sobre o sentido do enunciado, a intenção de quem os produz, os recursos usados no texto e o que eles expressam, proporcionando ao estudante ampliar sua capacidade de produção textual. Nesse sentido, o trabalho com vários gêneros possibilita a produção de um material didático-metodológico de ensino que considera o texto material importante para orientar a competência comunicativa dos alunos nas aulas de língua, em toda e qualquer atividade da sala de aula. Desenvolvendo a competência da oralidade, o aluno passará a praticar efetivamente uma escrita com maior qualidade. A referida unidade didática será composta por vários gêneros, contendo atividades a serem desenvolvidas para ajudar nossos educandos a aumentar seus conhecimentos sobre as marcas da oralidade presente nos textos. Esta proposta de trabalho com a oralidade e escrita é direcionada a alunos do 6º ano do Ensino Fundamental, do Colégio Estadual José de Anchieta – EFMN, do Município de Apucarana, no primeiro semestre de 2015.

(Duração da unidade 6 horas)

Nossa linguagem varia de acordo com o contexto em que estamos inseridos, dependendo de algumas situações é exigido que falemos de uma maneira formal e, em outras, podemos falar de maneira mais informal. A música é um gênero textual que não exige uma linguagem formal e apresenta variantes regionais decorrente das diversidades socioculturais, o que permite haver maneiras diferentes de dizer a mesma coisa, por isso temos a presença muito forte dessas variantes e consequentemente a presença da oralidade. Neste gênero textual, reconhecemos as seguintes vantagens: podemos trabalhar com imagem, som, musicalidade tendo a possibilidade de se lidar com um universo textual conhecido, propiciando assim a condução didático-pedagógica na linha da percepção das marcas da oralidade de forma prazerosa. Podemos, ainda, fazer uma análise das letras das músicas, o que poderá levar- nos à prática da oralidade e, caso tenha interesse, trabalhar outras questões relacionadas ao cotidiano dos alunos, o que certamente será um trabalho muito produtivo nas aulas de língua portuguesa, principalmente no que se refere às considerações sobre a fala e à escrita, com vistas a descrever e documentar a riqueza de nossa língua.

Professor(a),

antes de iniciar o trabalho com as músicas: “vaca estrela e boi fubá” e “asa branca” apresentar as biografias de Patativa do Assaré e , ressaltando a importância dos mesmos para a cultura popular brasileira.

Podendo, ainda, disponibilizar na tv pendrive o vídeo conforme link abaixo com a biografia de Patativa do Assaré.

Luiz Gonzaga

13/12/1912, Exu (PE) 02/08/1989, Recife (PE)

Luiz Gonzaga do Nascimento era filho de Januário José Santos, lavrador e sanfoneiro, e de Ana Batista de Jesus, agricultora e dona de casa. Nasceu na cidade de Exu, Pernambuco, em 13 de dezembro de 1912. Desde criança se interessou pela sanfona de oito baixos do pai, a quem ajudava tocando zabumba e cantando em festas religiosas, feiras e forrós.

Saiu de casa em 1930 para servir o exército como voluntário, mas já era conhecido como sanfoneiro. Viajou pelo Brasil como corneteiro e, de vez em quando se apresentava em festas, tocando sanfona. Deu baixa em 1939 e foi morar no Rio de Janeiro, levando sua primeira sanfona nova.

Passou a tocar nos mangues, no cais, em bares, nos cabarés da Lapa, além de se apresentar nas ruas, passando o chapéu para recolher dinheiro. Começou a participar de programas de calouros, inicialmente sem êxitos, até que, no programa de , na Rádio Nacional, solou uma música sua, "Vira e mexe", e ficou em primeiro lugar. A partir de então, começou a participar de vários programas radiofônicos, inclusive gravando discos, como sanfoneiro, para outros artistas, até ser convidado para gravar como solista, em 1941.

