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Sumário

Introdução ...... 5

Capítulo 1. Balanço da última década e situação atual de São Luís ...... 11

1.1. Demografia ...... 14

1.2. Infraestrutura Urbana ...... 15

1.3. Atividade Econômica ...... 21

1.4. Mercado de Trabalho ...... 22

1.5. Desenvolvimento Humano ...... 25

1.6. Renda, Pobreza e Desigualdade ...... 27

1.7. Educação ...... 30

1.8. Saúde ...... 33

1.9. Segurança ...... 34

1.10. Juventude ...... 35

1.11. Gestão Fiscal ...... 37

Capítulo 2. Condicionantes do futuro ...... 41

2.1. Tendências relevantes para São Luís ...... 43

2.2. Incertezas críticas para São Luís ...... 79

Capítulo 3. Cenários para São Luís 2033 ...... 85

Cenário 1 ...... 90

Cenário 2 ...... 96

Cenário 3 ...... 102

Cenário 4 ...... 109

1 Lista de ilustrações

FIGURAS

Figura 1. Destaques de Investimentos (2013-2017) ...... 76

Figura 2. Quatro Cenários para São Luís 2013-2033 ...... 88

GRÁFICOS

Gráfico 1. População por Faixas de Idade - 2010 ...... 15

Gráfico 2. População Jovem (15 a 24 anos) ...... 15

Gráfico 3. Aglomerados Subnormais ...... 17

Gráfico 4. Saneamento Básico - Índice Trata Brasil ...... 17

Gráfico 5. Tempo médio do deslocamento casa – trabalho – regiões metropolitanas selecionadas no Brasil e no Mundo* (em minutos) ...... 19

Gráfico 6. PIB per capita ...... 22

Gráfico 7. Pessoal Ocupado por Posição na Ocupação ...... 23

Gráfico 8. Taxa de Sucesso dos Empreendedores ...... 24

Gráfico 9. Desigualdade de Renda ...... 27

Gráfico 10. Renda Domiciliar Per Capita e Pobreza ...... 28

Gráfico 11. IDEB Anos Iniciais - Escolas Municipais ...... 32

Gráfico 12. IDEB Anos Finais - Escolas Municipais ...... 32

Gráfico 13. Taxa de Mortalidade Infantil ...... 33

Gráfico 14. Índice Firjan de Gestão Fiscal ...... 38

Gráfico 15. Composição da receita orçamentária 2008 a 2012 (Em R$ milhões 2012) ...... 39

Gráfico 16. Composição da despesa orçamentária 2008 a 2012 (Em R$ milhões 2012) ...... 39

Gráfico 17. Exportações mundiais de mercadorias e serviços a preços correntes - 2003 a 2011 (US$ bilhões) ...... 45

Gráfico 18. Participação da população urbana no total da população mundial ...... 49

Gráfico 19. Taxa de Desemprego (%) - Média Anual ...... 53

2 Gráfico 20. Massa Salarial e Vendas Varejo ...... 53

Gráfico 21. Projeções População brasileira segundo as classes de renda ...... 55

Gráfico 22. Proporção da População segundo as Classes Econômicas ...... 55

Gráfico 23. Percentual de empresários com dificuldades para preencher vagas com profissionais qualificados...... 60

Gráfico 24. Demanda por serviços em função da idade ...... 68

Gráfico 25. Evolução das pirâmides etárias do Brasil 2010 - 2015 ...... 69

Gráfico 26. Pirâmide etária de São Luís em 2010 - 2033 ...... 70

Gráfico 27. Estimativa de déficit habitacional por Regiões Metropolitanas ...... 71

Gráfico 28. Participação de São Luís nas Atividades Avançadas do Maranhão ...... 73

Gráfico 29. Crescimento Populacional entre 2000 e 2010 - Grande São Luís ...... 75

Gráfico 30. Projeção de cargas do Porto do Itaqui ...... 78

MAPAS

Mapa 1. Porcentagem de pessoas em domicílios com banheiro e esgoto ligado à rede geral ...... 18

Mapa 2. Tempo médio de deslocamento entre a casa e o trabalho (horas) ...... 20

Mapa 3. Porcentagem de pessoas em domicílios com computador e internet ...... 21

Mapa 4. Taxa de desemprego (%) ...... 24

Mapa 5. Renda domiciliar per capita (R$/mês jul/2010) ...... 29

Mapa 6. Coeficiente de Gini ...... 29

Mapa 7. Porcentagem de pobres ...... 30

Mapa 8. Porcentagem que frequenta à escola (0 a 3 anos) ...... 31

Mapa 9. Porcentagem de jovens de 15 a 29 anos que não estudam nem trabalham ...... 36

Mapa 10. Porcentagem da população urbana e aglomerações urbanas, por tamanho da cidade, 2025 .. 50

Mapa 11. Distribuição do PIB por região ...... 57

Mapa 12. Cidades nordestinas ...... 58

Mapa 13. Evolução histórica da ocupação da Ilha de São Luís ...... 74

Mapa 14. Principais Rotas Marítimas ...... 77

Mapa 15. Eixo Araguaia- ...... 79

3 QUADRO

Quadro 1. Comparação das Principais Variáveis dos Cenários ...... 116

Quadro 2. Cenários em Números ...... 117

Quadro 3. Quadro de quantificação dos cenários ...... 118

TABELAS

Tabela 1. Posição das capitais do nordeste no ranking do IDHM ...... 26

Tabela 2. Indicadores dos Componentes do IDHM ...... 26

Tabela 3. Dívida com Restos a Pagar Dezembro 2008 a 2012 (Em R$ Milhões Correntes) ...... 40

Tabela 4. Os 20 maiores mercados consumidores ...... 54

Tabela 5. Cenários Exploratórios para São Luís no Horizonte 2033 ...... 87

4 Introdução

As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe- quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser

“Institutions are the rules of the game in a society; more for- mally, they are the humanly devised constraints that shape human interaction. In consequence they structure incentives in exchange, whether political, social or economic.” “ Douglas North

O presente documento apresenta Cenários para São Luís no período de 2013 a 2033. O estudo possui dois objetivos centrais: (i) construir configurações de futuro possíveis para a cidade; e (ii) subsidiar a formulação do Plano Estratégico da Cidade no horizonte 2033, bem como proces- sos de planejamento das outras instituições públicas e privadas que influenciam o desenvolvi- mento da cidade.

O futuro é um espaço aberto a várias possibilidades e repleto de incertezas. A construção de cenários tem se mostrado uma técnica eficaz para lidar com esses fatores incertos. O propósito dos cenários não é o de predizer o futuro, mas organizar, sistematizar e delimitar as incertezas explorando os pontos de mudança ou manutenção dos rumos de uma dada evolução de situa- ções com o intuito de formular estratégias antecipatórias.

5 ABORDAGEM PROSPECTIVA

Futuro alternativo A

Futuro alternativo B

Visão retrospectiva + Situação futura Possíveis livre de Situação variações Extrapolação surpresas atual da tendência

+ Condicionantes do futuro Futuro alternativo N

Este documento está estruturado em três capítulos. O Capítulo I: Balanço da última década e situação atual de São Luís, apresenta a evolução recente do desenvolvimento socioeconômico da cidade de São Luís, comparando com as outras capitais do Nordeste e média Brasileira.

Capital de um dos estados mais pobres do Brasil, São Luís não é uma cidade pobre para os pa- drões do Nordeste. O Produto Interno Bruto (PIB) per capita só perde para o entre as capitais do Nordeste. Além disso, a evolução na última década mostra um expressivo cresci- mento econômico.

No entanto, em indicadores sociais e urbanos, São Luís apresenta baixo desenvolvimento mesmo quando comparados às demais capitais nordestinas, como em mortalidade infantil, sa- neamento, moradias inadequadas e renda domiciliar per capita. Os índices de pobreza e desi- gualdade ainda são muito elevados e emergem problemas como mobilidade urbana e violência. Há, portanto, um descompasso entre a geração de riqueza e os indicadores sociais e urbanos, que limitam a capacidade de desenvolvimento e a qualidade de vida da população de São Luís.

O desenvolvimento de São Luís é limitado pelo seu ambiente institucional1, com o predomínio de práticas clientelistas, ainda baixa transparência e gestão ineficiente. Destaca-se também a

1 A qualidade das instituições, i.e., as regras do jogo que regem as relações numa sociedade, são determinantes para a prosperidade.

6 presença de elevadas disparidades intramunicipais que demandam estratégias de políticas dire- cionadas às prioridades em cada região a fim de reduzir as desigualdades internas.

Após o diagnóstico recente, são mapeados aqueles elementos no âmbito global, nacional e re- gional que influenciarão, com elevado grau de certeza, o desenvolvimento futuro de São Luis. Este é o objeto da primeira parte do Capítulo 2: Condicionantes do Futuro, sintetizado na figura a seguir:

Para olhar à frente, é necessário também identificar as grandes incertezas que se colocam para o desenvolvimento de São Luís. As incertezas críticas estão mapeadas na segunda parte do Ca- pítulo 2. O futuro de São Luís será influenciado pelo crescimento econômico do Brasil e do es- paço geoeconômico de São Luís. Ao cumprir o papel de intermediário entre o eixo de desenvol- vimento Araguaia-Tocantins e o mundo, dado seu potencial logístico, a capital maranhense terá seu futuro, em grande medida, condicionado pela expansão das fronteiras do agronegócio, pela lógica dos mercados de commodities e do comércio internacional, pela evolução da indústria e dos serviços no Maranhão, bem como pela capacidade do seu complexo portuário se manter competitivo e atuar em padrões globais de eficiência.

7 A outra incerteza-crítica síntese diz respeito a fatores internos, em especial, os padrões institu- cionais que predominarão em São Luís nos próximos 20 anos. Os padrões instituicionais envol- vem fatores como o comportamento da sociedade em relação ao que é público e de interesse comum, transparência, qualidade da gestão pública e governança metropolitana. Instituições predominantemente extrativistas acabam por incentivar a apropriação privada do bem público, a insegurança jurídica, desestimulam o empreendedorismo e a inovação, bem como compro- metem o acesso e qualidade dos serviços públicos.

É a partir dessas duas forças motrizes principais – crescimento econômico do Brasil e do espaço geoeconômico de São Luís e padrões institucionais predominantes em São Luís – que são defi- nidos os Cenários para São Luís 2033, objeto do Capítulo 3.

QUATRO CENÁRIOS PARA SÃO LUÍS 2013-2033

Fonte: Macroplan.

No Cenário 1, Continuidade (Caranguejo do Mangue), o contexto econômico brasileiro e do espaço geoeconômico de São Luís desfavorável, com crescimento intermitente, aliado a manu- tenção das instituições extrativistas na capital maranhense, com baixa articulação entre os ato- res, não gera em São Luís uma dinâmica de desenvolvimento inclusivo. Há baixa disseminação interna de oportunidades e de renda. Até 2033, a capital maranhense tem crescimento urbano desordenado e crescentes passivos socioeconômicos e ambientais.

No Cenário 2, Inclusão progressiva (Jurará), apesar das dificuldades apresentadas pelo desfa- vorável cenário econômico brasileiro e do espaço geoeconômico de São Luís, há uma agenda de reformas institucionais em curso na capital maranhense que melhora seu ambiente de negócios

8 e promove melhorias nos serviços públicos e na qualidade de vida. Em 2033, a cidade não é rica, mas tem as bases para o desenvolvimento sustentável.

O Cenário 3, Crescimento excludente (Milagre Maranhense), o contexto econômico brasileiro apresenta desempenho favorável mas São Luís não aproveita as oportunidades proporcionadas por este contexto, pois o ambiente institucional instável dificulta o desenvolvimento dos negó- cios. Mesmo com elevado crescimento econômico, em 2033, São Luís é uma cidade com grande concentração de poder e riqueza e com baixa qualidade de vida para a maioria da população.

No Cenário 4, Desenvolvimento inclusivo e integrado (Vôo do Guará), suportada por melhores instituições e maior concertação política e institucional entre os atores sociais, econômicos e políticos de São Luís e do entorno metropolitano, a capital passa a explorar com maior intensi- dade suas principais vocações e potencialidades e aproveita as principais oportunidades trazidas pelo contexto externo favorável. Em 2033, São Luís é uma cidade com planejamento urbano integrado e com melhoria substancial dos padrões de qualidade de vida, com diminuição das desigualdades.

Os cenários constituem representações simplificadas de trajetórias futuras da realidade, esta muito mais plural, contraditória e complexa. A riqueza está na visão de conjunto dos futuros possíveis e sua utilidade principal é inspirar a formulação de estratégias antecipatórias e criati- vas. Seu intuito, portanto, é antecipar decisões e traduzi-las em iniciativas concretas para com- por a Estratégia de Longo Prazo com seus projetos, metas e indicadores para, dentro do quadro de possibilidades, fazer o melhor futuro para São Luís acontecer.

9

Capítulo 1. Balanço da última década e situação atual de São Luís

v

Balanço da última década e situação atual de São Luís

1

11

O objetivo deste capítulo é analisar a evolução recente do desenvolvimento socioeconômico da cidade de São Luís. Esta análise tem como grupo de comparação as capitais do Nordeste e a média brasileira. Os dados utilizados são, na sua maioria, oriundos de fontes oficiais de informa- ção.2

Sempre que possível foi feita uma análise da cidade por região. São Luís é dividido em 29 áreas de ponderação, isto é, recortes territoriais para os quais são apurados os dados da amostra do Censo Demográfico, de modo que cada uma possui população entre 30 e 45 mil habitantes. A análise intramunicipal revela elevadas disparidades que demandam estratégias de políticas di- recionadas às prioridades em cada território a fim de reduzir as desigualdades internas.

De modo geral, os resultados de São Luís mostram um descompasso entre a geração de riqueza e os indicadores sociais e urbanos, que limitam a capacidade de desenvolvimento da cidade. O forte desempenho econômico não resultou em ganhos proporcionais em termos de bem-estar da população ludovicense. Os índices de pobreza e desigualdade ainda são muito elevados e a renda domiciliar per capita baixa. Variáveis econômicas, como PIB e PIB per capita tiveram no- tável crescimento na década, enquanto as dimensões relacionadas ao desenvolvimento social, urbano, infraestrutura e mobilidade urbana se encontram em níveis preocupantes quando com- paradas às demais capitais nordestinas.

Conforme apontam as recentes teorias de desenvolvimento, o padrão institucional, isto é, “as regras do jogo”, são preponderantes para a prosperidade; não basta gerar riqueza, mas con- vertê-la em qualidade de vida para a população. De acordo com as pesquisas qualitativas reali- zadas no âmbito do projeto, São Luís apresenta uma carência institucional representada por um “modelo político clientelista”, aliado à “forte dependência do setor público” e do “abandono bilateral da cidade por parte dos governantes e da população”. A gestão ineficiente é um reflexo das instituições predominantemente extrativistas3 no Maranhão e em São Luís, que acabam por incentivar a apropriação privada do bem público, a insegurança jurídica, e compromete o acesso e qualidade dos serviços públicos.

A seguir, passamos à análise de dimensões importantes para o entendimento da situação atual da cidade.

2 Um conjunto maior de dados e gráficos pode ser obtido no “Diagnóstico socioeconômico de São Luís”.

3 Expressão cunhada por Daron Acemoglu e James Robinson no livro “Por que as nações fracassam?”. Instituições extrativistas geram insegurança jurídica, desigualdades e poucos incentivos a investimentos e à inovação.

13 1.1. DEMOGRAFIA

De acordo com o Censo 2010, São Luís conta com uma população de 1.014.837 habitantes. Em 2000, eram 868.047 habitantes. A população da capital maranhense equivale a 15,4% do total do estado e a 76,2% do total de residentes na sua Região Metropolitana. Quando analisado o percentual da população dos municípios das capitais em relação aos das respectivas Unidades da Federação, observa-se que São Luís apresenta o menor valor no Nordeste.

A população de São Luís cresceu mais que a média brasileira e que as demais capitais do Nor- deste nas últimas décadas. São Luís tem uma estrutura etária mais madura do que a do Mara- nhão e mais jovem do que a brasileira (Gráfico 1). A distribuição etária da população revela que São Luís é a capital mais jovem do Nordeste, com 21% de pessoas entre 15 e 24 anos de idade (Gráfico 2), além de possuir 71% de sua população entre 15 e 64 anos, idade potencialmente ativa economicamente. Como consequência, a razão de dependência4 caiu de 56,5 para 45,7, entre 2000 e 2010, o que configura o bônus demográfico, isto é, o período em que a população ativa é mais numerosa e que corresponde a uma janela de oportunidade para o desenvolvi- mento da economia ludovicense.

No que tange grupos específicos, mulheres e negros representam a maioria da população, 53% e 70%, respectivamente.

4 A razão de dependência mede o peso da população considerada inativa (0 a 14 anos e 65 anos ou mais de idade) sobre a população potencialmente ativa (15 a 64 anos).

14 GRÁFICO 1. POPULAÇÃO POR FAIXAS DE IDADE - 2010

11,31 10,75 9,54 8,72 9,07 7,53 7,65 7,43 6,74 5,56 4,49 3,52 2,45 1,86 1,4 0,92

0 a 4 5 a 9 10 a 15 a 20 a 25 a 30 a 35 a 40 a 45 a 50 a 55 a 60 a 65 a 70 a 75 a anos anos 14 19 24 29 34 39 44 49 54 59 64 69 74 79 anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos

São Luís - MA Maranhão Brasil

Fonte: Censo 2010/IBGE

GRÁFICO 2. POPULAÇÃO JOVEM (15 A 24 ANOS)

30,0% 25,0% 20,0% 15,0% 10,0% 5,0% 0,0% Recife - PE Salvador - João Maceió - - Natal - RN - - São Luís - BA Pessoa - AL SE CE PI MA PB 2000 2010

Fonte: Censo 2010/IBGE

1.2. INFRAESTRUTURA URBANA

Na década de 90, a população ludovicense residente em área urbana cresceu de forma acelerada e hoje corresponde a quase totalidade dos habitantes da cidade. A taxa de urbanização em São Luís é de 94,5%, segundo o Censo 2010. Embora seja uma das capitais nordestinas menos den- samente povoadas (à frente apenas de Teresina), São Luís experimentou crescimento de 16,6% na densidade na última década. Em 2010, a densidade populacional no município atingiu 1.216 habitantes/Km2.

15 A infraestrutura urbana de São Luís não acompanhou este elevado crescimento populacional, o que ocasionou problemas de moradia, saneamento e mobilidade. A proporção de domicílios em aglomerados subnormais é a segunda maior entre as capitais nordestinas; mais de 1/5 da popu- lação vive em aglomerados subnormais (Gráfico 3). Segundo o Censo 2010, a Grande São Luís possui um déficit habitacional de 59.852 domicílios (16,6% do total), configurando o segundo maior entre as capitais nordestinas.

No que tange ao saneamento, no índice Trata Brasil – que analisa o atendimento com água tra- tada, coleta de esgoto, perdas na distribuição, investimentos e avanços na cobertura e o que é feito com o esgoto – São Luís encontra-se em último lugar, com nota média pouco superior a 3 e a maior proporção de perdas totais na distribuição (Gráfico 4). A rede geral de esgoto contem- pla menos da metade dos domicílios, assim como o abastecimento de água – 83,4% dos domi- cílios recebem água limpa. No que se refere ao destino do lixo, 90,9% dos moradores de São Luís têm acesso à coleta de lixo adequada. Embora este percentual seja superior às médias nacional (85,8%) e do Nordeste (72,9%), é o mais baixo dentre as capitais nordestinas. Além disso, a fre- quência da coleta de lixo é inferior à das capitais do NE5.

5 Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, 2010

16

GRÁFICO 3. AGLOMERADOS SUBNORMAIS6 % Aglomerados % Capital/UF 35,0% 100% 30,0% 90% 80% 25,0% 70% 20,0% 60% 50% 15,0% 40% 10,0% 30% 20%

5,0% 10% Proporção Domicílios emDomicílios Proporção

Aglomerados Subnormais Aglomerados 0,0% 0%

Proporção de Domicílios em aglomerados subnormais % Aglomerados Capital/UF

Fonte: Censo 2010/IBGE

GRÁFICO 4. SANEAMENTO BÁSICO - ÍNDICE TRATA BRASIL

100 7,00 6,00 80 5,00 Brasil Trata Nota 60 4,00 40 3,00 2,00 20 1,00 Percentual de domicílios de Percentual 0 0,00 São Luís Teresina Maceió - Natal - Recife - João Aracaju -Fortaleza Salvador - MA - PI AL RN PE Pessoa - SE - CE - BA PB Atendimento de água (%) Atendimento de esgoto (%) Esgoto tratado por água consumida (%) Perdas totais (%) Nota Trata Brasil

Fonte: Trata Brasil com base no SNIS 2010

6 O IBGE classifica como aglomerado subnormal cada conjunto constituído de, no mínimo, 51 unidades habitacionais carentes, em sua maioria, de serviços públicos essenciais, ocupando ou tendo ocupado, até período recente, terreno de propriedade alheia (pública ou particular) e estando dispostas, em geral, de forma desordenada e densa. A identificação atende aos seguintes crité- rios:

a) Ocupação ilegal da terra, ou seja, construção em terrenos de propriedade alheia (pública ou particular) no momento atual ou em período recente (obtenção do título de propriedade do terreno há dez anos ou menos); e

b) Possuírem urbanização fora dos padrões vigentes (refletido por vias de circulação estreitas e de alinhamento irregular, lotes de tamanhos e formas desiguais e construções não regularizadas por órgãos públicos) ou precariedade na oferta de serviços pú- blicos essenciais (abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta de lixo e fornecimento de energia elétrica).

17 Em termos de acesso à infraestrutura de saneamento por área da cidade, Cidade Operária, Co- hatrac e Centro destacam-se com os melhores indicadores, com mais de 90% da população re- sidindo em domicílios com banheiro e esgoto ligado à rede geral de esgoto. No outro extremo, áreas como São Raimundo, Cidade Olímpica e Maracanã possuem acesso extremamente precá- rio ao saneamento, abaixo de 1%. Vale ressaltar, porém que no Litoral, área com maior renda da cidade, 35% dos domicílios não estão conectados à rede geral de esgoto.

MAPA 1. PORCENTAGEM DE PESSOAS EM DOMICÍLIOS COM BANHEIRO E ESGOTO LIGADO À REDE GERAL

Legenda: MÉDIA SÃO LUÍS 45,1 > 73 + > 50 a 73 > 15 a 50 - 11 12 < 15

10 8 1 CENTRO 90,3 2 MONTE CASTELO 75,3 9 13 3 BAIRRO DE FÁTIMA 86,7 4 JOÃO PAULO 74,8 2 5 VILA PALMEIRA 56,6 1 7 6 ANIL 32,4 14 7 ANGELIM 77,1 21 5 15 8 COHAMA 56,2 3 4 9 VINHAIS 70,3 6 10 SÃO FRANCISCO 72,4 22 11 LITORAL 64,6 12 TURU 19,1 17 18 16 13 ITAPIRACÓ 57,1 14 COHATRAC 95,1 15 COHAB 27 61,0 16 SÃO CRISTÓVÃO 14,5 19 26 17 SANTO ANTÔNIO 31,8 18 SACAVÉM 64,5 20 28 19 COROADINHO 42,3 25 20 VILA EMBRATEL 5,3 29 21 MAURO FECURY 6,8 22 ANJO DA GUARDA 30,1 23 MARACANÃ 0,8 24 TIBIRI 2,5 25 SÃO RAIMUNDO 0,3 26 TIRIRICAL 18,3 23 24 27 CIDADE OPERÁRIA 96,6 28 JARDIM AMÉRICA 23,7 29 CIDADE OLÍMPICA 0,4

Fonte: Estimativas produzidas com base nos microdados da Amostra do Censo Demográfico (IBGE) de 2010.

Quanto à mobilidade, mais da metade dos ludovicenses levam mais de meia hora para chegar ao trabalho. Na região metropolitana, o movimento dos trabalhadores dura 39 minutos, em média, acima da média das regiões metropolitanas brasileiras e na comparação internacional, conforme o gráfico 5, inferior apenas à Xangai. Uma possível explicação para a deterioração da mobilidade urbana é a malha viária deficiente para atender o aumento da frota de veículos – entre 2001 e 2012, o total de veículos teve aumento de 206,8%, sendo que motos e automóveis cresceram 569% e 155%, respectivamente. Contudo, mesmo com o expressivo crescimento da frota (o segundo maior entre as capitais do NE), a quantidade relativa de carros por habitantes é baixa – 162 automóveis por 1000 habitantes, a segunda menor entre as capitais do NE – o que tende a indicar gargalos na estrutura viária e na engenharia de tráfego. A percepção entre os

18 entrevistados é que “os ônibus são antigos, sem manutenção, e as vias não foram ampliadas para absorver o grande número de novos veículos, assim como não houve integração adequada da hierarquia viária”. Se não houver planejamento para o crescimento da cidade, a tendência é de colapso da mobilidade e da infraestrutura urbana, com efeitos negativos no meio ambiente urbano de São Luís.

GRÁFICO 5. TEMPO MÉDIO DO DESLOCAMENTO CASA – TRABALHO – REGIÕES METROPOLITANAS SELECIONADAS NO BRASIL E NO MUNDO* (EM MINUTOS)

50

Grande São Luís: 39min 40

30

20

10

Paris

Milão

Madri

Recife

Belém

Berlim

Xangai

Seattle

Tóquio

Boston

Sydney

Curitiba

Chicago

Londres

Toronto

Salvador

Santiago

Fortaleza

Montreal

São Paulo São

Barcelona

Brasileiras

Estocolmo

Vancouver

Los Angeles Los

Nova Iorque Nova

Porto Alegre Porto

São Francisco São

Rio de Janeiro Rio de

Belo Horizonte

RMs Distrito Distrito Federal

Fonte: Pereira, R.H.M.; Schwanem, T.; “Tempo de deslocamento casa-trabalho no Brasil (1992-2009): diferenças entre regiões me- tropolitanas, níveis de renda e sexo”. IPEA, Texto para Discussão nº 1813, Brasília, Fevereiro 2013. *Tóquio (2005), e Europa (2006); Brasil (2009); Austrália, Canadá, Xangai e EUA (2010). Os critérios para delimitação das fronteiras das regiões me- tropolitanas europeias podem variar entre os países. Os dados para os EUA se baseiam nas regiões metropolitanas americanas (metropolitan statistical areas)

A análise por área da cidade mostra que o tempo de deslocamento entre casa e trabalho varia de 26,8 minutos no Litoral a 55 minutos entre os moradores da Cidade Olímpica. As áreas rurais, mais distantes do centro de São Luís, têm as piores médias de deslocamento.

19 MAPA 2. TEMPO MÉDIO DE DESLOCAMENTO ENTRE A CASA E O TRABALHO (HORAS)

Legenda: MÉDIA SÃO LUÍS 39,1 > 44 + < 38 a 44 < 33 a 38 - 11 12 < 33

10 8 1 CENTRO 31,9 2 MONTE CASTELO 31,6 9 13 3 BAIRRO DE FÁTIMA 32,1 4 JOÃO PAULO 35,1 2 5 VILA PALMEIRA 34,3 1 7 6 ANIL 39,8 14 7 ANGELIM 35,1 21 5 15 8 COHAMA 32,9 3 4 9 VINHAIS 30,9 6 10 SÃO FRANCISCO 30,3 22 11 LITORAL 26,8 12 TURU 40,1 17 18 16 13 ITAPIRACÓ 40,3 14 COHATRAC 44,8 15 COHAB 35,7 27 16 SÃO CRISTÓVÃO 41,6 19 26 17 SANTO ANTÔNIO 35,6 18 SACAVÉM 37,9 20 28 19 COROADINHO 44,3 25 20 VILA EMBRATEL 40,8 29 21 MAURO FECURY 43,2 22 ANJO DA GUARDA 37,0 23 MARACANÃ 41,9 24 TIBIRI 52,9 25 SÃO RAIMUNDO 53,8 26 TIRIRICAL 39,7 23 24 27 CIDADE OPERÁRIA 45,0 28 JARDIM AMÉRICA 51,7 29 CIDADE OLÍMPICA 54,9

Fonte: Estimativas produzidas com base nos microdados da Amostra do Censo Demográfico (IBGE) de 2010.

Com relação às Tecnologias da Informação e Comunicação, a estrutura de São Luís ainda é inci- piente, pois apenas 34% dos domicílios têm computador. O acesso a Internet é menos fre- quente, com apenas 28,7% das pessoas com computador e internet em São Luís, conforme o mapa abaixo. Em Tibiri, Cidade Olímpica, Maracanã e Mauro Fecury menos de 6% possuem com- putador e acessam Internet, enquanto no Litoral esse percentual chega a 82%. Já o celular é mais difundido, atinge 89% dos domicílios. Diante das potencialidades informacionais disponí- veis pela internet, a exclusão digital exerce um forte impacto negativo no exercício de cidadania em São Luís, pois reduz o acesso limitado às informações e aos serviços públicos ao tempo que limita a participação e o controle que a sociedade pode exercer sobre a gestão pública.

20 MAPA 3. PORCENTAGEM DE PESSOAS EM DOMICÍLIOS COM COMPUTADOR E INTERNET

Legenda: MÉDIA SÃO LUÍS 28,7 > 36 + > 24 a 36 > 13 a 24 - 11 12 < 13

10 8 1 CENTRO 35,0 2 MONTE CASTELO 27,8 9 13 3 BAIRRO DE FÁTIMA 23,1 4 JOÃO PAULO 29,1 2 5 VILA PALMEIRA 21,2 1 7 6 ANIL 30,9 14 7 ANGELIM 56,5 21 5 15 8 COHAMA 63,9 3 4 9 VINHAIS 57,2 6 10 SÃO FRANCISCO 32,3 22 11 LITORAL 81,8 12 TURU 19,3 17 18 16 13 ITAPIRACÓ 43,0 14 COHATRAC 66,4 15 COHAB 34,6 27 16 SÃO CRISTÓVÃO 25,1 19 26 17 SANTO ANTÔNIO 21,8 18 SACAVÉM 17,6 20 28 19 COROADINHO 12,7 25 20 VILA EMBRATEL 12,7 29 21 MAURO FECURY 5,6 22 ANJO DA GUARDA 16,8 23 MARACANÃ 5,9 24 TIBIRI 2,0 25 SÃO RAIMUNDO 9,4 26 TIRIRICAL 17,2 23 24 27 CIDADE OPERÁRIA 39,2 28 JARDIM AMÉRICA 20,8 29 CIDADE OLÍMPICA 3,9

Fonte: Estimativas produzidas com base nos microdados da Amostra do Censo Demográfico (IBGE) de 2010.

1.3. ATIVIDADE ECONÔMICA

Em 2010, o Produto Interno Bruto de São Luís totalizou R$ 17,9 bilhões, o que representa 39,6% da renda gerada no estado. A relevância da capital na geração do PIB estadual é particularmente grande no caso da Maranhão. O peso da capital no PIB do estado está entre os 10 maiores do Brasil.

O setor de serviços responde por 77,7% do PIB ludovicense, seguido pela indústria (22,2%) e pela agropecuária (0,1%). Cabe ressaltar que a importância relativa do setor industrial na gera- ção do PIB municipal em São Luís é a 5ª mais elevada dentre as 27 capitais brasileiras.

Entre 2003 e 2010, a atividade econômica ludovicense teve desempenho superior à média na- cional e foi a que mais cresceu entre as capitais do Nordeste, estabelecendo-se como o quarto maior PIB entre elas. Em 2010, a participação de São Luís no PIB do Nordeste e do Brasil era de, respectivamente, 3,5% e 0,48%, acima do observado em 2003 (3,2% e 0,41%, na ordem).

21 Na análise do PIB per capita, isto é, da riqueza produzida em relação à população, São Luís as- sume o segundo lugar dentre as capitais nordestinas, com R$ 17.703, atrás apenas de Recife (Gráfico 6). Na última década, o crescimento médio do PIB per capita foi de 15,7%.

GRÁFICO 6. PIB PER CAPITA Taxa deCrescimento Taxado capita per PIB

25000 18% 16% 20000 14% 12% 15000 10% 8% 10000

6% PIB per PIB capita 5000 4% 2% 0 0%

2000 2005 2010 Média de Crescimento

Fonte: IBGE.

1.4. MERCADO DE TRABALHO

São Luís apresenta a terceira maior taxa de participação do Nordeste, o que significa que 58,24% da população em idade para trabalhar estão inseridas no mercado de trabalho. O desemprego atinge 12,4% da população economicamente ativa, quarta maior taxa das capitais do NE, sendo maior entre as pessoas com nível de instrução mais elevado (sobretudo aqueles com ensinos médio e superior completos). Some-se a isso a maior informalidade entre as capitais nordestinas (junto com Teresina e Fortaleza): quase um quarto dos ocupados não possui carteira assinada (Gráfico 7).7

7 A população ocupada inclui empregadores, empregados, trabalhadores por conta própria, trabalhadores para subsistência, e os trabalhadores não remunerados.

22 GRÁFICO 7. PESSOAL OCUPADO POR POSIÇÃO NA OCUPAÇÃO

60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% Teresina São Luís João Maceió Fortaleza Recife Aracaju Natal Salvador Pessoa Empregados - com carteira de trabalho assinada Empregados - militares e funcionários públicos estatutários Empregados - sem carteira de trabalho assinada Conta própria Empregadores Não remunerados Trabalhadores na produção para o próprio consumo

Fonte: Censo 2010/IBGE.

No que tange aos empregos formais, destaca-se a importância da administração pública, seguida pelo comércio varejista e pela construção civil. Os maiores rendimentos8, por sua vez, são en- contrados nas instituições financeiras (R$ 3.571), na indústria metalúrgica (R$ 2.899) e na admi- nistração pública (R$ 2.502). Os salários médios de São Luís – enquanto indicador que serve como um referencial de produtividade da economia – sinalizam que as atividades econômicas ludovicenses são menos produtivas que os suas correlatas em outras capitais do Nordeste, pois a maioria dos setores apresenta rendimentos inferiores em São Luís quando comparado à média das demais capitais nordestinas.

Outro aspecto importante é o empreendedorismo, no qual São Luís destaca-se pelo maior per- centual de trabalhadores por conta própria. Contudo, vale observar que o empreendedorismo na cidade é de baixa performance, principalmente pelo baixo lucro médio e pela pior taxa de sucesso dos empreendedores9 (6%). Recife apresenta o dobro de sucesso, medido pelo percen- tual de empregadores no total de empreendedores (empregadores mais trabalhadores por conta própria) (Gráfico 8). Além disso, o desempenho das micro e pequenas empresas10 (MPE) ludovicenses é o mais fraco do Nordeste: as MPE respondem por 32% dos empregos e apenas 20% da massa salarial, enquanto, no Nordeste como um todo, essas taxas são de 38,9% e 27,2%, respectivamente.

8 Os valores correntes dos rendimentos apresentados referem-se ao ano de 2011.

9 A taxa de sucesso dos empreendedores é representada pelo número de empregadores sobre o número de trabalhadores por conta própria e de empregadores.

10 Micro e pequenas empresas são as que têm até 100 empregados.

23 Quanto à análise intramunicipal, Maracanã e Tirirical registram os maiores índices de desem- prego (cerca de 17%), enquanto as áreas mais ricas Litoral e Cohama possuem taxas de desem- prego inferiores à 7%.

GRÁFICO 8. TAXA DE SUCESSO DOS EMPREENDEDORES

21% 21% 21% 20% 20% 19% 19% 18% 20%

12% 12% 10% 10% 8% 8% 9% 6% 7%

São Luís Teresina Fortaleza Maceió Salvador Natal João Aracaju Recife Pessoa

Taxa de sucesso dos empreendedores Proporção de CP

Fonte: Censo 2010/IBGE

MAPA 4. TAXA DE DESEMPREGO (%)

Legenda: MÉDIA SÃO LUÍS 12,4 > 15 + < 13 a 15 < 12 a 13 - 11 12 < 12

10 8 1 CENTRO 14,9 2 MONTE CASTELO 13,2 9 13 3 BAIRRO DE FÁTIMA 14,6 4 JOÃO PAULO 13,9 2 5 VILA PALMEIRA 12,7 1 7 6 ANIL 13,1 14 7 ANGELIM 9,0 21 5 15 8 COHAMA 6,7 3 4 9 VINHAIS 8,9 6 10 SÃO FRANCISCO 13,1 22 11 LITORAL 5,5 12 TURU 12,0 17 18 16 13 ITAPIRACÓ 8,4 14 COHATRAC 8,5 15 COHAB 12,9 27 16 SÃO CRISTÓVÃO 12,2 19 26 17 SANTO ANTÔNIO 12,8 18 SACAVÉM 10,6 20 28 19 COROADINHO 15,2 25 20 VILA EMBRATEL 13,7 29 21 MAURO FECURY 16,2 22 ANJO DA GUARDA 15,3 23 MARACANÃ 17,0 24 TIBIRI 13,6 25 SÃO RAIMUNDO 16,3 26 TIRIRICAL 17,3 23 24 27 CIDADE OPERÁRIA 13,7 28 JARDIM AMÉRICA 12,5 29 CIDADE OLÍMPICA 11,3

Fonte: Estimativas produzidas com base nos microdados da Amostra do Censo Demográfico (IBGE) de 2010.

24 1.5. DESENVOLVIMENTO HUMANO

O desenvolvimento humano é medido nos municípios brasileiros por meio do Índice de Desen- volvimento Humano Municipal (IDHM), que sintetiza três aspectos fundamentais: Educação, Longevidade e Renda. Quanto mais próximo de 1, maior o grau de desenvolvimento humano de uma cidade. Dentre as capitais do Nordeste, São Luís possui o terceiro IDHM mais elevado (0,768). A primeira posição no ranking é ocupada por Recife (0,772) (Tabela 1).

Pela análise dos componentes do IDHM, o município destaca-se em Educação, que não consi- dera indicadores de qualidade11. São Luís é a única capital nordestina entre os 50 melhores mu- nicípios neste quesito, ocupando a 45ª posição. Teresina, na 278ª colocação, é a segunda capital do Nordeste mais bem posicionada neste ranking. O nível de instrução da população adulta12 e a frequência escolar no ensino nos níveis fundamental e médio impulsionam a performance glo- bal ludovicense no IDHM.

Já quando o desenvolvimento humano é analisado pelas óticas da renda e da longevidade, São Luís destaca-se negativamente no contexto nacional. Em ambas as dimensões o município loca- liza-se entre as três piores capitais nordestinas. No que se refere à longevidade, a esperança de vida ao nascer em São Luís é de 73,8 anos, enquanto que em Natal e Salvador – capitais nordes- tinas mais bem posicionadas no ranking – é de 75,1 anos. Já no tocante à renda, a capital mara- nhense apresenta renda per capita de R$ 805, ao passo que em Recife ela chega a R$ 1.444 (Tabela 2).

11 Esses indicadores serão abordados adiante na seção de Educação mostrando um retrato menos favorável da situação educacional de São Luís.

12 População com mais de 18 anos.

25 TABELA 1. POSIÇÃO DAS CAPITAIS DO NORDESTE NO RANKING DO IDHM

IDHM IDHM-EDUCAÇÃO IDHM-LONGEVIDADE IDHM-RENDA

RECIFE 210 377 1908 58

ARACAJU 227 261 1993 111

SÃO LUÍS 249 45 2504 593

NATAL 320 433 1426 211

JOÃO PESSOA 321 446 1561 193

SALVADOR 384 595 1429 186

FORTALEZA 467 422 1953 459

TERESINA 526 278 2162 813

MACEIÓ 1266 1302 3167 638

Fonte: “Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013”, PNUD.

TABELA 2. INDICADORES DOS COMPONENTES DO IDHM

IDHM E COMPONENTES - JOÃO SÃO LUÍS TERESINA FORTALEZA NATAL MACEIÓ SALVADOR RECIFE ARACAJU 2010 PESSOA

IDHM EDUCAÇÃO 0,752 0,707 0,695 0,694 0,635 0,679 0,698 0,693 0,708

% DE 18 ANOS OU MAIS COM ENSINO FUNDAMENTAL COM- 73,5 64,2 65,8 65,9 59,1 69,7 66,4 66,3 69,5 PLETO

% DE 5 A 6 ANOS FREQUEN- 96,0 97,5 95,9 92,8 87,0 92,9 95,3 92,6 95,0 TANDO A ESCOLA

% DE 11 A 13 ANOS FRE- QUENTANDO OS ANOS FINAIS 88,1 90,2 84,8 87,8 83,8 83,0 86,1 85,5 86,3 DO ENSINO FUNDAMENTAL

% DE 15 A 17 ANOS COM EN- SINO FUNDAMENTAL COM- 67,2 62,9 59,5 56,5 49,7 50,2 58,5 57,5 53,8 PLETO

% DE 18 A 20 ANOS COM EN- 53,1 46,2 45,4 47,8 42,6 41,8 46,7 47,9 50,7 SINO MÉDIO COMPLETO

IDHM LONGEVIDADE 0,813 0,82 0,824 0,835 0,799 0,835 0,825 0,832 0,823

ESPERANÇA DE VIDA AO NAS- 73,8 74,2 74,4 75,1 72,9 75,1 74,5 74,9 74,4 CER (EM ANOS)

IDHM RENDA 0,741 0,731 0,749 0,768 0,739 0,772 0,798 0,77 0,784

RENDA PER CAPITA (EM R$) 805,4 757,6 846,4 950,3 792,5 973,0 1144,3 964,8 1052,0

Fonte: “Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013”, PNUD. Nota: A renda per capita está auferida em valores de 01 de agosto de 2010.

26 1.6. RENDA, POBREZA E DESIGUALDADE

A riqueza gerada em São Luís, medida pelo PIB, não é a mesma riqueza auferida pela população, medida pela renda familiar: a distância entre essas duas rendas é de quase duas vezes. Assim, apesar de São Luís ter o segundo maior PIB per capita dentre as capitais do Nordeste, consegue ter a segunda pior renda familiar per capita nesta mesma base de comparação. Uma possível explicação para esse diferencial seria a existência de empregos de baixa qualidade, baixa quali- ficação da mão e obra e, consequente, baixa remuneração. Em outras palavras, boa parte da riqueza gerada em São Luís não é apropriada pela população.

GRÁFICO 9. DESIGUALDADE DE RENDA

2,50 0,7 0,68 2,00 0,66

1,50 0,64 Gini 1,00 0,62 0,6 0,50 0,58

PIB per capita/RDPC anual per PIB capita/RDPC 0,00 0,56 João Salvador Aracaju - Natal - Maceió - Teresina Recife - Fortaleza São Luís Pessoa - - BA SE RN AL - PI PE - CE - MA PB

PIB per capita/RDPC anual Gini

Fonte: IBGE

O índice de Gini, que mede a desigualdade de renda na população, é alto em relação ao padrão brasileiro (e mundial), mas encontra-se dentro da média observada na região Nordeste (Gráfico 9). Outro fator de atenção é o alto contingente de pobres – 38% da população – maior que a média brasileira e inferior apenas aos de Maceió e Teresina dentre as capitais nordestinas (Grá- fico 10).

27 GRÁFICO 10. RENDA DOMICILIAR PER CAPITA E POBREZA

1200 45% 40% 1000 35%

800 30% Pobreza 25% 600

RDPC 20% 400 15% 10% 200 5% 0 0% Recife Aracaju Salvador João Natal Fortaleza Maceió São Luís Teresina Pessoa

Renda Familiar Per Capita Pobreza

Fonte: Censo 2010/IBGE. Nota: A linha de pobreza utilizada foi de metade do salário mínimo de 2010 (R$255,00).

A desigualdade fica bastante visível quando se observa os indicadores das áreas da cidade. O Litoral concentra a maior renda da cidade, R$ 4.000 per capita, mais do dobro dos vizinhos, Cohama e Vinhais, que completam a trinca de bairros com maior renda em São Luís. Metade das áreas de São Luís registraram renda domiciliar per capita inferior ao salário mínimo da época.

A maior desigualdade, medida pelo índice de Gini, está nas áreas mais ricas, Litoral e São Fran- cisco e no Centro. Já a pobreza13 concentra-se, principalmente na área rural e do Itaqui-Bacanga, onde mais da metade da população é considerada pobre.

13 Pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 220.

28 MAPA 5. RENDA DOMICILIAR PER CAPITA (R$/MÊS JUL/2010)

Legenda: MÉDIA SÃO LUÍS 768 > 900 + > 520 a 900 > 400 a 520 - 11 12 < 400

10 8 1 CENTRO 885 2 MONTE CASTELO 509 9 13 3 BAIRRO DE FÁTIMA 498 4 JOÃO PAULO 526 2 5 VILA PALMEIRA 518 1 7 6 ANIL 619 14 7 ANGELIM 1.100 21 5 15 8 COHAMA 1.821 3 4 9 VINHAIS 1.783 6 10 SÃO FRANCISCO 945 22 11 LITORAL 4.035 12 TURU 490 17 18 16 13 ITAPIRACÓ 1.068 14 COHATRAC 1.140 15 COHAB 697 27 16 SÃO CRISTÓVÃO 631 19 26 17 SANTO ANTÔNIO 546 18 SACAVÉM 390 20 28 19 COROADINHO 389 25 20 VILA EMBRATEL 348 29 21 MAURO FECURY 314 22 ANJO DA GUARDA 433 23 MARACANÃ 281 24 TIBIRI 238 25 SÃO RAIMUNDO 367 26 TIRIRICAL 511 23 24 27 CIDADE OPERÁRIA 603 28 JARDIM AMÉRICA 442 29 CIDADE OLÍMPICA 344

Fonte: Estimativas produzidas com base nos microdados da Amostra do Censo Demográfico (IBGE) de 2010.

MAPA 6. COEFICIENTE DE GINI

Legenda: MÉDIA SÃO LUÍS 0,624 > 0,540 + < 0,507 a 0,540 < 0,475 a 0,507 - 11 12 < 0,475

10 8 1 CENTRO 0,575 2 MONTE CASTELO 0,509 9 13 3 BAIRRO DE FÁTIMA 0,514 4 JOÃO PAULO 0,508 2 5 VILA PALMEIRA 0,544 1 7 6 ANIL 0,506 14 7 ANGELIM 0,500 21 5 15 8 COHAMA 0,541 3 4 9 VINHAIS 0,557 6 10 SÃO FRANCISCO 0,693 22 11 LITORAL 0,573 12 TURU 0,550 17 18 16 13 ITAPIRACÓ 0,559 14 COHATRAC 0,441 15 COHAB 0,484 27 16 SÃO CRISTÓVÃO 0,506 19 26 17 SANTO ANTÔNIO 0,531 18 SACAVÉM 0,454 20 28 19 COROADINHO 0,540 25 20 VILA EMBRATEL 0,447 29 21 MAURO FECURY 0,427 22 ANJO DA GUARDA 0,446 23 MARACANÃ 0,479 24 TIBIRI 0,539 25 SÃO RAIMUNDO 0,477 26 TIRIRICAL 0,534 23 24 27 CIDADE OPERÁRIA 0,441 28 JARDIM AMÉRICA 0,473 29 CIDADE OLÍMPICA 0,480

Fonte: Estimativas produzidas com base nos microdados da Amostra do Censo Demográfico (IBGE) de 2010.

