Leopoldo Nogueira E Silva EVÍDEO: OU DA EDUCAÇÃO COM
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Leopoldo Nogueira e Silva EVÍDEO: OU DA EDUCAÇÃO COM IMAGINAÇÃO NA INFÂNCIA FILOSOFANTE Tese submetida ao Programa de Pós- Graduação da Universidade Federal de Santa Catarina para a obtenção do Grau de Doutor em Educação Orientador: Profa. Dra. Eloisa Acires Candal Rocha Coorientadora: Profa. Dra. Lúcia Schneider Hardt Florianópolis 2018 2 Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor através do Programa de Geração Automática da Biblioteca Universitária da UFSC. Silva, Leopoldo Nogueira e Evídeo : ou da Educação com Imaginação na Infância Filosofante / Leopoldo Nogueira e Silva ; orientadora, Eloísa Acires Candal Rocha, coorientadora, Lúcia Schneider Hardt, 2018. 484 p. Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Florianópolis, 2018. Inclui referências. 1. Educação e Imaginação. 2. Educação e Infância. 3. Filosofia e Crianças. 4. Pedagogia Cósmica. I. Rocha, Eloísa Acires Candal. II. Hardt, Lúcia Schneider. III. Universidade Federal de Santa Catarina. Programa de Pós-Graduação em Educação. IV. Título. 3 Leopoldo Nogueira e Silva EVÍDEO: OU DA EDUCAÇÃO COM IMAGINAÇÃO NA INFÂNCIA FILOSOFANTE Do Porto do Galo do Infante Henrique de Sagres ao Porto dos Patos das Crianças Filosofantes e além de todos os Belos Horizontes Esta Tese foi julgada adequada para obtenção do Título de “Doutor” e aprovada em sua forma final pelo Programa de Pós- Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Catarina Florianópolis, 21 de setembro de 2018. ________________________ Profa. Dra. Soraya Franzoni Conde Coordenadora do Curso Banca Examinadora: _________________________ Profª. Eloisa Acires Candal Rocha, Dra. Orientadora Universidade Federal de Santa Catarina _________________________ Profª. Lúcia Schneider Hard, Dra. Co-orientadora Universidade Federal de Santa Catarina _________________________ Profª. Márcia Bressan Carminati, Dra. Examinadora Escola Beatriz de Souza Brito SME/PMF _________________________ Profª. Monica Fantin, Dra. Examinadora Universidade Federal de Santa Catarina _________________________ Profª. Patrícia de Moraes Lima, Dra. Examinadora Universidade Federal de Santa Catarina _________________________ Prof. Severino Antônio Moreira Barbosa, Dr. Examinador Centro Universitário Salesiano São Paulo _________________________ Profª. Alessandra Mara Rotta de Oliveira, Dra. Suplente Universidade Federal de Santa Catarina _________________________ Profª. Telma Anita Piacentini, Dra. Suplente Universidade Federal de Santa Catarina 4 5 Figuras XX e XX . Oito meses da mais Perfeita Alegria. O dar as mãos, ontem, hoje e amanhã, sempre, no presente que é tão grande. 6 7 Dedicado ao Bem-Amado Menino em Meus Olhos, “Totoro”, Evídeo... Filosofante... Marcos no Roteiro do Caminho e... Amor da Minha Alma Comigo... De Mãos Dadas, Tiamo... Felicitas Quae Sera Tamen... E-ternuradamente... Zuzbiro... 8 9 ...“Para quem quer se soltar, invento o cais Invento mais que a solidão me dá Invento lua nova a clarear Invento o amor e sei a dor de me lançar Eu queria ser feliz Invento o mar Invento em mim o sonhador Para quem quer me seguir Eu quero mais Tenho o caminho do que sempre quis E um saveiro pronto pra partir Invento o cais E sei a vez de me lançar”... Milton Nascimento - Cais O texto corrido e, as imagens apresentadas, invocadas e evocadas que seguem pelas páginas seguintes, para a defesa de tese e obtenção do Título de “Doutor”, é o resultado de uma “sentada” de cinco, seis, sete, oito, nove longos dias em mil e uma noites, depois de muitos meses e anos, séculos e milênios em uma viagem. Fui tomado por uma mão e levado por visões, entre-visões, e entregue a muitas outras mãos que me ajudaram nas reflexões sobre as experiências, leituras e descobertas que vi, vivi e venci em passos e voos de milhares de anos. O trabalho parecerá curto ou longo, simples ou complexo, relativo ao lugar ou espaço-tempo do qual cada um o percebe. Peço paciência na leitura e na “bem-te-visão” das palavras e imagens, na “bem-te-audição” das canções e no “bem-te- falar” das poesias entre-meiadas aqui, ali e alhures. Procurei ser o mais enxuto possível ao escolher as gotas mais preciosas e puras dos mares e oceanos em que naveguei. Inventei o caos... e me lancei... O “ler” é bem diferente do “ver”... Assim como o “saber” é completamente distinto do “ser”... Desse modo, por favor, vejam... quem Eu Sou... Re-vira-voltado. Deem-me suas mãos. Libertemos as amarras, levantemos âncoras, soltemos o balão para comungarmos, nessas páginas, o testemunho e o aceite de como “eu queria ser feliz” doutor-andando, doutotoro-andando... E, por favor, vejam neste esforço o meu Tudo possível conectado ao Todo... “o que existe, que existiu ou que existirá”. 