Prosseguiu fazendo programas de rádios, que estavam no auge e tinham artistas contratados. Trabalhou na Rádio Clube do Brasil e na Rádio Tamoio, e prosseguia gravando seus mais de 50 solos de sanfona. Em 1943, já na Rádio Nacional, passou a se vestir como vaqueiro nordestino e começou a parceria com Miguel Lima, que colocou letra em "Vira e mexe", transformando-a em "Chamego", com bastante sucesso. Nessa época, recebeu de o apelido de Lua. http://educacao.uol.com.br/biografias/luiz-gonzaga.jhtm (11/09/2014)

https://www.google.com.br/search?newwindow=1&biw=1280&bih=699&tbm=isch&sa=1&q=pena+branca+e+xavantinho+vaca+estrela+e+boi+fub %C3%A1&oq=pena+branca+e+xavantinho+vaca+estrela+e+boi+fub%C3%A1&gs_l=img.3...43489.57072.0.57806.41.33.0.0.0.3.821.416.3- 3j3j2j1.9.0....0...1c.1.53.img..41.0.0.bZ-4G-6JLuE imagem da internet dia 11/09/2014

Vídeo disponível visitado em 16.09.14- http://www.youtube.com/watch?v=gtbE2lsh-fg

Vaca Estrela e boi Fubá Pena Branca e Xavantinho

Seu doutô, me dê licença Aquela seca medonha Pra minha história contá Fez tudo se atrapaiá Hoje eu tô em terra estranha Não nasceu capim no campo É bem triste o meu pená Para o gado sustentá Eu já fui muito feliz O sertão se esturricô Vivendo no meu lugá Fez o açude secá Eu tinha cavalo bão Morreu minha vaca Estrela Gostava de campear Se acabô meu Boi Fubá Todo dia eu aboiava Perdi tudo quanto eu tinha Na porteira do curral Nunca mais pude aboiá

Êeeeiaaaa Êeeeiaaaa Êeee vaca Estrela Êeee vaca Estrela Ôoooo boi Fubá Ôoooo boi Fubá

Eu sô filho do Nordeste Hoje nas terra do Sul Não nego meu naturá Longe do torrão natal Mas uma seca medonha Quando vejo em minha frente Me tangeu de lá prá cá Uma boiada a passá Lá eu tinha o meu gadinho As águas corre nos óio Não é bão nem imaginá Começo logo a chorá Minha linda vaca Estrela Me lembro a vaca Estrela E o meu belo boi Fubá Me lembro meu boi Fubá Quando era de tardinha Com sodade do Nordeste Eu começava aboiá Dá vontade de aboiá

Êeeeiaaaa Êeeeiaaaa Êeee vaca Estrela Êeee vaca Estrela Ôoooo boi Fubá Ôoooo boi Fubá Compositor: Patativa Do Assaré

Vídeo disponível visitado 16.09.14 - http://www.youtube.com/watch?v=0RI3uxNg8vw

Luiz Gonzaga Asa Branca Compositor: Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira

Quando "oiei" a terra ardendo Hoje longe muitas légua Qual fogueira de São João Numa triste solidão Eu "preguntei" a Deus do céu, uai Espero a chuva cair de novo Por que tamanha judiação Pra mim vortar pro meu sertão Espero a chuva cair de novo Que braseiro, que fornaia Pra mim vortar pro meu sertão Nem um pé de "prantação" Por farta d'água perdi meu gado Quando o verde dos teus "óio" Morreu de sede meu alazão Se "espaiar" na "prantação" Por farta d'água perdi meu gado Eu te asseguro não chore não, viu Morreu de sede meu alazão Que eu "vortarei", viu Meu coração Inté mesmo a asa branca Eu te asseguro não chore não, viu Bateu asas do sertão Que eu "vortarei", viu "Intonce" eu disse adeus Rosinha Meu coração Guarda contigo meu coração "Intonce" eu disse adeus Rosinha Guarda contigo meu coração

Professor(a),

após a execução dos vídeos das músicas na tv pendrive, entregar para os alunos:

- cópias das letras das músicas.

- dicionário

ATIVIDADE 1 (formar duplas em sala de aula) a) Pesquisar no dicionário palavras que os alunos acreditam que estejam escritas de forma errada. (não informar durante as músicas quais são as palavras)

(Não encontrarão no dicionário as palavras, pois estão escritas de acordo com a linguagem informal e no dicionário tem os exclusivamente a linguagem formal)

Professor(a),

explicar a diferença entre as duas linguagens, deixando claro que, em determinadas circunstâncias, não existe certo ou errado, mas variantes linguísticas. Escrever no quadro as palavras encontradas, na linguagem informal, e reescrevê-las na linguagem formal. b) Alunos: copiar as palavras escritas corretamente no quadro e pesquisar anotar no caderno o significado de cada palavra.