29 MAPA 7. PORCENTAGEM DE POBRES

Legenda: MÉDIA SÃO LUÍS 37,8 > 50 + < 39,5 a 50 < 26 a 39,5 - 11 12 < 26

10 8 1 CENTRO 25,4 2 MONTE CASTELO 39,4 9 13 3 BAIRRO DE FÁTIMA 39,8 4 JOÃO PAULO 35,7 2 5 VILA PALMEIRA 42,1 1 7 6 ANIL 30,8 14 7 ANGELIM 18,7 21 5 15 8 COHAMA 16,2 3 4 9 VINHAIS 18,2 6 10 SÃO FRANCISCO 41,8 22 11 LITORAL 11,6 12 TURU 45,3 17 18 16 13 ITAPIRACÓ 21,6 14 COHATRAC 12,1 15 COHAB 27 25,7 16 SÃO CRISTÓVÃO 33,7 19 26 17 SANTO ANTÔNIO 39,4 18 SACAVÉM 46,6 20 28 19 COROADINHO 55,1 25 20 VILA EMBRATEL 51,3 29 21 MAURO FECURY 53,3 22 ANJO DA GUARDA 39,8 23 MARACANÃ 60,7 24 TIBIRI 71,2 25 SÃO RAIMUNDO 51,8 26 TIRIRICAL 37,3 23 24 27 CIDADE OPERÁRIA 27,9 28 JARDIM AMÉRICA 41,5 29 CIDADE OLÍMPICA 57,3

Fonte: Estimativas produzidas com base nos microdados da Amostra do Censo Demográfico (IBGE) de 2010.

A elevada pobreza explica a importância dos programas assistenciais de transferência de renda, como o Bolsa Família (BF), e das aposentadorias e pensões públicas: estimativas do Censo 2010 sugerem que 24,5% das famílias de São Luís recebem BF e 5,5% recebem aposentadoria ou pen- são. A participação dessa renda não proveniente do trabalho na renda total dessas famílias é de 29,9% e 48,5%, respectivamente.

1.7. EDUCAÇÃO

O componente educacional é o destaque positivo quando analisado o desenvolvimento humano de São Luís pela ótica do IDHM. Isso se deve ao fato de que o indicador do Pnud/ONU considera o nível de instrução dos adultos e o acesso escolar (sobretudo na educação básica) onde a capital maranhense vem experimentando avanços importantes. Já na a qualidade do ensino, observa- se que São Luís possui importantes desafios a superar. Este panorama de avanços no acesso e desafios na qualidade do ensino não é exclusividade da capital maranhense e possui paralelo em diversos municípios brasileiros.

30 A taxa de analfabetismo de São Luís, de 5,8%, é a segunda menor dentre as capitais da região Nordeste. Esse indicador espelha o nível de instrução da população adulta ludovicense, que pos- sui o menor percentual de pessoas sem instrução ou com o fundamental incompleto (29,53%) e a maior proporção com ensino médio entre as capitais nordestinas. Na população com 25 anos de idade ou mais, menos de um terço não completou o Ensino Fundamental, enquanto que mais de 40% possui Ensino Médio completo (Gráfico 11).

Cerca de 92% das crianças com idade entre 6 e 9 anos estão matriculados no Ensino Fundamen- tal. Isso faz com que São Luís apresente, comparativamente às demais capitais do Nordeste, a 2ª melhor cobertura no Ensino Fundamental nos anos iniciais e a melhor taxa nos anos finais. No que se refere ao Ensino Médio, São Luís apresenta a segunda melhor cobertura dentre as capitais nordestinas: 78,4%.

Assim como ocorre na maior parte das cidades brasileiras, o desafio do acesso ao Ensino Infantil também se faz presente em São Luís. Segundo os dados do Censo de 2010, 27,7% das crianças entre 0 e 3 anos frequentam creches em São Luís. A heterogeneidade entre as áreas da cidade nesse indicador é bastante relevante. Maracanã e Cohab têm menos de 20% das crianças fre- quentando creche, enquanto em Vinhais, esse percentual é de (42%).

MAPA 8. PORCENTAGEM QUE FREQUENTA À ESCOLA (0 A 3 ANOS)

Legenda: MÉDIA SÃO LUÍS 14,8 > 30 + > 28 a 30 > 25 a 28 - 11 12 < 25

10 8 1 CENTRO 29,6 2 MONTE CASTELO 34,1 9 13 3 BAIRRO DE FÁTIMA 22,9 4 JOÃO PAULO 26,0 2 5 VILA PALMEIRA 27,3 1 7 6 ANIL 20,5 14 7 ANGELIM 34,8 21 5 15 8 COHAMA 33,8 3 4 9 VINHAIS 42,5 6 10 SÃO FRANCISCO 29,6 22 11 LITORAL 34,6 12 TURU 23,0 17 18 16 13 ITAPIRACÓ 31,2 14 COHATRAC 27,4 15 COHAB 19,3 27 16 SÃO CRISTÓVÃO 26,7 19 26 17 SANTO ANTÔNIO 27,5 18 SACAVÉM 24,7 20 28 19 COROADINHO 25,9 25 20 VILA EMBRATEL 29,0 29 21 MAURO FECURY 29,0 22 ANJO DA GUARDA 23,1 23 MARACANÃ 17,9 24 TIBIRI 23,0 25 SÃO RAIMUNDO 29,3 26 TIRIRICAL 27,8 23 24 27 CIDADE OPERÁRIA 31,9 28 JARDIM AMÉRICA 31,3 29 CIDADE OLÍMPICA 28,0

Fonte: Estimativas produzidas com base nos microdados da Amostra do Censo Demográfico (IBGE) de 2010.

31 Já no que se refere à qualidade da educação em São Luís, o Índice de Desenvolvimento da Edu- cação Básica (IDEB) do município ficou abaixo da média nacional do Ensino Fundamental de 2011 (4,7), quando analisados os anos iniciais. Em comparação com as demais capitais do Nordeste, São Luís tem maior destaque: fica na 3ª posição na avaliação da rede municipal e na 4ª posição na rede estadual. Vale ressaltar, no entanto, que entre 2007 e 2011 a capital maranhense per- deu posição neste ranking e não conseguiu alcançar a meta para os anos iniciais do Ensino Fun- damental, o que compromete as chances de sucesso dos alunos no decorrer do Ensino Básico e, por consequência, a permanência destes na escola. Já na avaliação dos anos finais do Ensino Fundamental, São Luís ficou pouco acima da média brasileira (3,8) (Gráficos 12 e 13).

GRÁFICO 11. IDEB ANOS INICIAIS - ESCOLAS MUNICIPAIS

6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 Aracaju Maceió Natal Salvador Recife São Luís Fortaleza João Teresina Pessoa

IDEB 2007 - Municipal IDEB 2011 - Municipal Meta 2007 - Municipal Meta 2011 - Municipal

Fonte: Ministério da Educação

GRÁFICO 12. IDEB ANOS FINAIS - ESCOLAS MUNICIPAIS

5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 Maceió Salvador Recife Aracaju Natal Fortaleza São Luís João Teresina Pessoa IDEB 2007 IDEB 2011 Meta 2007 Meta 2011

Fonte: Ministério da Educação

Por fim, no que tange ao Ensino Superior, entre 2008 e 2010, São Luís apresentou aumento acentuado do número de candidatos por vaga nos cursos de graduação, sendo esta a maior relação entre as capitais do Nordeste. Além disso, houve melhora na taxa de conclusão do en-

32 sino superior, mas ainda abaixo de 50%. A baixa taxa de conclusão do ensino superior tem con- sequência na quantidade de estudantes de mestrado e doutorado: São Luís é uma das piores capitais nesse quesito.

1.8. SAÚDE

O sistema de saúde de São Luís apresenta inúmeros desafios: os índices de mortalidade infantil, o número de médicos e a cobertura de Equipes Básicas de Saúde estão entre os piores do Nor- deste. Além disso, há um paradoxo importante, pois a maior mortalidade infantil está justa- mente na cidade com o melhor IDSUS (que avalia tanto a infraestrutura de saúde quanto o aten- dimento) dentre as capitais nordestinas. O componente do IDHM que considera a esperança de vida ao nascer é o segundo pior do Nordeste, com 73,76 anos. Nesse contexto, a percepção da população é de que a cidade cresceu, mas os equipamentos de saúde não acompanharam a demanda.

No que se refere à mortalidade infantil, nenhuma capital do Nordeste alcança o indicador reco- mendado pela OMS (10 por 1000 nascidos vivos). São Luís foi a única capital que teve aumento da taxa entre 2007 e 2011, além de possuir a maior mortalidade infantil da região (Gráfico 14).

GRÁFICO 13. TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL

20,00 10,0% 18,00 16,00 0,0% 14,00 -10,0%

12,00 Variação 10,00 -20,0% 8,00 6,00 -30,0% 4,00 -40,0% 2,00

0,00 -50,0% Taxa Moralidade Infantil Taxa Moralidade

Taxa de mortalidade infantil (2011) Variação 2007-2011

Fonte: Ministério da Saúde – Portal da Saúde. Nota: Número de óbitos de crianças residentes com menos de um ano de idade sobre o número de nascidos vivos de mães residentes na cidade em questão. Apresentado número de óbitos sobre 1.000.

33 Outro fator que não deve ser desconsiderado é o baixo número de médicos por habitantes. São Luís tem 2,33 médicos por 1000 habitantes, o segundo menor dentre as capitais da região Nor- deste. Este indicador é inferior à metade do registrado em Recife (5,46). A carência de médicos influencia negativamente o desempenho da atenção primária. Menos de um terço da população de São Luís está coberta pelas equipes básicas de saúde, apresentando o segundo pior desem- penho neste indicador dentre as capitais nordestinas (Gráfico 15).

GRÁFICO 15. EQUIPES BÁSICAS DE SAÚDE (2011)

88,5% 79,4% 82,2% 74,3% 64,9% 53,4% 45,8% 38,1% 39,1% 38,8% 32,9% 33,3% 24,9% 25,8% 25,9% 15,3% 17,2% 22,1%

Salvador São Luís Maceió Natal Fortaleza Recife João Aracaju Teresina Pessoa EBS Saúde Bucal

Fonte: Ministério da Saúde - DATASUS

Por fim, no tocante à infraestrutura de saúde, observa-se que a proporção de leitos hospitalares vem sendo reduzida nos últimos anos em São Luís, fenômeno que encontra paralelo no Brasil em geral. A população cresceu 17% na capital maranhense, ante uma redução de 2,9% na oferta de leitos no mesmo período. Este aspecto pode ser explicado pelo desempenho dos gastos com saúde em São Luís nos últimos anos. A despesa total com saúde experimentou aumento subs- tancial em todas as capitais nordestinas entre 2000 e 2012, mas São Luís apresentou a menor taxa média de variação neste quesito.

1.9. SEGURANÇA

Segurança é um grande desafio urbano em toda metrópole. Em São Luís, a taxa de homicídios de 56,1 homicídios por 100 mil habitantes posiciona o município em posição intermediária em relação às demais capitais nordestinas. A capital maranhense é a quarta mais violenta do Nor- deste, atrás de Maceió, João Pessoa e Recife. Vale ressaltar que este patamar encontra-se muito acima do referencial da OMS (10 óbitos/1000 habitantes).

34 Já quando analisada a variação da taxa de homicídios no comparativo 2008-2010, observa-se que São Luís experimentou o segundo maior crescimento dentre as capitais do Nordeste, atrás apenas da capital paraibana (Gráfico 16).

GRÁFICO 16. TAXA DE HOMICÍDIOS

120,0 40,0% 100,0 30,0%

20,0% Variação 80,0 10,0% 60,0 0,0% 40,0 -10,0% -20,0% Taxa Taxa Homicídios 20,0 -30,0% 0,0 -40,0%

Taxa Homicídios 2010 Variação 2008-2010

Fonte: Mapa da Violência.

1.10. JUVENTUDE

A transição demográfica em São Luís ainda está no início, o que significa que o município tem plenas condições de beneficiar-se do bônus demográfico nas próximas décadas. O aproveita- mento desta oportunidade, por sua vez, requer investimento maciço na juventude, em particu- lar os jovens estudantes e profissionais.

A promoção do protagonismo juvenil envolve a superação de importantes desafios. São Luís apresenta a maior proporção de jovens entre 15 e 24 anos que não estudavam nem estavam trabalhando (27%). Na comparação por gênero, as mulheres têm proporção superior aos ho- mens (Gráfico 17). Mesmo os jovens que buscam uma ocupação enfrentam barreiras ao tentar ingressar no mercado de trabalho. A taxa de desemprego dos jovens é de 25,5% em São Luís.

35 GRÁFICO 17. JOVENS QUE NEM ESTUDAM, NEM TRABALHAM

35,0% 30,0% 25,0% 20,0% 15,0% 10,0% 5,0% 0,0% Aracaju - Teresina - Natal - RN João Fortaleza - Salvador - Recife - PE Maceió - São Luís - SE PI Pessoa - CE BA AL MA PB Indicador NemNem Indicador NemNem - Homens Indicador NemNem - Mulheres

Fonte: Censo 2010/IBGE. Nota: Consideramos jovens a população entre 15 e 24 anos.

Em áreas da cidade como João Paulo, Maracanã, Coroadinho e Vila Palmeira, mais de um terço dos jovens de 15 a 29 anos não estão trabalhando nem estudando, enquanto o Litoral, Cohatrac e Itapiracó registram os menores índices de ociosidade juvenil, menos de 20%, porém ainda considerados alto para a média brasileira.

MAPA 9. PORCENTAGEM DE JOVENS DE 15 A 29 ANOS QUE NÃO ESTUDAM NEM TRABALHAM

Legenda: MÉDIA SÃO LUÍS 27,3 > 32 + < 28 a 32 < 24 a 28 - 11 12 < 24

10 8 1 CENTRO 28,6 2 MONTE CASTELO 26,0 9 13 3 BAIRRO DE FÁTIMA 26,3 4 JOÃO PAULO 36,0 2 5 VILA PALMEIRA 34,7 1 7 6 ANIL 25,0 14 7 ANGELIM 20,2 21 5 15 8 COHAMA 20,4 3 4 9 VINHAIS 20,5 6 10 SÃO FRANCISCO 24,7 22 11 LITORAL 14,7 12 TURU 22,3 17 18 16 13 ITAPIRACÓ 19,1 14 COHATRAC 18,1 15 COHAB 23,8 27 16 SÃO CRISTÓVÃO 28,7 19 26 17 SANTO ANTÔNIO 25,9 18 SACAVÉM 31,4 20 28 19 COROADINHO 36,3 25 20 VILA EMBRATEL 32,1 29 21 MAURO FECURY 32,6 22 ANJO DA GUARDA 31,9 23 MARACANÃ 34,9 24 TIBIRI 37,2 25 SÃO RAIMUNDO 32,0 26 TIRIRICAL 30,7 23 24 27 CIDADE OPERÁRIA 26,1 28 JARDIM AMÉRICA 24,1 29 CIDADE OLÍMPICA 27,0

Fonte: Estimativas produzidas com base nos microdados da Amostra do Censo Demográfico (IBGE) de 2010.

36 A vulnerabilidade social da juventude ludovicense é agravada por esta ociosidade. Entre os ma- les aos quais os jovens encontram-se vulneráveis, o mais grave é a violência. A taxa de homicí- dios entre jovens com idade de 15 a 24 anos é superior à do total da população: 83,2 e 56,1 homicídios por 100 mil habitantes, respectivamente.

Um dos desafios estratégicos de São Luís no horizonte das próximas duas décadas é a retenção e qualificação de sua juventude. Além da existência de oportunidades de emprego e de qualifi- cação profissional, a qualidade de vida no ambiente urbano é elemento importante e cada vez mais valorizado pelos jovens. A retenção de talentos em São Luís requer, portanto, investimen- tos não apenas em educação, saúde, mobilidade, saneamento básico e segurança, mas também em cultura e lazer – elementos essenciais para a formação dos cidadãos, especialmente os mais jovens.

Nesse sentido, ressalta-se que abaixa quantidade relativa de equipamentos de cultura, como museus, teatros e bibliotecas em São Luís. A limitação de equipamentos e espaços de lazer na capital maranhense pode ser ilustrada pelo número de habitantes por parque, 130 mil, o se- gundo mais elevado do Nordeste.

1.11. GESTÃO FISCAL

A gestão fiscal, medida pelo Índice Firjan (IFGF), é aqui utilizada como uma proxy da capacidade administrativa e da qualidade do ambiente institucional. Sendo assim, houve queda de 16,3% no IFGF no período 2006 e 2011, o que indica uma perda de qualidade na administração pública de São Luís. Na comparação com as demais capitais do Nordeste, a cidade ficou a frente apenas de Natal (Gráfico 18). Com base na pesquisa qualitativa realizada no âmbito do Plano de Longo Prazo de São Luís, a gestão municipal é vista como “ineficiente e sem capacidade de atender às demandas da população, além de faltarem incentivos e regras claras para atração de investi- mentos”. A pesquisa aponta que “um aspecto que dificulta a atração de empresas para São Luís é o excesso de burocracia e a politização das decisões".

37 GRÁFICO 14. ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCAL

0,80 0,70 0,60 0,50 0,40 0,30 0,20 0,10 0,00 Natal - RN São Luís - Salvador - Maceió - João Teresina - Aracaju - Fortaleza -Recife - PE MA BA AL Pessoa - PI SE CE PB IFGF 2006 IFGF 2010 IFGF 2011

Fonte: FIRJAN

Os relatórios “Desempenho Fiscal 2008-2011, Estimativa 2012 e projeção 2013” e “Desempenho Fiscal 2012, Orçamento 2013 e Reestimativas 2013”, realizados pela Macroplan em dezembro de 2012 e fevereiro de 2013, indicam que ao longo do período, a Receita Corrente cresceu em termos reais à média anual de 4,9%. A baixa expansão das transferências intergovernamentais entre 2008 e 2010, decorrentes da crise econômica, foi compensada pela expansão das receitas próprias, em particular, da receita com a arrecadação de Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), que mudou de patamar em 2011, tornando-se responsável por 44,5% do au- mento da Receita Corrente no período 2008 a 2012. A receita do Fundo de Manutenção e De- senvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) teve forte expansão no período analisado, impulsionado pelo crescimento das transferências de recursos da complementação da União ao Fundo, mecanismo que visa equalizar o volume de recursos financeiros por aluno, pelo menos entre algumas Unidades Federativas do país.

38 GRÁFICO 15. COMPOSIÇÃO DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA 2008 A 2012 (EM R$ MILHÕES 201214)

12 32 6 5 5 229 149 132 186 190 1207 1177 1046 1077 1020

365 372 405 473 518

2008 2009 2010 2011 2012 Receita Tributária Transferências intergovernamentais Outras Receitas Correntes Receita de Capital

Fonte: Macroplan, 2013.

Apesar disso, a situação deficitária de 2010, embora amenizada, persistiu face ao contínuo cres- cimento de despesas correntes e ao empenhamento de um montante de investimentos incom- patível com a disponibilidade de recursos.

GRÁFICO 16. COMPOSIÇÃO DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA 2008 A 2012 (EM R$ MILHÕES 2012)

33 30 28 17 31 694 786 754 651 597 1042 991 997 726 879 2031 2052 1496 1594 2001

2008 2009 2010 2011 2012

Despesa Total Pessoal Outras Despesas Correntes Investimentos + Inv. Financeiras Serviço da Dívida

Fonte: Macroplan, 2013.

As despesas de pessoal expandiram-se a uma taxa média de 8,8% no período analisado. Por essa razão, embora a Receita Corrente Líquida (RCL) tenha crescimento médio de 5,1% a.a., a relação Despesas de Pessoal/RCL passou de 48,3% para 54,4% entre 2008 e 2012, ultrapassando o limite prudencial de 54%. Em 2013, a concessão de novos aumentos aos servidores (77% do incre- mento da Receita Líquida obtida em 2013 foi destinado ao pagamento de pessoal), em especial aos da Educação, agravou ainda mais a situação fiscal, mas foi contrabalanceada com a decisão de enxugamento do quadro de servidores, sendo esperada a redução da relação Pessoal/Receita para patamar abaixo dos 51%.

14 IPCA/IBGE para 2008 a 2011, estimativa de 5,43% em 2012 – Relatório Focus/BACEN de 30/11/2012. Foi utilizada a variação média do IPCA em cada ano da série.

39 A participação dos investimentos na despesa total aumentou de uma média de 6,1% no biênio 2008-09 para 12,2% nos anos 2011-12. Essa expansão foi financiada, basicamente, com a gera- ção de déficit fiscal, o que elevou fortemente o Passivo Financeiro do Município, principalmente através do acúmulo de Restos a Pagar Processados e Não Processados.

O Serviço da Dívida do município empenhado em 2012 foi de R$ 28 milhões; considerada a re- lação entre a Dívida Líquida e a Receita Corrente Líquida, o Município se encontra bem abaixo do limite permitido pelo Senado Federal, do que resulta um comprometimento com o serviço da dívida bastante confortável - média de 1,5% do total da despesa.

Embora a Dívida Contratual não seja preocupante, não se pode dizer o mesmo dos Restos a Pagar - RP, com expansão significativa nos últimos anos, passando de R$ 60 milhões em 2008 para R$ 831 milhões ao final de 2012, comprometendo fortemente a capacidade da Prefeitura de honrar os compromissos assumidos.

TABELA 3. DÍVIDA COM RESTOS A PAGAR DEZEMBRO 2008 A 2012 (EM R$ MILHÕES CORRENTES)

Restos a pagar Dez/08 Dez/09 Dez/10 Dez/11 Dez/12 Total de RP 60 138 417 520 831 Processados (despesa liquidada, a pagar) 36 95 241 285 512 Não processados (despesa empenhada, a liqui- 319 24 43 176 235 dar)

Fonte: STN/Ministério da Fazenda e Portal de Transparência PSL – RREO.

40 Capítulo 2. Condicionantes do futuro

Condicionantes do futuro 2

41

2.1. TENDÊNCIAS RELEVANTES PARA SÃO LUÍS

O futuro de São Luís não é totalmente incerto, nem obra do acaso. Ele é influenciado por um conjunto de fenômenos externos e internos que têm impacto relevante sobre a trajetória futura da capital maranhense. Dentro desse conjunto de fenômenos, há um grupo de elementos já consolidados cujos desdobramentos apresentam alto grau de certeza ou previsibilidade no ho- rizonte 2033.

Esses elementos predeterminados são denominados tendências consolidadas. As tendências consolidadas são aquelas perspectivas cujas direções já são bastante visíveis e suficientemente consolidadas para se admitir a manutenção deste rumo durante o período considerado. A expli- citação de hipóteses quanto às tendências consolidadas é um recurso metodológico particular- mente relevante para a geração de cenários na medida em que delimita, numa primeira aproxi- mação, o espaço de restrições e possibilidades dentro dos quais os cenários podem ser constru- ídos, estreitando assim o “leque” dos futuros a serem explorados.

Esse capítulo apresenta uma descrição dos principais elementos predeterminados que condici- onarão o futuro de São Luís nos próximos anos. Para uma melhor compreensão, as tendências consolidadas foram segmentadas em três grandes grupos conforme imagem abaixo: o macro- ambiente global, o Brasil e a região Nordeste, além do Maranhão e São Luís.

43

TENDÊNCIAS GLOBAIS

» Globalização comercial, financeira e produtiva

Nas últimas duas décadas, vivenciamos uma ampliação, com intensidade sem precedentes, dos fluxos de pessoas, informação, tecnologia, produtos, serviços e capitais em todo o mundo. Esse fenômeno constitui um importante condicionante do crescimento e da inserção externa dos países, na medida em que possibilita o estabelecimento de processos produtivos, comerciais e financeiros capazes de movimentar bens e serviços ao redor do mundo, seja para consumo final, seja para utilização como insumo em outras unidades produtivas.

A intensificação da globalização terá grande influência na produção de bens e serviços ao possi- bilitar a formação de redes de valor integradas, operando em escala mundial e envolvendo par- ceiros, fornecedores e distribuidores. Este fenômeno terá como importante consequência o au- mento da terceirização e do offshoring, permitindo a configuração de redes de valor distribuídas internacionalmente onde os diferentes países e cidades se defrontarão com um vasto e diversi- ficado leque de oportunidades de negócios, em especial no segmento de serviços.

44 GRÁFICO 17. EXPORTAÇÕES MUNDIAIS DE MERCADORIAS E SERVIÇOS A PREÇOS CORRENTES - 2003 A 2011 (US$ BILHÕES)

25000 20000 15000 10000 5000 0 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Fonte: Bank, World Development Indicators, Elaboração Macroplan

Assim como a produção é internacionalizada, o mesmo ocorre com o acesso aos bens e serviços. Seja para consumo final, seja para a sua utilização como insumos no processo produtivo, é cres- cente o comércio internacional de bens e serviços. Entre 2003 e 2011, as exportações mundiais de bens e serviços cresceram 125%, passando de US$ 9 trilhões para US$ 20,5 trilhões, segundo dados do Banco Mundial.

Se por um lado, a globalização aumenta a acessibilidade a novos bens e serviços de maior qua- lidade e com custos menores, bem como amplia a eficiência dos processos produtivos, esse mo- vimento também impõe grandes desafios. A intensificação da concorrência, por exemplo, pro- voca a dissolução de empresas com pouca vantagem competitiva e com menor capacidade de adaptação e acesso limitado aos novos mercados. O aumento da concorrência internacional de- manda também que as cidades sejam mais competitivas.

Uma das condições exigidas dos países para ampliar sua capacidade de crescimento econômico e melhorar sua inserção no mercado internacional reside na capacidade dos seus agentes econô- micos em adotar técnicas produtivas e de gestão mais modernas e competitivas, incorporando com rapidez informações e conhecimentos que permitam uma redução ágil de custo e a melho- ria de seus produtos, mediante a inovação de produtos e processos. Nesse contexto, o limitado grau de abertura da economia brasileira – quando comparado não apenas a economias avança- das, mas também a outros países emergentes – constitui-se em um inibidor à modernização e à diversificação do parque industrial de alto valor agregado e as redes de serviço de qualidade que operam no país.

 IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS

 OPORTUNIDADE PARA AMPLIAR A MOVIMENTAÇÃO DO PORTO DE ITAQUI NOS PRÓXIMOS ANOS, ESPECIALMENTE COM A AMPLIAÇÃO DO CANAL DO PANAMÁ

 AUMENTO DA COMPETIÇÃO INTERNACIONAL PELOS FLUXOS DE CAPITAIS PRODUTIVOS E FINANCEIROS CIRCULANTES AO

45 REDOR DO MUNDO E PELA LOCALIZAÇÃO DE NOVAS PLANTAS INDUSTRIAIS, COM IMPACTOS SOBRE A COMPETITIVIDADE DAS CIDADES.

 OPORTUNIDADE PARA A ATRAÇÃO DE REPRESENTAÇÕES DE GRANDES EMPRESAS BRASILEIRAS E MULTINACIONAIS DA IN- DÚSTRIA METALÚRGICA E DAS CADEIAS PRODUTIVAS EXPORTADORAS, POSSIBILITANDO UM MAIOR DESENVOLVIMENTO DO SETOR DE SERVIÇOS ASSOCIADOS.

 NECESSIDADE DE UMA INTENSA ARTICULAÇÃO DE ATORES PRIVADOS E PÚBLICOS PARA UM ESFORÇO CONJUNTO DE (I) IDENTIFICAÇÃO DAS PRINCIPAIS OPORTUNIDADES, GARGALOS E AMEAÇAS (CONCORRENCIAIS, REGULATÓRIAS E LOGÍSTI- CAS) PARA O DESENVOLVIMENTO DE NOVOS NEGÓCIOS E EMPREENDIMENTOS; E (II) FORMULAÇÃO DE ESTRATÉGIAS E INICIATIVAS ATIVAS NA ATRAÇÃO DE NOVOS EMPREENDEDORES, INVESTIDORES, NEGÓCIOS E/OU FINANCIAMENTOS PARA ALAVANCAR OPORTUNIDADES RELEVANTES À CIDADE E PARA AS QUAIS SÃO LUÍS POSSUA EVIDENTES VANTAGENS COM- PARATIVAS.

» Crescimento dos países asiáticos, emergência dos africanos e recuperação progressiva do di- namismo da economia americana

O ambiente econômico internacional nos próximos anos ainda será influenciado pelos desdo- bramentos da crise de 2008/2009, a maior desde a Grande Depressão de 1929. Nesse sentido, espera-se que os EUA experimentarão recuperação progressiva do dinamismo de sua economia. A alta nos preços dos imóveis, a geração de empregos e a adoção de regras mais rígidas para o sistema financeiro – com influência positiva sobre a confiança de empresários e consumidores – serão os principais alicerces de uma gradual retomada da atividade econômica norte-ameri- cana. Segundo as projeções do FMI, a economia americana deve crescer em termos reais 1,6%, em 2013, e 2,6%, em 2014.15

A evolução da economia global nas próximas décadas será cada vez mais condicionada ao de- sempenho dos países emergentes. A população mundial, de 6,9 bilhões em 2011, deverá alcan- çar 7,9 bilhões em 2022. A maior parte desse aumento populacional irá ocorrer nos países em desenvolvimento, sobretudo na Ásia. A população das regiões mais desenvolvidas deverá cres- cer muito pouco, passando do atual 1,24 bilhão em 2011 para 1,31 bilhão em 2050.

Também no campo econômico os avanços dos países emergentes são inquestionáveis. O PIB do Brasil, Rússia, Índia e China () passou de US$ 2,8 trilhões, em 2002, para US$ 13,3 trilhões, em 2011, e a participação na economia global saltou de 8% para 19%. Juntos, eles controlam

15 World Economic Outlook, FMI, outubro de 2013.

46 US$ 4,4 trilhões em reservas internacionais, cerca de 40% do total, sendo US$ 3,2 trilhões so- mente da China.16 A economia da Ásia em desenvolvimento deve crescer 6,3%, em 2013, e cerca de 6% a.a. nos próximos cinco anos, de acordo com as projeções do FMI.17

Um dos resultados associados a este processo é o aumento da participação da classe média na população mundial. Em 2009, 1,85 bilhão de pessoas compunham a classe média global. Para 2020 projeta-se que este contingente saltará para 3,25 bilhões de pessoas, sendo China e Índia os grandes responsáveis por esse crescimento.

O crescimento dos asiáticos – e seu impacto sobre a demanda por commodities – tem influência direta sobre outro fenômeno que marcará o panorama econômico global nos próximos anos: a emergência dos africanos. A economia da África está crescendo. Na última década, o cresci- mento real do PIB dos países africanos foi, em média, de 5% anuais. O PIB do continente africano cresceu 6,6% em 2012 e a previsão de crescimento para 2013 e 2014 é de 4,8% e 5,3%, respec- tivamente. 18

Além do crescimento econômico acelerado, há evolução positiva dos indicadores socioeconô- micos. Nos últimos dez anos, a renda domiciliar per capita cresceu mais de 30%, ao passo que nos 20 anos anteriores, diminuiu quase 10%. A expectativa de vida na África aumentou em cerca de 10% e a taxa de mortalidade infantil vem caindo na maioria dos países do continente.19

Embora os desafios do continente ainda sejam muitos – existem 25 países africanos entre os 30 mais pobres do mundo –, as expectativas para os próximos anos são positivas. Ao longo da pró- xima década, o PIB deverá crescer em média de 6% ao ano.20 A expansão do mercado interno e a evolução do preço das commodities de sua base econômica serão responsáveis por um fluxo crescente de investimentos estrangeiros, com destaque para os setores de infraestrutura, mi- neração, petrolífero e de bens de consumo.

16 Arbache, J. O Brasil está na direção certa?. Janeiro de 2013. Disponível em: http://interessenacional.uol.com.br/2013/01/o-brasil- esta-na-direcao-certa/.

17 World Economic Outlook, FMI, outubro de 2013. 18 Idem.

19 Dados disponíveis em http://www.economist.com/news/special-report/21572377-african-lives-have-already-greatly-improved- over-past-decade-says-oliver-august. Acessado em 24 de outubro de 2013.

20 Idem.

47  IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS

 AUMENTO DA DEMANDA MUNDIAL POR COMMODITIES IMPACTANDO O CRESCIMENTO DA ECONOMIA DE SÃO LUÍS, TENDO EM VISTA SEU PERFIL SETORIAL E LOGÍSTICO.

 OPORTUNIDADE DE DESENVOLVIMENTO DE NOVOS NEGÓCIOS E SERVIÇOS ASSOCIADOS AO COMÉRCIO EXTERIOR (EXPOR- TAÇÃO E IMPORTAÇÃO), INCLUSIVE SERVIÇOS ESPECIALIZADOS ASSOCIADOS AO TRADING E SISTEMAS LOGÍSTICOS EM REDE.

 AMPLIAÇÃO DOS FLUXOS TURÍSTICOS DE NEGÓCIOS E DE LAZER.

 NECESSIDADE DE AMPLIAÇÃO DAS CAPACIDADES E DA ARTICULAÇÃO PÚBLICO E PRIVADA PARA A PROSPECÇÃO E ATRAÇÃO ATIVA DE NOVOS NEGÓCIOS E EMPREENDEDORES PARA ATUAÇÃO SINÉRGICA E COMPLEMENTAR À CAPACIDADE INSTA- LADA.

» Rede de cidades globais: lócus de competitividade

Atualmente, há 3,3 bilhões de pessoas vivendo em cidades no mundo, e as estimativas apontam que, em 2050, a população urbana será de 6,4 bilhões. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), em 2008, pela primeira vez o percentual de pessoas residindo em áreas urbanas superou o de pessoas instaladas em áreas rurais. Este processo de intensificação da urbanização21, uma das principais características da demografia mundial no século XX, pode ser ilustrado a partir da evolução da participação da população mundial urbana em relação à população total. Em 1960, 34% da população mundial viviam em cidades; em 1992 este percentual já havia se ampliado para 44% e, em 2008, alcançou 50%. Estima-se que, em 2025, a população urbana representará 61% da população total22.

21 Entende-se por urbanização o processo de transferência de pessoas do meio rural (campo) para o meio urbano (cidade). O au- mento da população urbana em relação à população rural vem acompanhado da substituição das atividades primárias (agropecu- ária) por atividades secundárias (indústria) e terciárias (comércio e serviços).

22 Relatório UN-HABITAT (ONU, 2008)

48 GRÁFICO 18. PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO URBANA NO TOTAL DA POPULAÇÃO MUNDIAL

70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 1960 1992 2008 2025

Fonte: ONU, 2008 *Estimativa

As transformações socioeconômicas que marcaram as últimas décadas resultaram em sistemas urbanos complexos e interconectados, estruturados em redes. Essas redes urbanas caracteri- zam-se por um conjunto de cidades com características distintas, cuja hierarquia é definida por fluxos de bens, serviços e informações. São esses fluxos que definem as relações de dependência estabelecidas entre as cidades componentes da rede urbana23.

Em economias relativamente fechadas, a hierarquia entre cidades é definida, quase exclusiva- mente, em função da importância relativa dos centros urbanos no cenário nacional. Contudo, à medida que as economias se internacionalizam, passa a haver crescente interação entre os vá- rios sistemas nacionais, o que significa dizer que, no limite, os vários sistemas nacionais tendem a transformar-se em um único sistema em escala mundial.

Nesse caso, os centros situados no topo da hierarquia são denominados cidades globais, cuja característica principal consiste em atuar como foco da irradiação das decisões tomadas em es- cala global para as demais cidades dos seus respectivos sistemas nacionais. A crescente interna- cionalização dos fluxos de bens, serviços e informações dão origem à formação de uma rede mundial de metrópoles e megacidades24, onde são geradas e transitadas as decisões financeiras, mercadológicas e tecnológicas, capazes de moldar os destinos das economias nacionais e suas articulações com os fluxos internacionais de comércio, informação e conhecimento.

Para serem consideradas metrópoles globais, as cidades, apesar das suas diferenças, possuem muitos traços em comum: i) influência no âmbito internacional; ii) grande população, mercado interno pujante e mão-de-obra qualificada; iii) polarização sobre áreas metropolitanas; iv) sede

23 Ipea (2002)

24 Megacidade é o termo normalmente empregado para se definir uma cidade que sedia uma aglomeração urbana com mais de dez milhões de habitantes (GlobeScan e MRC McLean Hazel, 2008)

49 de importantes empresas transnacionais, multinacionais ou grandes empresas nacionais; v) cen- tro financeiro moderno e de grande porte; vi) parque manufatureiro inovador e de escala inter- nacional; e vii) infraestrutura voltada a atividades terciárias e quaternárias (serviços avançados) de ponta (centros de convenções, aeroportos e rede hoteleira moderna).

MAPA 10. PORCENTAGEM DA POPULAÇÃO URBANA E AGLOMERAÇÕES URBANAS, POR TAMANHO DA CIDADE, 2025

Fonte: United Nations, Department of Economic and Social Affairs, Population Division: World Urbanization Prospects, The 2011 Revision. *Mckinsey Global Institute, ”Urban World: Mapping the economic power of cities”, 2011

A intensificação do processo de urbanização25, que culminou na criação de grandes metrópoles ao redor do mundo no passado, será cada vez mais visível nos países emergentes, acarretando em metropolização acentuada nessas regiões. Em 1950, apenas 3 entre as 10 maiores metrópoles mundiais pertenciam a países em desenvolvimento. Em 2000, essa proporção já era muito maior, com 7 metrópoles localizadas nestes países. Ademais, projeta-se que existirão 60 metrópoles no mundo em 2015, abrigando 600 milhões de pessoas e em sua maioria localizadas em países em desenvolvimento.26

25 Entende-se por urbanização o processo de transferência de pessoas do meio rural (campo) para o meio urbano (cidade). O au- mento da população urbana em relação à população rural vem acompanhado da substituição das atividades primárias (agrope- cuária) por atividades secundárias (indústria) e terciárias (comércio e serviços)

26 Relatório UN-HABITAT (ONU, 2008)

50  IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS

 CRESCENTE IMPORTÂNCIA DAS GRANDES CIDADES, COMO SÃO LUÍS, PARA A COMPETITIVIDADE REGIONAL E DO PAÍS.

 OPORTUNIDADE PARA A REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO LUÍS ATRAIR INVESTIMENTOS PRODUTIVOS EM SERVIÇOS (PRE- DOMINANTEMENTE CONCENTRADOS EM SÃO LUÍS) E NA INDÚSTRIA, BENEFICIANDO-SE DE SUA POSIÇÃO GEOGRÁFICA ESTRATÉGICA PARA O COMÉRCIO INTERNACIONAL E DE SUA PROXIMIDADE COM O DINÂMICO MERCADO INTERNO DO NORDESTE.

 OPORTUNIDADE DE FORTALECER SUA POSIÇÃO NA REDE DE CIDADES BRASILEIRAS A PARTIR DE UMA MAIOR INTEGRAÇÃO COM A REDE GLOBAL DE CIDADES CONECTADAS A PARTIR DE SUA INSERÇÃO NO COMÉRCIO INTERNACIONAL.

 NECESSIDADE DE INCORPORAÇÃO SISTEMÁTICA DA COMPETITIVIDADE COMO UM DOS VETORES ESTRUTURANTES DAS ES- TRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO DA CIDADE A CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZOS, COM FOCO NA REDUÇÃO DOS CUSTOS DE DESLOCAMENTO, LOCALIZAÇÃO E DE TRANSAÇÃO, OFERTA DE INFRAESTRUTURA DE TELECOMUNICAÇÕES, MAIOR MO- BILIDADE DE PESSOAS E MERCADORIAS, ECONOMIAS DE ESCALA E AGLOMERAÇÃO, SEGURANÇA PÚBLICA E JURÍDICA E DA FORMULAÇÃO DE EXPERIMENTOS INOVADORES NESTE CAMPO (INCUBADORAS DE EMPRESAS DE BASE TECNOLÓGICA, ACE- LERADORAS DE START UPS, POLOS DE SERVIÇOS, ETC).

» Demandas crescentes por sustentabilidade ambiental e economia de baixo carbono

Nas próximas décadas, será cada vez maior a visibilidade dos efeitos ambientais e econômicos trazidos pelo aquecimento global – o aumento da temperatura média dos oceanos e do ar pró- ximo à superfície que ocorre desde meados do século XX. De acordo com o Painel Intergoverna- mental sobre Mudanças Climáticas da ONU, realizado em 2007, a temperatura na superfície ter- restre aumentou 0,74 ± 0,18°C durante o século XX. A maior parte deste aumento de tempera- tura foi causada por concentrações crescentes de gases do efeito estufa resultantes de ativida- des humanas.

O risco de aquecimento global tem conduzido países, órgãos multilaterais, empresas e ONGs, entre outros, a se preocuparem com a redução da emissão de gases de efeito estufa. Com isso, a regulação ambiental tem saído dos fóruns globais para as pautas legislativas dos países e as práticas produtivas sustentáveis são crescentemente reconhecidas pelos consumidores como fontes de valor adicional aos produtos.

Nesse contexto de crescente demanda por sustentabilidade ambiental, diversas medidas têm sido tomadas em busca de uma economia de baixo carbono. Entre elas, destacam-se o uso de fontes não fósseis de produção de energia; a redução do desflorestamento; e adaptações no processo industrial e no sistema de transporte.

51 A tendência mundial rumo a uma economia sustentável e de baixo carbono representa oportu- nidades e riscos para o Brasil. Os riscos estão relacionados às barreiras no comércio internacio- nal, impostas com base em requisitos e padrões ambientais mínimos. Como oportunidade, des- taca-se o papel da gestão ambiental como forma de obter ganhos de produtividade com, por exemplo, maior eficiência energética e reutilização de materiais na atividade produtiva. Serão necessários investimentos crescentes em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias limpas que minimizem os danos ao meio ambiente, além da adaptação da produção a padrões interna- cionais de eco-eficiência. São também oportunidades uma série de novos negócios ambientais relacionados ao mercado de créditos de carbono e à biodiversidade, tais como o desenvolvi- mento de bioprodutos e a produção e comercialização de fármacos e filoterápicos (além dos recicláveis).

O meio ambiente torna-se cada vez mais importante também nas políticas de gestão do espaço urbano, sobretudo diante do risco crescente de colapso no saneamento nas grandes metrópoles e em algumas cidades médias brasileiras. Além da questão do saneamento, um tema que ganha espaço crescente na agenda estratégica das cidades brasileiras consiste em fortalecer sua resi- liência a eventos climáticos naturais de grande intensidade, como tempestades, chuvas, enchen- tes e deslizamentos.

 IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS

 PRESSÃO POR MAIOR ALINHAMENTO A NOVA AGENDA AMBIENTAL DAS CIDADES, CONCENTRADA FORTEMENTE NA REDU- ÇÃO DAS EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA E NA “DESCARBONIZAÇÃO” DA ECONOMIA.

 DEMANDAS POR MELHORIA DA QUALIDADE AMBIENTAL, FATOR CRÍTICO PARA A ATRAÇÃO E RETENÇÃO DE EMPRESAS E PESSOAS.

 CRESCIMENTO DAS OPORTUNIDADES NO MERCADO DE GERAÇÃO DE CONHECIMENTO PARA O DESENVOLVIMENTO DE NE- GÓCIOS LIGADOS AO MEIO AMBIENTE.

 CONTEXTO FAVORÁVEL PARA A MONTAGEM, PROSPECÇÃO E/OU ATRAÇÃO DE NEGÓCIOS ASSOCIADOS À ECONOMIA SUS- TENTÁVEL (RECICLAGEM, RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS, EXPANSÃO DE “NEGÓCIOS VERDES”) E DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS DE AGÊNCIAS DE DESENVOLVIMENTO (BANCO MUNDIAL, BNDES, FINEP, ENTRE OUTROS) PARA FINAN- CIAR O SEU DESENVOLVIMENTO.

52 TENDÊNCIAS DO BRASIL E NORDESTE

» Ampliação do mercado consumidor

Na última década, o perfil socioeconômico do país se alterou significativamente. Entre 2001 e 2011, 37 milhões de pessoas foram incorporadas ao mercado consumidor brasileiro, que é o sétimo maior do mundo. A chamada classe C já representa 55% da população e a tendência é que ela cresça nos próximos anos, sustentando um amplo mercado interno.

Entre 2003 e 2014, 52,1 milhões de pessoas entrarão na classe C e outros 15,7 milhões na AB. Os dois grupos somam 67,8 milhões de pessoas nas classes de renda mais altas, superior à po- pulação do Reino Unido.27 A classe média tem feito do mercado interno brasileiro o motor do crescimento econômico.

A estabilidade monetária e a expansão da renda e do emprego foram os principais responsáveis pela formação do grande mercado consumidor brasileiro. Contribuiu amplamente para isso tam- bém a ampliação do acesso ao crédito observada no país nos últimos anos. De fato, a bancari- zação, o acesso a empréstimos bancários, a criação de novos instrumentos de financiamento, o alargamento dos prazos dos recursos da casa própria e, mais recentemente, a queda da taxa de juros, tiveram papel importante neste processo.

GRÁFICO 19. TAXA DE DESEMPREGO (%) - MÉDIA GRÁFICO 20. MASSA SALARIAL E VENDAS VAREJO ANUAL

14,0 200.000,00 150,0 12,0 150.000,00 10,0 100,0 8,0 100.000,00 50,0 6,0 50.000,00 4,0 2,0 0,00 0,0

0,0

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Massa Salarial (R$ Milhões) Índice de Vendas Varejo

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2002 Fonte: Pesquisa Mensal do Emprego - PME/IBGE *Média Anual para dos valores mensais **Massa Salarial Ampliada Disponível Fonte: IBGE e Banco Central do Brasil

27 Neri, M. “De Volta ao País do Futuro: Crise Europeia, Projeções e a Nova Classe Média”, Centro de Políticas Sociais – CPS/FGV, disponível em: http://cps.fgv.br/ncm2014.

53 Esta considerável mobilidade social ocorrida nos últimos anos deve permanecer em marcha. Estima-se que, até 2030, o Brasil se tornará o 5º maior mercado consumidor do mundo, movi- mentando cerca de US$ 2,5 trilhões (em 2010, o país ocupava a 7ª posição neste ranking).28

TABELA 4. OS 20 MAIORES MERCADOS CONSUMIDORES

Em São Luís, a classe média representa 44,22%, enquanto a classe AB é 13,66% da população. Ainda há, portanto, um grande contingente da população nas classes DE (42,11%) para ser in- corporado à classe C, elevando o seu potencial de consumo.

28 Crescimento econômico e potencial de consumo (Ernst & Young / FGV, 2008).

54 GRÁFICO 21. PROJEÇÕES POPULAÇÃO BRASILEIRA SE- GRÁFICO 22. PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO SEGUNDO AS

GUNDO AS CLASSES DE RENDA CLASSES ECONÔMICAS

80 55,05 60,19 60 44,22 42,11 37,56 40 28,12 33,19 20 26,73 16,36 7,6 14,85

0 8,59 11,7613,66

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

classe E classe D AB C DE classe C classe AB Brasil São Luís

Fonte: CPS/FGV “De Volta ao País do Futuro”. Fonte: CPS/FGV; “Os emergentes dos emergentes”. 2011

 IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS

 AMPLIAÇÃO DA DEMANDA POR SERVIÇOS PÚBLICOS DE QUALIDADE EM DECORRÊNCIA DO CRESCIMENTO DA CLASSE MÉDIA.

 OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS EM SÃO LUÍS GERADAS PELO CONSUMO INTERNO, QUE CONTINUARÁ SENDO UM DOS PRINCI- PAIS VETORES DO CRESCIMENTO ECONÔMICO DA REGIÃO NORDESTE.

 NOVO LEQUE DE OPORTUNIDADES PARA OS SEGMENTOS DE NEGÓCIO ALINHADOS ÀS EXIGÊNCIAS DE UM MERCADO CONSU- MIDOR MAIS QUALIFICADO E COM NOVOS PATAMARES DE DEMANDA.

 OPORTUNIDADE DE DINAMIZAÇÃO ECONÔMICA DAS REGIÕES MENOS DESENVOLVIDAS DA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO LUÍS.

 NECESSIDADE DE MELHORIA URGENTE DO AMBIENTE DE NEGÓCIOS, ESPECIALMENTE OS LIGADOS A COMÉRCIO E SERVIÇOS DE CONSUMO PESSOAL, COM ÊNFASE NA DESBUROCRATIZAÇÃO E CRIAÇÃO DE FACILIDADES PARA A ABERTURA E FECHAMENTO DE EMPRESAS.

