Guia Edição 22, Olimpíadas 2016
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REVISTA PAIXÃO PELOS JOGOS DIVERSIDADE, ALEGRIA, SUPERAÇÃO E EMOÇÃO NO PÓDIO CONQUISTAM O MUNDO GUIAREVISTA CULTURALO O Ano XII - N 22 - ISSN N 2177-6296-017 Telefax Rio de Janeiro (21) 2487-4128 Telefax Mangaratiba (21) 2780-2055 Cels.: (21) 98197-6313 / 98549-1269 [email protected] www.camaradecultura.org A Revista Guia Cultural não se responsabiliza pelos conceitos e opiniões em matérias e artigos assinados. Diretora Executiva Regina Lima Ivo Lima/ ME Ivo MTB NO 31.401/RJ Diretora Adjunta Marta Souza Lima Paixão e muita superação O MTB N 31.982/RJ Jornalista e Editora iva sua paixão”. Esse foi o slogan dos Jogos Olímpicos 2016, no Rio de Cida Farias Janeiro. E assim aconteceu com cariocas e turistas do mundo todo du- MTB NO 18.360/RJ Vrante o maior evento esportivo do planeta. As cerimônias de abertura e Editor de arte encerramento no palco do Maracanã foram vistas pela televisão por, aproxima- Sidney Ferreira damente, 4,5 bilhões de pessoas. Participaram cerca de 10.700 atletas de 205 nações e duas delegações especiais (Atletas Olímpicos Independentes e Atle- Fechamento de arquivos e tratamento de imagens tas Olímpicos Refugiados). Ao todo, foram disputadas 42 modalidades esporti- Carlos Bartholo vas e 306 provas, duas a mais do que as dos Jogos Olímpicos de Londres (2012). Revisor A melhor campanha do time brasileiro em Olímpiadas foi marcada pela con- Henrique Cortez quista de sete medalhas de ouro, seis de prata e seis de bronze. A 12ª posição MTB NO 31.402/RJ no quadro total de medalhas garantiu ao país uma evolução no ranking histórico Tiragem desta edição dos Jogos Olímpicos. Se levadas em conta todas as medalhas distribuídas des- 20.000 exemplares de os jogos de Atenas (1896), o Brasil passou do 37º para o 35º lugar. Os Jogos Olímpicos 2016, no Rio, também marcaram a história de muitas es- trelas do esporte mundial. Algumas entraram para o seleto rol de medalhistas olímpicos, como o atacante Neymar pela Seleção Masculina de Futebol, e outras reafi rmaram o seu favoritismo nas quadras, campos, piscinas, pistas, tatames e ginásios da Cidade Maravilhosa. O velocista Usain Bolt, o nadador Michael Phelps e a ginasta Simone Biles são exemplos. E se as Olimpíadas emocionaram o mundo, as Paralímpiadas, de 7 a 18 de setembro, não fi caram atrás. Logo na festa de abertura, no Maracanã, foi transmitida uma mensagem para a população mudar a percepção em rela- ção à pessoa com defi ciência. Resultado: o número de medalhas paralímpicas também representou um recorde para o Brasil: 72 medalhas em esportes co- letivos e individuais, com um total de 136 atletas que subiram ao pódio. Prova Foto de Capa: No sentido horário: de que esse não é só o maior evento esportivo paralímpico do planeta, mas Gisele Bündchen e Rafaela Silva (Roberto Castro/ Brasil2016), também o maior de superação. Delegação brasileira (Reuters), Diego Hypótilo e Arthur Nory (Roberto Castro/ Brasil2016), Cida Farias Abertura (Beth Santos/ PCRJ). SUMÁRIO Abertura Olímpiadas – A cerimônia, no Maracanã, celebrou a diversidade. Embalada 04 por uma mistura de ritmos, a festa trouxe mensagens de paz e sustentabilidade. O evento na cidade – Os locais de competição, em várias regiões, e as atrações das casas dos 10 países e do Boulevard Olímpico, visitadas por Ricardo Stuckert/ CBF Stuckert/ Ricardo cariocas e turistas. Medalhistas olímpicos – Os nossos atletas, que subiram ao pódio e conquistaram 19 20 medalhas, alcançaram o melhor resultado RicardoBufolin/CBG em Jogos Olímpicos para o Brasil. Estrelas em ação – Grandes atletas, como o velocista Usain Bolt, o nadador Michael 24 Phelps, o jogador Neymar e a ginasta Simone Biles fi zeram história no Rio. Adeus com alegria – As delegações visitantes participaram com muita animação da festa 26 de encerramento dos Jogos Olímpicos, que acabou em ritmo de carnaval. Jogos Paralímpicos – A cerimônia de abertura transformou o Maracanã em um laboratório de 28 sentidos, fazendo uma viagem na história do Movimento Paralímpico. Medalhistas paralímpicos – O país alcançou um recorde, 72 medalhas em esportes coletivos 30 e individuais, com 136 atletas subindo ao pódio em nome da superação. Roberto Castro/ Brasil2016 Castro/ Roberto REVISTA Guia Cultural 3 Fotos: Roberto Castro/ Brasil2016 Castro/ Roberto Fotos: FESTA CELEBRA A DIVERSIDADE A MISTURA DE RITMOS DEU O TOM DA CERIMÔNIA DE ABERTURA DOS JOGOS OLÍMPICOS RIO 2016, NO MARACANÃ, TRAZENDO MENSAGENS DE PAZ E SUSTENTABILIDADE. 