Momento da oralidade

Professor(a),

organizar a turma em círculo e promover uma discussão sobre o tema das duas músicas

ATIVIDADE 2

Questionar aos alunos: a) se as músicas escritas e cantadas de acordo com a linguagem falada perderam o sentido. b) se fossem escritas e cantadas conforme a linguagem formal o que aconteceria em relação ao sentido e sonoridade. c) se entendem o que é êxodo rural d) se conhecem o problema da seca no Nordeste; e) podemos, nesse momento, questionar sobre o consumo de água; a importância da agricultura e pecuária em nossas vidas, se a falta de chuva altera o nosso cotidiano ou como podemos contribuir para evitar desperdício de água.

(Duração da unidade 4 horas)

Professor(a),

antes de iniciar a atividade com o gênero textual Bilhete, mostrar aos educandos que existem várias formas de bilhete.

Bilhete de cinema Bilhete de ônibus

Bilhete de trem Bilhete de loteria

Bilhete de rifa Bilhete de passagem de avião

Bilhete de passagem de navio Bilhete de metrô

Bilhete de circo Bilhete de seguro

Bilhete de identidade

Professor(a),

nesse momento, passar para o reconhecimento do gênero textual Bilhete.

O bilhete é uma forma de comunicação escrita, clara e rápida, usado entre as pessoas para transmitir recados, informações, pedidos, aviso ou lembrete e com mensagens simples, geralmente manuscrito em papel. Sendo simples e breves, os bilhetes são comunicações informais não possuindo muitas regras para serem escritos. O conteúdo do bilhete é variado, dependendo do tipo de mensagem que se queira deixar, podendo ser um lembrete, uma brincadeira, um recado carinhoso, um aviso, etc. Estrutura interna do bilhete numa linguagem técnica: data, vocativo, fecho e assinatura ou: Local e data. Nome do destinatário, pessoa para quem é destinado o bilhete. Assunto: o que vai ser comunicado no bilhete. Sendo um texto curto, breve. Suporte: papel despedida Assinatura do autor do bilhete, remetente, a pessoa que escreve. Usamos linguagem informal que permite emprego de apelidos e nomes carinhosos. Pontuação: vírgula, exclamação, interrogação e ponto final.

Professor(a),

na sequência, passar o vídeo “O bilhete”.

Disponível no youtube em: http://www.youtube.com/watch?v=dMk2psbQbw0

Esse vídeo mostra um aluno que ao ir para escola encontra um bilhete e, ao mostrá-lo, inicialmente para o professor que o expulsa da sala e, sempre que alguém lê, lhe dá uma punição. Após uma série de punições, o aluno termina no inferno, onde queima o bilhete sem saber o que nele estava escrito.

Momento da escrita

ritoralidade

ATIVIDADE 1

Produção textual: gênero Bilhete

Tema: O que estaria escrito no bilhete?

(o aluno deverá criar um texto para o bilhete que o aluno encontrou e que justifique o porquê de tantas punições)

Avisar que o bilhete será lido para os colegas.

Momento da oralidade

Professor(a),

formar um círculo e peça para os educandos lerem suas produções textuais (bilhete), se possível ao ar livre, num ambiente fora da sala de aula.

ATIVIDADE 2

a) preparar os alunos para o trabalho com os causos.

Neste momento, deixar claro que terão que escrever um causo e publicar no blog da turma.

(Duração da unidade 4 horas)

Professor(a),

antes de iniciar com as características do gênero textual mensagem de texto por celular, explicar que é um gênero apoiado em outro existente, no caso o bilhete, mas utilizando um novo suporte, o celular, no lugar do papel.

Assim como aparecem novos gêneros, outros desaparecem ou diminuem o uso. (folhetim, mensagem via telex e fax, telegrama, carta)