» Reorganização geoeconômica do espaço brasileiro

O crescimento acelerado das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste a taxas superiores às das regiões Sul e Sudeste e a interiorização da economia são fenômenos marcantes no Brasil re- cente. O desenvolvimento do agronegócio no Centro-Oeste, a reorganização da dinâmica eco- nômica do Nordeste, o potencial da biodiversidade na Amazônia e o desenvolvimento industrial de cidades de médio porte são alguns exemplos desse processo.

Observa-se que, nas duas últimas décadas, ocorreram alterações significativas nos padrões de localização das atividades produtivas no território brasileiro. Se, historicamente, os investidores

55 buscaram os grandes centros urbanos motivados pelas economias de aglomeração (proximidade ao mercado e fornecedores, melhor infraestrutura e maior acesso aos avanços tecnológicos)29, essa preferência passou a se reduzir progressivamente, provocando a desconcentração espacial da base produtiva.

Esse movimento de interiorização do desenvolvimento reflete a busca pelo aproveitamento de vantagens comparativas entre as regiões, e se intensificará nos próximos anos. Dentre os fatores que explicam em parte a interiorização do desenvolvimento econômico, pode-se citar: o aumento dos incentivos fiscais; a melhoria no desempenho da agropecuária e sua maior integração com o setor industrial; o maior direcionamento de centros de pesquisa para o interior; o baixo desempenho sindical nas cidades pequenas e médias; a oferta de mão-de-obra mais barata; e o surgimento de deseconomias de aglomeração nos grandes centros, como violência urbana e o aumento dos custos de transportes.

Vale destacar, contudo, que essas modificações nos padrões de localização das indústrias não ocorrem de forma homogênea para todos os setores industriais. Enquanto o setor de bens de consumo pouco duráveis (intensivo em mão-de-obra) se direciona para o Nordeste e o setor de bens duráveis experimenta uma desconcentração restrita dentro da região Sul-Sudeste; outros setores, como o de química, mantêm-se concentrados nos centros econômicos e, em alguns casos, até acontece uma intensificação dessa concentração, caso das telecomunicações e informática. Na verdade, a despeito da tendência de desconcetração, os produtos de maior valor agregado e intensivos em tecnologia permanecem concentrados nos principais centros nacionais. O caso do agronegócio é uma exceção nesse padrão de desconcentração de pouco valor agregado, pois tem se tornado cada vez mais intenso em tecnologia e inovação.

Outro fator que impactará a reorganização do espaço geoeconômico é a expansão da Ferrovia Norte-Sul, que formará um importante corredor de exportação de grãos, açúcar, carne fertilizantes e combustíveis, além de facilitar a importação de produtos industrializados, com forte impacto no desenvolvimento da região Centro-Oeste do Brasil. Já em operação, o trecho Açailândia (MA) – Palmas (TO), integrado com a Estrada de Ferro Carajás, da Vale, permite o acesso ao complexo portuário de Itaqui.30

29 Entendem-se como “economias de aglomeração” os ganhos de eficiência que beneficiam atividades produtivas em situação de proximidades geográficas e que seriam inexistentes se as atividades tivessem localizações isoladas. (PONTES, 2005)

30 Ver http://www.valec.gov.br/FerroviasFNSAcailandia.php.

56 MAPA 11. DISTRIBUIÇÃO DO PIB POR REGIÃO

Fonte: IBGE

Atrelado a esse movimento de interiorização do desenvolvimento e desconcentração da base produtiva, tem ocorrido um processo de descentralização da rede urbana nacional, com a ascensão das cidades brasileiras de médio porte e a criação de metrópoles no interior do País. De acordo com os Censos Demográficos do IBGE, em 1991 as cidades com população entre 100 mil e 500 mil habitantes representavam 21,8% da população nacional. Em 2000 este percentual já era de 23,3%, e em 2010 elevou-se ainda mais para 25,5%. O mesmo pode ser percebido em relação à dimensão econômica. As cidades com população entre 100 mil e 500 mil habitantes representavam 28,5% do PIB nacional em 2010, enquanto que em 2000 este percentual era de 25,1%.31 Portanto, esse crescimento populacional está diretamente relacionado à expansão de novos mercados consumidores com potencial de dinamizar a economia do interior do Brasil.

31 Produto Interno Bruto dos Municípios 2010 (IBGE, 2012)

57 MAPA 12. CIDADES NORDESTINAS

Fonte: Macroplan

58  IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS

 O CRESCIMENTO DO NORDESTE E DO CENTRO OESTE TENDEM A IMPACTAR SÃO LUÍS, SOBRETUDO PELO DINAMISMO DO EIXO ARAGUAIA-TOCANTINS.

 CONSOLIDAÇÃO DA INFRAESTRUTURA URBANA DE TRANSPORTES COMO TEMA CENTRAL NO PLANEJAMENTO E GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS METROPOLITANAS.

 INTENSIFICAÇÃO DA DISPUTA POR ATRAÇÃO DE INVESTIMENTOS INDUSTRIAIS ENTRE OS ESTADOS E MUNICÍPIOS. SÃO LUÍS PRECISARÁ GARANTIR INFRAESTRUTURA DE QUALIDADE E AMBIENTE INSTITUCIONAL FAVORÁVEL AO DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIOS.

 COM O MAIOR PROTAGONISMO DAS CIDADES MÉDIAS, ESPERA-SE UM AUMENTO DO NÚMERO DE MUNICÍPIOS QUE CON- GREGAM O COLAR METROPOLITANO DE SÃO LUÍS.

 NECESSIDADE DE PARTICIPAÇÃO ATIVA DO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS EM INICIATIVAS DE PLANEJAMENTO E MONITORA- MENTO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL E METROPOLITANO ESPECIALMENTE NAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA GEOECONÔ- MICA DA CIDADE.

» Escassez de mão de obra qualificada

A qualidade da educação brasileira é um dos principais obstáculos ao desenvolvimento do país. Avanços educacionais foram realizados nas duas últimas décadas, mas há ainda muito a ser feito. A escolaridade média da população de 15 anos ou mais aumentou de 6,4 para 7,5 anos entre 2000 e 2010 (IBGE, 2011) e o Índice da Qualidade da Educação Básica (IDEB) vem evoluindo ano a ano. Contudo, vários países emergentes também elevaram a escolaridade média e o Brasil continua com uma média de anos de estudo abaixo da China, México e Malásia. A qualidade da educação requer melhoria substancial, como sugerem os exames internacionais. Na última ava- liação do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos, realizado pela OCDE), em 2009, o Brasil ocupou a 54ª colocação entre 65 países.

Assim como ocorre na educação básica, também no ensino profissional o avanço recente ainda é insuficiente para suprir as necessidades do setor produtivo. Apenas 6,6% dos estudantes brasileiros cursam a educação profissional concomitante ao ensino médio regular. Em países desenvolvidos, esse número fica em torno de 50%: Japão, 55%; Alemanha, 52%; França e Coreia do Sul, 41% (SENAI, 2012). Em média, profissionais com ensino técnico de nível médio têm salários 12% maiores do que os que cursaram ensino regular (Fundação Itaú Social, 2010). Essa diferença sinaliza a demanda do mercado por profissionais de conhecimento mais específico, diretamente aplicável à realidade empresarial.

59 Já no que se refere ao ensino superior, somente 15% dos jovens brasileiros acessam a universidade, o que equivale a 4 milhões de pessoas – sendo que a taxa de conclusão é de apenas 15,2% dos ingressantes (SENAI, 2012). Em 2010, havia cerca de 10 milhões de graduados – 10% da população adulta brasileira –, enquanto no Chile essa taxa é de 25% e, na média da OCDE, de 30% (MENEZES FILHO, 2012).

A falta de profissionais qualificados em determinadas áreas é um gargalo para a inovação. Na graduação tecnológica, os números são baixíssimos: apenas 0,16% da população entre 20 a 29 anos frequentavam um curso desse tipo em 2007, enquanto 11,26% das pessoas na mesma faixa frequentavam cursos de graduação regulares (IBGE, 2007).

Destaca-se a escassez de engenheiros, cuja atividade possui um impacto amplo sobre muitos setores da economia. Somente 5% dos graduados no Brasil formam-se em engenharia. Enquanto temos 2 graduados em engenharia para cada 10 mil habitantes, no Japão são 10,2 e na China são 13,4.

O desafio do desenvolvimento sustentável impõe que o Brasil disponha de mais pessoas com formação superior de qualidade, sobretudo nas áreas exatas. Para isso, é preciso atuar na melhoria da educação básica, mas também ter ações específicas imediatas para ampliar a oferta de profissionais qualificados. Em decorrência do prazo de maturação requerido para que tais iniciativas gerem resultado, espera-se que no horizonte das próximas décadas a escassez de mão-de-obra qualificada ainda continue gerando fortes impactos para a atividade produtiva no Brasil.

GRÁFICO 23. PERCENTUAL DE EMPRESÁRIOS COM DIFICULDADES PARA PREENCHER VAGAS COM PROFISSIONAIS QUALIFICADOS

85%

68% 61% 58%

41% 39% 38% 35% 35% 33% Média Mundial 35%

17% 13% 6% 3% 3%

Fonte: Manpower, 2013. “Talent Shortage Survey Research Results 2013” Disponível em http://www.manpowergroup.com. Aces- sado em 30/07/2013. *Pesquisa feita com 38 mil empregadores em 42 países.

60  IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS

 COM A TENDÊNCIA DE ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA NO BRASIL, SÃO LUÍS PODE SOFRER UMA ELEVAÇÃO DOS CUSTOS DO TRABALHO DEVIDO À BAIXA DISPONIBILIDADE DE PROFISSIONAIS QUALIFICADOS.

 AUMENTO DA COMPETIÇÃO POR CÉREBROS. NESSE SENTIDO, QUALIDADE DE VIDA E OPORTUNIDADES DE TRABALHO SE- RÃO, CADA VEZ MAIS, FATORES CRÍTICOS PARA A RETENÇÃO DE JOVENS QUALIFICADOS EM SÃO LUÍS E PARA ATRAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE OUTRAS CIDADES.

 A ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA QUALIFICADA PODE SE CONSTITUIR EM GARGALO NO PROCESSO DE ATRAÇÃO DE PLANTAS INDUSTRIAIS E SEDES DE EMPRESAS NACIONAIS E MULTINACIONAIS PARA A REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO LUÍS.

 NECESSIDADE DE CRIAÇÃO DE ESTÍMULOS ESPECÍFICOS PARA O DESENVOLVIMENTO, EM SÃO LUÍS, DE REDES PÚBLICAS, PRIVADAS OU DO TERCEIRO SETOR ESPECIALIZADAS EM EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E PROFISSIONAL.

» Forte expansão da conectividade

A expansão tecnológica tem ocorrido de forma cada vez mais intensa nos países em desenvol- vimento. De acordo com Observatório Europeu de Tecnologia da Informação32, os mercados de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) dos países do BRICS teriam atingido, juntos, em 2011, 430 bilhões de euros.

No Brasil, o crescimento do mercado de TIC é notável. Em 2010, segundo a Anatel, os mais rele- vantes sub-segmentos das TIC foram de serviços de telecomunicações (43,14%) e serviços de TI (17,87%). Este setor foi um dos mais afetados pela abertura econômica ocorrida no País na dé- cada de 90, quando o valor relativo do mercado de TIC quase duplicou. Em 2011, o valor de mercado desse segmento atingiu o equivalente a 7% do PIB, impulsionado pela grande expansão no percentual de brasileiros conectados à Internet: de 27% para 48% entre 2007 e 2011.

Nesse sentido, cabe ressaltar que a evolução das TIC representa um inegável vetor de inovação para outras atividades da economia. Sua dinâmica muda significativamente o cenário de negócios no Brasil. Desde transformações em setores tradicionais, através da adoção de novas formas de transação comerciais e acesso a novos mercados, até a viabilização e consolidação de setores anteriormente restritos, como o ensino à distância.

Dentro desse contexto de forte expansão da conectividade, ganha importância o conceito de “cidades inteligentes ou cidades conectadas”, caracterizado como um ambiente que utiliza a conectividade para analisar dados visando melhores decisões, antecipar problemas e resolvê-

32 European Information Technology Observatory (EITO). Disponível em: http://www.eito.com.

61 los de forma proativa. Trata-se de coletar e analisar os dados produzidos a cada momento para apoiar os tomadores de decisão no planejamento e administração da cidade. Além disso, con- tribui à melhoria da capacidade de aprendizagem e inovação. Apesar de 89% dos domicílios de São Luís terem celular, impõe-se como desafio a ser superado para que o município consolide- se como “cidade inteligente” o fato de apenas 34% dos lares apresentarem computador e so- mente 28% deles com acesso à internet (entre os menores índices das capitais do NE).

 IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS

 POTENCIAL DE EXPANSÃO DAS TIC NO MARANHÃO E SÃO LUÍS, AUMENTO DO VOLUME DE TRANSAÇÕES, OFERTA DE SOLUÇÕES URBANAS E MAIOR ACESSO A SERVIÇOS.

 AUMENTO DA IMPORTÂNCIA DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO PARA A GESTÃO E OPERAÇÃO DAS CIDADES (“CIDADES INTELIGENTES”) E PARA A CONECTIVIDADE DAS CIDADES DA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO LUÍS.

 NECESSIDADE DE ADEQUAÇÃO DAS REDES DE TELECOMUNICAÇÕES PARA AUMENTAR A QUALIDADE DA TELEFONIA, INTER- NET E DEMAIS SERVIÇOS.

 MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS NOS PROCESSOS DE NEGÓCIO, DESDE NOVAS FORMAS DE TRANSAÇÕES COMERCIAIS E DE ACESSO A NOVOS MERCADOS ATÉ A VIABILIZAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DE ATIVIDADES ANTERIORMENTE RESTRITAS, COMO O ENSINO A DISTÂNCIA E A TELEMEDICINA, DENTRE OUTRAS.

 OPORTUNIDADE DE EXPLORAR GANHOS ASSOCIADOS ÀS “ECONOMIAS DE REDE”.

 AUMENTO DA DEMANDA POR QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL, ORIUNDA DA INCORPORAÇÃO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO MUNDO DO TRABALHO.

 OPORTUNIDADE PARA MELHORIA DA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO EM FUNÇÃO DA POSSIBILIDADE DE INCORPORAÇÃO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO SISTEMA DE ENSINO.

 MULTIPLICAÇÃO DE REDES SOCIAIS E MAIOR PARTICIPAÇÃO DO CIDADÃO NAS QUESTÕES DE INTERESSE PÚBLICO. POSSI- BILIDADE DE MAIOR TRANSPARÊNCIA NAS AÇÕES, DADOS E REGISTROS DO PODER PÚBLICO.

» Avanços lentos no ambiente de negócios e na infraestrutura

A taxa de investimento do Brasil (formação bruta de capital fixo/PIB) é bem mais baixa que a média de outras importantes economias emergentes. Entre 2003 e 2011, ela registrou valor mé- dio de 17,5% do PIB. A taxa de investimentos na China ficou, na média do mesmo período, em 44,5% do PIB e a do México, em 24,8% do PIB. O aumento do investimento produtivo no país supõe a criação de um melhor ambiente de negócios. Isso, por sua vez, implica superar obstá- culos, tais como a insegurança jurídica, o peso da burocracia, alta tributação, entre outros.33

33 Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022 (CNI, 2013)

62 O Doing Business 2013 coloca o Brasil em 130º lugar entre 185 países com relação à facilidade de se fazer negócios, colocação pior do que a média dos países caribenhos e latino-americanos (97º), fruto do fraco desempenho do país em indicadores como a facilidade em abrir empresas (121º), de resolver contenciosos (116º), insolvências (143º) e de proteger investidores (82º). O Global Competitiveness Report 2012-2013 classifica o país em 84º lugar na eficiência do arca- bouço legal para resolver litígios e em último lugar (144º) em termos de peso da regulação es- tatal.

A burocracia permeia praticamente todas as etapas da atividade empresarial: na abertura de uma empresa, na obtenção de financiamento, no pagamento de tributos, nas relações das em- presas com seus funcionários, na inovação, no desenvolvimento dos mercados e nos investi- mentos de infraestrutura. A burocracia excessiva é também uma causa importante da informa- lidade nos negócios, da sonegação, do desperdício de dinheiro público, da corrupção e da inse- gurança jurídica. Estima-se que tudo isso tenha gerado um custo adicional de R$ 46,3 bilhões para a economia brasileira em 2011.34

No âmbito da segurança jurídica e da burocracia, cabe destacar o tema do licenciamento ambi- ental por conta do impacto que detém sobre os investimentos, especialmente, mas não só, na área da infraestrutura. O país convive com a ausência de normas claras que estabeleçam as eta- pas do processo de licenciamento, bem como as competências para licenciar, fiscalizar e punir. Assim, órgãos ambientais e de controle, governo federal, estados e municípios atuam de ma- neira desalinhada, em um ambiente de ampla insegurança jurídica.35

Dentre os fatores que prejudicam o ambiente de negócios no país, a modernização das relações trabalhistas é essencial para um ambiente mais favorável ao investimento produtivo. Os encar- gos trabalhistas, que não envolvem benefícios diretos aos trabalhadores, aumentam os custos das empresas, reduzindo a competitividade e o incentivo a novos investimentos e contratações.

Dentre todos os critérios analisados pelo relatório anual do Banco Mundial, Doing Business 2013, a pior classificação do Brasil ocorre no item “pagamento de impostos”, figurando o país no 156º lugar. A carga tributária brasileira, de 36,3% do PIB em 2012, situa-se acima da de países semelhantes, como México (22,1%) e Chile (24,7%), e mais próxima da de países desenvolvidos,

34 Carga Extra na Indústria Brasileira. : FIESP, 2011.

35 Licenciamento Ambiental: Texto para discussão: versão preliminar. Brasília: SAE, 2009.

63 como os EUA (33,4%).36 Porém, o retorno social dos tributos ainda é baixo em comparação aos países de elevada carga tributária.

Existem hoje no Brasil mais de 60 tributos federais, estaduais e municipais. Além do grande nú- mero de tributos, a estrutura tributária é muito complexa. Há muitas regras e mais de um tributo que incide sobre a mesma base. A presença de incidências em cascata, que, além de impedir a desoneração por completo das exportações e dos investimentos, distorce os preços relativos é outro dificultador.

Além da melhoria do ambiente institucional, o fortalecimento da competitividade da economia brasileira requer um salto de qualidade na infraestrutura logística, energética, de telecomunica- ções e urbana. O Brasil ocupa a 70ª posição no quesito infraestrutura no ranking Global Compe- titiveness Report 2012-2013, patamar abaixo da média dos países no mesmo estágio de desen- volvimento. 37

Dentro desse quesito, o país apresenta classificações muito ruins em temas com forte impacto na competitividade econômica, como a qualidade dos portos (135º), aeroportos (134º), rodovias (123º) e ferrovias (100º). O mesmo relatório coloca o país na 68ª posição no item qualidade do fornecimento de energia elétrica. Neste aspecto, além da baixa qualidade, os custos são eleva- dos.

Em virtude de sua complexidade, projeta-se que a superação de tais obstáculos à competitivi- dade empresarial se dará de forma lenta e gradual, o que fará com que o ambiente de negócios do país nos próximos anos se mantenha pouco favorável ao desenvolvimento da atividade eco- nômica.

36 World Economic Outlook, out. 2012. Washington: FMI, 2012.

37 Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022 (CNI, 2013)

64  IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS

 AS ATIVIDADES PRODUTIVAS COM INFLUÊNCIA SOBRE A DINÂMICA ECONÔMICA DE SÃO LUÍS E DE SEU ENTORNO METRO- POLITANO TAMBÉM SERÃO NEGATIVAMENTE INFLUENCIADAS PELOS OBSTÁCULOS DO AMBIENTE DE NEGÓCIOS QUE INI- BEM A COMPETITIVIDADE EMPRESARIAL.

 SÃO LUÍS DEVERÁ MOBILIZAR E ATRAIR GRANDES INVESTIMENTOS PÚBLICOS E PRIVADOS EM INFRAESTRUTURA PARA FOR- TALECER A COMPETITIVIDADE DE SUA ECONOMIA E MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO.

 PARA QUE SÃO LUÍS POSSUA UMA INFRAESTRUTURA COMPETITIVA, SERÁ PRECISO INVESTIR NA MELHORIA DA EFICIÊNCIA DOS DIFERENTES MODAIS, ESPECIALMENTE A FERROVIA E O PORTO DO ITAQUI. AO MESMO TEMPO, A EFICIÊNCIA LOGÍS- TICA DEPENDE DA ADEQUADA INTEGRAÇÃO ENTRE ELES AO LONGO DOS PRINCIPAIS EIXOS LOGÍSTICOS QUE TRANSPORTAM BENS MANUFATURADOS NO ESTADO. É PRECISO DESENVOLVER A INFRAESTRUTURA DE INTEGRAÇÃO (CONSTRUÇÃO DE CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO, TERMINAIS DE INTEGRAÇÃO MULTIMODAL E TERMINAIS DE TRANSBORDO E ARMAZENAGEM).

 MOBILIDADE DE MERCADORIAS E DE PESSOAS COM TEMPOS MÍNIMOS E CUSTOS COMPETITIVOS GANHAM PARTICULAR RELEVÂNCIA NAS AGENDAS PÚBLICA E PRIVADA.

 NECESSIDADE DE IMPLEMENTAÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA DE ACELERAÇÃO DA MELHORIA DO AMBIENTE DE NEGÓCIOS EN- VOLVENDO O GOVERNO ESTADUAL E OS MUNICÍPIOS DA REGIÃO METROPOLITANA E OS PODERES JUDICIÁRIO, LEGISLA- TIVO E O MINISTÉRIO PÚBLICO.

» Pressão por qualidade dos serviços públicos, transparência e accountability

Em junho de 2013, milhões de brasileiros foram às ruas em todo o Brasil, naquele que pode ser considerado o maior protesto da história do país. Dentre as reivindicações direcionadas ao Es- tado brasileiro – em todas as suas esferas administrativas e de poder –, estavam: maior quali- dade dos serviços públicos, maior transparência, melhor conduta das autoridades, combate à corrupção, canais de participação mais efetivos, gestão profissional, prestação de contas, entre outras.

MANIFESTAÇÃO DE MORADORES DA ROCINHA, .

65 Uma população de maior renda, maior escolaridade e com mais acesso à informação tende a pressionar o poder público na adoção de um novo padrão de gestão. E foi exatamente este sen- timento que motivou os protestos que tomaram conta do país. Pesquisa realizada pelo Ibope nas manifestações de 20 de junho aponta que a baixa qualidade do transporte público e dos serviços de saúde e educação, bem como a deterioração do ambiente político foram os princi- pais motivos para os protestos segundo 80% dos manifestantes.38

As causas do mal-estar que levou a população às ruas podem ser agrupadas em dois eixos prin- cipais. O primeiro, e mais evidente, é uma crise de representação. A sociedade não se reconhece nos poderes constituídos – Executivo, Legislativo e Judiciário – em todas suas esferas. O segundo é que o projeto do Estado brasileiro (o projeto do Estado, e não do governo, pois a questão transcende governos e oposições) não corresponde mais aos anseios da população. Este hiato entre o projeto do Estado e a sociedade explica em grande parte a crise de representação. 39

Apesar de arrecadar 36% da renda nacional, o Estado brasileiro investe menos de 7% do que arrecada, ou seja, menos de 3% da renda nacional. A despesa primária federal, que representava 14,0% do PIB em 1997, elevou-se para 18,2% do PIB em 2012, puxado pelos gastos com custeio, reduzindo o espaço para o investimento público. De fato, a proporção dos gastos de investi- mento nos gastos totais do governo federal diminuiu de 6,7%, em 1997, para 5,8%, em 2012. Além disso, a baixa eficiência do setor público gera problemas de execução dos investimentos, não permitindo a plena utilização dos recursos disponíveis.40

Os recursos arrecadados e não investidos são direcionados para a rede de proteção e assistência social – que se expandiu muito além do mercado de trabalho organizado –, mas, sobretudo, para a própria operação do setor público. Com isso, disseminou-se junto à sociedade brasileira a per- cepção de que o Estado tornou-se um sorvedouro de recursos, cujo principal objetivo é financiar a si mesmo e não repercute na melhoria da qualidade dos serviços públicos.41

O atendimento ao clamor das ruas passa necessariamente, portanto, por melhorias na compo- sição do gasto público – direcionando recursos para investimentos – e na eficiência do Estado brasileiro. Será cada vez maior a pressão da sociedade por uma reforma na gestão pública. Nesse

38 IBOPE Inteligência, agosto de 2013.

39 O Mal-Estar Contemporâneo. Artigo de André Lara Resende publicado no Valor Econômico de 5 de julho.

40 Tesouro Nacional, 2012.

41 O Mal-Estar Contemporâneo. Artigo de André Lara Resende publicado no Valor Econômico de 5 de julho.

66 sentido, a agenda da reforma deve considerar a nova concepção de Estado, que atua com trans- parência e em parceria com o setor privado visando ampliar a capacidade de produzir resultados efetivos para a sociedade e a accountability. É central nesse processo a incorporação de práticas de planejamento de médio e longo prazos e de avaliação dos projetos, trazendo clareza na de- finição dos objetivos e foco na efetividade das políticas públicas, além do aprimoramento do processo orçamentário dos governos federal, estaduais e municipais.

 IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS

 ASSIM COMO OCORRE EM TODO O PAÍS, NOS PRÓXIMOS ANOS AS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS INTERVENIENTES SOBRE A RE- ALIDADE DE SÃO LUÍS SERÃO PRESSIONADAS A ADOTAR UM NOVO PADRÃO DE GESTÃO QUE GARANTA A CONVERSÃO EFETIVA DOS RECURSOS ARRECADADOS JUNTO À SOCIEDADE EM MELHORIA DOS SERVIÇOS PÚBLICOS E DA QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO.

 A QUESTÃO DA MOBILIDADE URBANA E DA QUALIDADE DO TRANSPORTE PÚBLICO GANHA PAPEL CENTRAL NA AGENDA ESTRATÉGICA DAS GRANDES METRÓPOLES E CIDADES MÉDIAS BRASILEIRAS.

 A PROFISSIONALIZAÇÃO DA GESTÃO PÚBLICA COM A ADOÇÃO INTENSIVA E EXTENSIVA DA MERITOCRACIA E DAS BOAS PRÁTICAS DE GESTÃO, INCLUINDO AGENDAS DE MELHORIA DA QUALIDADE E PRODUTIVIDADE DE TODOS OS PODERES TERÁ CRESCENTE IMPORTÂNCIA POLÍTICA.

» Transição demográfica provocando grandes alterações econômicas e no perfil da demanda de serviços públicos

O Brasil está passando por transformações estruturais da sua população, com destaque para o acelerado envelhecimento populacional, consequência da redução das taxas de fecundidade. A projeção da pirâmide etária brasileira mostra uma redução da população na faixa de 0 a 14 anos e um incremento da parcela da população em idade potencialmente ativa (15 a 64 anos) – o chamado bônus demográfico –, que deverá representar cerca de 70% da população total na próxima década.42

O bônus demográfico cria condições favoráveis ao crescimento econômico do país pela maior oferta de trabalho e maior capacidade de poupança. No entanto, seu impacto no Brasil tem sido

42 Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022 (CNI, 2013)

67 reduzido por uma série de questões políticas, econômicas e sociais. 43 A taxa de poupança con- tinua baixa e a baixa qualidade da educação não permitiu que a oferta de trabalhador qualifi- cado, de capital humano, seja tão abundante como a oferta de mão de obra como um todo.

A população em idade ativa continuará a crescer por pelo menos mais 10 anos, mas sua taxa de crescimento vem desacelerando rapidamente, o que impõe desafios ao crescimento econômico e à competitividade das empresas.44 Por volta de 2025, a população brasileira potencialmente ativa deve iniciar o processo de encolhimento devido à redução da taxa de natalidade e ao au- mento da expectativa de vida da população.

A composição etária de uma população determina a forma e a intensidade como os serviços são demandados, conforme a figura abaixo.

GRÁFICO 24. DEMANDA POR SERVIÇOS EM FUNÇÃO DA IDADE

Saúde

Habitação Trabalho Alimentação Educação 0 10 20 30 40 50 60 70 Idade

Fonte: Adaptado de Crsa e Oakley apud Rogers, 1982 In: FERREIRA; Frederico P. M, Op. Cit, 2007.

Na área da educação, a tendência de diminuição da população jovem (com menos de 15 anos) permitirá alterar prioridades na alocação dos recursos do sistema educacional, tanto para o au- mento dos níveis de qualidade do ensino fundamental, uma vez que a questão da expansão da oferta não representa mais um desafio, quanto para a expansão da cobertura nos ensinos infan- til, médio, profissional e superior. Já no campo da saúde, por exemplo, caem, relativamente, as mortes decorrentes de doenças infectocontagiosas e aumentam aquelas derivadas das chama- das doenças crônicas45.

43 IBRE/FGV. Revista Conjuntura Econômica, jan. 2011. Rio de Janeiro: FGV, 2011.

44 ARBACHE, Jorge. Transformação demográfica e competitividade internacional da economia Brasileira. Revista do BNDES, dez. 2011.

45 São exemplos de doenças crônicas o diabetes, doenças cardiovasculares, obesidade e doenças respiratórias.

68 Com relação ao aumento da população idosa, é reconhecido que os gastos com assistência à saúde dessa população tendem a ser mais expressivos pelo fato de as doenças características de idades mais avançadas demandarem, em muitos casos, maior uso de tecnologia e também por haver uma incidência maior de doenças entre os grupos etários mais velhos do que entre os grupos mais jovens. Além disso, será necessário investimento crescente em promoção da saúde (estímulo à vida saudável e à prática de esportes) e em saúde preventiva da atual população adulta, para evitar o aumento dos custos associados aos tratamentos médico-hospitalares da população idosa no horizonte de tempo.46

As pirâmides etárias que se seguem são ilustrativas das transformações pelas quais atravessa a estrutura por sexo e idade da população do Brasil. 47

GRÁFICO 25. EVOLUÇÃO DAS PIRÂMIDES ETÁRIAS DO BRASIL 2010 - 2015

2010 2030

78 78 72 72 66 66 60 60 54 54 48 48 42 42 36 36 30 30 24 24 18 18 12 12 6 6

0 0

0

0

500.000

500.000

500.0000

500.0000

2.000.000 1.500.000 1.000.000 1.000.000 1.500.000 2.000.000

2.000.000 1.500.000 1.000.000 1.000.000 1.500.000 2.000.000

Homens Mulheres

Fonte: IBGE – Projeção da População do Brasil

São Luís integrará este processo de transição demográfica que o Brasil atravessará nas próximas décadas. Assim como ocorre no Brasil, a pirâmide etária ludovicense em 2033 retratará uma população maior e mais velha. Projeta-se que a proporção de pessoas com idade igual ou supe- rior a 60 anos mais do que dobrará nos próximos 20 anos, alcançando 19% da população total em 2033. Em 2010, esta proporção era de 8%. Já a população em idade potencialmente ativa

46 Análise Prospectiva: Tendências e Incertezas Relevantes para a Estratégia de Desenvolvimento de . Agenda de Me- lhorias. Governo de Minas Gerais, 2011.

47 Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade – 1980-2050 – Revisão 2008 (IBGE) http://www.ibge.gov.br/home/estatis- tica/populacao/projecao_da_populacao/2008/projecao.pdf

69 (15 a 64 anos) permanecerá praticamente no mesmo patamar, com participação oscilando de 71% para 69% da população total entre 2010 e 2033.

GRÁFICO 26. PIRÂMIDE ETÁRIA DE SÃO LUÍS EM 2010 - 2033

2010 2033

>80 >80 70-74 70-74 60-64 60-64 50-54 50-54 40-44 40-44 30-34 30-34 20-24 20-24 10-14 10-14 0-4 0-4

70 50 30 10 10 30 50 70 70 50 30 10 10 30 50 70 Milhares Milhares Homens Mulheres

Fonte: Macroplan

 IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS

 MUDANÇA DO PERFIL DA DEMANDA SOBRE OS SERVIÇOS DE SAÚDE PÚBLICA E EDUCAÇÃO.

 AUMENTO DA DEMANDA DE MATRÍCULAS NOS ENSINOS MÉDIO E SUPERIOR VIS-À-VIS SUA REDUÇÃO NO ENSINO FUNDA- MENTAL, CUJA PRIORIDADE CENTRAL PASSARÁ A SER A QUALIDADE DO ENSINO.

 MODIFICAÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA POPULAÇÃO, COM MAIOR INCIDÊNCIA DE DOENÇAS CRÔNICAS E DE- MANDA DECRESCENTE DE SERVIÇOS DE SAÚDE RELACIONADOS À POPULAÇÃO INFANTIL.

 IMPORTÂNCIA DE APROVEITAR O BÔNUS DEMOGRÁFICO, ATUANDO NA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL.

 NECESSIDADE DE ADEQUAR O PLANEJAMENTO E A OPERAÇÃO URBANAS AO PERFIL EMERGENTE: REVISÃO DOS CONCEITOS DE MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE, ESPAÇOS DE LAZER, AMENIDADES URBANAS, FORMAS DE PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS.

70 TENDÊNCIAS DO MARANHÃO E SÃO LUÍS

» Crescentes problemas urbanos e ambientais

Entre 1980 e 2010, São Luís apresentou expressivo crescimento populacional. Nas décadas de 80, 90 e 00 a população municipal cresceu a taxas anuais de 4,1%, 2,5% e 1,6%, respectivamente, superior ao observado nas demais capitais do Nordeste e no Brasil (1,9%, 1,6% e 1,2% para os mesmos períodos).

Até 2033, a tendência é de convergência da taxa para a média brasileira que, por sua vez, será cada vez menor até que a população comece a diminuir – o que deve acontecer em 2043, se- gundo o IBGE. Em 2033, a população de São Luís totalizará cerca de 1,2 milhão de habitantes em sua área urbana, um aumento de 175 mil pessoas em relação ao registrado em 201048.

O intenso processo de urbanização em São Luís pressionou sua infraestrutura, que não acompa- nhou o desenvolvimento da demanda, provocando problemas de habitação, saneamento e transportes. Com o crescimento populacional projetado para os próximos anos, espera-se uma maior pressão sobre as malhas urbanas. Cabe ressaltar que esta pressão tende a ser agravada em virtude dos movimentos migratórios atraídos pelos altos investimentos na cidade e seu en- torno, bem como pelo processo de conurbação dos municípios da Ilha de São Luís

GRÁFICO 27. ESTIMATIVA DE DÉFICIT HABITACIONAL POR REGIÕES METROPOLITANAS

18,9 16,6 13 11,1 11,3 11,3 11,8 12,1 9,8

João Pessoa Salvador Recife Fortaleza Maceió Natal Aracaju São Luís Teresina*

Fonte: Ipea 2013 a partir de dados do Censo 2010. *Região Integrada de Desenvolvimento da Grande Teresina

Outro fator importante para projetar o desenvolvimento urbano futuro de São Luís é a consta- tação de que a densidade populacional do município ainda é baixa, representada pela predomi- nância de casas. A verticalização planejada no último Plano Diretor da cidade, de 1992, não foi totalmente implementada. As economias de escala características do adensamento urbano e

48 A projeção de crescimento até 2033 desconsidera movimentos migratórios para o município. Macroplan, 2013

71 essenciais na provisão de água, esgoto e energia não ocorreram em São Luís e a tendência é que seja necessário um arranjo inovador para a universalização desses serviços.

Em termos ambientais, as preocupações são: a crescente quantidade de veículos poluidores, a falta de tratamento do esgoto com a consequente poluição dos rios e praias de São Luís, além da coleta de lixo insuficiente e não-seletiva, o que agrava o quadro de deterioração ambiental. Nos próximos 20 anos, a intensificação da urbanização, a expansão da renda média das famílias, os investimentos produtivos previstos para o distrito industrial de São Luís e cidades vizinhas, além do crescimento populacional terão como resultado o aumento do consumo de energia tanto para uso residencial como para uso comercial e a pressão sobre os recursos naturais.

» Fortalecimento de São Luís como polo de serviços avançados do Maranhão

O setor de ‘serviços avançados’ é uma parcela do setor terciário da economia que engloba aque- las atividades de mais alto valor agregado, caracterizadas pelo uso intensivo do conhecimento. São exemplos de serviços avançados: serviços financeiros, consultorias, pesquisa & desenvolvi- mento, ensino superior e pós-graduação, seguros, logística, telecomunicações e serviços de TI, entretenimento. Este segmento compõe a vanguarda do setor de serviços, envolvendo alta tec- nologia e, geralmente, com vínculos com grandes corporações do capital internacional. Uma característica comum a essas atividades é o fato de todas elas demandarem mão-de-obra qua- lificada.

São Luís concentra as atividades avançadas do estado, tanto em proporção de estabelecimentos quanto em empregos, além de concentrar as instituições de ensino superior do Maranhão. Es- pera-se para os próximos anos uma franca expansão e desenvolvimento do segmento de servi- ços avançados em São Luís, alimentada pelo desenvolvimento econômico a ser experimentado pela cidade no futuro.

Vale lembrar que o pleno aproveitamento das oportunidades associadas a esta tendência está condicionado à qualificação do ambiente de negócios e da força de trabalho local. De fato, a internalização dos benefícios da atração dos investimentos, traduzida em aumento de empregos para a população local, somente acontecerá no caso de existir mão-de-obra qualificada para o preenchimento dos postos de trabalho gerados no setor de serviços avançados.

72 GRÁFICO 28. PARTICIPAÇÃO DE SÃO LUÍS NAS ATIVIDADES AVANÇADAS DO MARANHÃO

100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%

Proporção de Estabelecimentos Proporção de Empregos

Fonte: RAIS/TEM, 2011.

» Conurbação dos municípios da Ilha de São Luís e formação de “cidades polinucleares” dentro do espaço urbano

Com a construção da ponte José Sarney, que atravessa o rio Anil, o padrão de ocupação do solo de São Luís foi direcionado para o litoral entre as décadas de 1970 e 1980 e, a partir de então, a cidade cresceu para o leste e prolongou-se para fora de seu perímetro, em direção a São José do Ribamar e demais cidades da Ilha de São Luís. Trata-se de um exemplo típico de conurbação, entendido como a expansão da cidade para além de seu perímetro, absorvendo outras cidades ou aglomerações.

Esse processo está em estágio inicial em São Luís e deve se intensificar nos próximos anos. Os vultosos investimentos produtivos previstos para São Luís e cidades próximas devem gerar forte fluxo migratório para a Ilha. Ressalta-se o expressivo crescimento populacional vivido pelas ci- dades de São José do Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa na última década.

A expansão física de São Luís e demais cidades da Ilha altera a configuração espacial urbana, favorecendo a formação e consolidação de novos núcleos de atividades comerciais e de serviços. Além da descentralização das atividades produtivas em subcentros comerciais, o conceito de

73 “cidades polinucleares” também é caracterizado pelo crescimento da mancha urbana sobre a região circundante, interligando-se através de estrutura viária49.

A conurbação dos municípios da Ilha de São Luís trará significativas implicações para a estrutura urbana da capital, influenciando diretamente na redistribuição das atividades econômicas e so- ciais do espaço metropolitano. Os impactos dessa reconfiguração para o município, por sua vez, ainda são incertos. Eles dependerão da forma como essa conurbação se desenvolverá nas pró- ximas duas décadas: de forma ordenada e com planejamento e infraestrutura que dê suporte ao crescimento; ou de forma desordenada, resultando na favelização e degradação das condi- ções sociais da população.

MAPA 13. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA OCUPAÇÃO DA ILHA DE SÃO LUÍS

Fonte: “São Luís – Uma Leitura da Cidade” - INCID

49Novas Cidades, Novos Centros. Disponível em: http://conhecimentopratico.uol.com.br/geografia/mapas-demografia/45/ar- tigo266197-1.asp

74 GRÁFICO 29. CRESCIMENTO POPULACIONAL ENTRE 2000 E 2010 - GRANDE SÃO LUÍS

1200 62% 70% 56% 1014,837 60% 1000 48% 45% 50% Milhares 800 36% 40% 600 20% 30% 400 20% 163,045 200 105,121 19%

14,925 1% 26,327 32,366 39,576 10% Crescimento Populacional Crescimento 0 0% Bacabeira Alcântara Raposa Santa Rita Rosário Paço do São José São Luís Lumiar do Ribamar

Fonte: Censo/IBGE. *Projeção da Consultoria McKinsey no artigo “Global Cities of the Future: An Interactive Map”.

» Entrada de investimentos no Maranhão e São Luís

Entre 2013 e 2017, o Maranhão espera receber cerca de R$ 79 bilhões em investimentos indus- triais, como o Complexo Termelétrico do Parnaíba, em Santo Antônio do Parnaíba; a planta para fabricação de papel e celulose da Suzano, em Imperatriz; a Refinaria Premium I, em Barreiri- nhas/São Luís; e a ampliação da capacidade logística da Vale, em São Luís. Dentre esses empre- endimentos, destaca-se a Refinaria Premium I50, que tem estimativa de gerar cerca de 130 mil postos de trabalho diretos e indiretos na fase de implantação e 1,5 mil empregos diretos na fase de operação. Os projetos da Vale em logística também são vultosos, somando R$ 31 bilhões e contemplando a construção do Píer IV no terminal da Ponta da Madeira, do Terminal Ferroviário da Ponta da Madeira e a duplicação da Estrada de Ferro Carajás.51

Além de energia e logística, outros setores também investem no Maranhão. No setor minero metalúrgico destaca-se a implantação de uma indústria metalúrgica em Açailândia e a constru- ção da Usina Siderúrgica Integrada. No comércio, destaca-se a construção de shopping centers no estado, especialmente no interior, que somam R$ 1 bilhão. Os investimentos públicos nas três esferas somam R$ 18,9 bilhões, com destaque para a modernização e o aumento da capa- cidade do porto do Itaqui, com a recuperação estrutural dos berços 101 e 102, dragagem dos berços 100 a 104 e construção do berço 108, além da construção do Terminal de Grãos (TE- GRAM).

50 O Plano de Negócios e Gestão 2013-2017 da Petrobras indica que a Refinaria Premium I – Trem 1 está prevista para Out/2017 e a Refinaria Premium I – Trem 2 está prevista para Out/2020. Disponível em: http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/apre- sentacoes/apresentacao-do-png-2013-2017.htm Acessado em: 05/10/2013.

51 Nota de Conjuntura Econômica do Maranhão – Junho/Julho 2013. IMESC

75 Todos esses projetos gerarão um forte aumento da demanda por mão-de-obra qualificada, o que pressionará as redes de ensino profissionalizante e superior. Ademais, a necessidade de aumento da qualidade do capital humano exigirá elevados investimentos na educação tradicio- nal, visando aumentar a qualidade dos ensinos fundamental e médio, além de expandir o ensino pré-escolar.

Em São Luís há uma demanda reprimida por mão-de-obra qualificada. O desemprego em São Luís, em 2010, era de 12% em 2010, mas entre a população com ensino superior completo era de somente 4,5%. Uma consequência direta deste quadro é a “importação”, pelas empresas ludovicenses, de mão-de-obra qualificada de outros estados.

Com isso, o crescimento da demanda por mão-de-obra qualificada que acontecerá nos próximos 20 anos, se não for acompanhada de políticas efetivas para a melhoria da qualidade do capital humano, poderá implicar no agravamento da defasagem já existente entre a oferta e a demanda por profissionais de nível superior e técnicos de nível médio.

FIGURA 1. DESTAQUES DE INVESTIMENTOS (2013-2017)

R$ 45.450 milhões

ESPERADOS R$ 18.452 milhões R$ 8.717 R$ 6.610 milhões milhões R$ 400

milhões

NVESTIMENTOS I 2013 2014 2015 2016 2017 DESTAQUES DE INVESTIMENTOS EM CADA ANO

SÍTIO DE LANÇAMENTO PIER IV REFINARIA PREMIUM I TERMINAL FERROVIÁRIO MILHÕES R$ 522 R$ 40.000 MILHÕES DUPLICAÇÃO EFC R$ 12.500 MILHÕES AMPLIAÇÃO DE COMPLEXO SUCO-ALCOOLEIRO R$ 400 MILHÕES

FABRICAÇÃO DE CELULOSE PARQUE EÓLICO TERMELÉTRICA TERMINAL PORTUÁRIO R$ 4.600 MILHÕES R$ 6.000 MILHÕES R$ 6.000 MILHÕES R$ 4.500 MILHÕES

Fonte: SEDINC, 07/08/2013. Análise Macroplan

76 » Dinâmica econômica ludovicense baseada em logística, serviços e turismo de negócios52

Atualmente, a exportação de commodities e outros bens intermediários de menor valor agre- gado representa a mais importante atividade econômica para São Luís. O cluster de logística compreende o Porto de Itaqui, o Porto Ponta da Madeira (pertencente à Vale), o Terminal da Alumar, a Ferrovia Carajás, a Ferrovia Norte-Sul (em construção) e a Ferrovia São Luís-Teresina.

O complexo portuário tem sido a infraestrutura estratégica indutora do desenvolvimento regi- onal. Sua localização estratégica, com rotas mais curtas para a Europa e os EUA, representa eco- nomia de até sete dias em relação aos portos do Sudeste do Brasil53. Tendo em vista a expansão do Canal do Panamá e a crescente relevância comercial de China e Índia, o Porto do Itaqui rece- berá grandes investimentos para a expansão de sua capacidade logística. As projeções para o movimento de cargas no porto sugerem que o fluxo de mercadorias deve quadruplicar até 2031, saindo de 16,9 milhões de toneladas, em 2013, para 65,67 milhões, em 2031.

MAPA 14. PRINCIPAIS ROTAS MARÍTIMAS

Fonte: EMAP – PDZ 2012 http://www.portodoitaqui.ma.gov.br/

52 Plano de Desenvolvimento Econômico Local de São Luís, 2011.

53 Planejamento Estratégico, EMAP, 2013.

77

GRÁFICO 30. PROJEÇÃO DE CARGAS DO PORTO DO ITAQUI

65.686

64.843

64.013

63.200

62.407

61.636

60.314

58.770

57.148

55.379

50.748

49.093

52.505

30.999

29.302

27.158

26.143

24.181

16.948 15.588

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031

Carga Movimentada (mil t)

Fonte: EMAP – PDZ 2012

A demanda internacional tem aumentado o preço e a procura por produtos-chave, como aço, minério de ferro, alumínio, bauxita, soja, milho, entre outros. O desafio de São Luís é diversificar e adensar a cadeia produtiva em direção a atividades de maior valor agregado e reduzir a de- pendência da administração pública, que empregava 33% do pessoal ocupado na cidade em 2011. Além disso, o crescimento da produção agropecuária, bem como a expansão dos projetos no Centro-Oeste, deve aumentar a demanda pela infraestrutura logística intermodal do eixo Araguaia-Tocantins para o comércio internacional, reforçando o papel de São Luís como inter- mediário entre esta região e o mundo.

Além do potencial logístico, o setor de serviços também exerce influência na economia de São Luís. Contribui para isso, o potencial turístico da cidade, com a importância do Centro Histórico (Patrimônio Cultural da Humanidade da Unesco e maior centro urbano com construções histó- ricas da América Latina), do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses e da cultura. Destaca-se também a presença de equipamentos especializados para o turismo de negócios e eventos, que deve permanecer atraindo visitantes a São Luís diante do grande fluxo de negócios previstos para a próxima década. 54

54 Segundo a Pesquisa de Serviços de Hospedagem do IBGE de 2011, há 127 estabelecimentos de hospedagem em São Luís, sendo 51 hotéis. A capacidade total de hóspedes é de 11.881.

78 MAPA 15. EIXO ARAGUAIA-TOCANTINS

Fonte: SEDINC/MA, 2013. “Estratégias de Desenvolvimento do Maranhão”

2.2. INCERTEZAS CRÍTICAS PARA SÃO LUÍS

Além das Tendências Consolidadas, os cenários para São Luís no horizonte 2013-2033 depen- dem também de fatores nacionais, estaduais, regionais e locais altamente incertos e de elevado impacto, denominados Incertezas Críticas.

