TÍTULO: REPRESENTAÇÕES DA FIGURA FEMININA NAS CANÇÕES DE ERASMO CARLOS

CATEGORIA: CONCLUÍDO

ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

SUBÁREA: LETRAS

INSTITUIÇÃO: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

AUTOR(ES): MIRIAN HELOISE PEREIRA DA SILVA

ORIENTADOR(ES): MARIA INÊS GHILARDI LUCENA

1. RESUMO Este Plano de Trabalho de Iniciação Científica – Representações do Feminino na música de Erasmo Carlos – promove uma reflexão acerca da representatividade da figura feminina e das relações de gênero nas canções do cantor e compositor Erasmo Carlos, cuja temática da sua música, essencialmente, é a figura feminina. Trata-se de uma pesquisa documental, cujo tema são as mulheres versadas nas composições do cantor, reconhecido por exprimir em letras sua paixão pelo sexo oposto. Buscamos olhar a canção como um documento histórico da sociedade e suas transformações sócio- culturais ao longo dos anos. Por meio da análise do corpus, nos dedicamos a enxergar a música e a história, não como dois pólos distintos e antagônicos, mas sim complementares na formulação de sentidos e nas representações do elemento feminino. Dito isto, alçamos desbravar o discurso musical, mostrando por meio da linguagem, as forças que ditam e governam o discurso, as diferenças hierárquicas nas relações de gênero, os estereótipos de gênero e a imagem da mulher sedimentada no constructo social da época. Através das análises tentamos expor as nuances ideológicas que regem o discurso do eu-lírico na canção, investigando o caráter e a origem dos discursos padronizados referentes à mulher e sua materialização na produção lírica.

Palavras-chave: discurso musical, gênero feminino, Análise do Discurso, identidade, Erasmo Carlos.

Área do Conhecimento: Linguística, Letras e Artes – Teoria e Análise Linguística.

1. INTRODUÇÃO

Dentro da esfera musical, – considerada uma fonte insuspeita e harmônica – buscamos ir além do substrato da música, a fim de compreender relações transcendentais ao discurso musical, principalmente no que tange às representações femininas, às relações de gênero e de poder, sistematicamente tematizadas. Este trabalho teve o intuito de pesquisar sobre as identidades femininas apresentadas nas canções do cantor e compositor Erasmo Carlos, por meio das musas retratadas. Na escolha do corpus, optamos por selecionar canções que compreendessem desde a década de 1960 até o período atual, cuja temática central fosse a mulher e as relações de gênero. Através da materialidade linguística das canções escolhidas, subsidiada pelos dispositivos teóricos da Análise do Discurso de Linha Francesa, adentramos nesse emaranhado de relações de força e sentido.

Dispomo-nos a encontrar mais do que respostas referentes ao passado das mulheres, mas sim, reflexões e relações com a contemporaneidade. Propusemo-nos também a entender as representações da figura feminina na música, assim como o pensamento do imaginário coletivo e as imbricações das canções populares na constituição deste, ancorado em uma memória discursiva e regido por forças ideológicas e sociais além da nossa compreensão. Buscamos entrelaçar os sentidos que emergiram das canções com os dilemas da identidade feminina e as tentativas de ruptura com os modelos identitários pré-estabelecidos ao longo da história, unindo esses conflitos ao atual período pós- moderno e sua natureza de caráter híbrido, transformacional e distante da “solidez” fixada pelos parâmetros pré-formados de uma sociedade cuja essência era a domesticação e a estabilidade dos seus indivíduos.

2. OBJETIVOS Alçamos desbravar o discurso musical, mostrar por meio da linguagem, as forças que ditam e governam o discurso, as diferenças hierárquicas nas relações de gênero, os estereótipos de gênero e a imagem da mulher sedimentada no constructo social da época. Almejamos destacar os padrões e as condutas recorrentes e naturalizados pelas circunstâncias de heranças históricas e culturais do patriarcado, ambicionando desmistificar as possíveis práticas de exaltação ao sexo feminino, práticas estas consideradas privilégios de mérito e honra, quando, na verdade, são formas camufladas de dominação. Buscamos também, expor as nuances ideológicas que regem o discurso do eu-lírico na canção, investigando o caráter e a origem dos discursos padronizados referentes à mulher e sua materialização na produção lírica.