Atualmente, as pessoas estão usando os celulares para enviar mensagens: os torpedos. O SMS (Short Message Service, que em português significa Serviço de Mensagens, basicamente, é um método de comunicação que envia texto entre telefones celulares) ou mensagem de texto, esse gênero do campo da tecnologia de comunicação apresenta linguagem oral, abreviações, ícones, entre outros elementos que a tornam uma linguagem rápida, com resposta imediata. Podemos defini-la como novo gênero advindo da tecnologia que facilita e torna mais rápida a interação entre indivíduos com imagens (mensagem multimídia), sons (mensagem de voz) e escrita (mensagem de texto), frequente uso de abreviaturas, (vc, tb, q, c), ícones (emoticon) : ) : { e supressões de fonemas (bjus, tard). Outra característica muito presente nesses enunciados é a falta de pontuação e marcas da oralidade também são bem visíveis. A diferença entre o bilhete e a mensagem via celular está no suporte material: enquanto o bilhete caracteriza-se como um manuscrito com quantidades de vocábulos indeterminados que precisa ser levado ou deixado em local visível para o receptor; a mensagem de texto via celular tem como suporte material o painel digital do aparelho celular, que limita o número de caracteres . Além disso, o receptor recebe de modo mais ou menos "imediato" a mensagem. No diálogo entre o gênero bilhete e gênero mensagem de texto por celular, mesmo havendo semelhantes nas organizações textuais, entretanto o que marcará a diferença é o suporte.

ATIVIDADE 1

Nessa atividade, estaremos despertando a curiosidade dos alunos para o gênero causo, que será nosso objeto de estudo na Unidade 4.

Produção textual: Solicitar aos alunos que enviem msn aos colegas de sala (usando o celular).

Na mensagem de texto o aluno deverá: a) informar que trabalharemos com causos. b) perguntar ao colega o que é um causo.

(Os alunos deverão se corresponder com apenas um colega e cada aluno deverá receber apenas uma mensagem)

ATIVIDADE 2

a) proporcionar um momento para a reescrita das msn para a linguagem formal. b) Solicitar que cada aluno corrija a msn recebida do colega.

Professor(a),

nesse momento, poderá ajudar nessa correção e verificar se houve falha de informação, ou seja, se as mensagens estão com sentido e não fugiram da proposta.

Deixar claro que a mensagem de texto aceita os termos abreviados, faltando letras, uso de emoticons, enfim, que a oralidade está muito presente.

Momento da oralidade

ATIVIDADE 3

a) Pedir para alguns alunos lerem a msn que havia corrigido do colega. (sem citar nomes). b) Perguntar para a turma se as mensagens cumpriram suas finalidades ou se houve alteração na sua informação. c) outros questionamentos que poderão surgir a partir da interação do grupo.

(Duração da unidade 14 horas)

Professor(a),

após as MSN, os alunos deverão estar com muitos questionamentos sobre o gênero causo.

Então, passar para um momento de discussão, mas direcionando-os com perguntas sobre o gênero causo:

Momento da oralidade

ATIVIDADE 1

- Vocês sabem o que é causo?

- Já ouviram, leram ou assistiram algum?

- Onde? Quem lhe proporcionou?

- Quem produz textos desse gênero?

- Quais os locais de circulação do gênero causo?

- Para qual público são destinados os causos?

GÊNERO CAUSO

O gênero causo é único e distinto dos demais, mas assemelha-se ao conto pela simplicidade e concisão. Para Batista (2007, p. 122), pode-se dizer que:

“O causo pode ser caracterizado como uma narrativa oral curta, entremeada num diálogo, na qual o contador é personagem, se foi testemunha do ocorrido. Caso contrário, se ouviu alguém contar, os personagens são conhecidos e o contador se refere a quem contou. Se houver outras testemunhas, o contador as indica como prova da veracidade.”

Suas características principais são que os personagens presentes geralmente são pessoas conhecidas do contador. Podendo aparecer seres sobrenaturais como vampiros, lobisomens e assombrações. Com a intenção de entretenimento, pode ocorrer exageros, que são afirmados pelo contador como verdade. Podem estar presentes elementos cômicos ou trágicos, a intenção do exemplo ou simples divertimento.

Momento da pesquisa

Professor(a),

depois de ouvi-los, leve os alunos à biblioteca e apresente livros com causos (previamente selecionados) e fale do contexto de produção como: autor, a data de publicação, local, editora, a qual público se destina.

Proporcionar aos alunos um momento de leitura descontraída, sem cobranças, leitura pela leitura, de preferência ao ar livre ou num ambiente fora da sala de aula.