Incertezas críticas são condicionantes do futuro com baixo grau de previsibilidade e elevado im- pacto. As incertezas podem ter origem exógena ou endógena ao município de São Luís.

As incertezas críticas foram divididas em duas categorias. A primeira reúne aquelas incertezas relacionadas ao contexto externo a São Luís, incluindo variáveis específicas ao macroambiente de interesse do município. Essas incertezas são predominantemente econômicas e se relacio- nam às atividades produtivas motrizes da economia ludovicense. Já a segunda categoria tem

79 origem interna e engloba os elementos específicos a São Luís, sobretudo nas dimensões institu- cional, social e ambiental.

INCERTEZAS CRÍTICAS EXTERNAS

Por ser uma importante capital regional e cidade portuária, o futuro de São Luís será fortemente influenciado pela evolução do ambiente internacional e pelo padrão de desenvolvimento eco- nômico do Brasil. Ao cumprir o papel de intermediário entre o eixo de desenvolvimento Ara- guaia-Tocantins e o mundo, a capital maranhense terá seu futuro, em grande medida, condicio- nado pela expansão das fronteiras do agronegócio, pela lógica dos mercados de commodities e do comércio internacional, bem como pela evolução da indústria de transformação e do setor de serviços no Maranhão.

Com o intuito de reduzir o universo de elementos do macroambiente a um subconjunto de in- certezas explicativas essenciais para a geração dos cenários, a primeira incerteza crítica síntese reúne as variáveis econômicas de cunho nacional, estadual e regional que definem o comporta- mento predominante do ambiente externo em relação a São Luís. Aspecto este que, por sua vez, influenciará a qualidade do desenvolvimento socioeconômico do município.

A primeira incerteza crítica síntese que os cenários procuram responder é:

Qual será o ritmo e a natureza do crescimento econômico brasileiro e do espaço geoeconômico de São Luís no horizonte 2013-2033?

A resposta à incerteza crítica síntese no contexto externo compreende a análise de cinco ques- tões específicas nas dimensões global e nacional:

 Ambiente internacional (evolução da crise econômica, grau de protecionismo e de- manda mundial por produtos da região de influência de São Luís);

 Orientação da política econômica (fiscal, monetária, industrial e de comércio exterior);

 Agenda de reformas estruturais;

 Enfrentamento dos gargalos de infraestrutura econômica (transporte e energia); e

 Crescimento econômico, inclusão social, qualidade de vida e meio ambiente.

80 Já no âmbito regional, a incerteza crítica externa engloba outros quatro temas relevantes ao futuro de São Luís:

 Atratividade a investimentos privados e crescimento econômico;

 Eficiência do complexo portuário;

 Perfil da estrutura produtiva (agregação de valor, conteúdo tecnológico e grau de diver- sificação); e

 Desempenho do Eixo Araguaia-Tocantins.

A incerteza crítica do ambiente externo a São Luís pode assumir estados possíveis em um eixo contínuo delimitado por dois extremos: “Tendência recente” e “Mudança de patamar (salto)”.

 Tendência recente: economia mundial com crescimento moderado e volátil, com desa- celeração do comércio internacional; pequena disponibilidade de capital e menor de- manda externa por alimentos e commodities industriais; perda de competitividade da economia brasileira e, consequentemente, maranhense, com atrasos dos investimentos no estado; crescimento econômico baixo e errático no Brasil e em São Luís.

 Mudança de patamar (salto): economia mundial retoma o caminho do crescimento, com a melhora na confiança dos investidores estrangeiros e aumento do fluxo comer- cial; crescimento sustentado da economia brasileira; aumento da competitividade na capital maranhense e atração de investimentos e empresas multinacionais para São Luís.

INCERTEZAS CRÍTICAS INTERNAS

O segundo eixo que determina os cenários alternativos de São Luís é definido por meio de uma incerteza crítica síntese que associa as variáveis internas específicas ao município. Conside- rando, sobretudo, as dimensões institucional, social e ambiental, a incerteza crítica síntese do contexto interno que os cenários procuram responder é:

Que padrões institucionais predominarão em São Luís nos próximos 20 anos?

81 Essa incerteza crítica diz respeito às instituições, i.e., regras e normas que sustentam e dão forma às relações políticas, sociais e econômicas em São Luís. Essa incerteza crítica sintetiza aspectos como:

 Comportamento da sociedade em relação ao que é público e de interesse comum;

 Transparência e qualidade da gestão pública;

 Governança metropolitana; e

 Alinhamento entre os poderes e as esferas de governo e lideranças.

A incerteza crítica interna a São Luís assume estados possíveis em um eixo contínuo delimitado por dois extremos: padrões institucionais “predominantemente extrativistas55” e “progressiva- mente inclusivos”.

 Predominantemente extrativistas: parcelas minoritárias da população capturam quase toda riqueza gerada. A maioria tem oportunidades restritas e acesso precário a serviços públicos. Trata-se de um padrão institucional que gera insegurança jurídica, desigualda- des e poucos incentivos à inovação.

 Progressivamente inclusivos: há oportunidades para parcelas crescentes da população, valorização do mérito, acesso equitativo aos serviços públicos, sistema jurídico imparcial e célere, garantia dos direitos de propriedade, incentivos à inovação.

Além das duas incertezas-crítica síntese para o desenvolvimento, há mais 10 incertezas que im- pactarão expressivamente o desenvolvimento de São Luís nos próximos 20 anos:

1. Como avançará o desenvolvimento de competências (educação e qualificação da mão de obra) em São Luís?

2. Como evoluirá o ambiente de negócios e a cultura empreendedora?

3. Como avançará a rede de cidades na área de influência de São Luís?

4. Qual será a dinâmica de ocupação do solo em São Luís e suas regiões vizinhas?

5. Como evoluirá a demanda (quantidade e qualidade) por serviços públicos?

55 Expressão cunhada por Daron Acemoglu e James Robinson no livro “Por Que As Nações Fracassam”.

82 6. Como avançará a oferta de serviços públicos? Qual será o impacto das novas tecnologias da informação e comunicação?

7. Como evoluirão as finanças públicas do município, sobretudo a arrecadação?

8. Como avançará a capacitação, gestão e elaboração de projetos robustos e estruturan- tes, além da capacidade de estruturação e viabilização de financiamento nos vários ní- veis de governo na região metropolitana de São Luís?

9. Como evoluirá a distribuição da riqueza e a pobreza em São Luís?

10. Como evoluirá a qualidade de vida da população ludovicense (oportunidades de traba- lho, mobilidade, segurança, saneamento, meio ambiente, oportunidade de lazer, etc)?

83

Capítulo 3. Cenários para São Luís 2033

Cenários para São Luís 2033

3

85

O propósito primário dos cenários não é o de predizer o futuro, e sim, organizar, sistematizar e delimitar as incertezas, explorando os pontos de mudança ou manutenção dos rumos de uma dada evolução de situações. Eles ajudam governantes, instituições, empresas e os atores sociais a trabalhar com o futuro de um modo organizado e sistemático, reduzindo incertezas e estimu- lando a formulação de políticas, estratégias e iniciativas antecipatórias e inovadoras.

Cenários são imagens coerentes e plausíveis de futuros alternativos. Sua denominação vem do termo teatral scenario – o roteiro para filmes ou peças teatrais. Seu uso em análise prospectiva e estratégia consiste em antecipar visões de futuro para “iluminar” decisões e ações no presente.

Cenários são, portanto, histórias sobre as possíveis maneiras como o mundo, o Brasil, o Mara- nhão e São Luís poderão estar configurados no futuro. As condições iniciais da realidade, a cha- mada cena de partida, foram detalhadas no capítulo I. A partir da situação atual, a hipótese da Macroplan é que o futuro da capital maranhense poderá assumir quatro contornos alternativos, descritos sob a forma de cenários. Vale lembrar que os fatores certos ou quase certos em relação ao futuro e que, em maior ou menor grau, estarão presentes em todos os cenários, foram des- critos no capítulo II.

Os cenários para São Luís no horizonte dos próximos 20 anos são decorrentes de duas incertezas críticas já destacadas no capítulo anterior:

TABELA 5. CENÁRIOS EXPLORATÓRIOS PARA SÃO LUÍS NO HORIZONTE 2033

Crescimento econômico brasileiro e do espaço geoeconômico de São Luís

MANTÉM TENDÊNCIA RECENTE MUDANÇA DE PATAMAR (SALTO)

Evolução econômica a taxas próximas da média da úl- Crescimento mais elevado do que a média da última tima década, com elevada volatilidade e baixa inter- década, com aumento da competitividade e crescente nalização de oportunidades e de renda internalização de oportunidades e de renda.

Padrões institucionais de São Luís - "Regras do jogo" estabelecidas formalmente ou pelos costumes e que são amplamente praticadas na sociedade

PREDOMINANTEMENTE EXTRATIVISTAS PROGRESSIVAMENTE INCLUSIVOS

Parcelas minoritárias da população capturam a maior Há oportunidades para parcelas crescentes da popula- parte da riqueza gerada. A maioria tem oportunidades ção, valorização do mérito, acesso equitativo aos servi- restritas e acesso precário a serviços públicos. Insegu- ços públicos, sistema jurídico imparcial e célere, garan- rança jurídica e poucos incentivos à inovação. tia dos direitos de propriedade, incentivos à inovação.

87 Estas duas indagações em face do futuro formam dois grandes eixos ortogonais cujas combina- ções das hipóteses extremas configuram os quadros futuros possíveis do município, como mos- tra a figura a seguir56:

FIGURA 2. QUATRO CENÁRIOS PARA SÃO LUÍS 2013-2033

Fonte: Macroplan.

» CENÁRIO 1: Continuidade – Caranguejo do Mangue: o contexto econômico brasileiro e da região de influência de São Luís desfavorável com crescimento intermitente e a manutenção das instituições extrativistas, com baixa articulação entre os atores, não gera em São Luís uma dinâmica de desenvolvimento inclusivo. Há baixa disseminação interna de oportunidades e de renda. A gestão, o planejamento e a provisão de serviços urbanos são insuficientes para atender às demandas básicas da população, pois o dis- curso de modernização da política e da gestão não sai do papel. Até 2033, a capital ma- ranhense tem crescimento urbano desordenado e elevados passivos socioeconômicos e ambientais.

» CENÁRIO 2: Inclusão progressiva – Jurará: apesar das dificuldades apresentadas pelo desfavorável cenário econômico brasileiro e da região de influência de São Luís, há uma agenda de reformas institucionais em curso na capital maranhense que melhora seu ambiente de negócios. Há uma melhora na gestão e na qualidade dos gastos públicos

56 Agradecemos a valiosa contribuição do Professor Felipe de Holanda na denominação dos cenários.

88 influenciadas em boa medida pela maior participação e fiscalização da sociedade ludo- vicense. Em 2033, a cidade ainda não é rica, mas já tem as bases para o desenvolvimento sustentável.

» CENÁRIO 3: Crescimento excludente – O Milagre Maranhense: apesar do externo fa- vorável, São Luís não aproveita as melhores oportunidades proporcionadas, pois o am- biente institucional instável dificulta o desenvolvimento dos negócios e a internalização de parcelas maiores da renda gerada. A ampliação do PIB é ocasionada por grandes pro- jetos com limitada geração de emprego. A provisão de serviços públicos é limitada pela capacidade da gestão pública, limitação de recursos financeiros e baixa coordenação entre os agentes. Em 2033, São Luís é uma cidade com elevada concentração de poder e riqueza numa elite e com baixa qualidade de vida para a maioria da população.

» CENÁRIO 4: Desenvolvimento inclusivo e integrado – Vôo do Guará: suportada por in- tensa concertação política e institucional entre os atores sociais, econômicos e políticos com influência sobre a sua realidade, São Luís passa a explorar com maior intensidade suas principais vocações e potencialidades e aproveita as principais oportunidades tra- zidas por um contexto externo favorável. Em 2033, São Luís é uma cidade com planeja- mento e gestão urbana integrados, crescente captação de recursos e com melhoria substancial dos padrões de qualidade de vida, com diminuição das desigualdades. A ci- dade deixa de ser conhecida como espaço de domínio de grupos políticos, passando a ser um dos exemplos nordestinos de boa gestão e participação empresarial e social nas decisões.

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CENÁRIO 1

CONTINUIDADE - CARANGUEJO DO MANGUE

desigualdades e não incentivam o investi- O potencial logístico e a vocação exportadora mento na cidade, dificulta a internalização da da cidade, especialmente de commodities renda pela população ludovicense. Os avanços como alumínio, minério de ferro e soja, e o di- sociais são decorrentes principalmente de polí- namismo da construção civil permitem que a ticas de caráter nacional, com baixa contribui- cidade registre crescimento econômico supe- ção da gestão local. O planejamento, a gestão rior à média brasileira, mas com elevada vola- e a provisão dos serviços urbanos são insufici- tilidade e baixa disseminação interna de opor- entes para resolver os crescentes problemas tunidades e de renda. O contexto econômico de mobilidade urbana e infraestrutura e para da região de influência de São Luís é predomi- atender às demandas básicas da população. nantemente adverso em função do baixo cres- Há um descompasso entre a geração de ri- cimento no mundo e no Brasil. A cidade e suas queza e os indicadores sociais e urbanos da ci- instituições são pouco capazes de alavancar dade. novas oportunidades de negócios.

O predomínio de instituições de caráter “ex- trativista”, isto é, regras e normas que geram

90 » Desenvolvimento do cenário “Caranguejo do Mangue”

mentos, o que gera um ambiente de insegu- São Luís, beneficiada por suas vantagens loca- rança que limita o crescimento. Os motores do cionais e pela articulação política de seus prin- crescimento, externos a cidade, não são sufici- cipais atores sociais, atrai investimentos, o que entes para alavancar oportunidades de negó- contribui para que a cidade apresente cresci- cio que promovam a disseminação deste dina- mento econômico acima da média brasileira. mismo para o restante da economia. Contudo, o contexto externo predominante- mente adverso potencializa as dificuldades in- O setor de construção civil continua a crescer ternas, resultando em crescimento econômico em função de demandas privadas, de obras baixo e errático. Os investimentos têm desdo- públicas e programas habitacionais federais. bramento limitado sobre a economia local em Os investimentos da Prefeitura neste campo virtude do seu baixo efeito estruturante sobre são reduzidos, limitados pelas restrições orça- as demais atividades econômicas do municí- mentárias não integralmente equacionadas. pio. Deste modo, o PIB de São Luis continua a Por outro lado, a ferrovia Norte-Sul avança apresentar elevada volatilidade (dependência lentamente. A ampliação do complexo portu- em relação às grandes cadeias produtivas vol- ário se dá a reboque de investimentos contra- tadas para o mercado internacional). tados, não sendo o porto, assim, um captador de oportunidades. O turismo se amplia de O crescimento se dá “de fora para dentro”, ba- modo incremental, principalmente com base seado na instalação de grandes empreendi- na modalidade de negócios e eventos. Já a cul- mentos, tais como a Refinaria da Petrobras, na tura local e o centro histórico atraem um fluxo ampliação da produção da Vale, na implanta- residual de turistas, em virtude da insuficiência ção da fábrica da Suzano no Sul do Maranhão de investimentos e incentivos para sua promo- e na maior exportação de soja, estimulada ção e desenvolvimento. pela ampliação da produção na região de Bal- sas e pela evolução da ferrovia Norte-Sul. No A classe média de São Luís amplia-se gradual- entanto, são frequentes os atrasos nos investi- mente, refletindo também maior poder de consumo do interior do Maranhão, parte dele

91 suprido pela capital. Este movimento dinamiza estrutura social, mas ela enfrenta dificuldades o mercado de bens de consumo e estimula a em assumir postos de liderança em suas enti- criação de novos pequenos negócios. Porém, dades e se engajar em iniciativas com impacto com a predominância de um ambiente pouco efetivo no desenvolvimento, permanecendo favorável aos negócios, quase todos têm com capacidade de contribuição limitada. “baixo rendimento”, sendo alta a taxa de mor- A gestão pública experimenta melhorias, mas talidade das micro e pequenas empresas em mantém um desempenho pouco eficaz, com São Luís. A renda e a produtividade continuam incipiente participação da sociedade civil e li- baixas, a melhoria da qualidade de vida das mitada transparência o que produz um ambi- pessoas não é proporcional ao aumento da ri- ente institucional frágil e pouco atrativo aos in- queza gerada, e as desigualdades sociais per- vestimentos. A relação da população com o manecem elevadas na cidade. poder público permanece predominante- No campo político, há uma sucessão geracio- mente pautada pelo binômio extrativismo nal de lideranças, mas não prosperam alianças para os segmentos mais poderosos e assisten- com capacidade de aglutinação nem tam- cialismo para os demais, não sendo clara- pouco consensos em torno de projetos e inici- mente visíveis os limites que separam o pú- ativas estruturadoras do desenvolvimento blico e o privado. O limitado efeito estrutura- econômico e da inclusão social na cidade e no dor dos grandes investimentos sobre a econo- estado. O padrão dominante é de instabili- mia local tem impactos sobre o mercado de dade e descontinuidade política. As mudanças trabalho, onde predominam empregos de e melhorias acontecem de modo gradual e baixa qualidade e com remuneração reduzida. lento, estimuladas, no caso das instituições As dificuldades do mercado de trabalho em públicas pelas exigências sociais de maior rigor São Luís podem ser vistas também no baixo no provimento dos cargos e na qualidade do grau de formalidade dos negócios e no incipi- gasto público e, nas instituições privadas, por ente grau de empreendedorismo local. crescente acirramento da competição. A baixa qualidade institucional de São Luís difi- A nova classe média, com maior acesso à infor- culta os avanços no campo da governança me- mação e maior escolaridade, torna-se tam- tropolitana. Entre 2013 e 2033, a transforma- bém indutora dessas mudanças. O fortaleci- ção da realidade na Grande São Luís é limitada mento de uma classe empresarial menos de- pela reduzida articulação entre o setor pú- pendente dos governos ocupa um lugar de blico, o empresariado e a sociedade civil orga- destaque neste processo de reconfiguração da nizada em âmbito metropolitano, traduzida

92 sob a forma de ações isoladas e pouco colabo- social, o acesso ao mercado de trabalho e a rativas entre suas principais lideranças. Confli- qualidade de vida. tos e descontinuidades políticas não permitem A limitada articulação político-institucional e a a concretização de um pacto metropolitano, baixa efetividade das redes de serviços públi- inibindo o aproveitamento de sinergias e a in- cos trazem melhorias restritas para a popula- tegração da região. A colaboração entre os ção de São Luís. Aos poucos, o município perde municípios se limita a iniciativas isoladas orien- sua vantagem relativa em termos de escolari- tadas à solução de problemas comuns. Em dade média da população adulta frente às ca- 2033, o crescimento populacional não foi pitais do Nordeste. A qualidade da educação acompanhado de devido planejamento e re- em São Luís em todos os níveis de ensino é gulação urbanos, gerando grandes disparida- apenas mediana quando comparada às de- des econômicas e sociais entre os municípios mais capitais nordestinas. Além disso, a oferta da Grande São Luís. de oportunidades de educação profissional é A baixa efetividade da governança metropoli- insuficiente face às demandas existentes. tana existente na Grande São Luís implica o es- Como resultado, boa parte da força de traba- tabelecimento de redes fragmentadas em vá- lho mais qualificada é “importada” e a produ- rias dimensões: nas áreas de saúde e educa- tividade média do trabalho em São Luís é ção, acarretando pressão de demanda sobre baixa, o que se reflete nos baixos salários e no os serviços públicos ofertados na capital; na desincentivo à prestação de serviços de alto segurança pública, dificultando o combate à valor agregado, que não florescem vigorosa- violência na metrópole; na área ambiental, po- mente na cidade. tencializando os gargalos ambientais que exi- A cidade caracteriza-se pelos elevados con- gem um equacionamento conjunto em âm- trastes sociais: no litoral, uma pequena parcela bito metropolitano; no setor produtivo e na rica da população tem elevada renda e bem- promoção de investimentos, prevalecendo a estar social; no outro extremo, a pobreza as- atração de investimentos baseada na guerra sola as áreas do Itaqui-Bacanga e rural, onde a fiscal entre os municípios; e redes de transpor- população vive de forma precária, sem acesso tes com baixo grau de integração intermunici- aos serviços básicos e a empregos formais; fi- pal e intermodal, limitando a mobilidade e a nalmente, há a classe média, emergente ou re- acessibilidade no espaço metropolitano. A ci- mediada, no centro e seus arredores e no eixo dade apresenta problemas crescentes de mo- bilidade com impactos sobre a desigualdade

93 Vinhais-Cohab-São Cristóvão, que busca me- para o aprendizado. Já na saúde, o contexto fa- lhor qualidade de vida, mas esbarra na falta de vorável em âmbito nacional contribui para a oportunidades de serviços e lazer. expansão da atenção primária e especializada. A expansão do acesso à saúde, porém, é Neste cenário, o espaço público da capital ma- acompanhado por melhorias apenas incre- ranhense permanece desorganizado e hetero- mentais na qualidade da prestação dos servi- gêneo. Há um baixo grau de articulação e com- ços, uma vez que a adoção de novas práticas plementaridade das ações da União, do Estado de gestão se demora a generalizar. Em 2033, e das Prefeituras, o que acarreta, muitas vezes, grandes filas de esperas e crises no atendi- em desperdício de recursos e sobreposição de mento aos pacientes nos postos de saúde e esforços. Deste modo, agravam-se os proble- hospitais municipais de São Luís ainda são mas de mobilidade urbana relacionados, prin- eventos frequentes. cipalmente, à precariedade do sistema de transporte público de passageiros. Em virtude Soma-se a isso a pressão de demanda advinda do limitado volume de investimentos públicos dos demais municípios da Grande São Luís e e privados, o sistema de transporte público em do restante do Estado do Maranhão. Se, por São Luís consiste em um dos principais garga- um lado, a qualidade de vida e o ambiente de los da cidade. A existência de uma matriz de negócios pouco atrativos afastam os principais transporte ancorada no transporte individual, talentos de São Luís, por outro, a capacidade aliada à baixa capacidade e ao limitado grau de polarizadora da capital maranhense no con- integração e intermodalidade do sistema de texto metropolitano impulsiona um cresci- transporte público resulta na saturação do sis- mento desordenado, que é responsável pela tema viário de São Luís e no crescimento dos manutenção de problemas urbanos. A expan- tempos de deslocamento. são dos espaços de exclusão social, acompa- nhada pelas pressões sobre o ambiente ur- Nas áreas de saúde e educação, os avanços bano, pela limitada expansão do emprego e da são limitados e, em grande parte, movidos pe- renda e pela manutenção de bolsões da po- las transferências de recursos federais. Há ex- breza e de desigualdade social, ao lado da ine- pansão nos níveis de ensino fundamental e ficácia das políticas públicas de prevenção e médio e no ensino técnico-profissional, porém repressão de crimes, é responsável pelo au- com melhorias incrementais na qualidade do mento dos níveis de violência e criminalidade. aprendizado dos alunos, sendo ainda possível São Luís torna-se uma metrópole violenta, encontrar escolas com ambiente inapropriado com impacto negativo sobre a imagem do mu- nicípio e a qualidade de vida dos cidadãos.

94 Sob o ponto de vista urbanístico, a cidade apesar de algumas melhorias pontuais, as apresenta alguns sinais de saturação e desor- áreas verdes, parques e praças da cidade mos- dem em espaços específicos. Apesar da exis- tram-se pouco convidativos à integração e ao tência de recursos para habitação, boa parte convívio social. dos projetos tem sua execução prejudicada Em suma, neste cenário São Luís não consegue pelos entraves regulatórios e institucionais. traduzir seu crescimento econômico em bene- Órgãos públicos do setor habitacional e seto- fícios substanciais para a população. O efeito res correlatos empreendem algumas ações estruturante dos grandes investimentos sobre isoladas e fragmentadas. O ambiente é pouco as demais atividades produtivas locais é limi- fértil também para a realização de parcerias tado, o que conduz a uma baixa disseminação com a iniciativa privada, cuja participação no interna de oportunidades de negócio e renda. mercado habitacional cresce abaixo do que é São Luís experimenta crescimento urbano de- registrado nos demais estados brasileiros. sordenado, fruto dos baixos padrões instituci- Com isso, o déficit habitacional em São Luís até onais em âmbito municipal e metropolitano. 2033 é parcialmente remediado apenas com Os avanços sociais são decorrentes, principal- programas nacionais de moradia popular. Essa mente, de políticas de caráter nacional, com expansão da oferta de habitações de interesse baixa contribuição da gestão local. A baixa social observada nos próximos vinte anos não qualidade dos serviços públicos se mostra in- é capaz de atender aos enormes desafios re- suficiente para atender às demandas crescen- presentados pela elevada demanda e pelas tes da população, acarretando reduzido nível inúmeras necessidades habitacionais, cuja de bem-estar social e desenvolvimento limi- concentração na Grande São Luís mostra-se tado pelos acentuados passivos socioambien- ainda mais aguda. tais. Na área ambiental, permanecem com déficits os serviços de saneamento, especialmente nos territórios com grande número de mora- dias irregulares e inadequadas. Em 2033, a rede de esgoto ainda não abrange todo o ter- ritório de São Luís. Observa-se um elevado vo- lume de esgoto não tratado despejado nos rios e mananciais da cidade, provocando de- gradação dos recursos hídricos e comprome- tendo a balneabilidade das praias. Ademais,

95

CENÁRIO 2

INCLUSÃO PROGRESSIVA - JURARÁ

O contexto econômico da região de influência O aumento da participação e da fiscalização de São Luís é predominantemente adverso em da sociedade ludovicense sobre os rumos da ci- função do baixo crescimento no mundo e no dade forçam esta progressiva mudança no Brasil. A estrutura produtiva de São Luís man- campo institucional, estimulando maior en- tém-se ancorada na atividade das grandes tendimento entre as esferas de governo e a empresas exportadoras de bens industriais e profissionalização da gestão pública. Ob- commodities. Contudo, em virtude de uma serva-se a ampliação da oferta de serviços pú- gradual melhoria das instituições da capital blicos de qualidade e a melhoria dos instru- maranhense – com reflexo positivo sobre a mentos de planejamento e ordenamento ur- qualidade do ambiente de negócios – observa- bano. Há ganhos progressivos em termos de se um processo de adensamento das cadeias qualidade de vida, refletida na evolução posi- produtivas. Se, por um lado, a economia ludo- tiva dos indicadores sociais nas áreas de edu- vicense se mantém suscetível às oscilações de- cação, saúde, emprego e mobilidade. Em correntes da volatilidade dos mercados inter- 2033, a cidade não é rica, mas atrai pessoas e nacionais, por outro, o maior grau de formali- investimentos pela qualidade do ambiente ins- zação dos negócios e do mercado de traba- titucional, pela organização do espaço público, lho, bem como o aumento da produtividade e pelo nível de bem-estar social e pela receptivi- da massa salarial, favorece a internalização da dade do orgulhoso povo ludovicense. renda gerada.

96 » Desenvolvimento do Cenário “Jurará”

contribuição da demanda local para o cresci- Até 2033, o desempenho de São Luís e seu en- mento econômico do município ganha força torno metropolitano é limitado pelos desdo- com a melhoria contínua dos padrões de ges- bramentos de seu contexto econômico ex- tão pública e após a implantação de importan- terno. A economia global atravessa um perí- tes reformas microeconômicas, como a redu- odo prolongado de baixo crescimento, redu- ção das burocracias regulatória e tributária. A zindo a confiança dos agentes econômicos e os melhoria do ambiente de negócios possibilita níveis de investimento. No Brasil, o contexto que os grandes empreendimentos realizados internacional predominantemente adverso em todo o Maranhão, como a Refinaria da Pe- potencializa as dificuldades internas, resul- trobras, a ampliação da produção da Vale, a fá- tando em crescimento econômico baixo e er- brica da Suzano e a construção da ferrovia rático. Norte-Sul, entre outros, atraiam investimentos Nesse contexto adverso, a base da economia correlatos e fomentem um gradual adensa- de São Luís ainda não experimenta mudanças mento das cadeias produtivas instaladas em radicais nas próximas duas décadas, mantendo São Luís e no seu entorno metropolitano. crescimento próximo ao desempenho histó- Novos empreendedores, especialmente relaci- rico do município no período 2000-2010, pu- onados aos serviços de maior conteúdo tecno- xada predominantemente pelos setores lógico, e pequenas e médias empresas de ser- econômicos exportadores de commodities viços especializados surgem estimulados pela agrícolas e industriais. O complexo portuário simplificação dos procedimentos para abertura mantém-se como o principal motor da econo- de empresas e por políticas de fomento ao em- mia, exportando tanto a produção agrícola do preendedorismo. Soma-se a isso um aumento Centro-Oeste do Brasil e do sul do Maranhão, da oferta de mão de obra qualificada – fruto de quanto as commodities da Vale e os bens in- bem sucedidos programas de promoção do en- dustriais da Alumar. sino técnico-profissionalizante – resultando em Mas há um elemento novo: é o aumento da aumento da produtividade e maior formaliza- importância relativa do mercado interno. A ção da economia municipal. Vale ressaltar que a despeito do desenvolvimento do mercado de

97 trabalho, em 2033 as melhores oportunidades sam a gerar oportunidades para parcelas mai- de trabalho ainda se mantêm em segmentos ores da população, com valorização da merito- consolidados, como a indústria metalúrgica e o cracia, fortalecimento da segurança jurídica, e setor público. Nesse contexto, a renda prove- incentivo à inovação. O aparelho estatal em niente do trabalho passa a se destacar na com- São Luís revela-se cada vez mais produtivo e posição da renda das famílias. Reduz-se, por- eficiente, concentrado na provisão de serviços tanto, o grau de dependência da população lo- públicos essenciais de qualidade. Acresce-se a cal em relação aos programas de transferên- isso o fato de que o aumento da importância cias governamentais que, não obstante, ainda relativa do mercado interno contribui, via au- se mantêm como fundamentais para uma par- mento da arrecadação própria, para que o or- cela significativa dos munícipes. çamento municipal reduza sua dependência em relação às transferências de recursos inter- No campo institucional são evidenciados avan- governamentais. ços em resposta às adversidades econômicas que caracterizam o período. Observa-se uma A gestão pública municipal da capital mara- alteração do modo como os atores sociais, nhense caracteriza-se por maior profissionali- econômicos e políticos interagem na cidade, o zação, eficiência e responsabilidade fiscal, com que influencia as regras e normas formais e in- mais transparência e instituições pluralistas e formais vigentes. Há um efeito mobilizador de qualidade. As relações políticas abrem es- para a construção do futuro de São Luís, com paço para a formação dos quadros funcionais união entre as principais lideranças políticas e profissionais na administração pública e a rela- da sociedade civil, governantes, empresários e ção da população com o governo muda do pa- formadores de opinião em torno de projetos e drão extrativista e assistencialista para um mo- iniciativas estruturadoras do desenvolvimento delo mais meritocrático e integrado, com res- na cidade e no estado. É visível a redução das peito ao patrimônio público. disputas políticas predatórias e cresce a partici- A nova configuração da sociedade ludovicense pação dos vários segmentos da sociedade no contempla a união entre a chamada “nova planejamento e na gestão da cidade, o que per- classe média” emergente, uma classe empre- mite a implementação de políticas públicas es- sarial empreendedora mais robusta e menos pecíficas para as diferentes regiões da cidade. dependente do governo para os negócios, e, fi- Neste cenário, as instituições ludovicenses aos nalmente, uma classe de gestores públicos poucos tornam-se mais inclusivas, isto é, pas- profissionais comprometidos com o futuro de São Luís.

98 Os efeitos dessa relação estendem-se para a nistrativa, o que as permite implementar práti- governança metropolitana e para o relaciona- cas educacionais modernas e que trazem be- mento entre os poderes e os vários níveis de nefícios na qualidade do aprendizado dos alu- governo. Entre 2013 e 2033, os avanços obser- nos. De modo semelhante, a prestação de ser- vados na Grande São Luís são estimulados pelo viços de saúde melhora com os avanços no estreitamento dos laços entre o setor público, campo da gestão e regulação da rede, que re- o empresariado e a sociedade civil organizada sultam em aumento das unidades e equipes em âmbito metropolitano, traduzida sob a básicas de saúde. forma de ações conjuntas e colaborativas entre A melhoria do ambiente de negócios incentiva suas principais lideranças. Esta concertação po- o estabelecimento de parcerias público-priva- lítica e institucional entre os atores com in- das (PPPs) em diversas áreas, com destaque fluência na realidade metropolitana se desen- para o transporte público e a mobilidade ur- volve em duas dimensões: uma vertical, carac- bana. Assim, apesar da limitada capacidade de terizada por maior articulação entre as três es- investimento do poder público, as redes de feras de governo; e outra horizontal, visível na transporte são reestruturadas para facilitar a colaboração entre os municípios constituintes integração intermunicipal e projetos intermo- da Grande São Luís. Com isso, iniciativas pú- dais são implantados para facilitar a mobili- blico-privadas entre governos, empresas e a dade e a acessibilidade no espaço metropoli- sociedade civil são traduzidas na realização de tano. O sistema de transporte público é alvo de projetos metropolitanos voltados não apenas à importantes melhorias e recebe investimentos solução de problemas comuns, mas também para modernizar a estrutura viária e a frota de para o aproveitamento de sinergias e comple- ônibus, desincentivando o transporte indivi- mentaridades entre as cidades. dual e reduzindo o tempo de deslocamento na O estabelecimento de mecanismos de coope- cidade. ração sistemática entre a Prefeitura, o Estado e São Luís vivencia um desenvolvimento mais in- a iniciativa privada, combinado à recuperação tegrado sob as óticas social e territorial. Um es- da infraestrutura e melhoria das operações de forço concentrado de desenvolvimento das escolas, postos de saúde e hospitais, melhoram áreas do Itaqui-Bacanga e rural, reunindo ato- gradativamente a qualidade dos serviços pres- res públicos e privados, contribui para a redu- tados nas áreas de saúde e educação. O ensino ção das disparidades sociais. A eficiência no uso básico torna-se amplamente difundido na ci- dos recursos públicos permite a redução do dé- dade; as escolas têm maior autonomia admi-

99 ficit de escolas nos bairros mais pobres da ci- habitação de interesse social em São Luís, ca- dade, além de melhorar a qualidade média da racterizado por uma maior participação do se- educação em todos os níveis de ensino, melho- tor privado, em particular das empresas de pe- rando seu posicionamento em relação às de- queno porte. Em paralelo, se desenvolve um mais capitais nordestinas. O crescente padrão pujante mercado imobiliário orientado sobre- educacional da capital aumenta a produtivi- tudo para a crescente classe média. dade, tornando São Luís uma cidade com salá- O déficit habitacional na capital maranhense rios gradativamente mais atrativos para seus cai também em virtude da implantação de pro- talentos. São Luís, que no passado se caracteri- gramas de urbanização de , moderniza- zava como uma cidade tripartida, com grandes ção de áreas degradadas e infraestrutura com- desigualdades no acesso à renda e aos serviços plementar. Contudo, em 2033, apesar da públicos entre os estratos populacionais, viven- maior atenção dada ao centro histórico, os pro- cia a melhora progressiva de suas disparidades jetos carecem de recursos para uma efetiva históricas. transformação da região e recuperação do di- Neste cenário, há maior organização e equilí- namismo. brio na ocupação do solo da capital mara- Do ponto de vista ambiental, os serviços de sa- nhense. O planejamento e a gestão urbana são neamento têm melhora significativa, principal- realizados de forma mais estruturada, com im- mente nos bairros mais pobres. Isso se deve pactos positivos sobre a mobilidade urbana, o tanto ao esforço de gestão quanto à percepção saneamento, o déficit habitacional e a oferta dos benefícios do saneamento sobre a quali- de amenidades urbanas. Em 2033, nem todas dade de vida dos cidadãos. Além disso, há as necessidades foram solucionadas, mas é vi- maior preocupação com os impactos negativos sível a redução dos espaços de exclusão social. do esgoto não tratado despejado diretamente A violência ainda é um problema, mas apre- nos rios de São Luís. As praias da cidade melho- senta retração frente à eficácia das políticas de ram gradativamente suas condições de balne- prevenção da criminalidade combinadas a abilidade. Finalmente, melhora a conservação ações integradas de policiamento e à maior co- e preservação das áreas verdes remanescen- esão social. tes, na tentativa de torná-las mais apropriadas O estabelecimento de parcerias público-priva- à integração e ao convívio social. das contribui também para a expansão do acesso a habitações no município. Registra-se um movimento de expansão do mercado de

100 Apesar dos avanços experimentados por São Luís até 2033, sua capacidade polarizadora so- bre o contexto metropolitano mantém a pres- são de demanda proveniente dos demais mu- nicípios maranhenses sobre as redes de servi- ços da capital. Embora ela ocorra de forma me- nos acentuada em virtude da maior coopera- ção entre os agentes metropolitanos, esta pressão ainda compromete a qualidade de al- guns serviços públicos.

Em resumo, este cenário descreve São Luís com um crescimento econômico mediano, mas com importantes transformações institu- cionais e sociais. O ambiente de negócios mais favorável permite que os grandes empreendi- mentos produzam desdobramentos na econo- mia ludovicense, gerando oportunidades de emprego e garantindo a internalização da renda.

A gestão pública eficaz e a maior articulação entre os atores econômicos, políticos e sociais influenciam positivamente o planejamento ur- bano e a oferta de serviços públicos, com redu- ção das disparidades de acesso entre as regiões da cidade e os diferentes estratos sociais. O planejamento do espaço urbano permite que a cidade cresça de forma mais estruturada, com impacto positivo sobre a qualidade de vida e a imagem de São Luís.

101

CENÁRIO 3

CRESCIMENTO EXCLUDENTE – O MILAGRE MARANHENSE

O contexto econômico se mostra favorável a pulação do município depende dos progra- São Luís, influenciado pelo crescimento dos mas governamentais de transferência de mercados de commodities e pelas políticas de renda ou de remunerações medianas oriun- incentivo à demanda interna. A economia de das de empregos de baixa qualidade. A po- São Luís cresce a taxas elevadas – similares à breza atinge pelo menos um terço da popula- época do chamado “milagre econômico bra- ção e é potencializada pela abrangência limi- sileiro” –, porém com volatilidade acentuada tada dos serviços públicos. São Luís experi- e concentração da atividade em poucas em- menta crescimento urbano desordenado, presas intensivas em capital. A riqueza é acu- fruto da baixa efetividade da governança me- mulada por uma elite social que detém o po- tropolitana e da limitada articulação dos ato- der político e concentra as principais decisões res sociais, econômicos e políticos com in- de alocação de recursos públicos, sobretudo fluência sobre a sua realidade. Em 2033, a ca- as de âmbito municipal. Esse tipo de arranjo pital maranhense é uma cidade dual: com social torna o ambiente institucional instável alto PIB per capita e “ilhas de prosperidade”, e pouco propício ao desenvolvimento de ne- mas inchada e com seu desenvolvimento e gócios. O orçamento de grande parte da po- qualidade de vida limitados pelos acentuados passivos socioambientais.

102 » Desenvolvimento do Cenário “O Milagre Maranhense”

pliar e melhorar a capacidade da infraestru- Os desdobramentos do contexto externo são tura, para aprimorar a gestão pública e fiscal, amplamente favoráveis a São Luís, uma vez reduzir a burocracia e a informalidade, moder- que o mundo e o Brasil são portadores de nizar a legislação trabalhista, e para reduzir os grandes oportunidades para a capital mara- déficits previdenciários, a carga tributária e os nhense. O mundo volta a crescer de forma sus- juros. tentada a partir de uma ampla e profunda re- forma na regulação do sistema financeiro in- Essa mudança de patamar observada no am- ternacional e estimulada por investimentos biente econômico externo contribui para que em infraestrutura, tecnologia e energias reno- o nível de geração de riqueza em São Luís váveis. Nesse contexto, as economias emer- cresça significativamente, registrando-se taxas gentes demandam grande volume de commo- de crescimento do PIB superiores à média da dities agrícolas e industriais. última década. A infraestrutura logística inter- modal de São Luís é o principal indutor desse O Brasil é beneficiado pela evolução favorável crescimento, sendo reforçada pelos grandes dos mercados internacionais de commodities. investimentos produtivos realizados na capital Observa-se o aumento da produção de merca- e em outras cidades do Maranhão, como a Re- dorias básicas, como grãos, minério de ferro e finaria Premium I da Petrobras, a expansão do alumínio, sobretudo no eixo Araguaia-Tocan- complexo portuário do Itaqui, o aumento da tins, área de influência da capital maranhense. produção de minério da Vale, a geração de Concomitantemente, observa-se no Brasil o energia em usinas termelétricas, além da ex- enfrentamento, por parte do Estado, da socie- pansão do setor de petróleo e gás. dade e do setor privado aos principais gargalos Infelizmente, São Luís não se mostra capaz de que restringem o crescimento econômico do aproveitar as oportunidades trazidas pelo am- país. Intensificam-se as iniciativas para melho- biente externo favorável. No plano institucio- rar o nível educacional da população, para am- nal, os esforços iniciais de melhoria da gestão pública não se sustentam ao longo do tempo

103 e a expectativa inicial de mudança se frustra. em empresas intensivas em capital e em seto- Não há alteração significativa em relação à res já consolidados na economia ludovicense. maneira como a sociedade interage com o go- Isso se deve, principalmente, ao ambiente de verno e o patrimônio público, sendo constante negócios desfavorável a novas atividades pro- a apropriação indevida e os acordos políticos dutivas por conta dos elevados riscos de cor- para nomeação de cargos no setor público. rupção, da insegurança jurídica e da burocra- cia. Além disso, neste cenário a inserção e os A gestão pública permanece ineficaz com al- acertos políticos são determinantes para o su- ternâncias e descontinuidades políticas, o que cesso das empresas, que têm de investir na é visível tanto na baixa qualidade dos serviços aproximação com governantes e forças políti- prestados pelo poder público quanto no des- cas para a obtenção de vantagens e favores. perdício de recursos físicos e financeiros. Ape- Assim, há séria limitação em relação ao desen- sar da existência de algumas “ilhas de excelên- volvimento do mercado de trabalho e conse- cia”, a máquina pública é predominantemente quente internalização da renda, pois as opor- desarticulada e pouco eficiente, contribuindo tunidades de emprego ficam restritas às ca- para o baixo desempenho das ações governa- deias exportadoras ou à administração pú- mentais. Os recursos advindos da maior arre- blica. cadação tributária com os grandes empreen- dimentos são desperdiçados em atividades Como há dificuldade institucional para empre- pouco comprometidas com a sustentabilidade ender – a capital apresenta alta taxa de morta- do desenvolvimento e o equilíbrio fiscal é lidade das micro e pequenas empresas –, a in- mantido via aumento da carga tributária sobre formalidade permanece elevada. Nesse cená- o setor produtivo. Em 2033, a estrutura funci- rio, setores como construção civil e comércio onal da Prefeitura permanece inchada e de- mantêm sua importância relativa, pois o mer- sordenada, gerando ineficiência no gasto pú- cado encontra-se aquecido por obras públicas, blico e desequilíbrios constantes no orça- programas habitacionais e pela expansão do mento municipal. crédito.

A baixa qualidade das instituições e a eficácia Em meio a este quadro político-institucional limitada da gestão pública geram repercus- adverso, são recorrentes em São Luís as mani- sões sobre a dimensão econômica. Apesar do festações da sociedade – composta majoritari- contexto externo favorável, os investimentos amente de pessoas das classes C e D, além de anunciados para São Luís estão concentrados grande número de jovens – exigindo redução

104 da desigualdade de oportunidades, transpa- trumentos de governança metropolitana esta- rência e qualidade do gasto público e maior belecidos ao longo do período, que se revelam participação no planejamento da cidade. A im- vulneráveis aos ciclos políticos. plementação dessas melhorias, contudo, A baixa efetividade da governança metropoli- ocorre de modo lento e gradual, pois não en- tana existente na Grande São Luís implica o es- contram eco nas forças políticas hegemônicas. tabelecimento de redes fragmentadas em vá- O desenvolvimento de São Luís é inibido e, ao rias dimensões, sobretudo nas áreas de saúde, mesmo tempo, restringe o desenvolvimento educação, segurança pública e mobilidade. de seu entorno metropolitano. Entre 2013 e Ademais, o crescimento populacional resul- 2033, a transformação da realidade na Grande tante dos fluxos migratórios advindos do inte- São Luís é limitada pela reduzida articulação rior do estado não é acompanhado das neces- entre o setor público, o empresariado e a soci- sárias medidas no campo do planejamento e edade civil organizada em âmbito metropoli- ordenamento urbano, fazendo de São Luís em tano, traduzida sob a forma de ações isoladas 2033 uma tradicional cidade grande sul-ame- e pouco colaborativas entre suas principais li- ricana: inchada e com o desenvolvimento ini- deranças. Dificultada por interesses divergen- bido por gargalos sociais e ambientais. tes, a metrópole maranhense diferencia-se A falta de integração das políticas metropolita- negativamente no contexto das metrópoles nas implica na sobrecarga das redes de servi- nacionais pela baixa articulação institucional ços da capital. A limitada eficácia do setor pú- dos atores políticos, econômicos e sociais que blico em São Luís, inclusive no terreno da re- a influenciam. gulação e das parcerias, é claramente obser- Observa-se na Grande São Luís grande dispari- vada nos serviços públicos, que experimentam dade na qualidade da gestão das cidades. Co- apenas melhorias incrementais. Há grande he- existem municípios dotados de equilíbrio fiscal terogeneidade na qualidade dos serviços pres- e gestão pública eficaz – que se beneficiam do tados nas áreas de saúde, educação e segu- ambiente externo favorável –, com outros que rança pública, contribuindo para resultados sofrem com graves desequilíbrios nas contas pouco sensíveis às demandas sociais. Coexis- públicas e gestão pouco eficaz. Neste campo tem serviços públicos, sobretudo federais ou institucional, destaca-se, a despeito de algu- estaduais, de maior qualidade e de acesso am- mas tentativas lideradas pelo Governo Fede- pliado com outros ofertados pela esfera muni- ral, a limitada capacidade de decisão dos ins- cipal que não conseguem atender satisfatoria- mente a todas as necessidades da população.