4. METODOLOGIA

O corpus foi composto de canções brasileiras do compositor Erasmo Carlos que retratam o universo feminino. O enfoque se deu a partir das formas de representação no discurso de músicas de Erasmo Carlos, reconhecido como o pai do rock brasileiro e participante do movimento musical denominado , nos anos 1960.

A figura feminina destaca-se em canções que refletem como o imaginário coletivo dos brasileiros desenha suas musas, em cada momento da história. Procuramos, dentre o rol de canções do compositor, aquelas que tratam da figura feminina e que, por nossa hipótese inicial, revelam o poder masculino de uma sociedade patriarcal em que se criava a Jovem Guarda, a exemplo de “Mesmo que seja eu”: “Antes mal acompanhada do que só/ você precisa de um homem pra chamar de seu/ mesmo que esse homem seja eu/ Um homem pra chamar de seu.”

Algumas músicas indicam as mudanças na representação feminina, ao longo de décadas de composição do autor, num painel do tempo, revelando parte do percurso das mulheres na sociedade do século XX e início do XXI. Foram selecionadas letras de música – em número reduzido, a ser definido no decorrer da pesquisa –, após o levantamento inicial, para que se definam quais delas poderão representar adequadamente a visão masculina sobre o papel feminino, no contexto da época e pela ótica do autor.

Os veículos de suporte do material pesquisado foram as mídias digitais e/ou analógicas (LPs, CDs, DVDs, álbuns e coleções), pois há um vasto material que compõe a discografia do compositor, assim como a internet, para a captação dos dados e posterior seleção das canções. O trabalho procurará as marcas discursivas que possam organizar-se em categorias temáticas sobre as questões de identidade do gênero feminino e suas relações de confronto ou de convivência com o masculino, durante uma época de significativas transformações das mulheres no mundo contemporâneo.

Para se chegar à compreensão do(s) sentido(s), além do aspecto linguístico das canções examinadas, a pesquisa levou em conta elementos extra-linguísticos como o contexto histórico-social, os interlocutores, o lugar de onde falam, a imagem que fazem de si, do outro e do assunto tratado. Muitos elementos retratados nas letras de música fazem parte do imaginário coletivo de uma (ou de várias) geração(ões) e constituem estereótipos que percorrem a sociedade no tempo.

A pesquisa é de base essencialmente interpretativa e inter/transdisciplinar, e adota a perspectiva da Análise do Discurso (AD) de orientação francesa, que dará o suporte teórico a partir do qual surgirão possibilidades de respostas às questões do cotidiano dos brasileiros, nas relações de gênero e de poder. A AD “tem por objeto de estudo a linguagem, enquanto produtora de sentido em uma relação de troca, visto que ela traz em si mesma o signo de uma coisa que não está nela, mas da qual é portadora” (CHARAUDEAU, 2010, p. 25).

O olhar do leitor sobre a materialidade do texto tem por objetivo compreender o que o sujeito diz em relação ao que não foi dito, mas está presente na situação. Como o discurso é um dos lugares em que a ideologia se manifesta, perceberemos a ideologia da época e dos sujeitos envolvidos, a partir da investigação proposta.

5. DESENVOLVIMENTO O discurso musical, sendo uma expressão artística e cultural, gera uma infinidade de significâncias relacionadas à realidade social dos indivíduos, oriundos de determinada conjuntura histórico-social. Resumidamente, a canção emana e reproduz elementos simbolicamente cristalizados na sociedade, sendo, portanto, nosso dever, desbravá-la. As canções presentes na música popular brasileira refratam a memória coletiva dos sujeitos, reproduzindo os valores desta por meio da linguagem.