4 REVISTA Guia Cultural Fernando Frazão/Agência Brasil Frazão/Agência Fernando As multicores dos fogos de artifícios e a mistura de ritmos deram o tom que encantaram a abertura dos Jogos Olímpicos 2016. Coube ao ex-maratonista paranaense Vanderlei Cordeiro de Lima a honra de acender a pira olímpica (foto maior). A Pira Olímpica é erguida durante a Cerimônia. Ao som de Garota de Ipanema, Gisele Bündchen desfi lou no palco do Maracanã. O Espetáculo tratou também das questões ambientais. REVISTA Guia Cultural 5 O início da cerimônia falou do Brasil, usando projeções, marionetes e composições artísticas. Os bailarinos ilustraram o início da vida e o aparecimento da biodiversidade no país. stádio do Maracanã, Rio de Janeiro, noite de 5 de Janeiro e 60 bandeiras foram carregadas por 50 atletas agosto de 2016. A combinação entre áreas verdes iniciantes e estrelas do esporte como Virna, Robson Cae- e urbanas, uma das principais características da tano, Maureen Maggi e Flávio Canto. Ecidade, deu início à cerimônia de abertura dos Jo- gos Rio 2016. Imagens aéreas mostraram a proximidade Transformação do símbolo da paz em árvore desses espaços em um videoclipe com a música Aquele As duas mensagens mais importantes da cerimônia Abraço, cantada por Luiz Melodia, que o público acom- foram a paz e a sustentabilidade, com a transformação panhou nos versos mais famosos. As duas grandes reser- do símbolo da paz em uma árvore. O espetáculo voltou vas ambientais da Floresta da Tijuca e do Parque Estadual no tempo, ao nascimento das imensas fl orestas que co- da Pedra Branca ganharam destaque. briam o Brasil na chegada dos portugueses. Do começo Após anunciado o presidente do Comitê Olímpico da vida, a homenagem avança até a formação dos povos Internacional (COI), Thomas Bach, o cantor Paulinho da indígenas, cuja entrada foi representada por 72 dançari- Viola emocionou o público com uma interpretação do nos das duas grandes agremiações do Festival de Parin- Hino Nacional em um palco inspirado nas formas do ar- tins, os Bois Caprichoso e Garantido. quiteto Oscar Niemeyer. A bandeira do Brasil foi hastea- Outro ponto marcante na festa foi a chegada dos da pelo Comando de Policiamento Ambiental do Rio de europeus em caravelas, o desembarque forçado dos afri- 6 REVISTA Guia Cultural Roberto Castro/ Brasil2016 Castro/ Roberto FLORESTA DOS ATLETAS: LEGADO PARA O MEIO AMBIENTE Todos os atletas que participam da cerimônia de abertura receberam uma semente ao entrar no campo. Essas sementes, de 207 espécies, foram plantadas no Complexo Esportivo de Deodoro, para criar a Floresta do Atletas.Foram levadas ao Maracanã cerca de 15 mil sementes (houve esportista que depositou mais de uma), que representam os 205 países e as duas delegações especiais que participa- ram da Olimpíada. Boa parte de árvores frutíferas, a Floresta dos Atletas foi ideia de uma conversa en- tre os diretores da cerimônia de abertura, o cineasta Fernando Meirelles, Daniela Thomas e Andrucha Waddington. Mereirelles, para que Os Jogos Olímpicos deixassem um legado também para o meio Beth Santos/ PCRJ Beth Santos/ ambiente. Nesta fl oresta, cada atleta plantou uma semente que em breve Reprodução virará árvore e deixará registrado esse momento mágico. REVISTA Guia Cultural 7 Um dos momentos mais emocionantes da abertura das Olimpíadas Rio 2016, no estádio do Maracanã,foi o voo do 14 Bis de Santos Dumont. Na foto da outra página, a esperada delegação brasileira, que entrou em festa com a porta-bandeira Yanne Marques e emocionou a todos com muito orgulho ao som de Aquarela do Brasil, de Ary Barroso. canos escravizados e a migração de árabes e orientais ao lo Giselle Bündchen interpretou a Garota de Ipanema e país representada com pessoas que descendem de cada desfi lou no Maracanã, enquanto Daniel Jobim, neto do um desses grupos. Para completar, grupos de parkour maestro, tocava o clássico. atravessaram o palco e pularam sobre telhados de pré- Por outro lado, as favelas também foram represen- dios na parte da cerimônia que destacou a urbanização tadas com um show de ritmos como o samba e o funk, do Brasil contemporâneo, concentrada em grandes ci- reunindo as cantoras Elza Soares, que interpretou o Can- dades. Ao som do clássico Construção, de Chico Buarque, to de Ossanha, e Ludmilla, com o RAP da Felicidade. O ra- acrobatas desafi aram as fachadas dos prédios e monta- pper Marcelo D2 e o cantor Zeca Pagodinho simularam ram uma parede. um duelo de ritmos, representando a diversidade da música do Rio de Janeiro. Avião 14 Bis voa dentro do Maracanã Após esses encontros, foi a vez de celebrar a impor- De trás dessa parede, o avião 14 Bis saiu ao som de tância dos negros na cultura brasileira com destaque para Samba do Avião, com um ator interpretando o inventor as rappers Karol Conka e McSofi a, de apenas 12 anos. Ma- Santos Dumont. O avião voou pelo Maracanã e a bossa nifestações culturais como o maracatu, os bate-bolas e o nova continuou exaltando as curvas do Rio de Janeiro, bumba-meu-boi também dividiram o espaço no palco que inspiraram Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Oscar do Maracanã e o treme-treme, do Pará, foi representado Niemeyer e o paisagista Roberto Burle Marx. A mode- pela Gang do Eletro. 8 REVISTA Guia Cultural Jorge Ben Jor entrou no palco para conciliar a di- versidade representada no palco: “Vamos procurar as semelhanças e celebrar as diferenças”, disse ele.