105 O acesso e a qualidade dos serviços públicos Nas áreas de saúde e educação, os avanços essenciais são comprometidos ainda pelo são limitados e, em grande parte, movidos pe- baixo grau de articulação e complementari- las políticas públicas federais e estaduais. Há dade das ações da União, do Estado e da Pre- uma expansão nos níveis de ensino fundamen- feitura, o que acarreta, muitas vezes, em des- tal e médio, porém com melhorias incremen- perdício de recursos e sobreposição de esfor- tais na qualidade do aprendizado dos alunos. ços. A educação profissional é incentivada a partir de programas estaduais e federais, mas os cur- A forte desigualdade regional, especialmente sos são direcionados para atender à demanda no que tange as áreas de saúde, educação e dos negócios existentes; ainda é usual a impor- habitação, cria tensões sociais que estimulam tação de talentos de outras capitais do Nor- a violência na metrópole. O baixo grau de inte- deste. Já na saúde, o contexto favorável em gração intermunicipal do transporte mantém âmbito nacional permite que os recursos re- o tempo de deslocamento na Grande São Luís passados pela esfera federal contribuam para entre os cinco maiores entre as regiões metro- a expansão da atenção primária e especiali- politanas brasileiras. Em relação ao meio am- zada. A expansão do acesso à saúde, porém, é biente, há degradação crescente por causa da acompanhado por melhorias apenas incre- desorganização das políticas metropolitanas mentais na qualidade da prestação dos servi- de regulação das áreas de preservação. ços, uma vez que a adoção de novas práticas

Nesse cenário economicamente favorável e de gestão demora a se generalizar. institucionalmente adverso, a qualidade de Soma-se a isso a pressão de demanda advinda vida da população ludovicense melhora em dos demais municípios da Grande São Luís. Se, proporção aquém do esperado, com forte he- por um lado, a qualidade de vida e o ambiente terogeneidade na qualidade dos serviços pú- de negócios pouco atrativos afastam os princi- blicos acessados pelos diferentes estratos so- pais talentos e tomadores de decisão de São ciais. A imagem da “cidade partida” – onde Luís, por outro, a atratividade relativa da capi- uma pequena elite dispõe de elevado nível de tal no contexto metropolitano impulsiona um bem-estar social e amenidades urbanas, en- crescimento desordenado, que é responsável quanto o restante da população não dispõe ou pela manutenção de problemas urbanos. de acesso a serviços básicos, ou de empregos formais, ou mesmo de oportunidades de lazer Os fluxos migratórios temporários e perma- e serviços – sintetiza esses contrastes. nentes direcionados a São Luís sobrecarregam e saturam as redes, comprometendo ainda

106 mais a qualidade dos serviços prestados na ca- São Luís destaca-se pela heterogeneidade en- pital. São Luís apresenta saturação em setores tre seus bairros: o Litoral com construções de como habitação, mobilidade e meio ambiente. alto padrão e renda per capita elevada; as No primeiro, entraves burocráticos prejudi- áreas do Itaqui-Bacanga e rural, onde predo- cam tanto a execução dos projetos de habita- mina favelização, pobreza e baixo acesso a ser- ção elaborados por órgãos estaduais para di- viços públicos; e o abandono do centro e seus minuir o déficit habitacional, quanto a partici- arredores. pação do setor privado. Quanto à mobilidade, O crescimento urbano desordenado, aliado à o sistema de transportes públicos recebe in- limitada expansão do emprego, à manutenção vestimentos abaixo dos necessários para su- de bolsões da pobreza e ao acirramento da de- prir a evolução da demanda, resultando em sigualdade social resulta no aumento dos es- gargalos crescentes na oferta. Por último, a paços de exclusão social. Acrescente-se a isso rede de saneamento não atende todos os bair- a ineficácia dos programas de prevenção e re- ros de São Luís, levando ao despejo de elevado pressão da violência, acarretando o aumento volume de esgoto não tratado nos rios e ma- dos níveis de criminalidade na capital mara- nanciais da cidade. Além disso, o uso predató- nhense. rio dos recursos naturais, principalmente pelas atividades ligadas à geração de energia por Em suma, o desempenho de São Luís neste ce- termelétricas e à exploração de petróleo e gás, nário se assemelha ao experimentado pelo provoca sérios desequilíbrios no ecossistema Brasil durante o chamado “milagre econô- da Ilha de São Luís. mico” na década de 1970: a capital mara- nhense vive um ciclo econômico favorável, re- Em 2033, a densidade demográfica na capital aliza algumas reformas, mas não o suficiente maranhense ainda é baixa. Assim, o custo para para tornar o crescimento sustentável; as de- disponibilizar todas as estruturas urbanas ne- sigualdades sociais aumentam, com grande cessárias à universalização dos serviços bási- disparidade de rendimentos e de acesso aos cos torna-se um fator limitador para a atuação serviços e amenidades urbanas. A baixa quali- da Prefeitura. Se o espaço público não é atra- dade das instituições exerce grande influência tivo às interações da população, há esvazia- negativa na gestão pública municipal e na ca- mento dessas áreas, como o centro histórico, pacidade de atrair investimentos produtivos que não consegue se tornar atrativo. A organi- diferentes dos já consolidados. A cidade atrai zação da ocupação do solo da cidade é tardia, grande fluxo migratório por causa de ciclos de feita a partir de um Plano Diretor defasado.

107 prosperidade na capital, o que provoca incha- mento do espaço urbano e intensifica alguns dos problemas históricos da cidade, como o déficit habitacional, o tempo de deslocamento e os passivos ambientais. A riqueza gerada não é convertida em qualidade de vida e bem estar social.

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CENÁRIO 4

DESENVOLVIMENTO INCLUSIVO E INTEGRADO - O VOO DO GUARÁ

São Luís supera seus principais entraves inter- campo institucional. O aumento da participa- nos e se insere em um ciclo duradouro de de- ção e da fiscalização da sociedade sobre os ru- senvolvimento sustentável, aproveitando-se mos da cidade resultam em uma gestão pú- das principais oportunidades oferecidas pelo blica eficaz e inovadora, responsável pela am- contexto externo favorável. A evolução positiva pliação da oferta de serviços públicos de quali- dos mercados internacionais de commodities, dade em todas as regiões da cidade. Acresce-se combinada à melhoria da qualidade do ambi- a isso a melhoria dos instrumentos de planeja- ente de negócios local, atrai elevado fluxo de in- mento e ordenamento urbano, garantindo a vestimentos produtivos para São Luís, que ex- São Luís um crescimento sustentável também perimenta um processo de diversificação e mo- no que se refere à ocupação do solo. dernização de sua economia. Em resumo, neste cenário São Luís combina Em virtude da multiplicação de oportunidades acentuado crescimento econômico, fortaleci- de negócios, do maior grau de formalização da mento institucional, redução da pobreza e da economia e de qualificação do mercado de tra- desigualdade social e o uso sustentável do ca- balho, o crescimento econômico elevado tra- pital natural, vivenciando um processo de de- duz-se em aumento da renda e redução estru- senvolvimento urbano integrado e de melhoria tural da pobreza e da desigualdade social. Os substancial da qualidade de vida. benefícios do crescimento econômico são po- tencializados por melhorias substanciais no

| 109 | CENÁRIOS DE SÃO LUÍS 2013-2033 » Desenvolvimento do Cenário “o Voo do Guará”

das políticas públicas federais e estaduais tam- A economia mundial volta a ser portadora de bém contribui para a melhoria da qualidade de grandes oportunidades para o Brasil e o Estado vida na maior parte das cidades. do Maranhão. O mundo volta a crescer de forma sustentada a partir de uma profunda re- Em meio a este contexto externo amplamente forma na regulação do sistema financeiro in- favorável, a economia de São Luís experimenta ternacional e estimulada por investimentos em um processo de diversificação e modernização. infraestrutura, tecnologia e energias renová- O crescimento econômico é puxado tanto pe- veis. A retomada do crescimento econômico los tradicionais setores exportadores de com- nos EUA, a recuperação da Europa e o extraor- modities como pelos novos empreendimentos dinário desempenho das economias emergen- produtivos em setores com crescente conte- tes – em especial China e Índia – têm efeito po- údo tecnológico. O complexo portuário man- sitivo sobre os mercados internacionais de tém-se como o principal motor da economia, commodities agrícolas e industriais, o que esti- exportando tanto a produção agrícola do Cen- mula o aumento da produção dessas mercado- tro-Oeste do Brasil e do sul do Maranhão, rias na área de influência de São Luís, isto é, na quanto as commodities da Vale e os bens in- região do eixo Araguaia-Tocantins. dustriais da Alumar. Nesse contexto, os propri- etários e gestores do Porto do Itaqui adotam O Brasil aproveita muitas das oportunidades postura ativa na busca de parcerias com a inici- trazidas pelo ambiente mundial favorável após ativa privada para a captação de negócios e enfrentar seus principais gargalos estruturais, cargas. resultado da concretização de uma agenda de reformas, da realização de importantes investi- A contribuição do mercado interno para o cres- mentos em infraestrutura e de expressiva me- cimento econômico do município ganha maior lhoria dos padrões de governança pública e de importância relativa após a implantação gra- parcerias com o setor privado. A maior eficácia dual de profundas reformas microeconômicas que tornam o ambiente de negócios em São

110 Luís atrativo para novos investimentos. A redu- como cada vez mais saudável. Soma-se a isso ção e simplificação da carga tributária, a dimi- um aumento da oferta de mão de obra qualifi- nuição da burocracia e o fortalecimento da se- cada – fruto de bem sucedidos programas de gurança jurídica fazem da economia de São promoção do ensino técnico-profissionalizante Luís e seu entorno metropolitano um espaço – resultando em aumento da produtividade e próspero para o surgimento de novos empre- maior formalização da economia municipal. endimentos. Em 2033, a nova dinâmica econômica propicia o desenvolvimento do mercado de trabalho, Ademais, a Prefeitura desenvolve ações articu- reduzindo relativamente o vínculo em relação ladas com grupos empresariais para internali- aos segmentos consolidados, como a indústria zar oportunidades associadas aos grandes em- metalúrgica e o setor público. Nesse contexto, preendimentos realizados em todo o Mara- a renda proveniente do trabalho passa a se nhão, como a Refinaria da Petrobras, a amplia- destacar na composição da renda das famílias, ção da produção da Vale, a fábrica da Suzano e diminuindo significativamente o grau de de- a construção da ferrovia Norte-Sul, entre ou- pendência da população local em relação aos tros. Nesse sentido, a administração municipal programas de transferências governamentais. atua no ambiente de negócios de forma a fo- mentar o adensamento das grandes cadeias Os avanços evidenciados no campo econômico produtivas. São Luís passa a concentrar, assim, são reforçados por aqueles obtidos no campo uma rede de empresas voltadas ao suprimento institucional. Observa-se o protagonismo insti- local de grande parte do novo consumo das tucional de novas lideranças políticas capazes classes emergentes ou que atuam em negócios de mobilizar e aglutinar a sociedade civil em correlatos às grandes atividades produtivas do torno de projetos e iniciativas estruturadoras estado e no seu entorno. Entre 2013 e 2033, a do desenvolvimento na cidade e no estado. O cidade fortalece substancialmente sua função novo cenário político ludovicense passa a atrair polarizadora em relação à boa parte do Mara- cada vez mais jovens empresários, formadores nhão. de opinião e representantes do setor privado, fortalecendo o capital social no município. É vi- Novos empreendedores, pequenas e médias sível tanto a redução das históricas disputas empresas de serviços especializados surgem políticas quanto uma maior articulação entre estimulados pela simplificação dos procedi- as instituições e os entes federados. Cresce, mentos para abertura de empresas, por políti- também, a participação da sociedade no plane- cas de fomento ao empreendedorismo e à ino- jamento e na gestão da cidade, o que permite vação e pelo ambiente de negócios percebido a elaboração de políticas públicas direcionadas

111 às diferentes regiões da cidade. As instituições de qualidade. As vinculações políticas deixam se tornam progressivamente inclusivas e pas- de influenciar a designação dos quadros funci- sam a gerar oportunidades para parcelas mai- onais na administração pública e a relação da ores da população, com valorização da merito- população com o governo muda do padrão ex- cracia, fortalecimento da segurança jurídica, e trativista e assistencialista para um modelo incentivo à inovação e aos investimentos. mais meritocrático e integrado, com total res- peito ao patrimônio público. A Prefeitura passa a ser reconhecida por indu- zir, em articulação com os órgãos de controle, Dessa forma, a nova configuração da socie- um novo padrão na gestão pública no Mara- dade ludovicense contempla a união entre a nhão, com reflexos positivos inclusive no nível chamada “nova classe média” emergente, estadual. O aparelho estatal em São Luís re- uma classe empresarial empreendedora mais vela-se cada vez mais produtivo, moderno e robusta e menos dependente do governo para eficiente, concentrado na provisão de serviços os negócios, e, finalmente, uma classe política públicos essenciais de qualidade. Acresce-se a e de gestores públicos profissionais compro- isso o fato de que o novo padrão de desenvol- metidos com o desenvolvimento sustentável e vimento econômico crescentemente baseado inclusivo de São Luís. no mercado interno contribui, via aumento da Os efeitos dessa relação estendem-se para a arrecadação própria, para que o orçamento governança metropolitana. Entre 2013 e 2033, municipal reduza sua dependência em relação os avanços observados na Grande São Luís são às transferências de recursos intergoverna- estimulados pelo estreitamento dos laços en- mentais. A administração municipal ludovi- tre o setor público, o empresariado e a socie- cense particulariza-se ainda pela participação dade civil organizada em âmbito metropoli- democrática da sociedade na gestão, o que tano, traduzida sob a forma de ações conjuntas contribui para o surgimento de diversas solu- e colaborativas entre suas principais lideran- ções inovadoras, sobretudo no que se refere ças. Esta concertação política e institucional en- ao equacionamento das demandas locais es- tre os atores com influência na realidade me- pecíficas. tropolitana se desenvolve em duas dimensões: Este elevado padrão de gestão pública obser- uma vertical, caracterizada por intensa articu- vado na esfera municipal da capital mara- lação entre as três esferas de governo; e outra nhense caracteriza-se por maior profissionali- horizontal, visível na colaboração entre os mu- zação, eficiência e responsabilidade fiscal, com nicípios constituintes da Grande São Luís. Com mais transparência e instituições pluralistas e

112 isso, iniciativas público-privadas entre gover- O sistema educacional é alvo de iniciativas ro- nos, empresas e a sociedade civil são traduzi- bustas em melhorias de gestão, modernização das na realização de projetos metropolitanos de estrutura, projetos e sistema de aprendiza- voltados não apenas à solução de problemas gem e ensino, que incorporam novas tecnolo- comuns, mas também para o aproveitamento gias e docentes mais qualificados. Já na saúde, de sinergias e complementaridades entre as ci- o fortalecimento dos mecanismos de gestão e dades. regulação da rede garante a expansão da aten- ção primária e do acesso à atenção especiali- A competitividade da economia metropolitana zada, resultando na redução da mortalidade in- se fortalece ao longo do período 2013-2033, fantil e no controle da incidência de doenças in- possibilitando à Grande São Luís uma inserção fectocontagiosas. estratégica nas redes urbanas maranhense e nacional. Em 2033, a Região Metropolitana de Investimentos públicos e privados permitem São Luís é uma metrópole polinuclear e diver- que o sistema de transporte em São Luís seja sificada em seu conjunto, porém com um visí- gradualmente reestruturado. Projetos orienta- vel grau de especialização produtiva entre as dos ao fortalecimento da intermunicipalidade diversas cidades que a integram. E, ao longo do e intermodalidade da rede de transportes ga- processo, a capital desempenha papel de pro- rantem à capital maranhense, em 2033, eleva- tagonista do desenvolvimento da Grande São dos padrões de mobilidade e a acessibilidade Luís, impulsionando e, ao mesmo tempo, be- no espaço metropolitano. O sistema de trans- neficiando-se do desenvolvimento metropoli- porte público é reorganizado e modernizado, tano. desincentivando o transporte individual e re- duzindo o tempo de deslocamento na cidade. A qualidade dos serviços prestados nas áreas Além disso, redes de comunicações de elevado de saúde e educação melhora substancial- desempenho permitem a conectividade em mente, influenciada pela melhoria dos progra- todo o território municipal, consolidando siste- mas federais de alcance nacional e pelo su- mas eficientes de geração e difusão do conhe- cesso de projetos realizados em âmbito esta- cimento e de possibilidades de comunicação e dual e municipal. Destaca-se ainda o estabele- negócios virtuais. cimento de parcerias entre a Prefeitura, o Es- tado e a iniciativa privada, resultando em solu- No que se refere à gestão do espaço público da ções criativas e inovadoras que reforçam esta capital maranhense, o desenvolvimento mos- mudança de patamar registrada na qualidade tra-se territorialmente integrado. O planeja- dos serviços.

113 mento urbano é realizado de forma estrutu- Isso se deve tanto ao esforço de gestão quanto rada, melhorando o equilíbrio entre os bairros à percepção dos benefícios do saneamento so- no que se refere à mobilidade urbana, ao sane- bre a qualidade de vida dos cidadãos. Políticas amento, às condições habitacionais e à oferta de conscientização fomentam a coleta seletiva. de serviços públicos e amenidades urbanas. Além disso, há maior preocupação com os im- Embora ainda existam espaços de exclusão so- pactos negativos do esgoto não tratado despe- cial em 2033, é visível sua redução ao longo do jado diretamente nos rios de São Luís; parceria tempo. A violência reduz-se drasticamente de- entre Prefeitura, Governo do Maranhão e se- vido à eficácia das políticas de prevenção da cri- tor privado possibilita a construção de estações minalidade combinadas a ações integradas de de tratamento. Finalmente, é iniciado um pro- policiamento, tornando os indicadores contro- cesso de recuperação do patrimônio natural, lados e em trajetória descendente. além da conservação e preservação das áreas verdes. Apesar dos enormes desafios representados pela elevada demanda e pelas inúmeras neces- Em resumo, o aumento da qualidade instituci- sidades habitacionais, a expansão da oferta de onal que caracteriza São Luís neste cenário po- habitações de interesse social observada nos tencializa os benefícios trazidos pelo ambiente próximos vinte anos contribuiu para a redução econômico amplamente favorável. O cresci- do déficit habitacional em todas as regiões da mento econômico elevado e sustentado tra- cidade. O déficit habitacional na capital mara- duz-se na ampliação da oferta de serviços pú- nhense cai em virtude da implantação de pro- blicos de qualidade, resultando na melhoria gramas de urbanização de áreas com moradias dos principais indicadores socioambientais. A inadequadas, modernização de áreas degrada- gestão pública eficaz e inovadora, além da das e infraestrutura complementar. Em 2033, maior articulação entre os atores econômicos, o centro histórico está reformulado e atrativo, políticos e sociais, retratam este processo de com boa infraestrutura de comunicações e va- fortalecimento do capital social em São Luís. A riedade de serviços voltados ao turismo, cul- participação democrática da sociedade na ges- tura e educação, como hotéis, restaurantes, tão impulsiona o surgimento de soluções ino- centros culturais e ateliês de arte popular, en- vadoras para o encaminhamento das deman- tre outros, além de instituições tecnológicas e das locais. O crescimento da cidade ocorre de universitárias e incubadoras de empresas. forma territorialmente integrado e ordenado, alicerçado pelos eficazes mecanismos de pla- Já no que se refere ao meio ambiente, os servi- nejamento urbano. ços de saneamento têm melhora significativa.

114 Esta nova São Luís é destaque no contexto na- permanecem e outros novos emergem. A in- cional, tendo sua imagem vinculada à quali- tensificação dos fluxos migratórios em direção dade de vida, às belezas naturais preservadas ao estado e o envelhecimento da população ou recuperadas, à cultura fortalecida, às opor- acentuam as pressões sobre os serviços públi- tunidades de entretenimento em um ambi- cos essenciais, sobretudo nas áreas de saúde e ente de segurança, combinadas à prosperi- educação. Além disso, o custo de vida é ele- dade econômica e à coesão social. vado e a especulação imobiliária torna-se cres- cente em algumas áreas da cidade. Vale ressaltar, contudo, que apesar dos gran- des avanços obtidos, nesta São Luís em pro- cesso de transformação, alguns problemas

115 QUADRO 1. COMPARAÇÃO DAS PRINCIPAIS VARIÁVEIS DOS CENÁRIOS

CENÁRIO 1 CENÁRIO 2 CENÁRIO 3 CENÁRIO 4 Caranguejo do Mangue Jurará O Milagre Maranhense O Voo do Guará

CRESCIMENTO HISTÓRICO E INSTITUIÇÕES CRESCIMENTO HISTÓRICO E INSTITUIÇÕES CRESCIMENTO ELEVADO COM INSTITUIÇÕES CRESCIMENTO ELEVADO COM INSTITUIÇÕES EXTRATIVISTAS MAIS INCLUSIVAS EXTRATIVISTAS INCLUSIVAS Crescimento econômico elevado e Crescimento econômico elevado e CRESCIMENTO ECONÔMICO Volátil, superior ao nacional Volátil, superior ao nacional volátil menos volátil

Investimentos com reduzida capaci- Investimentos com maior capaci- Múltiplas oportunidades de negó- Investimentos vultosos com redu- INVESTIMENTOS dade de desdobramento na econo- dade de desdobramento na econo- cios, adensamento produtivo e inter- zido desdobramento na economia mia mia nalização da renda

Ambiente de negócios pouco favo- Ambiente de negócios mais favorá- Ambiente de negócios pouco favorá- AMBIENTE DE NEGÓCIOS Ambiente de negócios atrativo rável vel vel

CONCERTAÇÃO ENTRE OS Baixa concertação entre os atores Maior concertação entre os atores Efetiva concertação entres os atores ATORES Baixa concertação entre os atores

Mudança lenta nas instituições, Mudança lenta nas instituições, com Novos padrões institucionais, que in- Mudança nas instituições, que se INSTITUIÇÕES com predominância de posturas predominância de posturas patrimo- centivam o investimento e a inova- tornam progressivamente inclusivas patrimonialistas nialistas ção

Maior desempenho da gestão pú- GESTÃO PÚBLICA Baixa qualidade da gestão pública Gestão pública mais eficiente Baixa qualidade da gestão pública blica

Manutenção das elevadas desigual- Manutenção das elevadas desigual- DESIGUALDADE DE RENDA Redução das desigualdades sociais Forte redução das desigualdades dades sociais dades sociais

Melhoria lenta na qualidade de Melhoria na qualidade de vida de Avanços expressivos na qualidade de QUALIDADE DE VIDA Melhoria na qualidade de vida vida uma parcela da população vida

Maior capacidade de planejamento Maior capacidade de planejamento DESENVOLVIMENTO URBANO Crescimento urbano desordenado Crescimento urbano desordenado urbano urbano

116 QUADRO 2. CENÁRIOS EM NÚMEROS

PIB PER CAPITA RENDA DOMICILIAR PER CAPITA MENSAL (EM R$ CONSTANTES DE 2010) (EM R$ CONSTANTES DE 2010)

R$ 60.000 R$ 2.000 R$ 1.500 R$ 40.000 R$ 1.000 R$ 20.000 R$ 500 R$ 0 R$ 0 Situação Atual 2033 Situação atual 2033

Caranguejo do Mangue Devagar,Jurará mas vai longe Caranguejo do Mangue Devagar,Jurará mas vai longe O Milagre Maranhense O Voo do Guará O Milagre Maranhense O Voo do Guará

ÍNDICE DE GINI POBREZA (% DE POBRES) 0,640 40,0% 0,620 0,600 0,580 20,0% 0,560 0,540 0,520 0,0% Situação atual 2033 Situação atual 2033

Caranguejo do Mangue Devagar,Jurará mas vai longe Caranguejo do Mangue Devagar,Jurará mas vai longe O Milagre Maranhense O Voo do Guará O Milagre Maranhense O Voo do Guará

TAXA DE HOMICÍDIOS POR 100 MIL HABITANTES MORTALIDADE INFANTIL (ÓBITOS POR MIL NASCIDOS VIVOS) 80 20,0 60 15,0 40 10,0 20 5,0 0 0,0 Situação atual 2033 Situação atual 2033

Caranguejo do Mangue Devagar,Jurará mas vai longe Caranguejo do Mangue Devagar,Jurará mas vai longe O Milagre Maranhense O Voo do Guará O Milagre Maranhense O Voo do Guará

ESCOLARIDADE: PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO ADULTA PROPORÇÃO DE DOMICÍLIOS COMACESSOÀ REDE DE ESGOTO (25 ANOS OUMAIS DE IDADE) COM ENSINO BÁSICO (%) (FUNDAMENTAL + MÉDIO) COMPLETO (%) 100,0 100,0% 80,0 80,0% 60,0 60,0% 40,0 40,0% 20,0 20,0% 0,0 0,0% Situação atual 2033 Situação atual 2033

Caranguejo do Mangue Devagar,Jurará mas vai longe Caranguejo do Mangue Devagar,Jurará mas vai longe O Milagre Maranhense O Voo do Guará O Milagre Maranhense O Voo do Guará

117 QUADRO 3. QUADRO DE QUANTIFICAÇÃO DOS CENÁRIOS

SITUAÇÃO ATUAL SITUAÇÃO EM 2033 VARIÁVEL (2010) CENÁRIO 1 CENÁRIO 2 CENÁRIO 3 CENÁRIO 4 Econômico

3,7% (MÉ- TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB DO BRASIL 2,0% a 3,0% 4,0% a 5,0% DIA 2006-2010) PIB SÃO LUÍS - PARTICIPAÇÃO NO TOTAL DO BRASIL (%) 0,5% 0,8% 1,3% 0,6% 1,3%

PIB SÃO LUÍS - PARTICIPAÇÃO NO TOTAL DO MARANHÃO (%) 39,6% 36,2% 42,0% 30,1% 40,0%

PIB PER CAPITA (EM R$ CONSTANTES DE 2010) R$ 17.704 R$ 27.883 R$ 35.583 R$ 41.533 R$ 54.798

RENDA DOMICILIAR PER CAPITA MENSAL (EM R$ CONSTANTES DE 2010) R$ 768 R$ 897 R$ 1.259 R$ 1.100 R$ 1.545

ÍNDICE DE GINI 0,610 0,610 0,587 0,624 0,563

PERCENTUAL DE POBRES 38% 27% 18% 24% 11%

TAXA DE HOMICÍDIOS POR 100 MIL HABITANTES 55,4 57,0 38,3 75,4 19,6

MORTALIDADE INFANTIL (ÓBITOS POR MIL NASCIDOS VIVOS) 18,0 15,4 10,1 14,0 9,2

ESCOLARIDADE: PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO ADULTA (25 ANOS OU MAIS DE IDADE) COM ENSINO BÁ- 56,2 60,0 72,6 66,3 85,2 SICO (FUNDAMENTAL + MÉDIO) COMPLETO (%)

ESCOLARIDADE: PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO ADULTA (25 ANOS OU MAIS DE IDADE) COM ENSINO SU- 13,7 15,8 23,8 19,8 31,9 PERIOR COMPLETO (%)

PROPORÇÃO DE DOMICÍLIOS EM AGLOMERADOS SUBNORMAIS (%) 22,3% 25,0% 16,7% 23,0% 11,0%

PROPORÇÃO DE DOMICÍLIOS COM ACESSO À REDE DE ESGOTO (%) 46,7% 59,6% 75,2% 67,4% 90,8%

PROPORÇÃO DE DOMICÍLIOS COM ACESSO À REDE GERAL DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA (%) 76,4% 82,9% 95,1% 89,0% 100,0%

PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO COM TEMPO MÉDIO DE DESLOCAMENTO CASA-TRABALHO DE MAIS DE 1 14,2% 26,1% 14,1% 28,2% 14,0% HORA (%)

118

Os Cenários para São Luís 2033 foram construídos a partir de uma série de insumos e análises: i) Pesquisa documental; ii) Diagnóstico de São Luís; iii) Pesquisa qualitativa com 30 lideranças municipais; iv) Sondagem de opinião pública via internet; e v) Benchmarking: experiências de sucesso com outras cidades.

Este documento recebeu várias contribuições ao longo do processo de elaboração dos cenários. As ideias centrais dos Cenários de São Luís (2013-2033) foram discutidas em Oficina realizada no dia 15 de agosto de 2013 com técnicos da Prefeitura Municipal de São Luís e representantes da sociedade civil.

Participantes da Oficina de Cenários para a Estratégia de Longo Prazo para São Luís – 2033

1. André Mendonça – SEMGOV 15. José Albert M. Rego Júnior – SEPLAN

2. Aquiles Andrade – FUMPH 16. José Cursino Moreira – SEPLAN

3. Celso Veras – Economista 17. José de Ribamar da Silva – ACM

4. Cidinho Marques – Educador 18. José Marcelo do Espírito Santo - INCID

5. Daniel Madorra – Nossa São Luís 19. Laura Carneiro – SEPLAN

6. Dilma Pinheiro – ACM 20. Milton Calado – SEMGOV

7. Dorgival Pereira – Vale 21. Pablo Rebouças – SEPLAN

8. Eleotério Nan Sousa – ACM 22. Patrícia Vieira Trinta – INCID

9. Elis Ramos – ICE/MA e Vale 23. Raimundo Nonato Silva – PMSL

10. Erica Garreto Ramos Barbosa - INCID 24. Ted Lago – ICE/MA

11. Felipe de Holanda – UFMA

12. Francisco Gonçalves – FUNC

13. Gustavo Marques – SEMPE

14. Joaquim Itapary – AML

1 Entrevistados Instituição / Cargo

1. Allan Kardec Prefeitura - Secretário de Educação

2. Carlos Fossati Presidente da EMAP

3. Celso Veras Assessor de Planejamento do Estado

4. Daniel Madorra Coordenador do Observatório Social de São Luís/Movimento Nossa São Luís

5. Dorgival Pereira VALE - Gerente Geral de Relações Institucionais

6. Edivaldo Holanda Júnior Prefeito de São Luís

7. Felipe Macedo de Holanda Universidade Federal do Maranhão – Professor

8. Flávio Dino Presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur)

9. Francisco Gonçalves Prefeitura – Presidente da FUMC

10. Gustavo Marques Prefeitura – Assessoria de Projetos Especiais

11. Honorato Fernandes Vereador, líder da bancada

12. João Antônio Barros Filho Presidente da ABIH Maranhão

13. José Aquiles Andrade Presidente da Fundação Municipal do Patrimônio Histórico

14. José Arteiro Presidente Fecomércio

15. José Cursino Prefeitura - Secretário de Planejamento Econômico

16. José Marcelo do Espírito Santo Presidente do Instituto da Cidade (INCID)

17. Kátia Bogea Superintendente do IPHAN/MA

18. Luís Fernando Landeiro VALE Nordeste - Diretor de Logística Conselheiro do IPHAN e Diretor do Centro Vocacional Tecnológico Estaleiro- 19. Luiz Phelipe Andrés Escola do Maranhão 20. Lula Fylho Prefeitura - Secretário de Turismo

21. Luzia Resende Presidente da Associação Comercial

22. Márcio Vaz UFMA - Professor

23. Márcio Jerry Prefeitura - Secretário de Comunicação

24. Nilson Ferraz Diretor da ALUMAR

25. Pedro Dantas de Rocha Neto Secretário em Açailândia

26. Raimundo Borges Editor Chefe do jornal O Imparcial

27. Roberto Rocha Vice-prefeito de São Luís

28. Rodrigo Marques Prefeitura – Secretário de Governo

29. Rubens Jr Deputado Estadual – líder da oposição

30. Ted Lago Ex-Assessor especial da Prefeitura

2 Equipe Macroplan

DIRETOR

Gustavo Morelli

GERENTE DO PROJETO

Leonardo Cassol

SUPERVISÃO TÉCNICA

Claudio Porto

Alexandre Mattos

EQUIPE

Adriana Fontes (Coordenadora do produto)

Caio Trogiani

Helena Aslan

Pedro Lipkin

Rodrigo Ventura

Thomas Freier

QUANTIFICAÇÕES

Rodrigo Ventura

DESIGN

Luiza Raj

Mariana Bahiense

3

VISÃO DO PROJETO ACOMPANHAMENTO DAS ETAPAS

Estratégia de longo prazo ‐ 2033

ANÁLISE RETROSPECTIVA (1993 – 2012), 1ªOFICINADE 2ªOFICINADE CENÁRIO DE SÃO LUIS (2013 – 2033) EDO FORMULAÇÃO FORMULAÇÃO SEU CONTEXTO REGIONAL ESTRATÉGICA ESTRATÉGICA

VISÃO DE FUTURO, LANÇAMENTO PESQUISAS DE OPINIÃO (ACIDADEQUETEMOS OBJETIVOS, CONSOLIDAÇÃO E PÚBLICO DO VS. A CIDADE QUE QUEREMOS): INDICADORES E DIVULGAÇÃO DO PLANEJAMENTO • QUALITATIVA COM 30 LIDERANÇAS MUNICIPAIS METAS PARA SÃO PLANO ESTRATÉGICO ESTRATÉGICO • DE OPINIÃO PÚBLICA VIA INTERNET LUIS 2033

BENCHMARKING: EXPERIÊNCIAS DE SUCESSO COM OUTRAS CIDADES

PRODUTO CONSIDERADO 1

DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO DE SÃO LUÍS

• O objetivo deste estudo é analisar a evolução recente do desenvolvimento de São Luís nas dimensões urbana, econômica e social.

• Esta análise tem como grupo de comparação as capitais do Nordeste e a média brasileira.

• Os dados utilizados são, na sua maioria, oriundos de fontes oficiais de informação. APRESENTAÇÃO

• O diagnóstico está dividido em duas partes:

• Este documento com os principais dados que subsidiaram as conclusões, organizados nas três dimensões e uma análise territorial, que visa permitir um visão das desigualdades intramuncipais; e

• Anexo com indicadores complementares.

• Os principais resultados da análise estarão sintetizados no primeiro capítulo do documento de Cenários de São Luís (2013‐2033) e serão posteriormente utilizados como insumos para formulação da Estratégia de Desenvolvimento de Longo Prazo de São Luís. 2 DIMENSÕES ANALISADAS

URBANA ECONÔMICA SOCIAL

• Demografia • Atividade econômica • Educação

• Habitação • Trabalho • Saúde

• • Saneamento • Renda Segurança • Mobilidade • Juventude • Desigualdade • TIC • Cultura e lazer • Gestão fiscal • Meio ambiente

3

DESENVOLVIMENTO URBANO DIMENSÕES ANALISADAS

URBANA ECONÔMICA SOCIAL

• Demografia • Atividade econômica • Educação

• Habitação • Trabalho • Saúde

• • Saneamento • Renda Segurança • Mobilidade • Juventude • Desigualdade • TIC • Cultura e lazer • Gestão fiscal • Meio ambiente

5

DESENVOLVIMENTO URBANO

• Elevado crescimento populacional: a população de São Luís cresceu mais que a média brasileira e que as demais capitais do Nordeste (NE) nas últimas décadas

• É a capital mais jovem do NE e apresenta elevado percentual de mulheres (53%) e de negros (70%)

• Urbanização: a taxa de urbanização já superou 96%

• Habitação: segundo maior percentual de moradias inadequadas das capitais do NE –mais de 1/5 da população vive em aglomerados subnormais

• Saneamento: índices mais precários que a maior parte das capitais do NE

• Mobilidade: segundo maior tempo de deslocamento entre as capitais do NE

6 DESENVOLVIMENTO URBANO EVOLUÇÃO HISTÓRICA

LIMITE DO MUNÍCIO

LEGENDA Revolução histórica da Ilha Até 1948 1950 ‐ 1970 1970 ‐ 1980 1980 ‐ 1990 1990 ‐ 2006 Ocupação rural Distrito industrial – 1988 Ocupação Urbana ‐ Déc. 80 Ocupação Urbana ‐ Déc. 90 Área da Companhia Vale do Rio Doce –CVRD Área da ALUMAR

Estrada de Ferro Carajás –CVRD Caminho Grande –Séc. XIX Companhia Ferroviária do Nordeste –CFN BR ‐135 Antiga Estrada de Ferro São Luis/Teresina – RFFSA Ferry boat Complexo Portuário 7

Fonte: “São Luís –Uma Leitura da Cidade” ‐ INCID

DESENVOLVIMENTO URBANO EVOLUÇÃO HISTÓRICA

8

Fonte: “São Luís –Uma Leitura da Cidade” ‐ INCID DESENVOLVIMENTO URBANO PROJEÇÃO DE 1992

9

Fonte: “São Luís –Uma Leitura da Cidade” ‐ INCID

DESENVOLVIMENTO URBANO PADRÕES DE OCUPAÇÃO

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Fonte: “São Luís –Uma Leitura da Cidade” ‐ INCID DESENVOLVIMENTO URBANO REGISTRO VIA SATÉLITE

COMO A URBANIZAÇÃO TEVE UM SALTO ENTRE AS DÉCADAS DE 1990 E 2000, ÉIMPORTANTEVISUALIZAR COMO OCORREU ESSA RÁPIDA EVOLUÇÃO DO DESENVOLVIMENTO URBANO DE SÃO LUÍS.

1984 2012

http://earthengine.google.org/#intro/v=‐2.5307312,‐44.30682580000001,9.813162957096024 11 Fonte: world.time.com/timelapse/

POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO

SÃO LUÍS APRESENTOU ELEVADAS TAXAS DE CRESCIMENTO POPULACIONAL NAS DÉCADAS DE 70 E 80, COM REDUÇÃODORITMONOSANOSPOSTERIORES.

População Migração

1200 80% Taxa 43,8% 43,7% 42,4% 42,4% 40,2% 39,9%

70% 1000 de 34,6%

60% Crescimento Milhares 31,5% 30,2% 800 50% 600 40% 14,6% 14,3%

30% Populacional 12,7% 400 11,4% 12,1% 11,0% 20% 9,0% 8,4% 8,9% 200 10% 0 0% 1970 1980 1991 2000 2010

População São Luís Crescimento São Luís Crescimento Brasil % Migrantes na População % Migrantes até 9 anos Crescimento Capitais NE sem SLZ Fonte: Censo IBGE, 2010. Nota: “Migrantes até 9 anos são pessoas que residiram fora do município em questão e se mudaram Fonte: IBGE para o município há até 9 anos ininterruptos. CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO

SÃO LUÍS É UMA CAPITAL JOVEM, 21% DA POPULAÇÃO TEM ENTRE 15 E 24 ANOS. A POPULAÇÃO DO ESTADO DO MARANHÃO É AINDA MAIS JOVEM. ASMULHERESSÃOAMAIORIAEMSÃO LUÍS (53,19%).

Jovens (15 a 24 anos) População por Faixas de Idade ‐ 2010 30,0%

25,0%

20,0%

15,0%

10,0%

5,0%

0,0%

13 2000 2010 São Luís ‐ MA Maranhão Brasil Fonte: Censos IBGE

CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E ESTADO CIVIL

EM SÃO LUÍS, 25% DAS PESSOAS ALEGARAM TER ALGUM TIPO DE DEFICIÊNCIA – EM SUA MAIORIA, VISUAIS. DESTE GRUPO, 5% APRESENTAM DEFICIÊNCIA MOTORA. O MUNICÍPIO POSSUI 67% DE SOLTEIROS

Pessoas com Deficiência Estado Civil

19% 26%

5% 5% 1% 4% 2% 70% 1% 67%

Visual Auditiva Motora Casado Desquitado Divorciado Mental Outras Viúvo Solteiro 14

Fonte: IBGE –Censo 2010 CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO PIRÂMIDE ETÁRIA DE SÃO LUÍS

A POPULAÇÃO COM 60 ANOS OU MAIS DE SÃO LUÍS CRESCEU 57% ENTRE 2000 E 2010, PASSANDO DE 49.517 PARA 77.971

2000 2010

100 ou mais 53 0% 0% 82 100 ou mais 48 0% 0% 135 0% 95‐99 87 0% 248 95‐99 129 0% 0% 323 90‐94 207 0% 0,1% 533 90‐94 397 0% 0,1% 1001 85‐89 581 0,1% 0,1% 1.229 85‐89 1073 0,1% 0,2% 2023 80‐84 1.253 0,1% 0,3% 2.262 80‐84 2124 0,2% 0,4% 3808 75‐79 2.335 0,3% 0,4% 3.605 75‐79 3685 0,4% 0,5% 5567 70‐74 3.569 0,4% 0,6% 5.270 70‐74 5705 0,6% 0,8% 8167 65‐69 5.191 0,6% 0,8% 6.855 65‐69 7969 0,8% 1,0% 10507 60‐64 7.047 0,8% 1,0% 9.110 60‐64 11130 1,1% 1,4% 14180 55‐59 9.146 1,1% 1,3% 11.072 55‐59 16050 1,6% 1,9% 19031

50‐54 12.845 1,5% 1,7% 14.881 50‐54 20986 2,1% 2,5% 25166 45‐49 17.426 2,0% 2,3% 19.798 45‐49 25430 2,5% 3,1% 31003 40‐44 22.633 2,6% 3,0% 26.008 40‐44 30731 3,0% 3,7% 37623 35‐39 27.448 3,2% 3,8% 33.001 35‐39 35023 3,5% 4,2% 42562 30‐34 31.707 3,6% 4,5% 38.873 30‐34 42102 4,1% 4,9% 49913 25‐29 36.561 4,2% 5,1% 44.154 25‐29 50864 5,0% 5,7% 58266 20‐24 45.347 5,2% 6,2% 54.023 20‐24 54227 5,3% 6,0% 60531

15‐19 51.060 5,9% 6,9% 59.992 15‐19 46046 4,5% 5,0% 50795 10‐14 47.249 5,4% 5,7% 50.008 10‐14 44134 4,3% 4,4% 44400

5‐9 41.636 4,8% 4,7% 41.076 5‐9 38897 3,8% 3,7% 37545 0‐4 43.019 4,9% 4,8% 41.584 0‐4 38195 3,8% 3,7% 37296

Homens Mulheres Homens Mulheres Fonte: IBGE

CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO PROJEÇÃO POPULACIONAL SÃO LUÍS

ATÉ 2033, APOPULAÇÃODESÃO LUÍS DEVE CRESCER 18,7%, ESPECIALMENTENAÁREAURBANA.

Projeção Populacional de São Luís

1.250.000 1.200.000 1.150.000 1.100.000 1.050.000 1.000.000 950.000 900.000 850.000 800.000

População total ‐ São Luís População urbana ‐ São Luís 16

Fonte: Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico ‐ PMISB de São Luís ‐ MA, "Progóstico com Cenários de Metas e Demandas e Estudo de Alternativas Técnicas", Julho/2011 RAZÃO DE DEPENDÊNCIA

SÃO LUÍS APRESENTA A SEGUNDA MENOR RAZÃO DE DEPENDÊNCIA DO NORDESTE, SUPERIOR APENAS À SALVADOR.

Razão de Dependência

70

60 48,7 50,3 50 45,7 45,9 47,1 47,5 47,7 48 42,7 40

30

20

10

0 Salvador São Luís Aracaju Teresina Natal Fortaleza João Pessoa Recife Maceió

2000 2010 17

Fonte: IBGE. A Razão de Dependência mede o peso da população considerada inativa (0 a 14 anos e 65 anos ou mais) sobre a população potencialmente ativa (15 a 64 anos de idade).

URBANIZAÇÃO

Proporção de domicílios em áreas urbanas NADÉCADADE90, APOPULAÇÃOEMÁREA 100 90 URBANA CRESCEU DE FORMA ACELERADA E 80 HOJE CONTEMPLA QUASE A TOTALIDADE DA 70 60 POPULAÇÃO DA CAPITAL. 50 40 30 20 Densidade Populacional (Hab/km²) 10 9000 0 7.787 8000 1991 2000 2010 7.038 São Luís ‐ MA Capitais NE sem SLZ Brasil Maranhão 7000 6000 4.808 5000 SÃO LUÍS TEVE CRESCIMENTO DE 16,6% NA 3.859 DENSIDADE NA ÚLTIMA DÉCADA, MAS É A 4000 3.141 3.421 3000 SEGUNDA CAPITAL MENOS DENSA DENTRE AS 1.854 2000 1.216 COMPARADAS. O DESTAQUE É FORTALEZA, COM 1000 585 QUASE 8 MIL HABITANTES POR KM² EODOBRO 0 DA POPULAÇÃO ABSOLUTA DE SÃO LUÍS.

Fonte: Censos IBGE AGLOMERADOS SUBNORMAIS

A CAPITAL DO MA POSSUI O SEGUNDO MAIOR PERCENTUAL DE MORADIAS INADEQUADAS ENTRE AS CAPITAIS DO NORDESTE

35,0% 100%

90% 30,0% %

80% Aglomerados 25,0% 70% 60% Aglomerados

20,0%

em 50%

Capital/UF 15,0% 40%

Subnormais 10,0% 30% Domicílios 20% 5,0% 10% 0,0% 0% Proporção Salvador ‐ BA São Luís ‐ MA Recife ‐ PE Teresina ‐ PI Fortaleza ‐ CE João Pessoa ‐ Maceió ‐ AL Aracaju ‐ SE Natal ‐ RN PB Proporção de Domicílios em aglomerados subnormais % Aglomerados Capital/UF

Nota: O IBGE classifica como aglomerado subnormal cada conjunto constituído de, no mínimo, 51 unidades habitacionais carentes, em sua maioria, de serviços públicos essenciais, ocupando ou tendo ocupado, até período recente, terreno de propriedade alheia (pública ou particular) e estando dispostas, em geral, de forma desordenada edensa. A identificação atende aos seguintes critérios: a) Ocupação ilegal da terra, ou seja, construção em terrenos de propriedade alheia (pública ou particular) no momento atual ou em período recente (obtenção do título de propriedade do terreno há dez anos ou menos); e 19 b) Possuírem urbanização fora dos padrões vigentes (refletido por vias de circulação estreitas e de alinhamento irregular, lotes de tamanhos e formas desiguais e construções não regularizadas por órgãos públicos) ou precariedade na oferta de serviços públicos essenciais (abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta de lixo e fornecimento de energia elétrica). Fonte: Censo 2010/IBGE

AGLOMERADOS SUBNORMAIS

20

Fonte: “São Luís –Uma Leitura da Cidade” –INCID, 2010. DÉFICIT HABITACIONAL

A GRANDE SÃO LUÍS TEM UM DÉFICIT HABITACIONAL DE 59.852 DOMICÍLIOS, 16,6% DO TOTAL, SEGUNDO MAIOR PERCENTUAL DAS CAPITAIS DO NE

Estimativa de déficit habitacional por Regiões Metropolitanas

18,9 16,6

12,1 13 11,1 11,3 11,3 11,8 9,8

João Pessoa Salvador Recife Fortaleza Maceió Natal Aracaju São Luís Teresina*

21

Fonte: Ipea 2013 a partir de dados do Censo 2010. *Região Integrada de Desenvolvimento da Grande Teresina.

ADEQUAÇÃO DE MORADIAS

SÃO LUÍS APRESENTA MAIORIA DOS DOMICÍLIOS EM CONDIÇÕES SEMI‐ADEQUADAS (56%), MAS A MAIORIA DA POPULAÇÃO MORA EM DOMICÍLIOS ADEQUADOS. SÃO LUÍS TEM A SEGUNDA MENOR PROPORÇÃO DE DOMICÍLIOS ADEQUADOS.

Adequação dos Domicílios Adequação de Domicílios ‐ Moradores

80% 100% 70% 90% 80% 60% 70% 50% 60% 40% 50% 30% 40% 30% 20% 20% 10% 10% 0% 0%

Domicílios Adequados Domicílios Semi‐adequados Moradores de Dom. Adequados Moradores de Dom. Semi‐adequados Domicílios Inadequados Moradores de Dom. Inadequados Nota: Moradia adequada – Domicílio particular com rede geral de abastecimento de água, rede geral de esgoto, coleta de lixo; Moradia semi‐adequada – domicílio com pelo menos um serviço inadequado; Moradia inadequada – domicílio com abastecimento de água de poço ou nascente ou outra forma, sem banheiro e sanitário ou com escoadouro ligado à fossa rudimentar, vala, rio, lago, mar ou outra forma, e lixo queimado, 22 enterrado ou jogado em terreno baldio, em rio, lago ou mar ou outro destino. Fonte: Censo 2010. ATENDIMENTO DA REDE DE ÁGUA

SÃO LUÍS APRESENTA A SEGUNDA PIOR COBERTURA NO ATENDIMENTO DA REDE GERAL DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DAS CAPITAIS DO NE, PIOR QUE A MÉDIA NACIONAL DE 82,85% DOS DOMICÍLIOS ATENDIDOS.

Proporção de domicílios com rede geral de abastecimento de água

97,91 98,34 98,89 93,31 93,36 96,39 86,74 74,28 76,36

Maceió ‐ AL São Luís ‐ MA Recife ‐ PE Fortaleza ‐ CE Teresina ‐ PI João Pessoa ‐ Aracaju ‐ SE Natal ‐ RN Salvador ‐ BA PB

23

Fonte: Censo 2010/IBGE.

DESPERDÍCIO DE ÁGUA

EM 2010, SÃO LUÍS APRESENTOU O TERCEIRO MAIOR PERCENTUAL DE PERDAS NA DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA ENTRE AS CAPITAIS. EM RELAÇÃO AO ANO ANTERIOR, A CAPITAL DO MA TEVE PIORA SUBSTANCIAL NA EFICIÊNCIA DO SERVIÇO.