Ao enxergarmos as letras de música enquanto produto social e não mero produto linguístico, nos aproximamos da visão discursiva, visto que os elementos enunciativos não materializados nas composições, como as instâncias sociais, históricas e ideológicas, comungam e se manifestam na materialidade linguística, refletindo as práticas sociais dos sujeitos, construindo os efeitos de sentido no discurso.

Nas palavras de Pêcheux “todo discurso é um índice potencial de uma agitação nas filiações sócio-históricas” (PÊCHEUX, 1989, p.56). Há, portanto, de se considerar a indissociabilidade dos elementos discursivos com as letras de música. A relação de intrinsecamento com os fatores extra-linguísticos oferece ao leitor/ouvinte um caminho sinuoso a percorrer no discurso até encontrar fundamentos palpáveis que subsidiem suas interpretações. Neste caso, nos atentamos ao gênero da canção e sua rede complexa de signos ideológicos e plurissignificativos, mas encobertos pela ideia do senso comum de ser algo que significa apenas pela letra e melodia, acabam-se ocultando as relações de sentidos do “não-dito”.

Na visão de Orlandi (1998), a AD enxerga a linguagem como um fator simbólico e revolucionário, dessa maneira, cabe a nós, sabermos reconhecer seu caráter social, suas relações de conflito, de poder e de manifestações ideológicas, o que denota característica de não-neutralidade. As filiações teóricas responsáveis por governar as produções discursivas são oriundas de esferas exteriores ao rigor estrutural, como mencionado, a língua concerne em si fatores de cunho histórico, social, político e ideológico.

Em suma, as canções da música popular nos fornecem um emaranhado de dizeres e enunciações prontas a serem desbravadas, mas passam despercebidos pelo grande público em geral, sendo cantadas e reproduzidas de modo irrefletido. Vista como uma das expressões artísticas mais difundidas entre as práticas sociais, a canção sempre está ali, seja para embalar momentos de alegria ou de tristeza; existe uma conexão emocional com a música, afinal, ela expressa os mais diversos sentimentos. Sendo assim, por ser um produto social, ao olharmos sob um viés discursivo, o discurso musical tem muito a nos oferecer e a ser explorado, principalmente no que tange às suas inspirações recorrentes: as mulheres.

Considerando a temática feminina central nas canções do música e compositor Erasmo Carlos, buscamos ir a fundo no discurso musical e investigar o modo como as musas são representadas e suas possíveis relações com o momento histórico e social ao qual se originou a letra.

Na tentativa de compreender as representações do elemento feminino nas canções, urge considerarmos as condições de produção do discurso musical, tendo em vista a dimensão social da linguagem. No discurso podemos ter a dimensão simbólica e histórica das musas cantadas por meio da voz e da visão masculina, assim, entender também o que “foi dito, retransmitido e introjetado como verdade absoluta, na consciência coletiva” (SANTA CRUZ, 1992, p. 12). Para cumprir a proposta, encaramos a não neutralidade da linguagem e de seus respectivos signos como constituinte do discurso. O sujeito, por sua vez, é carregado de ideologias e influências externas, partindo do pressuposto de que, ao abordar a ideologia cristalizada no discurso, este “materializa o contato entre o ideológico e o linguístico, no sentido de que ele representa no interior da língua os efeitos das contradições ideológicas” (COURTINE, apud BRANDÃO, 2004, p. 240).[4]

O ponto emblemático na análise das canções, cuja temática feminina é presente, é lidar com a falta do posicionamento da mulher sobre si própria, o que não se restringe somente às músicas de Erasmo Carlos, muito pelo contrário, em muitas das letras do nosso cancioneiro observamos as mulheres serem versadas através – e exclusivamente – do olhar masculino. Segundo Santa Cruz (1992), a esfera musical e, principalmente, a composicional nem sempre foram ocupadas pelo sujeito feminino, tal qual como presenciamos hoje; a máxima permissividade, além de musa, era a posição de intérprete.