Professor(a),

após a pesquisa na biblioteca e leitura, leve-os ao laboratório de informática;

ATIVIDADE 2 a) pesquisar, no site abaixo, a biografia de ;

http://gente.ig.com.br/tvenovela/chico-anysio-vida-e-obra-do-humorista/n1597420597474.html visto em 30/09/14 (biografia de Chico Anysio)

Chico Anysio, nome artístico de Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, (Maranguape, Ceará, 12 de abril de 1931) é um humorista, ator, escritor e pintor brasileiro, notório por seus inúmeros quadros e programas humorísticos na Rede Globo, onde possui contrato até 2012. Ao lado de e Boni, Chico é considerado um dos maiores nomes de todos os tempos da televisão brasileira. Trabalhou ao lado ou mesmo dirigindo os maiores nomes do humor brasileiro no rádio ou na televisão, como: Paulo Gracindo, , Costinha, Walter D'Ávila, Jô Soares, Renato Corte Real, Agildo Ribeiro, Ivon Curi, entre muitos outros brilhantes humoristas. Mudou-se para o Rio de Janeiro quando tinha oito anos. Iniciou no rádio na Rádio Guanabara, onde exercia várias funções: rádioator, comentarista de futebol, etc. Participou do programa Papel carbono de Renato Murce.Trabalhou, nos anos cinqüenta, nas rádios "Mayrink Veiga", "Clube de Pernambuco", "Clube do Brasil". Nas chanchadas da década de 50, Chico passou a escrever diálogos e, eventualmente, atuava como ator em filmes da Atlântida Cinematográfica. Na TV Rio estreou em 1957 o "Noite de Gala". Em 1959, estreou o programa Só tem tantã, lançado por Joaquim Silvério de Castro Barbosa, mais tarde chamado de Chico Anysio Show. Além de escrever e interpretar seus próprios textos no rádio, televisão e cinema, sempre com humor fino e inteligente, Chico se aventurou com relativo destaque pelo jornalismo esportivo, teatro, literatura e pintura, além de ter composto e gravado algumas canções: Hino ao Músico, (Nanci Wanderley, Chico Anysio e Chocolate), foi prefixo do seu programa Chico Anysio Show, nas TV Excelsior, TV Rio e TV Globo e nos espetáculos teatrais, como o do Ginástico Português, no Rio em 1974, acompanhado sempre do violonista brasileiro Manuel da Conceição - O mão de vaca; Rancho da Praça XI, Chico Anysio e João Roberto Kelly, gravado pela cantora Dalva de Oliveira. A música fez grande sucesso no carnaval do IV Centenário do Rio de Janeiro, isto é, fevereiro de 1965; Vários sucessos com seu parceiro Arnaud Rodrigues, gravados em discos e usados no quadro de Chico City Baiano e os Novos Caetanos. Desde 1968, encontra-se ligado a Rede Globo, onde conseguiu o status de estrela num "cast" que contava com os artistas mais famosos do Brasil; e graças também a relação de mútua admiração e respeito que estabeleceu com o executivo Boni. Após a saída de Boni da Globo nos anos 90, Chico perdeu paulatinamente espaço na programação, situação agravada em 1996 por um acidente em que fraturou a mandíbula. Em 2005, fez uma participação no Sítio do Picapau Amarelo, onde interpretava o Doutor Saraiva e, recentemente, participou da novela Sinhá Moça, na Rede Globo. É pai dos atores Lug de Paula, do casamento com a atriz Nanci Wanderley, Nizo Neto e Ricardo, da união como Rose Rondelli, André Lucas, que é filho adotivo, Cícero, da união com ex-frenética Regina Chaves e Bruno Mazzeo, do casamento com a atriz Alcione Mazzeo. Também teve mais dois filhos com a ex-ministra Zélia Cardoso de Mello, Rodrigo e Vitória. É irmão da também atriz Lupe Gigliotti com quem já contracenou em vários trabalhos na TV, do cinesta Zelito Viana e do industrial, compositor e ex produtor de rádio Elano de Paula. Também é tio do ator Marcos Palmeira.

Momento da oralidade

ATIVIDADE 3 (em sala de aula): a) Conheciam o artista e humorista Chico Anysio? b) O que significa humorista? c) O que é um personagem? d) Conhecem algum personagem de Chico Anysio?

Professor(a),

nesse momento, apresentar alguns vídeos do personagem de Chico Anysio (Pantaleão) que é um contador de causo .

ATIVIDADE 4 (em sala de aula)

a) utilizando a tv pendrive, data show ou Arthur, passar os vídeos conforme links abaixo:

CHICO ANYSIO ANÍSIO (PANTALEÃO)

http://www.youtube.com/watch?v=ymgQJvon5lE visto em 30/09/14

http://www.youtube.com/watch?v=-v-m5U3GGkY visto em 30/09/14

http://www.youtube.com/watch?v=X58o2aSEPDM visto em 30/09/14

Professor(a),

após a exibição do vídeos questionar aos alunos:

ATIVIDADE 5 a) Quais as características do Pantelão? (personagem de Chico Anysio)? b) O que é um bordão? Qual o utilizado por Pantaleão e qual a intenção? c) Qual a relação entre humor e causo? d) Começar uma pequena discussão sobre a mentira.