Percentual de perdas na distribuição de água 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Fortaleza Salvador João Pessoa Aracaju Natal Teresina São Luís Recife Maceió

2009 2010

24

Fonte: SNIS. ABASTECIMENTO DE ÁGUA

1 Centro 2 Monte Castelo 11 12 3 Bairro de Fátima

10 4 João Paulo 8 5 Vila Palmeira 9 13

1 6 Anil 2 7 14 7 Angelim 5 15 21 3 4 8 Cohama 6 22 9 Vinhais 16 18 17 10 São Francisco 27 11 Litoral 19 26 12 Turu 20 28 25 13 Itapiracó 29 14 Cohatrac 15 Cohab 16 São Cristovão 17 Santo Antônio 18 Sacavem 23 19 Coroadinho 24 20 Vila Embratel 21 Mauro Fecury 22 Anjo da Guarda 23 Maracana 24 Tibiri 25 São Raimundo 26 Tirirical 27 Cidade Operária 28 Jardim América 29 Cidade Olímpica 25 Fonte: “São Luís –Uma Leitura da Cidade” –INCID

ACESSO A ESGOTO

MENOS DA METADE DA CIDADE DE SÃO LUÍS É COBERTA PELA REDE DE ESGOTO. A PARCELA DE DOMICÍLIOS COM ESGOTO INADEQUADO É DE 33% EM SÃO LUÍS.

Percentual de domicílios com rede geral e atendimento inadequado

90,8

72,21

56,82 59,56 51,58 54,99 46,68 38,2 37,23 33,55 30,69 29,42 31,76 28,25 25,33 18,68 12,18 6,87

Teresina ‐ PI Maceió ‐ AL Natal ‐ RN São Luís ‐ MA Recife ‐ PE João Pessoa ‐ Fortaleza ‐ CE Aracaju ‐ SE Salvador ‐ BA PB

Rede geral InadequadoCéu aberto Fonte: Censo 2010/IBGE 26 Nota: É considerado inadequado o escoamento feito por fossa rudimentar, vala, rio, lago, mar ou outra forma, e lixo queimado, enterrado ou jogado em terreno baldio, em rio, lago ou mar ou outro destino ESGOTO SANITÁRIO

1 Centro 2 Monte Castelo 11 12 3 Bairro de Fátima

10 4 João Paulo 8 5 Vila Palmeira 9 13

1 6 Anil 2 7 14 7 Angelim 5 15 21 3 4 8 Cohama 6 22 9 Vinhais 16 18 17 10 São Francisco 27 11 Litoral 19 26 12 Turu 20 28 25 13 Itapiracó 29 14 Cohatrac 15 Cohab 16 São Cristovão 17 Santo Antônio 18 Sacavem 23 19 Coroadinho 24 20 Vila Embratel 21 Mauro Fecury 22 Anjo da Guarda 23 Maracana 24 Tibiri 25 São Raimundo 26 Tirirical 27 Cidade Operária 28 Jardim América 29 Cidade Olímpica 27 Fonte: “São Luís –Uma Leitura da Cidade” –INCID, 2010.

COLETA DE LIXO

SÃO LUÍS É A ÚNICA CAPITAL NORDESTINA QUE APRESENTA DOMICÍLIOS QUE TÊM O LIXO COLETADO APENAS UMA VEZ NA SEMANA.

Percentual de domicílios com coleta segundo a frequência

100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Fortaleza Natal Teresina São Luís Aracaju João Pessoa Maceió Recife Salvador

Freqüência diária Freqüência de 2 ou 3 vezes por semana Freqüência de 1 vez por semana 28

Fonte: SNIS 2010 LIXO COLETADO

1 Centro 2 Monte Castelo 11 12 3 Bairro de Fátima

10 4 João Paulo 8 5 Vila Palmeira 9 13

1 6 Anil 2 7 14 7 Angelim 5 15 21 3 4 8 Cohama 6 22 9 Vinhais 16 18 17 10 São Francisco 27 11 Litoral 19 26 12 Turu 20 28 25 13 Itapiracó 29 14 Cohatrac 15 Cohab 16 São Cristovão 17 Santo Antônio 18 Sacavem 23 19 Coroadinho 24 20 Vila Embratel 21 Mauro Fecury 22 Anjo da Guarda 23 Maracana 24 Tibiri 25 São Raimundo 26 Tirirical 27 Cidade Operária 28 Jardim América 29 Cidade Olímpica 29 Fonte: “São Luís –Uma Leitura da Cidade” –INCID, 2010.

ÍNDICE TRATA BRASIL REFERENCIAL COMPARATIVO

O INSTITUTO TRATA BRASIL AVALIA A ESTRUTURA DE SANEAMENTO DAS 100 MAIORES CIDADES BRASILEIRAS, CONCEDENDO UMA NOTA PARA O SISTEMA. ENTRE AS CAPITAIS NORDESTINAS, SÃO LUÍS OBTEVE A PIOR AVALIAÇÃO

100 7,00 90 6,00 80 70 5,00 Nota 60 4,00

50 Trata domicílios

3,00

40 Brasil de

30 2,00

20 1,00 Percentual 10 0 0,00 São Luís ‐ MA Teresina ‐ PI Maceió ‐ AL Natal ‐ RN Recife ‐ PE João Pessoa ‐ Aracaju ‐ SE Fortaleza ‐ CE Salvador ‐ BA PB Atendimento de água (%) Atendimento de esgoto (%) Esgoto tratado por água consumida (%) Perdas totais (%) Nota Trata Brasil 30

Fonte: Trata Brasil com base no SNIS 2010 PAVIMENTAÇÃO REFERENCIAL COMPARATIVO

SÃO LUÍS É A SEGUNDA PIOR CAPITAL EM PERCENTUAL DE DOMICÍLIOS COM CALÇADAS NO ENTORNO, INCLUSIVE PIOR QUE A MÉDIA BRASILEIRA.

Percentual de domicílios com pavimentação no entorno

88,16% 82,95% 74,54% 76,28% 64,93% 71,46% 72,04% 72,65% 68,46%

62,74%

Salvador São Luís Maceió Teresina Natal Recife João Fortaleza Aracaju Pessoa

2010 Brasil 31

Fonte: Censo 2010/IBGE.

TEMPO DE DESLOCAMENTO SÃO LUÍS

METADE DA POPULAÇÃO OCUPADA DE SÃO LUÍS DEMORA MAIS DE MEIA HORA POR DIA PARA SE DESLOCAR AO LOCAL DE TRABALHO ‐ 5.428 PESSOAS LEVAM MAIS DE DUAS HORAS NESTE PERCURSO

Percentual de Pessoas de 10 1,73% anos ou mais de idade 6,59% segundo o tempo habitual de deslocamento casa‐ 12,46% trabalho

42,93% 36,29%

Até 5 minutos De 6 minutos até meia hora Mais de meia hora até uma hora Mais de uma hora até duas horas Mais de duas horas 32

Fonte: IBGE –Censo 2010 TEMPO DE DESLOCAMENTO COMPARATIVO

ENTRE AS CAPITAIS DO NE, SÃO LUÍS É A SEGUNDA PIOR EM RELAÇÃO AO DESLOCAMENTO ATÉ O TRABALHO: 36% LEVAMDEMEIAAUMAHORAE15% MAIS DE UMA HORA.

Tempo de Deslocamento Casa‐Trabalho

100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%

Até 30 minutos Mais de meia hora até uma hora Mais de 1 Hora 33

Fonte: Censo 2010/IBGE

EVOLUÇÃO DA FROTA DE VEÍCULOS

SÃO LUÍS APRESENTOU O MAIOR AUMENTO DA FROTA DE AUTOMÓVEIS, MOTOS E CAMINHÕES ENTRE 2001 E 2012. SEM PLANEJAMENTO URBANO NESSE PERÍODO, ESSE AUMENTO PRESSIONOU A ESTRUTURA VIÁRIA DA CIDADE.

Variação da Frota entre 2001 e 2012

600%

500%

400%

300%

200%

100%

0% ARACAJU RECIFE SALVADOR FORTALEZA NATAL MACEIO JOAO PESSOA SAO LUIS TERESINA

Automóvel Motos Ônibus Caminhões Veículos 34

Fonte: DENATRAN DENSIDADE DE VEÍCULOS POR 1000 HABITANTES COMPARATIVO

ENTRE AS CAPITAIS NORDESTINAS, SÃO LUÍS TEM A SEGUNDA MENOR RELAÇÃO DE AUTOMÓVEIS POR 1000 HABITANTES E A 2ª MAIOR RELAÇÃO DE ÔNIBUS POR HABITANTES

300 6,0 249 250 233 231 5,0 219 193 200 189 187 4,0 Motos Ônibus 162 160 e 163

150 3,0 102 93 92 86 100 73 74 2,0

Automóveis 52 50 38 1,0

‐ 0,0

Automóveis/1000 hab Motos/1000 hab 2012 Ônibus/1000 hab 35

Fonte: DENATRAN e IBGE

MOBILIDADE URBANA HIERARQUIA VIÁRIA

36

Fonte: “São Luís –Uma Leitura da Cidade” ‐ INCID MOBILIDADE URBANA BAIRROS, CORREDORES E ZONAS URBANAS

Limite do munício Limites de bairros

LEGENDA Corredores urbanos

Corredor Primário ‐ CP Corredor Consolidado 1 ‐ CC1 Corredor Consolidado 2 ‐ CC2 Corredor Secundário 1 ‐ CC1 Corredor Secundário 2 ‐ CC2 Corredor Secundário 3 ‐ CC3 Corredor Secundário 4 ‐ CC4 Corredor Secundário 5 ‐ CC5 Corredor Secundário 6 ‐ CC6 Corredor Secundário 7 ‐ CC7 Corredor Secundário 8 ‐ CC8 Corredor Secundário 9 ‐ CC9

37

Fonte: “São Luís –Uma Leitura da Cidade” ‐ INCID

TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

SÃO LUÍS APRESENTA O SEGUNDO PIOR ACESSO DOMICILIAR À INTERNET, ALÉM DO PIOR ACESSO À TELEFONE CELULAR. É A ÚNICA CAPITAL DO NE QUE POSSUI MAIS DE 10% DOS DOMICÍLIOS SEM TELEFONE CELULAR.

Percentual de domicílios segundo a posse de telefone e computador

100

90

80

70

60 50

40

30

20

10 0 Teresina ‐ PI São Luís ‐ MA Fortaleza ‐ CE Maceió ‐ AL Natal ‐ RN João Pessoa ‐ PB Recife ‐ PE Aracaju ‐ SE Salvador ‐ BA

Telefone celular Telefone fixo Computador Computador com acesso à internet 38

Fonte: Censo 2010/IBGE ARBORIZAÇÃO

APENAS 32,3% DOS DOMICÍLIOS COM ENTORNO ARBORIZADO, O PIOR ÍNDICE DA COMPARAÇÃO COM AS CAPITAIS NORDESTINAS.

Percentual de domicílios com entorno arborizado

78,37% 72,33% 74,79% 60,49% 67,43% 56,57% 57,06% 44,69% 39,51% 32,32%

São Luís Salvador Natal Aracaju Maceió Recife Teresina Fortaleza João Pessoa ‐ PB 2010 Brasil 39

Fonte: Censo 2010/IBGE

COBERTURA VEGETAL

40

Fonte: “São Luís –Uma Leitura da Cidade” ‐ INCID DEGRADAÇÃO AMBIENTAL

Limite do munício Limites de referências urbanas

41

Fonte: “São Luís –Uma Leitura da Cidade” ‐ INCID

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DIMENSÕES ANALISADAS

URBANA ECONÔMICA SOCIAL

• Demografia • Atividade econômica • Educação

• Habitação • Trabalho • Saúde

• • Saneamento • Renda Segurança • Mobilidade • Juventude • Desigualdade • TIC • Cultura e lazer • Gestão fiscal • Meio ambiente

43

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

• Atividade econômica: 4º maior PIB entre as capitais do NE e teve o maior crescimento entre 1999‐2010

• 2º maior PIB per capita das capitais do NE, atrás apenas de Recife

• Em termos de setoriais, destacam‐se a administração pública, comércio e construção civil no total de empregos formais

• Desemprego: 4ª Maior taxa das capitais do NE

• Elevada informalidade: quase um terço dos empregados não tem carteira assinada, maior índice das capitais do NE

• Grande contingente de trabalhadores por conta própria e empreendedorismo de baixa performance

• Baixa produtividade: salários médios dos setores em geral iguais ou menores que outras capitais do NE 44 DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

• Baixo desenvolvimento: terceiro pior IFDM das capitais do NE

• Renda per capita: apesar de ter o 2º maior PIB per capita, tem a 2ª menor renda per capita do NE e 3º maior percentual de pobres (38%)

• Desigualdade de renda: elevada para padrões nacionais e mediana entre as capitais do NE

• Relação entre PIB e renda: PIB per capita é 2 vezes maior do que a renda per capita, maior relação entre as capitais do NE

• Gestão fiscal: terceiro pior índice, depois de Natal e Salvador

45

PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB)

O CRESCIMENTO DO PIB DE SÃO LUÍS ACOMPANHOU O CRESCIMENTO DO ESTADO DO MARANHÃO, COM TAXAS SUPERIORES ÀS DO BRASIL A PARTIR DE 2003.

450 400 350 300 250 200 150 100 50 0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

PIB ‐ Brasil PIB ‐ Maranhão PIB ‐ São Luís 46 Nota: Base: 2000=100 Fonte: IBGE PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB)

ENTRE AS CAPITAIS DO NE, SÃO LUÍS APRESENTOU O MAIOR CRESCIMENTO ENTRE 1999 E 2010.

40000000 400% Taxa

de

35000000 350% Crescimento R$1.000,00)

30000000 300% (em

PIB 25000000 250%

20000000 200%

15000000 150%

10000000 100%

5000000 50%

0 0% São Luís ‐ Teresina ‐ PI Maceió ‐ AL João Pessoa ‐ Fortaleza ‐ Aracaju ‐ SE Natal ‐ RN Recife ‐ PE Salvador ‐ BA MA PB CE

2000 2005 2010 Taxa de Crescimento 1999‐2010 47

Fonte: IBGE

PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB)

APESAR DE SÃO LUÍS TER REGISTRADO O MAIOR CRESCIMENTO ENTRE 1999 E 2010, NOTA‐SE QUE HOUVE UMA DESACELERAÇÃO NA SEGUNDA METADE DA DÉCADA QUE NÃO FOI VERIFICADA NAS OUTRAS CAPITAIS NORDESTINAS. SÃO LUÍS MANTEVE A SUA PARTICIPAÇÃO NO PIB DO MA EM TORNO DE 38% NA ÚLTIMA DÉCADA.

Variação do PIB (preços correntes) Participação do PIB capital no PIB da UF (%)

18% 60 16% 50 14%

12% 40 10% 30 8%

6% 20 4% 10 2% 0% 0

Var 1999‐2004 Var 2005‐2010 Taxa Média Crescimento 2000 2005 2010 48

Fonte: IBGE PIB PER CAPITA REFERENCIAL COMPARATIVO

SÃO LUÍS POSSUI O SEGUNDO MAIOR PIB PER CAPITA (R$17.704) ENTRE AS CAPITAIS DO NE, ATRÁS SOMENTE DE RECIFE. ALÉM DISSO, APRESENTOU A MAIOR VARIAÇÃO POSITIVA NO PERÍODO ANALISADO. EM 2000, SÃO LUÍS ESTAVA EM TERCEIRO (R$4.370), ATRÁS DE RECIFE (R$ 6.586) E FORTALEZA (R$ 4.515), RESPECTIVAMENTE. Taxa 25000 18%

de capita

16% Crescimento per

20000 14% PIB

12% 15000 10%

8% 10000 6%

5000 4% 2%

0 0% Teresina Maceió João Pessoa Salvador Natal Fortaleza Aracaju São Luís Recife

2000 2005 2010 Média de Crescimento 49

Fonte: IBGE

VALOR ADICIONADO POR SETOR COMPARATIVO

2000 2005 2010

Agricultura Indústria 1,4% 30% 1,2% 25% 1,0% 20% 0,8% 15% 0,6% 0,4% 10% 0,2% 5% 0,0% 0%

Administração Pública Serviços

25% 80% 70% 20% 60% 15% 50% 40% 10% 30% 5% 20% 10% 0% 0%

50 Fonte: IBGE. Nota: Administração Pública inclui Educação e Saúde públicas, além de Seguridade Social. CARACTERIZAÇÃO SETORIAL

EM RELAÇÃO ÀS DEMAIS CAPITAIS DO NORDESTE, SÃO LUÍS SE DESTACA NO NÚMERO DE EMPRESAS NO COMÉRCIO E CONSTRUÇÃO CIVIL

Distribuição de Empresas por Setor (2011)

60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0%

São Luís Capitais NE sem SLZ 51 Fonte: Cadastro Central de Empresas/IBGE

CARACTERIZAÇÃO SETORIAL

AS ATIVIDADES COM MAIOR REMUNERAÇÃO MÉDIA EM SÃO LUÍS SÃO: INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS, INDÚSTRIAS METALÚRGICA E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. JÁ EM PARTICIPAÇÃO NOS EMPREGOS, DESTACAM‐SE A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, COMÉRCIO E CONSTRUÇÃO CIVIL

Salário Médio e Ocupação por Setor

8.000 100% Porcentagem 7.000 90% 80% 6.000 70%

Médio 5.000

60% Pessoal 4.000 50% 3.000 40%

30% Ocupado 2.000 Rendimento 20% 1.000 10% 0 0%

Rendimento Médio ‐ São Luiz ‐ MA Rendimento Médio ‐ Capitais NE sem SLZ 52 Pessoal Ocupado ‐ São Luiz ‐ MA Pessoal Ocupado ‐ Capitais NE sem SLZ Fonte: RAIS/MTE, 2011. EMPRESAS POR TAMANHO

SÃO LUÍS TEM A MENOR PARTICIPAÇÃO DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS ENTRE AS CAPITAIS NORDESTINAS TANTO EM RELAÇÃO AO NÚMERO DE EMPREGADOS QUANTO À MASSA SALARIAL.

Participação das MPE 43% 41% 39% 40% 37% 37% 38% 33% 32% 27% 27% 24% 22% 22% 22% 20% 20% 21%

São Luís ‐ MA João Pessoa ‐ TeresinaTerezina ‐ ‐ PIPI Salvador ‐ BA Recife ‐ PE Natal ‐ RN Aracaju ‐ SE Maceió ‐ AL Fortaleza ‐ CE PB

Participação das MPE na Força de Trabalho Participação das MPE na Massa Salarial 53 Nota: Micro e Pequenas Empresas são as que têm até 100 empregados Fonte: RAIS/MTE

POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA ESCOLARIDADE

SÃO LUÍS APRESENTA UMA PEA COM MAIOR NÍVEL DE INSTRUÇÃO QUE A MÉDIAS DAS DEMAIS CAPITAIS DO NORDESTE

São Luís Capitais do NE sem SLZ

14% 16% 22% 28%

17%

46% 38% 17%

Sem instrução e fundamental incompleto Sem instrução e fundamental incompleto

Fundamental completo e médio incompleto Fundamental completo e médio incompleto

Médio completo e superior incompleto Médio completo e superior incompleto

Superior completo Superior completo 54 Fonte: Censo 2010/IBGE. TAXA DE PARTICIPAÇÃO COMPARATIVO

SÃO LUÍS POSSUI A TERCEIRA MAIOR TAXA DE PARTICIPAÇÃO DENTRE AS CAPITAIS, MAS COM GRANDE PARCELA DE TRABALHADORES DE OUTRAS NATURALIDADES.

70,00

60,00

50,00

40,00

30,00

20,00

10,00

0,00 Recife Maceió João Pessoa Aracaju Natal Fortaleza São Luís Teresina Salvador

Taxa de Participação Taxa de Participação de quem nasceu na cidade Taxa de Participação de quem nasceu na UF 55

Fonte: Censo 2010/IBGE

TAXA DE DESEMPREGO

O DESEMPREGO EM SÃO LUÍS É DE 12%. É O MAIS ALTO ENTRE AS PESSOAS COM ENSINO MÉDIO COMPLETO.

Desemprego Total e por Nível de Instrução

14,0%

12,0%

10,0%

8,0%

6,0%

4,0%

2,0%

0,0% Fortaleza Teresina João Pessoa Natal Aracaju São Luís Maceió Recife Salvador

Total Sem instrução e fundamental incompleto Fundamental completo e médio incompleto Médio completo e superior incompleto Superior completo

Fonte: Censo 2010/IBGE TAXA DE DESEMPREGO

Fonte: IBGE/Censo 2010

PESSOAL OCUPADO POR SETOR REFERENCIAL COMPARATIVO

OS SETORES QUE MAIS EMPREGAM PESSOAS NA CIDADE SÃO O COMÉRCIO E A CONSTRUÇÃO CIVIL. NO RESTANTE DAS CAPITAIS NORDESTINAS, A INDÚSTRIA DA TRANSFORMAÇÃO SE DESTACA EM SEGUNDO LUGAR.

São Luís Capitais NE excluindo São Luís

5,7% 8,5% 10,3% 7,3% 29,5% 30,7%

21,4% 20,7% 5,2% 5,7% 7,1% 9,5% 6,8% 8,5% 7,2% 6,9%

4,1% 4,8% Indústrias de transformação Construção Indústrias de transformação Construção Comércio Serviços domésticos Comércio Serviços domésticos Atividades administrativas Administração pública Atividades administrativas Administração pública Educação Saúde Educação Saúde Outros 58 Outros Fonte: Censo 2010/IBGE PESSOAL OCUPADO POR POSIÇÃO NA OCUPAÇÃO

SÃO LUÍS APRESENTA A SEGUNDA PIOR TAXA DE FORMALIDADE DENTRE AS CAPITAIS DO NORDESTE.

60,0%

50,0%

40,0%

30,0%

20,0%

10,0%

0,0% Teresina São Luís João Pessoa Maceió Fortaleza Recife Aracaju Natal Salvador

Empregados ‐ com carteira de trabalho assinada Empregados ‐ militares e funcionários públicos estatutários Empregados ‐ sem carteira de trabalho assinada Conta própria Empregadores Não remunerados 59 Trabalhadores na produção para o próprio consumo Fonte: Censo 2010/IBGE

INFORMALIDADE DO EMPREGO

JUNTO COM TERESINA E FORTALEZA, SÃO LUÍS POSSUI O MAIOR PERCENTUAL DE EMPREGADOS SEM CARTEIRA DE TRABALHO ASSINADA NO TOTAL DE EMPREGADOS

31% 31% 31% 29% 27% 24% 22% 22% 22%

Aracaju Natal Salvador Recife João Pessoa Maceió Fortaleza São Luís Teresina 60

Fonte: IBGE EMPREENDEDORISMO

SÃO LUÍS POSSUI O MAIOR PERCENTUAL DE TRABALHADORES POR CONTA PRÓPRIA E A MENOR TAXA DE SUCESSO DOS EMPREENDEDORES

21% 21% 21% 20% 20% 20% 19% 19% 18%

12% 12% 10% 10% 9% 8% 8% 6% 7%

São Luís Teresina Fortaleza Maceió Salvador Natal João Pessoa Aracaju Recife

Taxa de sucesso dos empreendedores Proporção de CP

61 Fonte: Censo 2010/IBGE. Nota: A taxa de sucesso é medida pelo percentual de empregadores no total de empreendedores (empregadores + trabalhadores por conta própria).

EMPREENDEDORISMO

APESAR DA ESCOLARIDADE MÉDIA DOS EMPREENDEDORES LUDOVICENSES SER MEDIANA ENTRE AS CAPITAIS DO NE TEM O SEGUNDO PIOR LUCRO MÉDIO DENTRE ELAS

Lucro Médio e Anos de Estudo dos Empreendedores

4500 9,4 4000 9,2 3500 9 8,8 Anos 3000

8,6 2500 de Médio

8,4 Estudo 2000 8,2

Lucro 1500 8 1000 7,8 500 7,6 0 7,4 Teresina São Luís Maceió Fortaleza Natal Aracaju Salvador João Recife Pessoa Lucro Médio Anos de Estudo 62 Fonte: Ipea TURISMO ENTRADA DE TURISTAS E OCUPAÇÃO DOS HOTÉIS

A ENTRADA DE TURISTAS EM SÃO LUÍS CRESCEU 50% ENTRE 2007 E 2009. A TAXA DE OCUPAÇÃO DOS HOTÉIS EM 2009 NÃO CHEGAVA A 60%

Entrada de Turistas e Ocupação de Hotéis

1800000 64 Taxa

1600000 63 de Turistas

Ocupação

de 1400000 62 1200000 61

Entrada 1000000 60 800000 59 600000 400000 58 200000 57 0 56 2007 2008 2009 Entrada de turistas Taxa de ocupação 63

Fonte: Plano de Marketing Turístico/Setur.

TURISMO TIPO DE HOSPEDAGEM

EM SÃO LUÍS, HÁ PREDOMINÂNCIA DE HÓTEIS E MÓTEIS, ENQUANTO NO RESTANTE DO NE OS MÓTEIS SÃO SUBSTITUÍDOS PELAS POUSADAS

Estabelecimentos de Hospedagem ‐ SLZ Estabelecimentos de Hospedagem – Capitais do NE sem SLZ

5,5% 6,6%

22,7% 31,5% 40,2% 43,5%

22,8% 27,2% Hotéis Hotéis Pousadas Pousadas Motéis Motéis Outros Outros 64 Fonte: Pesquisa de Serviços de Hospedagem 2011/IBGE ÍNDICE FIRJAN DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL COMPARATIVO

SÃO LUÍS POSSUI O TERCEIRO MENOR IFDM DAS CAPITAIS DO NE MAS REGISTROU GRANDE AVANÇO ENTRE 2009 E 2010. O COMPONENTE DE EMPREGO E RENDA FOI RESPONSÁVEL PELA VOLATILIDADE DO IFDM LUDOVICENSE.

0,86

0,84

0,82

0,8

0,78

0,76

0,74

0,72

0,7

0,68

0,66 Maceió Salvador São Luís Fortaleza Aracaju João Pessoa Natal Teresina Recife

2006 2007 2008 2009 2010

Nota: O IFDM é um estudo anual do Sistema Firjan que acompanha o desenvolvimento dos municípios brasileiros em 3 áreas: Emprego & Renda, Educação e Saúde, utilizando estatísticas públicas oficiais disponibilizadas pelos ministérios do Trabalho, Educação e Saúde. Fonte: FIRJAN.

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO LUÍS

NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO LUÍS, A CAPITAL SE DESTACA COM MELHOR ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL, IMPULSIONADO PELO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO (IDE). NOS DEMAIS MUNICÍPIOS, IDS ÉBEMSUPERIORAOIDE.

Índice de Desenvolvimento Municipal (2010)

0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0 Santa Rita Alcântara Raposa Rosário Paço do Lumiar São José de Bacabeira São Luís Ribamar IDM IDE IDS

Nota: O IDM é um indicador síntese, que tem como componentes o Índice de Desenvolvimento Econômico (IDE) e o Índice de Desenvolvimento Social (IDS). São consideradas 50 66 variáveis na composição do IDM. Fonte: IMESC RENDA DOMICILIAR PER CAPITA E POBREZA

SÃO LUÍS TEM A SEGUNDA MENOR RENDA PER CAPITA E O TERCEIRO MAIOR ÍNDICE DE POBREZA Pobreza 1200 1104 45%

RDPC 1017 40% 1000 932 928 918 35% 809 770 800 768 737 30% 25% 600 20% 400 15% 10% 200 5% 0 0% Recife Aracaju Salvador João Natal Fortaleza Maceió São Luís Teresina Pessoa Renda Familiar Per Capita Pobreza

67

Fonte: Censo 2010/IBGE. Notas: A linha de pobreza utilizada foi de metade do salário mínimo de 2010 (R$255,00).

PIB X MASSA DE RENDA REFERENCIAL COMPARATIVO

O PIB DE SÃO LUÍS É QUASE O DOBRO DA MASSA DE RENDA DAS FAMÍLIAS

R$ 40 2,50 PIB/Massa

Bilhões R$ 35

2,00 R$ 30 de

Renda

R$ 25 1,50 R$ 20

R$ 15 1,00

R$ 10 0,50 R$ 5

R$ ‐ 0,00 João Pessoa ‐ Salvador ‐ BA Aracaju ‐ SE Natal ‐ RN Maceió ‐ AL Teresina ‐ PI Recife ‐ PE Fortaleza ‐ CE São Luís ‐ MA PB

Massa de Renda Anual PIB 2010 (preços correntes) PIB/Massa de Renda

68 Nota: A Massa de Renda foi calculada pela multiplicação da renda domiciliar per capita anual pela população. Ela representa a quantidade de renda anual que a população recebe. Fonte: IBGE, 2010. PIB PER CAPITA E DESIGUALDADE

NACOMPARAÇÃOPIB PER CAPITA, RENDA DOMICILIAR PER CAPITA E POBREZA, FICA EVIDENTE QUE O GRANDE VOLUME DE RENDA GERADO EM SÃO LUÍS NÃO SE CONVERTE EM RENDA PARA AS FAMÍLIAS

2,50 0,7 Gini anual 0,68 2,00 0,66

1,50 0,64 capita/RDPC

per 1,00 0,62 PIB 0,6 0,50 0,58

0,00 0,56 João Pessoa Salvador ‐ Aracaju ‐ SE Natal ‐ RN Maceió ‐ AL Teresina ‐ PI Recife ‐ PE Fortaleza ‐ São Luís ‐ ‐ PB BA CE MA

Índice de Gini PIB per capita/RDPC anual Gini 69

Fonte: IBGE

RELAÇÃO ENTRE POBREZA E PIB PER CAPITA

SÃO LUÍS NÃO POSSUI O NÍVEL DE POBREZA CONDIZENTE COM O SEU PIB PER CAPITA. GOIÂNIA TEM PIB PER CAPITA PRÓXIMO E MENOS DA METADE DA POBREZA.

0,45 Macapá (2010) 0,4 São Luís Belém Pobreza 0,35 Recife

Natal 0,3

Porto Velho 0,25 Palmas 0,2 Cuiabá Rio de Janeiro São Paulo Brasília BH 0,15 Goiânia Vitória

0,1 Florianópolis 0,05

0 0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000 80000 90000 PIB per capita (2010) Fonte: IBGE. Análise Macroplan RENDA PER CAPITA

Fonte: IBGE/Censo 2010

DOMICÍLIOS COM RENDA ATÉ R$ 140

Fonte: IBGE/Censo 2010 DEPENDÊNCIA DAS TRANSFERÊNCIAS

• 79.253 famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família

• Repasses federais (mar/2013) relativos ao Bolsa Família: R$ 11.582.171 (1,5% da renda total das famílias)

• Repasses federais ao município em mar/2013: R$ 37.648.144,26 (5% da renda total das famílias)

73 Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social

DEPENDÊNCIA DAS TRANSFERÊNCIAS

PORCENTAGEM DE FAMÍLIAS QUE RECEBEM BOLSA FAMÍLIA, PARTICIPAÇÃO DA RENDA NÃO TRABALHO NA RENDA TOTAL APOSENTADORIA OU PENSÃO PÚBLICA

Entre famílias que Entre famílias que Recebem Bolsa Família Entre famílias que recebem Bolsa Família Recebem aposentadoria recebem aposentadoria Recebem Bolsa Família ou aposentadoria ou recebem Bolsa Família ou aposentadoria ou ou pensão pública ou pensão pública pensão pública pensão pública

SÃO LUIS 29,9 48,5 32,7 24,5 5,5 28,3

TERESINA 31,1 46,5 33,2 27,3 6,9 31,7

FORTALEZA 28,3 46,4 31,4 22,8 6,8 27,4

NATAL 32,3 46,9 35,6 18,5 8,0 24,6

JOÃO PESSOA 33,6 46,9 35,9 23,0 7,9 28,3

RECIFE 38,4 50,0 40,4 22,4 6,5 27,2

MACEIÓ 35,5 52,6 38,1 25,7 7,7 31,0

ARACAJÚ 34,8 46,3 37,4 17,8 8,3 24,0

SALVADOR 34,9 48,7 37,8 17,1 6,1 21,6 74 Fonte: Estimativas produzidas com base na Amostra do Censo Demográfico de 2010. COBERTURA DO BOLSA FAMÍLIA

Fonte: IBGE/Censo 2010

ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCAL

PELO ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCAL, INDICADOR QUE MEDE DIFERENTES ASPECTOS DA GESTÃO FISCAL MUNICIPAL, SÃO LUÍS APRESENTA O TERCEIRO PIOR DESEMPENHO ENTRE AS CAPITAIS DO NE

0,8000

0,7000

0,6000

0,5000

0,4000

0,3000

0,2000

0,1000

0,0000 Natal Salvador São Luís Maceió João Pessoa Aracaju Fortaleza Teresina Recife

IFGF 2006 IFGF 2010 76

Fonte: FIRJAN. ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCAL DESAGREGADO

RECEITA GASTOS COM INVESTIMENTOS LIQUIDEZ CUSTO DA PRÓPRIA PESSOAL DÍVIDA

0,6748 0,4157 0,7388 0,091 0,7878 São Luís Δ 9,8% Δ ‐50,7% Δ 173,7% Δ ‐98,3% Δ ‐2,9%

0,7061 0,5614 0,5143 0,7699 0,7555 Fortaleza Δ ‐12,4% Δ 2,6% Δ 89,5% Δ 23,3% Δ ‐1,4%

0,5538 0,6437 0,5023 0,8977 0,9306 Teresina Δ 43,9% Δ ‐21,7% Δ ‐19,5% Δ 11,1% Δ 34%

0,9042 0,6111 0,3791 0,9209 0,7816 Recife Δ 0,6% Δ ‐24% Δ 19,9% Δ 4,1% Δ ‐5,3%

0,6714 0,6841 0,2717 0,7617 0,5928 Maceió Δ 2,9% Δ‐3,4% Δ ‐53,3% Δ ‐21,4% Δ 62,3%

Δ VARIAÇÃO ENTRE 2006 E 2010 77 DIMINUIÇÃO AUMENTO Fonte: FIRJAN.

ASPECTOS SOCIAIS DIMENSÕES ANALISADAS

URBANA ECONÔMICA SOCIAL

• Demografia • Atividade econômica • Educação

• Habitação • Trabalho • Saúde

• • Saneamento • Renda Segurança • Mobilidade • Juventude • Desigualdade • TIC • Cultura e lazer • Gestão fiscal • Meio ambiente

79

ASPECTOS SOCIAIS

EDUCAÇÃO

• Analfabetismo: 5,8% de analfabetos na população adulta, baixo para padrões do NE

• 30% da população adulta não completou o Ensino Fundamental: apesar de alto, o menor entre as capitais do NE

• Maior proporção de pessoas com o segundo grau completo das capitais do NE

• Baixo acesso à creche em relação às capitais do NE

• Qualidade da educação: 3º e 4º melhor IDEB das capitais do NE, mas ainda inferior à média brasileira

80 ASPECTOS SOCIAIS

SAÚDE

• Paradoxo: maior mortalidade infantil das capitais do NE e melhor IDSUS

• Mortalidade infantil em alta desde 2009

• Baixo número de médicos e baixa cobertura de Equipes Básicas de Saúde

SEGURANÇA

• A taxa de homicídios de São Luís teve o 2º maior crescimento das capitais do NE. A taxa é inferior apenas a Maceió, Salvador e Recife.

81

ASPECTOS SOCIAIS

JOVENS

• Maior índice de ociosidade das capitais do NE: 27% não trabalham nem estudam

• Escolaridade melhor do que outras capitais do NE, mas baixa taxa de ocupação

CULTURA E LAZER

• São Luís apresenta baixa quantidade relativa de equipamentos de cultura (museu, teatro e biblioteca), com exceção de cinemas

82 TAXA DE ANALFABETISMO

SÃO LUÍS APRESENTOU A SEGUNDA MENOR TAXA DE ANALFABETISMO DE ADULTOS, ACIMA DE SALVADOR.

Taxa de Analfabetismo

14,0% 0,0%

12,0% ‐5,0% 12,0% ‐10,0%

10,0% Variação 8,5% 8,9% ‐15,0% 7,9% 7,5% 8,0% 7,1% 7,4% ‐20,0%

Percentual 5,8% Analfabetismo

‐25,0% 6,0% 4,9% de

‐30,0%

Taxa 4,0% ‐35,0% 2,0% ‐40,0%

0,0% ‐45,0% Salvador ‐ São Luís ‐ Aracaju ‐ SE Recife ‐ PE Fortaleza ‐ João PessoaTeresina ‐ PI Natal ‐ RN Maceió ‐ AL BA MA CE ‐ PB Tx. Analfab. (2010) Variação Percentual 83 Nota: Analfabetismo da População com 10 anos ou mais de idade Fonte: Censo 2010/IBGE.

NÍVEL DE INSTRUÇÃO DA POPULAÇÃO ADULTA

SÃO LUÍS POSSUI O MENOR PERCENTUAL DE PESSOAS SEM INSTRUÇÃO OU COM O FUNDAMENTAL INCOMPLETO E MAIOR PROPORÇÃO COM ENSINO MÉDIO ENTRE AS CAPITAIS DO NE.

50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 São Luís ‐ MA Salvador ‐ BA Aracaju ‐ SE Recife ‐ PE João Pessoa ‐ Natal ‐ RN Fortaleza ‐ CE Teresina ‐ PI Maceió ‐ AL PB Sem instrução e fundamental incompleto Fundamental completo e médio incompleto Médio completo e superior incompleto Superior completo 84 Nota: População com 25 anos ou mais de idade foi considerada adulta Fonte: Censo 2010/IBGE EDUCAÇÃO INFANTIL REFERENCIAL COMPARATIVO

APENAS 5% DAS CRIANÇAS ENTRE 0 E 3 ANOS FREQUENTAM CRECHES EM SÃO LUÍS – ENQUANTO 43% POSSUEM ACESSO À PRÉ‐ESCOLA. O DESTAQUE É TERESINA, COM BOA TAXA DE COBERTURA EM AMBOS OS PERÍODOS

Creche 15,43%

7,35% 5,05% 5,10% 5,72% 6,10% 2,03% 2,76% 2,92%

Maceió João Pessoa Salvador São Luís Natal Recife Aracaju Fortaleza Teresina

Pré‐escola 60,44% 43,57% 34,57% 28,26% 30,14% 24,02% 18,54% 20,39% 22,00%

Maceió Salvador Aracaju João Pessoa Recife Natal Fortaleza São Luís Teresina

85 Nota: divisão do número de crianças de 0 a 3 e de 4 e 5 anos matriculadas em creches ou pré‐escolas públicas pela população de crianças nessa faixa etária. Fonte: Ministério da Educação

COBERTURA DO ENSINO FUNDAMENTAL SÃO LUÍS

APENAS 68% DOS ADOLESCENTES ENTRE 10 E 14 ANOS ESTÃO MATRICULADOS NO ENSINO FUNDAMENTAL, ANTE 92% DAQUELES ENTRE 6 E 9 ANOS

DÉFICIT DE 28.171 VAGAS

DÉFICIT DE 4.886 VAGAS 88.534

56.421 61.307 60.363

Anos iniciais Anos Finais

Matrículas População em idade escolar

Nota: divisão do número de crianças matriculadas em escolas pela população de adolescentes na faixa etária 86 Fonte: Ministério da Educação ‐ 2010 COBERTURA DO ENSINO FUNDAMENTAL REFERENCIAL COMPARATIVO

SÃO LUÍS APRESENTA, COMPARATIVAMENTE ÀS DEMAIS CAPITAIS DO NORDESTE, A 2ª MELHOR COBERTURA NO ENSINO FUNDAMENTAL– ANOS INICIAIS, E A MELHOR TAXA NOS ANOS FINAIS. ENTRETANTO, A MÉDIA BRASILEIRA É DE 118% E 72%, RESPECTIVAMENTE (OS ÍNDICES ACIMA DE 100% REPRESENTAM EXISTÊNCIA DE DEFASAGENS IDADE‐SÉRIE)

Anos Iniciais 92,0% 95,5% 82,6% 85,5% 88,1% 88,6% 71,2% 73,4% 77,2%

Salvador Aracaju Recife Maceió Fortaleza João Pessoa Natal São Luís Teresina

Anos Finais 64,2% 64,3% 65,7% 68,2% 56,9% 57,3% 58,6% 59,2% 50,5%

Fortaleza Aracaju Natal Teresina João Pessoa Salvador Maceió Recife São Luís 87 Nota: divisão do número de matriculas em cada nível pela população na faixa etária correspondente. Fonte: Ministério da Educação 2010

IDEB ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

SÃO LUÍS FICOU ABAIXO DA MÉDIA NACIONAL NO IDEB DE 2011 (4,7). ENTRE AS CAPITAIS DO NE FICA EM 3ºE4ºLUGAR, TENDO PERDIDO POSIÇÃO ENTRE 2007 E 2011.

IDEB Anos Iniciais ‐ Escolas Municipais IDEB Anos Iniciais ‐ Escolas Estaduais

6,0 6,0

5,0 5,0

4,0 4,0

3,0 3,0

2,0 2,0

1,0 1,0

0,0 0,0

IDEB 2007 ‐ Municipal IDEB 2011 ‐ Municipal IDEB 2007 ‐ Estadual IDEB 2011 ‐ Estadual Meta 2007 ‐ Municipal Meta 2011 ‐ Municipal Meta 2007 ‐ Estadual Meta 2011 ‐ Estadual 88

Fonte: Ministério da Educação IDEB ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

SÃO LUÍS FICOU POUCO ACIMA DA MÉDIA BRASILEIRA (3,8). A CIDADE ATINGIU A META NOS ANOS FINAIS.

IDEB Anos Finais ‐ Escolas Municipais IDEB Anos Finais ‐ Escolas Estaduais

5,0 5,0 4,5 4,5 4,0 4,0 3,5 3,5 3,0 3,0 2,5 2,5 2,0 2,0 1,5 1,5 1,0 1,0 0,5 0,5 0,0 0,0

IDEB 2007 IDEB 2011 Meta 2007 Meta 2011 IDEB 2007 IDEB 2011 Meta 2007 Meta 2011

Fonte: Ministério da Educação

COBERTURA ENSINO MÉDIO

SÃO LUÍS APRESENTA A SEGUNDA MELHOR COBERTURA DO ENSINO MÉDIO.

89,2%

78,4%

68,3% 65,9% 60,5% 57,2% 51,2% 52,3% 45,3%

Maceio Aracaju João Pessoa Fortaleza Natal Salvador Recife São Luis Teresina

Nota: Número de matrículas iniciais no ensino médio (parcial e integral) sobre a população entre 15 a 17 anos de idade Fonte: Censo Escolar 2012/Inep e Censo 2010/IBGE FREQUÊNCIA ESCOLAR

SÃO LUÍS APRESENTA A SEGUNDA MELHOR COBERTURA DO ENSINO MÉDIO.

Frequência escolar dos jovens de 15 a 17 anos 55,7% 56,0% 49,1% 49,2% 46,2% 46,9% 47,8% 42,3% 42,4% 35,5% 34,7% 32,8% 28,4% 27,7% 28,1% 26,4% 26,6% 22,1%

Maceió ‐ AL Salvador ‐ BA Aracaju ‐ SE Natal ‐ RN João Pessoa ‐ Recife ‐ PE Fortaleza ‐ CE Teresina ‐ PI São Luís ‐ MA PB Frequenta Ensino Fundamental Frequenta Ensino Médio 91 Nota: Número de matrículas iniciais no ensino médio (parcial e integral) sobre a população entre 15 a 17 anos de idade Fonte: Censo Escolar 2012/Inep e Censo 2010/IBGE

PERFIL DOS EDUCADORES REDE MUNICIPAL

DENTRE OS DIRETORES, MAIS DE UM TERÇO POSSUEM OUTRO EMPREGO, DIVIDINDO SUA CARGA HORÁRIA DE TRABALHO COM A DIREÇÃO DA ESCOLA

• 44% POSSUEM PROGRAMA DE PERFIL DOS DIRETORES REDUÇÃO DO ABANDONO • 35% POSSUEM OUTRO TRABALHO • 73% POSSUEM PROGRAMA DE ALÉM DA DIREÇÃO DA ESCOLA REDUÇÃO DA REPROVAÇÃO

• 82% APLICAM PROGRAMA DE • 10% AFIRMAM NÃO EXISTIR REFORÇO DA APRENDIZAGEM CONSELHO DE CLASSE

PERFIL DOS PROFESSORES

• 97% POSSUEM ENSINO SUPERIOR

• 31% TRABALHAM EM APENAS UMA ESCOLA

• 80% NUNCA LEEM LIVROS EM SEU TEMPO LIVRE

92

Fonte: http://www.qedu.org.br/cidade/5297‐sao‐luis/pessoas/professor com base nos dados do Ministério da Educação – Questionário da Prova Brasil 2011 INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS REDE MUNICIPAL

HÁ 167 ESCOLAS MUNICIPAIS EM SÃO LUÍS, COM UMA MÉDIA DE 29,9 ALUNOS POR TURMA NOS ANOS INICIAIS E 36,6 NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL.

• 35% POSSUEM BIBLIOTECA

• 30% POSSUEM INTERNET

• 29% POSSUEM LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

• 2% POSSUEM LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

• 19% POSSUEM QUADRA DE ESPORTES

• 629 COMPUTADORES PARA USO DOS ALUNOS

93 Nota: Percentual das escolas municipais que possuem construções e equipamentos de infraestrutura. Fonte: Ministério da Educação –Censo Escolar 2011; http://www.qedu.org.br/cidade/5297‐sao‐luis/censo‐escolar

EQUIPAMENTOS DE EDUCAÇÃO

94

Fonte: Censo 2010/IBGE. ENSINO SUPERIOR

ENTRE 2008 E 2010, SÃO LUÍS APRESENTOU AUMENTO ACENTUADO DO NÚMERO DE CANDIDATOS POR VAGA NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO, SENDO A MAIOR RELAÇÃO ENTRE AS CAPITAIS DO NE. ALÉM DISSO, HOUVE MELHORA NA TAXA DE CONCLUSÃO DO ENSINO SUPERIOR, MAS AINDA ABAIXO DE 50%.

São Luís ‐ MA Relação Candidato/Vaga

12 80% 8

70% Concluintes/Ingressantes 7 10 60% 6 8 50% 5

6 40% 4

30% 3 4

no 20% 2

ano 2 10% 1

0 0% 0 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Candidatos/Vaga Concluintes no ano/Ingressantes no ano 2000 2005 2010 95 Fonte: Ministério da Educação

PÓS‐GRADUAÇÃO

A BAIXA TAXA DE CONCLUSÃO DO ENSINO SUPERIOR TEM CONSEQUÊNCIA NA QUANTIDADE DE ESTUDANTES DE MESTRADO E DOUTORADO: SÃO LUÍS É UMA DAS PIORES CAPITAIS NESSE QUESITO.

Pessoas que frequentavam pós‐graduação ‐ 2010

4500 4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500 0 São Luís ‐ MA Maceió ‐ AL Teresina ‐ PI Salvador ‐ BA Fortaleza ‐ CE Aracaju ‐ SE Recife ‐ PE João Pessoa ‐ Natal ‐ RN PB Mestrado Doutorado 96

Fonte: Ministério da Educação SAÚDE ‐ IDSUS

SÃO LUÍSÉOÚNICOMUNICÍPIODOMARANHÃO NO GRUPO HOMOGÊNEO 1 DO IDSUS, QUE CONTEMPLA A ESTRUTURA DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE.