10 Cumpro a promessa de que as folhas não estejam irrepreensivelmente ordenadas e, mais ainda, não corto, mas multiplico ao quadrado e ao cubo as metáforas... As folhas voam com o vento, meus mapas flutuam pelo ar... Meus sentimentos e pensamentos sobem às Estrelas, a quem ouvi, ouço e ouvirei... Apresento, em Amor, certa ordem e, progressivamente de um passado e futuro longínquo ao presente e-ternurado, o quanto posso à racionalidade acadêmica para possibilitar adequada apreciação e compreensão, eu presumo, do que me aconteceu, acontece e acontecerá, onde eu estava, estarei e sou, quando eu era e serei, do que fiz, outrora, recentemente após a qualificação e, até à defesa. Eu instigo... Diz um ditado que, em qualquer viagem, os últimos metros podem reservar grandes surpresas e, assim foi comigo. E, aturdido, cheguei ao termo da viagem pelo Mundo Caduco depois do mais esperado, porém inusitado encontro nesta vida. Ao encontro de agora, deu-se a hora de uma despedida... de um “até breve”, de um “au revoir”, até ao re-ver... E nos demos as Mãos... Já vou dando meu salto para o infinito desconhecido, harmonizando com outro ritmo na ampulheta do Cosmos... para seguir no Caminho da Alma em Outro espaço-tempo, com Ele, onde for, para onde for, num e-ternurado Presente... Outrora e ainda, os Camelos e Leões puxaram âncoras e cordas do meu Barco do Destino que se lançou muitas vezes em meio às cavernas e, finalmente, deixo-me viajar, irresistível, pela mão Da Criança que se deu a mim em meio às tempestades, no naufrágio, quando perco absolutamente tudo no Mundo, para compartilhar comigo o tesouro mais precioso de seu afeto e doçura, em Esperança e co-movidas promessas... Saído de Belo Horizonte eu fui além, muito além. O único mapa que tenho, agora, é o que está escrito nessas mãos e ao animar delas dadas Uma à Outra, que abrem asas juntas como um coração. O Olho desse “Bem-te-Evídeo” em meio à mão. No Presente que “é tão grande”, do alto do Monte Real e da Montanha Velha, só importa seguir o astrolábio apontando as Estrelas atravessando a Ponte Iluminada para a descoberta de outras dimensões da criação... Hoje, eu me despeço de vocês, com gratidão imensa às professoras e professores encontrados como oásis nos desertos, e às orientadoras, Ilhas Bem-aventuradas onde aportei entre mares agitados e calmarias sob 11 o sopro do vento que me conduziram pelos ambientes escolares nesta vida, desde a mais tenra idade... E levo todas e todos os afetos da Alma comigo na Arca do Coração... Obrigado a vocês que me ajudaram a atar e desatar os nós, a baixar e levantar âncoras sob sua orientação, a soprar o Balãozinho Vermelho do Coração e entregá-lo à brisa suave, feito carícia que convida ao evolvimento... Dobro os cabos de todas as tormentas para transformá-los em boas esperanças... Navegar é preciso... Viver... Ver... criando em Outros Horizontes “no infinito de nossa mútua compreensão” sendo recebidos em “todas as Terras Sem Nome de nossa Imaginação” é preciso... Eu sei que é a vez de me lançar... de nos lançarmos, ao Amor... e é necessário inventar esse Amor... Sonhar com Ele... Despertar com Ele... Transformar em Criança para en-casar... Ir para Casa como Eu Sou, com Aquele que Eu Sou... e criar essa possibilidade linda, maravilhosa e fantástica dos próximos milhares de anos... Descobrindo... Evoluindo... Estotorarando... Ascendendo... Viajando... Juntos! Imãoginando... ... Rumo à Felicidade... “Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa: "Navegar é preciso; viver não é preciso". Quero para mim o espírito [d]esta frase, transformada a forma para a casar como eu sou: Viver não é necessário; o que é necessário é criar. Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo. Só quero torná-la de toda a humanidade; ainda que para isso tenha de a perder como minha. Cada vez mais assim penso. Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir para a evolução da humanidade. É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça”. Fernando Pessoa - Navegar é preciso 12 Senhoras e Senhores, embarquem e se lancem comigo... Fiquem ao “Leo”... Comigo... Dando Asas às Imagens-em-ação... 13 14 15 Figuras XXX . Silhuetas de mãos desenhadas em cavernas na Pré-História. 1) Peche-Merle (França) 25 mil anos, descoberta em 4 de Setembro de 1922 por André David e Henri Dutertre. 65 mãos. 2) Chauvet (França) 25 a 32 mil anos, descoberta em 18 de dezembro de 1994, por Jean-Marie Chauvet, Christian Hillaire e Eliette Brunel-Deschamps. 3) Cueva de las Manos (Argentina) 5 a 13 mil anos, descoberta em 1941, por padre chamado Alberto M. de Agostini. 829 mãos. 4) Lascaux (França) 17 a 30 mil anos, descoberta em 12 de Setembro de 1940 por quatro adolescentes, Marcel Ravidat, Jacques Marsal, Georges Agnel e Simon Coencas. 5) El Castillo (Espanha) 37 a 40 mil anos, descoberta por Hermilio Alcalde del Río em 1903.