Bordão Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Bordão é uma expressão comumente repetida por alguém, ou algo, sempre em uma determinada situação.1 Também serve para facilitar a identificação de diversos personagens no meio humorístico, como o repetido pela personagem Valéria Vasques, interpretado porRodrigo Sant' Anna: Ai como tô bandida, no programa Zorra Total. Outro exemplo é o bordão Foi sem querer querendo, repetido pelo personagem Chaves, do seriado mexicano e mais outro tipo como Ah! O que que há Velhinho? de Pernalonga da Warner Bros.

Professor(a),

momento de conhecer outro artista que utiliza o causo;

ATIVIDADE 6

Levar os alunos novamente ao laboratório de informática e pedir para pesquisarem a biografia de Rolando Boldrin http://www.letras.com.br/#!biografia/rolando-boldrin, e os sites abaixo, para assistirem Rolando Boldrin atuando como contador de causos.

ROLANDO BOLDRIN

www.youtube.com/watch?v=hoGHjtV-0pw VISTO EM 30/09/14 http://www.youtube.com/watch?v=QvkwDH_ewWo VISTO EM 30/09/14 www.youtube.com/watch?v=whZzX_igCKU VISTO EM 30/09/14 http://www.youtube.com/watch?v=Fxlv9XujHI4 VISTO EM 30/09/14

Professor(a),

último vídeo, agora com uma nova forma de se contar causo, sem usar a linguagem coloquial com bordões, como no caso de Chico Anysio ou com jeito caipira de falar em Rolando Boldrin, mas primando pela linguagem formal.

Nesse vídeo, um casal está jantando num restaurante japonês e recebe um biscoito da sorte (bilhete), dizendo que a esposa irá matar o marido naquela noite. Essa mensagem, mesmo sendo de um biscoito da sorte, acaba gerando muita confusão, tornando o causo leve e divertido de assistir.

ATIVIDADE 7 (em sala de aula) a) assistir o vídeo do programa Casos e Causos da RPV tv, disponível no site abaixo, utilizando a tv pendrive, artur, data-show

“O biscoito da sorte” conforme link abaixo:“O biscoito da sorte” www.youtube.com/watch?v=KhdS73CQO0M (visto em 06.10.14)

Momento da oralidade

Professor(a),

após assistir ao vídeo, questionar aos alunos:

ATIVIDADE 8

a) Quais dos causos mais gostaram? Por quê? b) Quais as diferenças entre os causos? c) Qual público se destina? d) Qual a linguagem utilizada? e) Qual a intenção de cada causo?

ATIVIDADE 9

a) solicitar aos alunos que tragam por escrito causos que ouviram de familiares, vizinhos. (não podendo ser de rádio, televisão, internet, livros)

Momento da oralidade

Professor(a),

solicitar aos alunos que leiam os causos trazidos de casa.

Nesse momento, ser bastante flexível, respeitando os alunos que não gostam de se expor, pois nem todos têm vocação para contar causo, se necessário, faça a leitura.

Momento da (re)escrita

Professor(a),

utilizando o dicionário, solicite aos alunos que (re) escrevam os causos trazidos de casa utilizando a linguagem formal.

ATIVIDADE 10

Após a (re)escrita questioná-los: a) Que tipo de causo escreveu? b) após a reescrita, o texto perdeu o sentido? c) Qual das formas escritas você prefere? d) Qual o público a que se destina o causo? e) Qual a forma escrita atingiria melhor o público a que se destina?

(Duração da unidade 4 horas)

Professor(a),

Após a (re)escrita dos causos, informar aos alunos que serão publicados num Blog.

Na sequência, questionar os alunos: a) o que sabem sobre internet? b) o que sabem sobre blog? c) conhecem o editor de texto (broffice)?

ATIVIDADE 1 (no laboratório de informática)

a) solicitar aos alunos que digitem os causos trazidos de casa, usando a linguagem formal e informal, para posterior publicação num blog que será criado pelo professor, e as postagem a cargo dos alunos.

BROFFICE WRITTER