MUNICÍPIOS MUNICÍPIOS GRUPO HOMOGÊNEO MARANHÃO BRASIL MARANHÃO BRASIL

GH1 1 0,46% 29 0,52%

GH2 1 0,46% 94 1,69%

GH3 0 0,00% 632 11,36%

GH4 73 33,64% 587 10,55%

GH5 2 0,92% 2039 36,64%

GH6 140 64,52% 2184 39,25%

TOTAL 217 100% 5565 100% 97 Fonte: Ministério da Saúde –Portal da Saúde (http://portal.saude.gov.br/portal/saude/Gestor/visualizar_texto.cfm?idtxt=38675)

IDSUS

DENTRE AS CAPITAIS DO NE, A MAIOR NOTA NO IDSUS PERTENCE A SÃO LUÍS, INDICADOR SÍNTESE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE.

Nota IDSUS 2010

5,93 5,86 5,89 5,9 5,62 5,55 5,32 5,18 5,03

Maceió ‐ AL Fortaleza ‐ CE João Pessoa ‐ Aracaju ‐ SE Teresina ‐ PI Salvador ‐ BA Natal ‐ RN Recife ‐ PE São Luís ‐ MA PB

98

Fonte: Ministério da Saúde –Portal da Saúde MORTALIDADE INFANTIL

TODAS AS CAPITAIS DO NORDESTE APRESENTAM NÍVEIS DE MORTALIDADE INFANTIL ACIMA DO RECOMENDADO PELA OMS (10 POR 1000 NASCIDOS VIVOS). SÃO LUÍS FOI A ÚNICA CAPITAL QUE TEVE AUMENTO DA TAXA ENTRE 2007 E 2011, ALÉM DE POSSUIR A MAIOR TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL

Taxa de Mortalidade Infantil (por 1000 nascidos vivos)

20,00 6,8% 10,0% 18,00 ‐10,4% ‐19,1% 0,0% 16,00 ‐22,5% ‐14,5% 14,00 ‐17,1% ‐19,5% ‐1,8% ‐10,0% Infantil

12,00 ‐44,9% Variação 10,00 ‐20,0% 8,00 Moralidade ‐30,0% 6,00 Taxa 4,00 ‐40,0% 2,00 0,00 ‐50,0% Natal ‐ RN João Pessoa Recife ‐ PE Fortaleza ‐ Aracaju ‐ SE Maceió ‐ AL Teresina ‐ Salvador ‐ São Luís ‐ ‐ PB CE PI BA MA Taxa de mortalidade infantil (2011) Variação 2007‐2011

Nota: Número de óbitos de crianças residentes com menos de um ano de idade sobre o número de nascidos vivos de mães residentes na cidade em questão. Apresentado número de óbitos sobre 1.000. Fonte: Ministério da Saúde –Portal da Saúde

MORTALIDADE POR GRUPO DE CAUSAS

A PRINCIPAL CAUSA DE MORTALIDADE SÃO DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO. NA COMPARAÇÃO COM DEMAIS CAPITAIS, SÃO LUÍS DESTACA‐SE COMO A TERCEIRA MAIOR MORTALIDADE POR DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS.

Mortalidade por grupos de doenças (2010)

35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 ‐ Salvador Aracaju Maceió Fortaleza São Luís Natal João Pessoa Recife Teresina

Doenças infecciosas e parasitárias Neoplasias Doenças do aparelho circulatório Doenças do aparelho respiratório Afecções originadas no período perinatal Causas externas Demais causas definidas

100 Nota: Distribuição percentual das causas de mortes Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS MORTALIDADE POR AIDS

SÃO LUÍS TEM A SEGUNDA MAIOR TAXA DE MORTALIDADE POR AIDS DO NORDESTE, COM MAIOR INCIDÊNCIA NOS HOMENS.

Taxa de Mortalidade por AIDS (2010)

18,0 16,0 14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 ‐ João Pessoa Fortaleza Aracaju Natal Teresina Maceió Salvador São Luís Recife

Masculino Feminino Taxa de mortalidade por AIDS 101 Nota: Número de óbitos por 100 mil habitantes Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS

EQUIPES BÁSICAS DE SAÚDE ‐ EBS

MENOS DE UM TERÇO DA POPULAÇÃO DE SÃO LUÍS ESTÁ COBERTA PELAS EQUIPES BÁSICAS DE SAÚDE, APRESENTANDO O SEGUNDO PIOR DESEMPENHO NESTE INDICADOR

88,5% 79,4% 82,2% 74,3% 64,9% 53,4% 45,8% 38,1% 39,1% 38,8% 32,9% 33,3% 24,9% 25,8% 25,9% 22,1% 15,3% 17,2%

Salvador São Luís Maceió Natal Fortaleza Recife João Pessoa Aracaju Teresina

EBS Saúde Bucal 102

Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS, 2011. QUANTIDADE DE MÉDICOS

SÃO LUÍS TEM O SEGUNDO MENOR NÚMERO DE MÉDICOS POR 1000 HABITANTES.

Médicos/1000 Hab.

5,46

4,15 4,19 3,62 3,28 3,44

2,33 2,54 2,08

Fortaleza São Luís Teresina Maceió Natal João Pessoa Aracaju Salvador Recife

103

Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS, 2011.

LEITOS HOSPITALARES EVOLUÇÃO

A PROPORÇÃO DE LEITOS HOSPITALARES VEM SENDO REDUZIDA NOS ÚLTIMOS ANOS, INCLUSIVE NO BRASIL. A POPULAÇÃO CRESCEU 17% EM SÃO LUÍS, ANTE UMA REDUÇÃO DE 2,9% NA OFERTA DE LEITOS NO MESMO PERÍODO.

5,12

3,48 4,24 2,42 2,83 3,37 3,71 3,8 3,82 3,89

Salvador Maceió Fortaleza Natal Teresina São Luís Aracaju João Pessoa Recife ‐0,69 ‐0,18 ‐0,54 ‐0,85 ‐1,18 ‐1,8 ‐2,21 ‐2,89 ‐2,9

Variação entre 1994 e 2010 Resultados em 2010 Brasil

104 Nota: leitos por 1000 habitantes Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS DESPESA TOTAL COM SAÚDE POR HABITANTE

A DESPESA TOTAL COM SAÚDE TEVE AUMENTO SUBSTANCIAL EM TODAS AS CAPITAIS NORDESTINAS, MAS SÃO LUÍS APRESENTOU A MENOR TAXA MÉDIA DE VARIAÇÃO DOS GASTOS ENTRE 2000 E 2012.

Despesa total com saúde por habitante

900 35,0%

800 30,0% 700 25,0% 600 Variação 20,0% Total

500

Média 400 15,0% Despesa 300 10,0% 200 5,0% 100

0 0,0% Salvador ‐ BA Recife ‐ PE Maceió ‐ AL Natal ‐ RN Fortaleza ‐ CE São Luís ‐ MA Aracaju ‐ SE João Pessoa ‐ Teresina ‐ PI PB 2000 2006 2012 Var Média 105

Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS (SIOPS)

HOMICÍDIOS

SÃO LUÍS ENCONTRA‐SE EM POSIÇÃO INTERMEDIÁRIA EM RELAÇÃO ÀS DEMAIS CAPITAIS DO NE, PORÉM COM O SEGUNDO MAIOR CRESCIMENTO DE HOMICÍDIOS NO COMPARATIVO E MUITO ACIMA DO REFERENCIAL DA OMS (10 ÓBITOS/1000 HABITANTES).

Taxa de Homicídios

120,0 40,0%

30,0% 100,0 20,0% 80,0 10,0% Variação

60,0 0,0% Homicídios

‐10,0% Taxa 40,0 ‐20,0% 20,0 ‐30,0%

0,0 ‐40,0% Teresina ‐ PI Natal ‐ RN Aracaju ‐ SE Fortaleza ‐ CE Salvador ‐ BA São Luís ‐ MA Recife ‐ PE João Pessoa ‐ Maceió ‐ AL PB

Taxa Homicídios 2010 Variação 2008‐2010 106

Fonte: Mapa da Violência. JOVENS

A TAXA DE DESEMPREGO DOS JOVENS É DE 25,5% EM SÃO LUÍS. MACEIÓ TEM O MAIOR ÍNDICE (28,7%)

Nível de instrução dos Jovens Taxa de Ocupação entre Jovens

45,0% 84,0% 40,0% 82,0% 35,0% 80,0% 30,0% 25,0% 78,0% 20,0% 76,0% 15,0% 74,0% 10,0% 5,0% 72,0% 0,0% 70,0% 68,0% 66,0% 64,0% Sem instrução e fundamental incompleto Fundamental completo e médio incompleto Médio completo e superior incompleto Superior completo 107 Nota: Consideramos jovens a população entre 15 e 24 anos Fonte: Censo 2010/IBGE

JOVENS OCUPADOS POR SETOR

OSSETORESQUEMAISEMPREGAMJOVENSNACIDADESÃOOCOMÉRCIOECONSTRUÇÃOCIVIL. NAS OUTRAS CAPITAIS, A MAIOR REPRESENTATIVIDADE É A DO COMÉRCIO, SEGUIDO DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO

São Luís Capitais NE excluindo São Luís

6% 9,0% 22% 12% 23,0% 6,7%

7,2% 11% 26,0% 27% 3,4% 3% 5,1% 5% 4% 4,4% 3% 3% 4% 5,3%3,7% 6,3%

Indústrias de transformação Comércio Atividades profissionais, científicas e técnicas Administração pública Saúde humana e serviços sociais Construção Alojamento e alimentação Atividades administrativas Educação Serviços domésticos Outros Fonte: Censo 2010/IBGE JOVENS –NEMNEM

SÃO LUÍS APRESENTA A MAIOR PROPORÇÃO DE JOVENS QUE NÃO ESTUDAVAM NEM ESTAVAM TRABALHANDO (27%). NA COMPARAÇÃO POR GÊNERO, AS MULHERES TÊM PROPORÇÃO SUPERIOR AOS HOMENS.

Jovens que Nem Estudam, Nem Trabalham

35,0%

30,0%

25,0%

20,0%

15,0%

10,0%

5,0%

0,0% Aracaju ‐ SE Teresina ‐ PI Natal ‐ RN João Pessoa ‐ Fortaleza ‐ CE Salvador ‐ BA Recife ‐ PE Maceió ‐ AL São Luís ‐ MA PB Indicador NemNem Indicador NemNem ‐ Homens Indicador NemNem ‐ Mulheres 109 Nota: Consideramos jovens a população entre 15 e 24 anos Fonte: IBGE

JOVENS – GRAVIDEZ PRECOCE

SÃO LUÍS APRESENTA O TERCEIRO MENOR ÍNDICE DE GRAVIDEZ PRECOCE DO NORDESTE E ESTÁ EM UMA POSIÇÃO MEDIANA NO QUE SE REFERE À PROPORÇÃO DE FILHOS NASCIDOS MORTOS DAS MÃES ADOLESCENTES.

Gravidez Precoce 7,4%

6,4% 6,0% 5,5% 5,1% 5,3% 5,3% 4,9% 5,1% 4,8% 4,3% 4,2% 3,9% 3,3% 3,1% 2,4% 2,1% 1,8%

Salvador ‐ BA Aracaju ‐ SE São Luís ‐ MA Fortaleza ‐ CE Natal ‐ RN Teresina ‐ PI Recife ‐ PE João Pessoa ‐ Maceió ‐ AL PB Gravidez Precoce Proporção de filhos tidos nascidos mortos no total de filhos tidos

110 Nota: Consideramos gravidez precoce a ocorrida na população entre 10 a 19 anos Fonte: IBGE HOMICÍDIO DE JOVENS

A TAXA DE HOMICÍDIOS DOS JOVENS É BEM SUPERIOR A DO TOTAL DA POPULAÇÃO. ENTRE AS CAPITAIS DO NE, SÃO LUÍS TEM O 3ºMENORÍNDICE, PORÉM COM VARIAÇÃO POSITIVA ENTRE 2008 E 2010.

Taxa de Homicídios de Jovens (15 a 24 anos)

300 70% Variação 269,7 60%

250 2008 Homicídios

50%

de 209,1

40% ‐ 200 2010

Taxa 172 30% 20% 150 115,6 117,5 10% 0% 100 83,2 85,6 ‐10% 48,1 51,3 50 ‐20% ‐30% 0 ‐40% Teresina Aracaju São Luís Natal Recife Fortaleza João Pessoa Salvador Maceió

Tx. Homicídios de Jovens (15 a 24 anos) Var. 2008‐2010 111 Nota: Taxa de Homicídios calculado pelo número de óbitos por causa externa por 100 mil habitantes. Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS

LAZER: PARQUE E MUSEU

SÃO LUÍS CARECE DE EQUIPAMENTOS DE LAZER, COMO PARQUES, MUSEUS, TEATROS. A CAPITAL ABRIGA 20 MUSEUS

Habitantes por Parque Índice de Habitantes por Museu

148.496 1,38 129.951

95.339 82.151 0,74

0,52 46.124 39.873 43.863 36.731 38.933 0,35 0,37 0,38 0,30 0,32 0,33

112

Fonte: IBGE, Apontador.com.br e Cadastro Nacional de Museus. Nota: Número de habitantes/ Número de Museus/100.000 LAZER: TEATRO E CINEMA

EM RELAÇÃO AOS CINEMAS, A CAPITAL MARANHENSE ESTÁ BEM COLOCADA ENTRE AS DEMAIS CAPITAIS DO NE

Índice de Habitantes por Teatro Índice de Habitantes por Cinema

1,6

1,32 1,34 1,32 1,25

0,88 0,83 0,89 0,71 0,61 0,63 0,52 0,53 0,56 0,41 0,32 0,36 0,37

113 Nota: Número de habitantes/ Número de equipamentos/100.000 Fonte: http://www.marketingcultural.com.br/115/pdf/cultura‐em‐numeros‐2010.pdf

ANÁLISE TERRITORIAL UNIDADES DE ANÁLISE INDICADORES INTRAMUNICIPAIS

• A divisão de São Luís apresentada nesta parte é baseada nas 29 áreas de ponderação do Censo, cada uma delas corresponde a uma população entre 30 e 45 mil habitantes

• Estas áreas correspondem a recortes territoriais para as quais são apurados os dados da amostra do Censo

• O objetivo da divisão territorial da cidade (29 áreas) é compreender, com maior grau de precisão, as diferenças intraregionais em três dimensões:

• Condições de moradia;

• Renda e pobreza;

• Educação; e

• Trabalho 115

ANÁLISE TERRITORIAL 29 UNIDADES DE ANÁLISE

1 Centro 2 Monte Castelo 3 Bairro de Fátima 11 12 4 João Paulo

10 5 Vila Palmeira 8 9 13 6 Anil + 1 2 7 7 Angelim 14 15 21 5 8 Cohama 3 4 6 22 9 Vinhais 18 17 16 10 São Francisco 27 19 26 11 Litoral 20 28 12 Turu 25 29 13 Itapiracó 14 Cohatrac 15 Cohab 16 São Cristovão

23 17 Santo Antônio 24 18 Sacavem 19 Coroadinho 20 Vila Embratel 21 Mauro Fecury 22 Anjo da Guarda 23 Maracana 24 Tibiri 25 São Raimundo 26 Tirirical 27 Cidade Operária 28 Jardim América 29 Cidade Olímpica 116 Fonte: INCID DENSIDADE

1 Centro 2 Monte Castelo 11 12 3 Bairro de Fátima DENSIDADE POPULACIONAL (HAB/HA) 10 4 João Paulo 8 5 Vila Palmeira 9 13

1 6 Anil 2 7 14 7 Angelim 5 15 21 3 4 8 Cohama 6 22 9 Vinhais 16 18 17 10 São Francisco 27 11 Litoral 19 26 12 Turu 20 28 25 13 Itapiracó 29 14 Cohatrac 15 Cohab 16 São Cristovão 17 Santo Antônio 18 Sacavem 23 19 Coroadinho 24 20 Vila Embratel 21 Mauro Fecury 22 Anjo da Guarda 23 Maracana 24 Tibiri 25 São Raimundo 26 Tirirical 27 Cidade Operária 28 Jardim América 29 Cidade Olímpica 117 Fonte: “São Luís –Uma Leitura da Cidade” –INCID

NÚMERO DE PESSOAS ‐ DPP

1 Centro 2 Monte Castelo 11 12 3 Bairro de Fátima NÚMERO DE PESSOAS RESIDENTES EM DOMICÍLIO PARTICULAR PERMANENTE 10 4 João Paulo 8 5 Vila Palmeira 9 13

1 6 Anil 2 7 14 7 Angelim 5 15 21 3 4 8 Cohama 6 22 9 Vinhais 16 18 17 10 São Francisco 27 11 Litoral 19 26 12 Turu 20 28 25 13 Itapiracó 29 14 Cohatrac 15 Cohab 16 São Cristovão 17 Santo Antônio 18 Sacavem 23 19 Coroadinho 24 20 Vila Embratel 21 Mauro Fecury 22 Anjo da Guarda 23 Maracana 24 Tibiri 25 São Raimundo 26 Tirirical 27 Cidade Operária 28 Jardim América 29 Cidade Olímpica 118 Fonte: “São Luís –Uma Leitura da Cidade” –INCID, 2010. HETEROGENEIDADE INTRAMUNICIPAL

• Em termos de acesso a infraestrutura de saneamento, as áreas do Centro, Cidade Operária, Cohatrac, Vila Palmeira e Bairro de Fátima, destacam‐se com os melhores indicadores;

• No outro extremo, áreas como Maracanã, Tibiri, Cidade Olímplica, Mauro Fecury e Vila Embratel possuem acesso extremamente precário ao saneamento. São essas áreas também que possuem os piores indicadores de renda e maiores índices de pobreza;

• O Litoral possui de longe a maior renda da cidade, R$ 4.000 per capita, mais do dobro dos vizinhos, Cohama e Vinhais, que possuem o segundo melhor índice. Porém mesmo no litoral, 35% dos domicílios não estão conectados à rede geral de esgoto;

• Maracanã e Tirirical registram os maiores índices de desemprego (cerca de 17%), enquanto as áreas mais ricas Litoral e Cohama possuem taxas de desemprego inferiores à 7%.

119

ANÁLISE DE TERRITÓRIOS

Quantidade de moradores

50000 45000 40000 35000 30000 25000 20000 15000 10000 5000 0

Domicílios com lixo coletado 91,2 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0

120

Fonte: INCID, http://nca.ufma.br/saoluisppa; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan ANÁLISE DE TERRITÓRIOS

Moradores com acesso à rede de esgoto

100 90 80 70 60 45,3 50 40 30 20 10 0

Moradores com abastecimento de água

100,0 90,0 76,5 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0

121 Fonte: INCID, http://nca.ufma.br/saoluisppa; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

ANÁLISE DE TERRITÓRIOS

Renda Domiciliar per capita mensal R$ 4.500 R$ 4.000 R$ 3.500 R$ 3.000 R$ 2.500 R$ 2.000 R$ 1.500 R$ 1.000 R$ 768 R$ 500 R$ 0

Taxa de Desemprego 20,0 18,0 16,0 14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0

122

Fonte: INCID, http://nca.ufma.br/saoluisppa; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan ANÁLISE DE TERRITÓRIOS

Domicílios com renda per capita até R$140

45 40 35 30 25 20 14,1 15 10 5 0

Taxa de cobertura BF

70 60 50 40 39 30 20 10 0

123

Fonte: INCID, http://nca.ufma.br/saoluisppa; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

ANÁLISE DE TERRITÓRIOS

Frequência à creche (0 a 3 anos de idade)

45

40

35

30 28

25

20

15

10

5

0

124

Fonte: INCID, http://nca.ufma.br/saoluisppa; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan CENTRO

Unidades de Centro São Luís Análise ‐ 2010 • A área central abriga 3,1% da população de São Luís e registra

Quantidade de indicadores de acesso a saneamento e renda melhores do que a 31707 1012856 moradores média da cidade. O principal problema do Centro é a taxa de

Quantidade de Jovens 10198 211649 desemprego, acima da média da cidade.

Moradores com acesso à 90,1 45,3 rede de esgoto

Moradores com 98,2 76,5 abastecimento de água

Domicílios com lixo 98,7 91,2 + coletado

Renda Domiciliar per R$ 885 R$ 768 capita mensal

Taxa de Desemprego (%) 14,9 12,0

Domicílios com renda 9,6 14,1 per capita até R$140 (%)

Taxa de cobertura BF (%) 33,8 38,7

Frequência à creche (0 a 29,6 27,7 125 3 anos)

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

MONTE CASTELO

Unidades de Análise ‐ Monte São Luís 2010 Castelo • Monte Castelo registra melhores indicadores de acesso a

Quantidade de saneamento do que a média da cidade. A questão prioritária na 31489 1012856 moradores região está relacionada à geração de renda, bem inferior à média da

Quantidade de Jovens 10676 211649 capital.

Moradores com acesso à 74,3 45,3 rede de esgoto

Moradores com 94,3 76,5 abastecimento de água

Domicílios com lixo 94,0 91,2 + coletado

Renda Domiciliar per R$ 509 R$ 768 capita mensal

Taxa de Desemprego (%) 13,2 12,0

Domicílios com renda 16,3 14,1 per capita até R$140 (%)

Taxa de cobertura BF (%) 22,5 38,7

Frequência à creche (0 a 34,1 27,7 126 3 anos)

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan BAIRRO DE FÁTIMA

Unidades de Análise ‐ Bairro de São Luís 2010 Fátima • No Bairro de Fátima é essencial o combate à pobreza, uma vez que Quantidade de 32519 1012856 moradores quase 20% dos domicílios da região tem renda inferior à R$ 140 per capita. Quantidade de Jovens 10828 211649

Moradores com acesso à 86,9 45,3 rede de esgoto

Moradores com 98,7 76,5 abastecimento de água

Domicílios com lixo 98,5 91,2 + coletado

Renda Domiciliar per R$ 498 R$ 768 capita mensal

Taxa de Desemprego (%) 14,6 12,0

Domicílios com renda 19,9 14,1 per capita até R$140 (%)

Taxa de cobertura BF (%) 29,1 38,7

Frequência à creche (0 a 22,9 27,7 127 3 anos)

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

JOÃO PAULO

Unidades de Análise ‐ João São Luís 2010 Paulo

Quantidade de • Em João Paulo a prioridade é a geraçãodetrabalhoerenda,afim 37457 1012856 moradores de que a pobreza e o desemprego sejam reduzidos.

Quantidade de Jovens 12842 211649

Moradores com acesso à 71,8 45,3 rede de esgoto

Moradores com 97,6 76,5 abastecimento de água

Domicílios com lixo 98,2 91,2 + coletado

Renda Domiciliar per R$ 526 R$ 768 capita mensal

Taxa de Desemprego (%) 13,8 12,0

Domicílios com renda 18,5 14,1 per capita até R$140 (%)

Taxa de cobertura BF (%) 32,4 38,7

Frequência à creche (0 a 26,0 27,7 128 3 anos)

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan VILA PALMEIRA

Unidades de Análise ‐ Vila São Luís 2010 Palmeira

Quantidade de • Vila Palmeira sofre com o baixo acesso a rede geral de 34508 1012856 moradores saneamento, o que se reflete na alta mortalidade infantil.

Quantidade de Jovens 11799 211649

Moradores com acesso à 60,0 45,3 rede de esgoto

Moradores com 98,3 76,5 abastecimento de água

Domicílios com lixo 94,5 91,2 + coletado

Renda Domiciliar per R$ 518 R$ 768 capita mensal

Taxa de Desemprego (%) 12,7 12,0

Domicílios com renda 17,9 14,1 per capita até R$140 (%)

Taxa de cobertura BF (%) 35,0 38,7

Frequência à creche (0 a 27,3 27,7 129 3 anos)

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

ANIL

Unidades de Análise ‐ Anil São Luís 2010 • Anil abriga 3,8% da população de São Luís e apenas 34,4% possuem Quantidade de 38607 1012856 moradores acesso à rede de esgoto. Outro fator relevante é a alta dependência do Bolsa Família: 50% da população da área. Quantidade de Jovens 13492 211649

Moradores com acesso à 34,4 45,3 rede de esgoto

Moradores com 93,3 76,5 abastecimento de água

Domicílios com lixo 97,4 91,2 + coletado

Renda Domiciliar per R$ 619 R$ 768 capita mensal

Taxa de Desemprego (%) 13,1 12,0

Domicílios com renda 11,7 14,1 per capita até R$140 (%)

Taxa de cobertura BF (%) 50,2 38,7

Frequência à creche (0 a 20,5 27,7 130 3 anos)

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan ANGELIM

Unidades de Análise ‐ Angelim São Luís 2010 • Angelim tem renda per capita é acima da média da cidade e taxa de Quantidade de 40759 1012856 moradores desemprego bem mais baixa. Ainda é preciso investimentos para alcançar a universalização da rede geral de esgoto. Quantidade de Jovens 15276 211649

Moradores com acesso à 74,1 45,3 rede de esgoto

Moradores com 87,7 76,5 abastecimento de água

Domicílios com lixo 98,4 91,2 + coletado

Renda Domiciliar per R$ 1.100 R$ 768 capita mensal

Taxa de Desemprego (%) 9,0 12,0

Domicílios com renda 7,5 14,1 per capita até R$140 (%)

Taxa de cobertura BF (%) 15,8 38,7

Frequência à creche (0 a 34,8 27,7 131 3 anos)

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

COHAMA

Unidades de Análise ‐ Cohama São Luís 2010 • Em Cohama grande parte dos domicílios não é atendida pelos Quantidade de 40497 1012856 moradores serviços de esgoto e de abastecimento de água. A renda da região é a segunda maior entre as 29 unidades de análise. Quantidade de Jovens 13685 211649

Moradores com acesso à 53,7 45,3 rede de esgoto

Moradores com 69,1 76,5 abastecimento de água

Domicílios com lixo 98,8 91,2 + coletado

Renda Domiciliar per R$ 1.822 R$ 768 capita mensal

Taxa de Desemprego (%) 6,7 12,0

Domicílios com renda 10,0 14,1 per capita até R$140 (%)

Taxa de cobertura BF (%) 42,1 38,7

Frequência à creche (0 a 33,8 27,7 132 3 anos)

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan VINHAIS

Unidades de Análise ‐ Vinhais São Luís 2010

Quantidade de • O foco de Vinhais deve ser universalizar a rede de esgoto nos 30274 1012856 moradores domicílios.

Quantidade de Jovens 10758 211649

Moradores com acesso à 72,4 45,3 rede de esgoto

Moradores com 89,8 76,5 abastecimento de água

Domicílios com lixo 93,3 91,2 + coletado

Renda Domiciliar per R$ 1.783 R$ 768 capita mensal

Taxa de Desemprego (%) 8,9 12,0

Domicílios com renda 6,5 14,1 per capita até R$140 (%)

Taxa de cobertura BF (%) 26,5 38,7

Frequência à creche (0 a 42,5 27,7 133 3 anos)

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

SÃO FRANCISCO

Unidades de Análise ‐ São São Luís 2010 Francisco

Quantidade de • A pobreza em São Francisco é preocupante, assim como o grau de 36404 1012856 moradores dependência do Bolsa Família.

Quantidade de Jovens 12999 211649

Moradores com acesso à 73,0 45,3 rede de esgoto

Moradores com 93,1 76,5 abastecimento de água

Domicílios com lixo 95,8 91,2 + coletado

Renda Domiciliar per R$ 946 R$ 768 capita mensal

Taxa de Desemprego (%) 13,1 12,0

Domicílios com renda 22,5 14,1 per capita até R$140 (%)

Taxa de cobertura BF (%) 30,3 38,7

Frequência à creche (0 a 29,6 27,7 134 3 anos)

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan LITORAL

Unidades de Análise ‐ Litoral São Luís 2010 • O Litoral é a região mais rica da cidade. O índices de desemprego Quantidade de 33573 1012856 moradores (5,5%) é um dos mais baixos da capital. É necessário ampliar o acesso à rede de esgoto e o abastecimento de água. Quantidade de Jovens 10871 211649

Moradores com acesso à 65,2 45,3 rede de esgoto

Moradores com 74,0 76,5 abastecimento de água

Domicílios com lixo 98,5 91,2 + coletado

Renda Domiciliar per R$ 4.038 R$ 768 capita mensal

Taxa de Desemprego (%) 5,5 12,0

Domicílios com renda 6,5 14,1 per capita até R$140 (%)

Taxa de cobertura BF (%) 15,1 38,7

Frequência à creche (0 a 34,6 27,7 135 3 anos)

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

TURU

Unidades de Análise ‐ Turu São Luís 2010 • Turu é uma das regiões mais pobres da capital, vizinho à região Quantidade de 37536 1012856 moradores mais rica. As redes de esgoto e de abastecimento de água são precárias. A pobreza é elevada. Quantidade de Jovens 13921 211649

Moradores com acesso à 21,2 45,3 rede de esgoto

Moradores com 28,8 76,5 abastecimento de água

Domicílios com lixo 98,9 91,2 + coletado

Renda Domiciliar per R$ 490 R$ 768 capita mensal

Taxa de Desemprego (%) 12,0 12,0

Domicílios com renda 22,4 14,1 per capita até R$140 (%)

Taxa de cobertura BF (%) 44,1 38,7

Frequência à creche (0 a 23,0 27,7 136 3 anos)

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan ITAPIRACÓ

Unidades de Análise ‐ Itapiracó São Luís 2010 • Itapiracó precisa ampliar o saneamento (água e esgoto). De modo Quantidade de 30547 1012856 moradores geral, a região apresenta indicadores melhores que a média da cidade. Quantidade de Jovens 10512 211649

Moradores com acesso à 54,4 45,3 rede de esgoto

Moradores com 55,5 76,5 abastecimento de água

Domicílios com lixo 96,1 91,2 + coletado

Renda Domiciliar per R$ 1.068 R$ 768 capita mensal

Taxa de Desemprego (%) 8,4 12,0

Domicílios com renda 10,5 14,1 per capita até R$140 (%)

Taxa de cobertura BF (%) 29,8 38,7

Frequência à creche (0 a 31,2 27,7 137 3 anos)

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

COHATRAC

Unidades de Análise ‐ Cohatrac São Luís 2010 • Cohatrac abriga 3% da população de São Luís e registra todos os Quantidade de 30950 1012856 moradores indicadores melhores do que a média da cidade. A geração de renda deve ser o foco da região. Quantidade de Jovens 11645 211649

Moradores com acesso à 92,2 45,3 rede de esgoto

Moradores com 96,9 76,5 abastecimento de água

Domicílios com lixo 99,6 91,2 + coletado

Renda Domiciliar per R$ 1.140 R$ 768 capita mensal

Taxa de Desemprego (%) 8,5 12,0

Domicílios com renda 4,1 14,1 per capita até R$140 (%)

Taxa de cobertura BF (%) ‐ 38,7

Frequência à creche (0 a 27,4 27,7 138 3 anos)

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan COHAB

Unidades de Análise ‐ Cohab São Luís 2010

Quantidade de • Cohab necessita de investimentos em saneamento. Além disso é 32783 1012856 moradores fundamental uma estratégia de geração de trabalho e renda. Quantidade de Jovens 11092 211649

Moradores com acesso à 60,1 45,3 rede de esgoto

Moradores com 84,6 76,5 abastecimento de água

Domicílios com lixo 97,7 91,2 + coletado

Renda Domiciliar per R$ 697 R$ 768 capita mensal

Taxa de Desemprego (%) 12,9 12,0

Domicílios com renda 10,9 14,1 per capita até R$140 (%)

Taxa de cobertura BF (%) 22,1 38,7

Frequência à creche (0 a 19,3 27,7 139 3 anos)

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

SÃO CRISTOVÃO

Unidades de Análise ‐ São São Luís 2010 Cristovão • A rede de esgoto é praticamente inexistente. Além disso, o Quantidade de 36104 1012856 moradores desemprego é alto, a renda é menor que a média da capital e a taxa de cobertura do Bolsa Família é superior a 40%. Quantidade de Jovens 13525 211649

Moradores com acesso à 16,1 45,3 rede de esgoto

Moradores com 91,8 76,5 abastecimento de água

Domicílios com lixo 97,4 91,2 + coletado

Renda Domiciliar per R$ 631 R$ 768 capita mensal

Taxa de Desemprego (%) 12,3 12,0

Domicílios com renda 11,2 14,1 per capita até R$140 (%)

Taxa de cobertura BF (%) 42,7 38,7

Frequência à creche 26,7 27,7 140 (0 a 3 anos)

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan SANTO ANTÔNIO

Unidades de Análise ‐ Santo São Luís 2010 Antônio

Quantidade de • Santo Antônio abriga 2,93% da população de São Luís e apresenta 29712 1012856 moradores indicadores de esgoto e pobreza preocupantes.

Quantidade de Jovens 10818 211649

Moradores com acesso à 32,3 45,3 rede de esgoto

Moradores com 90,7 76,5 abastecimento de água

Domicílios com lixo 92,8 91,2 + coletado

Renda Domiciliar per R$ 546 R$ 768 capita mensal

Taxa de Desemprego (%) 12,9 12,0

Domicílios com renda 20,9 14,1 per capita até R$140 (%)

Taxa de cobertura BF (%) 39,6 38,7

Frequência à creche 27,5 27,7 141 (0 a 3 anos)

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

SACAVEM

Unidades de Análise ‐ Sacavem São Luís 2010

Quantidade de • Em Sacavem é necessário aumentar a cobertura de água e esgoto, 31807 1012856 moradores além de reduzir a pobreza e a dependência do Bolsa Família.

Quantidade de Jovens 11188 211649

Moradores com acesso à 62,6 45,3 rede de esgoto

Moradores com 73,7 76,5 abastecimento de água

Domicílios com lixo 92,7 91,2 + coletado

Renda Domiciliar per R$ 390 R$ 768 capita mensal

Taxa de Desemprego (%) 10,6 12,0

Domicílios com renda 19,4 14,1 per capita até R$140 (%)

Taxa de cobertura 45,2 38,7 BF (%)

Frequência à creche 24,7 27,7 142 (0 a 3 anos)

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan COROADINHO

Unidades de Análise ‐ Coroadi‐ São Luís 2010 nho • O Coroadinho é a terceira região mais pobre da cidade. O desemprego é elevado, enquanto a renda é quase a metade da Quantidade de 32919 1012856 moradores média da capital. Além disso, tanto a rede de esgoto quanto o

Quantidade de Jovens 12006 211649 abastecimento de água precisam ser ampliados.

Moradores com acesso à 46,2 45,3 rede de esgoto

Moradores com 49,2 76,5 abastecimento de água

Domicílios com lixo 93,5 91,2 + coletado

Renda Domiciliar per R$ 389 R$ 768 capita mensal

Taxa de Desemprego (%) 15,2 12,0

Domicílios com renda 25,6 14,1 per capita até R$140 (%)

Taxa de cobertura BF (%) 44,8 38,7

Frequência à creche 25,9 27,7 143 (0 a 3 anos)

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

VILA EMBRATEL

Unidades de Análise ‐ Vila São Luís 2010 Embratel • Vila Embratel não possui rede de esgoto. Os demais serviços de Quantidade de 45130 1012856 moradores saneamento –água e coleta de lixo –precisam aumentar. A taxa de desemprego é superior à média, assim como a pobreza. Quantidade de Jovens 16271 211649

Moradores com acesso à 6,9 45,3 rede de esgoto

Moradores com 61,6 76,5 abastecimento de água

Domicílios com lixo 87,1 91,2 + coletado

Renda Domiciliar per R$ 348 R$ 768 capita mensal

Taxa de Desemprego (%) 13,7 12,0

Domicílios com renda 21,5 14,1 per capita até R$140 (%)

Taxa de cobertura BF (%) 39,6 38,7

Frequência à creche (0 a 29,0 27,7 144 3 anos)

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan MAURO FECURY

Unidades de Análise ‐ Mauro São Luís 2010 Fecury • Assim como Vila Embratel, a rede de esgoto é inexistente em

Quantidade de Mauro Fecury, e o abastecimento de água precisa de melhoras. O 33676 1012856 moradores desemprego é 3 p.p acima da média. A pobreza atinge ¼ da

Quantidade de Jovens 12417 211649 população.

Moradores com acesso à 7,6 45,3 rede de esgoto

Moradores com 77,8 76,5 abastecimento de água

Domicílios com lixo 91,6 91,2 + coletado

Renda Domiciliar per R$ 314 R$ 768 capita mensal

Taxa de Desemprego (%) 16,2 12,0

Domicílios com renda 24,6 14,1 per capita até R$140 (%)

Taxa de cobertura BF (%) 34,3 38,7

Frequência à creche 29,0 27,7 145 (0 a 3 anos)

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

ANJO DA GUARDA

Unidades de Análise ‐ Anjo da São Luís 2010 Guarda

Quantidade de • Anjo da Guarda precisa investir na geração de renda e redução da 36257 1012856 moradores pobreza.Tambémé essencial ampliar a rede de esgoto na região.

Quantidade de Jovens 12581 211649

Moradores com acesso à 26,1 45,3 rede de esgoto

Moradores com 92,7 76,5 abastecimento de água

Domicílios com lixo 94,6 91,2 + coletado

Renda Domiciliar per R$ 433 R$ 768 capita mensal

Taxa de Desemprego (%) 15,3 12,0

Domicílios com renda 17,6 14,1 per capita até R$140 (%)

Taxa de cobertura BF (%) 38,3 38,7

Frequência à creche 23,1 27,7 146 (0 a 3 anos)

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan MARACANÃ

Unidades de Análise ‐ Maracanã São Luís 2010 • Maracanã é uma região marcada pela pobreza e pela falta de Quantidade de 37344 1012856 moradores saneamento, apesar de abrigar 3,7% da população. Quase metade da população é dependente do Bolsa Família. Quantidade de Jovens 13690 211649

Moradores com acesso 2,0 45,3 à rede de esgoto

Moradores com 39,6 76,5 abastecimento de água

Domicílios com lixo 55,9 91,2 + coletado

Renda Domiciliar per R$ 281 R$ 768 capita mensal

Taxa de Desemprego 17,0 12,0 (%) Domicílios com renda per capita até R$140 32,1 14,1 (%) Taxa de cobertura BF 49,5 38,7 (%)

Frequência à creche (0 17,9 27,7 147 a 3 anos)

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

TIBIRI

Unidades de Análise ‐ Tibiri São Luís 2010

Quantidade de • Região mais pobre da cidade, Tibiri abriga 3,4% da população e 34463 1012856 moradores carece de serviços de saneamento.

Quantidade de Jovens 11906 211649

Moradores com acesso à 2,1 45,3 rede de esgoto

Moradores com 49,2 76,5 abastecimento de água

Domicílios com lixo 36,3 91,2 + coletado

Renda Domiciliar per R$ 235 R$ 768 capita mensal

Taxa de Desemprego (%) 13,7 12,0

Domicílios com renda 41,5 14,1 per capita até R$140 (%)

Taxa de cobertura BF (%) 36,8 38,7

Frequência à creche 23,0 27,7 148 (0 a 3 anos)

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan SÃO RAIMUNDO

Unidades de Análise ‐ São São Luís 2010 Raimundo • São Raimundo precisa de investimentos em saneamento,

Quantidade de especialmente esgoto e abastecimento de água. Além disso, é 31072 1012856 moradores essencial criar empregos para aumentar a renda da população,

Quantidade de Jovens 10788 211649 reduzindo a pobreza da região.

Moradores com acesso 2,1 45,3 à rede de esgoto

Moradores com 62,2 76,5 abastecimento de água

Domicílios com lixo 85,1 91,2 + coletado

Renda Domiciliar per R$ 367 R$ 768 capita mensal

Taxa de Desemprego 16,3 12,0 (%)

Domicílios com renda 22,8 14,1 per capita até R$140 (%)

Taxa de cobertura BF 53,1 38,7 (%)

Frequência à creche (0 a 29,3 27,7 149 3 anos)

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

TIRIRICAL

Unidades de Análise ‐ Tirirical São Luís 2010 • Tirirical sofre as mesmas mazelas de São Raimundo: precisa de Quantidade de 30275 1012856 moradores investimentos nos serviços de saneamento, além de elevado desemprego e nível de pobreza. Quantidade de Jovens 11090 211649

Moradores com acesso 20,7 45,3 à rede de esgoto

Moradores com 66,5 76,5 abastecimento de água

Domicílios com lixo 88,2 91,2 + coletado

Renda Domiciliar per R$ 511 R$ 768 capita mensal

Taxa de Desemprego 17,3 12,0 (%)

Domicílios com renda 19,3 14,1 per capita até R$140 (%)

Taxa de cobertura BF 40,9 38,7 (%)

Frequência à creche 27,8 27,7 150 (0 a 3 anos)

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan CIDADE OPERÁRIA

Unidades de Análise ‐ Cidade São Luís 2010 Operária • A Cidade Operária tem alta dependência do Bolsa Família, Quantidade de 39033 1012856 moradores desemprego e renda inferiores à média de São Luís e melhores índices de acesso à saneamento. Quantidade de Jovens 14932 211649

Moradores com acesso 97,5 45,3 à rede de esgoto

Moradores com 97,7 76,5 abastecimento de água

Domicílios com lixo 99,4 91,2 + coletado

Renda Domiciliar per R$ 603 R$ 768 capita mensal

Taxa de Desemprego 13,7 12,0 (%)

Domicílios com renda 11,6 14,1 per capita até R$140 (%)

Taxa de cobertura BF 47,4 38,7 (%)

Frequência à creche 31,9 27,7 151 (0 a 3 anos)

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

JARDIM AMÉRICA

Unidades de Análise ‐ Jardim São Luís 2010 América

Quantidade de • Jardim América precisa de investimentos em saneamento (esgoto 38599 1012856 moradores e água) e geração de renda.

Quantidade de Jovens 14702 211649

Moradores com acesso 24,6 45,3 à rede de esgoto

Moradores com 74,2 76,5 abastecimento de água

Domicílios com lixo 95,3 91,2 + coletado

Renda Domiciliar per R$ 442 R$ 768 capita mensal

Taxa de Desemprego 12,5 12,0 (%)

Domicílios com renda 16,7 14,1 per capita até R$140 (%)

Taxa de cobertura BF 33,2 38,7 (%)

Frequência à creche 31,3 27,7 152 (0 a 3 anos)

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan CIDADE OLÍMPICA

Unidades de Análise ‐ Cidade São Luís 2010 Olímpica • Cidade Olímpica deve receber ações de ampliação do

Quantidade de abastecimento de água e instalação da rede de esgoto. Também é 35878 1012856 moradores importante atuar na geração de renda para reduzir a pobreza da

Quantidade de Jovens 11909 211649 região.

Moradores com acesso 2,7 45,3 à rede de esgoto

Moradores com 42,0 76,5 abastecimento de água

Domicílios com lixo 69,5 91,2 + coletado

Renda Domiciliar per R$ 333 R$ 768 capita mensal

Taxa de Desemprego 11,3 12,0 (%)

Domicílios com renda 23,5 14,1 per capita até R$140 (%)

Taxa de cobertura BF 57,7 38,7 (%)

Frequência à creche 28,0 27,7 153 (0 a 3 anos)

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

EQUIPE TÉCNICA

EQUIPE PREFEITURA SÃO LUÍS

Rodrigo Marques | Secretario de Governo José Cursino Raposo Moreira | Secretario de Planejamento e Desenvolvimento

Maristela Silva Araujo | SEPLAN Danielle Christine B. Nogueira | SEPLAN

Janikele Galvão Ferreira | SEPLAN Laura Carneiro | SEPLAN

Danilo José Menezes Pereira | SEPLAN Hélio Maia | SEPLAN

Claudio Antonio Cutrim Raposo | SEPLAN Maria Eugenia| SEPLAN

Antonio Augusto Ribeiro Brandão | SEPLAN Artur Thiago | SEMGOV

Raimundo Nonato Fernandes Silva | SEPLAN Fernando Cardoso | SEMGOV

Eduardo Cássio Beckman Gomes | SEPLAN José Marcelo do Espirito Santo |Presidente INCID

José Alberto M. Rego | SEPLAN Érica G. Ramos Barbosa | INCID

Patrícia Vieira Trinta | INCID

DIRETOR DO PROJETO EQUIPE TÉCNICA DESIGN

Gustavo Morelli Adriana Fontes | Coordenadora Mariana Bahiense Pedro Lipkin Luiza Raj GERENTE DO PROJETO Helena Aslan Leonardo Cassol Thayse Silva Thomas Freier

DESENVOLVIMENTO URBANO

CARACTERÍSTICAS DOS DOMICÍLIOS SÃO LUÍS

A POPULAÇÃO DE SÃO LUÍS VIVE, MAJORITARIAMENTE, EM CASAS (85%), INFERIOR APENAS AO PERCENTUAL DE TERESINA (90,5%). EM 83% DOS DOMICÍLIOS, OREVESTIMENTOÉDEALVENARIA

Tipo de moradia Tipo de revestimento

2% 1% 2%

10% 14% 3%

85% 83%

Casa Alvenaria com revestimento Casa de vila/ condomínio Alvenaria sem revestimento Apartamento Outro material Habitação em casa de cômodos e cortiços Taipa não revestida 2

Fonte: IBGE –Censo 2010 DENSIDADE DE MORADORES POR CÔMODO REFERENCIAL COMPARATIVO

SÃO LUÍS APRESENTA DOMICÍLIOS COM CÔMODOS MAIS DENSOS QUE O PERFIL BRASILEIRO

São Luís Brasil

3% 1% 14% 9% 37% 48% 42% 46%

Até 0,5 morador Até 0,5 morador De 0,5 a 1 morador De 0,5 a 1 morador De 1 a 2 moradores De 1 a 2 moradores Mais de 2 moradores Mais de 2 moradores 3 Nota: É a razão entre o total de moradores do domicílio e o número de cômodos do mesmo, menos o número de banheiros e menos um destinado à cozinha. Fonte: IBGE –Censo 2010

FROTA DE VEÍCULOS AUTOMOTORES SÃO LUÍS

A FROTA DE SÃO LUÍS CRESCEU 186% EM DEZ ANOS, COM AUMENTO REPRESENTATIVO NA PARCELA DE MOTOCICLETAS, BEM COMO DIMINUIÇÃO NO VOLUME DE CAMINHÕES E AUTOMÓVEIS

2002 2012 0,5% 0,8% 2,3% 0,0% 1,4% 1,4%

0,6% 14,1% 27,6% 5,1%

3,2% 65,1% 77,3% 0,5%

Automóvel Caminhão Micro‐ônibus Motocicleta Automóvel Caminhão Micro‐ônibus Motocicleta Ônibus Reboque Utilitário Ônibus Reboque Utilitário 4

Fonte: DENATRAN ÓBITOS EM ACIDENTES DE TRÂNSITO SÃO LUÍS

295 297 281

242 220 210 188 185 191 156

109

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

5 Nota: Total do número de óbitos causados por acidentes de trânsito. Inclui pedestres, ciclistas, motociclista ou ocupante de automóvel, ônibus ou veículo de carga por 100 mil habitantes. Fonte: IBGE

ÓBITOS EM ACIDENTES DE TRÂNSITO REFERENCIAL COMPARATIVO

SÃO LUÍS APARECE NUMA POSIÇÃO INTERMEDIÁRIA EM RELAÇÃO ÀS DEMAIS CAPITAIS NESTE ÍNDICE, PORÉM APRESENTOU O MAIOR AUMENTO NO NÚMERO DE ÓBITOS NO PERÍODO. NATAL FOI A ÚNICA CIDADE COM REDUÇÃO NESTE INDICADOR

700 172,5% 200,0% 600 150,0% Variação trânsito 500 de 100,0% 400 109,4% 74,8%

58,5% 2000 659 44,9% 300 594 Acidente 50,0%

‐ 467 2010 200 36,2% 0,4% 28,7% 297 278 245 ‐29,0% 0,0% 100 226 195

Òbitos em 110 0 ‐50,0% Recife Fortaleza Teresina São Luís Aracaju Maceió João Salvador Natal Pessoa

Resultado em 2010 Variação entre 2000 e 2010

6 Nota: Óbitos por 100 mil habitantes. Total do número de óbitos causados por acidentes de trânsito. Inclui pedestres, ciclistas, motociclista ou ocupante de automóvel, ônibus ou veículo de carga. Fonte: IBGE ATENDIMENTO DA REDE DE ÁGUA EVOLUÇÃO

A POPULAÇÃO ATENDIDA PELA REDE DE ÁGUA EM SÃO LUÍS APRESENTOU MELHORA ENTRE 2000 E 2005, PORÉM EM 2010 REGREDIU À NÍVEIS INFERIORES AO ENCONTRADO EM 2000. A CAPITAL POSSUI UMA TAXA DE ATENDIMENTO POUCO ACIMA DA MÉDIA NACIONAL (81%)

100%

87,6%

83,40%

2000 2005 2010

7

Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento ‐ SNIS

ATENDIMENTO DA REDE DE ÁGUA REFERENCIAL COMPARATIVO

SÃO LUÍS E RECIFE APRESENTAM A PIOR COBERTURA POPULACIONAL NO ATENDIMENTO DA REDE DE ÁGUA. ENTRE 2000 E 2010, MACEIÓ E ARACAJU FORAM AS ÚNICAS CAPITAIS DO NE COM MELHORA NO ÍNDICE

23,86% 4,22%

81,10%

92,20% 92,40% 99,00% 82,90% 83,40% 87,10% 87,10% 89,50% 89,70%

Recife São Luís Fortaleza Maceió João Pessoa Natal Salvador Teresina Aracaju ‐8,64% ‐4,20% ‐1,75% ‐1,96% ‐10,30% ‐2,08% ‐1,60%

Variação entre 2000 e 2010 (p.p.) Resultados em 2010 Brasil

8

Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento ‐ SNIS ESGOTAMENTO DE BANHEIROS REFERENCIAL COMPARATIVO

APENAS METADE DOS LOGRADOUROS POSSUEM REDE GERAL DE ESGOTO NOS BANHEIROS. SALVADOR APRESENTOU O MELHOR RESULTADO NESTE INDICADOR (92%)

São Luís Salvador

2% 6% 27%

51%

22% 92%

Tinham banheiro ‐ rede geral de esgoto ou pluvial Tinham banheiro ‐ rede geral de esgoto ou pluvial Tinham banheiro ‐ fossa séptica Tinham banheiro ‐ fossa séptica Tinham banheiro ‐ outro escoadouro Tinham banheiro ‐ outro escoadouro 9

Fonte: IBGE

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO TAXA DE DESEMPREGO EVOLUÇÃO

OS ÍNDICES DE DESEMPREGO DA CAPITAL PERMANECEM EM NÍVEIS ELEVADOS EM RELAÇÃO À MÉDIA BRASILEIRA, PORÉM COM DIMINUIÇÃO NA ÚLTIMA DÉCADA.