Há, portanto, a necessidade de olhar para as mulheres-musa como reflexo das condições em que o patriarcado as colocava e lhes impunha papéis, como o de criatura dócil, faminta de amor, dotada de amabilidade e fragilidade constantes, ou a passiva, a mãe, a esposa; mas também, a que enfeitiça, seduz, a leviana e imoral. Sendo assim, incontestavelmente, a figura feminina foi cantada e moldada de acordo com a ótica de interesse masculino, sempre à mercê da censura e do enquadramento moral e social da sociedade.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Durante o percurso histórico da condição feminina, manifesto – e musicado – nas canções, conseguimos observar as representações, os arquétipos, as relações de gênero e a construção identitária da mulher na sociedade brasileira desde a década de 1960 até o período atual. A transição do século XX, sobretudo os valores morais, sociais e culturais, para o século XXI não ocorreu modo equilibrado, tampouco harmônico, principalmente no que concerne à figura feminina e sua emancipação. Historicamente, após muitos embates, as mulheres conquistaram sua libertação e descentralização do sujeito masculino, mas não em plenitude; o ciclo de lutas e reinvindicações para uma sociedade mais igualitária, menos machista, opressora e sexista continua, não se concluindo na pós-modernidade. Embora a sociedade tenha se transformado, os indivíduos tenham conquistado mais liberdade e estejam distantes dos velhos paradigmas impostos pelas instituições sociais de antigamente, notam-se reflexos de outrora contaminando as identidades dos sujeitos. A mulher versada na canção Mulher (1981) refrata bem a influência da sociedade patriarcal no que compele à internalização dos papéis sociais pela figura feminina e suas imbricações na construção identitária.

Em Minha fama de mau (1965), por exemplo, a autoridade conferida socialmente ao eu- lírico contrasta com a passividade e subserviência feminina, caracterizando as relações de hierarquia e poder no relacionamento. Em Baby (1976), somos apresentados a um eu-lírico capaz de persuadir sua companheira a não ir às passeatas feministas em nome do "amor". Minha Superstar (1982) abriga uma figura feminina cuja função é ser objeto de desejo e endeusamento, e, por conseguinte, suprir os desejos do sujeito masculino.

Refletindo acerca dos perfis e modelos estereotipados de gênero reproduzidos nas letras de músicas, reafirmamos que o fio condutor das escolhas foram as possibilidades tangíveis de constatar as problemáticas de gênero dos tempos longínquos que ainda perpassam a modernidade e corroboram para a desigualdade de gênero.

A análise de caráter discursivo, articulada às relações de gênero e às letras do cancioneiro popular foi capaz de evocar os elementos socialmente construídos ao longo da história, que ainda permeiam e conduzem os papéis sociais, comportamentais e sexuais das mulheres no período contemporâneo. Ademais, há os aspectos discursivos responsáveis por trazer à tona e nos fazer compreender as relações de poder impregnadas nas relações sociais, cujo caráter é conflituoso e atravessado por nuances ideológicas. Contextualizadas, as canções dimensionaram as influências do período histórico-social e da autoridade ideológica em vigor na sociedade, nos sujeitos sociais e em suas produções, sendo, por sua vez, materializadas no produto social – como encaramos o discurso musical –, neste caso, a canção. Após as análises e observações acerca das relações de gênero, aferimos que a lógica do patriarcado, responsável por legitimar as desigualdades de gênero ao longo dos tempos ainda se faz presente no imaginário coletivo da sociedade atual. Embora as mulheres tenham alcançado níveis consideráveis de liberdade, como mencionado, os avanços ainda estão processo. Sendo assim, a sociedade ainda demanda por constantes desconstruções, nos indivíduos, nos pensamentos, comportamentos e nas dinâmicas das representações sociais, de modo a romper com concepções arcaicas e os preceitos díspares acerca da figura feminina. Em tempos em que olhar para o passado é compreender o presente e refletir – ou até mesmo incidir – sobre o futuro, as questões e pontos emblemáticos referentes ao perfil feminino exposto nas canções do compositor Erasmo Carlos tornam-se um modo de conduzir e suscitar reflexões sobre as problemáticas de gênero que permeiam as relações sociais e as identidades dos indivíduos contemporâneos.

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