21,5%

11,9% 14,67% 9,4%

7,42% 4,90%

1991 2000 2010 São Luís Brasil

11 Nota: Cálculo que leva em conta a população economicamente ativa desocupada em relação à população economicamente ativa. Fonte: IBGE

PESSOAL OCUPADO POR SETOR REFERENCIAL COMPARATIVO

OS SETORES QUE MAIS EMPREGAM PESSOAS NA CIDADE SÃO O COMÉRCIO E A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. NO BRASIL, AMAIORREPRESENTATIVIDADEÉADOCOMÉRCIO, SEGUIDO DAS INDÚSTRIAS DA TRANSFORMAÇÃO

São Luís Brasil

3,4% 17% 24,7% 14,0% 26% 6% 17,4% 5% 14,7% 22% 8,9% 15% 16,9% 9%

Indústrias de transformação Construção Indústrias de transformação Construção Comércio Atividades administrativas Comércio Atividades administrativas Administração pública Educação Administração pública Educação Outros Outros 12

Fonte: IBGE RENDA DO TRABALHO EVOLUÇÃO

O RENDIMENTO MÉDIO DE TODOS OS TRABALHOS EM SÃO LUÍS CRESCEU 122% NA ÚLTIMA DÉCADA, ENQUANTONORESTODOPAÍSFOIDE83%

R$ 1.256,00

R$ 686,40 R$ 1.369,25

R$ 616,35

2000 2010 São Luís Brasil 13 Nota: Valor do rendimento médio mensal de todos os trabalhos das pessoas de 10 anos ou mais de idade ocupadas Fonte: Censo Demográfico/IBGE

RENDA DO TRABALHO REFERENCIAL COMPARATIVO

SÃO LUÍS POSSUI A QUARTA MENOR RENDA DAS CAPITAIS DO NE E OBTEVE O MAIOR CRESCIMENTO NO PERÍODO

2000 180% 155% 1800 160% 1600 133% 122% 140% 1400 118% R$1.256

trabalhos 120%

os

1200 Variação 100% 1000 101% todos 99% 100% 96% 95% 80% de

R$1.729 800 R$1.577 R$1.460 R$1.471 R$1.570 R$1.328 R$1.335 R$1.369 60% 600 R$1.243

400 40% Rendimento 200 20%

0 0% Teresina Fortaleza Maceió São Luís Natal Salvador João Aracaju Recife Pessoa Resultados em 2010 Variação entre 2000 e 2010 14 Nota: Valor do rendimento médio mensal de todos os trabalhos das pessoas de 10 anos ou mais de idade ocupadas Fonte: Censo Demográfico/IBGE ABERTURA DE EMPRESAS

A ABERTURA DE EMPRESAS ENTRE 2006 E 2011 CRESCEU 22% EM SÃO LUÍS, ENQUANTO NAS DEMAIS CAPITAIS DO NE OCRESCIMENTOFOIDE14%

Distribuição de Empresas pelo Ano de Fundação

20,0% 18,0% 16,0% 14,0% 12,0% 10,0% 8,0% 6,0% 4,0% 2,0% 0,0% Até 1966 1967 a 1971 a 1981 a 1991 a 1996 a 2001 a 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 1970 1980 1990 1995 2000 2003

São Luís ‐ MA Capitais NE sem SLZ 15

Fonte: Cadastro Central de Empresas/IBGE

MOVIMENTO DE PASSAGEIROS

SÃO LUÍS APRESENTA BAIXO MOVIMENTO ANUAL DE PASSAGEIROS EM SEU AEROPORTO INTERNACIONAL, APESAR DO CRESCIMENTO NOS ÚLTIMOS ANOS.

Movimento Anual de Passageiros (Embarques e Desembarques)

10.000.000 9.000.000 8.000.000 7.000.000 6.000.000 5.000.000 4.000.000 3.000.000 2.000.000 1.000.000 ‐ Teresina João Aracaju Maceió São Luís Natal Fortaleza Recife Salvador Pessoa

2008 2009 2010 2011 2012 16 Fonte: TURISMO ‐ HOSPEDAGEM

OS ESTABELECIMENTOS DE HOSPEDAGEM EM SÃO LUÍS APRESENTAM CAPACIDADE MÉDIA COMPATÍVEL COM O RESTANTE DAS CAPITAIS, MAS A CAPACIDADE TOTAL É BEM INFERIOR ÀS PRINCIPAIS CAPITAIS TURÍSTICAS.

40000 400 Número

35000 350

de

30000 300 Estabelecimentos

25000 250 Hóspedes

de 20000 200 Total

15000 150 e

Capacidade

10000 100 Capacidade

5000 50 Média

0 0 Teresina ‐ PI João Pessoa Aracaju ‐ SE São Luís ‐ Maceió ‐ AL Recife ‐ PE Fortaleza ‐ Natal ‐ RN Salvador ‐ ‐ PB MA CE BA Capacidade total de hóspedes (Pessoas) Número de estabelecimentos de hospedagem (Unidades) Capacidade Média por Estabelecimento

17

Fonte: Pesquisa de Serviços de Hospedagem 2011/IBGE

DESENVOLVIMENTO HUMANO E DESIGUALDADE SÃO LUÍS

EM 2000, SÃO LUÍS FIGURAVA NA 1109º POSIÇÃO DENTRE OS MUNICÍPIOS BRASILEIROS – ATRÁS DE FORTALEZA, RECIFE, NATAL E SALVADOR. APRESENTOU MELHORA NA DESIGUALDADE DE RENDA, PORÉM AQUÉM DOS NÍVEIS ENCONTRADOS EM1991 EDAMÉDIA NACIONAL (0,608)

Índice de Desenvolvimento Humano Índice de GINI 0,655 0,778

0,627 0,623 0,721

1991 2000 1991 2000 2010 18 Nota: Não há dados municipais do IHD posteriores à 2000. O novo Atlas do Desenvolvimento Humano será publicado em 2013 Fonte: PNUD ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO REFERENCIAL COMPARATIVO

SÃO LUÍS APRESENTOU CRESCIMENTO MEDIANO NO IDH ENTRE AS CAPITAIS DO NE

5,4% 6,0% 5,7% 6,4% 6,9% 5,5% 5,7% 5,3%

5,2%

0,797 0,805 0,783 0,786 0,788 0,794 0,766 0,778 0,739

Maceió Teresina São Luís João Pessoa Fortaleza Natal Aracaju Recife Salvador

Variação entre 1991 e 2000 Resultados em 2000 19 Nota: Não há dados municipais do IHD posteriores à 2000. O novo Atlas do Desenvolvimento Humano será publicado em 2013 Fonte: PNUD

ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCAL EVOLUÇÃO

HOUVE REDUÇÃO NO DESEMPENHO DA GESTÃO FISCAL DO MUNICÍPIO ENTRE 2006 E 2010, COM PERDA DE 18 POSIÇÕES NO RANKING ENTRE 100 CIDADES BRASILEIRAS

• Considerada ferramenta de accoutability, auxilia no diagnóstico sobre a situação dos 0,5926 municípios brasileiros no que se 0,4924 refere à arrecadação e gestão dos gastos municipais

• Possui variação de 0 a 1, sendo 1 resultante da obtenção de nota máxima nos critérios analisados

2006 2010 • Contempla 5 subindicadores

Nota: Ranking dos 100 maiores municípios brasileiros. Avaliação da gestão fiscal dos municípios brasileiros em 5 20 dimensões: Receita Própria, Investimento, Gastos com Pessoal, Liquidez e Custo da Dívida. Fonte: FIRJAN ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCAL REFERENCIAL COMPARATIVO

SÃO LUÍS TEM O TERCEIRO PIOR ÍNDICE CONSOLIDADO E POSIÇÃO INTERMEDIÁRIA NO COMPONENTE DE RECEITA PRÓPRIA

IFGF Consolidado 25,5% 11,5% 3,0% 2,2% 4,1% 0,629 0,650 0,677 0,712 0,452 0,485 0,492 0,597 0,604

Natal Salvador São Luís Maceió João Pessoa Aracaju Fortaleza Teresina Recife ‐3,3% ‐16,9% ‐13,7% ‐37,9%

Receita Própria 43,9% 20,6% 0,6% 2,4% 9,8% 6,5% 2,9%

0,904 0,922 0,706 0,755 0,554 0,652 0,671 0,675 0,697

Teresina João Pessoa Maceió São Luís Aracaju Fortaleza Natal Recife Salvador ‐1,9% ‐12,4% 21

Fonte: FIRJAN Variação entre 2006 e 2010 Resultados em 2010

ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCAL REFERENCIAL COMPARATIVO

OS GASTOS COM PESSOAL DO MUNICÍPIO APRESENTAM OS PIORES RESULTADOS DO COMPARATIVO, COM A MAIOR VARIAÇÃO NEGATIVA NO PERÍODO. ENTRETANTO, NOS INVESTIMENTOS, SÃO LUÍS POSSUI O MELHOR DESEMPENHO, COM FORTE EVOLUÇÃO ENTRE 2006 E 2010

4,7% Gastos com Pessoal 2,6%

0,798 0,601 0,611 0,644 0,684 0,416 0,428 0,496 0,561

São Luís Natal Aracaju Fortaleza João Pessoa Recife Teresina Maceió Salvador ‐9,6% ‐24,0% ‐21,7% ‐3,4% ‐12,2% ‐34,2% ‐50,7%

Investimentos 173,7%

89,5% 51,0% 28,90% 30,30% 19,9% 0,739 0,253 0,272 0,277 0,379 0,379 0,502 0,514 0,605 Natal Maceió Salvador Aracaju Recife Teresina Fortaleza João Pessoa São Luís ‐56,6% ‐53,3% ‐19,5% Variação entre 2006 e 2010 Resultados em 2010 22 Fonte: FIRJAN ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCAL REFERENCIAL COMPARATIVO

SÃO LUÍS POSSUI O PIOR RESULTADO NA PROPORÇÃO DE RESTOS A PAGAR, COM FORTE VARIAÇÃO NEGATIVA NO PERÍODO. OS ENCARGOS DA DÍVIDA EM RELAÇÃO À RECEITA, ENTRETANTO, COLOCAM O MUNICÍPIO EM QUARTO LUGAR

70,70% Liquidez 23,3% 9,30% 11,1% 4,1%

0,845 0,898 0,921 0,009 0,518 0,762 0,770 0,190 São Luís Natal João Pessoa Maceió Fortaleza Aracaju Teresina Recife ‐21,4% ‐78,9% ‐98,3%

Custo da Dívida 104,9% 62,3% 34,0% 22,5%

0,691 0,756 0,782 0,788 0,847 0,859 0,931 0,352 0,593 Salvador Maceió João Pessoa Fortaleza Recife São Luís Aracaju Natal Teresina ‐1,4% ‐5,3% ‐2,9% ‐3,1% ‐2,2% 23 Fonte: FIRJAN Variação entre 2006 e 2010 Resultados em 2010 Nota: não há dados sobre Salvador no indicador de Liquidez

GESTÃO FISCAL INDICADOR ESTUDADO

ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCAL

• AVALIAÇÃO DA GESTÃO FISCAL DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS* EM 5 PERSPECTIVAS:

• RECEITA PRÓPRIA: CAPACIDADE DE ARRECADAÇÃO DE TRIBUTOS DESCONTADAS AS TRANSFERÊNCIAS INTERGOVERNAMENTAIS

• INVESTIMENTO: PERCENTUAL INVESTIDO PELO MUNICÍPIO EM RELAÇÃO À RECEITA CORRENTE LÍQUIDA (RCL)

• GASTOS COM PESSOAL: PARCELA DOS GASTOS COM SALÁRIO E APOSENTADORIA EM RELAÇÃO À RCL

• LIQUIDEZ : PROPORÇÃO DOS RESTOS A PAGAR EM RELAÇÃO AOS ATIVOS FINANCEIROS DO MUNICÍPIO

• CUSTO DA DÍVIDA: ENCARGOS DA DÍVIDA EM RELAÇÃO À RECEITA LÍQUIDA REAL

• O ÍNDICE IFGF POSSUI VARIAÇÃO DE 0 A 1, SENDO 1 RESULTANTE DA OBTENÇÃO DE NOTA MÁXIMA NOS CRITÉRIOS ANALISADOS

• FONTE: FIRJAN, ANOS 2006 E 2010

• RELEVÂNCIA: CONSIDERADA FERRAMENTA DE ACCOUTABILITY , AUXILIA NO DIAGNÓSTICO SOBRE A SITUAÇÃO DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS NO QUE SE REFERE À ARRECADAÇÃO E GESTÃO DOS GASTOS MUNICIPAIS. O INDICADOR CONTEMPLA DIVERSAS PERSPECTIVAS DO ORÇAMENTO MUNICIPAL, AUXILIANDO NA ANÁLISE DE MÚLTIPLOS FATORES QUE INTERFEREM DA BOA GESTÃO DAS FINANÇAS LOCAIS

*Exceto Brasília ‐ DF 24 NOTA METODOLÓGICA CÁLCULO DO ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCAL

ÍNDICE GLOBAL*

PONDERAÇÃO DAS PERSPECTIVAS PELOS SEGUINTES PESOS: • RECEITA PRÓPRIA, GASTOS COM PESSOAL, INVESTIMENTOS E LIQUIDEZ: 22,5% • CUSTO DA DÍVIDA: 10%

IFGF –RECEITA PRÓPRIA (2010) IFGF –GASTOS COM PESSOAL (2010) IFGF –INVESTIMENTOS (2010)

Base de cálculo: Base de cálculo: Base de cálculo: Receita Própria/ Receita Corrente Líquida. Despesas com Pessoal/ Receita Corrente Líquida. Investimentos/ Receita Corrente Líquida. Critérios: Critérios: Critérios: • > 50%: IFGF = 1 • < 30%: IFGF = 1 • > 20%: IFGF = 1 • = 0:IFGF = 0 • > 60%: IFGF = 0 • = 0: IFGF = 0 • > 0% e < 50%: aplicação de ponderação • > 30% e < 60%: aplicação de ponderação • > 0% e < 20%: aplicação de ponderação

IFGF –LIQUIDEZ (2010) IFGF –CUSTO DA DÍVIDA (2010) CLASSIFICAÇÃO DOS RESULTADOS

• Conceito A (gestão de excelência): Base de cálculo: Base de cálculo: • nota > 0,8 e < 1 Restos a Pagar/ Ativos Financeiros Juros e Amortizações/ Receita Líquida Real • Conceito B (boa gestão fiscal): Critérios: Critérios: • nota > 0,6 e < 0,8 • = 0, IFGF = 1 • = 0 : IFGF = 1 • Conceito C (gestão em dificuldade): • > 1 : IFGF = 0 • > 13%, IFGF = 0 • nota > 0,4 e < 0,6 • > 0 e < 1 : aplicação de ponderação • > 0 e < 13% : aplicação de ponderação • Conceito D (gestão crítica): • nota < 0,4 25

*Exceto Brasília ‐ DF

ASPECTOS SOCIAIS TAXA DE ANALFABETISMO EVOLUÇÃO

SÃO LUÍS APRESENTOU REDUÇÃO DE 34% NA TAXA DE ANALFABETISMO DAS PESSOAS COM 10 ANOS OU MAIS NA ÚLTIMA DÉCADA. O MUNICÍPIO OBTEVE RESULTADOS MELHORES QUE A MÉDIA NACIONAL NO PERÍODO ANALISADO

90.000 16% 14,19% 80.000 14%

70.000 12% 9,77% 60.000 8,81% 10% 50.000 8% 40.000 76.628 5,79% 6% 30.000 58.734 20.000 4% 10.000 2% ‐ 0% 2000 2010 População Analfabeta Taxa de Analfabetismo São Luís Taxa de Analfabetismo Brasil 27

Fonte: IBGE

DISTORÇÃO IDADE‐SÉRIE EVOLUÇÃO

SÃO LUÍS APARECE, NO RESULTADO DE 2010, MELHOR QUE A MÉDIA BRASILEIRA, COM FORTE REDUÇÃO NO PERÍODO ANALISADO.

Anos Iniciais Anos Finais 18,50%

16,60% 29,60%

11,70% 30,10% 18,30% 11,50% 40,50% 14,20% 21,80% 12,80% 19,30% 24,30% 26,70%

2006 2008 2010 2006 2008 2010

Rede Municipal Brasil 2010 Todas as Redes Rede Municipal Brasil 2010 Todas as Redes

28 Nota: A partir da adequação teórica entre a série e a idade do aluno, o cálculo do percentual de alunos, em cada série, com idade superior à idade recomendada Fonte: Ministério da Educação DISTORÇÃO IDADE‐SÉRIE REFERENCIAL COMPARATIVO

A REDE MUNICIPAL DE SÃO LUÍSAPRESENTAMELHORESTAXASDEDISTORÇÃOEMCOMPARAÇÃOÀSDEMAIS CAPITAIS DO NE E ABAIXO DA MÉDIA BRASILEIRA

Anos Iniciais 1,0% 18,5% 30,1% 24,2% 22,9% 22,5% 20,6% 17,9% 14,4% 13,7% 11,5%

Salvador João Pessoa Fortaleza Maceió Aracaju Natal Recife Teresina São Luís ‐2,4% ‐6,5% ‐0,9% ‐7,8% ‐11,1% ‐3,8% ‐1,6% ‐5,1%

Anos Finais 36,2% 31,5%

2,2% 29,6% 41,5% 42,8% 36,2% 35,3% 34,4% 31,5% 31,0% 26,2% 21,8%

Salvador Maceió João Pessoa Natal Recife Aracaju Fortaleza Teresina São Luís ‐3,3% ‐11,8% ‐11,7% ‐7,2% ‐5,2% ‐8,3%

Variaçãoe ntre 2006 e 2010 (p.p.) Resultados em 2010 Brasil 29 Fonte: Ministério da Educação

REPROVAÇÃO REFERENCIAL COMPARATIVO

SÃO LUÍS SE MANTEVE COM A MENOR TAXA DE REPROVAÇÃO DENTRE AS CAPITAIS, NOS ANOS INICIAIS E FINAIS

Anos Iniciais 1,7% 0,1% 1,3% 7,20% 12,7% 12,7% 9,6% 9,6% 9,4% 8,0% 6,7% 6,6% 5,7%

Salvador Aracaju Natal João Pessoa Maceió Fortaleza Teresina Recife São Luís ‐0,8% ‐2,7% ‐2,3% ‐1,1% ‐1,3% ‐0,8%

Anos Finais 2,4% 3,9% 4,3% 0,4% 12,4% 26,9% 24,5% 20,0% 17,2% 15,7% 15,2% 13,5% 11,7% 9,8%

Recife Aracaju Maceió Teresina João Pessoa Fortaleza Salvador Natal São Luís ‐0,4% ‐4,3% ‐1,9% ‐1,7% ‐2,0%

Variação entre 2007 e 2011 Resultados em 2011 Brasil 30 Fonte: Ministério da Educação ABANDONO EVOLUÇÃO

HOUVE REDUÇÃO CONSIDERÁVEL NAS TAXAS DE ABANDONO DESDE 2007, CHEGANDO A RESULTADOS MAIS BAIXOS QUE A MÉDIA NACIONAL.

Anos Iniciais Anos Finais

3,3% 4,7% 4,2%

1,6% 3,6% 5,9% 1,8% 2,7% 2,1% 1,2% 3,2% 2,1% 1,5% 2,3%

2007 2009 2011 2007 2009 2011 Rede Municipal Brasil 2010 Todas as Redes Rede Municipal Brasil 2010 Todas as Redes

31 Nota: percentual de alunos que, numa dada série, deixam de frequentar a escola durante o ano letivo sobre o total matrículas. Fonte: Ministério da Educação

ABANDONO REFERENCIAL COMPARATIVO

SÃO LUÍS APARECE ENTRE AS CAPITAIS COM AS MENORES TAXAS DE ABANDONO ESCOLAR. O DESTAQUE É TERESINA, QUE APRESENTA AS TAXAS MAIS BAIXAS NOS DOIS GRUPOS DE ANÁLISE

Anos Iniciais

4,1% 3,6% 3,4% 2,9% 2,9% 2,6% 1,6% 1,2% 1,0% 0,8% João Pessoa Maceió Salvador Natal Aracaju Fortaleza São Luís Recife Teresina ‐2,2% ‐1,2% ‐2,3% ‐2,0% ‐2,1% ‐2,3% ‐2,3% ‐3,4% ‐3,7%

Anos Finais

14,2% 8,7% 4,2% 6,7% 6,5% 6,2% 6,1% 6,0% 2,1% 1,9% Maceió João Pessoa Aracaju Natal Salvador Recife Fortaleza São Luís Teresina ‐2,6% ‐2,7% ‐2,8% ‐1,4% ‐1,1% ‐1,0% ‐3,0% ‐4,3% ‐10,3%

Variação entre 2007 e 2011 (p.p.) Resultado em 2011 Brasil 32 Fonte: Ministério da Educação APRENDIZADO ADEQUADO (5ºANO) EVOLUÇÃO

A PORCENTAGEM DE ALUNOS COM APRENDIZADO ADEQUADO EM SÃO LUÍS FICOU ABAIXO DA MÉDIA BRASILEIRA, EVEMSE DISTANCIANDO DA MESMA NO PERÍODO ANALISADO. APENAS ¼ DOS ALUNOS DA CAPITAL MARANHENSE POSSUEM CONHECIMENTOS ADEQUADOS PARA A SÉRIE EM PORTUGUÊS, COM RESULTADOS MENOS SATISFATÓRIOS EM MATEMÁTICA

Matemática Português 37% 33% 30% 32%

25% 25% 22% 23% 23% 17% 14% 15%

2007 2009 2011 2007 2009 2011

São Luís Brasil São Luís Brasil 33

Fonte: Ministério da Educação

APRENDIZADO ADEQUADO (5ºANO) REFERENCIAL COMPARATIVO

EMPORTUGUÊS, A CAPITAL APRESENTOU RESULTADO INTERMEDIÁRIO NO COMPARATIVO. O PONTO DE ATENÇÃO É EM MATEMÁTICA, NA QUAL FICA ATRÁS SOMENTE DE MACEIÓ, COM PEQUENA DIFERENÇA EM RELAÇÃO À MESMA

Português 17% 14% 12% 12% 9% 6% 6% 2% 37% 4% 39% 28% 31% 33% 18% 23% 24% 24% 25%

Maceió Aracaju Natal Recife São Luís Salvador Fortaleza João Pessoa Teresina

Matemática 17%

11% 8% 8% 8% 33% 5% 3% 1% 4% 33% 23% 24% 14% 15% 16% 17% 18% 20%

Maceió São Luís Aracaju Natal Recife Salvador Fortaleza João Pessoa Teresina

Variação entre 2007 e 2011 (p.p.) Resultado em 2011 Brasil 34 Fonte: Ministério da Educação APRENDIZADO ADEQUADO (5ºANO) ESCOLAS PÚBLICAS

Português Matemática Crescimento Crescimento Aprendizado Aprendizado Escola Rede 2009 e 2011 Escola Rede 2009 e 2011 Adequado Adequado (pp) (pp) Montezuma Estadual 74,06% 27,91 Montezuma Estadual 51,84% 28,77 Aluisio Azevedo Estadual 57,36% 9,35 Nice Lobao Cintra Estadual 36,74% ‐3,81 Nice Lobao Cintra Estadual 52,75% 4,89 Santa Tereza Estadual 36,16% 4,91 Santa Tereza Estadual 48,82% 5,06 Bandeira Tribuzzi Municipal 34,62% 10,37 Estado Do RN Estadual 42,17% 4,59 Aluisio Azevedo Estadual 33,82% ‐12,12 Miguel Lins Municipal 40,36% ‐0,75 Miguel Lins Municipal 29,97% 1,09 Padre Newton Pereira Estadual 37,65% ‐2,35 Estado Do RN Estadual 27,55% ‐8,12 Estado De Estadual 37,16% 10,46 Padre Newton Pereira Estadual 24,56% 3,89 Marechal Castelo Branco Estadual 36,61% 19,56 Estado De Alagoas Estadual 22,87% 0,47 Anjo Da Guarda Municipal 35,59% 7,59 Agostinho Vasconcelos Municipal 22,81% 10,31 Haydee Chaves Municipal 12,71% ‐12,8 Pio Xii Estadual 4,58% 1,13 Santa Barbara Estadual 12,31% 10,05 Prof. Luzenir Mata Roma Municipal 4,54% ‐10,4 Embx. Araujo Castro Caic I Estadual 10,71% ‐3,84 Sagarana I Estadual 3,32% ‐9,58 Pio Xii Estadual 9,69% ‐1,8 Haydee Chaves Municipal 2,92% ‐20,57 1O De Maio Estadual 9,36% ‐14,57 Rivanda Berenice Braga Municipal 2,63% ‐9,37 Rivanda Berenice Braga Municipal 8,46% ‐5,54 Santa Barbara Estadual 2,06% 2,06 Viriato Correa Estadual 6,65% 3,71 Hortencia Pinho Municipal 1,76% ‐6,16 Hortencia Pinho Municipal 6,07% ‐2,5 1O De Maio Estadual 1,56% ‐11,12 Vila Maranhao Estadual 5,56% 1,56 Vila Maranhao Estadual 0 ‐3,85 Prof. Luzenir Mata Roma Municipal 2,08% ‐18,61 Viriato Correa Estadual 0 ‐8,57

Fonte: Ministério da Educação

APRENDIZADO ADEQUADO (9ºANO) EVOLUÇÃO

NO ÚLTIMO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL, APENAS 19% DOS ALUNOS POSSUEM APRENDIZADO SATISFATÓRIO EM PORTUGUÊS E 8% EM MATEMÁTICA – AMBOS ABAIXO DA MÉDIA BRASILEIRA.

Matemática Português 23% 22% 12%

10% 16% 9%

21% 19% 16% 8% 8% 7%

2007 2009 2011 2007 2009 2011

São Luís Brasil São Luís Brasil 36

Fonte: Ministério da Educação APRENDIZADO ADEQUADO (9ºANO) REFERENCIAL COMPARATIVO

OSRESULTADOSNOCOMPARATIVOSÃOMELHORESEMPORTUGUÊS, OCUPANDO O QUARTO MELHOR DESEMPENHO. EM MATEMÁTICA APRESENTOU O QUARTO PIOR DESEMPENHO NO PERÍODO ANALISADO

Português 9% 10% 6% 7% 6% 4% 3% 4% 22% 4% 22% 22% 17% 17% 18% 19% 21% 11% 15%

Maceió Recife Salvador Aracaju Natal São Luís João Pessoa Teresina Fortaleza

Matemática 5% 4% 3% 3% 3% 2% 1% 1% 12% 1% 13% 10% 10% 7% 7% 8% 8% 9% 4% Maceió Recife Salvador São Luís Aracaju João Pessoa Fortaleza Natal Teresina

Variação entre 2007 e 2011 (p.p.) Resultado em 2011 Brasil 37

Fonte: Ministério da Educação

APRENDIZADO ADEQUADO (9ºANO) ESCOLAS PÚBLICAS

Português Matemática Crescimento Crescimento Aprendizado Aprendizado Escola Rede 2009 e 2011 Escola Rede 2009 e 2011 Adequado Adequado (pp) (pp) Militar da PM do MA Estadual 54,71% 14,12 Militar da PM do MA Estadual 33,82% 9,06 Aluisio Azevedo Estadual 41,79% 4,65 Aluisio Azevedo Estadual 31,35% 9,92 Santa Tereza Estadual 40,81% 8,81 Miguel Lins Municipal 18,96% 0,78 Odylo Costa Filho Estadual 40,77% Sem dados Professora Maria Pinho Estadual 15,53% 7,2 Doutor Clarindo Santiago Estadual 35,01% 15,96 Doutor Clarindo Santiago Estadual 14,99% 14,99 Professora Maria Pinho Estadual 32,01% 0,07 Nice Lobao Cintra Estadual 14,38% 0,24 Nice Lobao Cintra Estadual 30,14% ‐1,38 Santa Tereza Estadual 14,14% ‐4,51 Conego Ribamar Carvalho Estadual 29,64% 10,08 Estado Do RN Estadual 13,43% 0,73 Professor Barjonas Lobao Estadual 29,39% ‐11,98 Professor Barjonas Lobao Estadual 13,43% 1,36 Sao Jose Operario Estadual 28,95% ‐1,33 Antonio Vieira Municipal 12,47% 6,66 Barjonas Lobao Estadual 8,55% ‐7,08 Joao Lima Sobrinho Municipal 1,56% ‐6,69 Professor Carlos Saads Municipal 7,99% ‐2,72 Professor Ezelberto Martins Estadual 1,32% ‐0,37 Professor Rosilda Cordeiro Municipal 7,85% 2,59 Maria Jose Vaz Dos Santos Municipal 1,22% ‐0,63 Salim Braid Estadual 5,55% 2,92 Governador Leonel Brizola Municipal 0,94% ‐3,6 Estado Do Para Estadual 5,37% ‐8,91 Conego Ribamar Carvalho Estadual 0 ‐4,35 Viriato Correa Estadual 4,17% ‐13,07 Estado Do Ceara Estadual 0 0 Estado Do Ceara Estadual 3,58% ‐10,71 Joaquim Gomes De Sousa Estadual 0 ‐6,67 Severiano De Sousa Lima Estadual 3,55% ‐32,45 Julio De Mesquita Filho Estadual 0 ‐20 Pio Xii Estadual 3,41% ‐8,42 Professor Luzenir Mata Roma Municipal 0 ‐5,88 Agostinho Vasconcelos Municipal 0 ‐9,52 Rivanda Berenice Braga Municipal 0 Sem dados

Fonte: Ministério da Educação NUNCA FREQUENTOU A ESCOLA SÃO LUÍS

EM SÃO LUÍS, 14,7% DA POPULAÇÃO IDOSA NUNCA FREQUENTOU A ESCOLA

Apenas 0,71% das crianças entre 4 e 17 anos nunca frequentou a escola 11452

4052 4023 4281

1455 1582 650 659

10 a 14 anos 15 a 19 anos 20 a 24 anos 25 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos 60 anos ou mais

39

Fonte: Censo 2010/IBGE

NÍVEL DE INSTRUÇÃO SÃO LUÍS

A MAIORIA DA POPULAÇÃO DE SÃO LUÍS (52%) NÃO CONCLUIU O ENSINO BÁSICO. DOS QUE FREQUENTAM OENSINOSUPERIOR, APENAS 13,73% OCONCLUEM

34,08% FUNDAMENTAL INCOMPLETO E SEM INSTRUÇÃO 18,28% FUNDAMENTAL COMPLETO E MÉDIO INCOMPLETO 37,23% MÉDIO COMPLETO E SUPERIOR INCOMPLETO 9,77% SUPERIOR COMPLETO Taxa de Conclusão do Ensino Superior

15,0% 15,8% 15,2% 13,1%

15,5% 14,3% 12,0% 11,7%

2000 2004 2008 2010

São Luís Brasil 40 Fonte: Ministério da Educação CURSOS DE GRADUAÇÃO EVOLUÇÃO

EM SÃO LUÍS, A OFERTA DE CURSOS DE GRADUAÇÃO DA REDE PRIVADA CRESCEU VIGOROSAMENTE NA ÚLTIMA DÉCADA

No Brasil, há 19.756 cursos na rede privada, 141% a mais do que a oferta da rede pública 103 89

68

51 53 45 40 33 33 24 20 14

2000 2004 2008 2010

Estadual Federal Privada 41

Fonte: Ministério da Educação ‐ 2010

OFERTA NO ENSINO SUPERIOR REFERENCIAL COMPARATIVO

SÃO LUÍS POSSUI A MAIOR RELAÇÃO DE CANDIDATOS DISPUTANDO POR VAGA NO ENSINO SUPERIOR. EM SALVADOR, SÃO MENOS DE 2 CANDIDATOS POR VAGA

5,70

4,50

3,73 3,55 3,30

2,48 2,00 1,97 1,80 2,15

São Luís Teresina João Pessoa Recife Fortaleza Maceió Natal Aracaju Salvador

Relação Candidato por vaga (2010) Brasil 42

Fonte: Ministério da Educação EVOLUÇÃO DAS DESPESAS COM SAÚDE SÃO LUÍS

HOUVE UM AUMENTO SIGNIFICATIVO NAS DESPESAS MUNICIPAIS COM SAÚDE NA ÚLTIMA DÉCADA. A PARTICIPAÇÃO DO SUS NAS DESPESAS DE SAÚDE VÊM REGREDINDO DESDE 2000

Despesa com Saúde/ Habitante % Transf. SUS/ Despesa com Saúde

R$ 564,4 78,62

66,28 R$ 414,3 53,77 50,48 R$ 284,8 42,74

R$ 191,2 R$ 146,6

2000 2003 2006 2009 2012 2000 2003 2006 2009 2012

Nota: Despesa total com Saúde (exceto inativos), inclusive aquela financiada por outras esferas de governo, por habitante. Fonte: Rede Nossa São Luís

IDSUS CLASSIFICAÇÃO

GRUPO HOMOGÊNEO IDSE ICS IESSM

GH6BAIXO BAIXO SEM ESTRUTURA MAC¹ GH5MÉDIO MÉDIO SEM ESTRUTURA MAC GH4BAIXO BAIXO POUCA ESTRUTURA MAC GH3MÉDIO MÉDIO POUCA ESTRUTURA MAC GH2ALTO MÉDIO MÉDIA ESTRUTURA MAC GH1ALTO MÉDIO MUITA ESTRUTURA MAC

SÃO LUÍS

ÍNDICE DE ESTRUTURA DO SISTEMA DE SAÚDE DO MUNICÍPIO: A FORMAÇÃO DOS GRUPOSÍNDICEHOMOGÊNEOS DE DESENVOLVIMENTO, SEGUNDOASSUASSEMELHANÇAS SOCIOECONÔMICO: , OCORREU POR MEIO DA • CONSIDERA OS RECURSOSÍNDICE FÍSICOS DE CONDIÇÕES E HUMANOS DE DO SAÚDE SISTEMA: DE SAÚDE, BEM COMO A UTILIZAÇÃO• DEPIB TRÊS MUNICIPAL ÍNDICES PER: O Í CAPITANDICE DE‐ PESODESENVOLVIMENTO DE 54,93% SOCIOECONÔMICO (IDSE); O ÍNDICE DE •PROPORÇÃOTAXA DE MORTALIDADE DE SERVIÇOS PRESTADOSINFANTIL –,MENOR TAIS COMO DE 8 PROCEDIMENTOS ÓBITOS A CADA 1.000 DE INTERNAÇÕES NASCIDOS VIVOS(MÉDIA E CONDIÇÕES• DEPROPORÇÃOSAÚDE (ICS); DE FAMÍLIASEOÍNDICE COM DE EBSTRUTURAOLSA FAMÍLIA DO S–ISTEMAPESO DE DE45,07%SAÚDE DO MUNICÍPIO (IESSM) ALTA COMPLEXIDADE) E AMBULATORIAIS, MÉDICOS DE ATENÇÃO BÁSICA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE

¹ Atenção de alta e média complexidade ou estrutura de atenção especializada, ambulatorial e hospitalar 44 Nota: Composto de 24 indicadores associados aos temas de cobertura (acesso potencial ou obtido) com 14 indicadores, e efetividade (resultados esperados) do SUS, com 10 indicadores. IDSUS COMPARATIVO

SÃO LUÍS OBTEVE O MELHOR DESEMPENHO NO IDSUS DE 2011 DENTRE OS REFERENCIAIS COMPARATIVOS, ACIMA DA MÉDIA BRASILEIRA. ALÉM DISSO, FIGURA NO GRUPO DE MUNICÍPIOS PERTENCENTE AO GH 1, REFLEXO DA BOA ESTRUTURA INSTALADA DE SAÚDE NO MUNICÍPIO

5,93 5,86 5,89 5,9

5,62 5,55

5,32 5,47 5,18 5,03

Maceió Fortaleza João Pessoa Aracaju Teresina Salvador Natal Recife São Luís

Notas em 2011 Brasil 45

Fonte: Ministério da Saúde –Portal da Saúde

ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER EVOLUÇÃO

O MARANHÃO POSSUI 4,4 ANOS A MENOS NA EXPECTATIVA DE VIDA DOS SEUS HABITANTES, EM RELAÇÃO À MÉDIA BRASILEIRA. ENTRETANTO, HOUVE UM AUMENTO, EM ANOS, MAIOR DO QUE O OBSERVADO NO RESTO DO PAÍS NO PERÍODO ANALISADO

73,4 72,8 71,7 70,4 68,8 68 66,4 64,8

2000 2004 2008 2010

Maranhao Brasil 46

Fonte: Ministério da Saúde –Portal da Saúde ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER REFERENCIAL COMPARATIVO

NO COMPARATIVO ENTRE AS REGIÕES BRASILEIRAS, O MARANHÃO POSSUI UMA EXPECTATIVA DE VIDA MENOR DO QUE O NORDESTE – O QUAL JÁ SE POSICIONA ABAIXO DA MÉDIA DO PAÍS. SUA EVOLUÇÃO EM ANOS, ENTRETANTO, FOI A MAIOR DENTRE OS REFERENCIAIS

2,8 2,9 2,7 73,4 2,9 3,6 4 75,5 74,5 74,9 72,4 70,8 68,8

Maranhao Região Nordeste Região Norte Região C‐ORegião Sudeste Região Sul

Resultados em 2010 Variação entre 2000 e 2010 Brasil 47

Fonte: Ministério da Saúde –Portal da Saúde

TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL EVOLUÇÃO

SÃO LUÍS APRESENTOU CRESCIMENTO NA TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL, DESDE 2009, EM OPOSIÇÃO AO COMPORTAMENTO DO PAÍS NO PERÍODO. A RECOMENDAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE É QUE HAJA ATÉ 10 MORTES PARA CADA MIL NASCIDOS VIVOS

18,0% 16,8% 16,5% 16,0% 15,5% 15,7% 15,0% 14,8% 13,9% 13,5%

2007 2008 2009 2010 2011

São Luís Brasil 48 Nota: Número de óbitos em menores de um ano de idade, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado Fonte: Ministério da Saúde –Portal da Saúde ÓBITO MATERNO POR CAUSAS OBSTETRÍCIAS EVOLUÇÃO

EM SÃO LUÍS, SETE EM CADA DEZ ÓBITOS DE MULHERES GRÁVIDAS SÃO DECORRENTES DE CAUSAS LIGADAS EXCLUSIVAMENTE À MATERNIDADE. HOUVE INCREMENTO NESTA PARCELA ENTRE 2008 E 2010

91,7%

78,6% 80,0% 73,3% 71,1% 70,4% 75,2% 73,5% 70,9% 71,8% 60,0% 66,7%

2000 2002 2004 2006 2008 2010

São Luís Brasil 49 Nota: Óbitos que ocorrem por complicações obstétricas durante gravidez, parto ou puerpério devido a intervenções, omissões, tratamento incorreto ou a união resultante dessas causas Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS

ÓBITO MATERNO POR CAUSAS OBSTETRÍCIAS REFERENCIAL COMPARATIVO

A CAPITAL APRESENTA O TERCEIRO PIOR DESEMPENHO NESTE INDICADOR, EMRELAÇÃOAOCOMPARATIVO, PORÉM COM MELHORA NO PERÍODO OBSERVADO. O DESTAQUE É ARACAJU, COM A MENOR TAXA DE ÓBITOS MATERNOS POR CAUSAS DIRETAS E A MELHOR REDUÇÃO NO INTERVALO ANALISADO

66,7%

90,9% 75,0% 70,4% 50,0% 44,4% 40,0% 36,4% 33,3% 33,3%

Maceió Natal São Luís Recife Fortaleza Salvador Teresina João Pessoa Aracaju ‐9,1% ‐9,6% ‐16,7% ‐27,0% ‐20,7% ‐29,6% ‐36,5% ‐33,4%

‐60,0% Variação entre 1996 e 2010 Resultados em 2010 Brasil

50

Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS CONSULTAS DE PRÉ‐NATAL VALOR ABSOLUTO

EM 2010, A MAIOR PARTE DOS NASCIDOS VIVOS EM SÃO LUÍS NÃO RECEBERAM ACOMPANHAMENTO PRÉ‐NATAL COMPLETO, OU SEJA, PELO MENOS 7 CONSULTAS DURANTE A GRAVIDEZ. ALÉM DISSO, 2,5% DAS MULHERES NÃO REALIZARAM PRÉ‐NATAL

64,8%

55,1%

42,4%

32,8%

2,5% 2,4%

Nenhuma consulta 1 a 6 consultas 7 ou mais consultas

São Luís Brasil 51

Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS

CONSULTAS DE PRÉ‐NATAL EVOLUÇÃO

CONSIDERANDO O PRÉ‐NATAL COMPLETO, SÃO LUÍS VEM SE DISTANCIANDO NEGATIVAMENTE DA MÉDIA BRASILEIRA NESTE INDICADOR, COM PEQUENA MELHORA EM 2004, PORÉM SEM UMA TENDÊNCIA CONCRETA DE AVANÇO – APRESENTA DESEMPENHO INFERIOR AO OBSERVADO EM 1996

64,83 62,18 59,34 60,94

50,28 49,45 49,14 45,97 45,53 41,28 42,4 38,59 37,85 33,31 34,8 30,9

1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010

São Luís Brasil 52

Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS CONSULTAS DE PRÉ‐NATAL REFERENCIAL COMPARATIVO

DENTRE AS CAPITAIS DO NORDESTE, SÃO LUÍS POSSUI O PIOR RESULTADO NO PROCESSO COMPLETO DE PRÉ‐NATAL. A REFERÊNCIA, NESTE CASO, É JOÃO PESSOA, COM 60% DAS GESTANTES ASSISTIDAS, AINDA ABAIXO DA MÉDIA BRASILEIRA. O DESTAQUE É PARA A EVOLUÇÃO NEGATIVA NO PERÍODO EM 6 DAS 9 CAPITAIS COMPARADAS

12,18 8,32 7,06 64,83

55,07 57,06 58,64 60,19 49,56 50,89 52,1 42,4 43,56

São Luís Fortaleza Maceió Salvador Teresina Natal Aracaju Recife João Pessoa ‐3,13 ‐11,2 ‐4,9 ‐4,35 ‐12,6 ‐15,02

Variação entre 1996 e 2010 Resultados em 2010 Brasil 53

Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS

PROGRAMA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA EVOLUÇÃO

QUASE METADE DA POPULAÇÃO BRASILEIRA POSSUI ACESSO À ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA. ENTRETANTO, SÃO LUÍS POSSUI APENAS 29,2% DE SEUS CIDADÃOS CADASTRADOS, ALÉM DE TER TIDO QUEDA NESTE INDICADOR DESDE 2009

52,3% 48,9% 49,9% 49,2% 47,0%

37,9% 39,3% 35,7% 32,8% 29,2%

2007 2008 2009 2010 2011

São Luís Brasil 54

Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS PROGRAMA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA REFERENCIAL COMPARATIVO

A CAPITAL TEM ÍNDICE MUITO ABAIXO DA MÉDIA BRASILEIRA. OS DESTAQUES SÃO ARACAJU E TERESINA NO ÍNDICE DE COBERTURA TOTAL, ALÉM DE FORTALEZA TER APRESENTADO A MAIOR ELEVAÇÃO NESTE INDICADOR, COM AUMENTO DE 21% NO PERÍODO ESTUDADO

3,22%

5,37% 21,1%

49,20% 79,73% 82,48% 1,75% 76,77% 58,22% 38,04% 26,64% 27,51% 29,16% 13,68%

Salvador Natal Maceió São Luís Fortaleza Recife João Pessoa Aracaju Teresina ‐0,70% ‐6,49% ‐8,83% ‐19,3% ‐13,06%

Variação entre 2007 e 2011 Resultados em 2011 Brasil

55

Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS

LEITOS HOSPITALARES EVOLUÇÃO

A PROPORÇÃO DE LEITOS HOSPITALARES VEM SENDO REDUZIDA NOS ÚLTIMOS ANOS, INCLUSIVE NO BRASIL. A POPULAÇÃO CRESCEU 17% EM SÃO LUÍS, ANTE UMA REDUÇÃO DE 29% NA OFERTA NO MESMO PERÍODO, INDICANDO UMA POSSÍVEL MUDANÇA NOS PADRÕES DE UTILIZAÇÃO OU REDUÇÃO NA ASSISTÊNCIA COM SUPORTE DE LEITOS

6,72 6,33 5,7 5,37

4,38 3,87 3,99 3,82 3,32 3,2 3,05 2,88 2,65 2,48 2,46 2,42

1994 1996 1998 2000 2002 2006 2008 2010 São Luís Brasil 56 Nota: leitos por habitante Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS ÓBITOS POR ARMA DE FOGO EVOLUÇÃO

SÃO LUÍS APRESENTOU CRESCIMENTO NESTE INDICADOR DE 214% NA ÚLTIMA DÉCADA. EM 2010 HAVIA 31 ÓBITOS POR ARMAS DE FOGO A CADA 100 MIL HABITANTES, VALOR 52% SUPERIOR À MÉDIA NACIONAL

31,1

25,0 21,7 20,6 20,7 20,0 20,4 20,4

15,6 15,5

9,9 10,6

2000 2002 2004 2006 2008 2010

São Luís Brasil

57 Nota: Número de óbitos de pessoas por armas de fogo, por cem mil habitantes, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Fonte: DataSUS